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Integrantes Promopetro - Laboratorio de Controle Avancado ... · em todos os sistemas de modo geral. 1.1 SISTEMAS E MATRIZES Conforme Boldrini (1986), um sistema de equações lineares

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Integrantes Promopetro

Coordenador:

Professor Sérgio Lucena

Edição de Apostilas:

Aklécio N. Silva

Paloma Boa Vista Felix

Sérgio Lucena

Valnísia Nogueira

Capa:

Cléber Souza

SUMÁRIO

Capítulo 1: Sistemas de equações lineares ................................................................................... 1

1.1 Sistemas e matrizes ............................................................................................................................. 1

1.2 Operações elementares ................................................................................................................ 2

1.3 Forma escada ....................................................................................................................................... 5

1.4 Soluções de um sistema de equações lineares ............................................................. 8

1.4.1 Caso geral ....................................................................................................................................... 8

1.4.2 Sistema com uma equação e uma incógnita ....................................................... 9

1.4.3 Sistema com duas equações e duas incógnitas .................................................. 9

1.5 Resolução de sistemas de equações utilizando métodos numéricos .......... 11

1.5.1 Métodos diretos ......................................................................................................................... 12

1.5.2 Métodos iterativos .................................................................................................................... 19

Capítulo 2: Balanço de Massa .............................................................................................................. 23

2.1. Classificação dos processos ..................................................................................................... 23

2.2 Balanços .................................................................................................................................................. 23

2.2.1 Equação geral do balanço .............................................................................................. 23

2.2.2 Balanço de processos contínuos em estado estacionário .......................... 25

2.2.3 Balanço integral de processos em batelada ....................................................... 26

2.2.4 Balanço integral de processos semi-batelada e processos contínuos 28

2.2.5 Cálculos de balanço de massa ..................................................................................... 29

2.2.6 Balanço de massa em processos com várias unidades ................................ 35

2.2.7 Reciclo ............................................................................................................................................. 37

Capítulo 3: Balanço de energia ........................................................................................................... 40

3.1 Formas da energia ........................................................................................................................... 40

3.2 Balanço de energia em sistemas fechados ................................................................... 40

3.3 Balanço de energia de sistemas abertos em estado estacionário ................ 42

Capítulo 4: Solução de problemas de balanço com auxílio da computação .. 45

4.4.1 Simulação sequencial modular ...................................................................................... 45

4.4.2 Simulação baseada em equações ............................................................................. 51

Capítulo 5: Estudo de caso ..................................................................................................................... 55

5.1 Produção de estireno ..................................................................................................................... 55

Bibliografia .......................................................................................................................................................... 76

1

CAPÍTULO 1: SISTEMAS DE EQUAÇÕES

LINEARES

Diversos problemas, que engenheiros, matemáticos e outros estudiosos se

deparam, envolvem um sistema com várias equações. Devido a sua

importância e utilidade, analisaremos este assunto neste capítulo. Vamos

estudar um método para resolução de sistemas lineares, que pode ser usado

em todos os sistemas de modo geral.

1.1 SISTEMAS E MATRIZES

Conforme Boldrini (1986), um sistema de equações lineares com m equações

e n incógnitas é um conjunto de equações, representadas da seguinte

maneira:

mnmnmm

nn

nn

bxaxaxa

bxaxaxa

bxaxaxa

...

...

...

1

2211

22222121

11212111

Com aij, 1≤ i ≤ m, 1 ≤ j ≤ n, números reais ou complexos. Uma solução do

sistema é uma n-upla de números (x1,x2,...,xn) que satisfaça simultaneamente

todas as equações.

O sistema (1) pode ser escrito em forma matricial:

mnmnmm

n

n

b

b

b

x

x

x

aaa

aaa

aaa

2

1

2

1

21

22221

11211

Ou de forma simplificada, BXA , sendo:

mnmm

n

n

aaa

aaa

aaa

A

21

22221

11211

, chamada de matriz dos coeficientes,

2

nx

x

x

X2

1

, chamada de matriz das incógnitas, e

mb

b

b

B2

1

, a matriz dos termos independentes.

O sistema (1), também pode ser escrito na forma:

mmnmm

n

n

baaa

baaa

baaa

21

222212

111211

Que é chamada de matriz ampliada do sistema, cada linha dessa matriz

representa de forma abreviada uma equação do sistema.

1.2 OPERAÇÕES ELEMENTARES

Como Boldrini (1986) afirma, existem basicamente três operações elementares

que podem ser efetuadas sobre as linhas de uma matriz:

a) Permutação das i-ésima e j-ésima linhas. ji LL

Exemplo:

Permutação entre as linhas 2 e 3 32 LL da matriz a seguir:

48

34

10

34

48

10

b) Multiplicação da i-ésima linha por escalar não nulo z. ii zLL

Exemplo:

Multiplicação da segunda linha da matriz a seguir por 4. 22 4LL :

3

34

164

10

34

41

10

c) Substituição da i-ésima linha pela soma de z vezes a j-ésima linha mais a i-

ésima linha. jii zLLL

Exemplo:

A terceira linha da matriz a seguir é igual ao seu valor inicial somado a 3 vezes

o valor da segunda linha. 233 3LLL :

91

41

10

34

41

10

Consideremos agora que A e B são matrizes m x n, se B for obtida de A a partir

de um número finito de operações elementares sobre as linhas de A, dizemos

que B é linha equivalente a A. Podemos usar também as notações: BA ou

A ~ B .

Por exemplo:

93

04

31

é linha equivalente a

00

10

01

, pois

00

10

01

00

10

31

00

120

31

93

120

31

93

04

31

211

22

133122 31234 LLL

LL

LLLLLL

As operações com linhas de um sistema produzem outro sistema equivalente

ao inicial, este resultado é enunciado no teorema a seguir:

Segundo Boldrini (1986, p.36):

“Teorema 1.2.1: Dois sistemas que possuem matrizes ampliadas equivalentes

são equivalentes.”

Exemplo 1.1– Solucione o sistema de equações mostrado a seguir.

64

132

11265

321

21

321

xxx

xx

xxx

4

Solução:

O sistema pode ser representado em forma de matriz, ou seja, sua matriz

ampliada é:

6114

1032

11265

)3(

)2(

)1(

Para isso, devemos usar o valor dos coeficientes e dos termos independentes,

em suas respectivas posições.

A resolução desse sistema de equações é encontrada seguindo os seguintes

passos:

1º) Multiplica-se inicialmente a primeira linha da matriz por 1/5 de forma que o

primeiro coeficiente seja igual a 1. Em seguida multiplica-se a linha 1 por -2 e

soma-se o resultado obtido com a segunda linha da matriz, para que a

primeira incógnita 1x seja eliminada da linha 2, isso irá resultar em novos

valores para segunda linha. Finalmente, a terceira linha é modificada, quando

se multiplica a primeira linha por -4, e soma-se o resultado com a linha 3.

Resultando em:

5345535290

53524530

51512561

2º) A seguir multiplicamos a segunda linha da matriz por -5/3 para que o termo

da segunda linha e segunda coluna seja igual a 1.

5345535290

1810

51512561

3º) Em seguida elimina-se o 2x das linha 1 e 3, ao se multiplicar a segunda linha

por 6/5 e somar seu resultado a linha 1, e de forma semelhante, multiplica-se a

segunda linha por -29/5 e soma-se seu resultado a terceira linha para obter:

15700

1810

11201

4º) A seguir multiplicamos a terceira linha da matriz por -1/57 para que o

coeficiente de 3x dessa linha seja igual a 1.

5

571100

1810

11201

5º) Em seguida elimina-se o 3x das linha 1 e 2, ao se multiplicar a terceira linha

por -8 e somar seu resultado a linha 2, e de forma semelhante, multiplica-se a

terceira linha por -12 e soma-se seu resultado a primeira linha, gerando:

571100

5765010

5769001

Que é equivalente a escrever:

57/1

57/65

57/69

3

2

1

x

x

x

Como as operações realizadas entre cada um dos sistemas apresentados

manteve a igualdade, a solução encontrada será válida para todos os

sistemas, ou seja, podemos afirmar que todos os sistemas são equivalentes.

Um ponto importante deste procedimento é que essas etapas são reversíveis,

e todas as operações num sistema produzem sistemas com mesmo conjunto

solução.

1.3 FORMA ESCADA

Como vimos no exemplo 1.1, foi utilizado um método para resolver o sistema

por eliminação de incógnitas, partindo inicialmente da matriz ampliada do

sistema até uma matriz de formato especial, que chamaremos de matriz-linha

reduzida à forma escada. Este método consiste em obter por linha-redução a

matriz reduzida à forma escada, por meio das quais podemos solucionar o

sistema de forma simples.

Segundo Boldrini (1986), uma matriz mxn é linha reduzida à forma escada

quando:

1. O primeiro elemento não nulo de uma linha não nula é 1.

2. Cada coluna que contém o primeiro elemento não nulo de alguma

linha temtodos seus outros elementos nulos. 3. Toda linha nula ocorre abaixo daquelas que possuem pelo menos um

elemento não nulo.

6

4. Se as linhas 1, ..., t são as linhas não nulas, e se o primeiro elemento não

nulo da linha i ocorre na coluna ki, então k1<k2<....<kt.

A última condição impõe a forma escada à matriz, observe a fig.1.1.

Fig.1.1 – Formato de uma matriz-linha reduzida à forma escada.

Por exemplo, as três matrizes a seguir não estão na forma escada, pois:

0100

03210

0001

, a segunda condição não é satisfeita;

000

401

150

, a primeira e quarta condições não são satisfeitas;

23000

00000

10810

, a primeira e terceira condições não são satisfeitas.

Segundo Boldrini (1986, p.38):

“Teorema 1.3.1: Toda matriz Amxn é linha equivalente a uma única matriz-linha

reduzida à forma escada.”

Digamos que uma matriz Bmxn seja a matriz linha reduzida à forma escada linha

equivalente a uma matriz Amxn. Definimos o posto de A (p), como o número de

linhas não nulas de B, e a nulidade de A como o número (n-p), sendo (n) o

número de colunas de A.

Exemplo 1.2– Determine o posto e a nulidade da matriz A, onde:

7

8164

151

241

311

A

Solução:

Devemos reduzir a matriz A à forma escada realizando as seguintes

operações:

000

000

9/110

9/1401

000

000

9/110

241

000

9/110

9/110

241

000

190

190

241

8164

151

312

241

8164

151

241

312

211233

33

22

144

133

122

21

4

9

9

4

2

LLLLLL

LL

LL

LLLLLL

LLL

LL

O posto de A é igual a 2 e a nulidade igual a 1.

O sistema de quatro equações associadas à matriz inicial:

8164

15

24

32

yx

yx

yx

yx

, é equivalente ao sistema: 9/10

9/140

yx

yx

Observamos então que as duas últimas equações do sistema inicial são

redundantes e poderiam ser desprezadas. Isso significa que o sistema inicial é

equivalente ao sistema:

24

32

yx

yx

Então nesse caso dizemos que as duas primeiras equações são

independentes, enquanto as duas últimas são dependentes destas. Uma linha

é dependente quando ela pode ser escrita como a soma de produtos das

outras linhas por constantes, de outra forma, uma linha dependente é uma

combinação linear das outras linhas.

Podemos concluir que o posto de uma matriz nos informa o número de

equações independentes desta.

8

1.4 SOLUÇÕES DE UM SISTEMA DE EQUAÇÕES LINEARES

1.4.1 CASO GERAL

Como pode ser visto em Boldrini (1986) se considermos um sistema de m

equações lineares e n incógnitas (x1,...,xn), cujos coeficientes (aij) e termos

constantes (bi) são números reais ou complexos:

mnmnmm

nn

nn

bxaxaxa

bxaxaxa

bxaxaxa

...

...

...

2211

22222121

11212111

Podemos ter:

1. Uma única solução:

nn kx

kx

11

Nesse caso dizemos que o sistema é possível e determinado.

2. Infinitas soluções:

Nesse caso dizemos que o sistema é possível e indeterminado.

3. Nenhuma solução.

Nesse caso dizemos que o sistema é impossível.

De acordo com Boldrini (1986, p.45):

“Teorema 1.4.1:

I. Um sistema de m equações e n incógnitas admite solução se, e

somente se o posto da matriz ampliada é igual ao posto da matriz dos

coeficientes.

II. Se duas matrizes têm o mesmo posto p, e p=n, a solução é única;

III. Se duas matrizes têm o mesmo posto p, e p<n, podemos escolher n-p

incógnitas, e as outras p incógnitas serão dadas em função destas.”

No caso III do teorema 1.4.1, dizemos que o grau de liberdade do sistema é n-

p.

9

Uma vez visto o caso geral, vamos partir agora para os casos mais simples.

1.4.2 SISTEMA COM UMA EQUAÇÃO E UMA INCÓGNITA

Boldrini (1986) afirma que para um sistema de uma equação e uma incógnita:

bax ,

existem três possibilidades:

1. Com 0a , a equação tem apenas uma solução;

2. Com 0a e 0b , temos 00x e qualquer número real é solução da

equação.

3. Com 0a e 0b , temos bx0 . Não há solução para esta equação.

1.4.3 SISTEMA COM DUAS EQUAÇÕES E DUAS INCÓGNITAS

Considere os seguintes exemplos:

Exemplo 1.3–Qual seria a solução do sistema 63

52

yx

yx ?

Solução:

A matriz ampliada do sistema é 631

512, e sua matriz-linha reduzida à

forma escada 110

301, que é equivalente a:

10

30

yx

yx

Logo o sistema possui apenas uma única solução, x=3 e y=-1. Também

poderíamos ter encontrado esta solução graficamente, lembrando que o

conjunto de pontos RRyx, , que satisfaz cada equação do sistema

representa uma reta no plano, sabendo que a solução é igual ao ponto

comum às duas retas, observe a fig.1.2.

10

Fig.1.2 – A solução do sistema é dada pela intersecção das duas retas.

Exemplo 1.4–Qual seria a solução do sistema 1536

52

yx

yx?

Solução:

A representação gráfica das retas do sistema está ilustrada na fig.1.3:

Fig.1.3 – As retas nesse caso são coincidentes.

Concluímos então que qualquer ponto de uma das retas é uma solução do

sistema.

