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INVENTÁRIO DAS TERRAS EM MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS Microbacia: RIO NOVO / FAXINAL / ÁGUAS FRIAS / SALÃO Município: APIÚNA / SC (Versão Preliminar)

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INVENTÁRIO DAS TERRAS

EM

MICROBACIAS HIDROGRÁFICAS

Microbacia: RIO NOVO / FAXINAL / ÁGUAS FRIAS /

SALÃO

Município: APIÚNA / SC

(Versão Preliminar)

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INVENTÁRIO DAS TERRAS EM MICROBACIAS

HIDROGRÁFICAS

COMPLEXO HIDROLÓGICO COMUNIDADES RIO NOVO /

FAXINAL / ÁGUAS FRIAS / SALÃO

( APIÚNA / SC)

Florianópolis, Março de 1996.

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INVENTÁRIO DAS TERRAS EM MICROBACIAS

HIDROGRÁFICAS

COMPLEXO HIDROLÓGICO MÉDIO RIO NEISSE(APIÚNA / SC)

RESPONSABILIDADE TÉCNICA:

eng. agr. Ivan Luiz Zilli Bacic eng. agr. Msc. Mara Cristina Benez eng. agr. Yara Maria Alves Chanin

eng. agr. Msc. Augusto Carlos Pola (Agrometeorologia) eng. agr. Moacir Schmidt (Extensionista municipal)

APOIO NOS TRABALHOS DE CAMPO, ELABORAÇÃO DE MAPAS E RELATÓRIO: Silvana Catarina Nunes - acadêmica de Agronomia – CCA / UFSC

REVISORES TÉCNICOS: eng. agr.: José Augusto Laus Neto

eng. agr.: M. Sc. Álvaro Afonso Simon

APOIO OPERACIONAL: Zélia Mercedez Andriolli

Ivo Reis Maria Fernanda R. Nunes

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APRESENTAÇÃO

Dando continuidade ao compromisso firmado entre a SDA/Projeto Microbacias - BIRD e EPAGRI, a GRN, por meio de sua Unidade Central de Levantamento e Mapeamento de Solos (UCLMS) apresenta o Relatório Técnico referente ao Levantamento da Aptidão de Uso das Terras do Complexo Hidrológico Médio Rio Neisse, no município de APIÚNA / SC.

Este documento visa auxiliar os extensionistas rurais e demais técnicos no planejamento físico-conservacionista e outras atividades desenvolvidas em nível de pequenas bacias hidrográficas, permitindo uma racionalização de recursos na busca do incremento sustentável da produtividade e da renda.

Hugo José Braga Gerente Estadual de Recursos Naturais – GRN

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SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 9

2 SITUAÇÃO REGIONAL 10 2.1 Ocupação territorial 10 2.2 Localização 10 2.3 Sistema viário 11 2.4 Infra-estrutura de apoio ao setor primário 11 2.5 Estrutura fundiária e atividades desenvolvidas no setor agrícola 11

3 MATERIAIS E MÉTODOS 13 3.1 Caracterização socioeconômica 13 3.2 Caracterização climática da microbacia 13

3.2.1. Parâmetros climatológicos básicos 13 3.2.2. Parâmetros relacionados com o potencial hídrico da região 13 3.2.3. Relação Terra-Sol 13

3.3 Características físicas da microbacia 14 3.3.1. Área de drenagem 14 3.3.2. Forma da microbacia 14 3.3.3. Sistema de drenagem 15 3.3.4. Declividade da microbacia 17 3.3.5. Hipsometria 18 3.3.6. elevação média da microbacia 18 3.3.7. Tempo de concentração 19

3.4 Aptidão agroclimática 19 3.5 Caracterização das Terras 19

3.5.1. Levantamento, interpretação de dados e produção de mapas temáticos 19 3.5.2. etapas desenvolvidas na realização do trabalho 24

4 DESCRIÇÃO GERAL DA MICROBACIA 25 4.1. Localização geográfica 25 4.2. Aspectos Socioeconômicos e ambientais 26 4.2.1. Aspectos ambientais 26 4.2.2. Aspectos Socioeconômicos 26 4.3. Caracterização climática 28 4.3.1. Dados bioclimáticos 28 4.4. Características físicas da microbacia 32 4.5. Aptidão agroclimática 37

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5 CARACTERIZAÇÃO DAS TERRAS 38 5.1. Província climática e vegetação original 38 5.2. Grandes paisagens 39 5.3. Paisagens 40 5.4. Subpaisagens 42 5.4.1. Encostas erosionais em relevo escarpado – Ee1 43 5.4.2. Encostas erosionais em relevo forte ondulado – Ee2 43 5.4.3. Encostas coluvio-erosionais em patamar – Ece1 46 5.4.4. Encostas erosionais em relevo montanhoso – Ee3 49 5.4.5. Encostas erosionais-coluviais em relevo forte ondulado – Eec1 54 5.4.6. Encostas coluvio-erosionais em relevo ondulado – Ece2 58 5.4.7. Encostas erosionais separadas por cristas bem definidas – Ee4 62

5.4.8. Fundos de vale coluviais – Fv 66 5.4.9. Encostas erosionais-coluviais em relevo ondulado – Eec2 66

6 CONSIDERAÇÕES FINAS E CONCLUSÕES 69

7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 70

8 ANEXOS 73 ANEXO 1 Legenda fisiográfica 74 ANEXO 2 Tabelas 12, 13, 14 e 15 75 ANEXO 3 Mapas (Encartados) 76

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LISTA DE FIGURAS

FIGURA 1 – LOCALIZAÇÃO DO MUNICÍPIO DE APIÚNA NO ESTADO DE SANTA CATARINA, SUAS COORDENADAS GEOGRÁFICAS E MUNICÍPIOS CONFRONTANTES 10

FIGURA 2 – PARÂMETROS DETERMINANTES PARA O CÁLCULO DA DECLIVIDADE DA MICROBACIA 18

FIGURA 3 – LOCALIZAÇÃO ESPACIAL DO COMPLEXO HIDROLÓGICO COMUNIDADES RIO NOVO / FAXINAL / SALÃO 25

FIGURA 4 – TEMPERATURA MÉDIA E MÉDIA DAS TEMPERATURAS MÁXIMAS E MÍNIMAS NA REGIÃO DE APIÚNA 29

FIGURA 5 – UMIDADE RELATIVA DO AR(%), FREQÜÊNCIA DE OCORRÊNCIA DE ESTIAGENS, PRECIPITAÇÃO (mm) E EVAPOTRANSPIRAÇÃO (mm) NA REGIÃO DE APIÚNA 30

FIGURA 6 – RADIAÇÃO SOLAR (%) INCIDENTE NA REGIÃO DE APIÚNA 31

FIGURA 7 – FORMAS E ORDEM DAS MICROBACIAS ARROIO RIO NOVO (A) E RIBEIRÃO ÁGUAS FRIAS (B), PERTENCENTES AO COMPLEXO HIDROLÓGICO COMUNIDADES RIO NOVO / FAXINAL / ÁGUAS FRIAS / SALÃO 33

FIGURA 8 – CURVA HIPSOMÉTRICA DA MICROBACIA ARROIO RIO NOVO 35

FIGURA 9 – CURVA HIPSOMÉTRICA DA MICROBACIA RIBEIRÃO ÁGUAS FRIAS

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LISTA DE TABELAS

TABELA 1 – No. DE ESTABELECIMENTOS RURAIS POR EXTRATO DE ÁREA NO MUNICÍPIO DE APIÚNA 11

TABELA 2 – COMPOSIÇÃO DA PRODUÇÃO AGRÍCOLA DO MUNICÍPIO DE APIÚNA 12

TABELA 3 – COMPOSIÇÃO DA ATIVIDADE ZOOTÉCNICA EXISTENTE NO MUNICÍPIO DE APIÚNA 12

TABELA 4 – GUIA PARA AVALIAÇÃO DA APTIDÃO DE USO DAS TERRAS 21

TABELA 5 – PRINCIPAIS CULTURAS DO COMPLEXO HIDROLÓGICO COMUNIDADES RIO NOVO / FAXINAL / ÁGUAS FRIAS / SALÃO 27

TABELA 6 – PRINCIPAIS CRIAÇÕES DO COMPLEXO HIDROLÓGICO COMUNIDADES RIO NOVO / FAXINAL / ÁGUAS FRIAS / SALÃO 27

TABELA 7 – NORMAIS CLIMATOLÓGICAS PARA A REGIÃO DO COMPLEXO HIDROLÓGICO COMUNIDADES RIO NOVO / FAXINAL / ÁGUAS FRIAS / SALÃO 28

TABELA 8 – RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS DAS MICROBACIAS ARROIO NOVO (A) E RIBEIRÃO ÁGUAS FRIAS 32

TABELA 9 – CÁLCULO DA DECLIVIDADE MÉDIA E DA CURVA HIPSOMÉTRICA DA MICROBACIA ARROIO RIO NOVO 34

TABELA 10 - CÁLCULO DA DECLIVIDADE MÉDIA E DA CURVA HIPSOMÉTRICA DA MICROBACIA RIBEIRÃO ÁGUAS FRIAS 35

TABELA 11 – DISTRIBUIÇÃO DAS CLASSES DE APTIDÃO, USO E CONFLITOS DE USO DAS TERRAS, NAS SUBPAISAGENS FISIOGRÁFICAS 42

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1 - INTRODUÇÃO

O planejamento e execução de ações em busca de um desenvolvimento

sustentado só é factível mediante a disponibilidade de informações que fundamentem tomadas de decisão que se façam necessárias. É portanto indispensável o conhecimento da situação, tanto do ponto de vista socioeconômico como dos recursos naturais disponíveis, na área que se pretende atuar.

Neste documento técnico (relatório descritivo e mapas temáticos) estão contidas informações referentes a área hidrográfica denominada Complexo hidrológico Médio Rio Neisse.

Este trabalho foi realizado primeiramente através do levantamento de dados primários e secundários de maneira a estabelecer uma caracterização dos aspectos físicos, bioclimáticos e Socioeconômicos da área estudada. Posteriormente, a análise destas informações permitiu fazer-se conclusões com relação a utilização dos recursos naturais identificados e algumas sugestões, de forma generalizada, de possíveis ações a serem adotadas.

O objetivo deste trabalho é de fornecer subsídios técnicos aos profissionais e autoridades envolvidas no planejamento e execução de ações na área, de maneira a orientar o uso racional da terra, num programa de incremento da produtividade agrícola e manutenção da capacidade produtiva de suas terras.

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2 - SITUAÇÃO REGIONAL

2.1 - Ocupação territorial

O município de Apiúna foi colonizado em 1878, por famílias alemãs, italianas e

polonesas. O município recebeu outras denominações como Ribeirão do Bugre ou Bugerbach, em função dos índios que habitavam a região; Ribeirão Neisse, em alusão ao rio do mesmo nome da Alemanha, este riacho corta o município ao meio; e Aquidabã, nome de um arroio no Paraguai e de um navio brasileiro que participou da Guerra do Paraguai. Em janeiro de 1944, Aquidabã passou a chamar-se Apiúna, nome de origem tupi (cabeça-negra). Refere-se à pitoresca montanha arredondada e escura existente no município. Em janeiro de 1988 Apiúna foi elevado a categoria de município (SANTA CATARINA, 1990).

Em janeiro de 1944, Aquibadã passou a chamar-se Apiúna, nome de origem tupi (cabeça-negra). Refere-se à pitoresca montanha arredondada e escura existente no município. Em janeiro de 1988 Apiúna foi elevado à categoria de município (SANTA CATARINA, 1990).

Segundo informação do técnico local, Apiúna possui uma população, estimada no Plano Municipal de Desenvolvimento Rural em 1995, de 7.731 habitantes, sendo que a população rural é de 4.891 habitantes, representando cerca de 63% da população total.

2.2 - Localização

O município de Apiúna possui uma área de 485 km2 e está situada no Médio

Vale do Itajaí a uma latitude de 27o02’08” S, longitude de 49o23’23” W de Greenwich e

altitude de 87 metros. A Figura 1 ilustra a localização do município no Estado, suas coordenadas geográficas bem como seus vizinhos confrontantes.

Figura 1 - Localização do município de Apiúna no Estado de Santa Catarina,

suas coordenadas geográficas e municípios confrontantes.

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Para efeito de planejamento estadual., Apiúna integra a Microrregião do Médio

Vale do Itajaí, composta de 11 municípios, cujo centro polarizador é Blumenau e faz parte da AMMVI - Associação dos Municípios do Médio Vale do Itajaí, composta de 14 municípios (SANTA CATARINA, 1990).

2.3 - Sistema viário

O acesso ao município é possível através das rodovias BR 101 e BR 470,

ambas asfaltadas. Apiúna possui uma malha viária de aproximadamente 500 km de estradas municipais, sendo que as condições de tráfego são consideradas boas, apesar de sua grande extensão dificultar os trabalhos pela Prefeitura.

2.4 - Infra-estrutura municipal de apoio ao setor primário

O município dispõe, em apoio às atividades agropecuárias, uma equipe técnica

composta de um engenheiro agrônomo; um médico veterinário; dois tratoristas, um operador de retroescavadeira e três viveiristas. No Escritório local da EPAGRI atuam no setor um técnico agrícola e uma extensionista social rural. Existem também aproximadamente dez instrutores de fumageiras atuando no município.

2.5 - Estrutura fundiária e atividades desenvolvidas no setor agrícola

A estrutura fundiária do município caracteriza-se por apresentar 818

propriedades rurais distribuídas entre igual número de produtores. Segundo o indicado

na Tabela 1, a maioria dos estabelecimentos rurais, cerca de 88% não possuem área superior a 50 hectares. A área média das propriedades é de 25 hectares.

Tabela 1 - Número estabelecimentos rurais por extrato de área, no município de Apiúna

ÁREA (há) No. %

0-20 503 61,5

20-50 215 26,3

50-100 60 7,3

100-500 32 3,9

+500 8 1,0

TOTAL 818 100,0

Fonte: Escritório municipal de Agricultura de APIÚNA, 1995. Com relação a produção agrícola, segundo informações do técnico da EPAGRI,

as lavouras temporárias ocupam a maior parte da área das propriedades, predominando o milho, fumo e feijão (safrinha), de acordo com o demonstrado na

Tabela 2.

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Tabela 2 Composição da produção agrícola do município de Apiúna.

PRODUTO ÁREA(há) PRODUTIVIDADE PRODUÇÃO (ton)

Fumo (estufa) 618 1.700 1050,6

Milho 900 2.400 2.160

Feijão (safrinha) 400 800 320

Feijão (safra) 60 1.080 64,8

Arroz irrigado 50 5.000 250

Pepino (conserva) 90 12.000 1.080

Fumo (galpão) 25 1.200 30 Fonte: Escritório Municipal de agricultura de Apiúna, 1995.

As principais criações desenvolvidas no município de Apiúna estão apresentadas na tabela 3 abaixo.

Tabela 3 - Composição da atividade zootécnica existente no município de Apiúna

ESPÉCIE No. DE CABEÇAS

Bovino (leite) 1.778

Bovino (corte) 5.331

Suínos (matrizes e engorda) 2.000

Aves (corte) 60.000

Apicultura (no. De colmeias) 950

Fonte: Plano Municipal de Desenvolvimento Rural, 1995. Com relação às atividades de agroindústrias no município, destaca-se a

Agroindústria Rio Novo que atua na industrialização de suínos. Abate aproximadamente dois porcos por semana que depois de industrializados são vendidos na sede do município e para a Prefeitura (merenda escolar).

A ENESE - indústria de conservas em geral, também se faz presente através da compra da produção local de pepinos.

