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Introdução à Contabilidade Capítulo 5 FEA-RP – USP Departamento de Contabilidade Prof. Dr. Alexandre Assaf Neto e Profa. Dra. Adriana Maria Procópio de Araujo Editora Atlas - 2004

Introdução à Contabilidade Capítulo 5 FEA-RP – USP Departamento de Contabilidade Prof. Dr. Alexandre Assaf Neto e Profa. Dra. Adriana Maria Procópio de

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Introdução à ContabilidadeCapítulo 5

FEA-RP – USPDepartamento de

Contabilidade

Prof. Dr. Alexandre Assaf Neto eProfa. Dra. Adriana Maria Procópio de Araujo

Editora Atlas - 2004

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Capítulo 5 Objetivo

O capítulo cinco tem como objetivo estudar especificamente um grupo de contas que compõe o Ativo. Serão abordados conceitualmente o grupo do Ativo Permanente, detalhando cada sub-grupo que o compõe:

- investimentos, - imobilizado e - diferido.

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

Ativo Permanente O ativo permanente representa os bens e direitos que a empresa possui e que teoricamente não estão destinado a venda. Normalmente são os bens que movimentam o operacional do negócio a ser explorado ou representam aplicações expressivas de recursos em bens ou direitos que ainda não possuem destinação certa.

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

InvestimentosSerão considerados investimentos, os recursos aplicáveis em participações permanentes em outras sociedades e também os direitos que não estão classificados no ativo circulante ou realizável longo prazo e que também não tenham destinação de manutenção à atividade da empresa.

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

InvestimentosInvestimentos Permanentes: São os ativos que não se destinam à manutenção da atividade da entidade. Esses investimentos serão avaliados pelo método do custo, ou seja, registra-se o ativo permanente pelo custo de aquisição do investimento. Por exemplo, aquisição de obras de arte.

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

InvestimentosParticipações societárias incentivadas: representam as aplicações de recursos efetuadas em participações societárias por meio ce incentivos fiscais. Em determinado período, pode ocorrer algum tipo de benefício fiscal para a empresa deduzir do imposto de renda a pagar o valor correspondente (ou parte dele) da aplicação de recursos em empresas de determinados setores da economia. Por exemplo, empresas criadas para alavancar o desenvolvimento regional.

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

InvestimentosParticipações societárias voluntárias: são as aplicações de recursos em investimentos, efetuados por uma empresa, investidora, na aquisição de ações ou quotas de capital de outra empresa, investida. Estes investimentos dividem-se em investimentos temporários ou investimentos permanentes. A classificação depende da intenção da investidora de revendê-los ou de permanência em seu patrimônio.

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

Investimentos São considerados investimentos temporários as aplicações de recursos em direitos adquiridos com a intenção de revenda futura e próxima, tendo, geralmente, caráter meramente especulativo.

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

Investimentos Os investimentos permanentes são as aplicações de recursos que a empresa faz em investimentos adquiridos com a intenção de continuidade, representando muitas vezes uma extensão da própria atividade econômica da empresa.

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

Investimentos Os investimentos temporários são avaliados pelo Método do Custo e registrados no ativo circulante ou ativo realizável a longo prazo. Os investimentos permanentes são avaliados ou pelo Método do Custo ou pelo Método da Equivalência Patrimonial – MEP e registrados no ativo permanente, grupo investimentos.

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

Avaliação de Investimentos: Método do Custo

os investimentos são avaliados ao preço de custo mais correção monetária (extinta por força legal a partir de 1996), menos provisão para perdas permanentes.

Esse método não se reporta ao reconhecimento da geração efetiva de lucros, mas sim as datas e os atos formais de sua distribuição. A empresa investidora não reconhece os lucros e as reservas gerados e não distribuídos pela empresa investida.

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

Avaliação de Investimentos: Método da Equivalência Patrimonial (equity)

os resultados e outras variações patrimoniais de uma investida ou coligada, serão reconhecidos no momento de sua geração, independentemente de serem ou não distribuídos. Portanto, os investimentos serão avaliados pelo valor que efetivamente representam na investidora.

