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5/12/2018 IntestinoGrossoOuColorretal-slidepdf.com http://slidepdf.com/reader/full/intestino-grosso-ou-colorretal 1/15 Intestino Grosso ou Colorretal O intestino grosso é uma parte do sistema digestivo que tem a função de absorver água e nutrientes. Além disso, elimina substâncias não aproveitadas pelo organismo através das fezes. É dividido em duas partes, o cólon e o reto. O cólon é a parte que se continua a partir do intestino delgado e vai até o reto, que é a parte final do intestino. As fezes formadas no intestino grosso são eliminadas pelo ânus. O intestino grosso pode ser dividido em 5 partes: ceco, cólon direito (ou ascendente), cólon transverso (porção intermediária do intestino grosso, que cruza o abdome da direita para a esquerda, unindo o cólon direito ao esquerdo), cólon esquerdo (ou descendente), sigmóide (parte do intestino grosso que se continua a partir do cólon esquerdo até chegar ao reto) e reto, que armazena as fezes até a evacuação. Os tumores malignos são formados por células que sofreram alterações e adquiriram a capacidade de invadir as camadas do intestino ou órgãos vizinhos. Estas células também são capazes de entrar na corrente sangüínea e atingir órgãos de outros sistemas, como o fígado e pulmão, originando as metástases. O câncer é fundamentalmente uma doença genética. Ao falarmos em doença genética, não queremos dizer hereditária, e sim, doença causada por alterações nos genes. Os genes são seqüências de DNA (código genético) que determinam como a célula deve funcionar. O desenvolvimento do câncer ocorre a partir de uma seqüência de alterações nos genes que levam a transformação de uma célula normal da mucosa do intestino (camada de revestimento interno que fica em contato com alimentos e as fezes) a uma célula maligna. Para o aparecimento do câncer uma sucessão de alterações genéticas específicas ocorre resultando na transformação da célula e na perda de suas características originais. A célula transformada passa a ter um comportamento diferente das células normais. Este comportamento anormal da célula é causado por alterações da sua função e

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Intestino Grosso ou Colorretal

O intestino grosso é uma parte do sistema digestivo que tem a função de absorver 

água e nutrientes. Além disso, elimina substâncias não aproveitadas pelo

organismo através das fezes. É dividido em duas partes, o cólon e o reto. O cólon

é a parte que se continua a partir do intestino delgado e vai até o reto, que é a

parte final do intestino. As fezes formadas no intestino grosso são eliminadas pelo

ânus.

O intestino grosso pode ser dividido em 5 partes: ceco, cólon direito (ou

ascendente), cólon transverso (porção intermediária do intestino grosso, que cruza

o abdome da direita para a esquerda, unindo o cólon direito ao esquerdo), cólon

esquerdo (ou descendente), sigmóide (parte do intestino grosso que se continua a

partir do cólon esquerdo até chegar ao reto) e reto, que armazena as fezes até a

evacuação.

Os tumores malignos são formados por células que sofreram alterações e

adquiriram a capacidade de invadir as camadas do intestino ou órgãos vizinhos.

Estas células também são capazes de entrar na corrente sangüínea e atingir 

órgãos de outros sistemas, como o fígado e pulmão, originando as metástases.

O câncer é fundamentalmente uma doença genética. Ao falarmos em doença

genética, não queremos dizer hereditária, e sim, doença causada por alterações

nos genes. Os genes são seqüências de DNA (código genético) que determinam

como a célula deve funcionar.

O desenvolvimento do câncer ocorre a partir de uma seqüência de alterações nos

genes que levam a transformação de uma célula normal da mucosa do intestino

(camada de revestimento interno que fica em contato com alimentos e as fezes) a

uma célula maligna. Para o aparecimento do câncer uma sucessão de alterações

genéticas específicas ocorre resultando na transformação da célula e na perda de

suas características originais. A célula transformada passa a ter um

comportamento diferente das células normais.