Reduzindo a matriz ampliada do sistema à matriz reduzida à forma escada

teríamos que:

000

2/52/11

1536

512

Por isso, o sistema é equivalente a:

000

2

5

2

1

yx

yx

Observamos que a segunda equação é redundante e não estabelece

condições sobre x ou y . O conjunto de soluções é encontrado atribuindo-se

11

valores arbitrários para y , y , e fazendo yx2

1

2

5. Como pode

assumiu qualquer valor, esse sistema tem infinitas soluções.

Exemplo 1.5– Qual seria a solução do sistema 1036

52

yx

yx?

Solução:

A fig.1.4 representa as retas obtidas a partir das equações do sistema. Observe

que são duas retas paralelas sem nenhum ponto em comum, ou seja, este

sistema não possui solução.

Fig.1.4 – Retas paralelas não coincidentes.

Nesse caso a matriz ampliada do sistema é 631

512, enquanto sua matriz-

linha equivalente reduzida à forma escada é 100

02/11. Por isso, o sistema

inicial equivale a:

100

02

1

yx

yx

Podemos dizer então que o sistema inicial não possui solução, ele é

incompatível, pois não existe nenhum valor de x e y que satisfaça a segunda

equação deste último sistema encontrado.

1.5 RESOLUÇÃO DE SISTEMAS DE EQUAÇÕES UTILIZANDO

MÉTODOS NUMÉRICOS

A utilização de métodos numéricos é amplamente usada para solucionar

sistemas de equações lineares que surgem em problemas de engenharia e

12

computação. Serão considerados neste texto, sistemas quadrados(sistemas

nos quais o número de equações é igual ao número de incógnitas), e alguns

dos principais métodos de resolução usualmente empregados.

Considere o sistema dado a seguir, ele possui n equações lineares com n

variáveis, onde ija , ib e

jx são números reais, sendo ni ,,2,1 e nj ,,2,1 .

BAxmatricialformanaou

bxaxaxa

bxaxaxa

bxaxaxa

nnnnnn

nn

nn

:

...

...

...

2211

22222121

11212111

Note que este sistema é o mesmo descrito na seção 1.1, e todas as afirmações

feitas anteriormente naquela seção continuam válidas. De modo geral,

existem dois métodos de resolver o sistema (encontrar o vetor solução, que

satisfaz todas as suas equações):

1. Métodos diretos

2. Métodos iterativos

1.5.1 MÉTODOS DIRETOS

Os métodos diretos fazem uso de um número finito de operações e

apresentam, teoricamente, a solução exata do sistema.

1.5.1.1ELIMINAÇÃO DE GAUSS

Este método consiste em transformar o sistema linear original BAx num

sistema linear equivalentecuja matriz dos coeficientes seja triangular superior, e

assim tornar a determinação da solução, x , imediata.

Para o sistema linear CTx , onde T : matriz nn , é uma matriz triangular

superior com elementos da diagonal diferentes de zero,escrevemos as

equações do sistema como:

nnnn

nn

nn

nn

bxa

bxaxa

bxaxaxa

bxaxaxaxa

33333

22323222

11313212111

...

...

13

Este sistema de equações possui solução bastante trivial, dada por:

.1,,2,1,

/

1

nni

a

xab

x

abx

ii

n

ij

jiji

i

nnnn

1.5.1.1.1 DESCRIÇÃO DO MÉTODO DE ELIMINAÇÃO DE GAUSS

Para modificar de forma conveniente o sistema linear dado inicialmente

BAx , faremos uso das operações elementares vistas na seção 1.2, para

obter um novo sistema CTx equivalente ao inicial. Podemos:

I. Trocar duas linhas de uma matriz

II. Multiplicar uma linha por uma constante não nula.

III. Adicionar um múltiplo de uma linha a uma outra linha.

A eliminação de Gauss é efetuada sobre as colunas da matriz. Assumiremos

que ,0det A e vamos chamar de etapa k a fase do processo em que se

elimina a variável kx das equações nkk ,,2,1 .

Como Ruggiero (1996) afirma, a notação k

ija é utilizada para denotar o

coeficiente da linha i e coluna j ao final da k-ésima etapa, enquanto k

ib

denota o i-ésimo elemento do vetor constante no final da etapa k .

Usando a operação elementar I, é possível reescrever o sistema linear de

maneira que o elemento da posição 11a seja não nulo:

000

2

0

1

0

2

0

2

0

22

0

21

0

1

0

1

0

12

0

11

0

nnnnn

n

n

baaa

baaa

baaa

A

, onde 00

11a .

Passo 1: Elimina-se a variável 1x das linhas ni ,,3,2 da seguinte forma:

multiplica-se a 1º linha por 1im e em seguida soma-se o resultado com as linhas

i , sendo 0

11

0

11

a

am i

i , com ni ,,3,2 .

O elemento 0

11a é chamado de pivô da primeira etapa e os elementos

0

11

0

11

a

am i

i são chamados de multiplicadores.

14

Temos então a matriz:

111

2

1

2

1

2

1

22

1

1

1

1

1

12

1

11

1

0

0

nnnn

n

n

baa

baa

baaa

A

, onde njparaaa jj ,,2,1,0

1

1

1 e 0

1

1

1 bb .

Sendo:

njeniparaamaa ijiijij ,,2,1,,2,0

1

01

niparabmbb iii ,,2,0

11

01

Passo 2:

Para manter a hipótese inicial que 0det A , o determinante da matriz 1A

também deve ser diferente de zero 0det 1A . Para que isso ocorra é

necessário ter pelo menos um elemento niparaai ,,3,201

2 . Podemos

então reescrever a matriz 1A de forma que o pivô 01

22a seja não nulo.

Em seguida, devemos eliminar a variável 2x das linhas ni ,,4,3 ,

multiplicando-se a 2º linha por 2im , e em seguida somando o resultado com as

linhas i , sendo 1

22

1

22

a

am i

i .

Obtemos então a matriz:

22

2

2

2

2

2

1

2

1

2

12

2

11

2

00

00

nnn

n

n

ba

ba

baaa

A

onde niijeiparaaa ijij ,,1,2,1,12

2,1,12 iparabb ii .

e

njeniparaamaa jiijij ,,2,,3,1

22

12

niparabmbb iii ,,3,1

22

12

Deve-se seguir este raciocínio até a etapa 1n , quando a matriz assumirá o

seguinte aspecto:

15

11

1

2

1

2

1

1

1

1

1

12

1

11

1

00

00

n

n

n

nn

nn

n

nn

n

nn

n

ba

ba

baaa

A

O sistema 11 nn BxA éequivalente ao sistema inicial e também é triangular

superior.

1.5.1.1.2 ALGORITMO DE ELIMINAÇÃO DE GAUSS

Segundo Santos (2009, p.76)o método de eliminação de Gauss pode ser

efetuado seguindo o seguinte algoritmo:

Para k=1,2,..., (n-1) faça

Para i=(k+1),(k+2),...,n faça

m=aik/akk (supondo akk≠0)

aik=0

Para j=(k+1),(k+2),...,n faça

aij=aij-m*akj

fim

bi=bi-m*bk

fim

fim

xn=bn/ann

Para k=1,2,...,(n-1) faça

xk=bk

fim

Para k=(n-1),(n-2),...,1 faça

Para i=(k+1),(k+2),...,n faça

xk=xk-aki*xi

fim

xk=xk/akk

fim.

Os exemplos a seguir mostram como utilizar o método de Gauss:

Exemplo 1.6 – Utilize o método de Gauss na matriz abaixo, que representa a

matriz ampliada de um sistema qualquer:

0

3

0

33

0

32

0

31

0

2

0

23

0

22

0

21

0

1

0

13

0

12

0

11

baaa

baaa

baaa

, com 00

11a

Etapa 1: Zerar os elementos da primeira coluna abaixo de 0

11a .

16

1

3

1

33

1

32

1

2

1

23

1

22

1

1

1

13

1

12

1

11

1.

0

3

0

33

0

32

0

31

0

2

0

23

0

22

0

21

0

1

0

13

0

12

0

11

0

0

013133

12122

baa

baa

baaa

A

baaa

baaa

baaa

A LmLL

LmLL

Sendo0

11

0

2121

a

am ,

0

11

0

3131

a

am . E

0

22

0

1221

1

22 aama , 0

32

0

1231

1

32 aama , e assim por

diante.

Etapa 2: Zerar os elementos da segunda coluna abaixo de 1

22a , 01

22a .

2

3

2

33

2

2

2

23

2

22

2

1

2

13

2

12

2

11

2

1

3

1

33

1

32

1

2

1

23

1

22

1

1

1

13

1

12

1

11

1

00

0

0

0 23233

ba

baa

baaa

A

baa

baa

baaa

A LmLL

Sendo 1

22

1

3232

a

am . Esta última matriz representa um sistema triangular cuja

solução é obtida facilmente através das seguintes substituições:

2

33

2

333

2

22

3

2

23

2

22

11

3

2

132

2

12

2

11

a

bx

a

xabx

a

xaxabx

Exemplo 1.7 – Encontre a solução do sistema abaixo utilizando o método de

Gauss.

132

053

0

321

321

321

xxx

xxx

xxx

, cuja matriz ampliada é:

1321

0531

01110A

Etapa 1: Zerar os elementos da primeira coluna abaixo de 0

11a , 10

11a

1410

0620

0111

1321

0531

011110 13133

12122

AA LmLL

LmLL

Sendo 121m , 131m .

Etapa 2: Zerar os elementos da segunda coluna abaixo de 1

22a , 11

22a

17

1100

0620

0111

1410

0620

011121 23233 AA LmLL

Sendo 2

132m .

Esta última matriz representa um sistema triangular superior:

1

062

0

3

32

321

x

xx

xxx

Cuja solução é representada pelo vetor

1

3

4

x .

1.5.1.2 PIVOTAÇÃO

Com a finalidade de reduzir o erro na solução dos sistemas, os processos de

pivotação podem ser utilizados nas matrizes ampliadas dos sistemas lineares.

Pivotação: processo utilizado para trocar, quando necessário, as linhas e/ou

colunas de uma matriz de maneira que os elementos da diagonal principal

(chamados de pivô) sejam diferentes de zero.

A seguir descreveremos algumas estratégias de pivoteamento.

1.5.1.2.1 PIVOTEAMENTO PARCIAL

Segundo Ruggiero (1996) , o pivoteamento parcial consiste em:

I. No início da etapa k de eliminação de variáveis, usar o elemento de

maior módulo entre os coeficientes nkkiparaa k

ik ,,1,,1 , como

pivô.

II. Trocar quando necessário as linhas da matriz.

Exemplo 1.8 –Utilize o pivoteamento parcial na seguinte matriz:

18

170260

35480

63010

91121

1A

Solução:

Esta matriz possui 4 linhas 4n e está no início da etapa 2 2k . Então

primeiramente escolhemos o elemento de maior módulo entre os coeficientes 1

42

1

32

1

22 ,, aaa , e o utilizamos como pivô. Isso é efetuado trocando-se as linhas 2 e

3, observe:

170260

63010

35480

91121

1A

Dessa forma os multiplicadores dessa etapa são:

8

132m e

8

642m .

É possível observar que esse procedimento gera multiplicadores, que possuem

valores em módulo, entre zero e um, e isso evita a ampliação de erros de

arredondamento.

1.5.1.2.2 PIVOTEAMENTO TOTAL

Ruggiero (1996) afirma que o pivoteamento total consiste em:

I. No início da etapa k de eliminação de variáveis, usar o elemento de

maior módulo entre os coeficientes que atuam no processo:

111

,

k

rs

k

rs

k

ijkji

apivôaamáx

Esta estratégia requer um maior esforço computacional, pois envolve uma

enorme comparação entre os elementos kjia k

ij ,,1 , com a troca de colunas

e linhas. É importante ressaltar que a última coluna de uma matriz ampliada

representa os termos independentes de um sistema linear, portanto essa

coluna não é utilizada na troca de colunas.

Exemplo 1.9 –Utilize o pivoteamento total na seguinte matriz:

19

150420

77530

63010

51123

1A

Solução:

No início da etapa 2 2k , devemos escolher como pivô o elemento de

maior módulo entre todos os elementos das linhas e colunas 2, 3 e 4. Logo, o

pivô da etapa 2 seria 71

34a , e a matriz seria reescrita trocando-se as linhas 2

e 3, e em seguida as colunas 2 e 4. A matriz assumiria a forma:

152400

61030

73570

51123

1A

1.5.2 MÉTODOS ITERATIVOS

Os métodos iterativos são utilizados quando o sistema de equações a ser

resolvido é grande ou possui muitos elementos nulos.Ruggiero (1996) nos diz

que inicialmente temos uma matriz do tipo BAx , sendo:

A : a matriz dos coeficientes, nn ;

x : vetor das variáveis, 1n ;

B : vetor dos termos independentes, 1n .

Este sistema é escrito na forma gMxx , sendo gMxx uma função de

iteração dada na forma matricial.

O esquema iterativo gera uma sequência de aproximações partindo de uma

aproximação inicial0x (vetor aproximação inicial), então construímos:

gMxx 01 (primeira aproximação)

gMxx 12 (segunda aproximação), etc.

A aproximação 1kx pode ser calculada com a fórmula

,1,0,1 kparagMxx kk

20

Se a sequência de aproximações ,,, 10 kxxx é tal que, k

kxlim , então

é solução do sistema linear BAx .

1.5.2.1 CRITÉRIOS DE PARADA

Segundo Lopes (1996) o processo interativo é interrompido quando o vetorkx

é suficientemente próximo do vetor 1kx , observando a precisão

estabelecida, .

A distância entre kx e

1kx é medida por 1

1

k

i

k

ini

k xxmáxh . O vetor kx

será escolhido como x , solução aproximada do sistema, se kh .

O teste do erro relativo também pode ser utilizado com boa precisão no teste

de parada, nesse caso:

k

ini

kk

xmáx

hd

1

Aqui, o vetor kx será escolhido como x , solução do sistema, se

kd .

Outro critério de parada empregado é utilizar um número de iterações fixo.

Este número pode ser estabelecido através de experimentações sucessivas.