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3 - MATERIAIS E MÉTODOS

3.1 - Caracterização socioeconômica Baseia-se nas informações fornecidas pelo extensionista de microbacias local,

através de respostas a um questionário elaborado conforme Metodologia para o Inventário das Terras em Microbacias Hidrográficas (Panichi et al, 1994).

3.2.- Caracterização climática da microbacia

3.2.1 - Parâmetros climatológicos básicos Para a caracterização climática da Complexo Hidrológico Médio Rio Neisse

foram utilizados estimativas das médias mensais das temperaturas máximas, médias e mínimas, conforme metodologia proposta por BRAGA et al. (1986) e apresentadas por PANICHI et al. (1994) considerando as coordenadas geográficas de latitude 27( 17’ S, longitude 49( 35’ W Gr. e altitude de 527 metros.

Para os dados de umidade relativa do ar foram utilizados dados meteorológicos de Ituporanga.

3.2.2 - Parâmetros relacionados com o potencial hídrico da região A precipitação pluviométrica, dias de chuva e maior precipitação em 24 horas

são provenientes do posto DNAEE de Rio do Sul, período de 1941 a 1979 (PANICHI et al., 1994).

As probabilidades (P) de ocorrência de estiagens em um determinado mês foram calculadas por P = n/m, onde n = número de meses em que ocorreram estiagens e m = número total de meses considerados. A evapotranspiração potencial foi estimada pelo método de Thornthwaite (1948), utilizando-se os valores estimados de temperatura média mensal.

3.2.3 - Relação Terra-sol É apresentada graficamente a insolação (número médio mensal de horas de

brilho solar) para a região. Foram também determinados os totais de radiação solar máxima possível para o 15o dia de cada mês, incidentes em terrenos horizontais e em terrenos com declividade de 18 % voltados para o norte e para o sul, de acordo com SILVA & BRAGA (1987). Estes valores foram convertidos em percentuais, tendo como referência a radiação incidente no dia 15 de dezembro.

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3.3 - Características físicas da microbacia As características físicas de uma microbacia hidrográfica são elementos

auxiliares para uma avaliação do comportamento hidrológico e suas relações com os processos erosivos e riscos de enchentes.

3.3.1 - Área de drenagem É a representação plana da área limitada pelos divisores topográficos. A área é

um dado fundamental para definir a potencialidade hídrica da microbacia hidrográfica., porque seu valor multiplicado pela lâmina de chuva precipitada define o volume de água recebido pela microbacia. Por isso considera-se como a área da microbacia hidrográfica a sua área projetada verticalmente.

Uma vez definidos os contornos da microbacia, a sua área foi obtida por planimetria direta da base cartográfica ampliada para a escala 1:25.000.

3.3.2 - Forma da microbacia Está relacionada com o tempo de concentração, isto é, ao tempo necessário

para a chuva que cai nos limites da microbacia alcance um ponto determinado, neste caso, a foz da mesma. Em geral as bacias hidrográficas dos grandes rios apresentam a forma de uma pêra ou de um leque, mas as pequenas bacias variam muito no formato, dependendo da estrutura geológica do terreno. A forma da microbacia pode ser avaliada de diversas maneiras, neste estudo utilizou-se apenas as seguintes:

a) Coeficiente de compacidade (Kc) : ou Índice de Gravelius (Kc): relaciona o perímetro da microbacia a um círculo de área igual a mesma (VILLELA & MATTOS, 1975). Quanto mais irregular for a forma da microbacia maior deverá ser este índice. A medida que Kc se aproxima da unidade a microbacia tende para a forma circular, aumentando a probabilidade de enchentes.

KcP

A 0 28,

Onde: Kc = Coeficiente de compacidade; P = Perímetro da microbacia (km); A = Área da microbacia (km2).

b) Fator de forma (Kf): constitui outro índice indicativo da maior ou menor tendência para enchentes de uma microbacia. Um fator de forma baixo, indica que a microbacia está menos sujeita a enchentes que outra de mesmo tamanho porém com maior fator de forma. O Kf foi obtido dividindo-se a área pelo comprimento axial da microbacia, conforme VILLELA & MATTOS (1975).

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KfA

La

2

Onde: Kf = Fator de forma; A = Área de drenagem (km2); La = Comprimento axial da microbacia (km). Obs.: O comprimento axial da microbacia é obtido quando se mede o curso

d’água mais longo desde a desembocadura até a cabeceira mais distante.

3.3.3 - Sistema de drenagem É constituído pelo rio principal e seus tributários. O estudo das ramificações e do

desenvolvimento do sistema indica a maior ou menor velocidade com que a água deixa a microbacia hidrográfica.

a) Ordem dos cursos d'água: É uma classificação que reflete o grau de ramificação ou bifurcação do curso d’água principal de uma microbacia. Para a classificação, adotou-se os critério de STRAHLER (1957), citado por TUCCI, 1993, que considera de primeira ordem os canais que não possuem tributários, mesmo sendo nascentes dos rios principais e afluentes. Os canais de segunda ordem são os que se originam da confluência de dois canais de primeira ordem; os canais de terceira ordem originam-se da confluência de dois canais de segunda ordem, podendo receber afluentes de segunda e de primeira ordens, sucessivamente. Utilizou-se para tal determinação o mapa hidrográfico da microbacia onde estão incluídos todos os canais perenes, intermitentes ou efêmeros.

b) Densidade de drenagem: Este índice é expresso pela relação entre o comprimento total dos cursos d'água (sejam eles efêmeros, intermitentes ou perenes) de uma microbacia e a sua área total. Cabe-se salientar que o nível de detalhamento é um reflexo da escala de trabalho utilizada.

A densidade de drenagem reflete a topografia, a litologia e os tipos de solos de uma microbacia. É função do comportamento hidrológico das rochas. Em rochas onde a infiltração da água é mais difícil, há um acréscimo no escoamento superficial, proporcionando uma maior esculturação dos canais. A densidade de drenagem está numa relação inversa a extensão do escoamento superficial e, portanto, fornece uma indicação da eficiência da drenagem da microbacia (VILLELA & MATTOS, 1975)._

DdLt

A

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Onde: Dd = Densidade de drenagem (km/km2 ); Lt = Comprimento total dos cursos de água (km); A = Área de drenagem da microbacia (km2). Tem-se que este índice varia de 0,5km/km2 para microbacias com drenagem

pobres e 3,5km/km2 ou mais para microbacias excepcionalmente bem drenadas.

c) Extensão média do escoamento superficial: É definida, segundo VILLELA & MATTOS (1975), como sendo a distância média em que a água da chuva teria que escoar sobre os terrenos de uma microbacia, caso o escoamento se desse em linha reta desde onde a chuva caiu até o ponto mais próximo no leito de um curso d’água qualquer da microbacia. Considerando que uma microbacia de área A possa ser representada por uma área de drenagem retangular, tendo um curso d’água de extensão Lt passando pelo seu centro, a extensão do escoamento superficial l, será dada pela expressão.

lA

Lt

4

Onde: l = Extensão média do escoamento superficial (km); A = Área da bacia (km2); Lt = Comprimento total dos cursos d'água (km). Embora a extensão do escoamento superficial que efetivamente ocorre sobre os

terrenos possa ser bastante diferente dos valores determinados pela equação, devido a diversos fatores de influência, este índice constitui uma indicação da distância média do escoamento superficial.

d) Índice de sinuosidade do curso d'água: É definida pela relação existente entre o comprimento do canal principal da nascente até a desembocadura e a distância mais curta, em linha reta, entre a nascente e a desembocadura, do rio (CHRISTOFOLETTI, 1981).

Este índice adaptado de MANSIKKANIEMI (1972), citado por CHRISTOFOLETTI, (1981), dá uma noção da homogeneidade do embasamento rochoso e do grau de resistência das rochas. Pode-se ter uma idéia geral do nível de equilíbrio erosão-deposição, com base em valores percentuais, estabelecidos em 5 classes quanto à sinuosidade:

IsL D

L

100( )

Onde: Is = Índice de sinuosidade ; L = Comprimento do curso d’água (km); D = Distância mais curta entre a nascente e desembocadura (km).

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CLASSE Is%

Muito reto < 20%

Reto 20,0 – 29,9%

Divagante 30,0 – 39,9%

Sinuoso 40,0 – 49,9%

Muito Sinuoso > 50,0%_

3.3.4 - Declividade da microbacia A declividade dos terrenos de uma microbacia influi diretamente na velocidade

do escoamento superficial. Afeta o tempo de concentração e a magnitude dos picos de enchentes, bem como na maior ou menor oportunidade de infiltração, ou seja, afeta portanto o tempo que leva a água da chuva para concentrar-se nos leitos fluviais que constituem a rede de drenagem da microbacia.

Para o cálculo da declividade determinou-se na base cartográfica 1:25.000, com o auxílio de um planímetro, a área entre curvas de nível e o comprimento das projeções destas curvas de nível. A figura 2 ilustra os parâmetros utilizados para o cálculo da declividade da microbacia, feito através da aplicação das seguintes fórmulas, adaptadas de VILLELA & MATTOS (1975):

aL L

p1 2

2

pa

L L

2

1 2

DN

p 100

Onde: a = Área entre as curvas de nível (área projetada), determinada com auxílio de

planímetro(m2); N = Diferença de nível entre curvas (m); D = Declividade da área considerada (%) p = Afastamento médio entre curvas de nível, determ. algebricamente (m); L1 = Comp. da curva de nível superior (m); L2 = Comp. da curva nível inferior (m); A declividade média da microbacia foi determinada pela relação entre o

somatório das declividades individuais de cada área considerada e o número de declividades individuais, este cálculo pode ser realizado a partir da seguinte equação:

Dm

Di

n

i

i n

1

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Onde: Dm = Declividade média da microbacia (%) Di = Declividade da área considerada (%) n = número de declividades individuais_

p

L1

L2

a

N

Figura 2 - Parâmetros determinantes para o cálculo da declividade da

microbacia

3.3.5 - Hipsometria É o estudo das medidas altimétricas de uma determinada área. A curva

hipsométrica representa graficamente a variação da elevação dos vários terrenos da microbacia com referência ao nível do mar. Demonstra a percentagem da área de drenagem que existe acima ou abaixo de uma determinada altitude (VILLELA & MATTOS, 1975). A curva foi determinada planimetrando-se as áreas entre as curvas de nível.

3.3.6 - Elevação média da microbacia. As variações da altitude e da elevação média são importantes pela influência

que exercem principalmente sobre a temperatura média, o que vem acarretar variações sobre a precipitação e evapotranspiração e, consequentemente, sobre o deflúvio médio (VILLELA & MATTOS, 1975). A elevação média foi determinada por meio da equação abaixo:

Eea

A

Onde: E = Elevação média da microbacia (m); e = Elevação média entre duas curvas de nível consecutivas (m); a = Área entre as curvas de nível (m); A = Área da microbacia (m2).

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3.3.7 - Tempo de concentração Definido por VILLELA E MATTOS, 1975, como sendo o tempo que a chuva, que

cai no ponto mais distante da secção considerada de uma bacia, leva para atingir esta secção. Mede o tempo para que toda a microbacia contribua para o escoamento superficial na secção considerada, a partir do início da chuva.

O tempo de concentração pode ser estimado de diferentes maneiras, neste inventário foi determinado segundo EUCLYDES, 1987, aplicando-se a fórmula de Giandotti, apresentada a seguir:

TcA Lw

Hm Ho

4 15

0 8

,

,

Onde: Tc = Tempo de concentração (h); A = Área da microbacia ( km2); Lw = Comprimento do talvegue (km). Hm = Altitude média (m); Ho = Altitude final do trecho (m).

3.4 - Aptidão agroclimática No delineamento da aptidão agroclimática foram consultados o Zoneamento

Agroclimático do Estado de Santa Catarina (EMPASC, 1978 e IDE et al., 1980, a recomendação de Cultivares para o Estado de Santa Catarina (EPAGRI, 1994) e o Zoneamento para Plantios Florestais no Estado de Santa Catarina (EMBRAPA, 1988).

Não foram consideradas as culturas definidas como de aptidão moderada para a região, ou seja, foram citadas apenas aquelas constantes como preferenciais nos referidos zoneamentos.

3.5 – Caracterização das Terras As terras do Complexo Hidrológico Comunidades Rio Novo / Faxinal / Águas

Frias / Salão, foram caracterizadas de acordo com a sua fisiografia, aptidão de uso, uso e conflitos de uso, bem como, com os solos dominantes ocorrentes na área.

3.5.1. Levantamento, interpretação de dados e produção de mapas temáticos

Utilizou-se como material básico aerofotos pancromáticas em escala aproximada 1:25.000 (vôo realizado pela Cruzeiro do Sul – Levantamentos Aerofotogramétricos, de 1977 a 1979) e como base cartográfica foi utilizada a folha topográfica de Apiúna (SG-22-Z-D-I-1), elaborada pelo IBGE em 1976, em escala 1:50.000, ampliada para 1:20.000, adotada para este trabalho.

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Após a fotointerpretação definitiva, os “overlays” sofreram ajustes de escala para 1:25.000, permitindo a transferência dos temas interpretados para a base cartográfica. Estes ajustes foram feitos por fotocopiadora após a determinação dos fatores de correção de escala. Os fatores, que definiram a ampliação ou redução dos “overlays”, foram determinados por comparação de no mínimo três segmentos de retas comuns às aerofotos e à base cartográfica.

a- Mapa planialtimétrico Foi obtido por compilação das cartas topográficas do IBGE utilizada neste

trabalho, com a escala de 1:50.000, a partir da ampliação por processo de fototransparência, para a escala 1:25.000, servindo como base cartográfica para o presente trabalho.

b - Mapa hidrográfico e rodoviário Este mapa é de grande importância como instrumento que permite uma melhor

localização dentro da área de estudo. Apresenta também informações que auxiliam na caracterização fisiográfica (padrões de drenagem, densidade de drenagem, localização de falhas geológicas, entre outras). Foi obtido por atualização e complementação da base cartográfica em termos de estradas, caminhos e rede de drenagem.

c - Análise fisiográfica Na análise fisiográfica da microbacia utilizou-se a metodologia proposta pelo

Agrólogo Pedro Botero aos técnicos da UCLMS, através de consultoria do ITC/Projeto Microbacias BIRD. Consiste na classificação e correlação das características climáticas, de vegetação, geomorfológicas, geológicas e de elementos modificadores (declividade, profundidade efetiva, suscetibilidade à erosão, fertilidade, condições de drenagem e pedregosidade), chegando-se a unidades fisiográficas homogêneas. Foi possível, desta forma, aprofundar o estudo de solos e de aptidão de uso das terras. A delimitação destas características é representada pelo mapa fisiográfico.

d – Solos dominantes: As classes de solos dominantes foram identificadas a partir de informações

disponíveis, trabalho de campo e análises laboratoriais. Foram feitas coletas e análises morfológicas, físicas e químicas dos horizontes A e B, em 16 pontos selecionados com a finalidade de caracterizar os solos dominantes; coletadas amostras de solos até 20cm de profundidade, em 4 pontos, para se avaliar as condições de fertilidade nas diferentes classes e 8 pontos de observação, sem coleta, para confirmação dos tipos e características dos solos encontrados na área.

e – Determinação da aptidão de uso das terras Na determinação das classes de aptidão de uso foi utilizada a "Metodologia para

Classificação da Aptidão de Uso das Terras do Estado de Santa Catarina (UBERTI et al, 1991), que estabelece cinco classes, a saber:

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Classe 1 - Aptidão boa para culturas anuais climaticamente adaptadas Classe 2 - Aptidão regular para culturas anuais climaticamente adaptadas Classe 3 - Aptidão com restrições para culturas anuais climaticamente

adaptadas; aptidão regular para fruticultura e boa para pastagens e reflorestamento. Classe 4 - Aptidão com restrições para fruticultura e regular para pastagens e

reflorestamento. Classe 5 - Preservação permanente. Para a determinação destas classes foram considerados os seguintes fatores de

avaliação (UBERTI et al.,1991):. (pr) = Profundidade efetiva (cm). (d) = Declividade (%). (e) = Susceptibilidade à erosão. (f) = Fertilidade (t/ha calcáreo). (h) = Drenagem. (p) = Pedregosidade A Tabela 4 é usada como guia para a avaliação das classes de aptidão de uso

das terras.

