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INSTRUÇÃO ELEMENTAR NA PROVÍNCIA MINEIRA DE 1822 A 1834: NOTAS SOBRE O FINANCIAMENTO PÚBLICO CASTRO,Vania Rosaura de Lima (Bolsista- FAPEMIG/ FAE/UFMG/UFSJ) [email protected] Palavras-chave: Instrução pública mineira, financiamento da instrução no império, instrução. INTRODUÇÃO Este texto é parte da minha monografia de conclusão do curso de Pedagogia na Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais, que tem como objeto de investigação 1 a sistematização e interrogação na construção da instrução pública mineira na implantação de processos de universalização, que serviriam como orientador daquelas sociedades empenhadas com o paradigma da modernidade. Dentre as problematizações levantadas, destaca-se a importância do quanto custou aos cofres públicos imperiais e o quanto arrecadou com o fim à organização da instrução pública que possibilita a convivência das aulas régias com a instrução pública; a construção da necessidade da materialidade escolar; a legalidade dos procedimentos como base da construção do orçamento público imperial desde os registros dos lançamentos das receitas e das despesas até a elaboração dos balancetes e balanços, os quais se fazem, desse novo, o moderno à época. Portanto, é neste âmbito que se situa este estudo de investigação nomeado Instrução elementar na província mineira de 1822 a 1834: notas sobre o financiamento público, em que procura investigar como o estado imperial brasileiro se organiza depois da independência do Brasil em relação às receitas e às despesas vinculadas à instrução pública em Minas Gerais nos seus doze primeiros anos. O recorte temporal deste estudo justifica-se pelo conjunto de documentos produzidos após a independência do Brasil ao caracterizar um novo modo de atuação do Estado Nacional brasileiro na estruturação da instrução elementar, homogeneização cultural e diferenciação 1 O trabalho é orientado pelo professor Dr. Luciano Mendes de Faria Filho e insere-se no projeto Moderno, Modernidade, Modernização: a educação nos projetos de Brasil séc. XIX e XX (financiado pelo CNPq e FAPEMIG) como parte dos trabalhos do grupo Historiar Pesquisa, Ensino e Extensão em História da Educação/GEPHE (FaE/UFMG).

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INSTRUÇÃO ELEMENTAR NA PROVÍNCIA MINEIRA DE 1822 A 1834: NOTAS

SOBRE O FINANCIAMENTO PÚBLICO

CASTRO,Vania Rosaura de Lima (Bolsista- FAPEMIG/ FAE/UFMG/UFSJ)

[email protected]

Palavras-chave: Instrução pública mineira, financiamento da instrução no império,

instrução.

INTRODUÇÃO

Este texto é parte da minha monografia de conclusão do curso de Pedagogia na

Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais, que tem como objeto de

investigação1 a sistematização e interrogação na construção da instrução pública mineira na

implantação de processos de universalização, que serviriam como orientador daquelas

sociedades empenhadas com o paradigma da modernidade.

Dentre as problematizações levantadas, destaca-se a importância do quanto custou aos

cofres públicos imperiais e o quanto arrecadou com o fim à organização da instrução pública

que possibilita a convivência das aulas régias com a instrução pública; a construção da

necessidade da materialidade escolar; a legalidade dos procedimentos como base da

construção do orçamento público imperial desde os registros dos lançamentos das receitas e

das despesas até a elaboração dos balancetes e balanços, os quais se fazem, desse novo, o

moderno à época.

Portanto, é neste âmbito que se situa este estudo de investigação nomeado Instrução

elementar na província mineira de 1822 a 1834: notas sobre o financiamento público, em que

procura investigar como o estado imperial brasileiro se organiza depois da independência do

Brasil em relação às receitas e às despesas vinculadas à instrução pública em Minas Gerais

nos seus doze primeiros anos.

