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Intervalos e arpejos

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Arpejos e intervalos

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DIGITAÇÃO SISTEMÁTICAMarcelo Mello

Intervalos e alterações Arpejos

Arpejos - progressões Escalas menores

Walking bass Pentatônicas

Mudança de posição / intervalo de quarta

Para além das "decorebas" de padrões de digitação de escalas no braço da guitarra e do baixo, acredito que o estudo desteselementos deveria ajudar no entendimento de conceitos de teoria musical e na forma como eles se aplicam ao estudo destesinstrumentos. O próprio significado da palavra “escala” em termos musicais é pouco divulgado,e muitos já foram obrigadosa estudar com afinco exercícios e padrões que pouco sabem pra que servem. Na minha opinião, o conceito e o uso deescalas se baseia em noções de harmonia, que são exploradas em outro texto. Aqui, o importante será perceber como aforma de colocação dos dedos na guitarra pode ajudar a entender teoria musical e também os mecanismos presentes na arteguitarrística.

Em primeiro lugar, as cordas do baixo e da guitarra (quase inteira) são afinadas com um intervalo de quatro notas entre elas,o que é chamado de intervalo de QUARTA. Ex:

No exemplo acima as notas foram determinadas levando em conta a lógica das diferenças de altura entre as notas (e entre ascasas do braço),a partir das notas das cordas soltas. A antiqüíssima tradição deste princípio na afinação (afinação porquartas) remonta ao violão de cinco cordas (séc. XVI), antes da adoção da 6a corda grave (MI).

Como a nota que forma este intervalo de quarta estará sempre disponível na corda mais aguda, podemos dizer que estãosempre disponíveis três notas diatônicas por corda, antes das notas se repetirem na próxima corda (ou sem trocar a posiçãodos dedos da mão). Se tomado sistematicamente, isto é, se todas as notas forem produzidas de três em três, este pode serconsiderado então o princípio básico da construção de uma digitação sistemática:

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Uma vez que as possíveis combinações de notas que formam as escalas maior e menor (as tradicionais do sistema musicaleuropeu, presentes na quase totalidade da produção musical de hoje) são reproduzidas nas possíveis combinações dasdigitações com três notas por corda, podemos determinar modos de produzir tais escalas no instrumento diretamente apartir destas possíveis combinações. Haverá então apenas três possibilidades de disposição de notas diatônicas dentrodesta sistemática de três notas por corda, como nos exemplos abaixo (já indicando três dedos em cada corda, para cadaconjunto de três notas):

1) Semitom/tom - ex:

2) Tom/semitom - ex:

3) Tom/tom - ex.:

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A última digitação pode ser chamada de “expandida” por usar uma abertura de dedos maior que o normal, isto é, umaabertura “não natural”. Dependendo do gosto pessoal, a última digitação pode ser feita com os dedos 1-3-4, embora aabertura vá se localizar entre os dedos 3-4, o que é menos natural ainda que a abertura entre os dedos 1-2.

É claro, o uso de mais de três notas seguidas em uma corda é perfeitamente possível de se realizar, mas embora algunsguitarristas tenham desenvolvido técnicas neste sentido (ex. Pat Metheny, Jeff Beck), uma digitação sistemática deve levarem conta que regiões diferentes do braço levarão a diferentes posições da mão, e que, antes de se estudar a mudança deuma posição da mão para outra, deve-se estudar as possibilidades de cada posição, para cada região do braço. Usaremosaqui a convenção comum para digitações de instrumentos de corda em geral (ex. violino): a casa onde está o dedo indicadordetermina o nome da posição (casa V - 5a posição).

O exemplo mais familiar de seqüência de localizações das notas no braço seria com o uso das notas nas cordas soltas, numpadrão quase “obrigatório” no ensino do instrumento:

É isto então que se chama de escala no braço do instrumento, ou seja, o padrão de repetição de dedos para produzir asnotas da teoria musical. Mais do que simplesmente localizar pontos no braço, a seqüência ajuda a manter regular apassagem entre as notas, mais “estável”, influi na forma como serão executas as frases musicais no diferentes estilos, emsuma, participa ativamente da própria estrutura musical.