Tabela 4 - Guia para a avaliação da aptidão de uso das terras CLASSE

DE

APTIDÃO

DECLIVI

DADE

(d)

PROFUNDI-

DADE

EFETIVA

(pr)

PEDREGOS

IDADE

(p)

SUSCETIBILIDADE

A EROSÃO

(e)

FERTILIDAD

E

(ton/há/cal)

DRENAGE

M

(h)

1 0 a 8 > 100 Não pedregosa

Nula a ligeira 0-6 Bem drenada

2 8-20 50-100 Moderada Moderada 6-12 Bem a imperfeitam

ente drenada

3 20-45 < 50 Pedregosa a muito

pedregosa

Forte > 12 Qualquer

4 45-75 Qualquer Muito pedregosa

Muito forte Qualquer Qualquer

5 _> 75 qualquer Extremamente

pedregosa

qualquer qualquer qualquer

FONTE: UBERTI et al, 1991

a/Para o cultivo do arroz irrigado, apesar da pouca profundidade

efetiva e da má drenagem, podem enquadrar-se na classe 1 os solos com horizonte Glei (hidromórficos) e parte dos Solos Orgânicos, desde que satisfaçam os demais critérios da classe e que sejam observadas as práticas adequadas de manejo do lençol freático. Nestes casos sua representação será 1g (Glei) e 1o (Orgânico).

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b/Nesta classe estão incluídas também as Areias Quartzosas de granulação muito fina, com horizonte A Moderado e horizonte C de coloração vermelho-amarelada e de média fertilidade natural. Neste caso sua representação será 3a.

c/Nesta classe estão incluídas também as Areias Quartzosas de

granulação fina e média, com horizonte A Fraco, horizonte C cinza-claro e baixa fertilidade natural e as Areias Quartzosas Hidromórficas. Neste caso sua representação será 4a. Esta classificação das terras de acordo com sua aptidão agrícola é dinâmica,

uma vez corrigido o fator limitante, as terras poderão ser enquadradas numa classe superior (p. ex., calagem) ou inferior caso passe a ter limitações maiores.

A interpretação dos dados assim obtidos, foi representada cartograficamente, originando o mapa de aptidão de uso das terras.

f- Identificação do uso das terras Foi feita tomando-se como base a cobertura aerofotogramétrica existente e

atualizações através dos levantamentos de campo e, posteriormente, representada cartograficamente no mapa de uso das terras. A classificação do uso das terras da área de estudo, foi feita com base em sete classes de uso, a saber:

Capoeira (Cpo); Reflorestamento (Fr); Campo(Cam); Culturas anuais (Ca); Floresta Nativa (F); Fruticultura (Cp); Área urbanizada (H).

A classe denominada por floresta nativa, abrange a cobertura vegetal predominantemente arbórea florestas primárias e secundárias), incluindo-se os capoeirões. A denominada campo (Cam), inclui a vegetação rasteira (herbácea), pastagens nativas e cultivadas, perenes. Dentro da classe culturas anuais, também foram incluídas as pastagens de ciclo anual. Na classe capoeiras (Cpo), foram consideradas as áreas com predominância de coberturas arbustivas.

g- Identificação dos conflitos de uso das terras A mapa de identificação dos conflitos de uso das terras foi obtido por meio da

sobreposição das informações dos mapas de aptidão e de uso das terras. Os conflitos de uso foram organizados em quatro classes a saber:

a) SUBUTILIZAÇÃO: enquadram-se nesta classe, as terras que poderiam ser utilizadas mais intensivamente, sem prejuízos à conservação das terras, salvaguardando a questão econômica e ambiental. Apresenta-se com dez subclasses:

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Cam/1- campo em classe 1 Cam/2-campo em classe 2 Cp/1-fruticultura em classe 1 Fr/1-reflorestamento em classe 1 Fr/- reflorestamento em classe 2 F/1-floresta nativa em classe 1 F/2-floresta nativa em classe 2 F/3-floresta nativa em classe 3 Cpo/- capoeira em classe 1 Cpo/- capoeira em classe 2

b) USO COM RESTRIÇÕES: são terras que estão sendo utilizadas de acordo com sua aptidão de uso mas apresentam risco de degradação, necessitando intensas medidas de manejo e conservação do solo. Apresenta-se com seis subclasses:

Fr/4-reflorestamento em classe 4 Ca/2-cultura anual em classe 2 Ca/3-cultura anual em classe 3 Cam/4- campo em classe 4 Cp/3-fruticultura em classe 3 Cp/4-fruticultura em classe 4

c) CONFLITOS DE USO: contempla as terras que estão sendo utilizadas com atividades agropecuárias fora da vocação natural das terras e, se mantidas, comprometem a conservação da água e do solo. Apresenta-se com cinco subclasses:

Ca/4-cultura anual em classe 4 Ca/5-cultura anual em classe 5 Fr/5-reflorestamento em classe 5 Cam/5-campo em classe 5 Cp/5-fruticultura em classe 5

d) USO SEM RESTRIÇÕES: enquadram-se nesta classe, as terras que estão sendo utilizadas conforme a sua vocação natural. São nove subclasses:

Ca/1-cultura anual em classe 1 Cp/2-fruticultura em classe 2 Cam/3- campo em classe 3 Fr/3-reflorestamento em classe 3 F/4-floresta nativa em classe 4 F/5-floresta nativa em classe 5 Cpo/3-capoeira em classe 3 Cpo/4-capoeira em classe 4 Cpo/5-capoeira em classe 5

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3.5.2 - Etapas desenvolvidas na realização do trabalho a) Setorização da microbacia e ampliação da base cartográfica para escala

1:25.000. b) Seleção e preparo das aerofotos e delimitação da área da microbacia. c) Revisão bibliográfica em termos de geologia, geomorfologia, solos, vegetação,

uso da terra e clima; d) Fotointerpretação e confecções das legendas preliminares, analisando-se a

fisiografia, as classes de aptidão de uso e uso das terras, e seleção de possíveis pontos de amostragem de solos. Nesta etapa, foi feita também a complementação e atualização preliminar da rede de drenagem e da malha viária.

e) Reambulação - durante os trabalhos de campo, executados por

caminhamento, foram efetuados: - Atualização do uso das terras; - Aferição das classes de declividade com clinômetro, efetuando-se os ajustes

necessários para correção das manchas obtidas na fotointerpretação preliminar; f) Interpretação dos resultados das análises de solo; g) Elaboração dos mapas temáticos através da transferência das informações

dos “overlays” para a base cartográfica e cálculo das áreas.(Na determinação de áreas, usa-se os métodos da grade de pontos para áreas menores e planimetragem para as maiores);

h) Apresentação dos resultados: Elaboração do relatório descritivo, que contém

aspectos que caracterizam a área estudada e arte final, com os seguintes mapas temáticos apresentados em anexo):

- Mapa planialtimétrico (compilado da carta topográfica, folha Apiúna); - Mapa de uso das terras; - Mapa fisiográfico; - Mapa de aptidão de uso das terras; - Mapa de identificação dos conflitos de uso das terras; - Mapa hidrográfico e rodoviário.

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4 DESCRIÇÃO GERAL DA MICROBACIA

4.1 - Localização Geográfica A área em estudo, inserida na Bacia Hidrográfica Itajaí-Açu do projeto

microbacias/BIRD, denominada Complexo Hidrológico Médio Rio Neisse, cujo canal principal é o Rio Neisse na porção média de sua extensão. É composto pela área de drenagem compreendida entre a confluência de seus afluentes Ribeirão Novo e Águas Frias. A microbacia está compreendida entre as coordenadas 490 16 ’ - 490 22’ de longitude oeste de Greenwich e 270 08’ - 270 14’ de latitude sul, como representado na Figura 3.

Figura 3 - Localização espacial do Complexo Hidrológico Comunidades Rio Novo / Faxinal / Águas Frias / Salão

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4.2 - Aspectos Socioeconômicos e Ambientais

4.2.1 - Aspectos Ambientais A área denominada Complexo Hidrológico Médio Rio Neisse, foi classificada em

segundo lugar na priorização do município de Apiúna. Os parâmetros que definiram sua priorização foram: Erosão, devido ao tipo de manejo e a declividade média local; poluição dos cursos d’água por dejetos e agrotóxicos, densidade demográfica da área, principalmente nas margens dos Ribeirões Novo e Águas Frias e importância da área para o município.

Atualmente a microbacia possui cerca de 69% de sua área sob cobertura florestal. Existem aproximadamente 4.000 hectares de reflorestamentos com espécies exóticas, porém na sua maioria ocorrem em extensões não mapeáveis devido a escala adotada, tendo sido possível definir apenas cerca de 122 hectares. Das espécies nativas destacam-se: Ocotea pretiosa (Sassafraz); Mimosa scabrella (Bracatinga); Cedrela fissilis (Cedro); Alchornea triplinervia (Tainheiro, Licurana); Miconia cinnamonifolia (Jactirão-açu); Nectranda sp (Canela); Euterpe edulis (Palmito); Piptocarpha angustifolia (Vassorão); Cabrolea glaherrina (Cangerana); Vitex megapotâmica (Taruma); Taluma ovata (Baguaçu) e Enterolum contortisilium (Timbaúna).

A fauna local compõem-se de espécies como: tatu; paca; cutia; quati; lagarto; jacú; araquã; tucano, pomba-rola, nhambu ,etc.

As águas da microbacia são utilizadas para o abastecimento das famílias rurais que habitam a área, por esta razão é de extrema importância a sua qualidade. A maior parte dos problemas de saúde da população local está relacionada com a poluição das águas quer seja por dejetos humanos e de animais e por agrotóxicos. A poluição por dejetos ocorre por não existir nas propriedades sistema de tratamento dos mesmos. O agrotóxico é fonte de poluição ambiental e ameaça à saúde dos habitantes devido ser o fumo a cultura predominante na microbacia, e nesta cultura é intenso a sua utilização. A maior parte dos agricultores não utiliza nenhum equipamento de proteção em sua aplicação. As embalagens são armazenadas nas propriedades e recolhida pela Prefeitura três vezes por ano.

4.2.2 - Aspectos Socioeconômicos A população residente na microbacia é composta de 95 famílias, de origem

variada (alemães, italianas e polonesas). A Prefeitura presta atendimento médico e odontológico, através de postos de saúde localizados nas comunidades, onde também funcionam escolas de 1 a 4 séries. A estrutura fundiária na área é composta por 110 propriedades agrícolas com tamanho médio de 25 hectares. O número de proprietários é de 107 e 8 são produtores arrendatários.

A juventude local encontra-se desmotivada em permanecer no meio rural devido as baixas rendas obtidas nos últimos anos com a atividade agrícola. Por outro lado, os produtores ainda anseiam encontrar novas opções de renda para suas propriedades. Atualmente a renda média anual, estimada entre U$ 6.000 e US$ 30.000, provém da agricultura e em menor escala a suinocultura. A atividade agropecuária está caracterizada nas tabelas 5 e 6.

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TABELA 5 - Principais culturas da Complexo Hidrológico Médio Rio Neisse.

CULTURA ÁREA

(ha)

PRODUTIVIDADE

(kg/ha)

PRODUÇÃO

(t)

Fumo 130 1.700 221

Milho 150 2.400 360

Feijão (safra) 8 1.080 8,6

Feijão (safrinha) 60 800 48

Cebola 6 15.000 90

Batata 2 15.000 30

Pepino 15,0 12.000 180

Fonte: Escritório Municipal de Apiúna, 1995 Aproximadamente 30% dos agricultores adotam um bom nível tecnológico nas

atividades desenvolvidas na propriedade, 45% médio e 25% adotam um baixo nível tecnologia. Parte dos agricultores (30%) apresentam boas condições de armazenagem na propriedade. Na cultura do fumo, a aquisição de insumos é a comercialização do produto são feitos pelas empresas Fumageiras já para as demais culturas o agricultor é que comercializa o produto e compra os insumos.

Cerca de 70% dos produtores utilizam tração animal e micro tratores para o manejo da terra, os demais 30% utilizam de tração animal e tratores de porte maior. Aproximadamente 90% utiliza somente mão-de-obra familiar , os outros 10% também utilizam mão-de-obra familiar porém, recorrem a assalariados quando da safra de fumo, geralmente entre os meses de setembro e março.

TABELA 6 - Principais criações do Complexo Hidrológico Comunidades rio Novo / Faxinal / Águas Frias / Salão.

CRIAÇÃO No. DE CABEÇAS No. DE PRODUTORES

Suínos 170 8

Bovinos (leite) 373 85

Bovinos (corte) 1492 60

Fonte: Escritório Municipal de Apíuna, 1995. Os produtores de suínos integrados apresentam um melhor nível tecnológico e a

comercialização de seus produtos e aquisição de insumos é feita pela agroindústria. A criação de bovinos de corte e de leite é feita para a subsistência, e o nível

tecnológico empregado é razoável. O município possui uma agência do BESC e um posto do Banco do Brasil, que

dispõem de poucos recursos para o custeio das atividades agropecuárias. Com relação a organização dos produtores, a maioria deles são associados ao

Sindicato dos Trabalhadores Rurais. As comunidades locais são servidas por linha de ônibus para o transporte até a

sede do município. Também dispõem de energia elétrica e a telefonia rural encontra-se instalada em duas comunidades, atendendo as necessidades das populações locais.

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4.3 - Caracterização Climática

4.3.1 - Dados bioclimáticos A classificação climática do município de Apiúna, segundo a metodologia

proposta por Koeppen, é Cfa (clima subtropical úmido), apesar de que nos pontos de maior altitude possa ser classificado como Cfb (clima temperado). É classificado como subtropical, por esta classificação, em razão da temperatura média do mês mais quente ser superior a 22 oC.

A tabela 7 apresenta as normais climatológicas para a região da microbacia.

4.3.1.1 Parâmetros climatológicos básicos A temperatura média anual da região é de 17,7 oC, sendo janeiro e fevereiro os

meses mais quentes e junho e julho os mais frios. Valores mensais e anuais de temperatura média, média das temperaturas máximas e média das temperaturas mínimas são apresentadas na Tabela 6 e Figura 4. A temperatura máxima diária ocorre em torno das 14-15 horas e a mínima quando do nascer do sol. Entretanto, ocasionalmente podem ocorrer temperaturas mínimas e máximas diárias fora destes horários.

4.3.1.2 Parâmetros relacionados ao potencial hídrico da região A precipitação total anual média da região é de 1361 mm, com a seguinte

distribuição: 31,0 % no verão (dez-jan-fev), 21,0 % no outono (mar-abr-mai), 22,0 % no inverno (jun-jul-ago) e 26,0 % na primavera (set-out-nov) (Tabela 7). Ocasionalmente ocorrem meses secos com prejuízos para a produção.

Tabela 7 - Normais climatológicas para a região da microbacia “Ribeirão Neisse”

MÊS TEMP

MÉDIA

(°C)

TEMP

MÁX

(°C)

TEMP

MIN

(°C)

PRECIP.