Este comportamento anormal da célula é causado por alterações da sua função e

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do controle de sua proliferação. Isto leva à formação de tecidos com maior 

potencial de proliferação, com formação de pequenos pólipos com baixo potencial

de malignidade. A seguir, ocorre progressão para pólipos maiores e o

subseqüentemente aparecimento de pólipos com células transformadas, porém,

não invasivas, também chamados de carcinomas "in situ", que é o estágio inicialdo câncer. Ocorre então progressão para tumores malignos invasivos, e maiores.

Por fim, as células do tumor intestinal se desprendem, alcançam a corrente

sanguínea ou linfática e atingem outros órgãos dando origem às metástases.

Fatores de risco 

 Acredita-se que o câncer colorretal seja causado por uma associação entre fatores

genéticos e ambientais. Os fatores de risco podem aumentar a chance de um

indivíduo desenvolver uma doença. Os principais fatores considerados de risco

para o desenvolvimento do câncer colorretal são:

- Idade acima de 50 anos;

- História familiar de câncer, principalmente de intestino grosso e útero

(endométrio);

- Dieta com alto teor de gordura e pequena quantidade de fibras; - Hábitos e estilo

de vida (tabagismo, vida sedentária)

- Doença intestinal inflamatória (retocolite, doença de Crohn);

- História pessoal de câncer e de pólipos intestinais.

Idade 

Quanto maior a idade, maior o risco de desenvolver câncer. Isto ocorre porque as

alterações genéticas que ocorrem nas células acumulam-se ao longo do tempo, e

com isso são maiores as chances de aparecimento de tumores.

 A idade é um fator de risco importante, não só para os tumores de intestino, mas

também para outros tipos de câncer. O câncer colorretal é mais comum após os 50

anos, entretanto, a doença pode ocorrer em pessoas mais jovens.

História familiar de câncer colorretal

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Quanto mais pessoas dentro de uma família têm diagnóstico de câncer ou pólipos

colorretais, maior o risco de desenvolvimento da doença. Parentes de primeiro

grau (pais, irmãos e filhos) de uma pessoa com câncer colorretal têm maior risco

de desenvolver câncer colorretal, especialmente se essa pessoa com câncer tem

menos de 45 anos.

O câncer colorretal pode ser dividido, de acordo com a hereditariedade em três

grupos:

- câncer colorretal esporádico: ocorre por alterações genéticas em células que não

são transmitidas de pai para filho; é caracterizado pela ocorrência de câncer 

colorretal em idade avançada, em geral após os 60 anos e em um único familiar;

correspondem a 70% de todos os casos de câncer colorretal;

- câncer colorretal familiar: corresponde a 20% de todos os casos de câncer 

colorretal, e é caracterizado pela ocorrência de câncer colorretal em mais de um

familiar; ainda não estão determinados quais genes levam ao desenvolvimento

desses tumores;

- câncer colorretal hereditário: correspondem a cerca de 10% de todos os tumores

colorretais, ocorre por alterações genéticas em genes que são transmitidos de pai

para filho. São conhecidas diversas síndromes de câncer colorretal hereditário, as

mais freqüentes são o câncer colorretal hereditário sem polipose (HNPCC) e

polipose adenomatosa familiar (FAP).

O câncer colorretal hereditário sem polipose, responde por a 6 a 8% dos casos de

câncer colorretal. A sigla HNPCC corresponde ao inglês "Hereditary Nonpoliposis

Colorectal Cancer" ou Síndrome de Lynch. É uma doença hereditária, ou seja, que

pode ser transmitida de pais para filhos, caracterizada pela presença de vários

casos de câncer colorretal na família. Outros tumores, como câncer de intestino

delgado, endométrio (corpo do útero), pelve renal (parte do rim) e ureter também

são observados em familiares que têm esta síndrome. A polipose adenomatosa

familiar ou FAP corresponde a 1% dos casos de câncer colorretal. Caracteriza-se

por centenas de pólipos adenomatosos em todo o intestino. São detectados,

geralmente, na puberdade. Uma vez detectados, se a retirada do intestino grosso

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não for feita transformam-se em câncer. É importante destacar que a determinação

de uma doença hereditária de predisposição ao câncer é baseada em critérios

específicos e deve ser realizada avaliação por profissionais experientes.