1.5.2.2 MÉTODO DE JACOBI

Considere o sistema linear BAx inicial, sendo „A‟ a matriz:

niparaacom

bxaxaxa

bxaxaxa

bxaxaxa

ii

nnnnnn

nn

nn

,,2,10,

...

...

...

2211

22222121

11212111

Isolamos o vetor x mediante a separação pela diagonal:

nnnnnnnnnn

nn

nn

axaxaxabx

axaxaxabx

axaxaxabx

1,1,2211

22131312122

11131321211

Desta forma obtemos a matriz na forma gMxx , sendo:

21

0

0

0

2111

22

2

22

23

22

21

11

1

11

13

11

21

nnnn

n

nn

n

n

n

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

a

M

e

nnn ab

ab

ab

g

/

/

/

222

111

Então, partindo de 0x , e usando a fórmula ,1,0,1 kparagMxx kk

,

obtemos ,,1 kxx :

nn

k

nnnn

k

n

k

nn

k

n

k

nn

kkk

k

nn

kkk

axaxaxabx

axaxaxabx

axaxaxabx

1,1,2211

1

2223231212

1

2

1113132121

1

1

(RUGGIERO, LOPES, 1996).

1.5.2.2.1 ALGORITMO DE JACOBI

De acordo com Santos (2009, p.88) o método de Jacobi pode ser efetuado

seguindo o seguinte algoritmo:

1. Se a estimativa inicial for desconhecida, escolher uma

estimativa inicial 0x (geralmente nixi ,,2,1,00 ).

2. Para k=0,1,2,...faça

Para i=1,2,...,n faça

ii

n

ijj

k

jiji

k

ia

xab

x

1

1

Fim.

Se

Nkoux

xxmáx

k

i

k

i

k

i

ni

1

1

Pare

( é a precisão dada e N um número natural que informa a

quantidade de iterações a ser realizada).

Fim

22

Exemplo 1.10 – Resolva o seguinte sistema linear pelo método de Jacobi:

1924

54122

2238

321

321

321

xxx

xxx

xxx

Solução:

Neste exemplo, observamos que nem a estimativa inicial foi fornecida nem a

precisão requerida, logo devemos estabelecer estes valores. O sistema no qual

o método iterativo deve ser aplicado, é escrito na forma:

9241

12425

8232

213

312

321

xxx

xxx

xxx

Se escolhermos como vetor aproximação inicial

0

0

00x com erro 00001,0

, montamos a seguinte tabela usando o método de Jacobi:

Iteração (k) kx1 kx2

kx3

0 0,0000 0,0000 0,0000

1 0,2500 0,4167 0,1111

2 0,0660 0,3380 -0,0926

3 0,1464 0,4365 0,0067

4 0,0846 0,3900 -0,0510

5 0,1165 0,4196 -0,0132

6 0,0960 0,4016 -0,0339

11 0,1040 0,4084 -0,0249

15 0,1035 0,4080 -0,0254

21 0,1034 0,4079 -0,0255

23 0,1034 0,4079 -0,0255

Observa-se nesta tabela que a partir da iteração 23, o sistema converge para

uma solução. Podemos dizer então que a solução do sistema é representada

pelo vetor

0255,0

4079,0

1034,023x .

23

CAPÍTULO 2: BALANÇO DE MASSA

2.1. CLASSIFICAÇÃO DOS PROCESSOS

De acordo com Rosseau (2005), antes de fazer o balanço de massa em um

sistema é necessário saber em qual categoria ele se encontra. Os processos

químicos podem ser classificados em:

Batelada: inicialmente o tanque é alimentado, e somente ao final do

processo seu conteúdo é removido, ou seja, não existe massa sendo

transferida através das fronteiras do sistema no intervalo de tempo entre

o carregamento do tanque e a retirada do produto.

Contínuo: durante o processo há um fluxo contínuo de massa entrando

e deixando o sistema.

Semi-batelada: qualquer processo que não se enquadre em batelada

ou contínuo.

Podemos ainda classificar o processo analisando as condições de operação,

o processo poderá estar em estado estacionário ou estado transiente. Se

todos os valores das variáveis do processo não variam com o tempo o

processo é dito estar operando em estado estacionário, do contrário é dito

que o processo está operando em estado transiente ou não-estacionário.

Por natureza, operações em batelada ou semi-batelada são transientes,

enquanto as operações dos processos contínuos podem ser transientes ou

estacionárias.

Os processos em batelada são normalmente utilizados quando não existe

grande demanda de produtos, já os processos contínuos são utilizados

quando se necessita ter elevada taxa de produção.

2.2 BALANÇOS

2.2.1 EQUAÇÃO GERAL DO BALANÇO

Para realizar um balanço em qualquer sistema é necessário inicialmente

delimitar as suas fronteiras. O volume englobado por essas fronteiras é

24

chamado de volume do sistema. Vamos realizar um balanço de massa na

unidade de processo da fig.2.1para um instante de tempo qualquer t .

Fig.2.1 – Unidade de processamento qualquer.

Observe que existe um único componente nas correntes de entrada e saída, o

componente j . Temos então a seguinte expressão para um balanço:

ACGSE (2.1)

Sendo:

sistemadofronteirasdasatravésjespéciedaentradaE

sistemadofronteirasdasatravésjespéciedasaídaS

sistemadodentrojespéciedaproduçãoG

sistemadodentrojespéciedaconsumoC

sistemadodentrojespéciedaacúmuloA

Segundo Rousseau (2005), o balanço pode ser escrito de duas maneiras:

Balanço diferencial – este balanço indica o que está ocorrendo no sistema

num instante de tempo, os termos da equação do balanço são taxas. Este

balanço é normalmente usado em sistemas contínuos.

Balanço integral – este balanço indica o que está ocorrendo no sistema entre

dois instantes de tempo, o momento após a alimentação e o momento após a

retirada do produto, os termos da equação do balanço são quantidades. Este

balanço é usado geralmente para processos em batelada.

A equação do balanço de massa pode ser simplificada nos seguintes casos:

Se a quantidade do balanço é totalmente mássica – nesse caso o termo de

geração e consumo são nulos, 0G e 0C .

Se as substâncias do balanço são espécies não-reativas (nem o reagente e

nem o produto) – nesse caso o termo de geração e consumo também são

nulos, 0G e 0C .

Se o sistema está em estado estacionário – o termo de acúmulo é nulo, 0A

independente do que está sendo considerado no balanço, pois por definição,

num sistema em estado estacionário nada pode mudar com a variação de

tempo.

25

2.2.2 BALANÇO DE PROCESSOS CONTÍNUOS EM ESTADO ESTACIONÁRIO

Nos processos contínuos em estado estacionário, o termo de acúmulo na

equação geral do balanço é nulo, 0A , logo a equação assume a forma:

0CGSE (2.2)

Se a o balanço for feito sobre alguma espécie não reativa, o balanço é

simplificado novamente, pois 0G e 0C , logo:

0SE

Exemplo 2.1– Considere um processo em estado estacionário, no qual um

tanque é alimentado continuamente com uma mistura de benzeno (B) e

tolueno (T) numa vazão de 500 kg/h, sendo 50% de benzeno em massa. Essa

mistura é separada em duas frações por destilação, de modo que a vazão de

benzeno na saída superior do tanque seja 200 kg/h, enquanto a saída de

tolueno na parte inferior seja de 225 kg/h. Calcule a vazão desconhecida dos

componentes nas saídas do tanque utilizando o balanço de massa sobre as

espécies.

Solução:

Como o processo está em estado estacionário e não há ocorrência de

reações no tanque, os termo de acúmulo, geração e consumo devem ser

nulos, 0A , 0G e 0C . A equação geral do balanço de massa é

então escrita na forma:

SE

Como são duas espécies entrando no tanque, dois balanços devem ser

efetuados.

26

Para o benzeno:

SE

2/200/250 mhBkghBkg

hBkgm /502

Para o tolueno:

SE

1/225/250 mhTkghTkg

hTkgm /251

Podemos verificar nossos cálculos fazendo um balanço de massa global:

hkgmmhkghkg /225/200/500 21

Já calculamos 1m e 2m , substituindo seus valores na expressão anterior, temos

que:

hkghkg /500/500

2.2.3 BALANÇO INTEGRAL DE PROCESSOS EM BATELADA

Nos sistemas em batelada não há nem entrada nem saída de componentes

durante o processo, 0E e 0S . Existe somente a entrada de espécies no

instante 0t e saída ao final do processo, no instante ft . Então o acúmulo de

determinada espécie no sistema é por definição igual à quantidade de moles

que sai no momento final menos a quantidade de moles da espécieque entra

no momento inicial:

inicialentradafinalsaídaacúmulo (2.3)

Se utilizarmos a eq.(2.1) para analisar este caso, vamos descobrir que o termo

de acúmulo é também:

CGA (2.4)

Então igualando as expressões (2.3) e (2.4), temos que:

CGinicialentradafinalsaída (2.5)

A eq.(2.5) é semelhante a eq.(2.2) (equação de balanço para processos em

regime estacionário), exceto que na eq.(2.5) os termos “entrada inicial” e

“entrada final” se referem aos momentos específicos de entrada e saída,

respectivamente, enquanto que na eq.(2.2), os termos de entrada e saída se

referem à alimentação e a retirada contínua da substância no balanço.

27

Exemplo 2.2– Suponha que existam dois frascos contendo uma mistura de

água e metanol. A primeira mistura possui 30% em massa de metanol,

enquanto a segunda mistura contém 60% em massa de metanol. Se 400g da

primeira mistura são misturados com 300g da segunda mistura num terceiro

frasco, qual seria a massa e composição do produto?

Solução:

Como não existem reações envolvidas os termos de acúmulo e consumo são

omitidos, dessa forma, todos os balanços tem a forma SE .

Balanço de massa global:

mgg 400300

.700 solgm

Balanço de massa do metanol:

A mistura 1 contém 30% em massa de metanol que equivale a 120g, e a

mistura 2 contém 60% em massa de metanol que equivale a 180g. Logo a

quantidade de metanol na mistura final será igual a 120g + 180g = 300g. Ou

em termos de fração mássica:

./429,0.700

3003

3

3solgOHCHg

solg

OHCHgx OHCH

Balanço de massa da água:

Como a fração mássica do metanol é conhecida temos que:

./571,01 232solgOHgxx OHCHOH

Da equação do balanço:

SE

700571,03004,04007,0

OHgOHg 22 400400

28

2.2.4 BALANÇO INTEGRAL DE PROCESSOS SEMI-BATELADA E PROCESSOS

CONTÍNUOS

Rousseau (2005) afirma que o balanço de massa para processos contínuos ou

em semi-batelada também podem ser escritos na forma integral. O

procedimento usado é utilizar o balanço diferencial e integrá-lo entre dois

instantes de tempo. Na maioria dos casos são necessários cálculos mais

complexos que os casos anteriores, mas também podemos encontrar

problemas de resolução simples, como o seguinte exemplo.

Exemplo 2.3– Ar é borbulhado em uma coluna contendotoluenolíquido numa

vazão molar de 0,800 kmol/min. A corrente gasosa deixando a coluna contém

30% em mol de vapor de tolueno.Considerando que o ar é insolúvel em

tolueno líquido. Use a forma integral do balanço de massa para estimar o

tempo necessário para que 30m3 de tolueno seja vaporizado.

Solução:

Começando com um balanço diferencial sobre o ar e sabendo que ele foi

considerado insolúvel em tolueno, podemos anular o termo de acúmulo.

Como o ar não reage com o tolueno na unidade de processo, tanto o termo

de geração quanto o de consumo são nulos, então a expressão do balanço

geral fica:

SE

Como o enunciado afirma, a corrente gasosa na saída contém 30% em mol

de vapor de tolueno, então essa corrente possui 70% em mol de ar, logo:

min7,0

min800,0

kmoln

kmol

arkmolarkmol

min143,1

arkmoln

Em seguida escrevemos o balanço integral para otolueno, iniciando no tempo

t=0 até o tempo t=tf (valor procurado). O balanço fica:

SA

O termo de acúmulo, que é variação total no número de moles no tempo tf, é

negativo, pois o tolueno deixa o sistema. Como o volume total ocupado pelo

tolueno é de 30m3 e a massa específica do tolueno líquido é 0,87 kg/L, o termo

de acúmulo é igual a:

873

33 69,28392

11087,030 HCkmolkg

kmol

m

L

L

kgmn

29

O termo de saída do balanço é igual àvazão molar na qual o tolueno deixa o

sistema vezes o tempo de processamento final, tf. Por isso o balanço SA ,

resulta em:

ftnHCkmol 300,069,283 87,

Vimos que min

143,1arkmol

n , então:

min827ft

2.2.5 CÁLCULOS DE BALANÇO DE MASSA

2.2.5.1 FLUXOGRAMAS

Quando você recebe informações de um processo e é necessário determinar

alguma coisa sobre esse processo, é bastante útil organizar as informações de

modo conveniente, antes de efetuar os cálculos necessários. A melhor

maneira de fazer isso é desenhar um fluxograma do processo, usando caixas e

outros símbolos que representam as unidades do processo, e linhas com setas

que representam as entradas e saídas.

Quando usado corretamente, o fluxograma pode ajudar a realizar os cálculos

do balanço de massa. Inicialmente você deve preencher seu desenho com

todas as informações disponíveis, usando valores para as variáveis conhecidas

e símbolos para as variáveis desconhecidas, para as linhas de entrada e saída.

Exemplo 2.4– Deseja-se obter uma corrente final para realização de um

experimento com elevado percentual de oxigênio. Três correntes de entrada

são alimentadas numa câmara de evaporação para produzir uma corrente

de saída com a composição desejada. Considere que as condições de

entrada são:

Corrente S1: ar (21 mol% de O2 e 79 mol% de N2),

Corrente S2: água (fase líquida), com vazão volumétrica min/504 3cm ,

Corrente S3: oxigênio puro, com vazão molar igual a 1/5 da vazão molar da

corrente S1.

O gás na corrente de saída contém 3 mol% de água. Desenhe o fluxograma,

escreva as variáveis conhecidas do processo, e ao final calcule todas as

variáveis desconhecidas.

Solução:

30

1. Escreva os valores e a unidades de todas as variáveis conhecidas, sobre as

linhas que representam as correntes de entrada ou saída.