(mm)

PRE

MAX

24h(mm)

DIAS c/

CHUVA

UR

(%)

ETR

(mm)

JAN 21,8 28,3 17,2 149 77 11 83 119

FEV 21,8 28,2 17,5 151 78 11 83 106

MAR 20,9 27,1 16,5 129 82 10 81 97

ABR 18,4 24,5 13,1 71 49 7 86 68

MAI 15,5 22,0 9,8 79 83 7 89 49

JUN 14,0 20,1 8,3 96 78 8 89 37

JUL 13,4 20,3 7,5 96 63 8 85 36

AGO 14,4 21,0 8,7 111 92 8 84 43

SET 15,5 21,8 11,0 129 54 10 84 53

OUT 17,0 23,2 13,3 129 112 10 80 70

NOV 18,8 25,8 14,3 103 157 8 76 87

DEZ 20,7 28,2 15,7 118 140 9 78 108

TOTAL 17,7 24,2 12,7 1361 157 8,9 83 873

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Figura 4 - Temperatura média e média das temperaturas máximas e mínimas (oC) na região de Apiúna.

Para verificar quais os meses com maior freqüência de ocorrência de estiagens,

avaliou-se a série histórica de precipitação na região, comparando a precipitação (PRE) mensal com a evapotranspiração de referência (ETR) média mensal da região. Considerou-se mês seco aquele com ETR > PRE. Na Figura 5 são apresentadas as freqüências mensais de ocorrência de estiagens na região. O semestre novembro - abril é o mais seco, sendo abril o mês mais seco com 62 % de possibilidade de ocorrer estiagem, seguido por novembro (54 %) e dezembro (44 %).

Segundo VEIGA et al. (1992), na região da microbacia Ribeirão Neisse os meses que apresentam maior índice de erosividade são janeiro e fevereiro. Entretanto, em qualquer mês podem ocorrer chuvas fortes. A máxima precipitação em 24 horas registrada foi de 157 mm, a qual ocorreu em novembro de 1952.

A média anual da umidade relativa da microbacia é de 83,0 %. Os maiores valores ocorrem a noite, quando se aproxima de 100 % e os menores em torno das 14:00 horas (Figura 5).

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Figura 5 - Umidade relativa do ar (%), freqüência de ocorrência de estiagens, precipitação (mm) e evapotranspiração (mm) na região de Apiúna.

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4.3.1.3 - Relações Terra-Sol Radiação solar é a energia recebida pela Terra, na forma de ondas

eletromagnéticas, provenientes do sol. Radiação solar global (RSG) é o conjunto da radiação solar direta mais a difusa que atinge uma superfície. A RSG é dependente da insolação ocorrente em um determinado período.

Entretanto, superfícies com orientações e inclinações diferentes recebem quantidades diferentes de RSG em comparação com uma superfície horizontal, em uma mesma localidade e época do ano. A importância deste fato é que a produção de matéria vegetal é condicionada pela disponibilidade de energia solar. Na figura 6 é apresentada a relação entre a energia em uma superfície horizontal com aquela incidente em encostas norte e sul com inclinação de 18 %.

Assim, para o aproveitamento máximo da radiação solar é importante a orientação e inclinação da superfície coletora, como por exemplo, para a orientação de telhados. Assim, em junho e julho uma inclinação norte de aproximadamente 60o permitiria o máximo aproveitamento de energia solar, enquanto que em novembro, dezembro, janeiro e fevereiro as superfícies horizontais ( 0o ) receberiam mais energia.

Superfícies com orientação norte e com inclinação ( podem ser consideradas como se fossem horizontais e estivessem a ( graus de latitude mais ao norte. As superfícies norte recebem porcentualmente mais RSG nos meses de inverno. Por outro lado, superfícies sul recebem menos RSG, sendo o efeito diretamente proporcional ao aumento da inclinação da superfície e mais pronunciado no inverno (TUBELIS & NASCIMENTO, 1984).

Superfícies que possuem orientações leste ou oeste terão menores durações diárias da insolação, devido a um adiantamento do momento do por do sol para terrenos leste e atraso do nascer do sol para terrenos oeste. A RSG será a mesma para ambas as orientações na mesma inclinação. Nas superfícies de orientação leste e oeste, inclinações menores que 20o não influenciam muito o total de RSG ao longo de todo o ano. No verão os efeitos são pouco pronunciados, mas no inverno as inclinações superiores a 20o afetam sensivelmente o recebimento de energia solar.

Figura 6 - Radiação solar (%) incidente na região de Apiúna.

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4.4. - Características físicas da microbacia O conhecimento físico da microbacia é de grande importância já que com base

nestes parâmetros é que o técnico irá decidir-se, juntamente com os agricultores, pelos métodos de controle de erosão, técnicas de preservação do meio ambiente, bem como poderá comparar esta microbacia com as demais em outras regiões do Estado que fazem parte do projeto.

O Complexo Hidrológico Comunidades Rio Novo / Faxinal / Águas Frias / Salão, abrange uma área total de 5.740 hectares contudo a caracterização física foi realizada apenas nas áreas que conformam uma unidade de drenagem perfeita, ou seja, a microbacia Ribeirão Novo com 2.430,40 hectares e a Ribeirão Águas Frias, por sua vez com 2.173 hectares. Os resultados encontrados na caracterização física destas áreas são mostrados na tabela 8 a seguir:

Tabela 8 - Resumo das características físicas das unidades de drenagem Ribeirão Novo (A) e Ribeirão Águas Frias (B):

ATRIBUTOS A B

Área de drenagem (km2) 24,30km2 21,73km2

Perímetro da microbacia 21,50km 21,45km

Comprimento axial da microbacia (km 6,50km 7,07km

Comprimento total dos cursos d’água (Km) 109,0km 98,9km

Comprimento do curso d’água principal (Km) 9,5km 8,8km

Distância mais curta entre a nascente e a foz 6,4km 6,9km

Coeficiente de compacidade (Kc) 1,22 1,29

Fator de forma (Kf) 0,57 0,43

Ordem da microbacia Quinta Quarta

Densidade de drenagem 4,48 4,55

Extensão média do escoamento superficial 0,087km 0,09km

Índice de sinuosidade do curso d’água 32,63% 21,59%

Declividade média (%) 24,79% 24,91%

Altitude máxima (m) 978,00m 978,00m

Altitude média (m) 648,36m 588,85m

Altitude mínima (m) 382,00m 300,0m

Tempo de concentração 2,54horas 2,29horas

Após a avaliação das características físicas das microbacias Arroio Rio Novo (A)

e Ribeirão Águas Frias (B), verifica-se que apresentam índices de compacidade de 1,22 e 1,29, respectivamente (não muito próximos de 1, 0 que mostra uma forma irregular, não tendendo a circular) e fatores de forma de 0,57 e 0,43 (valores relativamente baixos), que indicam que as microbacias não são muito sujeitas a enchentes persistentes. Porém a declividade média alta e o tempo de concentração não muito alto em ambas sugerem considerável velocidade de escoamento superficial que, dependendo da intensidade da chuva, poderá ocasionar maior concentração nos leitos fluviais e provocar cheias nos terrenos planos próximos às margens, principalmente em pontos de estrangulamentos, do canal principal. Os cursos d'água apresentam índices de sinuosidade de 32,63% e 21,59%, classificando-se como divagante e reto, respectivamente, podendo indicar ocorrência de pequenas áreas de

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deposição, principalmente na microbacia Arroio rio Novo, e áreas onde há predominância de processos erosivos em certos trechos do canal principal.

As microbacias são de 5ª e 4ª ordem. A densidade de drenagem é de 4,48 km de cursos d’água por km² de área na microbacia (A) e de 4,55 km de cursos d’água por km² de área (B). Estes resultados indicam que as microbacias são excepcionalmente bem drenadas e apresentam sistemas de drenagem bem desenvolvidos.

A extensão média do escoamento superficial é de 87m (A) e 90m (B), indicando que a distância média que a água da chuva percorre sobre o terreno desde o local onde ela cai até o ponto mais próximo no leito de u]m curso de água qualquer é de 87m na microbacia (A) e de 90m na (B).

As formas das unidades hidrográficas, trapezoidal (A) e retangular (B) conforme demonstradas na Figura 8. As tabelas 9 e 10 mostram os parâmetros utilizados para os cálculos das declividades médias e curvas hipsométricas, que por sua vez estão representadas nas Figuras 9 e 10.

Figura 7 – Formas e ordem das microbacias ?Arroio Rio Novo (A) e Ribeirão Águas Frias (B), pertencentes ao Complexo hidrológico Comunidades Rio Novo /

Faxinal / Águas Frias / Salão.

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Tabela 9 –Cálculo da declividade média e da curva hipsométrica da microbacia Arroio rio Novo

Cotas

(m)

Área entre

curvas(ha)

Área relativa

(%)

Afastamento

médio PH(m)

Declividade

(%)

Col. 2x5

978 - 920 3,00 0,12 150,00 38,67 116,00

920 - 840 151,00 6,21 305,05 26,23 3960,00

840 - 760 400,00 16,46 372,09 21,50 8600,00

760 - 680 402,00 16,54 339,24 23,58 9480,00

680 - 600 507,00 20,86 314,91 25,40 12880,00

600 - 520 596,00 24,52 326,58 24,50 14600,00

520 - 440 285,70 11,76 258,55 30,94 8840,00

440 - 382 85,70 3,53 280,98 20,64 1769,00

TOTAL 2.430,4 100,00 60.245,00

DECLIVIDADE MEDIA = 24,79_% Linha de cota 920m = 400m Linha de cota 840m = 9500m Linha de cota 760m = 12000m Linha de cota 680m = 11700m Linha de cota 600m = 20500m Linha de cota 520m = 16000m Linha de cota 440m = 6100m

CURVA HIPSOMÉTRICA Cotas Pto. médio Área Área acum. Área rel. Col. 2x5

978 - 920 949,00 3,00 3,00 0,12 2847,00

920 - 840 880,00 151,00 154,00 6,34 132880,00

840 - 760 800,00 400,00 554,00 22,79 320000,00

760 - 680 720,00 402,00 956,00 39,34 289440,00

680 - 600 640,00 507,00 1463,00 60,20 324480,00

600 - 520 560,00 596,00 2059,00 84,72 333760,00

520 - 440 480,00 285,70 2344,70 96,47 137136,00

440 - 382 411,00 85,70 2430,40 100,00 35222,70

TOTAL 2430,40 1575765,70

Altitude mínima = 382m Altitude média = 648,36m Altitude máxima = 978m

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Figura 8 – Curva hipsométrica Arroio Rio Novo

TABELA 10 – Cálculo da declividade média e da curva hipsométrica da microbacia Ribeirão Águas Frias

MICROBACIA Ribeirão Águas Frias Município Apiúna

Cotas

(m)

Área entre

curvas(ha)

Área relativa

(%)

Afastamento

médio PH(m)

Declividade

(%)

Col. 2x5

978 - 940 0,80 0,037 160,00 23,75 19,00

940 - 860 17,70 0,815 321,82 24,86 440,00

860 - 780 95,90 4,413 348,73 22,94 2200,00

780 - 700 136,50 6,282 241,59 33,11 4520,00

700 - 620 457,60 21,058 354,73 22,55 10320,00

620 - 540 866,20 39,862 407,62 19,63 17000,00

540 - 460 410,70 18,900 252,74 31,65 13000,00

460 - 380 120,90 5,564 188,91 42,35 5120,00

380 - 300 66,70 3,069 351,05 22,79 1520,00

TOTAL 2173 100,000 54.139,00

DECLIVIDADE MEDIA = 24,91% Linha de cota ___940_m =_100_m Linha de cota ___860_m =_1000_m Linha de cota ___780_m =_4500_m Linha de cota ___700_m =_6800_m Linha de cota ___620_m =_19000_m Linha de cota ___540_m =_23500_m Linha de cota ___460_m =_9000_m Linha de cota ___380_m =_3800_m

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CURVA HIPSOMÉTRICA Cotas Pto. médio Área Área acum. Área rel. Col. 2x5

978 - 940 959,00 0,80 0,80 0,04 767,20

940 - 860 900,00 17,70 18,50 0,85 15930,00

860 - 780 820,00 95,90 114,40 5,26 78638,00

780 - 700 740,00 136,50 250,90 11,55 101010,00

700 - 620 660,00 457,60 708,50 32,60 302016,00

620 - 540 580,00 866,20 1574,70 72,47 502396,00

540 - 460 500,00 410,70 1985,40 91,37 205350,00

460 - 380 420,00 120,90 2106,30 96,93 50778,00

380 - 300 340,00 66,70 2173,00 100,00 22678,00

TOTAL 2173,00 1279563,20

Altitude mínima: 300_m Altitude média: 588,85 m Altitude máxima: 978_m

Figura 9 – Curva hipsométrica águas Frias

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4.5 - Aptidão agroclimática A análise climática da região onde se insere a microbacia indica que na área são

possíveis desenvolver os seguintes cultivos: Arroz de sequeiro e irrigado, Batata consumo, Cebola, Citros, Feijão, Mandioca, Milho, Morango, Soja, Olerícolas diversas

Espécies florestais: Pinus caribaea var hondurensis Var bahamensis Var caribaea Pinus tecumanii Eucalyptus citriodora Eucalyptus dunnii Eucalyptus grandis Eucalyptus maculata

Espécies exóticas recomendadas para reflorestamento: Acacia longifolia (acácia marítima)

Acacia mearnsii (acácia negra) Casuarina equisetifolia (casuarina) Grevilea robusta (grevilea) Taxodium distichum (pinheiro-do-brejo)

Espécies nativas recomendadas para reflorestamento:

Euterpe edulis (palmiteiro) Mimosa bimucronata (maricá)

Mimosa scabrella (bracatinga)

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5 – CARACTERIZAÇÃO DAS TERRAS

As terras da área em estudo, foram caracterizadas de acordo com a sua fisiografia, aptidão de uso, uso e conflitos de uso de terras, bem como, com os solos dominantes ocorrentes na área.

A fisiografia estuda os fenômenos que determinam a aparência e as características de uma paisagem, levando em conta os aspectos físicos da terra. Pode ser entendida como sendo a geografia de solos, porque enfoca o estudo das características externas de uma paisagem e as influências que elas exercem sobre as características pedológicas (BOTERO, 1977).

Na legenda fisiográfica, Anexo 1 deste trabalho, estão contidas, resumidamente, as informações que se apresentam a seguir.

5.1- Província climática e vegetação original As mudanças de clima produzem a primeiras divisões importantes para análise

fisiográfica. Considera-se que a influência do clima é muito importante não somente diretamente sobre o solo, mas também sobre os demais fatores formadores de solos.

A região climática onde está inserida o Complexo Hidrológico Médio Rio Neisse, de acordo com a classificação de THORNTHWAITE citado por GAPLAN (1986), é definida como sendo um clima Úmido Mesotérmico do tipo B3B’3 ra’, sem período seco.

A vegetação original, segundo GAPLAN ( 1986), pertence à região da Floresta Ombrófila Densa, constituída, na sua maior parte, por árvores perenefoliadas de 20 a 30 metros de altura, com os brotos foliares sem proteção à seca. Sua área é formada por planícies litorâneas, e principalmente por encostas íngremes da Serra do Mar e da Serra Geral, formando vales profundos e estreitos.

Neste tipo de vegetação pode-se distinguir 4 estratos: das árvores, das arvoretas, dos arbustos e das ervas.