O recorte temporal deste estudo justifica-se pelo conjunto de documentos produzidos

após a independência do Brasil ao caracterizar um novo modo de atuação do Estado Nacional

brasileiro na estruturação da instrução elementar, homogeneização cultural e diferenciação

1 O trabalho é orientado pelo professor Dr. Luciano Mendes de Faria Filho e insere-se no projeto Moderno,

Modernidade, Modernização: a educação nos projetos de Brasil séc. XIX e XX (financiado pelo CNPq e

FAPEMIG) como parte dos trabalhos do grupo Historiar – Pesquisa, Ensino e Extensão em História da

Educação/GEPHE (FaE/UFMG).

social e das leis como reguladora do social, conforme Faria Filho (2009). Assim, com a

promulgação da Constituição Política do Império do Brasil, em 1824, até a criação do Ato

Adicional de 1834 tem-se um período de grande produção documental referente à instrução

elementar, a fiscalização fazendária e ao orçamento público.

Analisar a Instrução como parte da política imperial e provincial nos documentos

oficiais exigiu-nos a compreensão de um investimento social, modificador e criador da

relação entre escolarização de conhecimentos e espaços escolares, elemento importante no

processo civilizatório brasileiro2.

Ao dar continuidade ao certame iluminista a instrução seria o pilar da nova sociedade,

com a tarefa de preparar o indivíduo para a vida coletiva, a proteger a “Nação”. Assim,

compreender e analisar a organização do Estado Imperial brasileiro sobre o vetor das receitas

e das despesas provinciais com a instrução pública possibilitam a visualização da organização

da instrução pública no período de 1822 a 1834. A qual obtém forma nos orçamentos

imperiais de 1831-1832 e 1833-1834. Sejam através dos métodos de ensino adotados

geradores da materialidade e, mesmo, no aumento do número de professores de primeiras

letras na província mineira, com seus ordenados fixados anualmente pela legislação e

identificar e analisar a composição da Instrução Pública nas contas imperial e provincial.

A realização desta pesquisa se fundamenta em fontes primárias, leis e decisões do

Império do Brasil sobre a instrução e o orçamento público e documentos que fazem parte do

inventário do fundo da fazenda provincial mineira e estudos que examinam o objeto em pauta

no período imperial.

A metodologia adotada no intuito da construção deste estudo foi análise documental,

considerando o contexto de sua elaboração concomitante as informações e análises percebidas

nas produções textuais. Ao entender o documento como uma produção social, percebemos

que o mesmo antes de tudo é o resultado a princípio de sua época e reforçado pelas que virão

(Le Goff, 1994).

Os procedimentos metodológicos adotados nesta pesquisa foram apontamentos sobre

as receitas e as despesas da instrução pública nos balancetes, balanços e orçamentos do

contido nas documentações localizadas no Arquivo Público Mineiro (APM) em Minas Gerais,

Fundo de Fazenda Provincial, Notação FP 3/1 – Caixas 01 e 02; leitura e anotações sobre a

instrução elementar e a composição orçamentária retiradas das Leis do Império do Brasil e,

por fim, a análise dos dados coletados.

2 Ver Faria Filho (2000)

Para tanto, este se aproxima da Constituição de 1823, 11 de dezembro de 1823,

outorgada em 25 de março de 1824; do conteúdo da lei das escolas de primeiras letras, lei de

15 de outubro de 1827, decretada em cumprimento à Constituição de 1824; da lei de 14 de

novembro de 1827, orça a receita e fixa a despesa do Tesouro Público na Corte e Província do

Rio de Janeiro; da lei 15 de dezembro de 1830, orça a receita e fixa a despesa para o ano

financeiro de 1831/32; da lei de 24 de outubro de 1832, orça a receita e fixa a despesa para o

ano financeiro de 1833/34 e a Lei n° 16 de 12 de agosto de 1834 – Ato Adicional.

O texto está organizado em quatro partes, incluindo esta introdução. A segunda parte é

direcionada a Instrução na constituição do Estado Nacional do Brasil de 1822 a 1834 a focar

marcos regulatório da instrução pública brasileira; a terceira seção consiste na origem e

destino do subsídio literário; na quarta os percursos do orçamento em direção a Instrução

Pública mineira nos orçamentos imperiais de 1831/32 e 1833/34; na última parte são as

considerações e por fim as referências bibliográficas.

