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8 INTRODUÇAO O tema deste trabalho refere-se ao Projeto Alfabetização Digital em razão de ser professora de Informática com quase 10 anos de experiência, ministrando aulas desde o Ensino Fundamental até o Ensino Superior, elaborando materiais didáticos de Informática e por ter sido indicada por uma Instituição de Ensino Superior (IES) do Rio de Janeiro para ser a Coordenadora do Projeto Alfabetização Digital no Município de Irauçuba, e considero assim o tema de grande relevância para a formação profissional na área de Informática. Os municípios integrantes do Projeto Alfabetização Solidária são beneficiados com cursos de introdução à Informática pertencentes ao Projeto Alfabetização Digital. As dificuldades e conclusões extraídas dessa experiência podem vir a contribuir significativamente na formação de um futuro educador e gestor na sua formação profissional e a sua atuação em um projeto educacional criado através do chamado “Terceiro Setor”. Como um agente instrumental (Bordenave, 1994), me sinto na obrigação de refletir e procurar mostrar o máximo possível das implicações, dificuldades e soluções possíveis dentro de um projeto pertencente ao Terceiro Setor. Durante um longo ano de trabalho que, em apenas quatro viagens, consegui trocar o município de atuação, levar as máquinas para o local, consertá-las, colocar o município em processo de treinamento e ainda receber mais um município de prêmio pelos trabalhos realizados, tendo a Universidade representada colocada em segundo lugar, no Brasil, entre as universidades parceiras do Programa, creio que os avanços da experiência foram significativos.

INTRODUÇAO - tatianafacanha.com.br Corrigida.pdfa Coordenadora do Projeto Alfabetização Digital no Município de Irauçuba, e considero assim

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INTRODUÇAO

O tema deste trabalho refere-se ao Projeto Alfabetização Digital em razão de

ser professora de Informática com quase 10 anos de experiência, ministrando aulas desde o

Ensino Fundamental até o Ensino Superior, elaborando materiais didáticos de Informática e

por ter sido indicada por uma Instituição de Ensino Superior (IES) do Rio de Janeiro para ser

a Coordenadora do Projeto Alfabetização Digital no Município de Irauçuba, e considero assim

o tema de grande relevância para a formação profissional na área de Informática.

Os municípios integrantes do Projeto Alfabetização Solidária são beneficiados

com cursos de introdução à Informática pertencentes ao Projeto Alfabetização Digital.

As dificuldades e conclusões extraídas dessa experiência podem vir a

contribuir significativamente na formação de um futuro educador e gestor na sua formação

profissional e a sua atuação em um projeto educacional criado através do chamado “Terceiro

Setor”.

Como um agente instrumental (Bordenave, 1994), me sinto na obrigação de

refletir e procurar mostrar o máximo possível das implicações, dificuldades e soluções

possíveis dentro de um projeto pertencente ao Terceiro Setor.

Durante um longo ano de trabalho que, em apenas quatro viagens, consegui

trocar o município de atuação, levar as máquinas para o local, consertá-las, colocar o

município em processo de treinamento e ainda receber mais um município de prêmio pelos

trabalhos realizados, tendo a Universidade representada colocada em segundo lugar, no

Brasil, entre as universidades parceiras do Programa, creio que os avanços da experiência

foram significativos.

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O Projeto Alfabetização Digital é um projeto-piloto do Programa

Alfabetização Solidária, criado em 1997, com o objetivo de reduzir os índices de

analfabetismo entre jovens e adultos em todo o país.

O Projeto Alfabetização Digital foi implantado em 20 municípios da Região

Nordeste, com acompanhamento das universidades parceiras, juntamente com as prefeituras

municipais locais que disponibilizam a infraestrutura para a implantação das salas que

servirão de laboratórios de microcomputadores locais para abrigar as cinco máquinas doadas a

cada município pelo Banco Central, que cedeu 287 microcomputadores ao Projeto

Alfabetização Solidária. (Alfabetização Solidária, 2002).

O Projeto Alfabetização Digital dará continuidade aos trabalhos do Projeto

Alfabetização Solidária, diminuindo o chamado “analfabetismo digital” e/ou “exclusão

digital” e aumentando o conhecimento da Informática em regiões isoladas que precisam fazer

parte de um mundo globalizado. (Projeto Alfabetização Digital, 2002).

Os municípios do Projeto Alfabetização Solidária serão beneficiados com cursos de

introdução à Informática. Os alunos egressos desse projeto e a população em geral, como

comerciantes e prestadoras de serviços, serão os alunos do Projeto Alfabetização Digital.

(Projeto Alfabetização Digital, 2002).

A intenção principal do projeto-piloto “Alfabetização Digital” é transformar as

salas de Informática em centros comunitários, aplicando e aprimorando conceitos como o

cooperativismo e consolidando as mudanças trazidas pela Alfabetização Solidária. (Projeto

Alf. Digital, 2002).

Hoje, existem no Projeto cerca de 201 instituições de Ensino Superior, 93

empresas e instituições parceiras, 7 governos estaduais e 2010 prefeituras que se unem para

combater o analfabetismo e solucionar problemas de exclusão social, cultural e econômica.

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O projeto Alfabetização Digital tem como objetivo principal reduzir o índice

de “analfabetismo digital” e/ou “exclusão digital”, criando condições para que as pessoas

menos favorecidas, não só pelas distâncias dos grandes centros, como também por estarem

totalmente desligadas e discriminadas devido a um certo descaso dos governos que não

cumprem as leis básicas dos direitos do cidadão. (Projeto Alfabetização Digital, 2002).

O Projeto visa também a reduzir a disparidade existente entre os moradores dos

grandes centros e os moradores de municípios distantes que praticamente não são providos de

nenhum centro de treinamento ou social que ensine um ofício para as pessoas que habitam

nesses municípios, segundo fontes do Projeto da Alfabetização Solidária. (Projeto

Alfabetização Digital, 2002).

Essa pesquisa foi realizada na ONG - Alfabetização Solidária, criada pela

empresa COOTESOL (Cooperativa Nacional dos Trabalhadores em Empreendimentos

Educacionais e Comunitários), que iniciou o Programa “Alfabetização Solidária” juntamente

com suas empresas, universidades e municípios parceiros, tendo como questão fundamental

abordar os impactos educacionais no município de Irauçuba - CE, relacionados com o Projeto

Alfabetização Digital.

Desde que os moradores do município de Irauçuba ficaram sabendo que

poderiam receber cinco computadores doados e que seria criado, no município, uma sala onde

pessoas que estavam na 4ª série do Ensino Fundamental em diante e ou que já haviam passado

pelo projeto da Alfabetização Solidária, poderiam fazer cursos de Informática, houve uma

certa inquietação das pessoas, devido ao município ser totalmente isolado e receber sempre

ajuda dos municípios vizinhos como Sobral e Itapajé, que possuem uma infraestrutura muito

melhor, com cursos superiores, fábricas, uma Prefeitura e Secretaria de Educação e Ação

Social mais ativa e uma economia mais forte, pois conta com mais recursos para atender às

obras de ação social e cultural. O município de Itapajé, por exemplo, que foi escolhido

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inicialmente pela equipe do projeto. Quando fui visitar os municípios, observei e provei

através de fotos tiradas do local, que este já possuía dois laboratórios bem montados com dez

máquinas cada um e que, através do Serviço de Ação Social com a Secretaria de Educação,

ministravam cursos de Informática para a comunidade local mediante uma contribuição

mensal muito baixa. Já o município de Irauçuba não possuía qualquer sala, nem através do

Serviço Social, nem da Prefeitura e muito menos da Secretaria de Educação. Foi quando

efetivamos a troca dos municípios, já que o povo daquela cidade, uma população muito pobre,

manifestou grande interesse em poder ter acesso ao mundo da Informática.

A prioridade era ministrar todo o curso do Office da Microsoft. Como as

máquinas são muito antigas e seu disco rígido (HD) muito pequeno, ou seja, limitado apenas

com 240 Mb (Megabytes), só foi possível começar apenas com os cursos básicos como

Introdução, Windows - Sistema Operacional, Word - Editor de Textos e Excel - Planilha

Eletrônica..

O presente trabalho tem como objetivo geral analisar as dimensões

educacionais existentes na realização de um projeto de informatização em um município

isolado do Nordeste. Tem ainda o seguinte objetivo específico:

� Avaliar os impactos educacionais do projeto Alfabetização Digital no

município de Irauçuba – CE e refletir sobre eles.

Terei como questões de estudo:

� Qual a história do Programa Alfabetização Solidária?

� Como o Projeto Alfabetização Digital se insere no âmbito político-

pedagógico do Programa Alfabetização Solidária?

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� É possível implantar com sucesso a informatização de instituições

públicas e democratizar o seu acesso em regiões pobres e isoladas do

interior do Nordeste?

� Como está sendo o processo de informatização?

� Qual o papel de cada instituição na parceria, para a realização do

Projeto Alfabetização Digital?

� Quais os principais problemas enfrentados e os principais acertos?

A pesquisa é de natureza bibliográfica, com estudo de casos, onde apresentarei

os principais objetivos do projeto, inclusive sua criação e planejamento, quais os alunos

atendidos, os treinamentos oferecidos, os resultados obtidos pela entidade de ensino superior

parceira, algumas pessoas, o município parceiro, entre outros.

Serão analisados todos os dados existentes relacionados com o projeto, a partir

de relatórios das viagens ao local.

Ao final do curso, os alunos receberam um questionário

As repostas, por escrito, foram transcritas com apenas algumas correções

gramaticais.

Será feita uma análise qualitativa dos dados obtidos, pois:

“Sendo o principal instrumento da investigação, o observador pode recorrer aos conhecimentos e experiências pessoais como auxiliares no processo de compreensão e interpretação do fenômeno estudado. A introspecção e a reflexão pessoal têm papel importante na pesquisa naturalística.” (LÜDKE e MARLI, 1986, p.26).

A pesquisa terá, como ponto de partida, autores da década de 90, que

sustentarão a analise dos limites e das possibilidades da implantação de projetos de

informatização em municípios isolados do interior do Nordeste.

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Os dados bibliográficos principais serão buscados através dos informativos

oficiais do Projeto Alfabetização Solidária que estão disponíveis na Internet, através de seu

site, de relatórios das visitas ao município nas viagens oficiais e dos relatórios iniciais que

deram origem ao projeto-piloto Alfabetização Digital.

Serão trabalhados os conceitos de Cidadania, Filantropia, ONG, Sociedade

Civil e Terceiro Setor, que estão interligados, conforme a proposta dos autores citados a

seguir.

Segundo Fernandes (1997), existe um termo novo ou conceito chamado de

Terceiro Setor, que aborda o trabalho de organizações sem fins lucrativos, ou seja, das ONGs.

Arantes (1991) aborda os mais diversos casos existentes de organizações não

governamentais, que cada vez mais vêm fazendo um papel social dentro do país na tentativa

de sanar suas falhas sociais.

Oliveira (1991) fala da situação de carência existente no país onde a filantropia

cada vez ocupa mais espaço, tentando resolver parte da situação enquanto o Estado neoliberal

se exime de suas responsabilidades públicas.

Roche (2000) avalia o impacto do desenvolvimento em determinadas regiões,

abordando a participação de ONGs em projetos, planejamentos, avaliações de ações coletivas

entre outras relacionadas com o caso em estudo.

Pierro (2001) faz análise crítica dos projetos existentes no Brasil relacionados

com educação de jovens e adultos desde os anos 50.

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HISTÓRIA DO PROJETO ALFABETIZAÇÃO DIGITAL DESDE O PROGRAMA

ALFABETIZAÇÃO SOLIDÁRIA

2.1 – Conceitos Teóricos

De acordo com o levantamento de Fernandes (1997), que estudou a origem das

ONGs, nos Estados Unidos costuma-se falar em Organizações sem fins lucrativos,

associando-as a organizações voluntárias, já que são resultantes de uma ação não-

governamental e sua criação deriva de um puro ato de vontade de seus fundadores,

sobrevivendo em grande medida, graças ao conjunto complexo de adesões e contribuições

igualmente voluntárias.