2. Atribua símbolos para as variáveis desconhecidas utilizando as unidades

corretamente.

Como a única vazão volumétrica dada no enunciado min/20 2

3

lOHcm é

medida por minuto, vamos adotar esta unidade como base para as vazões

das outras correntes.

Como a variável adotada para representar o fluxo molar de ar é 1n , então a

vazão molar de oxigênio puro corresponde a 12,0 n .

O somatório das frações molares dos componentes em qualquer corrente

deve ser igual à unidade. Como representamos a fração molar de oxigênio

por y , a fração molar do nitrogênio será molNmolyy /97,03,01 2

Podemos calcular o fluxo molar de água 2n , com a relação:

min28

18

min5041

2

2

2

3

3

2

2

OHmol

mol

OHg

OHcm

cm

OHg

MM

mn

As variáveis restantes podem ser determinadas usando balanços de massa,

que assumem a forma SE , uma vez que o processo ocorre em estado

estacionário e sem reação. Olhando o fluxograma podemos facilmente

realizar os balanços:

Para água:

mol

OHmolmoln

OHmoln 2

32

2 03,0minmin

min33,9333

moln

Balanço molar global:

31

32112,0 nnnn

min44,754

2,1

2833,933

2,1

231

armolnnn

Para o nitrogênio:

mol

Nmoly

moln

mol

Nmolarmoln 2

32

1 97,0min

79,0min

mol

Omol

n

ny 2

3

1 331,079,097,0

Exemplo 2.5– Uma mistura de dois componentes A e B, com 70 mol% de A e 30

mol% de B, é separada em duas frações. O fluxograma deste processo é

ilustrado abaixo:

Dimensione o fluxograma de forma a obter a mesma separação, usando uma

alimentação contínua de 4500 lbmol/h.

Solução:

O fator de escala é:

mol

hlbmol

mol

hlbmol /406,1

3200

/4500

Multiplicando-se o número de moles das correntes do processo pelo fator de

escala podemos obter as vazões molares:

Alimentação: hlbmol/4500

Corrente superior: hlbmol /1406406,11000

32

Corrente inferior: h

Albmol64,2024406,11440

h

Blbmol56,1068406,1760

A unidade das frações molares pode ser alterada de molmol / para

lbmollbmol / , mas seus valores permanecem os mesmos. O fluxograma fica:

2.2.5.2 BALANCEANDO UM PROCESSO

Considere fluxograma ilustrado na fig.2.2, no qual min3kg de benzeno são

misturados com min/1kg de tolueno.

Fig. 2.2 – Fluxograma com duas correntes de entrada e uma de saída.

Existem duas incógnitas associadas a este processo, m e x . Todas as

equações do balanço de massa deste processoassumem a mesma forma

SE , pois é um processo sem reação e em estado estacionário. Existem três

equações de balanço que podem ser escritas (balanço global, balanço sobre

o benzeno ou um balanço sobre o tolueno), a escolha de duas dessas

equações fornece o valor das incógnitas procurado. Por exemplo:

Balanço global:

min18

min10

min8

kgmm

kgkg

33

Para o benzeno:

kg

HCkgx

kg

HCkgx

kgm

HCkg 636363 44,0minmin

8

A dúvida nesse momento é até onde é possível continuar com esse

procedimento. Por exemplo, se a vazão de uma das correntes de entrada

fosse desconhecida, um balanço sobre o tolueno resolveria o problema? E se

este fosse um processo envolvendo reações químicas, quais balanços utilizar

quando existe a possibilidade de escolha, e em que sequência eles devem ser

escritos?

As duas regrasa seguir, como Rousseau (2005) descreve, podem ser aplicadas

para processos sem reação:

1. O número máximo de equações independentes que podem ser derivadas

ao escrever os balanços de massa para sistemas sem reação é igual ao

número de espécies químicas nas correntes de entrada e saída.

No exemplo dado, o benzeno e o tolueno constituem as correntes de entrada

e saída do processo, vimos que podemos escrever três equações de balanço,

mas apenas duas dessas equações são necessárias para concluir o problema.

2. Escrever primeiramente balanços que envolvem o menor número de

incógnitas.

No exemplo dado, o balanço de massa total foi escrito primeiramente porque

a equação envolvia apenas uma incógnita, m , enquanto a equação do

balanço para o benzeno ou tolueno envolveria duas, m e x ;se tivéssemos

escolhido iniciar por uma dessas expressões chegaríamos ao mesmo resultado

com um esforço maior.

Exemplo 2.6– Uma solução aquosa com fração de mássica de 40% de HCl

entra numa unidade de processamento, e deseja-se reduzir esse percentual

para10%. Para isso uma corrente de água pura é utilizada na diluição. Calcule

as razões (litros de água pura/kg solução deHCl) e (kg de solução

resultante/kg solução de HCl).

Solução:

1. Escolha uma base de cálculo (uma taxa ou quantidade de uma das

correntes de alimentação ou de produtos) e desenhe o fluxograma com as

informações disponíveis.

Vamos escolher arbitrariamente uma base de 300 kgda corrente de

alimentação com 40% de HCl (essa escolha não altera os resultados finais, pois

estamos apenas procurando razões de valores das correntes). Desenhamos

então o fluxograma:

34

2. Expresse o que o problema pede para você determinar em termos das

variáveis do fluxograma.

As quantidades desejadas são:

100

1V (litros de água/kg de solução inicial) e

100

2m (kg de solução final/kg solução inicial)

Então temos que determinar 1V e 2m .

3. Conte as variáveis desconhecidas e relacione-as com as equações.

Se o número de equações independentes for igual ao número de variáveis,

você será capaz de resolver o problema, mas se isso não ocorrer não

desperdice seu tempo com esse tipo de problema.

Analisando o fluxograma percebemos que existem três variáveis

desconhecidas ( 1V , 1m e 2m ).

Para um processo sem reações envolvendo n componentes, é possível

escrever mais de n equações de balanço. Como no processo do exemplo

existem duas espécies, escrevemos duas equações de balanço. A terceira

variável pode ser determinada analisando a relação entre a massa e o

volume da água utilizada para diluição através da densidade. Dessa forma o

problema pode ser solucionado.

Todos os balanços do sistema assumem a forma SE . Analisando o

fluxograma podemos ver que as equações do balanço da água e do balanço

de massa global envolvem duas variáveis indeterminadas ( 1m e 2m ),

enquanto o balanço sobre o ácido clorídrico envolve apenas uma 2m .

Portanto, é mais simples iniciar a solução do problema através do balanço do

HCl:

Para o HCl:

SE

35

kgmmkg

HClkgkg

kg

HClkg4001,01004,0 22

Substitua esse valor calculado diretamente no fluxograma para facilitar os

próximos cálculos.

Balanço de massa global:

OHkgmmmkg 2121 100300

Podemos calcular o volume de água na corrente de entrada inferior com a

relação:

litroslitrokg

kgmV

V

m100

/1

10011

1

1

Finalmente podemos calcular as razões requisitadas no problema:

HClsoldekgáguadelitrosV

./1100

100

100

1

HClsoldekgresultsoldekgm

./..4100

400

100

2

2.2.6 BALANÇO DE MASSA EM PROCESSOS COM VÁRIAS UNIDADES

Os processos em indústrias químicas raramente envolvem apenas uma

unidade de processamento, geralmente existem um ou mais reatores

químicos, misturadores, sistemas de aquecimento e resfriamento, etc. Antes de

analisar estes processos, vamos definir um sistema. Um sistema é qualquer

parte do processo englobado por fronteiras imaginárias, logo, o processo

inteiro pode estar contido no sistema, várias unidades, ou até mesmo uma

única unidade de processamento. As correntes de entrada e saída do sistema

são aquelas que interceptam suas fronteiras.

Inicialmente definem-se as fronteiras do sistema, e em seguida o balanço é

feito sobre as unidades contidas no sistema.

Exemplo 2.7– O fluxograma da figura abaixo ilustra um processo contínuo em

estado estacionário com duas unidades de processamento. Existem três

correntes(a, b, c) cujas vazões cba mmm ,, e/ou composições são

desconhecidas.

36

Calcule as vazões e composições desconhecidas.

Solução:

Os sistemas que podemos escolher para análise estão representados por linhas

pontilhadas na figura abaixo.

Balanço de massa global:

O balanço de massaglobal é feito escolhendo-se como sistema aquele com

as linhas pontilhadas mais externas, que engloba todo o processo (duas

correntes de entrada e três correntes de saída). Para este sistema a equação

geral do balanço pode ser escrita na forma SE , então:

hkgmm cc 50250300100500

Balanço de massa global sobre A:

kgAkgxx cc /6,0)50(2502,03009,010075,050055,0

37

Balanço de massa sobre a unidade 1:

hkgmm aa 200300500

Balanço de massa sobre A na unidade 1:

kgAkgxx aa /025,0)200(3009,050055,0

Balanço de massa sobre o ponto de mistura:

hkgmmm bba 300100

Balanço de massa de A sobre o ponto de mistura:

kgAkgxmxmx bbbaa /267,010075,0

O problema pode se tornar mais complicado quando existem mais de duas

unidades de processamento, pois além do balanço global e dos balanços

sobre as unidades devemos considerar os balanços das combinações das

unidades.

2.2.7 RECICLO

É incomum que uma reação, por exemplo, BA , seja totalmente convertida

num reator (ou seja, que todo o reagente seja consumido). Existe sempre uma

quantidade de A, mesmo que pequena, presente na corrente dos produtos.

Essa quantidade de A não consumida é vista como desperdício de recursos,

pois você tem que pagar pela utilização do reagente. Uma saída viável para

este problema é tentar reciclar esta quantidade de reagente não consumida,

realimentando-a no reator. Dessa forma você iria economizar e ao mesmo

tempo produzir B puro. O exemplo a seguir mostra como resolver problemas de

balanço de massa em sistemas com reciclo.

Exemplo 2.8– Uma corrente de ar seco contendo 8 mol% de água deve ser

resfriada e desumidificada, de modo a conter apenas 0,70 mol% de água. A

corrente de ar é combinada com uma corrente de reciclo proveniente de um

resfriamento e desumidificação anteriores. A corrente misturada contém 5,6

mol% de água. No ar condicionado, parte da água é condensada e

removida na forma líquida. Uma fração do ar desumidificado que deixa o

condensador é reciclada e o restante é liberada no ambiente. Tomando 1 mol

de ar desumidificado como base de cálculo, calcule o número de moles da

corrente inicial, da água condensada, e do ar reciclado.

Solução:

38

O fluxograma desse processo é mostrado na figura abaixo. As linhas

pontilhadas destacam os subsistemas nos quais os balanços de massa podem

ser aplicados.

A forma do balanço de massa tem a forma SE . O sistema global e o

subsistema demarcado ao redor do ponto de mistura são apropriados para

análise do problema, pois envolvem as variáveis que queremos determinar.

Balanço global do ar seco:

molesnn 079,11993,092,0 11

Balanço molarglobal:

condensadaáguademolesnnn 079,01 331

Balanço de massa no ponto de mistura:

512 nnn

Balanço de massa da água no ponto de mistura:

251 056,0007,008,0 nnn

Utilizando o valor conhecido de 1n nas duas últimas equações, montamos o

seguinte sistema:

086,0007,0056,0

079,1

52

52

nn

nn

39

O valor das variáveis pode ser facilmente encontrado se utilizarmos o

método de Gauss (visto anteriormente no cap.01):

0256,0049,00

079,111

086,0007,0056,0

079,11110 12122 AA LmLL

Sendo 056,021m . Podemos agora escrever o seguinte sistema equivalente:

0256,0049,0

079,1

5

52

n

nn

Cuja solução é imediata e pode ser representada pelo vetor 5224,0

6014,1n .

Ou seja, 6014,12n e 5224,05n .

40

CAPÍTULO 3:BALANÇO DE ENERGIA

3.1 FORMAS DA ENERGIA

A energia total de um sistema de acordo com Rousseau (2005) é composta

basicamente por 3 componentes:

1. Energia cinética

Energia devido ao movimento de translação do sistema como um todo em

relação a um corpo de referência ou em relação à rotação do sistema sobre

um eixo.

2. Energia potencial

Energia do sistema associada à posição do sistema num campo potencial,

como o campo gravitacional, por exemplo.

3. Energia interna

Toda energia intrínseca do sistema excluindo-se as energias cinética e

potencial, como a energia devido à movimentação, rotação e vibração das

moléculas e as interações entre elas.

3.2 BALANÇO DE ENERGIA EM SISTEMAS FECHADOS

Os sistemas podem ser classificados como abertos ou fechados ao avaliar se

existe ou não massa cruzando as fronteiras do sistema durante uma análise.

Um processo em batelada é por definição um sistema fechado, enquanto os

processos em semibatelada e contínuos são sistemas abertos.

Podemos utilizar a equação geral do balanço eq.(2.1), para escrever a

equação integral do balanço de energia entre dois instantes de tempo. Como

a energia de um sistema não pode ser nem criada nem destruída, os termos

de geração e consumo são desconsiderados, temos então:

SEA

Num sistema fechado a energia pode ser transferida através das fronteiras do

sistema na forma de calor ou trabalho, diferentemente do balanço de massa

num sistema fechado, no qual a massa não atravessa as fronteiras do sistema

41

e os termos de entrada e saída eram desconsiderados. Podemos também

escrever a expressão anterior na seguinte forma:

SEsistemaopara

atransferidtotalenergia

sistemado

inicialenergia

sistemado

finalenergia (3.1)

PiCii EEUsistemado

inicialenergia

PfCff EEUsistemado

finalenergia

WQSEsistemaopara

atransferidtotalenergia

Onde os subscritos i e f indicam os estados inicial e final do sistema, e

WeQEEU PC ,,, representam a energia interna, a energia cinética, a energia

potencial, o calor recebido pelo sistema do meio, e o trabalho realizado pelo

sistema sobre o meio, respectivamente. Então reescrevemos a eq.(3.1) na

forma:

WQEEEEUU PiPfCiCfif

ou

WQEEU PC (3.2)

A eq.(3.2) é a forma básica da primeira lei da termodinâmica para sistemas

fechados. Como Rousseau (2005) afirma, as seguintes observações podem ser

feitas antes de utilizar esta equação:

A energia interna do sistema depende quase exclusivamente da composição

química, do estado de agregação e da temperatura dos materiais. É

dependente também da pressão para gases ideais (sólidos e líquidos sofrem

pouca influência da pressão). Se não ocorrem variações de temperatura,

mudanças de fase, ou reações químicas num sistema fechado e a variação

de pressão for desprezível, então 0U .