A instrução na constituição do Estado Nacional brasileiro (1822 a 1834)

Direcionamos nossa atenção ao Brasil depois de 1822 até 1834 com a construção de

uma nova maneira de organização estatal. Este estudo centraliza relações entre o Império do

Brasil e a Província de Minas Gerais no que tange ao financiamento e orçamento com viés na

instrução elementar. Mais especificamente como o Estado Nacional brasileiro se organizou

rumo à escolarização.

Identificar, compreender e analisar a legislação nos doze anos iniciais do Estado

brasileiro nos possibilita o entendimento, além da organização da instrução, dos momentos de

produção e de realização da lei, os quais envolvem sujeitos e instituições, conforme explica

Faria Filho (1998).

O período Imperial brasileiro tem sido apontado nas investigações pelos vários debates

acontecidos e sobre a necessidade de levar as Luzes para a população através da

escolarização. O Brasil a partir de 1822 foi marcado pela construção da legalidade regulatória

dos investimentos, da captação de recursos para a educação escolar, a introdução de novos

métodos de ensino e de professores formados pelas Escolas Normais. Define-se, a partir de

então, os espaços e os tempos da ação educativa e, concomitantemente, elaborando novo

saberes escolar. O espaço escolar tornou-se o local legitimado da socialização da geração

mais jovem3.

Destaco a contribuição de Faria Filho (2002) para este estudo aos sentidos interligados

do termo escolarização, assim feito:

Num primeiro, escolarização pretende designar o estabelecimento de

processos e políticas concernentes à organização de uma rede, ou redes, de

instituições, mais ou menos formais, responsáveis seja pelo ensino elementar

da leitura, da escrita, do cálculo e, no mais das vezes, da moral e da religião,

seja pelo atendimento em níveis posteriores e mais aprofundados. (FARIA

FILHO, 2002, p.16).

Num segundo sentido:

O processo e a paulatina produção de referências sociais tendo a escola, ou a

forma escolar de socialização e transmissão de conhecimentos, como eixo

articulador de seus sentidos e significados. este caso, nossa atenção estará

voltada para o que temos chamado de consequências sociais, culturais e

políticas da escolarização, abrangendo questões relacionadas ao letramento,

ao reconhecimento ou não de competências culturais e políticas dos diversos

sujeitos sociais e à emergência da profissão docente no Brasil (FARIA

FILHO, 2002, p.16).

No século XIX o texto escrito já se encontrava consolidado, sobretudo com a

legislação. O Brasil Imperial gerou documentos oficiais referentes à instrução elementar como

parte da política imperial e provincial que se exige a compreensão de um investimento social,

modificador e criador da relação entre escolarização de conhecimentos e espaços escolares,

elemento importante no processo civilizatório brasileiro4.

Através do Decreto de Lei de 15 de outubro de 1827, em cumprimento à Constituição

Imperial do Brasil, ordena, principalmente, que em todas as cidades, vilas e lugares mais

populosos, haverá as escolas de primeiras letras que forem necessárias; localização de escolas;

salário dos professores entre 200$000 a 500$000 anuais; as escolas serão do ensino mútuo nas

3 Sobre o Oitocentos ver pesquisas de:

Rita Cristina Lima Lages e Silva com O ensino de francês na instrução pública em Minas Gerais entre 1831 e

1855; Clarice Lisandra Martins com O processo de Escolarização em Itabira do Mato Dentro - 1850-1930;

Zeli E. S. de Sales com A política de Instrução da Província de Minas Gerais - 1822/1835; Marileide Lopes dos

Santos com Assistência às crianças abandonadas em Sabará/MG: entrelaçamento de relações no atendimento à

infância desvalida (1832 – 1854);Marcilaine Soares Inácio com Processo de escolarização e ensino de

primeiras letras em Minas Gerais (1825-1852);Diana de Cássia Silva com O Processo de escolarização no

Termo de Mariana (1772-1835); Walquíria Miranda Rosa com Instrução Pública e profissão docente em Minas

Gerais (1825/1852);Fabiana da Silva Viana com Relações entre governo, escola e família no processo de

institucionalização da instrução pública elementar em Minas Gerais (1830-1840); MORAIS, Christianni

Cardoso; OLIVEIRA, Cleide Cristina. Aulas régias, cobrança do subsídio literário e pagamento dos ordenados

dos professores em Minas Gerais no período colonial. In: Educação em Perspectiva, Viçosa, v. 3, n. 1, p. 81-

104, jan./jun. 2012 e Fabiana da Silva Viana com Estado Nacional, debate público e instrução primária-

Mariana/ Minas Gerais, 1816-1848.