Esta digitação, porém, não usa três notas na 4a corda, por causa do intervalo de terça (3 notas) entre a corda SOL e a cordaSI. Embora esta situação seja à primeira vista de importância menor (no estudo do baixo, por exemplo, a nota SI é produzidana corda SOL na 4a casa, totalizando três notas por corda), este padrão não foi encontrado a partir de um padrão entrededos, mas só entre cordas. A redução de possibilidades de combinação a apenas 3 não se realiza, nem sua relação com aescala fica clara. Para realizar plenamente uma digitação sistemática, porém, precisaremos de três notas por corda(sistematicamente!), e assim, surge uma nova digitação na qual a primeira e segunda cordas não serão tocadas soltas. Como

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no exemplo a seguir:

Dessa forma, uma digitação sistemática de três notas por corda (relacionada a uma afinação com intervalos de quarta entreas cordas) leva em conta uma “compensação” na relação por terças entre as cordas SOL-SI. A seqüência estática dadigitação (dada pelas cordas soltas) se interrompe, e a mão se movimenta uma casa abaixo:

Variações desta digitação são também são encontradas facilmente em materiais didáticos para guitarra, sobre suasvantagens e desvantagens, etc., mas disso falamos depois. Poucos parecem perceber, entretanto, que este padrão resultanuma seqüência específica de tons e semitons, indicável numa seqüência de digitações:

Tom-tom 1 - 2-4

Tom-tom 1 - 2-4

Tom-tom 1 - 2-4

Tom-semitom 1-3-4

Tom-semitom 1-3-4

Semitom-tom 1-2-4

(indicações de acordo com a ordem das cordas na tablatura - 6a corda embaixo, 1a corda acima)

É claro, com as cordas soltas, não foram necessárias estas digitações. Para determinar seqüências de três notas em outrasregiões é que o uso de uma digitação sistemática começa a ficar mais proveitoso. Por exemplo, deslocando apenas uma notacomo início da digitação da mesma escala (do maior), surge um padrão que parece bastante diverso:

Tom-tom 1 - 2-4

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Tom-semitom 1-3-4

Tom-semitom 1-3-4

Semitom-tom 1-2-4

Semitom-tom 1-2-4

Tom-tom 1 - 2-4

É possível então determinar padrões similares da mesma escala para cada uma das posições no instrumento (1a, 2a etc), ouseja, a partir de cada nota da escala:

(sendo que esta última digitação, situada na casa XII, começa a repetir, uma oitava mais aguda, a digitação com cordassoltas)

Antes de sair pelo mundo tocando estes padrões pra cima e para baixo até cansar, o mais importante é perceber um padrãode repetição das digitações facilmente identificável, mesmo com a compensação na posição da mão nas cordas mais agudas.A digitação expandida aparece três vezes seguidas em cordas subseqüentes, e as outras duas digitações, duas vezesseguidas, de acordo com esta ordem mínima:

(Tom-tom 1 - 2-4)

(Tom-tom 1 - 2-4)

Tom-tom 1 - 2-4

Tom-semitom 1-3-4

Tom-semitom 1-3-4

Semitom-tom 1-2-4

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Semitom-tom 1-2-4

Tom-tom 1 - 2-4

Tom-tom 1 - 2-4

Os parêntesis da digitação acima indicam o início da repetição do padrão, formado portanto por uma seqüência de setedigitações de cordas. Observe que esta ordem não segue uma seqüência específica de cordas, como as digitações maiscomuns para guitarra (e, um pouco menos, para contrabaixo). Este é um modelo universal de construção de escalas paracordas com afinações em quartas (ou seja, com três notas por corda), a partir de qualquer corda, em qualquer ponto dobraço. Se na escala diatônica tradicional são sete notas por escala, serão sete os possíveis inícios da escala (da digitação daescala), e portanto, serão sete as possibilidades diferentes de seqüências de digitações, isto é, de cordas. Todas variações,“trechos”, de um mesmo padrão que se repete indefinidamente:

Os diferentes padrões de digitação diagramados para cada região do braço corresponderão, portanto, a diferentesaplicações desta mesma “fôrma” ao braço do instrumento, indicáveis tanto a partir da digitação específica quanto dentro domolde geral:

Outro padrão facilmente identificável é o da relação entre as digitações das notas tônicas. Numa digitação sistemática, nãoimporta onde se esteja no braço do instrumento, a próxima tônica da escala estará numa digitação imediatamente superior àúltima tônica:

É claro, esta técnica é aplicável a qualquer tonalidade; mais que isso, a compreensão e visualização das digitações como“trechos” da estrutura da escala facilita também sua visualização em termos de graus, para além de uma tonalidadeespecífica:

Com isso, os exercícios voltados especificamente para a digitação sistemática (da escala maior, por exemplo) não precisamdeterminar a priori as notas específicas que o compõem, e sim os graus da escala correspondente. E, para isso, seránecessário apenas determinar uma seqüência de notas nota com uma tônica específica, deixando a determinação do tom eda digitação correspondente de acordo com o contexto da aplicação do exercício e do estudo do instrumento de uma formageral.

Da mesma forma, o desenvolvimento e o estudo de quaisquer estruturas musicais baseadas em escalas (ou seja, quasetodas as seqüências musicais) poderão seguir a estrutura da digitação de sua escala correspondente. Na verdade, pode-sepostular que qualquer estrutura musical (especialmente uma estrutura monofônica, de uma nota de cada vez) possa sertraduzida em uma estrutura de digitação.

Exercícios:

1. a 7., com uma nota tônica previamente determinada, de acordo com a digitaçãoindicada, começando cada exercício em duas cordas diferentes;

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Relações com estruturas musicais - INTERVALOS E ALTERAÇÕESNa minha opinião, qualquer estudo de digitações na guitarra e outros instrumentos de corda com traste deve evidenciar edesenvolver sua relação com as estruturas musicais, especialmente estruturas melódicas (ver o texto O que sãoestruturas musicais?). De fato, diferentemente da maioria dos outros instrumentos musicais, os instrumentos de cordacom traste não precisam necessariamente, em suas atividades de leitura e execução, associar uma nota musical com um lugarespecífico no sistema do instrumento (como uma chave em um instrumento de sopro, ou uma tecla em um instrumento deteclado), mas pode ao invés disso associar a nota com a seqüência estrutural das notas da música (da melodia, do acorde) aser executada. E, na medida em que a Digitação Sistemática repete e organiza (sistematicamente...) as relações entre as notasde uma escala, as relações e variações de notas dentro da escala deverão ser automaticamente transformadas em relações etransformações na digitação.

Já tive contato com vários instrumentistas (guitarristas, baixistas etc.) que consideram que a digitação e a leitura departituras nestes instrumentos é mais difícil que em outros, pelas possibilidades de encontrar uma mesma nota musical emdiferentes lugares do braço do instrumento (ex. a nota fa na 1ª casa da 1ª corda, ou na 6ª casa da 2ª corda). Essa dificuldadeé só aparente, na medida em que não se percebe que as diferentes notas farão parte de uma estrutura musical coerente, quepode ser transposta para o instrumento musical, entre outras formas, através da digitação.

O sistema tonal e também o sistema de notação (partituras) têm origens conceituais e mesmo históricas aproximadamentecoincidentes, que correspondem à noção de tônica e de grau (ver o texto sobre Princípios básicos de harmonia). Defato, a leitura de partituras, especialmente em instrumentos como a guitarra, pode ser considerada não como uma transcriçãode notas simplesmente, mas mais especificamente de graus de uma escala; e estes graus podem corresponder, de formaautomática, a dedos da digitação. Assim, a leitura de partituras na guitarra deveria corresponder a uma transposição daspropriedades do contorno melódico da partitura para propriedades similares da digitação:

Na medida em que a Digitação Sistemática repete e organiza (sistematicamente...) os graus e as relações entre as notas deuma escala, as relações e variações de notas dentro da escala deverão ser automaticamente transformadas em relações etransformações na digitação. Alguns dos exemplos mais imediatos desta propriedade são as relações de intervalo entre asnotas, que são definíveis como relações entre graus de uma escala (ver o texto sobre Princípios de harmonia). Assim, ossaltos que representam os intervalos serão transformados em saltos na Digitação Sistemática:

- Intervalo de terça: pula um dedo da digitação;

- Intervalo de quarta: repete o mesmo dedo na corda adjacente;

- Intervalo de quinta: pula um dedo da digitação, na corda adjacente; etc.