Se o sistema não está acelerando, então 0CE . Se o sistema não tem quedas

ou subidas, então 0PE .

Se o sistema é isolado ou se o sistema e suas redondezas estão à mesma

temperatura, então o processo é adiabático, então 0Q .

O trabalho é realizado pelo ou sobre o sistema pela movimentação das

fronteiras do sistema contra uma força de resistência, ou pela passagem de

uma corrente elétrica ou radiação através das fronteiras. Se não houverem

partes em movimento, correntes elétricas ou radiação, então 0W .

42

3.3 BALANÇO DE ENERGIA DE SISTEMAS ABERTOS EM ESTADO

ESTACIONÁRIO

O sistema é dito aberto quando existe massa atravessando suas fronteiras

enquanto o processo está ocorrendo. Trabalho deve ser realizado sobre o

sistema para que haja a entrada de massa, e trabalho deve ser feito pela

massa na saída sobre o meio. Estes termos devem ser considerados na

equação do balanço de energia.

O trabalho resultante realizado pelo sistema sobre o meio pode ser escrito

como:

flS WWW (3.3)

Sendo o SW trabalho de eixo, que é a taxa de trabalho feito pelo fluido do

processo sobre um eixo de movimentação dentro do sistema; e flW a taxa de

trabalho do fluido na saída do sistema menos a taxa de trabalho na entrada

do sistema.

Por exemplo, para calcular a taxa de trabalho da seguinte unidade de

processo com uma única entrada e uma única saída.

Fig.3.1 – Unidade de processamento qualquer.

O fluido que entra no sistema tem trabalho, feito sobre ele pela quantidade de

fluido anterior, dado pela relação:

ententent VPW (3.4)

E o fluido que deixa o sistema executa trabalho com a taxa:

saisaisai VPW (3.5)

Logo a taxa resultante será:

ententsaisaifl VPVPW (3.6)

Se houvessem várias correntes de entrada e saída no sistema, teríamos

simplesmente que somar o trabalho efetuado pelas correntes de saída

43

saiisaii VP ,, e subtrair pelo somatório do trabalho das correntes de entrada

entienti VP ,,.

A primeira lei da termodinâmica para um sistema aberto em estado

estacionário pode ser escrita na forma, SE . O termo de entrada representa

a taxa total de transporte de energia cinética, potencial e energia interna de

todas as correntes de entrada mais a taxa na qual a energia é transferida

como calor. O termo de saída representa a taxa de energia total transportada

pelas correntes de saída mais a energia que sai como trabalho.

Se jE representa a taxa total de energia transportada pela j-ésima corrente

de entrada ou saída, e as taxas de calor e trabalho na entrada e saída do

processo são Q e W , podemos escrever:

SE

WQEEEWEQ

entradadecorrentes

j

saídadecorrentes

j

saídadecorrentes

j

entradadecorrentes

j (3.7)

Se PjCj EEm ,, e jU são taxas de massa, energia cinética, energia potencial e

energia interna para a j-ésima corrente de processo, então a taxa de energia

na qual a energia entra ou sai do sistema através desta corrente é:

PjCjjj EEUE

jj

j

jjjj gzmu

mUmE 2

ˆ2

j

j

jjj gzu

UmE2

ˆ2

(3.8)

Onde ju é a velocidade da j-ésima corrente e

jz é a altura da corrente

referente a um plano no qual 0PE . (O acento circunflexo sobre as variáveis

indica que ela é específica).

O trabalho total realizado pelo sistema sobre o meio é igual ao trabalho de

eixo mais o trabalho do fluido em movimento, se jV é o fluxo volumétrico da j-

ésima corrente e jP é a pressão dessa corrente enquanto cruza as fronteiras

do sistema, então:

entradadecorrentes

jj

saídadecorrentes

jjfl VPVPW , sendo jjj VmV ˆ , então:

entradadecorrentes

jjj

saídadecorrentes

jjjSfl VPmVPmWW ˆˆ (3.9)

Substituindo as eqs.(3.8) e (3.9) na eq.(3.7), e colocando os termos VP ˆ no lado

esquerdo da igualdade, resulta em:

44

s

entradadecorrentes

j

j

jjjj

saídadecorrentes

j

j

jjjj WQgzu

VPUmgzu

VPUm 2

ˆˆ2

ˆˆ22

(3.10)

A eq.(3.10) pode ser utilizada pode ser utilizada para resolver qualquer

problema de balanço de energia de sistemas abertos em estado estacionário.

Entretanto, podemos simplificar esta expressão, pois o termo jjj VPU ˆˆ pode ser

escrito como jH (entalpia específica), logo reescrevemos a eq.(3.10) na

forma:

s

entradadecorrentes

j

j

jj

saídadecorrentes

j

j

jj WQgzu

Hmgzu

Hm 2

ˆ2

ˆ22

(3.11)

Mas

entradadecorrentes

jj

saídadecorrentes

jj HmHmH ˆˆ

entradadecorrentes

j

j

saídadecorrentes

j

jC

um

umE

22

22

entradadecorrentes

jj

saídadecorrentes

jjP gzmgzmE

Então a eq.(3.11) se torna:

SPC WQEEH (3.12)

45

CAPÍTULO 4:SOLUÇÃO DE PROBLEMAS

DE BALANÇO COM AUXÍLIO DA

COMPUTAÇÃO

A resolução das equações de balanço de massa e energia em muitos casos

pode consumir muito tempo. Uma alternativa para solucionar estes problemas

é desenvolver um algoritmo para resolução dos cálculos e utilizar um

programa computacional para implementá-lo.

De modo geral existem dois métodos de resolução que podem ser aplicados

sobre as equações de balanço dos processos: simulação sequencial modular

e a simulação baseada em equações.

4.4.1 SIMULAÇÃO SEQUENCIAL MODULAR

O primeiro passo na montagem do processo na abordagem sequencial

modular é reconstruir o fluxograma do processo em termos de blocos ou

módulos (unidades de processo ou operações) com as correntes

interconectando-os. A seguinte nomenclatura é pode ser utilizada para

identificar estes blocos:

MIST - mistura de várias correntes de entrada adiabaticamente na

formação de uma corrente de produto;

SEP – separação de uma corrente única de entrada em duas ou mais

correntes de produtos;

COMP – aumento da pressão de um gás de um determinado valor;

BOMBA – aumento da pressão de um líquido de um determinado valor;

FLASH–converte uma corrente líquida numa pressão para uma corrente de

vapor numa pressão mais baixa;

DESTILA

EXTRAI

CRISTALIZA

ABSORVE

REATOR – simula o reator químico.

Para simular um processo você pode utilizar um programa de computador,

você irá construir um fluxograma, e depois atribuir os valores conhecidos para

simula os processos de separação da destilação,

extração, cristalização e absorção;

46

os blocos e correntes do sistema. Posteriormente a simulação é iniciada, e uma

série de blocos chamados de sub-rotinas lhe guiará até a solução das

equações de balanço de massa ou energia.

Por exemplo, suponha que duas correntes de entrada S1 e S2 são misturadas

adiabaticamente formando uma corrente de saída S3, neste caso o bloco MIX

pode ser utilizado para simular esta operação, observe a fig.4.1.

Fig.4.1 – Bloco (ou módulo) usado na mistura de correntes.

As correntes S1, S2 e S3 podem ser vetores contendo informações sobre

composição, temperatura, fluxo, etc. em cada corrente, nesse caso o

programa deve calcular o valor dos componentes da corrente de saída S3 a

partir dos balanços de massa e energia.

Exemplo 4.1–Duas correntes devem ser misturadas adiabaticamente. Cada

corrente pode conter qualquer um dos componentes A, B, C, D e E. Não há

mudança de fase, a capacidade calorífica do todos os componentes são

constantes e o calor da mistura é desprezível. É necessário calcular o fluxo

molar e a temperatura da corrente de saída a partir de valores específicos das

correntes de entrada, para isso você deve criar uma rotina para ser

executada por um programa.

a) Escreva equações para os fluxos da corrente do produto e temperatura.

b) Crie uma tabela para determinar os valores das variáveis da corrente do

produto para quaisquer valores de fluxo e temperatura das correntes de

47

alimentação. Utilize os seguintes valores para capacidade calorífica das

espécies:

Espécie A B C D E

CmolJC o

p / 87,2 125,9 160,4 174,8 187,3

Solução:

a) As equações do balanço de massa são bastante simples:

321 AAA nnn (1)

321 BBB nnn (2)

321 CCC nnn (3)

321 DDD nnn (4)

321 EEE nnn (5)

Vamos escolher um estado de referência para cada componente do sistema:

fase líquida ou gasosa, temperatura 1T e pressão 1 atm. Sabendo que a

entalpia específica de um componente, por exemplo, o componente A,

equivale a 133ˆ TTCH pAA , escrevemos o balanço de energia para este

sistema aberto e adiabático:

entradadecorrentes

jj

saídadecorrentes

jj HnHnH ˆˆ0

01222222

1333333

TTCnCnCnCnCn

TTCnCnCnCnCn

pEEpDDpCCpBBpAA

pEEpDDpCCpBBpAA

Todas as entalpia da corrente 1 são nulas, por isso não foram escritas na

expressão anterior. Resolvendo a equação para 3T temos:

12

33333

22222

13 TTCnCnCnCnCn

CnCnCnCnCnTT

pEEpDDpCCpBBpAA

pEEpDDpCCpBBpAA

(6)

b) Podemos construir uma tabela associada ao fluxograma para

determinação das variáveis desconhecidas em função das variáveis das duas

correntes de entrada. Para isso vamos utilizar o Excel®, que é bastante útil e

simples neste caso, pois se o valor de alguma variável for modificado, os

resultados são automaticamente atualizados.

48

Se os valores das correntes de entrada forem iguais aos mostrados na tabela

da figura acima, então: 8;9,27;44;56;5,43 33333 EDCBA nnnnn e

CT o9,363.

Estes valores referentes a corrente de saída, foram calculados da seguinte

forma:

1679

1568

AAL

AAL

18911

17810

AAL

AAL 191012 AAL

Que são equivalentes as equações (1), (2), (3), (4), (5), e

1120*3*123*113*103*93*8

3*193*183*173*163*15113 AA

GLFLELDLCL

GAFAEADACAAT

Que é equivalente a temperatura dada pela equação (6).

Exemplo 4.2– A figura abaixo ilustra um sistema com duas unidades de

processamento e uma corrente de reciclo. Calcule a quantidade

reciclada R como uma função de (fração de reciclada de A). Use

5,0 e 9,0 para comparação.

49

Solução:

Balanço de massa para a unidade 1:

BRBRA 100

Balanço de massa para unidade 2:

PRB

Sendo a fração de reciclo RB .

Assim, temos um problema com três equações e três incógnitas a ser

resolvido, por isso, como visto no cap.01, podemos encontrar a solução

deste sistema reduzindo-o à forma escada.

O sistema:

0

0

100

RB

PRB

RB

possui a seguinte matriz ampliada:

001

0111

100011

Entuando as operações a seguir o sistema é reduzido à forma escada:

50

1001001

100010

1

1100001

100100

11

100010

11

100100001

100100

11

100010

100011

100100

1000/110

100011

1000110

100100

100011

0011

100100

100011

001

0111

100011

121

2233

32

133

33

122

11/

LLL

LLLLLL

LLL

LL

LLL

E assim podemos obter os seguintes resultados:

1

1100B

1100R

100P

Substituindo os valores de dados no enunciado da questão:

Para 5,0 :

200B 100R 100P

Para 8,0 :

500B 400R 100P

A simulação modular para encontrar a solução envolveria resolver a

equação da unidade 1 para encontrarB assumindo um valor para R. A

unidade 2 seria então resolvida para R, esse valor de R seria comparado

com o valor de R assumido. Se o erro for grande, o valor de R calculado

usando a unidade 2 seria o novo valor assumido, então resolveríamos

novamente a unidade 1 para B, e resolveríamos a unidade 2 para R

outra vez. Esse procedimento é repetido até que o erro seja

suficientemente pequeno.

51

Se a estimativa inicial é que R=0, então o valor inicial de B será igual a

100, e as equações são escritas na seguinte forma:

kk RB 100

kk BR

Sendo k o índice usado na contagem das iterações.

Uma quantidade suficente de iterações resulta na convergência das

variáveis para o resultado desejado.

Para 5,0 :

k R RB 100 BR

1 0 100 50

2 50 150 75

3 75 175 87,5

4 87,5 187,5 93,75

100 200 100

Para 8,0 :

k R RB 100 BR

1 0 100 80

2 80 180 144

3 144 244 195,2

4 195,2 295,2 236,16

400 500 100

4.4.2 SIMULAÇÃO BASEADA EM EQUAÇÕES

Enquanto a abordagem sequencial modular resolve sistema de equações em

blocos, que correspondem as operações unitárias do processo, a simulação

baseada em equações coleta as equações das unidades e as resolve

simultaneamente.

Cada método possui suas desvantagens. A simulação sequencial modular

encontra dificuldade ao tentar solucionar problemas de duas categorias: 1.

Conhecendo as condições do processo e as variáveis da corrente dos

produtos, calcular as variáveis da corrente na alimentação; 2. Conhecendo as

variáveis das correntes de alimentação e dos produtos, calcular as condições

do processo. Em ambos os casos é necessário usar cálculos iterativos usando

as especificações do projeto, e este problema é resolvido quando o sistema

de equações é coletado e resolvido para as variáveis desconhecidas

52

simultaneamente, usando programas como Matlab®, Maple®,etc. Entretanto a

solução de um grande número de equações simultaneamente pode ser

pesado e demorado até mesmo para computadores potentes.

O exemplo a seguir ilustra a simulação baseada em equações.