A lei inglesa usa a expressão Caridade, lembrando a época medieval, que

enfatiza o aspecto de doação (de si para o outro).

Na literatura anglo-saxã, aparece a expressão Filantropia – contraponto

moderno e humanista à caridade religiosa. Na renascença, Mecenato é outra palavra correlata

ao prestígio derivado do apoio generoso às artes e ciências.

Da Europa vem o predomínio da expressão “Organizações Não-

Governamentais” (ONGs), cuja representação está na nomenclatura das Nações Unidas e,

embora não representassem governos, pareciam significar uma presença formal na ONU

(Fernandes, 1997).

Nas décadas de 1960 e 1970, cresceram na Europa Ocidental ONGs destinadas

a promover projetos de desenvolvimento no Terceiro Mundo, que foram formulando e

buscando projetos em âmbito não governamental. As ONGs européias procuravam parceiros

mundo afora e acabaram fomentando o surgimentos de ONGs nos continentes do Hemisfério

Sul.

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No Brasil, o termo ONG está mais associado a um tipo particular de

organização, surgida aqui a partir de 1970, no âmbito do sistema internacional de cooperação

para o desenvolvimento, em um período autoritário. Seu horizonte foi internacionalizado

numa época de exacerbação dos embates ideológicos globais que resultaram na ênfase de uma

dimensão política das ações, aproximando-as do discurso das agendas da esquerda

(Fernandes, 1997).

Na América Latina, e também no Brasil, se distingue o termo Sociedade Civil

de suas organizações. É um conceito do século XVIII, que desempenhou um papel importante

na filosofia política moderna, sobretudo entre autores da Europa Continental. Designa um

plano intermediário de relações entre a natureza Pré-Social e o Estado, onde se completaria a

Socialização pela obediência à lei universalmente reconhecida. O conceito foi recuperado na

América latina no período recente das lutas contra o autoritarismo (Fernandes, 1997).

O Marxismo contribuiu para que se reconsiderasse a questão da autonomia da

sociedade civil, com suas instituições, ante o Estado, ocorrendo, que o uso recente do termo

trouxe importante transformação no escopo do conceito original, hoje conhecido como

Organizações da Sociedade Civil (OSCs), que, com o conjunto de suas características,

destingue-se não apenas do Estado como do mercado (Fernandes, 1997).

A idéia de sociedade civil serve para destacar um espaço próprio, não-

governamental, de participação nas causas coletivas. Nela e por ela, indivíduos e instituições

particulares exerceriam a sua cidadania de forma direta e autônoma.

Resumindo, o Terceiro Setor é composto de organizações sem fins lucrativos,

criados e mantidos pela ênfase na participação voluntária, em âmbito não-governamental,

dando continuidade às práticas tradicionais da Caridade, da Filantropia e do Mecenato e

expandindo o seu sentido para outros domínios, graças, sobretudo, à incorporação do conceito

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de cidadania e de suas múltiplas manifestações na Sociedade Civil (Fernandes, 1995 e 1996

a).

Segundo Arantes (2000, p. 5), hoje existe uma “esquizofrenia” programada das

empresas em participarem de processos ligados à Cidadania, em direitos da Cidadania. Há um

grande envolvimento das empresas parceiras que, através dos desafios e em prol da cidadania,

correm umas para os braços das outras, sem falar no foguetório de clichês das campanhas

cívicas de “marketing social” - como as empresas costumam designar essa nova frente de

negócios. Fica clara a carga simbólica que imprime uma “aura positiva” às ações voluntárias

sem fins lucrativos e que não decorrem apenas da sua inegável funcionalidade na legitimação

das políticas sociais compensatórias recomendadas pelos próprios patrocinadores da

devastação econômica em andamento.

Isso tem levado muitas universidades a tornarem-se parceiras apenas pelo chamado

”Marketing Social”, na intenção de mostrar para a sociedade que elas são organizações que

contribuem com o crescimento do país e cooperam com aqueles que estão empenhados em

acabar com a discriminação social. No entanto, na maioria das vezes, essas instituições de

ensino mantêm apenas um professor que assume uma coordenação de um projeto do tipo do

Alfabetização Digital. Para a diretoria da ONG, esse professor tem uma situação regularizada

em termos trabalhistas, como pede o MEC, mas na verdade, ele é um “professor horista” ou,

simplesmente, um “professor convidado da casa”. Ele faz o melhor que pode, preocupa-se

com todos, procura ser o melhor possível, para fazer com que não aumentem os custos da

ONG, do Município e da Universidade. No entanto, não tem qualquer apoio da mesma e, na

maioria das vezes, precisa bancar os custos de suas viagens com seus próprios recursos, já que

a universidade se omite, alegando que sua participação é sem nenhum ônus.

Ficamos sempre presos a essa forma de pensar dicotômica, que acaba

mascarando o “bem-estar social” ou “projetos sociais” que utilizam poder, dinheiro e cultura,

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associados ao Terceiro Setor, portador de uma promessa harmônica através da integração

desejável entre o Estado, o Mercado e a Sociedade Civil.(ARANTES, 2000)

Oliveira (2000) observa que algumas tendências dos conflitos sociais disputam

a semântica na “questão social”, ligada à escala mundial, tratando-se de um discurso

neoliberal de desqualificação do trabalho, tanto como conceito central da racionalidade

burguesa, quanto como modelo concreto de sua existência. Na prática, a ação concreta dos

grupos dominantes trata de desorganizar e destruir os “recursos de métodos” políticos

construídos por significativas parcelas dos trabalhadores, nos quais amplos setores, de fato,

intervêm nos negócios do Estado e delimitam o espaço de autonomia de capital. No trabalho”,

pretende-se a autonomia dos trabalhadores, ao mesmo tempo em que se desqualifica essa

autonomia, para voltar a centrar o processo na autonomia do mercado. Esse processo é ainda

mais contraditório por ter como um de seus resultados palpáveis a desqualificação

ocupacional e profissional de trabalhadores, levando à redução de salários.

No Brasil, as mudanças no governo com a transição de Collor para Fernando

Henrique, podem ser analisadas e entendidas como o que vem sendo chamado pela mídia,

com o aval de certa sociologia e certa ciência política, de refluxo do movimento de

trabalhadores. Trata-se de movimentos de parte das empresas e empresários na luta pelo

novo significado do trabalho e das relações de trabalho, atuando, portanto, na luta pelos novos

significados da pobreza. Esta tendência foi batizada pela literatura de “toyotista”, no sentido

de cooptar os trabalhadores para uma nova subjetividade de pertencimento à empresa e não

mais às suas instituições de classe. Essa tendência, que alguma sociologia pensa nascer da

reestruturação produtiva, é muito mais uma arma de combate ideológico que um dado da

produção. Após essa estratégia do governo, surgiu, por exemplo, a lei de distribuição do lucro

entre empregados, regulada de forma a substituir o sindicato pela empresa na negociação de

fixação dos critérios de repartição da parcela do lucro destinada aos trabalhadores. Algumas

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questões sociais como a educação, estão sendo privatizadas. A Finep, por exemplo, financia,

com recursos do FAT, investimentos a fundos perdidos, em que as empresas assumem a

formação escolar completa de seus trabalhadores, aparecendo aí a Educação Formal, como

uma doação e um cuidado da empresa, de forma a voltar o patrimonialismo clássico ou a

filantropização do trabalho. Nascem, assim, as primeiras ONGs, com um grupo de

empresários que iniciou seus trabalhos na Faculdade de Serviços Sociais de PUC de São

Paulo, conhecida como Fundação Abrinq, do ramo de brinquedos, e o Instituto Ethos, que

congrega várias e classificadas empresas, como Associação Viva o Centro, ligada ao

BankBoston, e várias fundações empresariais que empreendem uma vasta discussão e ações

que tentam privatizar e filantropizar o que antes era objeto de políticas sociais públicas. Trata-

se de despertar a consciência ética do empresariado brasileiro, adotando as formas das ONGs

e inserindo-se assim no chamado Terceiro Setor. A política das ONGs, empenhadas pelas

lutas contra a pobreza, é, sobretudo, fazer política, publicizar os conflitos, armar os

interlocutores sociais de argumentos, de diagnósticos das carências, de denúncias das graves

lacunas e de estudar, com o maior rigor técnico possível, para inscrever-se no próprio terreno

da racionalidade instrumental do governo, do empresariado e da mídia, no terreno da

competência, as proposições que, movidas por uma racionalidade de valores, sejam capazes

de disputar os significados da política. Esta é e ainda será por muito tempo a área por

excelência das ONGs, que foram criadas como parte do amplo processo de formação da

chamada esfera pública no Brasil (OLIVEIRA, 2000).

2.2 – Introdução - O início do Programa Alfabetização Solidária

Segundo os objetivos do projeto, o programa do Projeto Alfabetização

Solidária “foi criado pelo Conselho do Programa Comunidade Solidária em janeiro de 1997,

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com o objetivo de reduzir os índices de analfabetismo entre jovens e adultos no País,

principalmente na faixa etária de 12 a 18 anos, e desencadear a oferta pública de Educação de

Jovens e Adultos” em regiões carentes.

Em novembro de 1998, foi criada a Associação de Apoio ao Programa

Alfabetização Solidária, uma organização não-governamental sem fins lucrativos e de

utilidade pública, com estatuto próprio, que passou a ser responsável pela execução do

Programa.

Segundo dados do censo de 1991, do Instituto Brasileiro de Geografia e

Estatística (IBGE), há cerca de 15 milhões de brasileiros que não sabem ler e escrever.

Todo o trabalho é realizado com base em parcerias, mantidas com o Ministério

da Educação (MEC), empresas, instituições, governos estaduais, instituições de ensino

superior e pessoas físicas. Até dezembro de 2001, 2,4 milhões de jovens e adultos foram

atendidos pelo Programa, segundo as afirmações do Projeto Alfabetização Solidária

encontradas nas respostas ao projeto na Internet.

Hoje, o projeto Alfabetização Solidária atua em duas grandes frentes. Está

presente em 2.010 municípios com os mais altos índices de analfabetismo do país.

Ele também atua nos grandes centros urbanos de São Paulo, Rio de Janeiro,

Distrito Federal, Fortaleza e Goiânia, onde o índice de analfabetismo não é elevado, mas a

concentração de pessoas não alfabetizadas é alta. Criado em julho de 1999, o Projeto Grande

Centros Urbanos já atendeu 138.718 alunos até dezembro de 2001.

O custo mensal de R$ 34,00 por aluno, nos municípios, é dividido entre as

empresas, instituições, organizações, governos estaduais parceiros e o MEC. Nos centros

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urbanos, o mesmo valor é dividido entre o MEC e pessoas físicas, que participam da

campanha "Adote um Aluno".

As IES parceiras executam as atividades de alfabetização desenvolvidas pelo

Programa, desde a seleção e capacitação dos alfabetizadores até o acompanhamento e a

avaliação dos cursos.

2.3 – Histórico e Estrutura do Programa Alfabetização Solidária

Os dados referentes a esse capítulo foram retirados da página na Internet do

Programa Alfabetização Solidária e se refere aos Projetos: Alfabetização Solidária e

Alfabetização Digital.

O Programa Alfabetização Solidária tem como precursor o projeto

Comunidade Solidária, que veio, segundo seus idealizadores, para romper com a tradição do

assistencialismo, promovendo uma nova relação entre Estado e Sociedade, combatendo a

exclusão social, visando, como prioridade, a acabar com a pobreza mediante três situações:

I – Agenda Básica (coordenação da implantação de um conjunto de

programas), com capacidade de impactar favoravelmente nas condições

de vida dos mais pobres de todo o país;

II – Os bolsões de pobreza - promoção de uma ação concentrada nos

municípios mais carentes de cada estado, alvos da ação prioritária da

Comunidade Solidária;

III - Construção de parcerias - visando a potencializar os resultados e

aportar recursos adicionais ao esforço nacional de enfrentamento da

miséria envolvendo os diferentes níveis de governo e a sociedade.