Da mesma forma, as alterações cromáticas (sustenidos e bemóis) ocasionais (ou ocorrentes) corresponderão a alterações degraus da escala, que serão traduzíveis em alterações da digitação na nota alterada. O importante é que as mudançascorrespondam a uma alteração do grau da escala envolvido, e sua digitação específica correspondente, de acordo com opadrão de três notas (graus) por corda (uma nota no dedo 1, uma nota no dedo 2 ou 3, uma nota no dedo 4):

O último exemplo, na tonalidade de mi maior, resulta numa distorção da digitação expandida. Na verdade, vários problemaspodem ser associados à digitação expandida, principalmente a que vem antes da tônica maior; e devem ser tratadas comcuidado (ver capítulo sobre Problemas na digitação sistemática). Apesar disto, ainda é altamente recomendávelalterar a digitação de acordo com as alterações da escala, pelo nível de compreensão e visualização que esta metodologiatraz. Na verdade, a maior parte das alterações cromáticas de uma seqüência musical pressupõe a mudança da escalaenvolvida na música, e com isso a alteração da digitação de acordo vai criar na maior parte das vezes uma nova seqüênciade digitação, que corresponderá à digitação da nova escala, numa metodologia aplicável a diferentes situações (modoseclesiásticos, empréstimos modais etc. – ver o texto sobre Princípios básicos de harmonia).

Exercícios:

11. a 14. e 16 a 20., em modo maior e com a tônica situada em três dedos diferentes,começando em duas cordas diferentes para cada exercício, com uma ou mais de umatonalidade determinada;

15., com uma nota tônica previamente determinada, de acordo com a digitaçãoindicada, começando cada exercício em duas cordas diferentes;

21. a 23., leitura à primeira vista, de acordo com a tonalidade do trecho musical,

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começando cada exercício em duas cordas diferentes;

A melodia de A paz (Gilberto Gil) ou Misty (Erroll Garner / Johnny Burke), , de acordocom a tonalidade do trecho musical, a partir de uma tônica em duas cordas diferentes;

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ARPEJOSArpejo é a execução das notas de um acorde em ordem sucessiva, uma depois da outra. As tríades, a base conceitual daformação dos acorde mais comuns de nossa cultura musical, são organizadas a partir de intervalos de terça (paraconceituação de intervalos, acordes, tríades etc., ver a seção de Princípios de harmonia). Então, a Digitação Sistemáticade arpejos de uma tríade na guitarra ou no baixo, em suas várias possibilidades, irá basicamente usar notas com intervalosde terças entre si, ou seja, saltando sempre um dedo da digitação:

A digitação de acordes menores será bastante parecida:

É claro que a repetição do mesmo dedo antes da tônica torna esta digitação pouco ágil para um estudo, digamos assim,“sistemático”. A meu ver, este problema pode ser solucionado no estudo de tétrades, ou seja, acordes com quatro notas,com intervalos de terças sobrepostos (tríades com a sétima acrescentada). A tríade maior com a sétima maior ocorre nosgraus I e IV da escala maior:

A tríade maior com sétima ocorre no grau V da escala (acorde de sétima “da dominante”):

Os acordes menores podem ser também (todos, sem exceção) acrescentados de sétima:

Neste tipo de estudo, o mais importante será realizar o arpejo sempre visualizado dentro da ordem da Digitação Sistemática das escalas diatônicas. Assim, não só é acrescentado um novo recurso técnico na guitarra, a ser usado em composição,improvisos, estudos de velocidade etc., mas este recurso também pode ser muito facilmente (“sistematicamente”, diria eu)alternado com a escala normal. Da mesma forma, se a Digitação Sistemática é um estudo baseado na estrutura da escala(nos graus) e não em sua realização concreta, como nas digitações tradicionais, (as notas, ou mesmo os dedos), os arpejosna Digitação Sistemática podem ser facilmente associados aos acordes dos graus da escala, ou seja, ao campo harmônico:

I7M IIm7 IIIm7 IV7M V7 Vim7 VIIm(b5)7

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Neste caso, uma mesma digitação de acorde (por exemplo, acorde com sétima maior, ou menor com sétima) pode ser feitalevando em conta diferentes localizações dentro da seqüência de digitação, a partir de diferentes graus. Nos exemplosabaixo, os arpejos dos acordes do campo harmônico de do maior estão indicados, independentemente da corda ou da regiãodo braço, para digitações começadas com o dedo 1:

Com o dedo 2:

E com o dedo 4:

Note-se também que as diferentes digitações de um mesmo tipo de acorde, com um mesmo dedo como fundamental (ex. osacordes de Re menor e Mi menor acima) vão ser decorrentes de diferentes localizações na escala. Isto é, estes arpejos“sistemáticos” levam em conta não só o tipo de acorde a ser arpejado, mas também o grau da escala a que pertencem. Oarpejo de determinado acorde levará a determinada escala (a determinado grau de determinada escala) , de forma quaseautomática (“sistemática”). Ex. Re menor como grau VI da escala de Fa maior e como grau III da escala de Si maior:

Exercícios:

• 24. a 25., em modo maior e com a tônica situada em três dedos diferentes,começando em duas cordas diferentes para cada exercício, com uma ou maisde uma tonalidade determinada;

• Arpejos dos acordes das músicas All of me (Simmons) e/ou Corcovado(Tom Jobim), de preferência com a tônica de cada acorde situada em trêsdedos diferentes.

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ARPEJOS - PROGRESSÕESLevando em conta que as principais relações de progressão de acordes na música tonal são as progressões em quartas, éinteressante observar um possível encadeamento de tétrades em uma progressão deste tipo (quartas):

Assim, em uma progressão natural de tétrades em quartas, uma terça é mantida igual, e a outra move-se um grau abaixo,característica que pode ser considerada para a mesma progressão em quartas a partir de outros graus:

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Com isso, entre as múltiplas formas de exercitar a progressão de arpejos, uma que é particularmente convidativa por suaregularidade (sua sistematicidade...) é a da alternância de terças descendentes. Em um movimento ascendente, o movimentomais natural provavelmente é o de quarta ascendente entre uma tônica e outra, que coincide com o salto de quartas padrãoentre cordas da Digitação Sistemática. Múltiplas combinações entre estes duas formas de encadeamento (por terçasdescendentes alternadas e quartas ascendentes), aliadas a alterações da escala ou do acorde, poderão enriquecer muito aspossibilidades de progressões de acordes arpejados.

Exercícios:

• 26., em modo maior e começando com três dedos diferentes, em duas cordasdiferentes, com uma ou mais de uma tonalidade determinada;

• 27. a 30., em modo maior e começando com três dedos diferentes,começando em duas cordas diferentes para cada exercício, com uma ou maisde uma tonalidade determinada;

• 31. a 33., leitura à primeira vista, de acordo com a tonalidade do trechomusical, começando cada exercício em duas cordas diferentes;

• 34. a 35., começando com três dedos diferentes, em duas oitavas diferentes.

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ESCALAS MENORESÀ primeira vista, as propriedades de uma Digitação Sistemática parecem estar associadas à escala diatônica. Mas tambémacho possível encontrar seqüências regulares de notas em vários (ou talvez em quaisquer) tipos de escala, sempreresultando em regularidades também nas formas de tocá-las. O próprio conceito musical de escala é um conceitorelacionado não só com a ordem das notas, mas também com uma estrutura cíclica, que em um certo ponto se inicianovamente.

As escalas menores podem ser consideradas um primeiro caso bastante importante e imediato de aplicação, já que elasestão inter-relacionadas, em sua origem e sua organização, com as escalas maiores que foram as escalas estudadas até aqui.As relações entre as escalas maiores e menores, e sua derivação dos antigos modos eclesiásticos, são abordadas no textosobre Harmonia.

Na digitação, enquanto que a escala menor natural será coincidente com a escala de sua relativa maior, o mais importanteaqui será determinar as principais conseqüências das alterações nas escalas menores harmônicas e melódicas. Estasalterações, dentro da escala, corresponderão a mudanças dos graus, que serão convertidos (sistematicamente) em relaçõesde digitação. Assim, as alterações poderão ocorrer em três digitações diferentes, correspondentes às três localizaçõespossíveis, dentro da digitação, dos graus alterados da escala:

LÁ MENOR HARMÔNICA

LÁ MENOR MELÓDICA

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Nos gráficos acima, as notas alteradas da escala menor estão em negrito, correspondendo a alterações dos dedos a que osgraus estão associados. Convém lembrar, então, que a Digitação Sistemática é principalmente uma tentativa de visualizarmelhor os graus da escala, para além de qualquer limitação do braço do instrumento:

Será oportuno então lembrar também algumas características da Digitação Sistemática, que estarão presentes também noestudo destas escalas menores: os graus de uma escala são associados sistematicamente aos dedos da digitação, tomadostrês a três; com isso, cada grau poderá ocupar três posições diferentes na digitação, correspondentes às três possibilidadesde digitação na corda; como a digitação se repete sistematicamente por todo o braço, sempre da mesma forma, anecessidade de se estudar isoladamente cada área do braço deve ser transformada em um estudo de oitavas simples, comtrês digitações possíveis, e depois a combinação de diferentes oitavas; as relações de intervalos, de acordes e deprogressões de acordes devem ser transformadas em relações de digitação, sistematicamente.

E, no estudo destas digitações, talvez ainda seja importante lembrar que essas escalas nunca aparecem puras, isoladasdentro de uma composição musical inteira, salvo nos manuais empoeirados de teoria musical. A escala menor é sempre umasó, e seu aspecto mutante, numa visão funcional, se devem antes de tudo ao jogo de tensões harmônicas.

Disso tudo, virão conseqüências interessantes na relação entre as escalas maiores e menores. Compare, por exemplo, osdois exemplos abaixo; ambos são arpejos do mesmo acorde, o grau V das escalas maior e menor. A digitação, porém, resultaem diferenças importantes na relação entre a digitação do acorde e a digitação da escala. Serão então freqüentes relações deambigüidade e/ou de discrepância entre as escalas maiores e menores serão comuns, dentro da Digitação Sistemática.

Exercícios:

• 1. a 6., 11. a 20., 24. a 30., 34. a 35., nos mesmos moldes do exercíciooriginal (começando com três dedos diferentes, em duas cordas diferentes,com uma ou mais de uma tonalidade determinadas), mas executando todos osexercícios em modo menor, harmônico e melódico;

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WALKING BASS Em práticas musicais típicas de escalas maiores, a digitação tradicional de um acorde do violão ou da guitarra, em algumascordas, pode ser contraposta à escala sistemática em outras cordas. Um exemplo bastante típico e importante é a prática dewalking bass, para acompanhamento pelo violão por guitarra. Nesse caso,

A formação de linhas de walking bass é estudada em outro texto (da Apostila de baixo elétrico). Aqui, o importante évincular a digitação da escala, nas cordas mais graves, às possibilidades de acordes. Levando em conta que o sistema deformação de acordes mais difundido é o chamado de CAGED (introduzido na Apostila de violão e guitarra), serãocinco as possibilidade básicas de distribuição da escala no braço, correspondentes às possibilidades de digitação do dedoda nota fundamental do acorde:

1- C7M DERIVADO DE LA

2- C7M DERIVADO DE SOL

3- C7M DERIVADO DE MI

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4- C7M DERIVADO DE RE

5- C7M DERIVADO DE DO

Estes princípios de possibilidades de derivações, que indicam possibilidades de digitação a partir da digitação determinadana fundamental do acorde, podem ser aplicados também a outro tipos de acorde, das mesmas derivações. Por exemplo:

C7 derivado de MI

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Cm7 derivado de DO

É claro que as digitações da escala não vão corresponder, a princípio com as do acorde. Outro princípio de adaptação seráentão o de que a digitação preponderante será a da escala, e que os outros dedos do acorde se adaptarão ao dedo usadopara a escala:

Assim, cada caso de derivação, para cada tipo de acorde, terá suas posições específicas de digitação. A vantagem destepensamento é que todas as aplicações dadas à digitaçõa sistemática (correspondência de intervalos, sistematicidade,princípio de igualdade entre vários ponto do braço etc.) também se aplicará às relações em walking bass exemplificadasaqui.

Exercícios:

• 38., nas derivadas indicada de um acorde sobre uma mesma notadeterminada, nos acordes maior com sétima maior, maior com sétima emenor com sétima. do exercício original (começando com três dedosdiferentes, em duas cordas diferentes, com uma ou mais de uma tonalidadedeterminadas), mas executando todos os exercícios em modomenor, harmônico e melódico;

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PENTATÔNICAS

As escalas pentatônicas criam uma nova questão dentro do esquema da Digitação Sistemática, de escalas com quantidadesde notas diferentes das da escala maior (a base para a Digitação Sistemática).

