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Introdução à Semiologia
Medicina 2007
Prof. Dr. Marcus Vinicius Henriques Brito
Semiologia
É a arte de extrair de seu paciente, dados e
elementos que lhe permitam emitir, com
segurança, um diagnóstico e um prognóstico a
fim de subsidiar o tratamento a ser instituído.
Conceituação
• Semiótica ou Semiologia
– Estudo dos sintomas e sinais
• Apedeuta
– Pessoa sem cultura, sem conhecimento
• Propedêutica
– Introdução aos princípios gerais de uma
ciência
Relação médico-paciente
DiagnósticoTécnica
Percepção
Conhecimento
Prognóstico
Ética
TRATAMENTO
Marketing pessoal
• Pessoal
– Traje
– Locomoção
– Local de trabalho
• Propaganda
– Anúncios
– Boca a boca
• Exageros
Conhecimento
• Adquirido – Vivência familiar, caráter, personalidade– Cultura, família, escola, amizades, etc.
Conhecimento
• Científico (%)– Formação pré-universitária– Conteúdo programático universitário (teoria)
Conhecimento
• Técnico (%)– Observar mestres e colegas– Prática ambulatorial, laboratório, hospitalar
Técnica
• Conhecimento
– Técnico e tático (semiotécnica)
• Treinamento
– Insistência
– Perseverança
Percepção
•Sensibilidade
– tátil, auditiva, olfativa, gustativa.
– “Feeling”
•Perspicácia
•Curiosidade
•Iniciativa
Elementos de uma consulta
• Apresentação
• Queixa principal
• Anamnese
• Exame físico geral e especial
• Exames complementares
• Pareceres
Quando começa uma consulta?
X
Início da consulta
• Batida na porta
• Nome
• Idade
• Sexo
• Endereço
• Estado civil
• Escolaridade
• Religião
• Escolaridade
• Acompanhantes
Anamnese
• Queixa principal
• Sintomas e sinais
• Cronologia
• Intensidade
• Fatores de melhora
• Fatores de piora
• Outras funções
• Sinais negativos
Exame físico geral
• Fáscies
• Mucosas
• Tireóide
• Temperatura
• Pele
• Pulso
• PA
• Peso
Exame físico especial
• Tórax
• Precórdio
• Abdome
• Ginecológico
• Obstétrico
• Ortopédico
• Oftálmico
• Otorrino
Diagnóstico
• Sindrômico
• Diferencial
• Etiológico
Diagnóstico complementar
• Laboratorial
– Bioquímica
– Anatomo-patologia
• Por imagens
– Rx, US, Tomo, Ressonância
Prognóstico
• Cura
• Bom
• Reservado
• Sombrio
Tratamento
• Clínico
– Medicamentoso
– Psicoterápico
– Quimio e ou radioterápico. Etc.
• Cirúrgico
– Eletivo, urgência ou emergência
– Curativo, paliativo
• Alternativo
Regras de ouro do relacionamento
• RESPEITE SEU PACIENTE
acima de tudo e de todos.
• Trate seu paciente como você gostaria de ser
tratado. PONHA-SE NO LUGAR DELE.
• Estude e adquira conhecimentos antes de
lidar com pacientes.
• Apresente-se a seu paciente e diga seu nome.
• Pergunte o dele e NÃO ESQUEÇA.
• Refira-se e dirija-se a ele, SEMPRE, PELO
NOME e não pelo número de seu leito ou
enfermaria.
• ANTES DE EXAMINAR seu paciente pergunte
se ele esta disposto, se tem alguma dor ou
algo que possa prejudicar ou impedir seu
exame.
• Olhe seu paciente no olho.
• Leia nas entrelinhas o que seu paciente não
esta lhe dizendo. Observe-o, analise-o,
descubra o que o aflige realmente. Mantenha
sua mente aberta. SINTA SEU PACIENTE.
• EXAMINE SEU PACIENTE como um todo e não
somente o local de sua queixa. Toque no seu
paciente, sinta-o e se deixe sentir.
• Examine seu paciente SEMPRE PELO LADO
DIREITO dele. Em poucas situações esta regra
poderá ser descumprida.
• JAMAIS examine simultaneamente um paciente que esta sendo examinado por um médico ou outro colega seu. Espere-o terminar e após se apresentar, solicite permissão ao paciente, explique a ele o que será realizado e se autorizado, proceda seu exame.
• Durante o exame físico, observe continuamente a face de seu paciente, se notar qualquer sinal de dor, interrompa imediatamente a manobra realizada, pois a mesma estará prejudicada pela dor do paciente. SINTA SEU PACIENTE.
• Utilize termos que seu paciente possa entender,
seja o mais simples possível.
• Explique quantas vezes for necessário, até
que você se convença de que ele entendeu
suas orientações e ou explicações.
Seja sempre seguro. Não tenha medo de dizer
a seu paciente que não sabe algo.
Diga com segurança que irá pesquisar e que
depois repassará a ele a informação.
Não esqueça que ele estará aguardando.
Logo, REPASSE uma resposta a ele, mesmo
que seja “ainda não encontrei uma resposta
para seu problema, mas continuo
procurando”.
Tipos de pacientes
• Basal
• Monossilábico
• Prolixo
• Chato & grudento
• Hipocondríaco
• Psiquiátrico
• Erudito
• Internauta
Tipos de médicos
• Clássico
• Generalista
• De interior
• Do INSS
• Charlatão habitual
• Tipo “plantonista”
• Estrela
• Bonzão
O que o paciente espera de mim?
• Atenção
• Conhecimento
• Compreensão
• Paciência
• Consideração
• Segurança
• Presteza
• Informação precisa
A medicina é um sacerdócio?
• " Eu juro, por Apolo, médico, por Esculápio,
Higeia e Panacea, e tomo por testemunhas
todos os deuses e todas as deusas, cumprir,
segundo meu poder e minha razão, a promessa
que se segue:
• estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que
me ensinou esta arte;
• fazer vida comum e, se necessário for, com ele
partilhar meus bens;
• ter seus filhos por meus próprios irmãos;
• ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem
necessidade de aprendê-la, sem remuneração e
nem compromisso escrito;
• fazer participar dos preceitos, das lições e de
todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu
mestre e os discípulos inscritos segundo os
regulamentos da profissão, porém, só a estes.
• Aplicarei os regimes para o bem do doente
segundo o meu poder e entendimento, nunca
para causar dano ou mal a alguém. A ninguém
darei por comprazer, nem remédio mortal nem
um conselho que induza a perda. Do mesmo
modo não darei a nenhuma mulher uma
substância abortiva.
Conservarei imaculada minha vida e minha arte.
• Em toda a casa, aí entrarei para o bem dos
doentes, mantendo-me longe de todo o dano
voluntário e de toda a sedução.
• Àquilo que no exercício ou fora do exercício da
profissão e no convívio da sociedade, eu tiver
visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar,
eu conservarei inteiramente secreto.
• Se eu cumprir este juramento com fidelidade,
que me seja dado gozar felizmente da vida e da
minha profissão, honrado para sempre entre os
homens; se eu dele me afastar ou infringir, o
contrário aconteça.“
Hipócrates (460 a 377 a.C.)
Sede bem vindos a medicina!