21

O Projeto Comunidade Solidária veio para buscar uma atuação estatal

eficiente e eficaz a partir da descentralização e integração das ações em nível local e

melhoria da gestão das ações governamentais para atingir seus objetivos.

Sua estratégia foi implementada descentralizadamente e, partindo de uma

ampla parceria que envolveu os governos federal, estadual e municipal, bem como a

sociedade, buscou desvencilhar-se de práticas políticas ultrapassadas como estatismo,

corporativismo, fisiologismo e clientelismo, alterando práticas utilizadas, no passado,

como moeda de troca e de promoção política, visando à superação do paralelismo, da

superposição e da fragmentação das políticas sociais.

O Comunidade Solidária, com essa nova forma de atuação institucional, à

qual se adequou a proposta em processo permanente de construção, foi decisivamente à

frente de seu tempo e apresentou resultados efetivos que foram magnificados nos médios e

longos prazos, com resultados concretos da atuação governamental.

Sua Agenda Básica foi composta de 16 programas federais, executados por

cinco ministérios: Agricultura, Educação, Planejamento, Saúde e Trabalho, e articulados

em seis áreas com os seguintes objetivos:

• Redução da mortalidade na infância;

• Suplementação alimentar;

• Apoio ao ensino fundamental e pré-escola;

• Apoio à agricultura familiar;

• Saneamento e habitação;

• Geração de ocupação e renda e qualificação profissional.

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2.3.1 - Construção da Rede de Parceiros

Destaca-se, no Projeto Comunidade Solidária, a construção de redes de

parcerias que revelaram uma nova forma de conceber e trabalhar a questão social

nacional, sendo redes constituídas sem hierarquia, por adesão dos parceiros e que

funcionam baseadas no engajamento de seus integrantes: a rede de interlocutores

governamentais (para implementar os programas da Agenda Básica), as redes das ações

promovidas pelo Conselho (Alfabetização Solidária, Universidade Solidária, Capacitação

de Jovens e Programa Voluntários) e a rede de parceiros que participam do processo de

Interlocução Política.

A Comunidade Solidária baseia-se em poucos mecanismos formais

consolidando rapidamente seus interlocutores ministeriais, estaduais e municipais que,

num trabalho quase subterrâneo e invisível, promovem a articulação entre os diferentes

níveis de governo para melhorar a gestão dos programas da Agenda Básica e focalizar as

ações visando a ampliar seu impacto.

2.3.2 - A Rede Comunidade Solidária

A Rede Comunidade Solidária constitui-se de seis elementos, elucidados a

seguir.

1. Conselho Consultivo da Comunidade Solidária, que, segundo o governo federal,

materializa uma parceria entre governo e sociedade, no âmbito do Governo Federal.

Composto por 11 Ministros de Estado, a Secretaria-Executiva da Comunidade Solidária e 21

personalidades da sociedade civil, tem, como atribuições:

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• Mobilização da sociedade.

• Implementação de experiências inovadoras.

• Seleção de prioridades na área social.

2. Secretaria-Executiva da Comunidade Solidária, vinculada à Casa Civil da Presidência da

República e que representa um espaço de coordenação e articulação, envolvendo:

• Os Ministérios Setoriais;

• Os Estados e Municípios; e

• A Sociedade Civil.

Para o desenvolvimento de seus trabalhos, conta com o apoio técnico do IPEA e

do Ministério do Planejamento e Orçamento.

3. Interlocutores Ministeriais da Comunidade Solidária, que, juntamente com a Secretaria-

Executiva e os governos estaduais, definem as diretrizes e estratégias operacionais, ouvidos os

Conselhos e Comissões setoriais; respondem pela implementação dos programas e articulam-

se com os estados e municípios.

4. Interlocutores Estaduais da Comunidade Solidária, que são atores fundamentais no

processo. São autoridades dos próprios Estados, designados pelos Governadores para

cumprirem o papel de articuladores, evitando-se a criação de mais uma instância burocrática.

Sua principal função é aglutinar os demais secretários estaduais e governos municipais no

desenvolvimento da Comunidade Solidária.

5. Interlocutores Municipais da Comunidade Solidária. Os governos locais são responsáveis

pela implantação das ações. É no município que se materializa a convergência e a integração

das ações.

6. Instituições da Sociedade e Organismos Internacionais que desejam celebrar parcerias

com o governo, engajando-se, dessa forma, no esforço nacional de combate à pobreza.

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Foram diversos os instrumentos que possibilitaram e estimularam o

funcionamento dessa rede. A seguir, são apresentados alguns desses mecanismos.

I – a utilização de critérios técnicos e transparentes para seleção dos

municípios-alvo da atenção especial da Comunidade Solidária;

II – a implementação de instrumentos legais, destacando-se:

• As Leis de Diretrizes Orçamentárias que vêm isentando, desde

1996, de contrapartidas financeiras, os municípios prioritários da

Comunidade Solidária;

• A Medida Provisória nº 1.542-22, que suspendeu, para todos os

municípios do país, as inadimplências de estados e municípios;

III – a promoção de reuniões de Interlocutores da Comunidade

Solidária – ministeriais e estaduais – que objetivaram debater, conjuntamente, o

andamento do Programa. No triênio 95/97, foram realizados seis encontros nacionais.

Esse mesmo mecanismo se reproduz em nível estadual, onde o Interlocutor de cada

Unidade da Federação reúne, periodicamente, os representantes das prefeituras

municipais selecionadas como prioritárias pela Comunidade Solidária;

IV – a participação dos Interlocutores Estaduais nos conselhos e nas

comissões estaduais dos programas sociais (PRONAF, Desenvolvimento Urbano,

Emprego etc.), o que possibilitou articular a prioridade e a convergência dos

programas nas áreas espacialmente definidas como prioritárias;

V – a implementação de um sistema de informação sobre o

desempenho dos programas da Agenda Básica que é utilizado pelos Interlocutores, nos

diversos níveis do governo, como instrumento de acompanhamento e monitoramento

das ações da Comunidade Solidária;

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VI – a celebração de um diálogo permanente com organizações da

sociedade civil, tanto por parte do Conselho como da Secretaria-Executiva da

Comunidade Solidária.

2.3.3 – Recursos Aplicados

A aplicação de recursos na implantação dos programas da Agenda Básica,

mediante transferências a fundo perdido, pelos ministérios e órgãos federais, aos governos

estaduais e municipais, cresceu significativamente, passando de R$ 980,0 milhões em

1995 para R$ 2,5 bilhões em 1997. A previsão para 1998 era de R$ 2,9 bilhões.

Gráfico 1 – Recursos da Agenda Básica

A distribuição regional dos recursos totais do Projeto Comunidade

Solidária no triênio 1995/1997 (R$ 4,8 bilhões) privilegiou as regiões mais pobres do país.

Assim, a Região Nordeste recebeu 39,1% e 12,2% foram gastos no Norte. Essas duas

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regiões absorveram 51,3% dos recursos. Os restantes 48,7% foram assim distribuídos:

27,1% para o Sudeste; 12,0% para o Sul e 9,6% para o Centro-Oeste.

Gráfico 2 – Distribuição por Região dos Recursos da Agenda Básica

De acordo com os gráficos 1 e 2 retirados das fontes originais, podemos

observar que no gráfico 1, à proporção que os anos foram passando, os investimentos foram

também crescendo, já que o número de empresas que se agregavam como parceiras ao projeto

também aumenta e, com isso, ampliando o atendimento a mais municípios e regiões carentes,

como é o caso da região Nordeste que, no gráfico 2, é a de maior percentual de atendimento.

Apesar da grande preocupação das ONGs em tentar cobrir uma parte de projetos de ação

social que, aparentemente, representada num gráfico, está com um bom percentual, na

verdade ainda não chega a um nível satisfatório, pois o problema não é só de tentar matar a

fome, tentar fazer com que as pessoas aprendam a ler precariamente, ou que possam conhecer

um computador. É necessária uma continuidade em tudo que se iniciou, sem falar que essas

pessoas precisam de moradia, trabalho, educação contínua, saúde, saneamento básico e vida

com dignidade.

27

2.4 - Histórico e pressupostos político-pedagógicos do Projeto Alfabetização Digital.

Ao iniciar o processo de alfabetização em um município, o Projeto

Alfabetização Solidária fomenta mais do que a municipalização de cursos de Educação de

Jovens e Adultos. Ele desperta na comunidade outras necessidades, como qualificação da

mão-de-obra e acesso às novas tecnologias. Foi com esse intuito que o Programa em parceria

com a COOTESOL - Cooperativa Nacional dos Trabalhadores em Empreendimentos

Educacionais e Comunitários, criada a partir das ações desenvolvidas pelo Alfabetização

Solidária, elaborou um projeto de Alfabetização Digital, com o objetivo de conter a chamada

"exclusão digital".

O Projeto Alfabetização Solidária Digital foi criado para suprir a necessidade e

levar o conhecimento da tecnologia às áreas de difícil acesso do nosso país, numa era da

comunicação instantânea e de conhecimento globalizado via Internet. Um dos grandes

problemas enfrentados no Brasil, com suas dimensões, é criar condições para a socialização

do conhecimento da Informática na maioria dos municípios, principalmente os situados nas

regiões Norte e Nordeste.

O Projeto Alfabetização Digital tem início como um projeto piloto implantado

em 20 municípios da região Nordeste, que consiste em montar e equipar, juntamente com as

universidades, empresas e prefeituras parceiras, salas com computadores e redes de acesso à

Internet, em municípios que enviaram suas propostas e foram escolhidos seguindo alguns

critérios. O acompanhamento e a supervisão, nessas localidades, serão feitos por

universidades regionais, o que garante uma maior proximidade do suporte técnico.

28

Aproveitando a parceria com a prefeitura municipal, que já disponibiliza o

espaço físico para a implantação das salas do Programa, foi criada uma nova sala, com cinco

microcomputadores.

Essas salas de aula são locais onde os alunos interessados receberão o

treinamento necessário para permitir que se tornem usuários do microcomputador e da

Internet, com a ajuda de instrutores de Informática. As pessoas que receberem o treinamento

em Informática do Projeto Alfabetização Digital deverão, após concluírem o curso, estar

preparadas para reproduzir as informações adquiridas, tornando-se, assim, agentes

multiplicadores do conhecimento de Informática no âmbito do município.

Serão beneficiados com os cursos de Introdução à Informática, alunos egressos

do Projeto Alfabetização Solidária e a população em geral, como comerciantes e prestadores

de serviços. A intenção é transformar as salas de informática em centros comunitários,

aplicando e aprimorando conceitos como cooperativismo e consolidando as mudanças

trazidas com o projeto Alfabetização Solidária. Já foram doados 287 microcomputadores pelo

Banco Central.

Os Critérios para a escolha dos municípios, segundo as Normas da

Coordenação Geral do Projeto Alfabetização Digital, foram:

1. Possuírem prefeitos comprometidos com a educação, terem salas de educação de jovens e

adultos em funcionamento e que demonstrem interesse e compromisso com o

desenvolvimento do Projeto e suas respectivas ações;

2. As localidades que receberão o Projeto Piloto devem contar com a estrutura necessária para

que sua implantação ocorra com o mínimo de dispêndio de tempo e recursos. Sendo assim, o

município que for escolhido para abrigar uma sala de aula do Projeto Piloto deve dispor de:

29

sala com, no mínimo, 30m2 para acomodar os móveis e equipamentos necessários; rede

elétrica adequada à instalação dos equipamentos; linha telefônica ou ramal dedicado.