Exemplo 4.3– Uma corrente é alimentada numa coluna de destilação

contendo o seguinte percentual em massa: 40% de benzeno (B),25% de

tolueno(T) e 35% de xileno (X). O produto da corrente superior dos produtos

contém 72,2% de benzeno e 28,6% de tolueno em massa. A corrente da saída

inferior da primeira coluna é usada para alimentar uma segunda coluna. O

produto da corrente superior dos produtos da segunda coluna contém 4,3%

de benzeno e 92,6% de tolueno em massa. Um percentual de17 % do tolueno

e 85% do xileno alimentados no processo são recuperados na corrente de

saída inferior da segunda coluna. Estabeleça as equações de balanço de

massa do processo.

Solução:

Tomando como base uma alimentação de 100 kg, escrevemos as equações

do problema:

Para coluna 1:

B 21673,035 mm

T 31306,050 mm

X 41021,015 mm

Para a coluna 2:

B 652 059,0 mmm

T 753 926,0 mmm

X 854 015,0 mmm

Das especificações do processo:

Recuperação de 10% de T: 5501,07m

53

Recuperação de 93,3% de X: 1415933,08m

Podemos resolver este conjunto de equações utilizando o método de Gauss,

(revise o cap.01) juntamente com a estratégia de pivoteamento parcial,

escrevemos inicialmente a matriz ampliada do sistema:

140015,01000

50926,00100

01059,00010

1500100021,0

5000010306,0

3500001673,0

0A

Efetuamos então as operações 13133

12122

LmLL

LmLL, sendo 455,0

673,0

306,021m ,

0312,0673,0

021,031m , para obtermos:

140015,01000

50926,00100

01059,00010

908,1300100312,00

075,340001455,00

3500001673,0

1A

Realizamos a seguir a troca das linhas 2 e 4 42 LL e efetuamos as

operações 24244

23233

LmLL

LmLL, sendo 0312,0

1

0312,032m ,

455,01

455,042m :

140015,01000

50926,00100

075,34455,000268,00100

908,130312,000184,01000

01059,00010

3500001673,0

2A

Organizamos novamente a matriz ao trocar as linhas 2 e 4 43 LL e

efetuando a operação 35355 LmLL , sendo 153m , para obtermos:

54

140015,01000

075,29455,0923,00000

908,130312,000184,01000

075,34455,000268,00100

01059,00010

3500001673,0

3A

Efetuamos então a operação 46466 LmLL , sendo 164m :

092,00312,001316,00000

075,29455,0923,00000

908,130312,000184,01000

075,34455,000268,00100

01059,00010

3500001673,0

4A

E finalmente a operação 56566 LmLL , sendo 0143,0923,0

01316,065m ,

resultando em:

5078,00247,000000

075,29455,0923,00000

908,130312,000184,01000

075,34455,000268,00100

01059,00010

3500001673,0

5A

Esta última matriz representa um sistema triangular superior, e seu sistema

equivalente assume a forma:

5078,00247,0

075,29455,0923,0

908,130312,000184,0

075,34455,000268,0

0059,0

35673,0

6

65

654

653

652

21

m

mm

mmm

mmm

mmm

mm

Cuja solução é 808,171m , 015,232m , 541,433m , 626,144m , 635,415m e

559,206m .

55

CAPÍTULO 5: ESTUDO DE CASO

De acordo com Hanyak (1999),um fluxograma simples utilizado no

processo de produção de estireno pode ser montado da maneira

descrita na seção a seguir. Para um maior aprofundamento consulte as

referências citadas no final da apostila.

5.1 PRODUÇÃO DE ESTIRENO

Uma companhia lhe contratou para investigar a possibilidade de fabricar

estireno tendo como matéria-prima o tolueno e o metanol. O estireno é um

material intermediário usado para fazer objetos como brinquedos, aparelhos

de rádio e televisão, embalagens, etc. Uma de suas tarefas é criar um

fluxograma e estabelecer os requisitos de massa e energia do processo.

Durante o desenvolvimento do fluxograma, você irá perceber que não possui

todas as informações necessárias, portanto você deverá propor hipóteses e

posteriormente verificar se suas suposições foram aceitáveis.Sabemos que o

tolueno e metanol são matérias-primas e que de alguma forma eles devem ser

submetidos a uma mudança de modo a gerar o estireno. Este processo de

transformação pode resultar em subprodutos, resíduos e o produtodesejado.

Com a informação que temos, já podemos fazer um fluxograma inicial:

Fig.5.1 – Esboço do fluxograma do processo.

O fluxograma final será composto de correntes e unidades de processamento

(trocadores de calor, reatores, bombas, etc.) . Inicialmente pode-se assumir

que as variáveis e propriedades do processo são constantes entre as unidades

do processo.

Cada corrente do processo tem suas próprias propriedades, que podem ser

manuseadas pelo engenheiro. Uma corrente de processo é definida pelas

seguintes propriedades:

TABELA 5.1 – PROPRIEDADES USUAIS DE CORRENTES DE PROCESSO

Propriedade Dimensão Símbolo Unidade

Fase Sólido, líquido, gás Ph Adimensional

Temperatura Graus T Co

Pressão Força por área P Pa

56

Vazão Massa( ou mols) por tempo m (ou n ) hkg (ou hkgmol )

Composição Fração mássica ( ou molar) w (ou x ) Adimensional

Uma unidade de processamento pode alterar uma ou mais propriedades de

uma corrente. No exemplo abaixo, uma corrente atravessa duas unidades de

processamento:

Fig.5.2 – Alteração das propriedades de uma única corrente através de duas unidades

de processamento.

As propriedades da corrente nos ponto S1, S2a, S2b e S3 podem ser verificadas

na tabela a seguir.

TABELA 5.2 – PROPRIEDADES DA CORRENTE EM DIFERENTES PONTOS DO

PROCESSO

Propriedade S1 S2a S2b S3

Fase Vapor Vapor Vapor Vap-liq-liq

Temperatura Co510 Co9,325 Co9,325 Co40

Pressão kPa400 kPa330 kPa330 kPa320

Vazão molar hkgmol200 hkgmol280 hkgmol280 hkgmol280

Fração molar

(metanol) 5,0 0714,0 0714,0 0714,0

Fração molar

(tolueno) 5,0 0714,0 0714,0 0714,0

Fração molar (água) 0 2857,0 2857,0 2857,0

Fração molar

(estireno)

0 2857,0 2857,0 2857,0

Fração molar

(hidrogênio)

0 2857,0 2857,0 2857,0

Como você pode observar, entre as correntes nos pontos S2a e S2b, não há

unidades de processamento, a corrente possui as mesmas propriedades, pois

assumimos que nesse caso elas possuem valor constante.

Uma unidade de processamento é um aparelho (ou outro equipamento) que

realiza alterações físicas e/ou químicas sobre os materiais (isto é, compostos

químicos ou componentes) que passam através dela, utilizando uma ou mais

operações unitárias básicas para efetuar a mudança.

Oito operações unitárias básicas poderiam ocorrer numa unidade de

processamento que poderiam efetuar uma mudança nas correntes que fluem

através da unidade, veja a tabela 5.3.

57

TABELA 5.3 – OPERAÇÕES UNITÁRIAS BÁSICAS E AS MUDANÇAS NA CORRENTE

Operação unitária Mudanças

Reação química Componentes

Divisão de corrente Quantidade

Mistura de correntes Quantidade

Separação Frações do componente

Mudança de temperatura Temperatura

Mudança de pressão Pressão

Mudança de fase Fase

Mudança de forma Forma

Na maioria das unidades de processamento uma ou mais destas operações

unitárias ocorrem. Iremos analisar seis unidades de processo e identificar cada

operação, à medida que desenvolvemos o fluxograma processo para a

produção do estireno a partir de metanol e tolueno. Em primeiro lugar, duas

das unidades de processo mais simples que podem transformar um ou mais

fluxos de processo são um MIXER e um SPLITTER.

MIXER

Duas ou mais correntes do processo podem ser combinadas para resultar em

uma corrente que poderia ser a corrente de entrada para outra unidade do

processo. Quando isso acontece, o fluxo de material resultante (ou de saída)

tem propriedades que são diferentes das correntes iniciais (ou de entrada).

Propriedades básicas que podem ser alteradas são: temperatura, pressão,

vazão, composição e fase. O equipamento que realiza esta operação

chama-se MIXER (misturador).

Se as duas correntes de entrada, de metanol e tolueno, forem combinadas, a

corrente resultante teria propriedades que podem ser diferentes de qualquer

uma das matérias-primas. Como se podem determinar quais propriedades

sofreram alterações?

Para responder esta pergunta, vamos fazer uso de algumas hipóteses,

aplicadas ao misturador:

a) A temperatura da corrente de saída está geralmente entre o maior e o

menor valor de temperatura das correntes de entrada.

b) A pressão da corrente de saída seria igual à do valor mais baixo da

pressão das correntes de entrada.

c) As vazões das correntes de entrada são algebricamente somadas para

determinar a vazão total da corrente de saída.

d) As composições dos componentes sempre mudam, exceto se as

composições das correntes de entrada são todas iguais.

58

e) A identificação da fase da corrente de saída depende da sua

temperatura, pressão, e composição. Ela pode ser diferente das

correntes de entrada. Sua fase tem de ser determinada usando uma

tabela, um diagrama ou um conjunto de equações.

Vamos analisar o MIXER em detalhes agora, considerando apenas as duas

correntes de entrada, de tolueno e metanol. Todas as unidades de

processamento representadas neste capítulo serão mostradas em diagramas

semelhantes aos utilizados pelo HYSYS® (Hyprotech), veja a fig.5.3.

Fig.5.3 – Mistura de duas correntes em um MIXER.

Sua tarefa é determinar o estado da corrente misturada na saída do MIXER.

Analise os dados da tabela e responda as questões abaixo:

TABELA 5.4 – PROPRIEDADE DAS CORRENTES DO PROCESSO ANTES E APÓS

PASSAGEM PELO MIXER.

Propriedade Corrente S1 Corrente S2 Corrente misturada

Fase Vapor Vapor Vapor

Temperatura Co105 Co622 Co(?)

Pressão kPa400 kPa600 kPa(?)

Vazão molar hkgmol100 hkgmol100 hkgmol(?)

Fração molar (metanol) 1 0

Fração molar (tolueno) 0 1

Vazão molar (metanol) hkgmol100 2857,0 hkgmol(?)

Vazão molar (tolueno) hkgmol0 hkgmol100 hkgmol(?)

1. Qual é a provável temperatura da corrente de saída?

a) Co100 b) Co622 c) Co510 d) Co32,56

2. Qual é a provável pressão da corrente de saída?

a) kPa300 b) kPa400 c) kPa500 d) kPa600

3. Qual é a vazão molar estimada na corrente de saída?

a) hkgmol100 b) hkgmol200 c) hkgmol150 d) hkgmol4,178

4. Qual é a vazão molar de metanol estimada na corrente de saída?

a) hkgmol100 b) hkgmol200 c) hkgmol125 d) hkgmol50

59

5. Qual é a vazão molar de tolueno estimada na corrente de saída?

a) hkgmol100 b) hkgmol200 c) hkgmol125 d) hkgmol50

6. Qual é a provável fração molar de metanol na corrente de saída? (Dica: a

fração molar de um componente é calculada dividindo a vazão molar da

espécie pela vazão molar total)

a) 25,0 b) 5,0 c) 75,0 d) 3,1

7. Como o somatório das frações molares das correntes do processo devem

ser iguais à unidade, qual deverá ser a fração molar de tolueno?

a) 25,0 b) 5,0 c) 75,0 d) 3,1

8. Para esta unidade de processamento estudada (MIXER), assinale as

alternativas correspondentes às propriedades que sofreram alterações:

a) Componentes b) Vazão c) Frações dos componentes

d) Temperatura e) Pressão f) Fase

Splitter

Uma corrente do processo pode ser dividida em duas ou mais correntes

menores. Mas, neste caso, todos as correntes menores têm propriedades

semelhantes as da corrente inicial (ou de entrada) exceto por uma

propriedade (a vazão, que deve ser distribuída entre as correntes menores). A

temperatura, pressão, fase, e até mesmo a composição permanecem as

mesmas. O equipamento que realiza esta operação é chamado de splitter

(divisor). A divisão de correntes é largamente usada para a reciclagem de

material num fluxograma de processo

As hipóteses a seguir são aplicadas para um splitter:

a) As temperaturas das correntes subdivididas resultantes são as mesmas

que a da corrente inicial.

b) A pressão das correntes subdivididas resultantes é igual às da corrente

inicial.

c) A vazão total e a vazão para cada componente são modificadas após

a divisão, mas a soma de todas as vazões das correntes divididas é

igual à vazão da corrente inicial.

d) A composição dos componentes em cada corrente de subdividida é a

mesma que a da corrente inicial.

e) As fases de todas as correntes subdivididas permanecem as mesmas

que a da corrente inicial.

Vamos agora analisar o splitter em detalhes agora, considerando apenas duas

correntes de saída. O splitter está representado na fig.5.4:

60

Fig.5.4 – Separação de duas correntes em um Splitter.

Sua tarefa é determinar o estado das correntes de saída.Analise os dados da

tabela e responda as questões abaixo:

TABELA 5.5 - PROPRIEDADE DAS CORRENTES DO PROCESSO ANTES E APÓS

PASSAGEM PELO SPLITTER.

Propriedade Corrente S1 Corrente S2 Corrente S3

Fase Líquido Líquido Líquido

Temperatura Co60 Co(?) Co(?)

Pressão kPa200 kPa(?) kPa(?)

Vazão molar hkgmol200 hkgmol(?) hkgmol(?)

Fração molar (metanol) 4,0

Fração molar (tolueno) 6,0

Vazão molar (metanol) hkgmol80 hkgmol(?) hkgmol(?)

Vazão molar (tolueno) hkgmol120 hkgmol(?) hkgmol(?)

1. Qual é a valor estimado para temperatura das correntes de saída do

splitter?

a) Co45 b) Co60 c) Co72 d) adn ..

