If you can't read please download the document
Upload
phamnhu
View
220
Download
2
Embed Size (px)
Citation preview
_______________________________________________________________________ * Alunos do curso de cincias contbeis da Universidade Catlica de Minas Gerais.
INTRODUO AO ICMS SUBSTITUIO TRIBUTRIA
* Cristiane Rosalina Dias Danielle Fernandes Patrcia Fabiano Silvrio Priscila Lorena dos Santos Sidney da Costa
RESUMO
Este artigo tem como proposta descrever a sistemtica do que venha ser ICMS e
substituio tributria de uma forma ampla, bem como a legislao do ICMS no estado de
Minas Gerais, destacando os protocolos e decretos firmados com os estados de So Paulo, Rio
de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Palavras chaves: ICMS, substituio tributria, protocolos, decretos.
1 INTRODUO
O ICMS o imposto incidente sobre operaes relativas circulao de mercadorias e
sobre prestaes de servios de transporte interestadual, intermunicipal e de comunicao, e
de competncia dos Estados e do Distrito Federal. um tributo de representatividade para os
Estados e pode ser considerado o tributo de maior relevncia para a arrecadao para as
Unidades Federativas e do Distrito Federal.
As receitas de arrecadao que fazem mover a Mquina Estatal. Os Governos esto
sempre buscando formas de ampliar suas receitas e diminuir a sonegao. A substituio
tributria foi estabelecida com a proposta para melhorar o controle fiscal sem elevar a carga
tributria. Consiste em um instituto jurdico mediante o qual se atribui a determinado
contribuinte a responsabilidade pelo recolhimento do imposto relativo ao fato gerador
praticado por terceiro.
A substituio tributaria em Minas Gerais foi instituda pelo decreto 44147/05 que
criou e inseriu o Anexo XV ao Regulamento ICMS/02. Para regulamentar as operaes
2
interestaduais com determinados produtos, podem ser firmados acordos atravs de convnios
e protocolos. Os convnios contemplam todos os estados da federao mais o Distrito
Federal. Os protocolos englobam alguns estados, desde que no interfiram em outros.
A substituio tributria trouxe vantagens para os Estados, pois simplifica a tributao,
combate sonegao, reduz custo operacional, j que concentra a mquina fiscal do Estado
num universo menor de contribuintes, e uniformizou a legislao tributria quando os Estados
firmam acordo para a substituio tributria interestadual.
3
2 ICMS
Imposto sobre operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaes de
servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao, ainda que as operaes e
prestaes se iniciem no exterior. Trata-se de um conceito de origem constitucional (art. 155, II
da Constituio da Repblica).
2.1 Hiptese de Incidncia do ICMS e os elementos para o clculo do imposto
Da definio constitucional do ICMS (art. 155, II) podemos concluir que um imposto
que incide nas operaes relativas circulao de mercadorias
1- no territrio do ente da Federao competente (operaes internas)
2- que alcancem mais de uma unidade da Federao (operaes interestaduais) assim
como nas prestaes de servio
3- de transporte intermunicipal
4- de transporte interestadual
5- de comunicao
6- importaes de mercadorias
7- das prestaes de servio de transporte iniciadas no exterior
8- das prestaes de servio de comunicao iniciadas no exterior.
Portanto, trata-se de um tributo com mltiplas hipteses de incidncia. Como
consequncia, para cada hiptese de incidncia haver base de clculo, alquota, local da
operao ou da prestao e momento da ocorrncia do fato gerador definidos em lei, necessrios
para o clculo e cobrana do imposto devido em cada operao ou prestao.
Art. 155 - Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre: [...] II - operaes relativas circulao de mercadorias e sobre prestaes de servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao, ainda que as operaes e as prestaes se iniciem no exterior;
4
2.2 Ocorrncia do fato gerador
Considera-se ocorrido o fato gerador do imposto no momento:
I da sada de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro
estabelecimento do mesmo titular;
II do fornecimento de alimentao, bebidas e outras mercadorias por qualquer
estabelecimento;
III da transmisso a terceiro de mercadoria depositada em armazm geral ou em
depsito fechado, no Estado do transmitente;
IV da transmisso de propriedade de mercadoria, ou de ttulo que a represente, quando a
mercadoria no tiver transitado pelo estabelecimento transmitente;
V do inicio da prestao de servios de transporte interestadual e intermunicipal, de
qualquer natureza;
VI do ato final do transporte iniciado no exterior;
VII das prestaes onerosas de servios de comunicao, feita por qualquer meio,
inclusive a gerao, a emisso, a recepo, a transmisso, a retransmisso, a repetio e a
ampliao de comunicao de qualquer natureza;
VIII do fornecimento de mercadoria com prestao de servios:
a) no compreendidos na competncia tributria dos Municpios;
b) compreendidos na competncia tributria dos Municpios e com indicao expressa de
incidncia do imposto da competncia estadual, como definido na lei complementar aplicvel,
IX do desembarao aduaneiro das mercadorias importadas do exterior;
X do recebimento, pelo destinatrio, de servio prestado no exterior;
XI da aquisio em licitao pblica de mercadorias importadas do exterior apreendidas
ou abandonadas;
XII da entrada no territrio do Estado de lubrificantes e combustveis lquidos e gasosos
derivados de petrleo e energia eltrica oriundos de outro Estado, quando no destinados
comercializao ou industrializao;
XIII da utilizao, por contribuinte, de servio cuja prestao se tenha iniciado em outro
Estado e no esteja vinculada a operao ou prestao subseqente.