4 Ver Faria Filho (2000)

capitais das províncias; e serão também nas cidades, vilas e lugares populosos delas, em que

for possível estabelecerem-se; os professores ensinarão a ler, escrever, as quatro operações de

aritmética, prática de quebrados, decimais e proporções, as noções mais gerais de geometria

prática, a gramática de língua nacional, e os princípios de moral cristã e da doutrina da

religião católica e apostólica romana, proporcionados à compreensão dos meninos, preferindo

para as leituras a Constituição do Império e a História do Brasil.

Esse decreto organiza o sistema das Escolas de Primeiras Letras. Ressaltamos os

artigos 3º com a despesa dos ordenados dos professores e 5º com os arranjos de espaço e de

materialidade sob a responsabilidade da Fazenda Pública. Tal organização administrativa nos

leva a organização orçamentária para a instrução no início do século XIX. Mas, qual era a

origem dos recursos aplicados na instrução?

Do subsídio literário: origem e destino

Para entender a origem e o destino dos recursos aplicados na Instrução retomo o limiar

dos anos cinquenta do Setecentos. Nessa época não se tinha como prática o encaminhamento

dos filhos à Instrução – aulas de Latim e Humanidades. Aqueles que encaminhavam seus

filhos ao conhecimento arcavam com o custo dos docentes contratados para tal. Então, qual a

origem do recurso ao pagamento dos professores? O recurso era extraído de imposto gerado

na localidade em que o mestre estava inserido – sobras de sisa, ou através de outras práticas

como os gêneros alimentícios destinados ao mestre, pelas famílias ou legados expressos esta

finalidade. Mas, a situação era flutuante (Adão, 1997).

Para tanto, ressaltamos as medidas tomadas no reinado de D José I, entre muitas, após

consulta aos documentos regulatórios5 o Alvará Régio de 28 de junho de 1759 determinou a

extinção das atividades na educação e na religião pelos inacianos e inaugurou as Aulas Régias

em Portugal e seus Domínios.

As Aulas Régias eram constituídas em Estudos Menores e Estudos Maiores. No

agrupamento dos Estudos Menores estavam as Cadeiras de Primeiras Letras e de

Humanidades (Latim, Grego, Retórica e Filosofia). O ensino de Humanidades ficou a cargo

do Diretor Geral dos Estudos. Neste cargo as funções de supervisão aos professores e alunos

ficaram estabelecidas no Alvará Régio de 28 de junho de 1759.

5 Consulta efetuada na obra de:

MENDONCA, Marcos Carneiro de. Aula de Comércio. Rio de Janeiro: Xerox do Brasil, 1982.

A Lei de 06 de novembro de 1772, publicada e registrada na Chancelaria Mor da Corte

e do Reino em 12 de novembro de 1772, regulamentou os critérios de benefícios, localização

e número de habitantes para criação das Escolas Menores, ao responder a uma consulta da

Real Mesa Censória de 03 de agosto do referido ano. Ordenou um levantamento em todas as

Comarcas e seus habitantes para conceder a quem poderia gozar de tais direitos.

Para manter esse sistema de ensino D. José I aboliu a partir da Carta de Lei redigida

em 10 de novembro de 1772, registrada na Secretaria de Estado dos Negócios do Reino em 25

de novembro de 1772 e publicada em 26 de novembro de 1772 as antigas consignações,

Coletas, para os Estudos e estabeleceu um imposto único nomeado de Subsídio Literário, com

a destinação ao pagamento dos professores das Escolas Menores e da Universidade de

Coimbra.