Na verdade, são vários os tipos possíveis de escala pentatônica, que surge na tradição musical de culturas as mais variadas(chinesa, européia, africana etc.). A escala pentatônica tradicionalmente aceita é a vinda do folclore europeu, forma porcinco notas de intervalos desiguais entre si:

Uma das principais características das escala pentatônicas é a ausência de notas com intervalos de semitom, que funcionemcomo “sensíveis da escala” (VII grau), um conceito próprio da harmonia. Por isso, as funções e a dinâmica harmônicas (istoé, a tensão e o relaxamento harmônicos) são mais enfraquecidos nas escalas pentatônicas. Teoricamente, qualquer nota daescala pode funcionar como tônica. Mas o uso desta escala tem estado mais associado às escalas pentatônicas maiores emenores, correspondentes à mesma relação que há entre as escalas tonais maiores e menores (ex.: DO maior / LA menor):

PENTATÔNICA MENOR

PENTATÔNICA MAIOR

Para um instrumento com cordas afinadas em quartas, será importante encontrar relações de intervalos de quarta entre asnotas, tal como na própria Digitação Sistemática:

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Se o intervalo de quarta vai representar o salto entre uma corda e outra (como na Digitação Sistemática), serão só duas aspossibilidades de colocação de notas no braço. Exemplos possíveis nas escalas acima:

Se uma escala pentatônica tem cinco lugar diferentes de onde pode começar a digitação da escala, serão 5 padrõespossíveis de disposição para a mesma escala:

1)

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2)

3)

4)

5)

De acordo com os modelos acima, seria possível propor uma digitação sistemática de cinco cordas subseqüentes (derivadasdas cinco cordas da escala), usando apenas as possibilidades de diferença de um tom (dedos 1-3) e semitom (dedos 1-4).Mas a real direção de um estudo de Digitação Sistemática, para além de qualquer “decoreba”, é a organização e adiferenciação de estruturas musicais (escalas, frases, acordes etc.) a partir de um modelo primário, baseado em quartas deacordo com a disposição do braço da guitarra e do contrabaixo. Este então pode ser considerado um princípio importantepara a Digitação Sistemática de qualquer escala: tentar fazê-la se apresentar como uma variação da escala maior, ou de umaescala com digitações de três dedos por corda. Assim a seqüência de dois tons subseqüentes pode ser reproduzida com adigitação expandida, criando um exemplo como o abaixo:

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Muitas da digitações de escalas pentatônicas que se encontra por aí usam digitações mais regulares para os dedos da mãoesquerda, com o uso por exemplo dos dedos 2-4 em certos lugares como um tom de diferença, como no exemplo c) acima.Uma Digitação Sistemática, porém, permite associar à posição dos dedos a escala, os graus e a localização dentro destesgraus mesmo que de uma forma um pouco mais “desconfortável” em relação à posição dos dedos. Ex.: frase de blues (fonte:Jim Fergusson, All blues soloing for jazz guitar).

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MUDANÇA DE POSIÇÃO / INTERVALO DE4ª Para além de uma mera repetição do mesmo dedo em cordas subseqüentes (que, na verdade, é sempre recomendada comoevitável em qualquer princípio de técnica de guitarra e baixo), a execução de intervalos de quarta deve indicar uma mudançade digitação de uma corda para outra, que acarreta automaticamente numa mudança de posição da mão, para cima ou parabaixo no braço do instrumento. Exemplos:

Em uma Digitação Sistemática, é claro, as possibilidades dentro deste princípio serão calculadas. As possibilidades decálculo deverão incluir: a direção da mudança de posição dentro do braço do instrumento; a digitação sendo mudada; etambém o intervalo mudado (quarta justa ou aumentada). Porém, já as propriedades “sistemáticas” desta digitação deverãointegrar e simplificar estas possibilidades de acordo com o grau sendo tocado e com a seqüência de dedos “seguidos”oude dedos “disjuntos”. E, nos casos abaixo, para fins de simplificação, deverá ser considerado sempre um salto de quartaascendente, do grave para o agudo.