Dieta com alto teor de gordura e pequena quantidade de fibras 

 A freqüência de câncer colorretal é muito elevada em regiões desenvolvidas, como

por exemplo, o Nordeste dos Estados Unidos e Europa Ocidental. O Brasil, por ser 

um país com diferenças regionais extremamente marcantes, apresenta variações

de freqüência, com maior número de casos nas regiões Sul e Sudeste.

Estas diferenças nas freqüências de câncer colorretal podem ser explicadas pelas

diferenças na dieta. Populações com maior poder econômico têm acesso a

alimentos com maior concentração de gorduras de origem animal, o que não

acontece com a maioria das populações de baixo nível sócio-econômico, que

consomem maior quantidade de fibras de origem vegetal.

O consumo excessivo de alimentos de origem animal, ricos em gordura, em

especial de carnes vermelhas e processadas, e o consumo insuficiente de fibras

de origem vegetal aumentam o risco de câncer colorretal

. Isto ocorre porque dietas à base de gordura animal levam a níveis elevados de

colesterol e ácidos biliares no intestino, que podem ser convertidos em agentes

causadores de câncer (carcinógenos). Além disso, o baixo consumo de fibras de

origem vegetal faz com que o funcionamento intestinal se torne mais lento,

causando constipação intestinal e fezes endurecidas, mantendo os agentes

causadores de câncer mais tempo em contato com o intestino. Carne, manteiga,

queijos amarelos são os principais alimentos ricos em gordura. Este processo, no

entanto, é lento, acredita-se que o desenvolvimento de câncer colorretal ocorra ao

longo de décadas, por isso, a freqüência de câncer de cólon aumenta após os 50anos.

Hábitos e estilo de vida 

Estudos mostram que indivíduos que não praticam exercícios têm maior risco em

desenvolver câncer colorretal. Além disso, o tabagismo e o álcool estão direta e

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indiretamente relacionados com vários tipos de tumores, incluindo o câncer 

colorretal.

Antecedentes pessoais de câncer 

Mulheres que tiveram câncer de ovário, corpo do útero (endométrio) ou mama têm

maior risco de desenvolver câncer colorretal.

Indivíduos que tiveram câncer colorretal têm maior risco de desenvolver um

segundo tumor.

Doença intestinal inflamatória 

 A retocolite ulcerativa e a doença de Crohn são doenças inflamatórias benignas,

que causam inflamação em graus variados na mucosa do intestino grosso. As

doenças inflamatórias intestinais estão associadas ao maior risco de câncer 

colorretal, especialmente em indivíduos com doença com mais de 8 anos de

evolução.

Pólipos intestinais 

Muitas evidências sugerem que a maioria dos tumores do intestino grosso se

desenvolvem a partir de pólipos benignos. Pólipo intestinal adenomatoso ou

adenoma é um crescimento benigno na mucosa do cólon e do reto. São mais

comuns após os 50 anos, porém, podem aparecer em idade mais precoce,

especialmente se há história de câncer colorretal na família.Cerca de 40% dos

indivíduos com mais de 60 anos apresentam pólipos.

Indivíduos que apresentaram adenomas no passado têm chance muito maior que

a população em geral em apresentar novas lesões. Essa chance pode chegar até

a 80% de desenvolver novo pólipo.

Prevenção do câncer colorretal

Prevenção significa evitar os fatores de risco e aumentar os fatores protetores, o

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que reduz a chance de desenvolvimento câncer. Alguns fatores de risco, como a

idade, a história familiar e pessoal de câncer não podem ser evitados. Além disso,

ainda que alguns fatores de risco possam ser eliminados ou atenuados, isto não

garante que o indivíduo não irá desenvolver câncer. Por outro lado, grande parte

dos indivíduos com algum fator de risco não desenvolvem a doença.