O gerenciamento desse imposto ficou a cargo da Junta para Administração e

Arrecadação do Subsídio Literário criado através do Alvará de 10 de novembro de 1772,

registrado na Secretaria de Estado dos Negócios do Reino em 25 de novembro, publicado na

Chancelaria Mor da Corte e do Reino e registrado na mesma Chancelaria em 26 de novembro

do referido ano. Neste Alvará ficou estabelecido a criação de uma Junta composta pelo

Presidente da Real Mesa Censória; de três Deputados nomeados pelo Rei; de um Tesoureiro

Geral com qualidades de homem de negócio da Praça de Lisboa; de um Escrivão da Fazenda

que fará a escrituração da Receita e Despesa do Tesoureiro Geral e a Contadoria; um

Escriturário; um Praticante que tenha sido aluno da Aula de Comércio; um Porteiro e um

Contínuo.

Com relação à educação, as reformas no reinado de D. José I cumpriram o objetivo de

modernizar a administração educacional portuguesa e a de seus domínios sob a base do

controle estatal e da secularização. O marco inicial deste processo aconteceu com a expulsão

da Companhia de Jesus de Portugal e das suas Colônias. Enfim, a educação foi utilizada como

instrumento a favor do Estado português ao formar súditos; homens aptos a trabalharem nos

serviços públicos e homogeneização do idioma português no Brasil (Almeida, 2000; Falcon,

1982).

Embora possamos afirmar o início da vigência do imposto nomeado subsídio literário

retro mencionado pela carta de Lei redigida em 10 de novembro de 1772, registrada na

Secretaria de Estado dos Negócios do Reino em 25 de novembro de 1772 e publicada em 26

de novembro de 1772, o mesmo não faremos quanto ao seu término. Ao efetuarmos as

leituras sobre a temática encontramos diferentes marcos temporais para o término da vigência

do Subsídio Literário.

Nas análises de Morais e Oliveira (2012) e de Oliveira; Oliveira, M. S. e Santos (2011)

este imposto vigorou de 1772 até 1834, sendo o seu fim com a Lei n° 16 de 12 de agosto de

1834 – Ato Adicional. Pois, através desta lei delegou-se às Assembleias Legislativas

Províncias a elaboração de leis sobre a administração pública, sobretudo, a Instrução

Elementar e Secundária.

Para Almeida6 (2000, p. 38) a cobrança do Subsídio Literário terminou com o Decreto

de 15 de março de 1816 e pelas instruções remetidas de Portugal às Juntas de Finanças

ordenou-se às Câmaras Municipais a coleta diária do Subsídio Literário e no período “de

quatro em quatro meses a ser depositado na caixa geral das Juntas de Finanças a fim de ser

utilizado no pagamento dos mestres e dos professores do ensino público”. Outra instrução

datada de 04 de setembro de 1773 ordena que “se houvesse excedente de receita, deveria ser

remetido a Portugal para lá ser aplicado no ensino superior ou acadêmico”. Contudo,

localizamos lançamentos com a rubrica Subsidio Literário, após a data limite estabelecida por

Almeida (2000), conforme o contido nas documentações localizadas no Arquivo Público

Mineiro (APM) em Minas Gerais, Fundo de Fazenda Provincial, Notação FP 3/1 – Caixas 01

e 02.

Com as contribuições de Bessa (1981) a implantação do Subsídio Literário em Minas

Gerais data de 17 de outubro de 1733, pelo mando do Real Erário, no Governo de Antônio

Furtado de Mendonça; em que consiste nas aguardentes de cana, de que se pagam nos

engenhos 80 réis por barril, e nos gados que vêm aos açougues, a 225 por cabeça. É aplicado

à subsistência dos professores régios da Capitania. (VASCONCELOS Apud BESSA, 1981,

p.42). Discordamos de tal colocação, pois através da documentação pesquisada localizamos a

Carta de Lei redigida em 10 de novembro de 1772, registrada na Secretaria de Estado dos

Negócios do Reino em 25 de novembro de 1772 e publicada em 26 de novembro de 1772 que

excluiu as antigas consignações, Coletas, para os Estudos e estabeleceu um imposto único

nomeado de Subsídio Literário, com a destinação ao pagamento dos professores das Escolas

Menores e da Universidade de Coimbra.