O estrato arbóreo superior é bastante denso, formado por árvores de 20 a 30 metros de altura, com copas largas, esgalhamento grosso e folhagem verde-escura perenefoliada. Como espécies mais importantes ocorrem comumente: a canela-preta (Ocotea catharinensis), que é a mais freqüente, constituindo de 40 a 50% da biomassa total; a canela-sassafrás (Ocotea pretiosa), abundante nas altitudes de 500 a 900 metros, e que forma, por vezes, gregarismos muito expressivos; a peroba-vermelha (Aspidosperma olivaceum), a canela-fogo (Cryptocarya aschersoniana) e o óleo ou pau-óleo (Copaifera trapezifolia) destacam-se entre as madeiras de lei; o tapiá-guaçu (Alchornea triplinervia), a laranjeira-do-mato (Sloanea guianensis), a bicuíba (Virola oleifera), o baguaçu (Talauma ovata) e o aguaí (Chrysophyllum viride), também são consideradas madeira de qualidade. Além dessas, há uma dezena de Mirtáceas também altas e de copas bem desenvolvidas, porém de pouco valor, a não ser para lenha e carvão.

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O estrato médio é constituído, geralmente, por um número relativamente pequeno de árvores medianas, dentre as quais se destaca o palmiteiro (Euterpe edulis) que domina praticamente em toda a região. Este é acompanhado por espécies de Mirtáceas, Rubiáceas e outras famílias menos importantes.

No estrato arbustivo predomina um pequeno número de espécies pertencentes principalmente às Rubiáceas, Palmáceas e Monimiáceas que formam, por vezes, densos gragarismos.

O estrato herbáceo, é constituído principalmente por Heliconiáceas, Marantáceas, Pteridófitas e Gramíneas.

Atualmente, grande parte da Floresta Ombrófila Densa encontra-se intensamente explorada pela retirada das madeiras de lei ou completamente devastada para ceder lugar à agricultura ou às pastagens “naturalizadas”. Em virtude de, em grande parte, se encontrar em terrenos bastante dissecados e de difícil acesso, existem ainda áreas consideráveis com floresta original que deveria ser preservada a todo custo (SANTA CATARINA, 1986).

Na área específica do Complexo Hidrológico Médio Rio Neisse, aparecem diversas manchas remanescentes da formação Floresta Ombrófila Densa Montana. Atualmente predominam nestas áreas a vegetação secundária, pastagens naturais e culturas agrícolas em decorrência da exploração da vegetação original.

5.2 - Grande paisagem São definidos pelo relevo geral e pela ação dominante que caracterizam a

geomorfologia local. A área onde se situa o Complexo Hidrológico Alto Rio Neisse está inserida nas

unidades geomorfológicas Serra do Tabuleiro/Itajaí e Patamares do Alto Rio Itajaí, conforme SANTA CATARINA, 1986.

A unidade Patamares do Alto Rio Itajaí, dispondo-se em uma faixa de direção geral NW-SE que se estreita para o sul, corresponde às partes norte, centro e sudeste da região a que se subordina. Ocupa 10131 Km2, que corresponde a 10,55% da área de Santa Catarina.

A intensa dissecação que caracteriza a unidade com patamares e vales estruturais, cujo melhor exemplo é o vale do rio Itajaí do Norte ou Hercílio, é conseqüência da adaptação da rede de drenagem à estrutura monoclinal da Bacia do Paraná.

A presença de extensos patamares e relevos residuais de topo plano (mesas) limitados por escarpas, deve-se às litologias de diferentes resistências à erosão, como os arenitos mais resistentes e os folhelhos que são mais facilmente erodidos.

Esses patamares alcançam a extensão de dezenas de quilômetros, tendo recebido no mapa geomorfológico a legenda D2, que corresponde no caso a uma dissecação com controle estrutural e litológico, cujos vales apresentam aprofundamento entre 212 e 288m. Os relevos residuais de topo plano foram mapeados como superfície aplanada (P), limitados por escarpas em degraus que recebem o símbolo de borda de patamar estrutural. A serra da Boa Vista, localizada no sudeste da unidade, corresponde a um destes relevos.

A unidade em questão é drenada pela bacia do alto rio Itajaí-Açu onde se destacam seus afluentes e formadores: rio Itajaí do Sul, rio Itajaí do Oeste e rio Itajaí do Norte ou Hercílio, além das nascentes do rio Itajaí-Mirim.

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Os rios maiores apresentam vale de fundo plano, limitado por encostas íngremes, com cornija no topo e eventualmente com patamares. Apresentam talvegues simples, curso tortuoso com trechos retilinizados e corredeiras. Os trechos retilinizados refletem a adaptação do rio aos alinhamentos estruturais. As corredeiras se ligam mais comumente às diferenciações litológicas (SANTA CATARINA,1986).

A unidade Serra do Tabuleiro/Itajaí, estendendo-se na direção N-S desde as proximidades de Joinville até Laguna, esta unidade tem uma área de 13.143 km2 que correspondem a 13,69% da área total do Estado.

Segundo SANTA CATARINA (1986), a caracterização da unidade é feita pela seqüência de serras dispostas de forma subparalela. A orientação predominante destas serras é no sentido NE-SW e, Altimetricamente apresentam-se gradativamente mais baixas em direção ao litoral, atingindo próximo à linha da costa altitudes inferiores a 100m, onde terminam através de pontas, penínsulas e ilhas. As cotas altimétricas no limite ocidental da unidade, na área em contato com a Unidade Geomorfológica Patamares do Alto Rio Itajaí, atingem 900 metros. Uma característica geral do relevo da unidade é dada pela intensa dissecação, que se acha, em grande parte, controlada estruturalmente, resultando num modelado de dissecação diferencial. Os vales são profundos com encostas íngremes e sulcadas, separadas por cristas bem marcadas na paisagem.

A geomorfologia da unidade, caracterizada por encostas íngremes e vales profundos, favorece a atuação dos processos erosivos, principalmente nas encostas desmatadas, podendo inclusive ocorrer movimentos de massa, uma vez que o manto de material fino resultante da alteração da rocha é espesso, podendo atingir até 20m. Em muitas vertentes da área abrangida por esta unidade há anfiteatros de erosão ocasionados por movimentos de massa, na maioria das vezes subatuais, o que é comprovado pela cobertura de gramíneas e arbustos.

Nas áreas ocupadas pela pecuária, as marcas do pisoteio deixam marcas nas encostas, podendo desencadear processos erosivos formadores de sulcos, que por sua vez tendem a evoluir para ravinas e voçorocas.

Esta Grande Paisagem, também foi subdividida em 2 Paisagens: Colinas Estruturais-Erosionais em Sedimentos das Formações Gaspar, e Campo Alegre, com inclusões de metamórficas da Formação Brusque e Diques Erosionais da Formação Serra Geral.

5.3 - Paisagem São definidas como sendo as unidades fisiográficas que apresentam como

ações dominantes, o clima, o material, de origem e a idade. Para estabelecer unidades litológicas de maneira que simultaneamente correspondam com unidades cronológicas, tomamos como base, as formações geológicas. Existem na área formações geológicas diferentes, com materiais litológicos similares, que associados aos processos pedogenéticos, deram origem a solos tão similares que foram agrupadas em uma única paisagem.

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A área em estudo, caracteriza-se por uma grande diversidade geológica, apresentando portanto quatro paisagens distintas, de acordo com as diferentes formações geológicas que aparecem nesta área. Estas paisagens denominaram-se como Colinas Estruturais Erosionais em sedimentos da Formação Rio Bonito; Colinas Estruturais-Erosionais em Sedimentos da Formação Rio do sul; Colinas Estruturais-Erosionais em sedimentos das Formações Gaspar e Campo alegre (com inclusões de metamórficas da Formação Brusque) e Diques erosionais da Formação Serra Geral. Apresenta-se a seguir algumas características, conforme SILVA E BORTOLUZZI (1987), das formações geológicas que originaram tais paisagens.

Formação Rio Bonito: A Formação Rio Bonito apresenta na Seção Superior, depósitos litorâneos e flúvio-deltáicos representados por arenitos finos a muito finos, escuros, intercalados com argilitos e folhelhos carbonosos e localmente leitos de carvão; na Seção Média, sedimentos marinhos compreendendo siltitos e folhelhos esverdeados, com níveis carbonáticos argilosos, silicificados em superfície e, suborninadamente, arenitos muito finos; na Seção Inferior, são depósitos flúvio-deltáicos, compreendendo arenitos imaturos (arcóseos e subarcóseos) esbranquiçados, finos a médios, localmente grosseiros, argilosos, micáceos e secundariamente, arenitos muito finos, siltitos, argilitos, folhelhos carbonosos, leitos de carvão e conglomerados (SILVA E BORTOLUZZI,1987).

Formação Rio do Sul: segundo SILVA E BORTOLUZZI (1987), constitui-se em uma seqüência glácio-marinha constituída na porção mais inferior da formação em Santa Catarina, de folhelhos e argilitos cinza-escuro a pretos, localmente com aspecto várvico. Seguem-se diamictitos acinzentados, escuros, com matriz arenosa que gradam ou intercalam- se com arenitos finos e muito finos, que por sua vez é recoberto por folhelhos freqüentemente várvicos, ritmitos, argilitos e siltitos, cinza-escuro a avermelhados. O ambiente de deposição desta formação é interpretado como sendo essencialmente marinho profundo para a porção basal, onde os sedimentos não foram influenciados por ondas e correntes de marés.

Formação Campo Alegre: (Sequência Sedimentar Intermediária), apresenta siltitos verdes em alternância rítmica com arenitos, tufos, brechas e vulcanitos ácidos, localmente com estruturas “pillow”. Na bacia de Itajaí, é a única unidade desta formação presente, composta por espessa sequência turbídica, com estruturas do tipo acamamento gradacional e marcas de sola. Anquimetamórfico/Lacustre (SILVA E BORTOLUZZI, 1987).

Formação Gaspar: apresenta arenítos litofeldspáticos grosseiros, bordô, maciços ou com estratificações plano-paralelas ou cruzadas de pequeno a médio porte. Topo constituído por arenitos finos, com intercalações de tufos ácidos, transicional para a unidade superior (Formação Campo Alegre). Anquimetamórfico/Fluvial. O Conglomerado Baú, é formado por ortoconglomerados polimíticos grosseiros, com intercalações lenticulares do Arenito Gaspar. Anquimetamórfico/Fluvial. (SILVA E BORTOLUZZI,1987).

Complexo Metamórfico Brusque - Sequência Terrígena: apresenta micaxistos, granada micaxistos, metacalcários, mármores metarenitos, metavulcânicas ácidas, filonitos de origens diversas, dobramentos polifásicos isoclinais. Gradação em todos os níveis para a Sequência Vulcano-Sedimentar (SILVA E BORTOLUZZI,1987).

Estas paisagens foram subdivididas, em função dos elementos modificadores locais, em nove subpaisagens, apresentadas a seguir.

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5.4 - Subpaisagens As subpaisagens são definidas pelos elementos modificadores atuais,

considerando condições que podem modificar parcialmente as características das paisagens, quando sua ação é atual e/ou posterior á que deu origem ‘a paisagem. Na área em estudo identificou-se, através da fotointerpretação preliminar seguida de mapeamento a campo, e classificou-se, de acordo com os parâmetros analisados, a cobertura fisiográfica em nove subpaisagens. A ocorrência destas subpaisagens e sua distribuição nas unidades hidrográficas que compõem a área estudada, estão representadas na Tabela 11.

Tabela 11 – Distribuição das classes de aptidão, uso e conflitos de uso das terras, nas subpaisagens fisiográficas

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5.4.1 - Encostas erosionais em relevo escarpado - Ee1 Correspondem as áreas de maior declividade, ocorrendo em cerca de 4% (235

ha) da área estudada, exclusivamente na paisagem Colinas Estruturais Erosionais em sedimentos da Formação Rio Bonito. Devido a declividade acentuada (> 75%), a drenagem externa prevalece sobre as internas, caracterizando essas áreas como zonas de exportação de material.

Esta subpaisagem de relevo escarpado, apresenta-se com pendentes médias de 100 a 200 metros, regulares e, com declividade média de 85%. Os solos são rasos com muito forte suscetibilidade a erosão, extremamente pedregosos, bem drenados e provável alta limitação por fertilidade. A classe de aptidão dominante nesta subpaisagem é a 5dp assim definida pela declividade e pedregosidade que apresenta

O uso preferencial da terra nestas encostas é com floresta, o que determina o predomínio de uso sem restrição, porém se observam conflitos de uso nas áreas sob campo (55 ha), cultura anual (19 ha) e capoeira (6 ha), como demonstra a Tabela 10.

Nesta subpaisagem não se coletou amostras para análise de solos devido a sua pequena extensão e pouco interesse econômico, porém em observações de campo estimou-se que os solos dominantes são os Litólicos com inclusões de Cambissolos.

Os solos litólicos, em geral, apresentam características morfológicas que restringem-se, basicamente, ao horizonte A, que varia normalmente de 15 a 40 cm de espessura. Abaixo desse horizonte podem ocorrer calhaus, pedras e materiais semi-alterados das rochas em mistura com material desse horizonte, ou ainda, pode o horizonte A estar diretamente assentado sobre a rocha, propiciando que a seqüência de horizontes seja do tipo A, C, R ou A, AC, R ou A, R. Além das restrições gerais dessa classe de aptidão de uso, a deficiência de água é também fator limitante ao uso desses solos, pois a pouca profundidade não permite o armazenamento suficiente de água.

Os cambissolos são, em geral, solos minerais não hidromórficos com seqüência de horizontes , Bi, e C. O horizonte B incipiente (Bi) apresenta como características principais, as seguintes:

CTC > 13 meq./ 100g de argila após correção do carbono; Relação silte / argila ≥ 0,7 em textura média e ≥ 0,6 em argilosa; Minerais primários pouco resistentes ao intemperismo > 4%; Gradiente textural ausente ou pequeno e cerosidade ausente ou fraca e pouca.

5.4.2 - Encostas erosionais em relevo forte ondulado - Ee2 São superfícies com pendentes irregulares médias e longas de 100 a 300

metros, ocupam 628 ha da microbacia, ocorrendo na formação Rio Bonito. Nestas terras a declividade ocorre no intervalo de 20 - 45%, os solos são

predominantemente rasos, apresentando variações de maior profundidade em alguns locais, forte suscetibilidade a erosão; não pedregosos, muito alta limitação por fertilidade e bem drenados. A classe de aptidão dominante foi definida em função da declividade e a limitação por fertilidade, ou seja 3df. Ocorrem também nesta subpaisagem inclusões da classe 4de, porém em áreas isoladas e em menor proporção.

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As terras que se enquadram em classe 3, apresentam alto risco de degradação ou limitações fortes para utilização com culturas anuais, necessitando intensas e complexas medidas de manejo e conservação do solo se utilizadas com estas culturas. Porém, podem ser utilizadas com segurança com pastagens, fruticultura ou reflorestamento apenas com práticas simples de manejo e conservação do solo (UBERTI et al., 1991).

O uso dominante é com floresta (432 ha – 68,8% da área de subpaisagem), ocorrendo também área sob capoeira em 22 ha (3,5%), o que determinou que 72,3% da área desta subpaisagem, encontra-se subtilizada. Um estudo individual e detalhado de cada propriedade, que respeite a questão ambiental, considerando que as matas devem ser preservadas nas margens de rios e cabeceiras e em áreas com maiores riscos de degradação, que leve em consideração o Código Florestal Brasileiro que determina que cada propriedade rural deve Ter no mínimo 20% de sua área coberta com florestas e que verifique a viabilidade econômica, pode indicar algumas áreas que possibilitem outros tipos de utilização.

