Integracao Gis e Bim Para Planejamento Urbano

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    INTEGRAO GIS E BIM PARA PLANEJAMENTO URBANO

    CHIRINA, Maria Letcia Bassoli (1); CRESPO, Marina Rosa (2);GONALVES, Juliana Pinheiro (3)

    (1)Mestranda em Eng. Civil, [email protected], Departamento de Engenharia de Construo Civil, Escola Politcnica daUniversidade de So Paulo (EPUSP)(2)Mestranda em Arquitetura e Urbanismo, [email protected] Universidade de So Paulo (FAUUSP)(3)Mestranda em Eng. Civil,[email protected], Departamento de Engenharia de Construo Civil, Escola Politcnica daUniversidade de So Paulo (EPUSP)

    RESUMO

    O crescimento das cidades um fenmeno expressivo em todo o mundo contemporneo. Nos

    pases em desenvolvimento, sua velocidade e desequilbrio acarretam grande sobrecarga para arede de servios pblicos, acentuam contrastes e conflitos sociais e revelam insuficincias nossistemas de habitao, infraestrutura, segurana e recursos naturais. A defasagem do

    planejamento urbano em relao realidade das cidades pode, em parte, ser relacionada dificuldade de obteno e processamento de dados scio espaciais urbanos, tarefa quetradicionalmente requer tempo e recursos financeiros significativos. Diante de tantos desafios, preeminente a assimilao de novos processos aos mtodos tradicionais e o urbanismo vemrecentemente, incorporando avanos presentes em outros campos. Na ltima dcada, aModelagem da Informao da Construo (BIM) tornou-se um processo importante nos setoresde edificao e infraestrutura e as aplicaes em planejamento urbano passaram a requerer

    processos anlogos. Assim, verifica-se uma evoluo nos Sistemas de InformaesGeogrficas (GIS) tradicionalmente usados no urbanismo, incorporando novas propriedades devisualizao, anlise automatizada e bases de dados colaborativas. No GIS, as bases de dadosespaciais com representaes 2D ou 2.5D vm sendo substitudas por ferramentas quecomportam modelos geoespaciais 3D sofisticados para simulaes complexas. Novas pesquisasestudam formas de interao entre os sistemas GIS e BIM para que informaes espaciais

    possam ser transferidas de forma direta entre essas esferas, possibilitando uma abordagemintegrada de cidade e construo. O foco desta evoluo multidisciplinaridade,interoperabilidade, compartilhamento e um carter dinmico que acompanhe o ritmodeterminado pelo desenvolvimento das cidades.

    Palavras-chave: GIS. BIM. CIM. Planejamento Urbano. Cidades 3D. Cidades Inteligentes.

    Urbanismo

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    ABSTRACT

    The growth of cities is a significant phenomenon throughout the contemporary world. In

    developing countries, its speed and imbalance lead great burden on the utility grid, emphasize

    contrasts and social conflicts and demonstrate weaknesses in housing systems, infrastructure,

    safety and natural resources. The lag of urban planning compared to the reality of cities can

    partly be associated with difficulty of collection and processing of municipal spatial partner

    data, a task that traditionally requires significant time and financial resources. Faced with somany challenges, it is preeminent to assimilate new processes to traditional methods and

    urbanism has been incorporating advances present in other fields. In the last decade, the

    Building Information Modeling (BIM) has become an important process in the sectors of

    building and infrastructure and applications in urban planning started to require similar

    procedures. Thus, there is an evolution in Geographic Information Systems (GIS) traditionally

    used in urban planning, incorporating new display properties, automated analysis and

    collaborative databases. In GIS, spatial databases with 2D or 2.5D representations are being

    replaced by tools that contain geospatial sophisticated 3D models for complex simulations.

    New researches are concentrated on ways of interaction between the GIS and BIM systems for

    spatial information can be transferred directly between these spheres, enabling an integrated

    approach to city and construction. The focus of this development is multidisciplinary,interoperability, sharing and a dynamic character that follow the pace determined by the

    development of cities.

    Keywords:GIS. BIM. CIM. Urban Planning. 3D Cities. Intelligent Cities. Urbanism

    1 INTRODUO

    Com o aumento acelerado do nmero de pessoas vivendo em centros urbanos, o crescimento

    das cidades, geralmente, ocorre de forma acelerada e desorganizada. Esses fatos geram conflitosde ordem social, econmica e de infraestrutura. Uma das preocupaes atuais do planejamentourbano como controlar e ordenar o avano dessas ocupaes e melhorar as condies das jexistentes.

    Para que o gerenciamento adequado das cidades possa acontecer, necessria a obteno emanipulao de dados confiveis e com rapidez compatvel com as dinmicas urbanas. Atomada de deciso deve ser embasada por informaes o mais prximo da realidade possvel.Por exemplo, o reconhecimento de padres de mudanas no uso e ocupao do solo podefornecer elementos para responder algumas destas questes; ao identificar uma rea deocupao possvel planejar a alocao das famlias total ou parcialmente, ou tentar fornecer

    infraestrutura e legalizar determinado local.

    A imagem orbital ajuda nesse sentido, pois uma das fontes mais tradicionais de dados para aconfeco de mapas de uso e ocupao do solo. Com o aumento da resoluo espacial dos

    produtos de sensoriamento remoto orbital permite-se a realizao de mapeamentos, anlises emonitoramento da rea urbana, servindo de base para os profissionais responsveis pelo

    planejamento urbano, pois estas informaes auxiliam nas anlises, previso e controle demudanas no espao dinmico. Isso porque se torna possvel planejar as cidades por meio demonitoramento da rea e de informaes bem prximas do real, rpidas e a um custo menor.

    Hoje, o planejamento urbano conta com ferramentas computacionais que podem auxiliar no

    processo de tomada de decises, seja atravs de modelagem computacional, ou atravs daobteno de dados mais confiveis (prximos da realidade). Mudanas de paradigmas ondemtodos tradicionais que se mostram segmentados, reativos, com utilizao de tecnologias 2D

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    e por isso com propenso a erros esto sendo substitudos por novos processos digitais,colaborativos, 3D, que tm como fundamento detectar erros e, assim, prevenir problemas.

    Nesse sentido, ferramentas esto evoluindo para que consigam agregar mais informaes, como o caso do ArcGIS e novos processos so criados como o CIM (City Information Modeling)com a finalidade de embasar a tomada de deciso em diversas partes do mundo.

    1.1 Justificativa

    De acordo com os dados do IBGE (2005), em 60 anos triplicou o nmero de pessoas vivendonas cidades do Brasil. Na dcada de 40, a populao urbana brasileira era de 18,8 milhes dehabitantes, passando em 2000 para cerca de 138 milhes.