O inventário do Fundo de Fazenda Provincial encontra-se no Arquivo Público

Mineiro. A organização deste conjunto de documentos dá-se com a divisão em séries e

subséries. As séries são: correspondência recebida; correspondência expedida e documentação

interna. Contida na série 3, documentação interna, temos a subsérie 1: receitas, despesas da

6 Obra original publicada em francês:

ALMEIDA, José Ricardo Pires. Histoire de L’Instruction Publique au Brésil (1500-1889): Histoire et

Legislation. Rio de Janeiro: Leuzinger , 1889.

província (orçamentos, balanços, arrecadação de tributos, mapas de recebedorias, dívida

provincial, etc.). Sobre a qual adotaremos a sigla FFPM, fundo de fazenda provincial mineira,

doravante.

Para o período eleito, no FFPM encontram-se 246 páginas escritas de um total de 351

páginas e estão distribuídas em 36 pastas. Foram escritas e/ou desenhadas à mão ora a caneta

e a lápis ora a caneta ou a lápis.

O levantamento da fonte e a organização dos dados coletados permitem o uso de duas

categorias entrada e saída. No sentido de recebidas; arrecadadas; rendas diversas recebidas;

rendimentos; dinheiro; efetuou pagamento; recebimento de dízimos; recebimento subsídio

literário e dinheiro arrematado foram incluídas na primeira categoria. Na segunda estão

despesas; despesas diversas; devedores; relação de empregos e folhas (civis, militares e

eclesiásticas).

A fonte nos permite a identificação da entrada do subsídio literário no mês de

dezembro de 1823 no valor de 214$200 Réis, em documento assinado por Antônio Augusto

Monteiro de Barros; Fernando Luis Monteiro de Magalhães Barros e Manoel José Monteiro

de Barros, contendo despacho para apreciação do presidente e deputados do governo. Em 03

de julho de 1825 recebimento no valor de 13:577$460 Réis e cálculo do rendimento

correspondente ao termo médio 4:525$820 Réis para 1826, documento elaborado em

cumprimento do despacho de 9 de julho de 1825 do Conselho do Governo; o qual exige a

descrição resumida das rendas da Fazenda Pública mineira. Assinado no final pelo contador

João Inocêncio de Azevedo C., em 30 de julho de 1825, em cima da primeira folha tem

despacho de encaminhamento para o Presidente Imperial da cidade de Ouro Preto, em 30 de

julho de 1825, assinado por Antônio Augusto Monteiro de Barros; Fernando Luis Monteiro de

Magalhães Barros e Manoel José Monteiro de Barros, em 3 de julho de 1825.

Em documento datado de 23 de agosto de 1825 e assinado pelo contador José Inocêncio

de Azevedo C. constitui na categoria saída à despesa com os professores de latim nas

localidades de Pitangui, Caeté, Ouro Preto, Mariana, Guarapiranga, Paracatu, São João Del

Rei, Minas Novas, Campanha, Tejuco, Brejo do Salgado, A. Da Conceição, Sabará, A. Do

Rio Preto, Baependi, São José, Vila do Príncipe. Cada lugar com um professor ganhando

400$000 Réis, perfazendo um total de 6:800$000 Réis. Em Ouro Preto, Antônio Dias,

Guarapiranga, Congonhas do Campo, Santa Bárbara, São Miguel, Curral del Rey, Paracatu,

Sabará, Sumidouro, Queluz, Joaquim, Caeté, Barbacena, São José, Vila do Príncipe,

Campanha, Rio Vermelho, Pitangui, Catas Altas, São João Del Rey, Baependi, Tamanduá,

Brejo do Salgado, Jacuí, Conceição, Santa Luzia, Infecionado, Itabira do Mato Dentro e

Minas Novas tem-se um professor de primeiras letras em cada localidade a ganhar 150$000

Réis anualmente, sendo subtotal de 4:500$000 Réis. Ao professor de Ouro preto o ordenado

de dezembro 200$000 Réis; ao lente de ensino mútuo da Vila de São João Del Rei o ordenado

de 240$000 Réis, enquanto durar no exercício, dando subtotal de 440$000 Réis. Aos

professores aposentados de Ouro Preto: Padre Manuel Joaquim Ribeiro, filosofia racional, e

Padre José Pereira Romão, primeiras letras, as quantias de 460$000 Réis e 150$000 Réis,

respectivamente. Perfazendo, portanto, um total de 12:350$000 Réis.