A classe de uso denominada campo, ocorre em 13 ha (21,5%) e é considerado como uso sem restrições. Os riscos de degradação são insignificantes, se o manejo for adequado.

O restante da área está sob uso de culturas anuais (39 ha - 6,2%), sendo considerado como uso com restrições severas. Nas condições de declividade que ocorrem nesta classe, recomenda-se além das práticas de plantio em nível, adubação verde, manutenção da cobertura vegetal, entre outras, a construção de patamares. Além de controlar a erosão, o patamar serve também para facilitar as operações. Compreende um degrau ou plataforma para a implantação das culturas e um talude revestido de grama. São construídos cortando a linha de maior declive, ficando a sua superfície interna inclinada em direção ‘a base ou pé. A construção do patamar é relativamente onerosa, sendo seu uso vantajoso em áreas valorizadas, ou em locais onde a mão de obra é abundante ou de baixo custo (Santa Catarina, 1994). Sugere-se a realização de um estudo econômico na região, porém, de um modo geral, considera-se sua utilização economicamente viável quando as terras são usadas com culturas perenes.

Outro fator limitante para esta subpaisagem é o alto grau de limitação por fertilidade. A necessidade geral de calcário para atingir pH 5,5 pelo método SMP, é de mais de 12 ton/ha. É importante salientar que esta necessidade é apenas um indicativo geral para a determinação da classe de aptidão de uso e classificação dos solos dominantes, sendo que para as recomendações específicas para cada propriedade, deverão ser feitas amostragens mais detalhadas.

Predominam nesta subpaisagem os Cambissolos com inclusões de Litólicos. Os Cambissolos encontrados apresentam variações, sendo mais profundos em alguns locais. No Anexo 2 está contida a caracterização morfológica, física e química da amostra de solo coletada no ponto 5, e observações dos 10 e 11, realizados nesta subpaisagem.

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Ponto: 5 MATERIAL DE ORIGEM: Sedimentos (Formação Rio Bonito) RELEVO: Forte ondulado DECLIVIDADE: 30% PROFUNDIDADE EFETIVA: Pouco profundo / profundo PEDREGOSIDADE: Ausente SUSCETIBILIDADE ‘A EROSÃO: Forte GRAU DE LIMITAÇÃO POR FERTILIDADE: Muito alto DRENAGEM: Bem drenado USO: milho ALTITUDE: 700 metros

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

HORIZ. PROF.

(cm)

COR ESTRUTURA CEROSID

ADE

CONSIST

ÊNCIA

TRANSIÇÃO

A 0-16 10 YR 4/3 Mod. peq. bl. Subangular. - Friável gradual

AB 16-31 10 YR 4/4 Mod. Peq. e méd. bl. Subangular.

- Friável gradual

BA 31-66 10 YR 5/6 Mod. Peq. e méd. bl. Subangular.

- Friável gradual

Bi 66-90+ 10 YR 5/6 Mod. a fraca peq. e méd. bl. Subangular

Fraca e pouca

Friável a firme

-

ANÁLISE FÍSICA

HORIZ. ARGILA

(%)

SILTE

(%)

AREIA FINA

(%)

AREIA GROSSA

(%)

SILTE /

ARGILA

GRADIENTE

TEXTURAL

A 46,80 49,30 3,70 0,20 1,05 1,14

AB 40,10 56,90 2,70 0,30 1,42

BA 44,60 49,80 5,40 0,20 1,12

Bi 54,20 38,10 7,50 0,20 0,70

ANÁLISE QUÍMICA

HORIZ

Ph água

Ind. smp

P ppm

K ppm

MO %

C %

Alum. Troc. Me/dl

Ca Troc. me/d

Mg. Troc. me/dl

H+al. me/ 100g

S T V %

100.Al.+S %

Ativ. Argi la

A 4,40 3,90 4 130 4,00 2,32 4,40 2,60 1,20 23,70 4,13 27,83 14,85 51,56 37,16

AB 4,20 3,90 2 62 2,40 1,39 5,60 1,20 0,20 23,70 1,56 25,26 6,17 78,22 47,37

BA 4,40 3,80 1 28 1,30 0,75 5,80 1,10 0,10 25,90 1,27 27,17 4,68 82,02 53,32

Bi 4,30 3,70 1 36 0,80 0,46 7,40 1,10 0,10 25,90 1,29 27,19 4,75 85,13 46,32

HORIZONTE SUPERFICIAL: A moderado HORIZONTE SUBSUPERFICIAL: Bi CLASSE DE SOLO: Cambissolo CLASSE DE APTIDÃO DE USO: 3df

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PONTO: 10 (OBSERVAÇÃO) Neste ponto, situado a uma altitude de 700m, foram constatadasd

características semelhantes ‘as do solo encontrado no ponto 5. O uso dominante nesta área é com campo.

PONTO: 11 (OBSERVAÇÃO) Neste local, foi observada uma inclusão de solo mais raso e sem

desenvolvimento de horizonte B, caracterizando um Solo Litólico. Esta situação, se repete em outros locais da subpaisagem, em pequenas manchas.

5.4.3 - Encostas coluvio-erosionais em patamar - Ece1 Correspondem as superfícies planas ou aplainadas que interrompem a

continuidade do declive de uma vertente, ocorrendo exclusivamente na paisagem denominada Colinas Estruturais. Esta subpaisagem alcança a extensão de aproximadamente 140 hectares, correspondendo a cerca de 2,5% da área mapeada. Sua formação se deve principalmente à estrutura, de acordo com a geomorfologia local.

Nesta subpaisagem, foram encontradas duas situações diferentes, que foram mapeadas na forma de associação, considerando que as manchas isoladas são muito pequenas para serem separadas na escala deste trabalho.

A primeira situação, ocorre em aproximadamente 55 a 60 % da subpaisagem, preferencialmente nas baixadas, onde há acumulo de água e pequena influência aluvial. São solos situados em relevo plano a suave ondulado (0 a 8% de declividade); rasos a pouco profundos (<100 cm de profundidade); não pedregosos; suscetibilidade à erosão nula a ligeira; grau de limitação por fertilidade médio, necessitando menos de 6 t/ha de calcário para atingir pH 5,5; mal drenados. Com base nestas características, a

classe de aptidão dominante foi definida como 3h (drenagem). Apresenta aptidão com restrições para culturas anuais climaticamente adaptadas, aptidão regular para fruticultura e boa aptidão para pastagens e reflorestamento. Os solos dominantes neste caso são os solos Glei Pouco Húmicos.

Os solos gley Pouco Húmicos são solos desenvolvidos em condições de má drenagem, apresentando seqüência de horizontes A, Cg ou A, Bg e Cg, são rasos ou pouco profundo, textura argilosa a muito argilosa, horizonte A com menos de 20cm de espessura e menos de 7% de matéria orgânica. O horizonte Gley deve estar no máximo a 50cm da superfície ou menos de 125cm, quando apresentar Bi com relevante mosqueamento de redução.

A Segunda situação, ocorre em aproximadamente 40 a 45% da área, principalmente nas áreas próximas às encostas erosionais. A declividade situa-se entre 8 e 20% (relevo ondulado). Os solos são pouco profundos; com moderada suscetibilidade à erosão; não pedregosos, média a alta limitação por fertilidade e imperfeitamente drenados. A partir destas características, definiu-se a classe de

aptidão como 2dh (declividade e drenagem), apresentando aptidão regular para culturas anuais climaticamente adaptadas. Permite qualquer tipo de utilização, porém, no caso do uso mais intensivo requer a implantação de práticas conservacionistas.

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Dominam nestas áreas os Cambissolos gleicos, que são os Cambissolos com características intermediárias para solos Glei. Nesta subpaisagem, foram encontrados solos com características gerais dos cambissolos, descritas no item 5.4.1, porém, apresentando alguns indícios de gleização (mosqueamento a partir de 62cm), não suficientes para classificá-los como Glei.

O uso dominante nesta subpaisagem é com campos, em 59,3% da área (83ha), considerado Am subutilização na classe 2dh (considerando-se apenas aspectos conservacionistas, permite umautilização mais intensa, ou seja, com culturas anuais, desde que sejam utilizadas as práticas adequadas de uso e manejo dos solos) e em uso sem restrições na classe 3h.

Possui 35% (49ha) em uso com florestas nativas, consideradas pela metodologia como subutilização. Isto significa que são áreas que podem ser utilizadas mais intensivamente, quando não estiverem ocorrendo próximos às nascentes e margens dos cursos de água, exercendo a função de proteção. Nestas situações o uso é considerado ideal.

Apresenta 5,7% da área (8ha) com culturas anuais, considerada como uso com restrições para as duas diferentes classes desta subpaisagem. Abaixo são encontradas as características morfológicas, fisicas e químicas das amostras de solos coletadas nos pontos 8 e 9, selecionados nesta subpaisagem.

PONTO: 8 (trado) MATERIAL DE ORIGEM: Sedimentos (Formação Rio Bonito) RELEVO: Suave ondulado

DECLIVIDADE: 4% PROFUNDIDADE EFETIVA: Raso PEDREGOSIDADE: Ausente SUSCETIBILIDADE À EROSÃO: Ligeira GRAU DE LIMITAÇÃO POR FERTILIDADE: Baixo DRENAGEM: Mal drenado USO: Campo ALTITUDE: 680 metros.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

HORIZ. PROF. cm COR ESTRUTURA CEROSIDADE CONSISTEN

CIA

TRANSI

ÇÃO

A 0-20 2,5 Y 6/1 mos .10 YR 5/8

131 20-40 2,5 Y 6/1

1 Cg 4060+ 5 Y 6,5/1 (mosq. 2,5 Y 6/8)

ANÁLISE FÍSICA

HORIZ. ARGILA

(%)

SILTE

(%)

AREIA

FINA

(%)

AREIA

GROSSA

(%)

SILTE/

ARGILA

GRADIENTE

TEXTURAL

A 34,90 58,60 6,20 0,30 1,68

B i 32,00 60,10 7,70 0,30 1,88 0,92

Cg 39,20 53,90 6,80 0.20 1,36

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ANÁLISE QUÍMICA

HORIZ. ÁGU

A

SM

P

P

ppm

K

ppm

M.O.

(%)

C

(%)

Alum.

Troc.

Me/dl

Ca

Troc.

Me/dl

Mg.Tro

c.

Me/dl

H+Al.m

e/100g S T

V

%

100.AI

AI SI

ATIV.

ARGILA

A 5,00 5,10 4 58 2,00 1,16 1,10 5.10 2,00 8,00 7,25 15,25 47,54 13,18 28,73

Bi 5,00 5,20 3 36 1,60 0,93 1,30 7,00 2,80 730 9,89 17,19 57.54 11,62 40,67

Cg 4.80 4,20 3 48 0,70 0,41 3.60 3,20 1.40 18,10 4,72 22,82 20,E 43,25 53,56

HORIZONTE SUPERFICIAL: A moderado HORIZONTE SUBSUPERFICIAL: Bi CLASSE DE SOLO: Gley CLASSE DE APTIDÃO DE USO: 3h

PONTO: 9 MATERIAL DE ORIGEM: Sedimentos (Formação Rio Bonito) RELEVO: Ondulado DECLIVIDADE: 12% PROFUNDIDADE EFETIVA: Pouco profundo PEDREGOSIDADE: Ausente SUSCETIBILIDADE À EROSÃO: Moderada GRAU DE LIMITAÇÃO POR FERTILIDADE: Alto DRENAGEM: Imperfeitamente drenado USO: Campo ALTITUDE: 700 metros.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

HORIZ. PROF

(cm)

COR ESTRUTURA CEROSIDADE CONSISTENCIA TRANSIÇÃO

A 0-20 10 YR

4!2 Mod. bl. suban . e mod. e méd. ran.

- Friável -

BA 20-62 2,5Y61

3 Mod, méd.e bl, suban ulares

Firme -

Bi 62-92 2,5Y71 Mod, méd. e grande

bl. subangulares - Firme -

C 92-100+ 2,5Y7/1 - - - -

ANÁLISE FÍSICA

HORIZ. ARGILA SILTE AREIA FINA

AREIA GROSSA

SILTE/ ARGILA

GRADIENTE TEXTURAL

A 23,20 61,40 15,10 0,30 2,65

BA 26,20 59,90 13,70 0.20 2,29 1,26

Bi 32,60 40,20 27,00 0,20 1,23

Cg 21,30 52,10 26,30 0,30 2,45

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ANÁLISE QUÍMICA

HORIZ. pH

ÁGUA

IND-

SMP

P

ppm

K

ppm

M.O

(%)

C

(%)

ALUM

Troc

Me/dl

Ca

Troc

Me/dl

Mg.

Troc

Me/dl

H+AI.

me/100g S T

V

%

100.AI

AIS

(%)

ATIV.

ARGILA

A 4,30 4,80 4 98 - 3,00 -1,74 1,90 3,20 0,80 10.50 4,25 14,75 28,82 30,89 29.83

BA 4,40 3,90 1 36 1,00 0,58 4,30 1,50 0,20 23,70 1,79 25,49 7,03 70,58 87,34

Bi 4,40 4,20 1 36 0,50 0,29 3,80 1,30 0,10 18,10 1,49 19,59 7,62 71,80 56,10

Cg 4,50 4,60 1 36 0,30 0,17 2,40 1,10 0,00 12,60 1,19 13.79 8,64 66,81 T 61,06

1

HORIZONTE SUPERFICIAL: A moderado HORIZONTE SUBSUPERFICIAL: Bi CLASSE DE SOLO: Cambissolo gleico CLASSE DE APTIDÃO DE USO: 2dh

5.4.4 - Encostas erosionais em relevo montanhoso - Ee3

São áreas onde predominam os processos erosivos. Correspondem a cerca de 21,5% da área mapeada, ou seja, 1.234 hectares. Pertencem à paisagem denominada Colinas EstruturaisErosionais em Sedimentos da Formação Rio do Sul, já descrita anteriormente

Esta subpaisagem de relevo predominantemente montanhoso (45 - 75%), apresenta-se com pendentes médias de 100 a 200 metros e regulares. Os solos são pouco profundos a rasos com muito forte suscetibilidade à erosão, muito alta a alta limitação por fertilidade e bem drenados. Ainda que classificados como solos não pedregosos, observou-se em alguns perfis, presença de pedregosidade moderada na massa do solo. A classe de aptidão dominante nesta subpaisagem é

a 4de (declividade e suscetibilidade à erosão), porém encontra-se inclusões da classe 3df (declividade e fertilidade). Aclasse 4de, possue aptidão com restrições para fruticultura e aptidão regular para pastagens e reflorestamento. São terras que apresentam altos riscos de degradação e/ou limitações permanentes severas. São impróprias para utilização com culturas anuais, entretanto, podem ser utilizadas com culturas permanentes, como pastagens e reflorestamento, protetoras de solos. Também podem ser utilizadas com fruticultura, desde que acompanhadas de práticas intensivas de conservação e manejo do solo (UBERTI et al.,1991).

As florestas nativas estão presentes em 45,3% da classe (559ha), e as capoeiras em 4-8% (59ha). Recomenda-se preservar essas florestas e capoeiras, uma vez que, em termos conservacionistas, este é o uso ideal para esta classe de aptidão.

O uso com campos ocorre em 27,7°,% da área (342ha) e com

reflorestamento em 0,4% (5ha). Estes tipos de uso são considerados como uso com

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restrições moderadas, necessitando de implementação das práticas adequadas de manejo.

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A classe apresenta 21,8% de sua área (269ha) com culturas anuais, considerada em conflito de uso. Recomenda-se a substituição deste tipo de uso, pois os riscos de degradação são grandes em função da declividade acentuada e, consequentemente, suscetibilidade à erosão muito forte.