Uma mudança de posição “sistemática” envolverá necessariamente um dods dedos centrais da digitação (o dedo 2 ou odedo 3). As possibilidades de mudança envolverão as possiblidades de combinação entre estes dois dedos e os dedosextremos da digitação (1 e 4), combinados em cordas subseqüentes. Uma mudança de dedos decrescente deverá implicarnum mudança de posição ascendente, e uma mudança crescente de dedos deverá implicar numa mudança de posiçãodescenden-te.

dedos 1-2 – ex.:

dedos 1-2 ascendente

dedos 1-2 descendente

dedos 3-4 – ex.:

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dedos 3-4 ascendente

dedos 3-4 descendente

dedos 1-3 – ex.:

dedos 1-3 ascendente

dedos 1-3 descendente

dedos 2-4 – ex.:

dedos 2-4 ascendente

deds 2-4 descendente

4ª AUMENTADA

Como o intervalo de 4ª aumentada implica em um salto numa casa adiante da nota original, em cordas subseqüentes, numaDigitação Sistemática ele ficará restrito ao um movimento descendente, o que descarta a possibilidade de se fazer um salta“sistemático” de 4ª aumentada a partir do dedo 4, e sempre entre dedos disjuntos. A exceção fica com a equivaência entre osdedos 2 e 3 na digitação, o que implica na possibilidade de seqüência destes dedos, ou seja, em não mudar a posição:

Dedos 1-3

Dedos 2-4

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Dedos 2-3 (mesm posição)

PROPRIEDADES

Dos exemplos, pode-se deduzir algumas propriedades básicas das mudanças de posição:

- as mudanças ascendentes consistem numa repetição da digitação anterior;

- mudanças de posição usando os dedos 1-2 (dedos seguidos), numa outradigitação, usarão os dedos 2-4 (dedos disjuntos), e o mesmo em relação aosdedos 1-3-4;

- em geral, um salto de dedos seguidos na digitação ascendente usará osmesmos dedos seguidos numa digitação descendente invertida, isto é, umsalto entre os dedos 1-2 será equivalente a um salto entre os dedos 2-1; e omesmo vale para digitações de dedos disjuntos. Exceção: saltos entre os grausIII-VI:

COMPENSAÇÃO DA AFINAÇÃO

Em determinados casos, o movimento descendente de mudança de posição (ex. dedos 1-2) pode resultar num exemplointeressante de relação da Digitação Sistemática com outros sistemas de digitação de escalas, como o CAGED. Por exemplo:

uma escala de SOL MAIOR, com uma mudança de posição descendente (dedos 1-2):

cria um padrão, que, com a compensação da afinação, numa aplicação à corda 2:

reproduz a digitação das derivadas de DO no sistema CAGED:

(para mais material sobre o sistema CAGED, consulte minha Apostila de Violão e Guitarra).

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Exercícios:

• 39., em modo maior e começando com dois dedos diferentes (o 4, e o 2 ou o3), a partir de qualquer grau da escala (e de preferência em mais de umatonalidade), a partir de três cordas diferentes, sem envolver a corda 2 (par nãocriar problemas de compensação de afinação - ver o texto).

• 40., em modo maior e começando com dois dedos diferentes (o 1, e o 2 ou o3), a partir de qualquer grau da escala (e de preferência em mais de umatonalidade), a partir de cinco cordas diferentes.

• 41., em modo maior e começando com dois dedos diferentes (o 4, e o 2 ou o3), a partir de qualquer grau da escala (e de preferência em mais de umatonalidade), a partir das cordas 5 e 6.

• 42., em modo maior e começando com dois dedos diferentes (o 1, e o 2 ou o3), a partir de qualquer grau da escala (e de preferência em mais de umatonalidade), a partir das cordas 1 e 2.

Última atualização - 2006-05-26.

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• 41., em modo maior e começando com dois dedos diferentes (o 4, e o 2 ou o3), a partir de qualquer grau da escala (e de preferência em mais de umatonalidade), a partir das cordas 5 e 6.

• 42., em modo maior e começando com dois dedos diferentes (o 1, e o 2 ou o3), a partir de qualquer grau da escala (e de preferência em mais de umatonalidade), a partir das cordas 1 e 2.

Última atualização - 2006-05-26.

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