Recomenda-se para prevenir o câncer colorretal:

- consumir dieta rica em fibras vegetais (verduras, legumes, frutas);

- praticar exercício físico de forma regular;

- evitar consumo de dieta com excesso de gordura animal e carnes processadas

(embutidos), não fumar e consumir bebidas alcoólicas com moderação;

- remover possíveis pólipos através da colonoscopia.

 Além disso, estudos demonstram que o uso de determinados medicamentos

podem reduzir a freqüência de câncer de intestino (quimioprevenção). Algumas

substâncias como: antinflamatórios não-hormonais (medicamentos para

tratamento da dor), vitamina E e C e cálcio reduzem a freqüência de câncer 

colorretal. Entretanto, esses resultados foram observados apenas em estudos

controlados de pesquisa. Por isso, a quimioprevenção só deve ser realizada sob

supervisão médica, e dentro de protocolos de pesquisa.

Diagnóstico precoce 

O diagnóstico precoce do câncer é importante porque a identificação da doença

em suas fases iniciais aumenta as chances de cura.

Para o diagnóstico precoce do câncer colorretal podem ser utilizados os seguintes

exames:

- toque retal;

- pesquisa de sangue oculto nas fezes;

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- enema opaco;

- retossigmoidoscopia;

- colonoscopia.

Toque retal 

É um exame onde o médico examina o ânus e a parte final do reto através do

toque para verificar alterações. É um exame barato e de fácil realização, porém só

permite examinar o ânus e o reto baixo.

Pesquisa de sangue oculto nas fezes 

É um exame que analisa a presença de sangue escondido (oculto) nas fezes. A

presença de sangue pode ocorrer por sangramentos de úlcera gástrica,

hemorróidas, doença inflamatória intestinal, pólipos intestinais ou câncer colorretal.

São necessárias três amostras consecutivas de fezes e devendo-se evitar alguns

tipo de alimentos, alguns dias antes do exame.

É um exame barato e de fácil realização, no entanto, detecta apenas cerca de 10%

dos pólipos e metade dos casos de câncer. Podem ocorrer falsos-positivos (o

exame indica algum problema, mas na realidade não há nada alterado), em geral

por preparo dietético inadequado ou por outras fontes de sangramento (úlceras

gástricas, por exemplo).

Enema opaco 

O enema opaco é um exame que utiliza raios-X após a introdução de ar e

contraste através do ânus. O objetivo é verificar se existe retenção (represamento)

do ar/contraste em algum ponto do intestino, que pode indicar a presença de um

tumor. É necessária limpeza prévia, geralmente com laxantes. Esse exame pode

ser empregado quando não é possível realizar a colonoscopia.

Permite visualizar todo o cólon e o reto e é mais barato que a colonoscopia, no

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entanto, não é capaz de detectar todos os tumores e pólipos pequenos.

Retossigmoidoscopia

Exame realizado através de um tubo com 25cm de comprimento(retossigmoidoscopia rígida), ou um aparelho de fibra ótica com 70cm de

comprimento (retossigmoidoscopia flexível) que é introduzido pelo ânus e permite

visualizar o reto e parte do cólon. Se for encontrada alguma lesão que possa

indicar presença de tumor, é realizada biópsia. É necessária uma pequena

lavagem intestinal.

É mais barato do que a colonoscopia, porém é possível visualizar apenas o reto e

parte do cólon distal, portanto, não deve ser usado como método de rastreamento

isoladamente.

Colonoscopia 

É um exame realizado por aparelho de fibra ótica com cerca de 180cm de

comprimento, introduzido através do ânus, que permite a visualização do reto e de

todo o cólon em mais de 95% das vezes. Para a realização do exame é necessária

limpeza intestinal, feita com laxantes ou lavagem intestinal. Durante o preparo, é

importante beber líquidos sem resíduos para evitar a desidratação.