    Segundo Rodrigues (1992), em muitas cidades o crescimento ocorreu to rapidamente que noacompanhou a urbanizao necessria boa qualidade de vida de seus habitantes. Esse cenrio causado parcialmente pela falta de polticas de habitao eficientes e pela inexistncia demetodologias para a atualizao de dados e informaes compatveis com a mutvel dinmicaespacial e temporal das cidades.

    Nesse contexto, faz-se necessria a assimilao de novos processos aos mtodos tradicionaisde planejamento urbano que permitam uma melhor gesto de planejamento, projeto, construoe operao de cidades. Modelos 3D inteligentes para cidades esto sendo criados paravisualizao, anlise e compartilhamento de informaes, de maneira colaborativa.

    1.2 Objetivos

    O presente artigo tem como objetivo analisar, a partir de experincias nacionais einternacionais, sistemas de apoio tomada de decises relativas a Planejamento Urbano com aevoluo do GIS (Geographic Information Systems) para CIM (City Information Modeling) esuas relaes com BIM (Building Information Modeling), bem como apresentar estudos de caso

    relevantes, onde esses conceitos j foram empregados.

    1.3 Metodologia

    A metodologia utilizada para este artigo foi a reviso bibliogrfica a partir das palavras-chavesidentificadas e seus sinnimos: GIS (SIG), BIM, CIM, planejamento urbano, cidades 3D,cidades inteligentes e urbanismo.O entendimento do estado da arte da disciplina no Brasil e nomundo identifica as perspectivas de integrao entre os conceitos de BIM (Building Information

    Modeling) e GIS (Geographic Information Systems) chegando ao conceito de CIM (CityInformation Modeling) e seus ganhos para o planejamento urbano futuro.

    2 GIS (GEOGRAPHI C INFORMATION SYSTEMS)

    O GIS (Geographic Information Systems), conforme a definio apresentada por Leite (2010), um conjunto de tcnicas para aquisio, armazenamento, anlise, manipulao e apresentaode dados georreferenciados. No Brasil, o GIS tambm conhecido pelo termo SIG (Sistemade Informao Geogrfica).

    O sistema originou-se da necessidade de diminuir o custo de elaborao e manuteno de mapaspor meio da automao do processamento de dados espaciais. Assim, em 1960, foidesenvolvido o primeiro software GIS, o Canadian Geographic Information System, para

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    desenvolver um inventrio dos recursos naturais do pas. No entanto, foi apenas a partir dadcada de 1980 que o GIS passou a ter a capacidade de cruzar dados e gerar novas informaes,devido ao avano tecnolgico computacional e de programao de softwares (LEITE, 2010).

    Leite (2010) explica que o GIS pressupe uma interao entre o usurio e o computador - ousurio imputa dados e o software faz anlises complexas de acordo com uma metodologia pr-

    estabelecida. O sistema trabalha com bancos de dados alfanumricos conectados a uma basecartogrfica. Uma grande quantidade de dados pode ser transformada em informaes que,quando cruzadas, geram novas informaes em forma de grficos, tabelas e principalmentemapas. Essa capacidade de combinar dados de diferentes fontes e espacializ-los em um mapafaz com que sistemas de informao geogrfica sejam hoje extensamente utilizados paraestudos de correlao. Leite (2010) afirma que sem essa caracterstica de espacializao de

    banco de dados, um sistema no pode ser considerado GIS.

    Nesse sentido, importante estabelecer claramente uma diferenciao entre GIS e CAD(Computer Aided Design). O CAD faz parte do sistema das geotecnologias, mas no um GIS,

    sendo sua funo principal o desenho de mapas digitais que, em geral, possuem apenaspropriedades grficas. A base cartogrfica usada para a espacializao dos dados no sistemaGIS pode ser obtida de diferentes formas, incluindo mapas digitais desenvolvidos em CAD.Todavia, no sistema GIS os dados geogrficos podem receber atributos descritivos paraconsulta, atualizao e manipulao atravs do banco de dados alfanumrico (LEITE, 2010).

    Para Maguire (1991) citado por Leite (2010, p.59), a possibilidade de integrao de dados deoutras tecnologias no ambiente do SIG [GIS] responsvel pelo sucesso desse sistema deanlise espacial. A Figura 1 a seguir ilustra o conceito GIS como plataforma que abrange

    outras geotecnologiassensoriamento remoto, GPS, bancos de dados, CAD etc.

    Figura 01Tecnologias de Integrao com GISFonte: Maguire, 1991 apudLeite, 2008, p.59

    A unio das geotecnologias possibilita a criao de sistemas de informao ricos e sofisticadoscom aplicaes que podem variar de acordo com o tipo de informao contida no banco dedados geogrficos. Ao ser capaz de correlacionar cenrios existentes, previstos ou propostos oGIS configura-se como importante ferramenta de planejamento, gesto e de auxlio a tomadas

    de deciso. No contexto do urbanismo e tambm dos estudos socioeconmicos, a aplicaodo GIS vem se desenvolvendo nos ltimos anos com contribuies acadmicas significativas enovas tecnologias associadas aos modelos espaciais.

    SIGGPS BANCO DEDADOS

    CAD

    SENSORIAMENTOREMOTO

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    3 EVOLUO DO GIS

    De acordo com El-Makawy (2010), partilha e troca de informaes no setor da construo tmsido a fora condutora por trs de tecnologia e desenvolvimento de aplicativos na ltima dcada.A modelagem de informaes tornou-se uma abordagem importante e pesquisas nesta rea

    resultaram na aplicao da Modelagem de Informao da Construo (BIM). O mesmo autorexplica que, embora o setor seja ainda fortemente afetado pela falta de comunicao entre osdiferentes intervenientes, o BIM hoje tornou-se uma rea de pesquisa ativa para lidar com os

    problemas relacionados integrao da informao e interoperabilidade.

    Diante tal desenvolvimento, as reas de construo e infraestrutura, planejamento urbano eregional passaram a requerer processos anlogos de modelagem da informao. Equipesmultidisciplinares comeam a aplicar estes conceitos aos Sistemas de Informaes Geogrficas(GIS), j tradicionalmente usados no urbanismo, buscando agora novas propriedades de

    visualizao, compartilhamento e inteligncia de processamento de dados.