A despesa com o subsídio literário, saída, encontra-se na tabela de despesa da

Província de Minas Gerais do ano financeiro de 1º de julho de 1829 até 30 de junho de 1830.

Documento datado de 14 de agosto de 1830 e assinado pelo escrivão deputado da junta da

fazenda João Joaquim da Silva Guimarães, pelo contador interino Lucas Antonio de Souza

Oliveira e Castro e o conforme de Lucas Antonio de Souza Oliveira e Castro. Tabela

organizada em 3 colunas, que são objeto de despesa; leis ou ordens que a autorizam e quantias

despendidas: administração do subsídio literário dos administradores e cobrança de diversos

anos; provisão, despachos e portarias da Junta da Fazenda autorizadas pela Provisão do

Tesouro de 19 de outubro de 1772 e 1:043$294 Réis.

Percursos do orçamento: a Instrução Pública mineira nos orçamentos imperiais de

1831/32 e 1833/34

Em cumprimento a Carta Magna de 1824 foi efetuada tentativa com propósito da

elaboração e aprovação de um projeto orçamentário. A organização orçamentária e seus

caminhos até a distribuição da verba às Províncias do Brasil foram determinados pelo

legislativo. O orçamento inicia-se com proposta do Poder Executivo nas divisões de receita e

despesa fundamentada em tabelas com as verbas e a legislação a qual a determina. A tabela da

receita era calculada pelo termo médio da renda dos três últimos anos, substituído pela

arrecadação do exercício corrente. Os diferentes ministérios nas suas devidas repartições

calculam a receita e a despesa com encaminhamento aos ministros que após análise as enviam

ao Tesouro. O setor de contabilidade confere e organiza toda a receita e despesa dos

ministérios e submetendo-as ao Ministro da Fazenda. Em reunião ministerial ficam

determinados os valares solicitados fundamentados no princípio do equilíbrio orçamentário. A

Lei da aprovação orçamentária é votada e segue à sanção imperial através de comissão

formada pelos deputados (Carreira, 1980).

Nos estudos de Carreira (1883) o primeiro projeto orçamentário apresentado em 08 de

agosto de 1826 à Câmara dos Deputados fora rejeitado; o segundo em 05 de agosto de 1827,

nem chegou a ser discutido pelos deputados; e, por fim, no percurso da terceira tentativa no

ano de 1828 foi aprovado um projeto de orçamento para o ano seguinte e sancionado por

decreto em 08 de outubro de 1828. Após a abdicação de D. Pedro I, em 1831, o Parlamento

votou a primeira Lei do Orçamento que correspondeu ao período de 1º julho a 30 de junho

dos anos de 1831-1832.

O Ato Adicional de 12 de agosto de 1834 delegou poderes às Províncias, criou as

Assembleias Legislativas Provinciais e delegou a elas o poder de legislar sobre a “instrução

pública e estabelecimentos próprios a promovê-la, não compreendendo as faculdades de

medicina e os cursos de direito” conforme o parágrafo 2º do artigo 10. No parágrafo 5º desse

artigo estabeleceu competência “sobre a fixação das despesas municipais e províncias e os

impostos a elas necessários, com tanto que estes não prejudiquem as imposições gerais do

Estado. As Câmaras poderão propor os meios de ocorrer às despesas dos seus municípios”.

A Instrução Pública mineira nos orçamentos imperiais de 1831/32 e 1833/34 conforme

as Leis Imperiais consultadas e retro mencionadas foram distribuídas conforme a Tabela 17.

Na tabela 1, Minas Gerais na coluna nomeada % instrução pública provincial pelo

valor a despender com a província – aproximado8 permanece com 20%, porém ao analisar

os recursos da instrução pública em relação ao valor total de cada província verificam-se

oscilações nos anos financeiros.