Durante o exame são administrados um sedativo e um analgésico. Após a

administração do medicamento, o aparelho é conduzido por todo o intestino

grosso. Se for verificada a presença de pólipos, estes podem ser removidos e

enviados para análise. Ao término do exame o paciente é liberado, não sendo

necessária internação.

É o melhor exame para o diagnóstico de pólipos e câncer colorretal, serve tambémpara tratamento, ou seja, para a retirada de pólipos, que são enviados para exame

anatomopatológico. Porém, tem custo mais elevado do que a retossigmoidoscopia

flexível.

Na Tabela a seguir estão as recomendações de exames para prevenção e

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diagnóstico do câncer colorretal de acordo com as orientações da US Agency

Health Care Policy and Research

Tabela 1 Resumo das recomendações de rastreamento de câncer colorretal

segundo orientações da US Agency Health Care Policy and Research

Grupo de risco  Orientação de exames 

Risco para câncer colorretal na

média da população: indivíduos

sem sintomas com idade maior ou

igual a 50 anos

Sangue oculto nas fezes anual ou

Retossigmoidoscopia flexível a cada 5 anos ou

Sangue oculto nas fezes anual +

Retossigmoidoscopia flexível a cada 5 anos ou

Enema opaco a cada 5 anos ou

Colonoscopia a cada 5 ou 10 anos

Indivíduos com antecedente de

câncer colorretal ou pólipos; ou

com parente de primeiro grau com

câncer colorretal ou adenomas

antes dos 60 anos, ou doisparentes de primeiro grau com

câncer colorretal diagnosticado em

qualquer idade

Colonoscopia, a partir dos 40 anos a cada 5

anos

Indivíduos com familiares com

polipose adenomatosa familiar 

Colonoscopia a cada 1 ou 2 anos, a partir da

idade de aparecimento dos pólipos

Indivíduos com familiares com

câncer colorretal hereditário sem

polipose

Colonoscopia a cada 1 ou 2 anos, a partir dos

20-30 anos

Indivíduos com história de pólipos

adenomatosos

Colonoscopia a cada 3 anos após o exame

inicial em pacientes com pólipose

adenomatosos maiores que 1cm

Colonoscopia a cada 5 anos após o primeiro

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exame negativo, ou em pacientes com pólipos

menores que 1cm, únicos, pequenos

Indivíduos com história pessoal de

câncer colorretal

Colonoscopia periódica após cirurgia

Indivíduos com história de doença

inflamatória intestinal

Colonoscopia a cada 1-2 anos em indivíduos

com história de 8 anos de inflamação de todo

o intestino

Sinais e sintomas do câncer colorretal

O câncer colorretal pode produzir uma série de sinais e sintomas, sendo os mais

comuns citados abaixo:

- mudança no hábito intestinal;

- diarréia;

- constipação;

- sensação de que o intestino não esvaziou após a evacuação;

- cólicas, dor abdominal;

- sangramento;

- muco nas fezes;

- perda de peso.

Esses sinais e sintomas podem ser causados por outras doenças, portanto,

procure um médico para uma avaliação especializada.

Diagnóstico de câncer colorretal

Quando os sintomas do câncer colorretal estão presentes, são realizados testes

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para determinar se os sintomas estão sendo causados por câncer ou por outras

doenças. Para fazer o diagnóstico, o médico irá fazer algumas perguntas e irá

realizar um exame físico detalhado. Além disso, será solicitada a colonoscopia

com biópsias de tecidos suspeitos para verificação da presença de células

malignas.

 A biópsia é o único exame que pode determinar a presença de câncer. Se o

câncer for encontrado (diagnosticado) são realizados mais exames para

determinar a extensão da doença (estadiamento).

Tratamento do câncer colorretal 

 A escolha do tratamento a ser utilizado depende das condições de saúde do

paciente, da localização e da extensão da doença e da opção do paciente e da

família. O tratamento do câncer colorretal é basicamente cirúrgico. A radioterapia e

quimioterapia podem ser usadas de forma complementar.