    At recentemente, os Sistemas de Informaes Geogrficas tinham como principal objetivodefinir a macro escala urbana e regional, sendo que havia pouca interao com geometria einformao proveniente das edificaes. Por isso, embora o ambiente GIS j fosse espacial, asaplicaes no exploravam plenamente o potencial de modelagem e visualizao 3D.Atualmente, o GIS ganham importncia para modelar ruas e objetos espaciais no entorno dasedificaes, bem como mobilirio urbano. Por outro lado, conforme observa El-Mekawy(2010), mesmo as informaes 3D geradas at recentemente no eram, em geral, feature-oriented. Portanto, geometria e semntica 3D, que no eram o foco das informaes imputadas

    e analisadas, passam agora a ganhar importncia. As aplicaes GIS que efetuam consultastemticas, tarefas de anlise e simulao requerem que o significado e as relaes entre objetosespaciais (edifcios, terreno, correntes de gua, redes de transporte, vegetao, mobiliriourbano etc.) sejam entendidos e modelados (EL-MAKAWY, 2010).

    Em relao aos modelos BIM, os modelos geoespaciais desenvolvidos em GIS usam mtodosgeomtricos simplificados, mais eficientes para representar um grande nmero de objetosespaciais (EL-MEKAWY, 2010). Esses modelos carregam, alm das informaes geomtricasem nvel de detalhe apropriado para a escala de aplicao, informaes semnticas relevantes

    para as anlises desenvolvidas pelo urbanismo, diferentes das anlises desenvolvidas pelaconstruo. A Figura 02, mostrada a seguir, exemplifica a aplicao de modelos geoespaciais

    para a visualizao e anlise urbana em escala aproximada. Percebe-se que informaesdiferentes so imputadas no modelo: esquerda a geometria adequada para visualizao doacesso subterrneo; direita uma superfcie de fechamento modelada sobre o acesso para

    permitir o clculo de volume usado em simulaes de enchentes e disperso de gases (EL-MEKAWY, 2010).

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    Figura 02Uma superfcie virtual de fechamento sela a entrada de uma passagem depedestres (esquerda) e um tnel (direita)

    Fonte: OGC (2010) apudEl-Mekawy, 2010, p.21

    A evoluo presente na tecnologia GIS para a criao dos modelos geoespaciais pode ser

    sintetizada de acordo com trs princpios: Visualizao espacial (modelos 3D);

    Bases de dados integradas e colaborativas;

    Anlise automatizada e simulaes (modelagem paramtrica e orientada ao objeto).

    Nesse sentido, interessante relacionar que o modelo geoespacial 3D, ainda que carregueinformaes com objetivos e estrutura de dados diferente, apresenta capacidades anlogas sdo modelo BIM. possvel, por exemplo, verificar os conceitos de visualizao,

    parametrizao e integrao na definio oferecida pela U.S. General Services Administration

    (GSA 2007), segundo a qual um modelo BIM uma representao detalhada, orientada aoobjeto, inteligente e paramtrica de um edifcio, a partir da qual podem ser extrados dados,vistas e anlises apropriados para atender a necessidade de vrios intervenientes. Pode-setambm recorrer a Isikdag et al(2007 apudEL-MEKAWY, 2010), de acordo com quem o BIMtem como caractersticas gerais ser orientado ao objeto, rico em dados e em semntica,tridimensional, definir relaes espaciais e hierrquicas e suportar a gerao de vistas.

    Em relao modelagem das informaes geoespaciais nos Sistemas de InformaesGeogrficas, El-Mekawy (2010) explica que um dos desafios presentes a coleta de dados paraas vastas reas urbanas. Conforme o autor, existem vrias formas de obteno de informaosobre o ambiente geoespacial e sobre edifcios em reas urbanas.

    Por um lado, informao geomtrica pode ser obtida a partir de diferentes bases CAD, pelasimplificao de modelos de construo BIM, ou pela medio feita por mtodos de laser-

    scanning e sensoriamento remoto. Nesse sentido, oportuno mencionar a contribuiosignificativa trazida pelos drones, ou UAV (Unmanned Aerial Vehicle), para o sensoriamentoremoto e o laser scanning. De acordo com Humphrey (2014), comparado ao uso de avies ousatlites, o uso de um dronepara a obteno de imagens por sensoriamento remoto tem maisresoluo e sobreposio na cobertura devido s caractersticas de seu voo. J usando laser

    scanning, reas inteiras podem ser capturadas rapidamente e posteriormente processadas emnuvens de pontos 3D. Drones expandem rapidamente as possibilidades de obteno deinformaes porque podem acessar dados de uma forma mais rpida e barata do que os meios

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    correntes, proporcionando, inclusive, atualizao frequente das bases. Os profissionais podemter acesso a sua prpria frota de veculos areos e capturar dados como e quando lhes forconveniente. Humphrey exemplifica que umas das recentes aplicaes dos dronespara o GIS o Full Motion Video, que sincroniza vdeos com mapas digitais usando estabilizao deimagem e georreferenciamento. Existe, segundo o autor, extensa integrao dos dados obtidos

    por dronescom o software ArcGIS, por exemplo.

    Se a questo da informao geomtrica pode ser facilitada por esses modernos sistemas delevantamento, existe todavia a questo da informao semntica. El-Mekawy (2010) explicaque ela pode ser interpretada e imputada a partir de bases CAD, a partir de tcnicas de inspeoin locoe posterior transferncia dos dados, ou ainda, por meio de modelos de construo BIMdos edifcios e infraestrutura presentes no contexto analisado.

    Como BIMs so orientados ao objeto, a obteno a partir deles de uma imagem simplificada(geomtrica e semntica) para o uso em GIS seria vivel atravs de consultas que extrassem as

    informaes necessrias no nvel geoespacial. H uma sobreposio significativa em termosde contedo entre os modelos de informao geoespacial do GIS e os modelos de informaoda construo desenvolvidos em BIM. A Figura 03, apresentada a seguir, ilustra estasobreposio de esferas e as contribuies que ambos os formatos de dados, CityGML

    proveniente do GIS e IFC proveniente do BIM, podem oferecer na troca de informaes.

    Figura 03A interao entre CityGML e IFCAdaptado de: El-Mekawy, 2010, p.6

    No entanto, existem desafios importantes na integrao das informaes provenientes de GIS eBIM devido s diferenas nas estrutura de dados dos formatos empregados, nos nveis dedetalhamento (tanto semntico quanto geomtrico) e nos objetivos dos dados imputados.

    4 INTEGRAO GIS E BIM: CIM (CITY INFORMATION MODELING)

    A maioria dos esforos na rea de modelagem 3D de cidades, incluindo servios web,

    concentra-se na representao de modelos grficos ou geomtricos; sendo que os aspectossemnticos e topolgicos so muitas vezes esquecidos (Brenner e Haala et al., 2001).