Na subpaisagem predominam os Cambissolos, com inclusões de Podzólicos VermelhoAmarelos câmbicos e em menor proporção, Solos Litólicos.

Os Cambissolos e os Solos Litólicos, apresentam as mesmas características gerais descritas no item 5.4.1.

Os Podzólicos Vermelho-Amarelos são solos minerais, não hidromórficos, com horizonte ,$ textural e boa diferenciação entre horizontes. Apresentam sequência de horizontes do tipo A, Bt e C, com profundidades e cores bastante variáveis, sendo a identificação dos horizontes relativamente fácil, pois possuem características morfológicas heterogêneas, tais como diferença de cor, textura e estrutura, entre os horizontes dentro do mesmo perfil. Quando a textura do horizonte A é argilosa, normalmente, a estrutura é moderada pequena a média granular e com a presença de um teor mais elevado de silte, apresentam estrutura muito fracamente desenvolvida ou mesmo sem estrutura, tendo aspecto maciço e coeso. No horizonte B a estrutura é geralmente em forma de blocos subangulares e angulares, moderadamente desenvolvida e com tamanho entre pequeno e médio. Quando a textura é argilosa normalmente apresentam cerosidade moderada e comum. Estes solos apresentam textura argilosa e média/argilosa e em muitos casos com cascalho ou cascalhenta, normalmente argila de atividade baixa (SANTA CATARINA, 1986).

Os Podzólicos Vermelho- Amarelos câmbicos, encontrados, caracterizam-se por apresentarem estrutura forte e cerosidade forte/comum e forte/abundante no horizonte Bt (características de PV), porém o gradiente textural é baixo e a relação silte/argila é alta (comum aos cambissolos), além de atividade de argila alta não permitida para os Podzólicos VermelhoAmarelos típicos.

A seguir, são apresentadas as caracterizações morfológicas, físicas e químicas das amostras de solos coletadas nos pontos 3, 4 e 19a, bem como observações dos pontos 7,19b,20 e 21b, selecionados nesta subpaisagem.

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PONTO: 3 MATERIAL DE ORIGEM: Sedimentos (Formação Rio do Sul) RELEVO: Forte ondulado DECLIVIDADE: 26% PROFUNDIDADE EFETIVA: Raso/pouco profundo PEDREGOSIDADE: Ausente em superfície; cascalhento ao longo do perfil SUSCETIBILIDADE À EROSÃO: Forte GRAU DE LIMITAÇÃO POR FERTILIDADE: Muito alto DRENAGEM: Bem drenado USO: Campo ALTITUDE: 640 metros.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

HORIZ. PROF. (cm)

COR ESTRUTURA CEROSIDADE CONSISTÊNCIA TRANSIÇÃO

A 1110 10 YR 5/4 Mod. bl. suban ular e

forte granular - Friável Gradual

Bi 10-46 10 YR 5/6 Mod. méd. e bl. suban

ular Firme -

BC 46+ _ _

ANÁLISE FÍSICA

HORIZ. ARGILA SILTE AREIA

FINA

AREIA

GROSSA

SILTEI

ARGILA

GRADIENTE

TEXTURAL

A 58,00 39,40 2,20 0.30 0,68 1,09

I Bi 63.30 32.10 4,30 0.30 0.51 I

ANÁLISE QUÍMICA

HORIZ. pH

ÁGUA

IND-

SMP

P

ppm

K

ppm

M.O

(%)

C

(%)

A

L

U

M

T

r

o

c

M

e

/

d

l

Ca

Troc

Me/dl

Mg.

Troc

Me/dl

H+AI.

me/100g S T

V

%

100.AI

AIS

(%)

ATIV.

ARGILA

A 4,30 3,80 2 108 4,80 2,78 5,70 1,90 1,20 25,90 3,38 29.28 11,53 62,80

28,88

1 Bi I 4,40 3,70 2 62 2,00 1,16 7,10 1,10 0.20 25.90 1,46 27,36 5.33 82,95

34,97

HORIZONTE SUPERFICIAL: A moderado HORIZONTE SUBSUPERFICIAL: Bi CLASSE DE SOLO: Cambissolo CLASSE DE APTIDÃO DE USO: 3df

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53

PONTO: 4 MATERIAL DE ORIGEM: Sedimentos (Formação Rio do Sul) RELEVO: Montanhoso DECLIVIDADE: 53% PROFUNDIDADE EFETIVA: Pouco profundo PEDREGOSIDADE: Ausente SUSCETIBILIDADE À EROSÃO: Muito forte GRAU DE LIMITAÇÃO POR FERTILIDADE: Alto DRENAGEM: Bem drenado -USO: Campo ALTITUDE: 630 metros.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

HORIZ. PROF.

cm COR ESTRUTURA

CEROSI

DADE

CONSISTÊNCI

A TRANSIÇ AO

A 05 10 YR 5/4 Mod. e méd. bl. suban ular - Firme Gradual

AB 5-19 10 YR 6/6 Mod. e méd. bl, suban ular - Friável Gradual

BA 19-58 10 YR 55/6 Fraca e méd. bl. suban ular

Friável -

Bi 58-70+ 10 YR 5l8 Fraca méd. bl. suban ular - Friável -

ANÁLISE FÍSICA

HORIZ. ARGILA SILTE AREIA

FINA

AREIA

GROSSA

SILTE/

ARGILA

GRADIENTE

TEXTURAL

A 51,50 47,10 1,20 0,20 0,91 AB 52,90 45,70 1,20 0,20 0,86 1,28 BA 57,00 39.80 3,00 0,30 0,70 Bi 76,40 22.00 1,40 0,20 0.29

ANÁLISE QUÍMICA

HORIZ

.

pH

ÁGUA

IND-

SMP

P

ppm

K

ppm

M.O

%

C

%

ALUM.

TROC.

me/dl

Ca

TROC.

meldl

Mg.

TROC.

meldl

H+AI.

me/10

0

S T V

%

100.A1

AI+S

%

ATIV.

ARGIL

A

A 4,80 4,90 3 456 4,00 2,32 1,50 5,80 3,70 9,60 10,68 20,28 52,66 12,32 19,10

AB 5,00 4,20 2 327 1,80 1,04 3,40 2,70 1,50 18,60 5,04 23,64 21,31 40,29 35,80

BA 4,60 3,90 2 260 1,00 0,58 5,30 1,50 0,50 23,70 2,67 26,37 10,11 66,53 41,68

Bi 4,50 3,70 1 102 0,90 0,52 7,60 1,10 0.60 25.90 1,96 27,86 7,04 79,49 33,39

HORIZONTE SUPERFICIAL: A moderado HORIZONTE SUBSUPERFICIAL: Bi CLASSE DE SOLO: Cambissolo CLASSE DE APTIDÃO DE USO: 4de

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54

PONTO: 19a MATERIAL DE ORIGEM: Sedimentos (Formação Rio do Sul) RELEVO: Montanhoso DECLIVIDADE: 53% PROFUNDIDADE EFETIVA: Pouco profundo/profundo PEDREGOSIDADE: Ausente SUSCETIBILIDADE À EROSÃO: Muito forte GRAU DE LIMITAÇÃO POR FERTILIDADE: Muito alto DRENAGEM: Bem drenado USO: Campo ALTITUDE: 510 metros.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

HORIZ. PROF.

cm COR ESTRUTURA CEROSIDADE

CONSISTÊNCI

A

TRANSI

ÇAO

A 0-20 10 YR 55 Mod. bl.suban ular e forte granular

Muito friável Clara

BA 20-38 10 YR 5/6 Forte e méd bl, subangular - Friável Gradual

Btt 38-71 10 YR 5/7 Forte e grande bl. Subangular forte Comum Friável Gradual

Bt2 71-97+ 10 YR 5/7 Forte med. rande e bl. Subangular

Forte Abund. - -

ANALISE FÍSICA

HORIZ. ARGILA SILTE AREIA

FINA

AREIA

GROSSA

SILTE/

ARGILA

GRADIENTE

TEXTURAL

A 4130 49,40 8,90 0,40 1 20

BA 43,30 46,40 9,50 0,90 107 1 21

Bt1 48,80 42.60 8,20 0,30 0.87

Bt2 58,50 19,70 6,70 15.10 0.34

ANALISE QUIMICA

HORIZ

.

pH

ÁGU

A

IND-

SMP

P

ppm

K

ppm M.O C

Alum

Troc.

Me/dl

Ca

Troc.

Me/dl

Mg

Troc.

Me/dl

H+Al

Me/100

gr

S T V

%

100

Al/Al+S

%

Ativ.

Argila

A 4,10 3,90 2 84 2,50 1,45 5.50 0.40 0,70 23.70 1,32 25,02 5,26 80,70 44,77

BA 4,10 3,90 1 28 1,30 0,75 6.10 0,30 0.10 23,70 0,47 24,17 1,95 92.82 47.99

Bt1 4.20 4,00 1 32 1,00 0,58 5.80 0,20 0,00 21,70 0,28 21,96 1,28 95.36 39,70

Bt2 4,30 4.00 1 32 1,00 0,58 5,80 0.20 0.00 21,70 0,28 21,96 1,28 95.36 33,11

HORIZONTE SUPERFICIAL: A moderado HORIZONTE SUBSUPERFICIAL: Bt CLASSE DE SOLO: Podzólico Vermelho Amarelo câmbico CLASSE DE APTIDÃO DE USO: 4de

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55

PONTO:7 (OBSERVAÇÃO) Observou-se neste ponto, uma variação apresentando menor profundidade e maior pedregosidade que o Cambissolo dominante nesta subpaisagem. Situa-se a uma altitude de 540m e encontra-se sob floresta. PONTO: 19b (OBSERVAÇÃO) Inclusão de solo Litólico, muito pedregoso, utilizado com campo. Está a uma altitude de 480m. PONTO:20 (OBSERVAÇÃO) Confirmação de Cambissolo com características semelhantes ao do solo coletado no ponto 3. Altitude de 610m. PONTO:21b (OBSERVAÇÃO) Confirmação de Cambissolo semelhante ao anterior.

5.4.5 - Encostas erosionais-coluviais em relevo forte ondulado - Eec 1

As formas desta subpaisagem, pertencente à paisagem denominada Colinas EstruturaisErosionais em Sedimentos da Formação Rio do Sul, são bastante peculiares e ordenadas face às intensas modificações ocorridas no decorrer da formação do relevo atual, alternando áreas erosionais, onde predominam perdas de material (processo erosivo), e áreas coluviais, onde ocorre ganho de material, associados aos comprimentos de rampa variáveis. Uma sucessão de formas cóncavo-convexas denota claramente o comportamento erosional-coluvial dessa área que ocupa 715 hectares (12,5% da área).

Nestas terras, o relevo dominante é forte ondulado (20 a 45% de declividade); os solos são pouco profundos a profundos; a suscetibilidade à erosão é forte; não pedregosos, apresentam muito alto a médio grau de limitação por fertilidade e bem drenados. A classe de aptidão dominante foi definida,considerando estas características, como 3df, em função da declividade e da limitação por fertilidade, que são os fatores mais limitantes. Ocorrem também, inclusões das classes 2dp e 4e (neste caso, apesar de estarem ocorrendo na faixa de declividade para classe 3, algumas áreas estão no limite superior desta faixa,ou seja, acima de 35% de declividade,que associada à pouca estabilidade do material de origem e dos solos, apresenta suscetibilidade à erosão muito forte, caracterizando uma classe 4 por suscetibilidade à erosão). A classe 3df, possue aptidão com restrições para culturas anuais climaticamente adaptadas, aptidão regular para fruticultura e boa aptidão para pastagens e reflorestamento, apresentando alto risco de degradação ou limitações fortes para utilização com culturas anuais, necessitando intensas e complexas medidas de manejo e conservação do solo se utilizadas com estas culturas. Porém, podem ser utilizadas com segurança com pastagens, fruticultura ou reflorestamento apenas com práticas simples de manejo e conservação do solo (UBERTI et ai.,1991).

O uso com floresta em 342ha (47,8%) e com capoeiras em 8ha (1,1%), determinam o predomínio de áreas em subutilização. Estas áreas podem ser utilizadas mais intensivamente, desde que seja economicamente interessante, e que sejam respeitadas as questões ambientais (vide item 5.4.2).

Possui 248ha (34,7% da subpaisagem ), utilizados com culturas anuais, sendo considerado como uso com restrições intensas. As recomendações para esta situação, são as mesmas -lá descritas no item 5.4.2.

A classe de uso denominada campo,ocorre em 1 17ha (16,4%) e é considerado como uso sem restrições. Os riscos de degradação são insignificantes, se o manejo for adequado.

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56

Predominam nestas áreas os Cambissolos, com as mesmas características gerais descritas no item 5.4 1, porém, são dominantes, os perfis um pouco mais profundos. A subpaisagem apresenta como inclusão, o solo intermediário - Podzólico Vermelho-Amarelo Iâmbico, que apresenta as mesmas características descritas no item anterior (5.4.4).

A seguir, é apresentada a caracterização morfológica, fisica e química das amostras de solos coletadas nos pontos 6,16,e 22, bem como análises químicas das amostras para fertilidade coletadas nos pontos 15a e 15b e as observações feitas no ponto 18, nesta subpaisagem.

PONTO: 6 MATERIAL DE ORIGEM: Sedimentos (Formação Rio do Sul) RELEVO: Forte ondulado DECLIVIDADE: 40% PROFUNDIDADE EFETIVA: Pouco profundo PEDREGOSIDADE: Pedregosa SUSCETIBILIDADE À EROSÃO: Muito forte GRAU DE LIMITAÇÃO POR FERTILIDADE: Médio DRENAGEM: Bem drenado USO: Campo ALTITUDE: 590 metros.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

HORI

Z.

PROF.

cm

COR ESTRUTURA CEROSIDAD

E

CONSISTÊNCIA TRANSIÇÃO

A 043 10 YR

413

Mod. ranular e mod. bl. subangular - Friável Gradual

BA 8-18 10 YR

516 Mod. . bl. suban ular - Friávei Gradual

Bi 18-54 10 YR

5/8 Mod. peg. e méd. bl. subangular - Friávei -

BC 54+90+

ANÁLISE FÍSICA

HORIZ. ARGILA SILTE AREIA FINA

AREIA GROSSA

SILTE/ ARGILA

GRADIENTE TEXTURAL

A 2B,40 61,20 10,30 0,20 2,15

BA 32,60 53,80 13 20 0,40 1,65 1,30

Bi 40.60 46.90 12,30 0,30 1,16

ANÁLISE QUÍMICA

HORIZ. pH

ÁGUA

IND-

SMP

P

ppm

K

pp

m

M.O.

%

C

%

ALUM.

TROC.

meldl

Ca

TROC.

me/dl

mg.

TROC.

me/dl

H+AI.

me/100

gr

S T V

%

100.Ai

AI+S

%

ATIV.

ARGILA

A 4,60 520 2 218 4,80 278 0,90 3,60 3,00 7,30 7,16 14,46 49,51 11,17 680

BA 4,70 4,70 1 106 1,20 0,70 2,60 120 050 11,50 1,96 13,48 14,67 56,81 31,73

Bi 4,80 4,10 1 124 0,90 0,52 4,30 1,10 080 19,80 2,22 22,02 1007 6597 4845

HORIZONTE SUPERFICIAL: A moderado HORIZONTE SUBSUPERFICIAL: Bi CLASSE DE SOLO: Cambissolo CLASSE DE APTIDÃO DE USO: 4e

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57

PONTO: 16 MATERIAL DE ORIGEM: Sedimentos (Formação Rio do Sul) RELEVO: Forte ondulado DECLIVIDADE: 20% PROFUNDIDADE EFETIVA: Pouco profundo PEDREGOSIDADE: Ausente

SUSCETIBILIDADE À EROSÃO: Forte GRAU DE LIMITAÇÃO POR FERTILIDADE: Muito alto DRENAGEM: Bem drenado USO: Campo ALTITUDE: 430 metros.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

HORIZ

.