3. Os municípios escolhidos devem ser atendidos por IES que tenham cursos na área de

Informática e que possam capacitar o agente local em Informática Básica, pois este repassará

os conhecimentos adquiridos no curso para os usuários da sala.

O Projeto Alfabetização Digital, de acordo com as Normas da Coordenação

Geral, seguiu os seguintes passos:

1. As IES apresentaram projetos para seus municípios, enviando-os para a Diretoria de

Articulação Institucional (DIAI) do Programa Alfabetização Solidária;

2. Foram selecionados os projetos de IES que apresentaram viabilidade de execução;

3. Foram escolhidos municípios em que as prefeituras demonstram bom comprometimento na

parceria estabelecida, obedecendo aos critérios técnicos, funcionais e de aproveitamento

estabelecidos pelo Programa Alfabetização Solidária e que tenham como coordenadores,

cooperados da Cootesol;

4. O município deverá preparar a sala para a recepção dos microcomputadores, cedendo o

espaço para o Projeto. O local não deverá ser colocado como de propriedade da prefeitura e

sim da comunidade;

5. Será escolhido um agente local, que poderá ou não ser o coordenador municipal do

Programa Alfabetização Solidária, dependendo de sua disponibilidade de tempo e

qualificação para a organização, administração e operação das salas;

30

6. A IES parceira do Projeto Alfabetização Solidária no município será a mesma que

acompanhará o trabalho do Projeto Alfabetização Digital. Esta deverá possuir um

Departamento de Informática, que facilitará a capacitação do agente local, preferencialmente

realizada no próprio município, possibilitando a ele conhecimentos suficientes para

administrar a sala. O modelo pedagógico será elaborado pela IES parceira, que se

responsabilizará pela determinação dos softwares e aplicativos que serão disponibilizados nas

salas de aula informatizadas;

7. O acompanhamento do trabalho, a elaboração do cronograma de cursos, horários livres e

participação da comunidade são funções do agente local e do coordenador da IES parceira. O

agente local realizará o acompanhamento contínuo das atividades desenvolvidas na sala de

aula. O coordenador do Projeto na IES visitará periodicamente o município para acompanhar

as ações desenvolvidas na sala, bem como direcionar as atividades de treinamento.

O Projeto Alfabetização Digital é baseado em parcerias de acordo com suas

normas, de forma que seus principais parceiros são:

• Programa Alfabetização Solidária: articulação dos parceiros e supervisão de

resultados e metas do Projeto.

• Instituições de Ensino Superior: responsáveis pela capacitação dos agentes

municipais, implantação das salas, avaliação do projeto e manutenção do fluxo de

informações.

• Empresas: serão as doadoras dos microcomputadores e impressoras.

• Prefeituras: serão responsáveis pela infra-estrutura física da sala, rede elétrica e linha

telefônica e também do pagamento de suas respectivas contas. Indicará ainda o agente

local, sendo responsável por todos os seus encargos.

31

• COOTESOL: Implementará a estrutura associativa da sala informatizada, o

acompanhamento gerencial de resultados e a supervisão nos municípios.

2.5 - Histórico da Implantação do Projeto Alfabetização Digital no Município de

Irauçuba – Ce.

De acordo com os sorteios realizados entre as universidades parceiras do

Estado do Rio de Janeiro, foi feita uma seleção entre vinte universidades das quais foram

escolhidas cinco, e apenas três delas vieram a fazer parte das IES como participantes do

Projeto Alfabetização Digital, devido ao resultado obtido no projeto Alfabetização Solidária.

Cada uma delas iria representar um município de destaque no programa, para a implantação

do projeto. Para isso foi realizada uma reunião prévia no dia 29 de outubro de 2001, em São

Paulo, na Universidade Anhembi Morumbi, com todos os representantes das IES, para a

apresentação de seus projetos e início ao Projeto Alfabetização Solidária Digital, com prazo

de um ano para implantação e com quatro anos de avaliação. O Instituto da Universidade

Virtual Brasileira (IUVB) desenvolveu o Ambiente Virtual de Aprendizagem do Programa,

ferramenta digital que será compartilhada por todas as IES formando uma comunidade virtual

de aprendizagem.

As IES teriam como condição para participarem do Projeto

Alfabetização Digital, mandar seus respectivos coordenadores e professores de Informática

para os municípios de destaque no Projeto Alfabetização Solidária, onde deveriam capacitar

pessoas selecionadas da comunidade para serem agentes locais que, após receberem um

treinamento devido, passariam a ser os multiplicadores dentro daquele município selecionado.

32

A princípio seria o município de Itapagé – CE, com 20.000 habitantes,

localizado na região central do Ceará, com 1.300 alunos formados pelo Programa de

Alfabetização Solidária e apoio total da Prefeitura. Esse município já contava, inclusive, com

um programa de implantação de Informática nos órgãos municipais, uma infra-estrutura

telefônica, bem como salas de aula disponíveis.

Após a visita precursora ao município de Itapajé, foi constado que ele já

possuía duas salas de laboratório montadas com dez computadores cada uma e toda infra-

estrutura, com aulas de Informática no Centro Comunitário, que atendia a toda a comunidade

local. Como o objetivo principal do projeto era levar o conhecimento aos municípios mais

carentes, era muito contraditório levar mais cinco máquinas para um município que já possuía

vinte. Logo, a autora seguiu viagem para o município de Irauçuba, juntamente com a

coordenadora do Projeto Alfabetização Solidária, responsável pela região Nordeste e, juntas,

constataram e observaram que este município não possuía nenhum local oferecendo cursos de

Informática para a comunidade.

O município de Irauçuba – CE possui 19.650 habitantes e fica localizado na

região central do Ceará. Possui 1.451 Km² e 1.278 alunos formados pelo Programa de

Alfabetização Solidária. Também recebe apoio da Prefeitura e dos seus dirigentes municipais.

Conta com uma infra-estrutura telefônica, bem como salas de aula que poderiam receber

perfeitamente o projeto Alfabetização Digital.

Foi feito um relatório de cada uma das coordenadoras para a Coordenação

Geral do Projeto, expondo as razões pela troca dos municípios e anexando o termo de

comprometimento da Prefeitura, juntamente com o da Secretaria de Educação local de

preparar a sala para receber as cinco máquinas doadas pelo Banco Central para dar início ao

programa.

33

O município de Irauçuba teve sua inclusão no projeto, recebendo, em março de

2002, as cinco máquinas doadas. Quando, em final de abril/início de maio, a autora foi ao

local para ligar as máquinas e iniciar o treinamento do agente local, deparou com algumas

dificuldades.

1. A sala reservada para o projeto ainda não havia sido preparada pela

prefeitura;

2. das máquinas recebidas, nenhuma pôde ser ligada, por se tratar de

equipamentos já ultrapassados e que viajaram muitos quilômetros de estrada até o município

onde tiveram seus componentes deslocados e por não haver, no município, um técnico em

Informática para fazer uma avaliação e a troca de peças com problemas;

3. o Secretário de Educação não havia selecionado nem indicado ninguém para ser

treinado pela coordenadora.

Devido a esses fatos, a coordenadora voltou para o Rio de Janeiro, na condição

de mandar um técnico de sua confiança para colocar os equipamentos em condição de uso e,

nesse meio tempo, a prefeitura acabar de preparar a sala.

Em agosto de 2002, finalmente foi ministrado o treinamento dos agentes pela

coordenadora. Em 23 de maio e 5 de junho de 2003, o município concluiu suas quatro

primeiras turmas de Informática Básica, que iniciou com quarenta alunos, entre ex-alunos do

Projeto Alfabetização Solidária e pessoas da comunidade. Dessas, 35 (trina e cinco)

responderam a um questionário para levantamento de suas perspectivas quanto ao projeto, a

que permitiu-nos levantar uma pequena estatística da primeira fase do projeto, que acabou

saindo da IES para ser acompanhado por uma IES de Fortaleza – CE ou se manter sozinho,

apenas com o município.

34

AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DO RESULTADO DA IMPLANTAÇÃO DO

PROJETO NO MUNICÍPIO DE IRAUÇUBA - CE

O Projeto Alfabetização Digital não teve sua implantação nos mesmos moldes

do Projeto Alfabetização Solidária, por isso sofre uma série de críticas devida às

conseqüências dos seus resultados, que não são os mais esperados por aqueles que analisam as

situações alcançadas, em comparação com projetos já extintos. Do mesmo modo, o Projeto

Alfabetização Solidária não pode ser comparado a qualquer projeto, nem mesmo ao

Alfabetização Digital, que dele se originou, a partir dos coordenadores das mesmas

universidades parceiras, porém provenientes da área de Informática. Dessa forma, o Projeto

Alfabetização Digital recebeu a proposta pedagógica da própria universidade, que, no entanto,

não possuía o material didático indicado pela coordenação geral do projeto, ficando a mesma

a cargo de cada universidade, ou, seja, do coordenador de cada município, o que implica

dificuldades de operacionalização e de avaliação padronizada.

Para a implantação do projeto, o ambiente deve obedecer a determinados

padrões. A sala deve ter 30 m², ar condicionado, mesas e cadeiras apropriadas para receberem

os equipamentos. Os coordenadores terão as seguintes funções: escolher o agente local através

de uma seleção; ministrar o treinamento desses agentes; avaliar os alunos; confeccionar o

material didático ou indicar de uma bibliografia específica para esse tipo de treinamento.

Logo de início, posso afirmar que o Projeto Alfabetização Digital ficou

prejudicado por ser um projeto que vem trabalhar com máquinas doadas e, por esse motivo,

não padronizadas nos moldes que os coordenadores estavam esperando para poder realizar

seus projetos e planos de cursos. Devido a essa deficiência, alguns municípios receberam

máquinas mais modernas ou de configurações diferentes, obrigando o coordenador(a) a alterar

seus planos .Isso não tinha ficado muito claro para nós, coordenadores, na reunião nacional

35

inicial do projeto no dia 29 de setembro de 2001. Quando se trata de uma situação que requer

equipamentos doados, a qualidade do projeto pode ficar prejudicada por ser difícil cobrar, dos

doadores, a padronização de um dos principais itens de sua realização. Além disso, os

equipamentos são poucos – cinco para o início deste projeto.

Para que um projeto se realize de forma ideal, deve haver uma harmonia entre

qualidade e quantidade. A avaliação do Projeto só será possível depois de se formar a

primeira turma, o que demora mais de seis meses. Além disso, existe, dentro do Projeto

Alfabetização Digital, uma Trilogia, comparada à de Juran (1992), que é formada pela ONG

(incluindo as empresas parceiras e as que iniciaram o projeto, juntamente com o Governo

Federal, representado pelo MEC), pelas Universidades parceiras e pelas Prefeituras parceiras.

Quando existe um desequilíbrio em uma dessas pontas, existe uma falha muito grande na

continuidade do projeto ou até mesmo na própria implantação.

A análise realizada por Machado (1999) dos dados do Projeto Alfabetização

Solidária revela que a maioria dos coordenadores omite informações das prefeituras, pois as

mesmas têm grandes responsabilidades na realização e na qualidade desses projetos. Na

maioria das vezes, nós, coordenadores, dependemos dos Secretários de Educação, dos

Prefeitos e até mesmo das universidades que representamos. Se não houver

comprometimento, todo o nosso trabalho pode ser prejudicado. É por esta razão que, muitas

vezes, projetos de âmbito nacional e de ações sociais ficam comprometidos devido ao

descompasso nas ações dessa Trilogia (ONG, IES e Municípios parceiros), que, na hora H,

falta com o seu compromisso.

Para que haja um suporte adequado, e a qualidade do projeto possa ser avaliada

e seus objetivos atingidos, é de suma importância que essa trilogia seja afinada e consiga

realizar suas metas em tempos certos.

36

Os coordenadores acabam fazendo um trabalho quase voluntário porque

aqueles que conseguiram informatizar seus municípios enfrentaram várias situações

inusitadas. A distância, as condições locais e a falta de recursos não só dos coordenadores

como do próprio município dificultam as soluções.