    Objetos urbanos

    Aplicaes do CityGML

    Objetos de edificao

    Aplicaes do IFC

    Volumes edificados, demarcao de fachadas e acessos,informao sobre uso e ocupao, dados sobre populao,gerao de trfego e resduos etc.

    Servios urbanos, entorno construdo e sistemavirio, diretrizes de uso e ocupao do solo,topografia, interligao com a rede pblica deinstalaes etc.

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    No h uma relao simples e direta para a extrao dos objetos semnticos e geomtricosrelevantes nos dois sistemas. IFC e CityGML so hoje os formatos proeminentes paraaplicaes BIM e GIS respectivamente, mas a interoperabilidade entre esses formatos ainda um passo necessrio.

    A Figura 04, extrada de El-Mekawy (2010), ilustra um modelo proposto de interoperabilidade

    entre IFC e CityGML e suas potenciais aplicaes para diretrizes de construo, anlise derudos, performance energtica, segurana e outros usos colaborativos. A interoperabilidade vista pelo autor como um dos grandes desafios de hoje no desenvolvimento de infraestruturasde dados espaciais.

    Figura 04Modelo proposto de integrao City GML e IFCFonte: El-Mekawy, 2010, p.41

    importante ressaltar as diferenas no carter, forma e nvel de detalhamento das informaespresentes nos dois formatos. Um possvel modelo de transformao de um modelo IFC paraCity GML onde so extradas apenas as informaes essenciais de volumetria externa, gabaritoe acesso da edificao demonstrado na Figura 05.

    Figura 05Modelo proposto de transformao

    Fonte: El-Mekawy, 2010, p.36

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    IFC e CityGML usam terminologias diferentes para descrever um mesmo domnio e existe umagrande heterogeneidade em sua semntica. Profissionais de ambos domnios tm feitotentativas significativas para integr-los, traduzir automaticamente a informao de um para ooutro e produzir aplicaes comuns teis. Existem, conforme explica El-Mekawy (2010)estudos em curso que tratam da relao CityGML/IFC por diferentes abordagens:

    converso unidirecional; converso bidirecional;

    modelo intermedirio unificado (UBM ou unified building model);

    down-gradingdo IFC para menor nvel de detalhe (LOD) em CityGML;

    harmonizao semntica.

    Um dos primeiros esforos para a integrao do IFC e GIS, segundo Xu et al. (2014), aextenso IFG, que visa a utilizao de IFC e CityGML para a troca de informaes entre GIS eCAD. Primeiro, identificaram-se todas as entidades IFC que poderiam apoiar aplicaes deGIS, em seguida, mapearam-se essas entidades para GML. O projeto IFG criou uma

    especificao de mapeamento para a troca entre IFC para GML.Uma pesquisa, segundo Xu et al. (2014), foi conduzida pelo Research Centre Karlsruhe e

    Hochschule Karlsruhea fim de desenvolver um algoritmo que tornasse possvel o formato IFCser convertido automaticamente em CityGML. Mas s foi possvel tal converso nos nveisLOD1 e LOD2 de CityGML descritos anteriormente.

    A abordagem de El-Mekawy (2010) estabelece que o primeiro passo para extrair os objetossemnticos relevantes do IFC e do CityGML o mapeamento da estrutura de informao deambos os formatos, seguido da identificao do LOD (aplicado no conceito level of detail) domodelo alvo. As Figuras 06 e 07 mostram os cinco LODs do edifcio no CityCML e umesquema de sua respectiva estrutura de dados.

    Figura 06Os cincos nveis de detalhe (LOD) no City GMLFonte: El-Mekawy, 2010, p.20

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    Figura 07O modelo do edifcio no CityGML

    Fonte: El-Mekawy, 2010, p.44

    El-Makawy (2010) props uma abordagem baseada no modelo unificado. Ele tenta desenvolverum modelo de construo unificada (UBMUnified Building Model), para permitir a capturade informaes de CityGML e IFC. O UBM tem estabelecido uma base para ainteroperabilidade, que permitir a converso bidirecional. Consiste num mtodo em duasetapas no qual os modelos CityGML so convertidos para UBM e em seguida para os modelosde IFC, e vice-versa. Contudo, ele ainda no registra as informaes obtidas a partir de ambosos modelos IFC e CityGML e, por enquanto, o mapeamento semntico no demonstrado no

    UBM.

    Um mtodo bidirecional de converso IFC e CityGML para integrao BIM e GIS (Figura 08)poderia levar ao desenvolvimento de aplicaes unificadas com claros benefcios no nveloperacional (por exemplo, reduo de custos, visualizao de dados unificada) e no nvelestratgico (por exemplo, gesto de crises e aumento de capacidades de anlise). Entretanto,El-Mekawy (2010) explica que, at o momento, a maioria dos resultados obtidos refere-se aouso de um mtodo unidirecional (principalmente do IFC para CityGML) para um processosimples de converso. Uma abordagem completa que integra totalmente ou suporta umaconverso automtica e bidirecional entre ambos (CityGML e IFC) ainda no foi desenvolvida.

    Figura 08Integrao BIM e GIS para que as informaes coletadas no CIM tragambenefcios ao planejamento urbano e urbanismo. Fonte: Xu et al., 2014, p.04

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    5 ESTUDOS DE CASO NO MUNDO

    5.1 City Engine (Esri)

    Esri CityEngine um software de modelo tridimensional desenvolvido pela equipe de P&D daEsri (anteriormente Procedural Inc.) e especializado na gerao de ambientes urbanos em 3D.

    O CityEngine permite a criao de modelos 3D de cidades em grande escala detalhadas. Aaquisio do CityEngine pela Esri tem o objetivo de avanar com as tecnologias do GIS 3D edo geodesign, incorporando os conceitos de BIM para uma escala de planejamento urbano.Segundo o site da Esri, a prxima verso do CityEngine permitir que os usurios do ArcGISusem os dados GIS existentes para criar contedos 3D de alta qualidade e que podem sercompartilhados nas comunidades da web (Figura 09). Estes avanos mostram que h umatendncia para a convergncia aos modelos CIM.

    Passo 1: importaode informaesgeorreferenciadasem 2D.

    Passo 2: importaoou criao deelementos 3D para abase do modelo(ruas, quadras etc)

    Passo 3: criao devolumes dosedifcios e inserode mobiliriourbano

    Passo 4: criao dasfachadas e suastexturas

    Passo 5: finalizaodo modelo 3D decidade ecompartilhamentona webe atualizaode informaes noslayers.