5
2.3 Contribuinte
Contribuinte qualquer pessoa, fsica ou jurdica, que realize, com habitualidade ou em
volume que caracterize intuito comercial, operaes de circulao de mercadoria ou prestaes de
servios de transporte interestadual e intermunicipal e de comunicao, ainda que as operaes e
as prestaes se iniciem no exterior.
tambm contribuinte a pessoa fsica ou jurdica que, mesmo sem habitualidade:
I importe mercadorias do exterior, ainda que as destine a consumo ou ao ativo
permanente do estabelecimento;
II seja destinatria de servio prestado no exterior ou cuja prestao se tenha iniciado no
exterior,
III adquira em licitao de mercadorias apreendidas ou abandonadas;
IV adquira lubrificantes e combustveis lquidos e gasosos derivados de petrleo e
energia eltrica oriundos de outro Estado, quando no destinados comercializao ou
industrializao.
2.4 Base de Clculo - Quadro Sintico
Nos termos do art. 6 do Regulamento do ICMS, aprovado pelo Decreto n 5141/01-
RICMS, a base de clculo do imposto a disposta na quadro a seguir:
Fato Gerador Base de Clculo
Sada de mercadoria de estabelecimento de contribuinte, ainda que para outro estabelecimento do mesmo titular.
O valor da operao.
No fornecimento de alimentaes, bebidas e outras mercadorias por restaurantes, bares e estabelecimentos similares.
O valor da operao, compreendendo mercadoria e servio.
Na importao de mercadorias ou bens. A soma das seguintes parcelas: a) valor da mercadoria ou bem constante dos documentos de importao; b) Imposto de Importao (II); c) Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI);
6
d) Imposto sobre Operaes de Cmbio (IOF); e) quaisquer despesas aduaneiras efetivamente pagas repartio alfandegria at o momento do desembarao da mercadoria ou bem.
Na prestao de servio de transporte interestadual e intermunicipal.
O preo do servio.
Na prestao onerosa de servio de comunicao. O preo do servio compreende, tambm, os valores cobrados a ttulo de acesso, adeso, ativao, habilitao, disponibilidade, assinatura e utilizao dos servios, bem assim aqueles relativos a servios suplementares e facilidades adicionais que otimizem ou agilizem o processo de comunicao, independentemente da denominao que lhes seja dada.
No fornecimento de mercadoria com prestao de servios no tributados pelo ISS.
O valor da operao.
Nas prestaes de servios tributados pelo ISS, mas com indicao expressa de incidncia do ICMS sobre as mercadorias fornecidas, conforme Lei Complementar n 56/87.
O preo corrente da mercadoria fornecida ou empregada.
Na transmisso a terceiro de mercadoria depositada em armazm-geral ou em depsito fechado, na unidade federada do transmitente.
O valor da operao.
Na transmisso de propriedade de mercadoria, ou de ttulo que a represente, quando a mercadoria no houver transitado pelo estabelecimento transmitente.
O valor da operao.
No recebimento, pelo destinatrio, de servio prestado no Exterior.
O valor da prestao do servio, acrescido, se for o caso, de todos os encargos relacionados com a sua utilizao.
Na aquisio em licitao pblica de bens ou mercadorias importados do Exterior apreendidos ou abandonados.
O valor da operao acrescido do valor dos Impostos de Importao e sobre Produtos Industrializados e de todas as despesas cobradas ou debitadas ao adquirente.
Na entrada no territrio do Estado de petrleo, inclusive lubrificantes e combustveis lquidos e gasosos dele derivados, e de energia eltrica, oriundos de outra unidade federada, quando no destinados industrializa