Na cirurgia para câncer de cólon é removido o tumor, uma parte de tecido normal e

os linfonodos regionais (gânglios linfáticos). Na maioria das vezes o intestino

funciona adequadamente após a cirurgia.

 A partir de informações obtidas da análise do tumor após a cirurgia é feito o

planejamento do tratamento pós-operatório. O dado principal para definir a

necessidade de quimioterapia é o estadiamento. Estadiamento é classificação da

doença em grupos de acordo com a invasão do tumor nas camadas do intestino, a

presença ou ausência de linfonodos comprometidos pela doença, e presença ou

ausência de metástases em outros órgãos.

 A principal forma de tratamento para o câncer do reto também é a cirurgia. Quandosão tumores pequenos e não há fixação do reto a outras estruturas, o tratamento

começa pela cirurgia, que consiste na retirada de parte do reto e do sigmóide,

fazendo-se a união das partes que restaram para que o paciente continue

evacuando pelo ânus. Quando são tumores são maiores ou existe fixação do reto

a outras estruturas, o tratamento inicia-se com sessões de radioterapia associada

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à quimioterapia. A retirada do ânus só é indicada em casos de tumores muito

baixos em relação ao esfíncter anal.

Cirurgia 

O paciente é internado na manhã da véspera da operação quando é iniciado o

preparo intestinal. O preparo intestinal é necessário para limpar o intestino, para

diminuir o risco de infecções. Este preparo é feito através do uso de laxantes, e se

necessário, lavagens intestinais. Durante todo o dia a dieta do paciente deve ser a

base de líquidos para se mantenha hidratado. Geralmente, a partir das 22 horas o

paciente entra em jejum absoluto, podendo ingerir apenas os medicamentos

liberados pelo anestesista.

Se houver necessidade ou possibilidade de colostomia é realizada a demarcação

na pele pela enfermeira especializada, chamada estomaterapeuta (ver cuidados

com estomas). Colostomia é o desvio das fezes para uma bolsa plástica que é

colada no abdome.

Para a realização de cirurgia é necessária anestesia geral. Normalmente a incisão

na pele é no sentido longitudinal, de tamanho variável, a depender da necessidade

e da localização do tumor. Após abertura do abdome e avaliação inicial dos

órgãos, inicia-se a operação propriamente dita. O tipo de cirurgia dependerá da

localização do tumor. Após a remoção do segmento intestinal, faz-se a união das

duas extremidades restantes (anastomose intestinal) sempre que possível.

O paciente permanece internado entre 5 e 7 dias, a depender da operação e de

sua evolução, recebendo alta quando a função intestinal estiver normalizada.

O tipo de cirurgia para o tratamento do câncer colorretal depende da localização

do tumor, as cirurgias realizadas são:

Hemicolectomia Direita: os tumores do cólon direito são tratados por 

hemicolectomia direita, que consiste na retirada do cólon direito. Após a retirada do

cólon direito e dos linfonodos da região, realiza-se uma sutura unindo a parte final

do intestino delgado à porção inicial do intestino grosso restante.;

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Colectomia transversa: retira-se o cólon transverso e realiza-se a união do cólon

direito e esquerdo. ; Hemicolectomia esquerda: retira-se o cólon esquerdo e

realiza-se a união do cólon transverso ao sigmóide.;

Retossigmoidectomia abdominal: realizada para tratamento dos tumores nosigmóide, nesta cirurgia retira-se o sigmóide e os linfonodos regionais e realiza-se

a união do cólon esquerdo, também chamado cólon descendente, ao reto. ;