    Figura 09Etapas do CityEngine. Fonte: Adaptado de Esri, disponvel em: . Acesso em: 10 dez. 2014

    Dentre as atividades que podem ser realizadas para melhoria da avaliao de projetos urbanos,pode-se destacar: estudo de viabilidade de tecnologias verdes para as edificaes e seu entorno(Figura 10); avaliao de potencial construtivo a partir de legislao existente (Figura 11);estudo de sombreamento a partir da implantao de edificaes na regio (Figura 12); estudode raio de preservao de patrimnio histrico e seus bloqueios de vistas com gabaritos

    mximos permitidos (Figura 13) e estudos de trfego na regio (Figura 14).

    Figura 10- Estudo de telhado verde em coberturas de edifcios.Fonte: Imagens extradas de vdeo Singapore-Urban Redevelopment Authority, disponvelem: < http://www.esri.com/software/cityengine>. Acesso em: 10 dez. 2014

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    Figura 11- Estudo de densidade populacional, zoneamento e implantao(potencial construtivo).

    Fonte: Imagens extradas de vdeo Singapore-Urban Redevelopment Authority, disponvelem: < http://www.esri.com/software/cityengine>. Acesso em: 10 dez. 2014

    Figura 12- Estudo de densidade populacional, zoneamento e implantao(sombreamento).

    Fonte: Imagens extradas de vdeo Singapore-Urban Redevelopment Authority, disponvelem: < http://www.esri.com/software/cityengine>. Acesso em: 10 dez. 2014

    Figura 13- Estudo de preservao de patrimnio histrico a partir das visuais egabaritos mximos das edificaes.

    Fonte: Imagens extradas de vdeo Singapore-Urban Redevelopment Authority, disponvelem: < http://www.esri.com/software/cityengine>. Acesso em: 10 dez. 2014

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    Figura 14- Estudo de trfego gerado aps desenho urbano proposto (comparativoentre existente e proposto).

    Fonte: Imagens extradas de vdeo Singapore-Urban Redevelopment Authority, disponvelem: < http://www.esri.com/software/cityengine>. Acesso em: 10 dez. 2014

    5.2 Planning Support Systems(PPS)

    Os PSS (Planning Support Systems)discutem desde os objetivos do planejamento, os sistemasde apoio que podem ser utilizados para embasar decises, at quem deve estar envolvido emtodo o processo. Esboa os domnios do planejamento e dos softwares que do suporte parasuas vrias tarefas, tentando fazer da troca de informaes ao redor de todo o mundo um deseus principais objetivos. Devido a muitas foras que vo desde mudanas de concepes dosobjetivos do planejamento urbano e de quem deve ser envolvido, at a rpida difuso decomputadores e seus softwares, buscam a construo cada vez maior de produtos e softwaresgeneralistasaplicveis ao maior nmero de atividades e cidades possvel.

    Identificam-se duas foras motrizes: a necessidade cada vez maior de visualizao (modelagem

    3D) que permite a interao com o computador (simulaes) e o movimento com relao disseminao e compartilhamento de dados de software e ideias em toda a web. Vrios servios

    baseados na web so desenvolvidos para compartilhar dados espaciais que, por sua vez,sugerem maneiras nas quais as partes interessadas podem comear a discutir questes urbanascolaborativamente.

    5.2.1 Monitoramento da Poluio do ar em Londres

    Londres conta com uma rede de sensores de poluio do ar espalhada por toda a cidade quefornece alimentaes horrias de dados que so ento mapeados e visualizados utilizando as

    rotinas de superfcie em ArcGIS. Pode-se, ento, sobrepor estes dados para o modelo 3D, comomonstra a figura abaixo.

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    Figuras 15 e 16Superfcie de dixido de nitrognio para o centro de Londres.Fonte: Batty, 2007, p.20

    Na simulao possvel analisar a superfcie de dixido de nitrognio concentrado no centrode Londres, onde claro que as altas taxas deste poluente esto fortemente correlacionadas como sistema virio e com cruzamentos principais de trnsito. Esse estudo foi realizado para umavasta gama de poluentes, mas para ilustrar o seu potencial, os dados constantes nas imagens soextrados do cruzamento de informaes do modelo em 3D e dos dados coletados.

    No somente possvel visualizar os dados atuais, mas tambm fazer consultas tanto a dadospassados como a previses de futuro, levando em conta fatores imputados no modelo. A Figura17 mostra a intensidade de poluentes no ar em uma rea do centro de Londres, onde o usurio

    pode navegar. O controle deslizante tambm mostra para o usurio as previses de qualidade

    do ar ao longo dos prximos 10 anos. Na poca do estudo, previu-se que os nveis de poluiodo ar iriam cair drasticamente em algumas regies devido aos novos controles como restriesde circulao, tecnologias alternativas para veculos e assim por diante.

    Figura 17Modelo permite prever Poluio do Ar baseado em dados atuaisFonte: Batty, 2007, p.20

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    5.2.2 Compartilhamento de informaes atravs do MapTube

    Em 1990, esta ferramenta no teria sido pensada como uma atividade de suporte aoplanejamento, porque a noo de compreenso da estrutura urbana e dos problemas urbanos eraparte do domnio pessoal, sem ferramentas disponveis onlinepara agregar valor aos dados,buscando diversas interpretaes atravs da participao e colaborao de diversas pessoas. De

    fato, a capacidade atual e a rpida expanso no sentido de compartilhar dados na webtem levadoa novos tipos de anlise exploratria onde interessados se envolvem de maneira conjunta naresoluo de problemas relacionados a planejamento. A "sabedoria das multides" um dosmotores emergentes em termos de desenvolvimento de boa cincia e, portanto, qualqueratividade que envolva a partilha de dados e, em seguida, adicione valor a ela, trazendo dadosde fontes incomuns e at ento desconhecidos e inacessveis apoia o processo de compreensode maneira que no haviam sido at ento disponibilizadas e exploradas.

    O MapTube est ativamente engajado na construo de uma rede de servios e recursosbaseados na webque permite ao usurio com dados espaciais em um formato padro (converso

    atravs de software grtis disponvel no Google) exibir e compartilhar seus dados. O usurioconsegue sobrepor e manipular diferentes camadas de dados e pode optar por compartilhar nawebou no os resultados obtidos. Caso positivo, a URL acrescentada no servio web, queest disponvel para qualquer usurio.