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

Avaliação de Investimentos: Método da Equivalência Patrimonial (equity)

No investimento permanente, a empresa pode ter uma participação relevante de investimento, sendo nesse caso chamada de empresa coligada ou empresa controlada. Pode ainda manter um investimento irrelevante sem expressão de participação no patrimônio da empresa investida.

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

Avaliação de Investimentos: Método da Equivalência Patrimonial (equity)

Dizemos que o controle é direto é quando a empresa investidora possui em seu próprio nome a titularidade do capital votante majoritário de mais de 50% da empresa investida. No controle indireto a investidora exerce o controle por meio de outra empresa também controlada.

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

Avaliação de Investimentos: Método da Equivalência Patrimonial (equity)

Por exemplo, a empresa Azul controla a empresa Amarela em 80% do seu capital. Por sua vez, a empresa Amarela controla uma outra empresa, a BrancaBranca em 90%. Logo, a empresa Azul, controla diretamente a empresa Amarela e indiretamente a empresa BrancaBranca. A figura 5.1 esboça essa situação:

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

Figura 5.1 – Controle Direto e Controle Indireto em Participações Societárias

Cia AZUL

Cia AMARELA

Cia BRANCA

Cia Amarela

possui 90% do PL da

Cia. Branca = controle

direto

Cia Azul possui 80% do PL da Cia. Amarela = controle

direto

A Cia Azul possui o controle

indireto da Cia. Branca por meio da Cia. Amarela

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

EXEMPLO DO MÉTODO DO CUSTO A Cia. SÓ-PÉ resolve investir na

Empresa Courão. Essa aplicação de recursos representa um investimento meramente especulativo e sem intenção de continuidade. O valor do investimento é de $10.000 com provável liquidação do título em seis meses.

Os registros contábeis dessa operação ficam da seguinte forma:

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

EXEMPLO DO MÉTODO DO CUSTO

Contabilização do Investimento Temporário na aquisição AC ou ARLP

Caixa ou B/ C/ M Invest. Temporário xxxx 10.000 (1) (1) 10.000 10.000 (3)

Será Ativo Circulante ou Longo

Prazo, dependendo

da data provável de liquidação

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

EXEMPLO DO MÉTODO DO CUSTOna venda Caixa ou B/ C/ M Receitas Eventuais xxxx 10.000 (2)

(2) 10.000 (A) 10.000

Custos Eventuais RE

(3) 10.000 xxxx xxxx

10.000 (B) (B) 10.000 10.000 (A)

Se o valor da

realização for menor

que o custo, a diferença

será perda no

investimento (RE),

caso seja maior, será

ganho.

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

EXEMPLO DO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

A Cia. SÓ-PÉ resolve investir na Empresa Courão. Essa aplicação de recursos representa um investimento com intenção de continuidade, pois num futuro próximo a Cia. SÓ-PÉ planeja industrializar couro (ramo de atividade da Empresa Courão). O valor do investimento é de $20.000, sendo que esse valor representa uma participação de 80% no PL da Empresa Courão, considerando que o fato ocorreu no início do período 1.

Os registros contábeis dessa operação ficam da seguinte forma:

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

EXEMPLO DO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

Contabilização do Investimento Permanente

na aquisição AP Caixa ou B/ C/ M Part.Societária xxxx 20.000 (1) (1) 20.000

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

EXEMPLO DO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

Continuando o exemplo, supondo que no encerramento do período 1, a Cia. SÓ-PÉ, após verificação de sua participação no patrimônio da Empresa Courão, chega a duas situações distintas:

 Situação 1: o patrimônio líquido da Empresa Courão no final do período 1 será de $32.000.

Situação 2: o patrimônio líquido da Empresa Courão no final do período 1 será de $22.000.