2. Qual é a pressão estimada das correntes de saída?

a) kPa600 b) kPa400 c) kPa300 d) kPa200

3. Qual o valor estimado da vazão molar da corrente S1?

a) hkgmol100 b) hkgmol200 c) hkgmol300 d) hkgmol0

4. Qual é o valor estimado da vazão molar da corrente S2 se considerarmos

que a vazão molar da corrente S1 é igual a hkgmol100 ?

a) hkgmol100 b) hkgmol200 c) hkgmol125 d) hkgmol50

5. A fração molar dos componentes seria alterada após a divisão?

a) Sim b) Não

6. Quais os valores das vazões molares do tolueno e do metanol nas correntes

de saída? (Dica: A vazão de um componente é calculada multiplicando-se

sua fração molar pela vazão total da corrente).

61

a) hkgmol120,80 b) hkgmol60,80 c) hkgmol120,40 d) hkgmol60,40

7. Para esta unidade de processamento estudada (SPLITTER), assinale as

alternativas correspondentes às propriedades que sofreram alterações:

a) Componentes b) Vazão c) Frações dos componentes

d) Temperatura e) Pressão f) Fase

Com o conhecimento obtido até agora sobre correntes de processo e

unidades de processamento, podemos modificar nosso fluxograma inicial,

incluindo agora um MIXER:

Fig. 5.5 – Fluxograma do processo após a inclusão do MIXER.

Reator (REACTOR)

Sabemos que a corrente misturada S1, possui propriedades diferentes

daquelas do metanol e do tolueno. Mas e agora, o que acontece dentro

dobloco do fluxograma? Que outras unidades de processamento são

necessárias para converter o tolueno e o metanol em estireno puro? Para

responder essa pergunta devemos nos lembrar de que o coração de qualquer

processo é o reator químico, vamos então revisar um pouco sobre reações

químicas. Sabemos que o tolueno reage com o metanol para formar o

estireno de acordo com a seguinte reação estequiométrica:

2288387 HOHHCOHCHHC

Da estequiometria da reação vemos que o 1 mol de tolueno reage com 1 mol

de metanol para formar 1 mol de estireno, 1 mol de hidrogênio (subproduto) e

1 mol de água (resíduo). Embora essa reação ocorra no reator, nem todo o

reagente alimentado será convertido em produtos, ou seja a conversão será

menor que 100%. A maioria dos reatores industriais opera com este tipo de

conversão parcial.

Se as matérias-primas (tolueno e metanol) num reator não estão em

proporção estequiométrica então temos que usar os conceitos de reagente

em excesso e reagente limitante.

62

Suponhamos que hkgmol100 de tolueno e hkgmol300 de metanol são

alimentados num reator. Qual a maior quantidade de estireno que pode ser

produzida?

Observando a equação estequiométrica, podemos afirmar que hkgmol100 de

tolueno podem reagir com apenas hkgmol100 de metanol, para resultar em

hkgmol100 de estireno. Logo, hkgmol200 de metanol não participam da

reação. Este componente (metanol) é chamado de reagente em excesso,

enquanto que o tolueno é denominado o reagente limitante.

Na pergunta anterior, descobrimos que poderíamos produzir hkgmol100 de

estireno com hkgmol300 de metanol e hkgmol100 de tolueno. Mas, na

realidade, nem todo o tolueno disponível reage no reator. Uma das razões é

que os reagentes não têm tempo suficiente para reagir. A quantidade de

produtos formados dependerá da velocidade da reação e do tempo. Mas

seja qual for reação, as proporções estequiométricas são obedecidas. Se

apenas hkgmol60 de tolueno reagem, então de acordo com a

estequiometria, essa quantidade reage com hkgmol60 de metanol.

Já a conversão do reator é a extensão na qual a matéria prima (reagente

limitante) reage. Se kgmol100 de tolueno estão disponíveis para a reação e

kgmol85 dele reagem para formar os produtos, então a conversão é de 85%.

Isto significa que 85% do tolueno disponível reage para formar o produto. E

como a reação obedeceà equação estequiométrica, o tolueno iria reagir

com kgmol85 de metanol para formar kgmol85 de estireno.

Suponhamos que hkgmol200 de metanol e hkgmol250 de tolueno entrem

num reator, e hkgmol150 de estireno saem do reator. Qual seria o reagente

limitante?

R: Metanol

E qual o valor da conversão?

R: 75% , pois:

Conversão = metanol consumido/ metanol alimentado = 75,0200150

Até agora, nós não discutimos nada sobre o calor de reação. Sabemos que

cada reação química envolve a quebra e/ ou a combinação das ligações

moleculares dos componentes químicos, e isto resulta num consumo de

energia (reação endotérmica) ou a geração de energia (reação exotérmica)

no interior do reator.

A produção de estireno a partir do metanol e tolueno é uma reação

endotérmica.

63

Se assumirmos que o nosso reator está isolado, o que aconteceria com a

temperatura da corrente na saída? Seria maior ou menor que a temperatura

da corrente de entrada?

Temos de definir as condições de funcionamento do reator para produzir

estireno a partir de metanol e tolueno, uma vez que o reator é o coração de

um fluxograma de um processo químico. Logo devemos saber quais são as

condições ótimas de operação, para um reator isolado (ou seja, adiabático).

Para executar a nossa simulação, é preciso saber o quanto de matéria-prima

está disponível. Vamos assumir que a alimentação do reator seja de

hkgmol100 de metanol e hkgmol100 de tolueno. A seguir, vamos determinar

a quantidade de estireno puro que nós poderíamos produzir a partir das

vazões dos componentes assumidas na alimentação.

As considerações feitas estão resumidas a seguir:

I - A corrente de entrada do reator não contém impurezas e tem as seguintes

propriedades:

TABELA 5.6 – PROPRIEDADES DA CORRENTE S1.

Propriedade Corrente S1

Fase Vapor

Temperatura Co510

Pressão kPa400

Vazão molar hkgmol200

Vazão molar (metanol) hkgmol100

Vazão molar (tolueno) hkgmol100

II - Não ocorrem reações laterais.

III - A conversão é de 80% com base no tolueno.

Até este ponto sabemos o seguinte sobre o reator:

O objetivo principal do reator é mudar a composições das correntes de

entrada, permitindo que uma reação química ocorra, resultando na formação

de novos compostos. Além disso, a corrente de saída poderia conter matérias-

primas que não reagiram, se a conversão não é 100% completa. A conversão

é sempre baseada no reagente limitante. Se a reação é exotérmica, a

energia é gerada, e se a reação é endotérmica, a energia é consumida.

As hipóteses abaixo são verdadeiras para um reator:

a) A temperatura da corrente de saída depende do tipo de reação

(exotérmica ou endotérmica) e do modo de operação (adiabática,

isotérmica, ou não-isotérmico). Por exemplo, num reactor adiabático

com uma reação endotérmica, a temperatura da corrente de saída é

menor do que a da corrente de entrada.

64

b) A pressão da corrente de saída depende da estequiometria dos seus

componentes. Além disso, uma diminuição de pressão sempre ocorre,

porque o material que flui através de qualquer unidade de

processamento sofre atrito.

c) A vazão total e a vazão dos componentes (molares ou mássicas)

mudam na corrente de saída. No entanto, a vazão mássica total é

sempre conservada durante a reação química.

d) A fase da corrente de saída pode ser diferente da fase na corrente de

entrada e deve ser determinada a partir das propriedades básicas da

corrente de saída, isto é, sua temperatura, pressão e composição.

A fig.5.6 ilustra o diagrama do reator.

Fig .5.6 – Representação de um reator num diagrama de processo.

Vamos analisar o reator em detalhes agora, sua tarefa é determinar o estado

da corrente de saída (ou efluente). Veja as tabelas abaixo e responda as

questões sobre esta unidade de processamento:

TABELA 5.7: PROPRIEDADES DAS CORRENTES DE ENTRADA E SAÍDA DO REATOR,

EM BASE MOLAR.

Propriedade Corrente S1 Corrente S2

Fase Vapor Vapor

Temperatura Co510 Co(?)

Pressão kPa400 kPa330

Vazão molar total hkgmol200 hkgmol280

Vazão molar (metanol) hkgmol100 hkgmol20

Vazão molar (tolueno) hkgmol100 hkgmol20

Vazão molar (água) hkgmol0 hkgmol80

Vazão molar (estireno) hkgmol0 hkgmol80 Vazão molar (hidrogênio) hkgmol0 hkgmol80

TABELA 5.8: PROPRIEDADES DAS CORRENTES DE ENTRADA E SAÍDA DO REATOR,

EM BASE MÁSSICA.

Propriedade Corrente S1 Corrente S2

Fase Vapor Vapor

65

Temperatura Co510 Co(?)

Pressão kPa400 kPa330

Vazão mássica total hkgmol12400 hkgmol12400

Vazão mássica (metanol) hkgmol3200 hkgmol640

Vazão mássica (tolueno) hkgmol9200 hkgmol1840

Vazão mássica (água) hkgmol0 hkgmol1440

Vazão mássica (estireno) hkgmol0 hkgmol160 Vazão mássica (hidrogênio) hkgmol0 hkgmol8320

1. Qual é o valor de temperatura estimado da corrente de saída do reator se a

reação é endotérmica e o reator é isolado?

a) Co510 b) Co326 c) Co543 d) adn ..

2. Quais propriedades são conservadas durante a reação?

a) Vazão mássica total b) Vazão molar total

c) Vazão mássica dos componentes d)Vazãomolar dos componentes

3. Considerando que alimentamos hkgmol100 de metanol e de hkgmol100

tolueno no reator, qual seria a vazão molar total das correntes de entrada e

saída se conversão de tolueno fosse de alterada de 80% para 90%? (Observe a

estequiometria da reação entre o tolueno e o metanol mostrada

anteriormente).

a) hkgmol270,200 b) hkgmol280,220 c) hkgmol290,200 d) adn ..

4. Para esta unidade de processamento estudada (REATOR), assinale as

alternativas correspondentes às propriedades que sofreram alterações:

a) Componentes b) Vazões c) Frações dos componentes

d) Temperatura e) Pressão f) Fase

Com o conhecimento obtido até agora sobre correntes de processo e

unidades de processamento, podemos modificar novamente nosso

fluxograma inicial:

Fig. 5.7 – Fluxograma do processo após a inclusão do reator.

66

Refrigerador (COOLER)

A corrente de alimentação do reator contendo metanol e tolueno é

convertida parcialmente em água, estireno e hidrogênio formando a corrente

de efluente S2, como queremos que os produtos sejam puros, esta corrente

ainda precisa de um tratamento.

A corrente de efluente do reator contém uma mistura de produtos e matérias-

primas que não reagiram. Esta corrente deve ser separada para purificar os

produtos. Por isso, o efluente do reator deve passar por uma sequência de

separações nas quais o subproduto (hidrogênio), o produto puro (estireno) e o

resíduo(água) são isolados. Os materiais que não reagiram, são também

separadas nesta sequência.

Como purificar a corrente de efluentes?

O número correntes de saída puras (subprodutos, produto puro, resíduos, etc.)

determina o número de unidades de separação necessárias na sequência.

Como uma regra de ouro, para a mistura de produtos químicos, o número de

unidades de separação necessárias é pelo menos uma unidade a menos do

que o número total de produtos químicos na mistura que necessitam ser

separados.

O primeiro passo na concepção de uma sequência de separação é de

decidir qual será a primeira unidade de separação. Alguns exemplos de

separações são a divisão de fases, a destilação e extração. A divisão de fases

é o método mais barato de separação, quando você está começando com

um vapor, e deve ser o primeiro equipamento da separação, se possível.

Sabemos que o efluente do reator está todo na fase vapor, portanto, deve ser

resfriado, para permitir que a separação ocorra.

Sabemos que o efluente do reator deve ser resfriado até uma temperatura na

qual diferentes fases existam. Antes de projetar o separador de fases, devemos

resfriar a corrente de efluentes, usando para isso um trocador de calor. Como

essa unidade atua resfriando a corrente do processo ela é também chamada

de refrigerador.

Para projetar o refrigerador precisamos conhecer a temperatura da corrente

quente e a temperatura final, aquela temperatura que desejamos que a

corrente inicial atinja.

Em nosso problema, sabemos que a temperatura do efluente na saída do

reator é 326 oC, para formar fases distintas é necessário que a corrente seja

resfriada a cerca de menos de 100 oC de modo a formar três fases. Se a

corrente fosse resfriada ainda mais, o resultado seria uma melhor separação

dos componentes químicos.

67

Neste ponto, é necessário decidir sobre o fluido de resfriamento, ou fluido de

troca de calor, que teria como resultado o resfriamento desejado.

Tipicamente, uma corrente de água à temperatura ambiente, é utilizada

devido ao seu baixo custo.

Nós podemos resfriar a corrente quente do processo para 40 oC. O

resfriamento ocasiona assim uma queda de pressão. Reescrevendo as

hipóteses, temos:

I - A corrente de entrada do reator não contém impurezas e tem propriedades

mostradas na tabela 4.6.

II - Não ocorrem reações laterais.

III - A conversão é de 80% com base no tolueno.

IV - A efluente é resfriado até 40oC no refrigerador.

V - A queda de pressão através do refrigerador é de 10kPa, e através do reator

de 70kPa.

Então, neste momento, sabemos o seguinte sobre o refrigerador:

A principal finalidade do sistema de resfriamento é a de diminuir a

temperatura da corrente do processo na entrada, removendo a energia do

na forma de calor. Geralmente, a água é o meio utilizado para resfriar a

corrente desejada. A água absorve a energia ao aumentar a sua própria

temperatura. Como não ocorrem reações dentro do refrigerador, não há

novos produtos na corrente de resfriamento. A corrente de processo e o meio

de resfriamento (água) são separados fisicamente por uma superfície

metalicae o calor é transferido através do metal.

As hipóteses a seguir são verdadeiras para um refrigerador:

a) A temperatura da corrente de saída é mais fria do que a da corrente

de entrada.

b) A pressão da corrente de saída diminuirá devido ao resfriamento. E a

diminuição de pressão ocorrerá sempre, porque o material que flui

através de qualquer unidade de processamento sofre atrito.

c) A vazão total e a vazão de um componente não mudam, comparando

a corrente na saída com a corrente na entrada.

d) As composições dos componentes não mudam, comparando a

corrente na saída com a corrente na entrada.

e) A fase da corrente de saída normalmente não é alterada, mas poderia

ser diferente daquela na entrada, e deve ser determinada usando as

propriedades da corrente na saída, temperatura, pressão e

composição.

f) A fase da água de refrigeração não muda, mas sua temperatura

aumenta.