    Figuras 18 e 19MapTube: exibio, manipulao e sobreposio de mapasFonte: Batty, 2007, p.21

    6 ESTUDOS DE CASO NO BRASIL

    6.1 Porto Maravilha

    O projeto Porto Maravilha um projeto de revitalizao porturia na cidade do Rio de Janeiroque prev a readequao de aproximadamente 40km de vias, a implantao de novas vias etrechos de ciclovias, alm da construo de tnel entre a praa Mau e a avenida Rodrigues

    Alves. Autorizada por uma lei municipal de 2009, os Cepacs (Certificados de PotencialAdicional de Construo) sero vendidos aos interessados em explorar o potencial construtivoda regio. Com isso a prefeitura espera financiar as obras de renovao urbana e atrair o

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    interesse de investidores.

    Em 2011, a Companhia de Desenvolvimento Urbano da Regio do Porto do Rio de Janeiro(CDURP) contratou a partir de modelos BIM estudos de viabilidade fsico-financeira deterrenos do porto da cidade. A modelagem foi utilizada de forma inovadora no Brasil, segundoreportagem da Revista Infraestrutura. Em vez de projetar os espaos construdos,o BIM foi

    utilizado para avaliar o potencial construtivo da regio (Figura 20), que engloba cerca de 2milhes de metros quadrados. Com base em estudos de massa, foram realizadas projees decustos e tempos de obra para empreendimentos, com o objetivo de avaliar vrios cenrios comdiferentes solues tcnicas e arquitetnicas. Alm disso, foi possvel tambm analisar osimpactos dos gabaritos dos edifcios em relao aos investimentos em Cepacs.

    Figura 20Estudo de gabaritos de edificaes no Porto Maravilha

    Os vencedores da licitao foram a GDP Gerenciamento e Desenvolvimento de Projeto, juntocom a Contier Arquitetura. Firmada entre a Prefeitura e o Consrcio Porto Novo, a parceria

    pblico-privada tem auxiliado no projeto de revitalizao porturia.

    6.2 OPUS

    Atualmente, a construo civil brasileira convive com a falta de qualidade de seus projetos, oque impacta diretamente os servios de construo. Grande parte dos problemas enfrentadosnas obras decorre de projetos inadequados, tanto de edificaes, quanto de infraestrutura,gerando retrabalhos, patologias construtivas, adicionais de servios e, consequentemente,aumento de custo e prazo de execuo dos servios. No caso de obras pblicas este problema ainda mais acentuado, pois gera inmeros questionamentos do TCU (Tribunal de Contas da

    Unio) e do Ministrio Pblico e contribui para estigmatizar o setor como pouco transparente.Para fazer frente ao desafio de administrar a manuteno e expanso de toda a infraestruturafsica de instalaes do Exrcito Brasileiro (EB), a Diretoria de Obras Militares (DOM) vem

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    buscando implementar um sistema integrado de gerenciamento de projetos e processos, no qualse inclui as aplicaes em BIM. Dessa maneira, desenvolveu-se o OPUS (Sistema Unificadode Processo de Obras) que utilizado, desde 2008, pela DOM para atender e controlar ademandas de obras executadas pelo Exrcito Brasileiro. um sistema de apoio tomada dedecises que visa suportar as funcionalidades de planejamento, programao,acompanhamento, fiscalizao, controle, gerncia e execuo de obras e servios de Engenhariade todas as atividades dos macroprocessos do Sistema de Obras Militares (SOM), tanto no nvelexecutivo quanto gerencial e estratgico.

    Este sistema o primeiro GRP (Government Resource Planning) desenvolvido no Brasil quefoi projetado e desenvolvido totalmente orientado a entidades geogrficas, ou seja, todos osmdulos so capazes de tratar informaes georreferenciadas e todos os componentes(bibliotecas, softwares, SGBDs, etc) utilizados no desenvolvimento da soluo so de cdigo-aberto (software livre). Com isso, a DOM-EB torna-se referncia de Gesto de Obras Pblicasno Governo Federal.

    Toda essa expertiseda DOM-EB em gesto de processo e projetos de construo, em especialcom as aplicaes em BIM, constitui fora e oportunidade mpar para ser o projeto piloto daimplantao do BIM no Brasil e com forte sinergia para ampliao e difuso em nvel nacional.

    No tocante difuso, foi identificado e articulado junto ao Instituto Brasileiro da Informaoem Cincia e Tecnologia (IBICT), OSCIP ligada ao MCTI (Ministrio da Cincia, Tecnologiae Inovao), o desenvolvimento de um portal webpara hospedar e difundir a base nacional dedados virtuais dos componentes da construo, ou seja, os templatesdas bibliotecas BIM.

    Como forma de incentivar o mercado nacional no uso das tecnologias BIM em seus projetos deengenharia, ser confeccionado um lote piloto de bibliotecas e disponibilizado em portal

    pblico. Essa biblioteca servir de padro para todas as obras pblicas do Exrcito,principalmente as de infraestrutura, dado que so muito semelhantes. Ao focar na padronizaodos modelos utilizados, o Exrcito e o governo esperam acabar com os editais mal elaboradose obras que, ao final, acabam custando muito mais do que o previsto e com prazos ampliados.Com o sistema em funcionamento, as empresas que entrarem em licitaes tero de basear suas

    propostas em projetos pr-aprovados e bem detalhados.

    Alm disso, elas tero de apresent-las em arquivos digitais, o que vai acarretar mudanas naforma de trabalho da iniciativa privada. O OPUS exige que as plantas e demais desenhos do

    projeto sejam feitos em 3D. Os arquivos digitais precisam se adequar ao BIM. Dessa maneira, possvel visualizar em um mapa todas as empreitadas em curso. Dando um zoom no local aser analisado, possvel acessar informaes como oramento e prazo, conforme ilustraesabaixo.

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    Figura 21OPUS: Monitoramento de Obras

    Fonte:NASCIMENTO, p.19

    Figura 22OPUS: Monitoramento de ObrasFonte:NASCIMENTO, p.20

    Quanto mais se aproxima, mais dados so disponibilizados, tais como imagens transmitidasdiretamente do local da obra e modelo 3D do projeto a ser construdo. Tambm possvel fazerum tourvirtual pela edificao, inclusive em sua parte interna.

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    Figura 23OPUS: Monitoramento de ObrasFonte:NASCIMENTO, p.22

    Com a utilizao do OPUS possvel reduzir drasticamente o nmero de profissionaisnecessrios para monitorar todas as obras em andamento, bem como ter a dimenso do todo e

    planejar com maior facilidade as obras futuras.

    Figura 24OPUS: Planejamento EstratgicoFonte:NASCIMENTO, p.26

    A ideia do MDIC (Ministrio do Desenvolvimento, Indstria e Comrcio Exterior) tornar osistema aberto a qualquer pessoa que queira consult-lo, por meio da internet. Para osengenheiros e empresrios do setor, ser como monitorar em tempo real a construo sem terque se deslocar.