Como descrevi anteriormente, o nosso plano é formado pelos pontos de uma

trilogia. Sem o apoio de um dos pontos, não conseguimos obter uma visão geral de nosso

trabalho, ou seja, o nosso ângulo de visão fica unilateral ou bidimensional e não

tridimensional, como era para ser se a trilogia funcionasse em plena harmonia.

37

RESULTADOS OBTIDOS E ANÁLISE DAS ENTREVISTAS

4.1 - Resultados Obtidos dos Questionários do Município de Irauçuba – CE

O levantamento realizado no município de Irauçuba foi feito através de um

questionário com as seguintes perguntas:

Perguntas para serem realizadas com as pessoas do Projeto Alfabetização Digital:

Nome:

Idade:

Profissão:

Cargo que ocupa:

Grau de escolaridade:

1 –Por que razões você se matriculou no Curso?

2 – Depois que fizer o curso quais são os seus planos?

3 – O que trouxe para você os conhecimentos que aprendeu de Informática?

4 –E o que acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática?

5 – Você tem interesse de vir a ser um multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por

quê?

Levantamento Realizado no Município de Irauçuba – CE

1 –Número de computadores existentes no município em tais locais:

a - Na Prefeitura;

b -na Secretaria de Educação;

c - no Comércio;

d - na Comunidade.

38

Resposta obtida:

A quantidade de computadores existente no município é de:

Na Prefeitura: 3.

Na Câmara Municipal: 1.

Na Secretaria de Educação: 1.

Na Secretaria de Saúde: 3

Na Secretaria de Ação Social: 1.

No Sindicato dos Trabalhadores Rurais: 1.

Em escolas Municipais: 6.

Em escolas Estaduais: 14.

No Comércio: 19.

Na Comunidade: 10.

Total de computadores no município: 59

2 –Perfil das Pessoas (sexo, idade, profissão, escolaridade, proprietários ou não dos

computadores) que estão trabalhando com o(s) computador(es);

Não responderam suficientemente. Apenas quanto à idade, sexo e escolaridade.

Podemos dizer, pelas fichas respondidas, que do total de 35 (trinta e cinco)

alunos, 23 (vinte e três) são do sexo masculino, correspondendo a 66%, e 12 (doze) do sexo

feminino, correspondendo a 34% dos que responderam a nosso questionamento. A maior

concentração, portanto é do sexo masculino.

3 - Programas mais utilizados;

Os programas mais utilizados são Word e Excel

39

4 – Perspectivas dessas pessoas que trabalham com o(s) computador(es) em relação à

Internet.

Há acesso à Internet em apenas 7 computadores no município.

5 – Todos que usam computador(es), tanto na Prefeitura como na comunidade, utilizam

a Internet?

Essa pergunta foi respondida em um todo, ou seja, apenas 7 computadores

possuem Internet no município.

De acordo com o preenchimento das fichas, pude observar que as idades

variaram de 12 a 27 anos, tendo a maior incidência entre os 14 e 15 anos. Dos 35 alunos que

preencheram as fichas, faltaram 5 alunos, o que corresponde a 12,5% de evasão, uma vez que

o curso começou com 40 alunos, conforme gráficos a seguir:

Variação das Idades QUANTIDADE PERCENTUAL

12 a 13 7 20%

14 a 15 15 43%

16 a 17 6 17%

18 a 20 5 14%

23 a 27 2 6%

35 100%

40

Percentual por Idade

20%

43%

17%

14%6%

12 a 13

14 a 15

16 a 17

18 a 20

23 a 27

Gráfico de Variação das Idades

0

10

20

30

40

1 2 3 4 5 6

Variação das

Idades

QUANTIDADE

PERCENTUAL

Quanto às respostas, a maioria pensa em conquistar um trabalho e continuar

seus estudos da Informática, como também ser multiplicador para passar seu conhecimento

para outras pessoas. Poucos não querem ser multiplicadores.

A maioria dos alunos ainda está nas últimas séries do Ensino Fundamental e,

mesmo assim, tem uma certa preocupação com seu futuro.

Os alunos que estão no Ensino Fundamental, como os do Ensino Médio, ainda

têm muita dificuldade em escrever e possuem uma deficiência grande na língua portuguesa,

mostrando a carência de ortografia, gramática e linguagem, oral, o que mostra a má qualidade

do ensino que vêm recebendo.

De acordo com os dados atualizados na pesquisa realizada, podemos concluir

que o número de computadores existentes no município, comparado ao total de habitantes

41

corresponde a, aproximadamente, 333 (trezentos e trinta e três) habitantes por computador, ou

seja, um percentual de 0,3%. O município precisa se desenvolver muito para atingir um

percentual razoável.

O município ainda precisa investir muito em educação porque em apenas um

simples questionamento, podemos observar que os alunos que já estão no Ensino Médio

cometem erros primários no tocante às regras básicas de Português, nos deixando bastante

preocupados sobre como conseguirão enfrentar um mercado de trabalho tão competitivo.

4.2 - Análise das entrevistas com os Beneficiários do Projeto Alfabetização Digital no

Município de Irauçuba – CE.

Em relação à primeira pergunta Por que razões você se matriculou no curso?,

encontramos várias categorias, na quais se destacaram: a importância do uso da Informática

atualmente; a importância do domínio dessa tecnologia para um futuro mais promissor com e

um emprego melhor; a importância da oportunidade que tiveram em poder aprender a usar um

computador; a consciência dessa importância, bem como de seus usos e aplicações.

Mesmo havendo um domínio de faixa etária, tendendo, a maioria dos

entrevistados entre 14 e 16 anos, as razões de matrícula no curso oferecido pelo projeto

Alfabetização Digital foram quase as mesmas. A palavra “aprender” apareceu 19 (dezenove)

vezes, ou seja, 54,28% nas respostas dos 35 (trinta e cinco) alunos, de forma que a maioria

deles tem interesse em aprender com a oportunidade oferecida pelo projeto; as palavras

“trabalho”, “emprego” e “futuro” também são muito freqüentes nas respostas avaliadas,

mostrando que a maioria dos alunos, até mesmo os de idade inferior, como por exemplo, de

12 anos, tem uma grande preocupação com o futuro, com um emprego melhor e a melhoria

suas vidas.

42

Isso nos leva a pensar que, apesar da distância, das dificuldades dos municípios

e das diferenças entre os grandes centros, a preocupação maior é o trabalho, onde trabalhar,

em que trabalhar. Seguida ao trabalho, vem a segunda preocupação da grande maioria, que é

com os estudos, que na verdade está relacionada ao mercado de trabalho.

Em relação à segunda pergunta “Depois que fizer o curso, quais são os seus

planos?”, observamos que, dentre as categorias levantadas, a maioria dos alunos

entrevistados estão preocupados com seus estudos e seu futuro. Muitos revelam que querem

continuar estudando Informática para aumentar seus conhecimentos, e se aprimorarem na área

de forma a serem multiplicadores, instrutores de Informática ou conseguir em qualquer

emprego que trabalhe direto com computadores. Isso demonstra que tiveram interesse pela

área e querem se manter nela.

Uns são bem claros quando dizem que querem continuar estudando e até

mesmo serem professores ou especialistas.

Portanto, nessa questão, podemos dizer que 100% dos alunos gostaram tanto

do que viram, que colocaram, em seus planos de vida, não só o objetivo de se manterem

informados na área, como também de fazer do conhecimento adquirido em Informática seu

futuro profissional.

A Informática mudou, de alguma forma, a vida, a concepção de mundo e as

perspectivas de um trabalho melhor para todos os alunos.

Na terceira pergunta O que trouxe para você os conhecimentos da

Informática?, concluímos, através das respostas dadas e das categorias extraídas das mesmas,

que os alunos formados na primeira turma do Projeto Alfabetização Digital no município de

Irauçuba – CE ficaram maravilhados em poder conhecer o computador e em adquirir o

conhecimento básico de Informática, de forma que grande parte deles quer continuar

43

estudando e passando essas informações, com grandes esperanças em adquirir, no futuro, um

trabalho melhor e mais gratificante.

A maioria revela que aprendeu muito, aumentou seus conhecimentos, conheceu

coisas diferentes como computador, tecnologia, software e hardware; aprendeu a fazer uso de

programas e suas ferramentas e, com o conhecimento adquirido, poderá melhorar suas vidas.

Isso é apenas um começo porque quando esses alunos começarem a praticar e

aprender novas técnicas, programas e utilização do computador, o município irá ganhar, pois

eles irão buscar novos programas e tecnologias e trarão, para o município, um certo

desenvolvimento, que, posteriormente, com o acesso à Internet, será ainda maior devido à

possibilidade de troca de informações e de conhecimentos.

Para a quarta pergunta E o que você acha que vai mudar agora em sua vida

com os princípios da Informática?, foram analisadas as possíveis mudanças na vida desses

trinta e cinco alunos que terminaram o curso de Informática Básica de 120 horas, distribuídas

da seguinte forma: Módulo I – Introdução com 20 horas aula; Módulo II – Windows com 30

horas aula; Módulo III – Word com 40 horas aula e Módulo IV – Excel com 30 horas aula.

Podemos observar, de acordo com as categorias levantadas, que muitos ou praticamente quase

todos, se sentem mais esperançosos quanto a conseguir um emprego porque acham que vai ser

mais fácil pelo fato de já terem aumentado seus conhecimentos ligados a uma área

tecnológica. Vão poder terminar seus estudos com mais confiança e segurança de que amanhã

terão um bom emprego e poderão ajudar outras pessoas ou o desejo de passar para os outros

os conhecimentos adquiridos e a mesma oportunidade que tiveram mostra interesse em poder

colaborar e ajudar o próximo.

Apesar de serem pessoas que se encontram em um lugar extremamente isolado

dos grandes centros e das diferenças de idade entre eles, a grande preocupação é com o

próximo. Demonstram solidariedade, vontade de continuar seus estudos, principalmente em

44

Informática, interesse pela Tecnologia, pelo aprimoramento e pela prática que, acreditam, irão

auxiliá-los na colocação no disputado mercado de trabalho.

Para a última pergunta da pesquisa Você tem interesse em vir a ser um

Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que?, podemos dizer que, dos trinta e cinco

alunos que terminaram o curso, vinte e seis alunos, ou seja, 74,28%, querem ser

multiplicadores. A maioria dos entrevistados pensa em um emprego de multiplicador porque o

multiplicador é um funcionário da Prefeitura e, de acordo com as normas iniciais do projeto, é

o município que paga seu salário, atualmente cerca de R$300,00 (trezentos reais). Como não

existem muitas opções de emprego no município, a não ser como funcionário da prefeitura,

professor, artesão ou comerciante, essa, para eles, é uma grande oportunidade de crescimento

profissional.

Observamos que, dentro das categorias retiradas para a análise, a maioria dos

alunos se preocupa com o próximo, quer dar a mesma oportunidade recebida, acha

maravilhoso poder trabalhar com Informática, admira o trabalho do professor (instrutor

escolhido para ministrar o curso). Com exceção, apenas um não quer ser multiplicador porque

“dá muito trabalho”. Este resultado se refere a uma minoria, apenas 2,8%. Os que

responderam NÃO, sem justificativa, foram 22,87%. Dentre os que disseram SIM, foi

incluído um que disse não, mas, na hora da justificativa, diz que pretende ajudar pessoas que

tenham dificuldades sobre Informática, ou seja, não soube se expressar, de forma que sua

resposta foi considerada como SIM.

Em nossa pesquisa, vimos que existe uma grande vontade de aprender,

continuar estudando, repassar seus conhecimentos. Entre eles, há muita solidariedade,

preocupação em ter uma ocupação, adquirir um bom emprego e ter um futuro melhor. Apesar

das diferentes faixas etárias, porque avaliamos pessoas com idades que variam de 12 a 27

anos, ou seja, com uma diferença de quinze anos, mais de uma década de diferença, os alunos

45

estão com o pensamento voltado para o mesmo lugar: o futuro. Eles envolvem seus

companheiros em seus planos revelando que desejam passar seus conhecimentos.