Vamos agora analisar o refrigerador, sua tarefa é determinar o estado da

corrente na saída da unidade.

68

A figura abaixo ilustra o diagrama do refrigerador:

Fig .5.8 – Representação de um refrigerador num diagrama de processo.

Observe a tabela abaixo e responda as questões:

TABELA 5.9: PROPRIEDADES DAS CORRENTES DE ENTRADA E SAÍDA DO

REFRIGERADOR.

Propriedade Corrente S2 Corrente S3

Fase Vapor Vapor

Temperatura Co326 Co(?)

Pressão kPa330 kPa?

Vazão molar hkgmol280 hkgmol?

Fração molar (metanol) 0714,0

Fração molar (tolueno) 0714,0

Fração molar (água) 2857,0

Fração molar (estireno) 2857,0

Fração molar (hidrogênio) 2857,0

Potência térmica hkJ /1055,1 7

hkJ /1005,0 7

1. Qual é a temperatura estimada da corrente de saída do refrigerador?

a) Co510 b) Co326 c) Co40 d) adn ..

2. Qual é a pressão estimada da corrente de saída?

a) kPa320 b) kPa330 c) kPa400 d) kPa430

3. Qual é vazão molar estimada da corrente S3?

a) hkgmol100 b) hkgmol280 c) hkgmol320 d) adn ..

4. A composição dos componentes seria alterada na corrente de saída devido

ao resfriamento?

a) Sim b)Não

5. Baseado nas informações fornecidas anteriormente, quantas fases distintas

são formadas a 40oC?

a) 1 b) 2 c) 3 d) 4

69

6. Seria correto afirmar que a água resfria a corrente pela remoção de calor

da mesma?

a) Sim b)Não

7. A potência térmica da corrente S2 deve ser balanceada pela potência

térmica da corrente S3 mais a energia Q removida pela água . Quanta

energia hkJemQ / , deve ser absorvida pela água para satisfazer este

balanço de energia?

a) hkJ710.1 b) hkJ710.5,1 c) hkJ710.5,3 d) adn ..

8. Para esta unidade de processamento estudada (Cooler), assinale as

alternativas correspondentes às propriedades que sofreram alterações:

a) Componentes b) Vazões c) Frações dos componentes

d) Temperatura e) Pressão f) Fase

Com o conhecimento obtido até agora sobre correntes de processo e

unidades de processamento, podemos modificar novamente nosso

fluxograma inicial:

Fig. 5.9 – Fluxograma do processo após a inclusão do refrigerador.

Decantador (Decanter)

Nós resfriamos o efluente do reator para permitir a separação de fases. Mas

como realmente separar estas fases? Para responder esta pergunta

precisamos conhecer a unidade de processamento conhecida como

dacantador.

Um decantador é uma unidade de separação de três fases que é utilizada

para separar a corrente de alimentação do processo em três correntes de

acordo com a fase. Um equilíbrio vapor-líquido-líquido é atingido num vaso à

determinada pressão e temperatura. Quando a pressão da corrente de

alimentação é maior do que a pressão do vaso, uma operação em flash,

através de uma válvula da corrente de alimentação, pode ocorrer no vaso

70

separando as três fases. As três correntes são então separadas em: uma

corrente de vapor, uma corrente de líquido leve (orgânico) e uma corrente de

líquido pesada (aquosa).

No nosso problema, três fases distintas, uma fase vapor e duas fases de líquidos

imiscíveis são formadas quando a temperatura do efluente é resfriada abaixo

de 40ºC . Os dois líquidos são uma fase orgânica e uma fase aquosa. A fase

orgânica contém tolueno e estireno, e a fase aquosa contém em sua maior

parte, água. Existem frações de metanol em ambas as fases, aquosa e

orgânica.

Então, nesse ponto sabemos o seguinte sobre o decantador:

A principal função do decantador é dividir a corrente de entrada em três

diferentes correntes com composições e vazões diferentes. A formação das

fases é alcançada pela diminuição da pressão ou temperatura, a corrente de

vapor deixa a unidade pela parte superior, enquanto a corrente líquida

pesada deixa a unidade pela parte inferior. A corrente líquido-líquido sai pela

lateral.

As seguintes hipóteses são verdadeiras para o decantador:

a) A temperatura das correntes de saída são iguais aquelas das correntes

de entrada, sempre que as fases são produzidas pelo resfriamento.

b) A pressão das correntes de saída diminuem ligeiramente, devido ao

atrito do material escoando no vaso.

c) O somatório das vazões molares das correntes de saída são iguais ao

somatório das vazões molares das correntes de entrada.

d) O somatório das vazões molares de um componente químico em todas

as correntes de saída são somados aquelas das correntes de entrada.

e) As frações molares de um componente não permanece a mesma, elas

são distribuídas desigualmente entre as correntes de saída.

f) A fase das correntes de saída mudam. Tipicamente uma corrente de

vapor e duas correntes líquidas são produzidas no decantador.

Nós vamos agora analisar o decantador em detalhes. Sua tarefa é determinar,

a fase das correntes de saída do decantador.

A fig.5.10 ilustra o diagrama do decantador:

71

Fig.5.10 – Representação de um decantador num diagrama de processo.

Observe a tabela abaixo e responda as questões:

TABELA 5.10 -PROPRIEDADES DAS CORRENTES DE ENTRADA E SAÍDA DO

DECANTADOR.

Propriedade S3 Hidrogênio Orgânica Água

Fase Vap-liq-liq Vapor Líquida Líquida

Temperatura Co40 Co? Co? Co?

Pressão kPa320 kPa? kPa? kPa?

Vazão molar hkgmol280 hkgmol83 hkgmol104 hkgmol93

Fração molar (metanol) 0714,0 0065,0 0490,0 1548,0

Fração molar (tolueno) 0714,0 0049,0 1876,0 0

Fração molar (água) 2857,0 0196,0 0007,0 8452,0

Fração molar (estireno) 2857,0 0050,0 7617,0 0

Fração molar

(hidrogênio)

2857,0 9641,0 0010,0 0

1. Qual é a temperatura estimada das três correntes de saída?

a) Co10 b) Co60 c) Co40 d) adn ..

2. Qual é a pressão estimada das três correntes de saída?

a) kPa320 b) kPa330 c) kPa140 d) kPa310

3. O somatório das vazões molares das correntes de saída se igualam a vazão

molar da corrente de entrada S3?

a) Sim b)Não

4. O somatório da fração molar de um componente nas correntes de saída se

iguala aquela da corrente S3?

a) Sim b)Não

72

5. As correntes de hidrogênio e água são removidas do decantador:

a) Ambas pelo topo b)Ambas pelo fundo c)Topo,Fundo d)Fundo,Topo

6. Para esta unidade de processamento estudada (Decantador), assinale as

alternativas correspondentes às propriedades que sofreram alterações:

a) Componentes b) Vazões c) Frações dos componentes

d) Temperatura e) Pressão f) Fase

No decantador ocorre a separação das três fases devido ao resfriamento, o

hidrogênio sai pela parte superior da unidade, enquanto a fase pesada

(água), sai pela parte inferior da unidade, a fase orgânica contendo nosso

produto (estireno) ainda necessita ser processada de modo a ser purificada.

Podemos agora atualizar nosso fluxograma:

Fig. 5.11 – Fluxograma do processo após a inclusão do decantador.

Coluna de destilação (Distillation Column)

Sabemos que o decantador separa a corrente do efluente do reator, após o

resfriamento, em três correntes. A fase gasosa é facilmente extraída do topo

do decantador, a fase aquosa descansando no fundo do decantador

também é facilmente extraída do decantador, e finalmente temos uma fase

orgânica contendo o produto (estireno) e resíduos de tolueno e metanol que

não reagiram. Como podemos separar ainda mais o componentes desta

corrente?

Para respoder esta pergunta precisamos entender o processo de destilação.

Uma simples coluna de destilação é utilizada para separar uma corrente de

alimentação em duas correntes de produtos (o destilado e os materiais de

fundo) . Ela explora a volatilidade relativa (i.e, os pontos de ebulição) dos

componentes químicos da corrente de alimentação. Devido ao aquecimento,

73

aquele componentes mais voláteis (com menor ponto de ebulição) evaporam

e se acumulam na parte superior da coluna, enquanto os componentes

menos voláteis (de maior ponto de ebulição) tendem a se concentrar no

fundo da coluna na forma líquida.

Uma coluna de destilação é composta de várias unidades de processo (um

refervedor, uma coluna e um condensador). O refervedor é o trocador de

calor que é usado para evaporar parte do líquido escoando através da

coluna. O vapor proveniente do refervedor sobe até atingir o condensador,

onde é parcialmente ou totalmente transformado em líquido. Num

condensador total, este vapor é resfriado para formar todo o líquido e então

parte desse líquido é retirado do sistema como uma corrente de destilado,

enquanto o resto é reciclado para o topo da coluna.Um condensador parcial

opera de forma semelhante ao condensador total, exceto que ele condensa

parcialmente o vapor e produz duas correntes de saída ( uma corrente de

vapor e outra de líquido) ao invés de uma. Parte do líquido é retirado como

corrente de destilado, enquanto o restante é reciclado para a coluna. A

corrente de vapor saindo permite que os componentes não condensáveis

(como hidrôgenio e hélio) escapem do sistema, porque condensar estes

componentes para a fase líquida seria uma operação bastante cara.

Sabemos o seguinte sobre a coluna de destilação:

O propósito da coluna de destilação é separar a corrente de entrada em

duas correntes líquidas com diferentes composições e vazões. Essa operaçõe

é feita com base nas diferentes volatilidades dos componentes na corrente de

alimentação. O componente com baixo ponto de ebulição evapora primeiro

e é retirado no topo da coluna após passar por uma condensação, enquanto

o componente com alto ponto de ebulição está na fase líquida e é retirado

pela parte inferior da coluna. Calor é fornecido pelo refervedor para evaporar

o líquido no fundo da coluna. Calor é removido pelo condensador para

condensar o vapor do topo, parcialmente ou totalmente.

As hipóteses abaixo são válidas para a coluna de destilação:

a) A temperatura do liquído removido pelo topo da coluna é mais frio que

o líquido no fundo da coluna. A temperatura da alimentação está entre

estes dois valores.

b) A pressão no topo da coluna é menor do que a da corrente inferior, ou

seja, o líquido que sai pelo topo da coluna está numa pressão menor do

que aquela do corrente do líquido inferior. As vezes uma válvula é

colocada sobre a corrente de alimentação para reduzir sua pressão,

então sua pressão permance entre estes dois valores.

c) O somatório das vazões molares das correntes na saída da coluna é

igual ao somatório das vazões molares das correntes na entrada.

d) O somátorio das vazões molares de um componente químico em todas

as correntes de saída são somados aquelas das correntes de entrada.

e) As frações dos componentes não permanece a mesma. Elas são

distribuídas desigualmente entre as correntes de saída.

74

f) A fase da corrente de saída inferior da coluna é sempre líquida.

Enquanto, a corrente de saída do topo pode estar na fase vapor, na

fase líquida, ou ter as duas fases combinadas.

Nós vamos agora analisar a coluna de destilação em detalhes. Sua tarefa é

determinar o estado das correntes de saídadesta unidade.

A fig.5.12 ilustra o diagrama da coluna de destilação:

Fig.5.12 – Representação de uma coluna de destilação num diagrama de processo.

Observe a tabela abaixo e responda as questões:

TABELA 5.11- PROPRIEDADES DAS CORRENTES DE ENTRADA E SAÍDA DACOLUNA

DE DESTILAÇÃO.

Propriedade Orgânica Hidrogênio Resíduos Estireno

Fase Líquida Vapor Líquida Líquida

Temperatura Co40 Co22,80 Co? Co?

Pressão kPa101 kPa82 kPa? kPa?

Vazão molar hkgmol104 hkgmol1 hkgmol5,24 hkgmol5,78

Vazão molar

(metanol) hkgmol096,5 hkgmol463,0 hkgmol633,4 0

Vazão molar

(tolueno) hkgmol51,19 hkgmol375,0 hkgmol94,18 hkgmol2,0

Vazão molar

(água) hkgmol782,0 hkgmol062,0 hkgmol72,0 0

Vazão molar

(estireno) hkgmol21,79 hkgmol216,0 hkgmol694,0 hkgmol3,78

Vazão molar

(hidrogênio) hkgmol104,0 hkgmol104,0 0 0

1. Qual seria a fase das correntes de saída (estireno, e resíduos do tolueno e

metanol) da coluna?

a) Vapor, Líquido b)Líquido, Vapor c)Ambas líquidas d)Ambas Vapor

75

Qual é a pressão estimada das correntes de destilado e de fundo,

respectivamente?

a) kPa102;82 b) kPa82;102 c) kPa82;82 d) kPa102;102

2. Qual a temperatura estimada das correntes de destilado e de fundo,

respectivamente?

a) Co22,80;146 b) Co146;22,80 c) Co80;80 d) Co146;146

3. O somatório das vazões molares das correntes de saída são iguais ao

somatório das vazões molares das correntes de entrada?

a) Sim b)Não

4. O somatório das vazões molares de um componente nas correntes de saída

são iguais a vazão deste componente na corrente de entrada?

a) Sim b)Não

5. O somatório das frações molares de um componente nas correntes de saída

são iguais as frações da corrente de entrada?

a) Sim b)Não

6. Para esta unidade de processamento estudada (Coluna de destilação),

assinale as alternativas correspondentes às propriedades que sofreram

alterações:

a) Componentes b) Vazões c) Frações dos componentes

d) Temperatura e) Pressão f) Fase

Dessa forma o fluxograma completo pode ser construído, veja a fig.5.13.

Fig. 5.13 – Fluxograma do processo após a inclusão da coluna de destilação.

De forma resumida, no desenvolvimento e montagem do fluxograma,nós

conceitualmente fizemos balanços de massa e energia, escoando através de

cada unidade de processamento do fluxograma. Basicamente nós tratamos

76

cada unidade do processo como um sistema e analisamos a massa e/ou

energia que entrava e saía do sistema.

BIBLIOGRAFIA

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RUGGIERO, Márcia A.G.; LOPES, Vera L.R. Cálculo Numérico Aspectos Teóricos

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