    Dessa maneira, por se tratar de um projeto relativamente recente, os principais ganhos iniciaisprevistos so: levar benefcio ao usurio comum e aos gestores de todos os nveis; facilitaona implantao de polticas pblicas e relao entre demanda e planejamento; acompanhamento

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    facilitado de ativos, imveis, processo e desempenho; colaborao interdisciplinar;padronizao nos processos; ampliao da dinmica e transparncia da gesto de informaono setor pblico.

    6.3 Geotecnologias para Urbanizao de Favelas

    Na regio metropolitana de So Paulo, o percentual de moradores em ocupaes informais temaumentado de forma acelerada desde a dcada de 1980 (TASCHNER, 2000; MARQUER et al.,2003 apud KUX et al., 2009). Este cenrio relaciona-se falta de polticas de habitaoeficientes, mas tambm inexistncia de metodologias para obteno de dados compatveiscom a mutvel dinmica das favelas (KUX et al., 2009), o que dificulta a proposio eimplantao de aes. Conforme Leite e Brito (2012), os obstculos para a obteno de dadosno estudo das ocupaes informais podem ser relacionados aos seguintes fatores:

    falha de polticas pblicas;

    falta consenso e interlocuo entre intervenientes;

    tamanho e forma das ocupaes e, com frequncia, relevo acidentado;

    dinamicidade dos processos de ocupao;

    estrutura scio espacial muito diferente da cidade regular.

    Entretanto, Brito e Leite (2012) afirmam que as geotecnologias auxiliam no enfrentamento detais obstculos, sendo de grande importncia para a gesto urbana.

    As imagens extradas por sensoriamento remoto, tanto orbitais (bales e satlites) como sub-

    orbitais (avies e drones), hoje oferecem vasta cobertura e qualidade de alta-resoluo. Osdados extrados por sensoriamento remoto so integrados ao banco de dados GIS compossibilidade da classificao orientada ao objeto para anlises complexas. Assim, com o usodo GIS, possvel praticar anlise e monitoramento das ocupaes informais numa boa relaocusto-benefcio e praticamente em qualquer intervalo temporal desejado (KUX et al., 2009).

    No Brasil vrios trabalhos apresentam resultados significativos para obteno e processamentode dados em favelas atravs do GIS. A seguir sero apresentados estudos de caso selecionados

    para ilustrar o estado da arte no Brasil em relao ao uso do GIS na anlise de dados para gestoocupaes irregulares. Todavia, importante esclarecer os princpios do CIM apresentados

    anteriormente neste trabalho (visualizao espacial, bases integradas e simulaes avanadas)ainda no foram incorporados no planejamento, gesto e projeto em assentamentos precrios.Destaca-se, portanto, que este um campo no explorado e com grande potencial dedesenvolvimento.

    6.3.1 Sensoriamento remoto e GIS na identificao de reas propensas formao defavelas: o caso de Montes Claros

    A pesquisa de Brito e Leite (2012) teve como o objetivo principal a identificao dos espaos

    vulnerveis formao de favela na cidade de Montes Claros - MG atravs do uso do Sistemade Informao Geogrfica (GIS), auxiliando na gesto do uso do solo urbano.

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    Partindo do conhecimento que, na cidade estudada, a caracterstica primordial das favelas apropriedade pblica do terreno, buscou-se no cadastro tcnico imobilirio da Secretaria dePlanejamento Municipal a localizao dos terrenos urbanos desocupados pertencentes Prefeitura Municipal de Montes Claros. Em seguida, tendo como base as plantas dosloteamentos e a imagem do satlite Quick Bird, foram vetorizados polgonos dos terrenos

    pblicos municipais vagos no software Arc Gis 9.3.

    Baseado em levantamento bibliogrfico e anlise das favelas existentes em Montes Claros, oestudo definiu as seguintes variveis para classificar as reas com potencial para formao defavelas:

    a) valor comercial do terreno, pois reas de menor valor so mais vulnerveis ocupao ilegal;

    b) distncia do centro, item que influencia diretamente no valor do solo urbano e napresso para ocupao formal;c) proximidade de favelas, dado que existe migrao entre pessoas que moram em

    favelas antigas para as novas ocupaes;d) infraestrutura bsica, porque as reas ocupadas ilegalmente normalmente nopossuem infraestrutura no incio da ocupao e isso interfere no valor do solo;e) proximidade de cursos de gua, pois na cidade estudada a maior parte das favelasexistentes est localizada nas margens dos crregos.

    Posteriormente, os critrios estabelecidos pela Figura 25, apresentada a seguir, foram aplicadospara hierarquizar as reas pblicas vagas de acordo com o risco de formao de favela a partirda ocorrncia das variveis selecionadas. A maior incidncia das varveis apontadas significoumaior potencial de formao de favelas. Os resultados foram espacializados na Figura 26.

    Figura 25Descrio das classes de risco de formao de favelasFonte: Brito e Leite, 2012, p.166

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    Figura 26reas pblicas com risco de formao de favelasFonte: Brito e Leite, 2012, p.167

    Como resultado da pesquisa, verificou-se a eficcia da metodologia adotada na identificao dereas com maior propenso ao surgimento de favelas. O sensoriamento remoto e o GIS

    permitiram visualizar todo o sistema urbano de Montes Claros, o que subsidiou a anlise daorganizao espacial e social da cidade. Essas tecnologias possibilitaram a integrao as

    variveis consideradas para a hierarquizao dos resultados e sua espacializao.

    6.3.2 Classificao automtica de imagens

    A classificao automtica de imagens baseia-se na criao de um mtodo de classificao deimagens capaz de extrair alvos intraurbanos em imagens de alta resoluo (reas de favelas),sendo um meio de monitoramento da rea e de informaes bem prximas do real, rpidas e aum custo menor, quando comparadas com as fotos areas tradicionais.

    Sua utilizao fundamentada na classificao orientada ao objeto, onde h a definio das

    classes de cobertura do solo com base em anlise visual das imagens IKONOS (satlite);segmentao multi-resoluo (dado que objetos pequenos e de baixo contraste exigem altas

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    resolues e objetos grandes e de alto contraste trabalham com baixas resolues); criao derede hierrquica e classificao de cobertura da terra para reas de favela.

    As tcnicas de classificao digital implicam a implementao de um processo de deciso paraque o computador possa atribuir certo conjunto de pontos da imagem (objetos) a umadeterminada classe, automaticamente, com o objetivo de fornecer subsdios ao planejamento

    urbano, no momento da tomada de decises.