Demonstram cidadania, solidariedade e coleguismo mútuo, dando uma boa impressão como

cidadãos.

Houve apenas evasão de 2 (dois) alunos, o que corresponde apenas a 5% do

total de 40 (quarenta) alunos que iniciaram o projeto.

De acordo com as respostas das 5 (cinco) perguntas feitas aos alunos que

concluíram o curso, podemos concluir que esse contingente de alunos com idades variadas de

12 a 27 anos ficaram satisfeitos com os conhecimentos adquiridos, desejam continuar os

estudos na área de Informática, e a maioria deseja se tornar multiplicador.Eles têm boas

perspectivas e esperança de conseguir um bom emprego.

Por vários motivos, pelo exposto, não vou poder continuar no projeto, apenas

ter notícias de longe, e deixo aqui algumas perguntas que podem, com o tempo, ser

esclarecidas:

Com o conhecimento adquirido, esses alunos, do jeito deles e com as condições

deles, irão, de certa forma, mudar a visão e o interesse dentro do município, levando adiante

suas idéias e com isso, colaborando com o desenvolvimento local, apenas precisando de uma

manutenção tanto física como teórica. Deixo a pergunta: quem preencherá este vazio,

mantendo cursos de Montagem & Manutenção? Porque muitos vão comprar computadores de

1ª ou 2ª mão, que, com toda certeza, precisarão de uma manutenção. Por outro lado, quem irá

dar a comunidade os cursos, como por exemplo, o restante do Microsoft Office como o

PowerPoint, FrontPage, Access e Internet Explorer? Qual IES vai para o local? Será que o

município terá estrutura para se manter sozinho, apenas com o instrutor e os seus novos

multiplicadores? Como ficará este município e os outros do Projeto Alfabetização Digital que

tiveram as IES como parceiras, mas sem investimento financeiro?

46

Será que é esse o verdadeiro sentido aprendido com Juran (1998), que fala na

Trilogia dos Projetos? Porque pela Trilogia, temos três pontos de apoio que, se comparados às

regras básicas da nossa antiga Matemática, são aqueles que formam um plano. Se um dos

pontos falha, ficamos apenas com uma reta, e nessa reta nossos alunos emergentes do

município de Irauçuba terão de trilhar seus caminhos.

Esperamos que nossas ONG’s, consideradas como o “Terceiro Setor” e as

empresas, tomadas como verdadeiras parcerias, consigam manter suas Trilogias de uma forma

mais solidária e consciente.

Mostramos que, para fazer, não precisamos de milhões, muito menos de

importar conhecimentos ou tecnologia, apenas juntar pessoas capazes, competentes e com

vontade de trabalhar e vencer a distância, as barreiras, o descaso, as diferenças e,

principalmente, o analfabetismo, seja ele ou não digital. E fica a pergunta: Quando será que a

nossa Carta Magna será cumprida em seus Artigos 1º, incisos I, II, III, IV e § único, 3º incisos

I, II, III e IV?

47

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Durante aproximadamente um ano trabalhando no projeto, deparei com

diversas situações, que podemos avaliar de diversas formas como, por exemplo, científica e

meteórica.

Científica porque é um caso de pesquisa social que precisa ser muito bem

tratado, principalmente pelo governo, sob diversos aspectos, como educação, exclusão e

discriminação social e regional, já que trata de determinadas regiões carentes do Nordeste.

Meteórica porque, em apenas um ano de atividade e participação no projeto e

três visitas ao local, sem falar da visita precursora, conseguimos colocar o município em

atividade com 40(quarenta) alunos. Hoje, ou seja, no dia da apresentação deste trabalho, o

curso formou duas turmas com um total de 38 (trinta e oito) alunos. A evasão de 2 (dois)

deve-se a sua mudança de município, significando um percentual de apenas 5%.

Apenas duas coordenações Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul conseguiram,

em curto tempo, agregar mais um município para a sua IES no projeto.

Hoje a Coordenação do Projeto, situada em Brasília, está entrando em contato

com uma IES de Fortaleza – CE, que deverá substituir a IES do Rio de Janeiro para poder dar

continuidade ao Projeto. Caso não haja acordo, o município deverá seguir de forma autônoma.

Fica muito difícil, para um município que possui apenas duas ruas, num raio de

aproximadamente dois quilômetros e com cerca de 19.650 habitantes, localizado na região

central do Ceará, com 1.278 alunos formados pelo Programa de Alfabetização Solidária

(segundo projeto inicial da IES), conseguir continuar sozinho sem ao menos ser avaliado pela

IES. Como ficam esses alunos sem saber se vão ser assistidos por uma IES? Como terão

continuidade de seus cursos? Como será a assistência da próxima IES? Será que se dará a

continuidade devida?

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Esses alunos estão aptos para entrar no mercado de trabalho? Onde? Como,

sem uma avaliação? Como ficam esses alunos sem a fase final do processo avaliativo, que não

foi concluída?

Deixo essas questões para uma posterior investigação. E mais: será esse um

dos principais motivos de existir em dois Brasis em um só?

Chamadas de Terceiro Setor, essas ONGs estão espalhadas pelo nosso país,

cheias de boas intenções, fazendo parcerias com empresas públicas, privadas e particulares,

IES etc. na tentativa de resolver um problema que pertence ao governo, ao estado e ao

município, que não cumprem seu principal objetivo segundo nossa carta magna.

Depois de ter conseguido com muito esforço fazer o município entrar em aula,

e ter a certeza de que esses trinta e oito alunos conseguiram terminar um curso de Informática

Básica com quatro módulos de Introdução, Windows, Word e Excel totalizando 120

horas/aula, chegamos à seguinte conclusão:

Não se pode fazer um projeto em que apenas dois pontos de uma trilogia agem,

sem haver um planejamento de todos; haverá sempre uma perda, pendendo para o lado mais

fraco que, nesse caso, é o município, agora ficou desamparado pela IES, que, dentro da

trilogia, tem uma função muito importante por ser a portadora dos principais elementos dentro

do Projeto: a infraestrutura e os beneficiários.

Podemos dizer que, se o Estado fosse mais atuante e suas prefeituras mais

eficientes, os nossos municípios distantes e pobres economicamente poderiam ser mais

beneficiados porque, pessoas e ONGs com vontade para trabalhar em projetos do tipo do

Alfabetização Digital não faltam. O que está faltando é o preparo do Estado em poder dar

condições às Prefeituras de receberem projetos desse porte.

Em nossa conclusão, não podemos deixar de estabelecer relações com os

projetos pioneiros de Educação de Jovens e Adultos como o MOBRAL, que segundo Pierro

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(2001), começou em 1990 com a extinção da Fundação Educar, a partir da saída súbita do

governo dessa área de atuação, e delegando poderes a parcerias locais sem negociação prévia.

Estamos, desde essa época, com uma omissão do governo federal no tocante à Educação de

Jovens e Adultos, pessoas numa faixa etária em que precisam de uma atividade e, sem

escolaridade, só conseguirão empregos com faixa salarial baixa ou se tornarão

marginalizadas.

Devemos lembrar que, após o MOBRAL, surgiram diversos projetos com

participação financeira mínima do governo federal. Cerca de 0,3% do gasto público destina-se

à educação, mais especificamente a alguns subgrupos sociais e regiões carentes na área da

Educação de Jovens e Adultos. O Programa Alfabetização Solidária (PAS), o Programa

Nacional na Reforma Agrária (Pronera), Formação de Atendentes de Enfermagem (Profae) e

o de Formação e Qualificação Profissional (Planfor), segundo Pierro (2001, p.4-6), expressam

um grande aumento na formação de parcerias com o objetivo de ministrar cursos de educação

para jovens e adultos como também de formação profissional. Mas o que adianta haver tantos

projetos se a maioria deles não consegue cumprir completamente suas metas finais? Não

podemos ficar o tempo todo esperando que as ONGs e as empresas parceiras tomem a

iniciativa. Temos que mostrar ao governo que ele precisa investir mais na educação, nos

professores, nas escolas. Porque é justamente através da Educação que poderemos crescer

como uma nação que sabe usar o que tem.

Quanto aos efeitos e impactos do Projeto Alfabetização Digital, podemos dizer

que, de acordo com Cohen e Franco (1999), existem tanto efeitos como impactos

imprevisíveis, que podem ser positivos ou não. E como a maioria dos projetos são avaliados

pelo lado negativo, temos que ter muita cautela para podermos chegar a conclusões

definitivas. Como a avaliação do impacto é determinada pelo estabelecimento de objetivos

operacionais vinculados aos resultados finais, podemos dizer que houve um relativo impacto

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devido à falta de oportunidade existente no município e aos dados resultados de nossa

pesquisa, já que nosso percentual de evasão foi muito baixo (cerca de 12,5%) e as respostas

atenderam, em parte, as nossas perspectivas quanto à realização de um curso de Informática

num município pobre e isolado. O que nos resta saber é justamente se os efeitos serão os

esperados pelo projeto, que não se planejou devidamente para tal. Muito do que aconteceu ao

longo de um ano foi o suficiente para se saber que não houve um planejamento estratégico

nem tático, por isso a parte operacional desse projeto ficou prejudicada, mas teve êxito no que

tange à conclusão dos cursos com os recursos que nos foram oferecidos pelos alunos cursistas.

Acreditamos que, para haver continuidade, o município deverá manter os equipamentos

funcionando e futuramente trocá-los, o que não foi previsto pelo projeto, não só o inicial da

ONG, como também da IES. Dessa forma, o município deverá arcar sozinho e tentar levar

adiante uma situação que ele mesmo não criou e não tem condições financeiras para seguir

adiante.

Como “o impacto é a conseqüência dos efeitos de um projeto” (COHEN e

FRANCO, 1999, p. 93) e, conseqüentemente, expressará o grau de consecução dos objetivos

da população-meta do projeto, podemos dizer que, de acordo com a análise dos dados obtidos

através de uma pesquisa quantitativa, apenas uma etapa do projeto foi atingida.

Podemos concluir de acordo com um estudo de casos realizado com ONGs por

Roche (2000, 22), que ainda é preciso:

� Avaliar, melhorar o desempenho e planejar para o futuro;

� partilhar as experiências da avaliação de impacto com os outros;

� melhorar a relação tanto com as comunidades como com os doadores;

� motivar o pessoal e as comunidades assistidas.

Seria muito importante, para nos ajudar na hora de avaliar um projeto como o

Alfabetização Digital, trocar informações, não permitir a monopolização nem a centralização

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de poderes. Temos que seguir Bordenave (1994, 14), que fala da relação existente entre a

participação popular e a descentralização das decisões, principalmente quando se trata de

países em desenvolvimento. Se houvesse mais participação de todos em prol de uma

verdadeira globalização, em busca de uma melhor distribuição de renda, conhecimento e

direitos, talvez os projetos existentes não teriam os fracassos comprovados, e os novos não

ficariam no meio do caminho à espera de que alguma IES venha ao seu encontro na busca de

uma solução. A participação e a descentralização, nessa hora, são primordiais.

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REFERÊNCIAS

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SOUZA, H. J.. Como se faz Análise de conjuntura. 23. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2002.

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ANEXOS ANEXO I Entrevistas com os beneficiários do Projeto Alfabetização Digital no Município de Irauçuba – CE Aluno 1 Nome: Regis Mikael Souza Bastos Idade: 12 anos Profissão: Estudante Cargo que ocupa: Grau de escolaridade: 7ª Série 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. Para eu ficar mais atualizado no nosso mundo da Informática. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. Trabalhar um pouco com essa profissão. 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp.Um pouco mais de sabedoria. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Vai mudar muitas coisas sobre o trabalho. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Não. Aluno 2 Nome: Erik Andesson Dias Matias Idade: 12 anos Profissão: Estudante Cargo que ocupa: Grau de escolaridade: 7ª Série 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. Porque hoje em dia, em qualquer trabalho que tenha, você tem que ter um curso de Informática. E se eu começar mais cedo possível, eu posso ficar treinando em outros computadores, e de trabalhar mais cedo.

