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Intertextualidade – Adamastor – Canto V
Miguel Torga : Viagem Os Lusíadas , por João de Barros
‘’ Aparelhei o barco da ilusão E reforcei a fé de marinheiro.
Era longe o meu sonho, e traiçoeiro O mar... (Só nos é concedida Esta vida Que temos; E é nela que é preciso Procurar O velho paraíso Que perdemos). Prestes, larguei a vela E disse adeus ao cais, à paz tolhida. Desmedida, A revolta imensidão Transforma dia a dia a embarcação Numa errante e alada sepultura... Mas corto as ondas sem desanimar. Em qualquer aventura, O que importa é partir, não é chegar ‘’
‘’(…) e lá iam desaparecendo o Tejo querido,
e a fresca serra de Sintra, onde nos ficavam
os olhos e o coração cheio de saudades…
Por fim já não víamos senão o céu e o Mar.’’
‘’Contar agora os perigos do Oceano, as súbitas
e terríveis trovoadas, os relâmpagos que
parecem pegar fogo ao céu , as negras
chuvadas, as noites tenebrosas, os bramidos
dos ventos (…) ‘’