    Para realizar o mapeamento da cobertura da terra em reas de favela deve-se ter em mente queo espao intraurbano, onde elas esto dispostas, so constitudos por alvos heterogneos e aomesmo tempo fortemente influenciados em suas refletncias pelos alvos vizinhos, da anecessidade de ajustes no momento do processamento de dados, diminuindo a incidncia deerros.

    Estabelecendo os limites da pesquisa, os tipos de coberturas obtidas para uma determinada reade favela foram: vegetao arbrea, rasteira, cobertura de concreto/amianto, cobertura de

    cermica, solo exposto e sombra. Em razo das ruas serem de terra, no foi possvel extrair essaclasse, pois elas eram muito confundidas com solo exposto. A interpretao propiciou ainda,gerar nveis de hierarquia a que cada classe pertencia de acordo com seu significado dentro darede (o nvel que est associado, a quantidade de vizinhos e a quantidade de nveis acima eabaixo do nvel do objeto). Dado esses parmetros foi estabelecida a rede hierrquica a quecada classe deve pertencer. As figuras abaixo ilustram os diversos nveis de detalhamento comque o processamento de dados trabalhou.

    Figura 27Rede hierrquica a que cada classe pertenceFonte: ESTEVAM, 2006, p.87

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    Figura 28Segmentao e classificao parao Nvel 3

    Fonte: ESTEVAM, 2006, p.102

    Figura 29Segmentao e classificao parao Nvel 2

    Fonte: ESTEVAM, 2006, p.102

    Figura 30Segmentao e classificao para o Nvel 1Fonte: ESTEVAM, 2006, p.103

    Aps anlise e processamento de dados chegou-se ao resultado abaixo:

    Figura 31Classificao de cobertura da Terra para favelaFonte: ESTEVAM, 2006, p.103

    Os estudos de classificao automtica de imagens destacam-se, principalmente na realidadebrasileira, por focarem as reas de ocupao irregular. Dessa maneira a relevncia do estudoest baseada na classificao de cobertura da terra para reas de favelas em imagens de altaresoluo, proporcionando uma anlise rpida da rea, como a impermeabilidade do solo, aocupao regular ou no do mesmo, percentual de rea de risco ocupada por favelas, reasinstaladas em mananciais, dentre outros, auxiliando muitas prefeituras brasileiras na tomada dedecises relativas a planejamento urbano com base em dados mais precisos e dinmicos.

    Como novas tecnologias surgem constantemente, as pesquisas ainda tem que evoluir quandodo desenvolvimento de novos sensores que apresentem resolues espaciais ainda melhores,tendendo a conseguir resultados mais precisos, que podero ser usados inclusive para

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    atualizao de plantas cadastrais, dado ainda no ser possvel fazer medidas nas classificaes,pois as reas delimitadas podem apenas ser estimadas e no oferecem absoluta preciso.

    7 CONSIDERAES FINAIS

    Levantamento e processamento de dados espaciais (urbanos e territoriais) so tarefas que, comoregra geral, requerem tempo e recursos financeiros significativos, proporcionais cobertura e qualidade das informaes envolvidas (EL-MEKAWY, 2010). At recentemente, este fatolimitou o acesso a tais dados e suas aplicaes a poucos intervenientes, representadosessencialmente por entidades governamentais e empresas de grande porte que podiam arcarcom os custos relacionados.

    Conforme El-Mekawy (2010), os modelos geoespaciais tornam-se progressivamentenecessrios para diversas reas: planejamento territorial e urbano, gesto de recursos naturais,

    administrao de imveis, simulao ambiental, gesto de desastres, telecomunicaes,instalaes, gerenciamento de trfego, entre outros. Reconhecer o impacto que tais disciplinastm sobre problemas atuais do cotidiano das cidades significa tambm reconhecer a importnciado acesso s informaes necessrias para seu pleno desenvolvimento. Entende-se, portanto,que a partilha de dados e o desenvolvimento dos meios de obteno, interpretao emanipulao da informao espacial so uma necessidade.

    A evoluo do GIS descrita no presente trabalho tem como potencial democratizar a informaoespacial: a visualizao 3d facilita a comunicao e permite processos mais intuitivos; amodelagem orientada ao objeto aumenta possibilidades de processamento e anlise; os

    processos colaborativos, com nfase no compartilhamento via web, distribuem muitainformao a custo baixo ou nulo. Os novos processos para lidar com a informao espacialtm um resultado imediato no campo do planejamento urbano que pde ser verificado nosestudos de casos apresentados.

    Entretanto, possvel prever tambm que, com a democratizao da informao espacial eferramentas de compartilhamento que conectam muitas pessoas a esses servios, possibilidadescrescentes de aplicao em todos os campos surgiro. Novas reas de pesquisa e trabalhodevero apropriar-se dessas informaes alterando a maneira como acessam e atuam sobre o

    espao urbano. As possibilidades de aplicao dos modelos geoespaciais extrapolam o mbitodeste estudo, transitando inclusive para os campos de turismo e entretenimento e para aspesquisas em realidade aumentada.

    possvel exemplificar o potencial que tm as ferramentas de acesso e manipulao de dadosespaciais (especialmente urbanos) por meio de dois servios j completamente incorporados

    pelo pblicoo Google Earthe Google Street View. H uma dcada, imagens areas obtidaspor sensoriamento remoto eram fornecidas por empresas especializadas. Com adisponibilizao deste servio gratuito pelo Google Earth,hoje possvel a todos consultar umacervo mundial de imagens extremamente completo, sendo possvel tambm extrair dados

    complementares, e realizar medies e comparaes de diferentes perodos. O Google StreetView carrega ainda mais possiblidades de apropriao para o uso domstico e comercial.Usurios podem com ele divulgar seu comrcio, localizar destinos, fazer turismo virtual, ou at

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    mesmo contribuir para o levantamento de imagens por meio de programas como o Be the Nexttrekker e o Street View Partner Program.

    O foco desta evoluo multidisciplinaridade, interoperabilidade, compartilhamento e umcarter dinmico que acompanhe o ritmo determinado pelo desenvolvimento das cidades. tambm neste contexto que inserem-se s pesquisas de integrao BIM e GIS - conectar o

    planejamento urbano aos avanos em andamento em no campo da construo civil significaexpandir as possibilidades de obteno, produo e troca de informao. Ainda que hoje

    permaneam desafios, conforme apontam Batty e Hudson-Smith (2014), como a revoluodigital sempre sugeriu, o que possvel hoje se tornar rotina amanh.

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