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

EXEMPLO DO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

situação 1 = PL da Empresa Courão em $32.000 início do período 1

Investimento da SÓ-PÉ na Empresa Courão ..... 20.000

PL da Empresa Courão (20.000 = 80%) .......... 25.000

final do período 1

Investimento da SÓ-PÉ na Empresa Courão ..... 25.600 (32.000 x 80% = 25.600)

PL da Empresa Courão ............................ 32.000

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

EXEMPLO DO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

registros contábeis

AP Ganho pela MEP Part.Societária 5.600 (2)

(1) 20.000 (A) 5.600

(2) 5.600

25.600 RE xxxx xxxx

5.600 (A)

O valor a maior será reconhecido como ganho,

sem tributação de impostos, pois na origem (Empresa Courão) já foi utilizado como base de

tributação (se for o caso)

20.000 – 25.600 = ganho de

5.600

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

EXEMPLO DO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

situação 2 = PL da Empresa Courão em $22.000 início do período 1

Investimento da SÓ-PÉ na Empresa Courão ..... 20.000

PL da Empresa Courão (20.000 = 80%) .......... 25.000 final do período 1 Investimento da SÓ-PÉ na Empresa Courão ..... 17.600 (22.000 x 80% = 17.600) PL da Empresa Courão ............................ 22.000

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

EXEMPLO DO MÉTODO DA EQUIVALÊNCIA PATRIMONIAL

registros contábeis

AP Perda pela MEP

Part.Societária (2) 2.400

(1) 20.000 2.400 (2) 2.400 (A)

17.600

RE

xxxx xxxx

(A) 2.400

20.000-17.600 = perda de

2.400

O valor a menor será reconhecido como perda,

sem benefício na tributação de impostos, pois na origem

(Empresa Courão) já foi utilizado como exclusão na base de tributação (se for o

caso)

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

ImobilizadoO ativo imobilizado é o conjunto

de bens e direitos necessários à manutenção das atividades da empresa, podendo apresentar-se tanto na forma tangível como na intangível. Abrangendo, também, os custos das benfeitorias realizadas nos bens pertencentes a terceiros (locados).

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

Imobilizado De maneira geral, três

características básicas identificam o ativo imobilizado:

1) São bens e direitos de natureza relativamente permanente;

2) Aplicações de recursos utilizados nas operações do negócio;

3) Bens e direitos não destinados a venda (embora possam ser vendidos).

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

Imobilizado Os itens mais comuns do ativo imobilizado de uma entidade são:

 Terrenos utilizados na operação da empresa Edifícios Instalações de forma geral (hidráulicas, elétricas, sanitárias

etc) Máquinas e Equipamentos Veículos Móveis e Utensílios (mesas, cadeiras, armários, arquivos etc) Ferramentas Benfeitorias em imóveis de terceiros Direitos de exploração de recursos naturais (minas, jazidas

etc) Marcas e Patentes, etc

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

Imobilizado - Depreciação O conceito contábil de depreciação é

o reconhecimento da diminuição de valores dos bens do ativo imobilizado, dado a condição de utilização dos mesmos.

Do ponto de vista econômico, a depreciação de um bem do ativo pode ser denominada como o reconhecimento da perda da condição de gerar benefícios futuros para a entidade.

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

Imobilizado - Depreciação Contabilmente usamos o termo

depreciação para bens móveis, como por exemplo, máquinas, instalações, veículos etc. Usamos o termo de amortização para direitos de uso de qualquer natureza, por exemplo, a amortização do direito de uma patente. Finalmente, usamos o termo exaustão quando nos referimos à exploração de recursos naturais, por exemplo, uma exploração de jazidas, minas etc.

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

Tabela 5.1 – Taxa de Depreciação fixadas pela Legislação do Imposto de Renda

Contas Percentual de apropriação ano

Edificações e Construções 04% Máquinas e Equipamentos 10% Móveis e Utensílios 10% Veículos 20% Ferramentas 20% Equipamentos de Informática 20%

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

EXEMPLO DE CONTABILIZAÇÃO DE DEPRECIAÇÃO

A Cia. SÓ-PÉ adquiriu balcão e armários para a utilização em sua atividade no total de $15.000. O respectivo valor foi lançado no ativo imobilizado, conta de móveis e utensílios. A depreciação será calculada pelo índice de 10% ao ano (a.a.).A contabilização da depreciação ficará da seguinte forma:

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

EXEMPLO DE CONTABILIZAÇÃO DE DEPRECIAÇÃO

Contabilização da Depreciação - Cia. SÓ-PÉ

na aquisição dos bens AP Caixa Móveis e Utensílios xxxx 15.000 (1) (1) 15.000

no reconhecimento da depreciação anual Custo do bem ................................. 15.000 Desp.depreciação anual (10%) (15.000 x 10%) ....................................... 1.500