Cirurgia ampliada: nos casos em que se observa invasão de órgãos e/ou

estruturas próximas ao tumor, e considera-se que a remoção pode ser completa,

isto é, não restará nenhum foco de tumor ao final da operação, a cirurgia deve ser 

feita retirando-se o segmento do intestino que contém o tumor, os linfonodos

regionais e a parte ou a totalidade dos órgãos ou estruturas invadidas, sem

separar uma estrutura da outra. Faz-se então a união das extremidades do

intestino restante. Os órgãos ou estruturas a serem removidos dependem da

localização do tumor e da presença ou não de invasão.;

Colectomia total: cirurgia na qual se remove todo o cólon e se faz a união da parte

final do intestino delgado ao reto. A retirada completa do cólon pode levar, nos

primeiros meses após a operação, a um aumento da freqüência das evacuações,

com fezes mais líquidas e pastosas. No entanto, com o passar do tempo, ocorre

uma adaptação do intestino delgado e as evacuações passam a ser mais sólidas,

numa freqüência de cerca de 2 a 3 vezes por dia. ;

Proctocolectomia total: a cirurgia consiste na remoção de todo o intestino grosso e

reto, com a união do intestino delgado ao ânus. Como o reto precisa ser retirado,

faz-se um reservatório com o próprio intestino delgado para fazer seu papel de

conter as fezes antes da evacuação. Esse reservatório é então unido ao ânus. ;

Ressecção anterior do reto: cirurgia realizada para o tratamento de tumores

localizados no reto. Consiste na retirada do sigmóide e do reto, com anastomose

(ligação) do cólon ao ânus. Em algumas situações pode ser necessária uma

colostomia temporária, para proteção da anastomose.;

 Amputação abdômino-perineal: cirurgia realizada para tumores do reto baixo

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(próximo ao ânus). Consiste na remoção do reto e do ânus, com a confecção de

uma colostomia definitiva.

Radioterapia 

 A radioterapia consiste no uso de radiação para matar as células do câncer. É um

tratamento local, pois age apenas no local tratado. Utilizada em tumores do reto, é

administrada de preferência antes da cirurgia para reduzir o tumor, facilitando a

sua retirada pela cirurgia. A radioterapia também pode ser usada após a cirurgia

para destruir células que possam ter ficado no local da cirurgia. Além disso, pode

ser utilizada para aliviar sintomas, quando a doença está em estágio mais

avançado.

 A radioterapia é realizada através de uma máquina que libera um feixe de energia,

atingindo as células alvo. No tratamento complementar à cirurgia de reto,

geralmente são necessárias 25 sessões diárias, por 5 semanas, de segunda a

sexta-feira. Não é necessária internação. Antes, durante e após a radioterapia, o

paciente é avaliado por médicos especializados.

Quimioterapia 

 A quimioterapia utiliza medicamentos que causam a morte das células. É um

tratamento sistêmico, ou seja, age em todo o organismo, pois a droga é distribuída

por todo o corpo através do sangue. A quimioterapia pode ser administrada antes

da cirurgia, no caso dos tumores do reto, para aumentar o efeito da radioterapia.

 Após a cirurgia a quimioterapia está indicada nos casos onde há risco aumentado

de retorno da doença.

Pode ser usada também em associação à radioterapia em casos de tumor de reto.

Também pode ser utilizada para aliviar sintomas da doença.

Na maioria das vezes, o quimioterápico é dado pela veia, de uma a cinco vezes

por semana, com semanas de descanso para recuperação do organismo. Também

estão disponíveis, para o tratamento do câncer, medicamentos por via oral.

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Seguimento após o tratamento 

É importante que após o tratamento o paciente seja acompanhado pelo médico. As

avaliações regulares permitem a identificação precoce de alterações. As

recomendações quanto à freqüência das consultas e exames de seguimentodependem da extensão da doença, do tratamento realizado e das condições do

paciente. Os exames de seguimento mais comuns são os marcadores tumorais

(CEA), a colonoscopia, radiografia de tórax, ultrassom ou tomografia do abdome e

pelve. Os marcadores tumorais são medidos através do sangue e são substâncias

que estão aumentadas quando há tumores em atividade.