7 Dados coletados na Legislação Imperial brasileira. Disponível em: http://www2.camara.gov.br/. Último acesso

em: 17 fev. 2012 possibilitaram a construção desta tabela por mim. 8 Destaque meu

Tabela 1

Valores a despender com as províncias e a instrução pública: ano financeiro de 1831-

1832 e de 1833-1834 – Brasil

Em 1$000 réis

Fonte: Legislação imperial brasileira. Disponível em: <www.camara.gov.br/>. Acesso em: 17 fev. 2013

9 Incluído 150$000 do mestre de primeiras letras de Friburgo.

10 Incluído Academia médico-cirúrgico.

11 Incluída a ordinária de 1:000$ ao Seminário.

12 Consultando os dois exemplares da Lei de 15 de dezembro de 1830

existente no sítio

http://www.camara.gov.br/ (TEXTO PUBLICAÇÃO ORIGINAL e Coleção de Leis do Império do Brasil – 1830,

Página 100 Vol. 1 pt I – Publicação Original), constatei que os lançamentos dos valores a despender com a província

de Alagoas não são os mesmos. Utilizo o valor lançado no último exemplar após analisar um erro de cálculo de

2:000 rs. no primeiro exemplar com a referida província.

13 Incluído o Liceu.

14 Inclusive o Seminário e o Liceu.

15 Inclusive 400$000 para o Seminário e Colégio de educandas.

16 Compreendidos os Seminários.

17 Inclusive o Lente de Cirurgia Prática.

Provín-

cias

Valor a despender com

a província

Valor a despender com a

instrução pública

provincial

% instrução pública

provincial pelo valor a

despender com a

Província

(aproximado)

Ano Financeiro

1831/32 1833/34 1831/32 1833/34 1831/32 1833/34

RJ 321:176 319:515 28:8809 31:000 9 10

ES 24:421 39:088 6:140 6:140 25 16

BA 144:051 304:870 38:32710

33:00011

27 11

SE 22:519 33:649 7:172 9:200 32 27

AL 35:46012

46:927 6:710 6:800 19 14

PE 155:180 270:617 21:97213

22:00014

14 8

PB 39:077 59:306 6:000 10:000 15 17

RN 17:566 29:876 5:550 5:550 32 18

CE 57:743 54:852 11:021 13:800 19 25

PI 18:450 36:058 4:680 7:100 25 20

MA 78:048 146:482 12:040 13:390 15 9

PA 32:977 78:768 6:310 16:30015

19 21

SP 92:929 119:506 20:220 22:22016

22 19

SC 15:356 29:779 2:790 3:20017

18 11

RS 28:537 99:844 5:600 12:000 20 12

MG 127:169 196:937 25:281 40:000 20 20

GO 26:272 43:809 8:968 9:494 34 22

MT 17:507 33:352 2:800 4:360 16 13

TOTAL 1:254:438 1:943:235 220:461 265:554 18 14

Considerações

Ao levar em consideração a coleta de dados levantada no Fundo de Fazenda Provincial

(APM), Notação FP 3/1 – Cx.1 concordamos com as formulações de Cavalcanti (1889) em

que durante o primeiro reinado, 1822 a 1831, a escrituração feita no Tesouro Nacional e nas

Juntas de Fazenda eram regidas por leis dos tempos coloniais, algumas por cartas régias e sem

escrituração regular. Essa convivência entre o feito e o a fazer e a construção da organização

dos orçamentos com o Ministério do Império, foi, então, observado um aprendizado na

construção dos controles para a elaboração dos dois primeiros orçamentos provincial mineiro

ao longo do período de 1822 a 1834, permanecendo em evidência o crescimento com os

gastos e a alocação de recursos para o ensino elementar. O que era de mais moderno à época.

Através da análise documental consultada, sobretudo o Ato Adicional à Constituição

decretado em 1834 em que delega a cargo das Assembleias Legislativas Provinciais a

legislação e a promoção da instrução pública elementar e secundária, menos as faculdades de

medicina e cursos jurídicos concluímos que não há consenso sobre o marco temporal da

origem e do término do imposto denominado Subsídio Literário. Contudo, tendemos,

portanto, em concordar com as análises de Morais e Oliveira (2012) e de Oliveira; Oliveira,

M. S. e Santos (2011) quanto ao período de vigência desse imposto - 1772 até 1834.

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