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2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. Novos conhecimentos de Informática. 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Trouxe muitos benefícios, pois eu sabendo mais posso ingressar no mundo do trabalho. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Eu acho que vai mudar muita coisa na minha vida agora com o curso de Informática. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Sim, porque não só eu preciso do curso, mas também muitas outras pessoas e assim outras pessoas podem passar o que aprenderam comigo para outras pessoas. Aluno 3 Nome: Michel dos Santos Idade: 13 anos Profissão: Comerciante Cargo que ocupa: Estudante Grau de escolaridade: 7ª Série 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. Para aprender a mexer no computador e ser Hacker. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. Trabalhar como contador. 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Trouxe muitos benefícios, pois eu sabendo mais posso ingressar no mundo do trabalho. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Vou ficar sabendo cada vez mais de Informática. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Sim, passo o que eu sei para os outros do mesmo jeito.

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Aluno 4 Nome: Germana Mata de Mesquita Idade: 13 anos Profissão: Estudante Cargo que ocupa: Grau de escolaridade: 7ª Série 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. Para conhecer e aprender o mundo da Informática. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. Trabalhar em um escritório. 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. A oportunidade de encontrar emprego 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Quando precisar de algo no computador, posso procurar eu mesma. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Sim, porque através da oportunidade que eu tive, gostaria que outras pessoas tivessem. Aluno 5 Nome: Romário Jônio Mota Rodrigues Idade: 13 anos Profissão: Estudante Cargo que ocupa: Grau de escolaridade: 7ª Série 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. A razão para que eu me matriculasse, foi para aprender sobre Informática. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. Os meus planos são comprar um computador e conseguir um trabalho quando eu estiver adulto. 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Trouxe muitas coisas que eu não sabia.

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4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Mudou muitas coisas na minha vida, pois eu já posso concluir o meu curso. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Sim, porque nós estamos aprendendo e nós queremos repassar para as outras pessoas. Aluno 6 Nome: Dion Leno Cordeiro Ferreira Idade: 13 anos Profissão: Estudante Cargo que ocupa: Estudante Grau de escolaridade: 7ª série 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. Para aprender mais sobre um computador. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. Comprar um computador e praticar em casa. 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Que eu posso mexer num computador sabendo mexer. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática?

Resp. Vou poder arranjar emprego em empresas de computação. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Não, porque pelo que eu vejo no meu professor, dá muito trabalho. Aluno 7 Nome: J. Montes F. da Costa Idade: 13 anos Profissão: Estudante Cargo que ocupa: Grau de escolaridade: 1º Grau 1 – Por que razões você se matriculou no curso?

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Resp. Para me virar melhor na vida. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. Trabalhar. 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Inteligência. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Ser mais fácil trabalhar. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Não. Aluno 8 Nome: Rafael Bruno Silva Rodrigues Idade: 14 anos Profissão: Estudante Cargo que ocupa: Grau de escolaridade: 8ª série 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. Porque a diretora da escola perguntou se eu queria fazer o curso, aí eu falei que sim. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. Depois que eu terminar de fazer o curso, os meus planos são estudar mais Informática e conseguir um bom emprego. 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Os conhecimentos de Informática que trouxe para mim foram diferentes. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp.Vai mudar muito meus estudos, que eu não tinha ainda. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que?

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Resp. Sim, porque como eu tive essa oportunidade tenho que dar outra(s) pessoa(s) que não têm. Aluno 9 Nome: André Rogério Botelho Idade: 14 anos Profissão: Estudante Cargo que ocupa: Grau de escolaridade: 8ª série 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. Porque eu quero ficar sabendo como bolir no computador e todo mundo precisa desse curso de Informática. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. Eu quero fazer o curso de digitação e se for possível, eu quero passar o que aprendi para outras pessoas. 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Mais conhecimentos de Informática. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Eu acho que com o curso de Informática fica melhor de arranjar emprego e até mesmo passar no vestibular. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Sim, porque o que aprendi com o professor e outras pessoas querem aprender também e eu acho legal o que o professor Júnior faz. Aluno 10 Nome: Ana Paula Andrade Pacheco Idade: 14 anos Profissão: Estudante Cargo que ocupa: Grau de escolaridade: 7ª Série 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. Para aprender Informática e avançar nos estudos. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos?

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Resp. Tentar fazer outro curso para aprender mais o mundo da Informática. 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. O conhecimento da Informática trouxe vários conhecimentos muito importantes para a minha vida. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Eu acho que na minha vida vai mudar muitas coisas, principalmente nos meus estudos. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Sim, porque eu acho muito importante. A gente quer repassar o que aprendemos para outras pessoas. Aluno 11 Nome: Alexandre Rogério Ferreira Idade: 14 anos Profissão: Estudante Cargo que ocupa: Grau de escolaridade: 8ª série 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. Para aprender a mexer no computador, que é a nova tecnologia e também aprender as aulas. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. Depois que terminar, talvez venha outro, eu espero. 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Aprendi algumas coisas: a ligar o computador, entrar nos programas, e etc. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Mudou alguma coisa, que agora eu sei fazer alguma coisa no computador e vai ser útil no futuro. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Sim, mas eu queria ajudar alguém, não sendo professor ou profissional. Eu queria ser um tipo de secretário, ou ajudante.

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Aluno 12 Nome: Aurilane Borgis de Mesquita Idade: 14 anos Profissão: Artesã Cargo que ocupa: Estudante Grau de escolaridade: 8ª Série 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. Primeiramente eu nunca tinha pelo menos pegado num computador, então eu queria aprender computação para no futuro garantir o melhor para mim. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp.Bem, se no término do curso eu já estiver bem prática, meus planos seriam: me interessar mais um pouco com a minha educação; terminar meus estudos e arranjar um emprego melhor para mim, se eu ainda não estiver prática, irei fazer novamente. 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Muitas coisas maravilhosas, alguns conhecimentos que eu não sabia, coisas bastante interessantes, etc. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Eu acho que não vai mudar muita coisa, porque não tenho computador para praticar, e minha rotina será a mesma; vai mudar algumas coisas básicas, mas quando eu estiver mais prática na computação, se tiver um emprego pra gente, mudaria muito. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Claro que sim, por que eu acho que seria maravilhoso, mas para isso, eu precisaria ser uma gênia, e eu acho que eu não chegaria a esse ponto. Mas seria maravilhoso. Será que é um convite? Aluno 13 Nome: Diego Borgis A. Magalhães Idade: 14 anos Profissão: Estudante Cargo que ocupa: Grau de escolaridade: 7ª Série 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. Para aprender mais sobre Informática.

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2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. Virar instrutor de Informática 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Porque no mundo moderno, tudo é feito pelo computador. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Muitas coisas, como arranjar emprego. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Sim, por é bom passar nossos conhecimentos. Aluno 14 Nome: Diego Madison Azevedo Santos Idade: 14 anos Profissão: Estudante Cargo que ocupa: Grau de escolaridade: 1ª Série do Ensino Médio 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. Porque eu queria aprender a mexer em um computador. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. Comprar um computador para mim. 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Trouxe muitas coisas boas. Eu queria aprender a mexer no computador e estou aprendendo. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Muitas coisas: vou ganhar um computador e vou ensinar aos meus familiares. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Sim, porque eu acho muito legal ensinar as pessoas a mexerem em computadores.

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Aluno 15 Nome: Maria Juliane Castro da Silva Idade: 15 anos Profissão: Estudante Cargo que ocupa: Grau de escolaridade: 7ª Série 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. Para aprender Informática e avançar nos estudos. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. Tentar fazer outro curso e depois que eu terminar, vou arrumar um emprego como secretária. 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Eu acho que a Informática foi um começo para melhorar a minha vida. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Há muitas coisas, como por exemplo, arrumar um bom emprego. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Não. Aluno 16 Nome: Maria Otammires Mota Mesquita Idade: 15 anos Profissão: Estudante Cargo que ocupa: Grau de escolaridade: Ensino Médio 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. Porque, vi neste curso a oportunidade que sempre desejei de aprender e viajar no mundo da Informática e também porque sei que se eu quiser ter um futuro, tenho que viver todas as oportunidades do presente. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. Não parar por aqui, pois estaria jogando fora a oportunidade que ganhei e quero aproveitá-la.

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3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Fiquei bastante interessada e deslumbrada com tudo que podemos a partir da Informática, me trouxe o sonho de poder trabalhar em setores dos quais sejam precisa a sua utilização. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Será mais fácil conseguir emprego, pois já tenho base na Informática, embora já sejam muitos que tem capacidade maior e suficiente em relação ao computador. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Sim, porque passando para as outras pessoas, eu aprenderia ainda mais, e teria oportunidade de continuar o que comecei, fixando tudo o que aprendi. Aluno 17 Nome: Nazareno Pereira Bastos Idade: 15 anos Profissão: Estudante Cargo que ocupa: Grau de escolaridade: Ensino Médio 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. Para aprender mais sobre o assunto e porque a Informática hoje é importante na vida de todas as pessoas. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. Se tiver oportunidade, fazer mais cursos para não esquecer o que aprendi e ampliar meus conhecimentos. 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Uma visão mais ampla do mundo, mais facilidades na minha vida diária. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Na minha vida agora poderei pesquisar, fazer trabalhos, tudo no computador, agora que já sei o básico. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que?

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Resp. Sim, porque seria interessante repassar meus conhecimentos para outras pessoas que ainda não sabem a importância da Informática em nossas vidas. Aluno 18 Nome: Maria Maríllya de Souza Sales Idade: 15 anos Profissão: Estudante Cargo que ocupa: Grau de escolaridade: 8ª Série 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. Porque eu queria aprender Informática e conhecer melhor o mundo da Informática. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. Meus planos são daqui em diante, continuar estudando para que um dia eu possa conseguir um bom trabalho. 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Eu aprendi bastante a Informática, espero que eu aprenda ainda mais e quero continuar cada vez mais aprendendo a Informática. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Vai mudar bastante, porque agora, quem sabe, quando eu terminar meus estudos, ficará mais fácil arranjar um bom trabalho. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Sim, eu quero que muitos conheçam a Informática. Fiquei sabendo que é ótimo e eu desejo um dia ser professora de Informática. Aluno 19 Nome: Edna Rogério da Silva Idade: 15 anos Profissão: Estudante Cargo que ocupa: Grau de escolaridade: 8ª Série 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. Só tinha um objetivo, aprender Informática. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos?

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Resp. Continuar estudando até que me formar em Professora de Física. 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Trouxe a capacidade de que em algum dia na vida eu me torne uma digitadora, mas o eu quero mesmo é ser Professora de Física. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Ainda não sei, espero que seja uma coisa boa. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Sim, porque quero passar os outros o que aprendi. Aluno 20 Nome: Fabrício Mesquita Rodrigues Idade: 15 anos Profissão: Estudante Cargo que ocupa: Grau de escolaridade: 1ª série do Ensino Médio 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. Porque eu acho que seja importante para a minha vida mais na frente. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. Pretendo fazer outros cursos e ficar estudando. 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Trouxe mais conhecimentos para mim sobre Informática. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Com certeza, vai mudar muitas coisas na minha vida, principalmente sobre o mundo da Informática. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Não, mas pretendo ajudar aquelas pessoas que tinham dificuldades sobre a Informática.