Ou conta de passivo quando o

pagamento for no futuro

Deprec.Acumulada Desp.Depreciação 1.500 (2) (2) 1.500

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

EXEMPLO DE CONTABILIZAÇÃO DE DEPRECIAÇÃOno reconhecimento da depreciação mensal

Custo do bem .................................... 15.000 Desp.depreciação anual (10%) (15.000 x 10%) ............................................ 1.500 Despesa mensal (1.500 / 12meses) .... 125

Deprec.Acumulada Desp.Depreciação

125 (3) (3) 125

A despesa de depreciação será alocada ao resultado do exercício

A conta depreciação acumulada é

redutora da conta do ativo imobilizado (móveis e utensílios)

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

EXEMPLO DE CONTABILIZAÇÃO DE DEPRECIAÇÃOA representação no Balanço Patrimonial fica da seguinte

forma:

Balanço Patrimonial – Cia. SÓ-PÉ – período “x” ATIVO $ PASSIVO $

... ... AP ... PL Móveis e Utensílios 15.000 (-) Depreciação Acumulada

(1.500)

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

EXEMPLO DE CONTABILIZAÇÃO DE DEPRECIAÇÃOA representação na Demonstração do Resultado do Exercício da seguinte

forma:Demonstração do Resultado do Exercício – Cia. SÓ-PÉ – período “x” DRE $ Receita Bruta de Vendas ... (-) Custo das Mercadorias Vendidas ... (=) Lucro Bruto ... (-) Despesas ... Administrativas ... Vendas ... Depreciação (1.500) Financeiras ... (=) Base de cálculo do Imposto de Renda ... (-) Provisão para Imposto de Renda ... (=) Lucro líquido do período ...

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

Métodos de Cálculo da Depreciação Os métodos de cálculos para se efetuar o

procedimento da depreciação é um assunto detalhado e não será estudado com profundidade nesse livro.

São tópicos para disciplinas intermediárias de contabilidade e até mesmo avançadas. Nesse momento, vamos nos ater para o método tradicional de cálculo de depreciação, o método da linha reta ou quotas constantes.

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

Métodos de Cálculo da Depreciação

Fórmula de Cálculo: Método da Linha Reta

Depreciação = custo histórico do bem

Vida útil estimada

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

Amortização A amortização contábil equivale ao

reconhecimento da perda (ou consumo) do montante de recursos aplicados em ativos intangíveis do grupo do ativo permanente.

Teoricamente, o conceito de amortização é exatamente o mesmo de depreciação. Mudam somente as nomenclaturas que são direcionadas aos grupos de contas correlatos.

cálculo da apropriação das despesas com amortização de determinada empresa segue a mesma metodologia da depreciação.

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

Amortização A fórmula para o cálculo da amortização é:

Amortização = custo histórico do direito

Período de duração

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

Exaustão A exaustão corresponde a

apropriação de perda de capacidade de geração de benefícios futuros correspondente a recursos naturais. Também segue a mesma metodologia de cálculo efetuada para depreciação e para a amortização.

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

Exaustão Serão levados em conta, no cálculo da

exaustão, os seguintes itens: custo histórico como base de valor na

aquisição ou na atribuição dos recursos naturais;

quantidade estimada de produção total dos recursos (por exemplo em uma mina) e o volume da produção do período;

valor residual estimado.

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

Diferido O ativo diferido representa os recursos

aplicados na realização de despesas que contribuirão para a formação de mais de um exercício social futuro.

A apropriação para o resultado se dá na proporção em que esta contribuição influencia a geração do resultado de cada exercício.

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

Diferido A composição do ativo diferido é normalmente,

um ativo intangível não abrangendo bens corpóreos. São exemplos comuns de ativo diferido:

gastos de implantação e pré-operacionais; pesquisa com desenvolvimento de novos

produtos; gastos de implantação de sistemas e

métodos; gastos de reorganização etc.

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Capítulo 5 – Grupos Patrimoniais – Ativo Permanente

Reavaliação de Bens do Ativo Permanente

A reavaliação de bens do ativo permanente representa uma nova avaliação no conjunto desses bens, devido a discrepância detectada entre o custo histórico (já reconhecida a depreciação) em comparação com o valor de mercado.