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Aluno 21 Nome: Eugênio Mesquita Araújo Neto Idade: 15 anos Profissão: Estudante Cargo que ocupa: Grau de escolaridade: 1ª série do Ensino Médio 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. Para aperfeiçoar os meus conhecimentos sobre Informática. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. Continuar praticando em outros computadores. 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Novos conhecimentos a respeito da Informática. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Me ajudará quando eu estiver em busca de emprego. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Não Aluno 22 Nome: Isabel Priscila Braga de Sousa Idade: 15 anos Profissão: Estudante Cargo que ocupa: Grau de escolaridade: 8ª Série 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. Nos dias de hoje temos que mais e mais ficarmos informados e aprender várias coisas, tanto no mercado de trabalho quanto na vida cotidiana, é muito importante termos conhecimentos. Devido a esse fato me matriculei com o intuito de aprender. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. Primeiro de tudo vou continuar meus estudos e depois vou procurar um emprego; com os conhecimentos que tenho adquirido, não vai ser difícil encontrar um bom trabalho.

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3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. É muito bom aprender Informática, e as pessoas de hoje em diante tem que ter um pouco de conhecimento para ser alguém na vida. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Como já falei, vai ser muito mais fácil adquirir uma vida estável, passarei a viver exclusivamente através de meu trabalho, que com certeza, vai aparecer. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Sim. Eu posso passar um pouco do que aprendi para algumas pessoas, por que é muito bom estudar Informática e sendo um multiplicador, vai ser melhor ainda. Aluno 23 Nome: Leo Leandro da Silva Rodrigues Idade: 16 anos Profissão: Estudante Cargo que ocupa: Grau de escolaridade: Ensino Médio 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. Para me atualizar, porque um curso hoje de Informática é de muita ajuda na hora de procurar emprego. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. Meus planos são: tentar fazer outros cursos para ficar mais por dentro da Informática e para eu me aperfeiçoar e conhecer mais o computador. 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Trouxe muitas coisas boas com o curso de Informática; fiquei sabendo que para quase todo emprego é exigido um certificado de conclusão de um curso de Informática. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Muitas coisas boas, agora já posso até comprar um computador. Quando uma pessoa pedir ajuda, eu posso dá-la auxílio. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Não.

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Aluno 24 Nome: Antonio Pereira Filro Idade: 16 anos Profissão: Estudante Cargo que ocupa: Grau de escolaridade: 7ª Série 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. Porque sempre tive vontade de aprender a mexer no computador e também porque apareceu uma oportunidade na escola onde estudo. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. Meus planos são: não deixar a Informática de lado, nunca mais, pois você sabendo mexer no computador as portas de qualquer emprego se abrem para você com mais facilidade. 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Trouxe mais conhecimentos sobre Informática. Já que antes eu só ouvia falar e agora eu também posso ser uma das que não só ouvem falar, mas que também mexem no computador. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Acho que vai me proporcionar ver um novo ângulo sobre o mundo. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Sim, porque já que eu gostei tanto de aprender a mexer no computador, tenho certeza que outras pessoas também gostariam, Aluno 25 Nome: Jucilene Azevedo de Mesquita Idade: 16 anos Profissão: Estudante Cargo que ocupa: Grau de escolaridade: Ensino Médio 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. Bem, a razão que me matriculei no curso foi para aprender o Curso de Computação. Por isso para nós é uma coisa muito importante na vida de cada um de nós, 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos?

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Resp. Quando eu terminar de fazer o curso eu quero trabalhar em qualquer lugar, porque para você, que tem o curso de computação, tudo já fica mais fácil. Então, os meus planos são esses. 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Bem, para mim, foi uma novidade, mas agora tenho bastante conhecimentos sobre a Informática. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Eu acho que vai mudar muitas coisas na minha vida daqui pra frente, porque para mim tudo vai ficar muito mais fácil. Porque eu já tenho o curso de computação. É uma coisa muito importante. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Sim, porque o que nós sabemos nunca podemos ficar só para si, mas para cada um de nós em geral. Enfim, todos nós precisamos muito do curso de computação – por isso quero me tornar uma multiplicadora, juntamente com todos os meus amigos. Aluno 26 Nome: Antonio Everaldo Borges Araújo Idade: 16 anos Profissão: Revendedor Cargo que ocupa: Estudante Grau de escolaridade: 1ª Série do Ensino Médio 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. Porque sempre gostei de computadores. Eu admiro muito e porque eu quero ter mais chance no mercado de trabalho, espero conseguir um trabalho melhor com isso. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. Tentar arrumar um bom emprego, porque preciso muito disso! 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Muitas coisas boas, como esperanças novas e muito mais inteligência além de abrir novas portas para o meu futuro. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Eu acho, ou melhor, eu espero conseguir fazer algo que possa valer a pena com tudo o que aprendi. Arrumar um emprego e ganhar com o meu esforço.

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5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Sim, porque eu não tenho condições de pagar um curso desses para mim. E então, eu aprendo sem pagar e acho ótimo, com certeza, outros adorariam ter a mesma chance que tive. Aluno 27 Nome: Marcos Barbosa Cruz Araújo Idade: 17 anos Profissão: Estudante Cargo que ocupa: Grau de escolaridade: 1ª Série do Ensino Médio 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. Porque nunca tinha feito o curso de computação, eu estou aprendendo bastante e é muito legal. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. Meus planos são de freqüentar mais cursos de computadores para que aprenda bastante como é um curso de computação 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Muitas coisas interessantes no mundo da Informática. Aprendi bastante. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Muitas coisas, porque quando eu for fazer um concurso público, vou precisar dessa coisa que é o computador. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Não Aluno 28 Nome: Francisco Renaldo Pereira Araújo Idade: 17 anos Profissão: Artesão Cargo que ocupa: Estudante Grau de escolaridade: Ensino Médio 1 - Porque razões você se matriculou no curso?

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Resp. No interesse de aprender a mexer em computadores para mais tarde, internamente, eu não possa me prejudicar por não saber mexer em computadores. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. Fazer outros cursos, arrumar um trabalho que utilize computadores e sempre me aprimorar mais sobre o mundo da Informática. 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Trouxe uma base de que possa ser o mundo virtual, a utilidade que o computador ocupa em nossas vidas. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Não tenho, porém, já é um bom começo para mexer num computador. Nós estudantes, já temos uma base ao que podemos fazer em um computador. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Sim, porque eu acho que todos precisam ter uma base do que possa ser um computador. Porque toda profissão que a gente venha exercer, necessita de um base do que possa ser um computador. Aluno 29 Nome: Edinardo Gomes de Almeida Idade: 18 anos Profissão: Estudante Cargo que ocupa: Grau de escolaridade: 3ª Série do Ensino Médio 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. É uma boa chance para fazer um curso que pode me servir mais a frente. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. Já que eu fiz o curso e estou capacitado, irei tentar conseguir um emprego na área. 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Com os conhecimentos que consegui, com certeza estou capacitado para trabalhar na área. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática?

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Resp. Já que a Informática é muito pedida, as coisas logo irão facilitar. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Sim, porque não? Passar meus conhecimentos para os outros é o que sei de melhor. Inclusive que sejam úteis, quero dizer que sejam aproveitados e que sirvam para outras pessoas como serviu para mim. Aluno 30 Nome: Antonia Eliana B. Chaves Idade: 18 anos Profissão: Estudante Cargo que ocupa: Grau de escolaridade: 1ª Série do Ensino Médio 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. Para obter mais conhecimentos, sobre o meio da Informática, que hoje em dia precisa-se muito. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. Talvez procure algum curso dentro do meio da Informática. 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Trouxe conhecimentos que talvez um dia vou precisar para poder trabalhar. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Vou fazer trabalhos bons em um computador sem precisar de alguém. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Sim, porque vou aprendendo mais e transmitir o que eu aprendi durante este período do curso. Aluno 31 Nome: Nacelio Borges de Sousa Idade: 18 anos Profissão: Estudante Cargo que ocupa: Grau de escolaridade: Tempo de Avança - Cursando 1 – Por que razões você se matriculou no curso?

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Resp. Porque eu tinha muito interesse em aprender a mexer com computador. Dei graças a Deus por ter aparecido uma oportunidade, para que tenhamos um futuro melhor. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. Meus planos é procurar um emprego para que eu tenha uma vida melhor, e, quem sabe, eu tenha uma sorte de arranjar um emprego para trabalhar com computadores. 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Trouxe muitas coisas importantes, essas coisas que eu nunca pensei que tivesse essa chance de aprender, quem sabe um dia eu possa passar para outras pessoas. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Vou fazer trabalhos bons em um computador sem precisar de alguém. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Sim, porque eu acho que tem muita gente com interesse de aprender assim como eu tinha vontade de aprender, outras pessoas também tem. Aluno 32 Nome: Francisco Erimilson Rosa de Sousa Idade: 18 anos Profissão: Estudante Cargo que ocupa: Grau de escolaridade: 8ª Série – Ensino Fundamental 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. A principal razão foi porque a Informática é a mais avançada tecnologia que existe, e, sem ela ninguém consegue um trabalho decente. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. É conseguir um emprego de Informática em escolas públicas ou na prefeitura. 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Me trouxe uma visão muito boa, porque quando eu não conhecia a Informática, eu pensava que era um bicho-de-sete-cabeças, mas agora que já conheço um pouco da Informática, eu só penso é em seguir em frente. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Eu acho que agora, as chances de conseguirem um emprego irão crescer muito mais.

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5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Não. Aluno 33 Nome: José Claudemir B. de Sousa Idade: 20 anos Profissão: Estudante Cargo que ocupa: Grau de escolaridade: Ensino Fundamental 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. Fui escolhido pela minha diretora do colégio em que eu estudava. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. Meus planos é de me aperfeiçoar mais os meus estudos sobre o computador, e quem sabe mais tarde posso ser um multiplicador. 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Trouxe mais conhecimentos para mim, e é uma maravilha andar pelo mundo da Informática. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Eu acho muito importante que nós aprendemos um pouco de tudo. Vai mudar para melhor. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Não. Aluno 34 Nome: Elaina Soares Diogo Idade: 23 anos Profissão: Dona de Casa Cargo que ocupa: Estudante Grau de escolaridade: Tempo de Avança da 1ª a 3ª Série 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. Porque sempre tive vontade de aprender computação e saber mais sobre ela e em caso de trabalho.

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2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. Trabalhar com ele e aprender mais e mais. 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Novos conhecimentos com a Informática. Sempre tive vontade de trabalhar com a Informática. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Vai servir para trabalhar com a Informática. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. Sim, porque preciso de trabalho porque aqui não existem muitos. Aluno 35 Nome: Josefa Soares Diogo Idade: 27 Profissão: Dona de Casa Cargo que ocupa: Estudante Grau de escolaridade: Ensino Médio 1 – Por que razões você se matriculou no curso? Resp. A procura de um emprego melhor, porque aqui não tem nada para se fazer. 2 - Depois que fizer o curso, quais são os seus planos? Resp. Procurar emprego, não em Irauçuba, por que não tem nada e nem emprego nenhum. 3 - O que trouxe para você os conhecimentos da Informática? Resp. Muitas informações. Conheci um mundo novo porque eu era analfabeta. 4 - E o que você acha que vai mudar agora em sua vida com os princípios da Informática? Resp. Tudo; agora posso procurar um emprego melhor para mim, vou estudar mais e quem sabe, arrumar uma faculdade. 5 - Você tem interesse em vir a ser um Multiplicador? Caso sua resposta seja sim, por que? Resp. É tudo o que eu queria. Só um emprego, qualquer coisa, porque quero muito um emprego. Só um trabalho, eu faria de tudo para corresponder e merecer a confiança de vocês.

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ANEXO II Fotos tiradas na última viagem ao Município de Irauçuba.

Monitor

Bancada provisória e não

definitiva

Computadores

Computadores apresentando

proteção de tela

Frente da escola onde são realizados os cursos

Frente da casa do Prefeito

Igreja principal da cidade.

FORUM

Praça principal

Casa do Secretário de

Educação

Fundo do Banco do Brasil Vista do outro lado da

frente da escola

Amostra da preocupação com

as eleições

Vista da rua principal da Cidade Rua principal vista da

pensão