PROF.

cm COR ESTRUTURA CEROSIDA

DE CONSISTÊNCIA TRANSIÇAO

A 10 YR Mod. Peq.bl. subangular e

mod. Peq.granuar - Firme Gradual

AB 10 YR Mod. e méd. e peq. bl, suban

gular - Friável Gradual

Bt 10 YR Mod. Méd. bl. subangular Mod. e comum

Friável -

ANÁLISE FÍSICA

HORIZ. ARGILA SILTE AREIA AREIA SILTE/ GRADIENTE

FINA GROSSA ARGILA TEXTURAL

% % % %

A 48,30 47,70 3,80 0,20 0,99

BA 61,40 34,40 3,80 0,30 0,56 1,34

Bt 68,50 28,20 3,10 0,20 0,41

ANÁLISE QUÍMICA

HORIZ. pH

ÁGUA

IND-

SMP

P

ppm

K

ppm

M.O

(%)

C

(%)

ALUM

Troc

Me/dl

Ca

Troc

Me/dl

Mg.

Troc

Me/dl

H+AI.

me/100g S T

V

%

100.AI

AIS

(%)

ATIV.

ARGILA

A 6,60 6,50 124 2,50 1,45 0.00 13,60 7.50 2,30 21,42 23,72 90,30 0,00 36,89

13 1 4,50 3,90 2 58 1,70 0,99 4.70 3,20 1,90 23,70 5,25 28,95 18,13 47,24 42,26

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58

PONTO: 22 MATERIAL DE ORIGEM: Sedimentos (Formação Rio do Sul) RELEVO: Forte ondulado DECLIVIDADE: 34% PROFUNDIDADE EFETIVA: Pouco profundo/profundo PEDREGOSIDADE: Ausente SUSCETIBILIDADE À EROSÃO: Forte GRAU DE LIMITAÇÃO POR FERTILIDADE: Muito alto DRENAGEM: Bem drenado USO: Cultura anual ALTITUDE: 565 metros.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

HORIZ. PROF. cm COR ESTRUTURA CEROSIDA

DE CONSIST

ENCIA TRANSI

ÇAO

A 0-15 7,5 YR 416 mod. . granular e mod. bl.

subangular - Muito friável -

BA 1557 7,5 YR 518 Mod. méd. e bi. suba ular - Friável -

Bi 57492+ 7,5 YR 5,516 Mod. méd. e grande bi. suban ular Mod. e pouca

Friável -

ANÁLISE FÍSICA

HORIZ. ARGILA SILTE AREIA

FINA

AREIA

GROSSA

SILTEI

ARGILA

GRADIENTE

TEXTURAL

A 56,00 43.40 0,60 0,10 0,78

BA 50,20 48,30 1,40 0,20 0,96 0,93

Bi 54,50 43,90 1,40 0,20 0,81

ANÁLISE QUÍMICA

HORIZ. pH

ÁGUA

IND-

SMP P K

M.0.

%

C

%

ALUM

TROC

meldl

Ca

TROC

me/dl

Mg.

TROC

me/dl

H+AI.

me/100 S T

V

%

100.AI

AI+S

%

ATIV.

ARGILA

A 4 5D 410 3 70 4.00 232 580 3,00 0,90 19,80 4,06 23,88 1708 58,71 24,00

BA 4,40 3,90 2 48 2,60 1 51 6 90 1,70 0,10 23,70 1,92 25,62 7,51 78,20 37,52

Bi 4,50 3,80 1 28 1,30 0,75 7,60 0,70 0,10 25,90 0,87 26,77 3,26 8971 42,90

HORIZONTE SUPERFICIAL: A moderado HORIZONTE SUBSUPERFICIAL: Bi CLASSE DE SOLO: Cambissolo CLASSE DE APTIDÃO DE USO: 3df

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59

PONTO:15a (FERTILIDADE) Amostra coletada em altitude de 510m, em área utilizada com campo.

ANÁLISE QUÍMICA

HORIZ. pH

ÁGUA

IND-

SMP P K

M.0.

%

C

%

ALUM

TROC

meldl

Ca

TROC

me/dl

Mg.

TROC

me/dl

H+AI.

me/100 S T

V

%

100.AI

AI+S

%

A 5,00 5.20 7 184 460 2,67 0,80 4,00 3,90 7,30 8,37 15,67 53,42 8,72

PONTO: 15b (FERTILIDADE) Amostra coletada em altitude de 510m, em área utilizada com campo.

ANÁLISE QUÍMICA

HORIZ. pH

ÁGUA

IND-

SMP P K

M.0.

%

C

%

ALUM

TROC

meldl

Ca

TROC

me/dl

Mg.

TROC

me/dl

H+AI.

me/100 S T

V

%

100.AI

AI+S

%

A 5,40 5,40 13 324 7,50 4,35 0,20 10,00 5.40 6,10 16,23 22,33 72,68 1,22

PONTO: 18 (OBSERVAÇÃO) Confirmação de Cambissolo, com horizonte C a partir de 65cm de profundidade. A altitude é de 600m e o uso dominante é com campo

5.4.6 - Encostas colúvio-erosionais em relevo ondulado - Ece2

São superficies com pendentes irregulares médias e longas (100 a 300 metros), com predominância de áreas de acúmulo de material em relação aos processos erosivos existentes, apresentando um aspecto de sucessão de formas côncavas e convexas. Ocorrem em cerca de 2,1% da área mapeada, correspondendo a 118 hectares e pertencem à paisagem denominada Colinas Estruturais-Erosionais em Sedimentos da Formação Rio do Sul.

Nestas terras a declividade dominante é de 10%, com variação de 8 a 20%; os solos são pouco profundos, com moderada suscetibilidade à erosão; não pedregosos; muito alta a média limitação por fertilidade e bem drenados. A classe de aptidão dominante foi definida como 3f,em função da maior limitação (fertilidade), ocorrendo porém inclusões das classes 2de nos locais onde foram feitas correções da fertilidade. Nestas áreas onde o solo de superficie foi corrigido, a acidez permanece alta em maior profundidade do solo. Foram encontradas também algumas manchas isoladas de classe 3p,sendo uma área pedregosa a muito pedregosa.

O uso com culturas anuais se estendem em cerca de 50,8% (60ha) desta subpaisagem, predominando portanto o uso com restrições. A principal limitação é a

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60

muito alta necessidade de calcário (> 12t/ha de calcário). Sendo economicamente viável a correção de fertilidade, que deve ser feita com base em análises de solos de amostras coletadas nas áreas específicas de plantio, as recomendações passam a ser as da classe 2de (Aptidão regular para culturas anuais climaticamente adaptadas). Permite qualquer tipo de utilização, porém, no caso do uso mais intensivo requer a implantação de práticas conservacionistas. Para esta classe de aptidão, recomenda-se a construção de terraços. Esta prática apresenta como principais objetivos, segundo Santa Catarina (1994), diminuir a velocidade e o volume da enxurrada, diminuir perdas de solo, sementes e adubos, aumentar infiltração de água no solo e, consequentemente, o conteúdo de umidade no solo, reduzir o pico de descarga dos cursos de água e amenizar a topografia, melhorando as condições de mecanização das áreas agrícolas. Além dos terraços deve-se incentivar também, a utilização de práticas como plantio em nível, manutenção do solo coberto, adubação verde (que protege a camada superficial do solo contra chuvas de alta intensidade, sol e vento, mantém elevadas taxas de infiltração de água, promove grande e contínuo aporte de massa vegetal ao solo, entre outras importantes funções), rotação de culturas entre outras.

O uso com campos, que ocorre em 23.7% da classe (28ha) é considerado uso sem restrições.

Possui 22,9% (27ha) em uso com florestas nativas e 2,6% (3ha) com capoeiras, considerados pela metodologia como subutifzação. Isto significa que são áreas que podem ser utilizadas mais intensivamente, quando não estiverem ocorrendo próximos às nascentes e margens dos cursos de água, exercendo a função de proteção. Nestas situações o uso é considerado ideal.

Os solos dominantes nesta subpaisagem são os Cambissolos (conforme descrição feita no item 5À 1), com inclusões de Podzólicos Vermelho-Amarelos (vide descrição no item 5.4.4). Abaixo, está contida a caracterização morfológica, fisica e química das amostras de solos coletadas nos pontos 2,13 e 21 a, bem como análise química das amostras coletadas para fertilidade nos pontos 1 e 14 e observações feitas no ponto 12, nesta subpaisagem.

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61

PONTO: 2 MATERIAL DE ORIGEM: Sedimentos (Formação Rio do Sul) RELEVO: Ondulado DECLIVIDADE: 9% PROFUNDIDADE EFETIVA: Pouco profundo PEDREGOSIDADE: Ausente SUSCETIBILIDADE À EROSÃO: Moderada GRAU DE LIMITAÇÃO POR FERTILIDADE: Muito Alto DRENAGEM: Bem drenado USO: Campo ALTITUDE: 620 metros.

CARACTERISTICAS MORFOLÓGICAS

HORIZ. PROF.

cm COR ESTRUTURA CEROSIDADE

CONSIS

TÊNCIA TRANSIÇAO

A 0-17 10 YR 5/4 Mod. . granular e mod. .bl. subangular Friável Gradual

BA 17-30 10 YR 5/6 Mod. .e méd. bl. suban ular Firme Gradual

Bi 30-46 10 YR 5/8 Forte méd. blocos suban gulares Firme

BC 46-50+

ANÁLISE FÍSICA

HORIZ. AR

GIL

A

%

SILTE

%

AREIA

FINA

%

AREIA

GROSSA

%

SILTE/

ARGILA

GRADIENTE

TEXTURAL

A 56,80

41,70 1,20 0,20 0,73

BA 57,30

40,80 1,20 0,70 0,71 1,06

Bi 63,70

34,90 1,20 0,20 0,55

ANÁLISE QUÍMICA

HORIZ. pH

ÁGUA IND- SMP

P ppm

K ppm

M.O. %

C %

TROC. ALUM. meldl

Ca TROC. medi

mg. TROC. me/dl

H+AI. me/100

gr S T

V %

100.A1 AI+S

%

ATIV. ARGILA

A 4,80 4,10 3 134 4,00 2,32 3,40 5,20 2,00 19,80 7,54 27,34 27,59 31,07 29,76

BA 4,30 3,80 2 88 2,70 2,70 6,00 2,20 0,70 25,90 313 29,03 10,77 65,75 38,36

Bi 4,40 3,90 1 50 1,50 0,87 6,70 1,40 0,40 23,70 1,93 25,63 7,52 77,65 34,09

HORIZONTE SUPERFICIAL: A moderado HORIZONTE SUBSUPERFICIAL: Bi CLASSE DE SOLO: Cambissolo CLASSE DE APTIDÃO DE USO: 31`

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62

PONTO: 13 (trado) MATERIAL DE ORIGEM: Sedimentos (Formação Rio do Sul) RELEVO: Suave ondulado DECLIVIDADE: 5% PROFUNDIDADE EFETIVA: Pouco profundo PEDREGOSIDADE: Pedregoso SUSCETIBILIDADE À EROSÃO: Moderada GRAU DE LIMITAÇÃO POR FERTILIDADE: Muito Baixo DRENAGEM: Bem drenado USO: Cultura anual ALTITUDE: 460 metros.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

HORIZ. PROF. cm COR ESTRUTURA CEROSIDADE CONSISTÊNCIA TRANSIÇAO

A 0-15 10 YR 4/3

Bi 15-40+ 10 YR 4/6

ANÁLISE FÍSICA

HORIZ. ARGILA SILTE AREIA

FINA

AREIA

GROSSA

SILTE

ARGILA

GRADIENTE

TEXTURAL

A 46.60 46,60 6,60 0,20 1,00 1.20

Bi 58,00 36,70 5 , 1 0 0,30 --0,63

ANÁLISE QUÍMICA

HORIZ. H IND- P K M.O C ALUM. Ca M H+AI. S T V 100.AI ATIV.

ÁGUA SMP TROC. TROC. TROC. AI+S ARGILA

ppm ppm % % meldl meldl meldl m100 % %

A 6,60 6,50 10 124 2,50 1,45 0.00 13,60 7.50 2,30 21,42 90,30 0,00 36,89

81 4,50 3,90 2 58 1,70 0,99 4.70 3,20 1,90 23,70 5,25 28.95 18,13 47,24 42,26

HORIZONTE SUPERFICIAL: A moderado HORIZONTE SUBSUPERFICIAL: Bi CLASSE DE SOLO: Cambissolo CLASSE DE APTIDÃO DE USO: 3p

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63

PONTO: 21a MATERIAL DE ORIGEM: Sedimentos (Formação Rio do Sul) RELEVO: Ondulado DECLIVIDADE:11 % PROFUNDIDADE EFETIVA: Pouco profundo PEDREGOSIDADE: Ausente SUSCETIBILIDADE A EROSÃO: Moderada GRAU DE LIMITAÇÃO POR FERTILIDADE: Muito Alto DRENAGEM: Bem drenado USO: Campo ALTITUDE: 550 metros.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

HORIZ. PROF.

cm COR ESTRUTURA

CEROSIDA

DE

CONSISTÊN

CIA

TRANSI

ÇAO A 0-20 10 YR 4l3 Mod. . bl. suba ular e mod. granular Friável Clara

BA 20-48 10 YR 5/6 Mod. e méd. bl. suba ular - Firme Gradual

Bt 48-80+ 10 YR 6d6 Mod. méd. e grande bl. suba ular Mod. e comum

Firme

ANÁLISE FÍSICA

HORIZ. ARGILA

%

SILTE

%

AREIA

FINA

%

AREIA

GROSSA

%

SILTE/

ARGILA

GRADIENTE

TEXTURAL

A 38,20 59,60 2,00 0,20 1,56

BA 63,00 36,10 0,80 0,20 0,57 1,60

Bt 65,30 33,60 0,90 0,20 0,51

ANALISE QUÍMICA

HORIZ

.

pH

AGUA

IND-

SMP

P

ppm

K

ppm

M.O.

%

C

%

ALUM.

TROC.

meld

Ca

TROC.

meldl

Mg.

TROC.

meldl

H+AI.

me/100gr S T

V

%

100.AI

AI+S

%

ATIV.

ARGILA

A 4,50 4,20 2 48 4,40 2,55 4,20 2,10 0,80 18,10 3,02 21,12 14,31 58,15 25,

BA 4,40 3,80 1 50 1,5D 0 87 7,40 1,70 0,20 25,90 03 27,93 7 26 78 49 3812

Bt 4,50 3,80 1 40 080 0,46 6,60 0,80 0,10 25,90 1,00 26,90 3,73 86,81 38 00

HORIZONTE SUPERFICIAL: A moderado HORIZONTE SUBSUPERFICIAL: Bt CLASSE DE SOLO: Podzólico Vermelho Amarelo CLASSE DE APTIDÃO DE USO: 3f PONTO: 1 (FERTILIDADE) Amostra coletada em altitude de 640m, em área utilizada com grupo. A declividade medida no ponto é de 12%.

ANÁLISE QUÍMICA

HORI

Z.

pH

AGU

A

IND-

SM

P

P

ppm

K

ppm

M.O.

%

C

%

ALUM.

TROC.

Meld

Ca

TROC.

meldl

Mg.

TROC.

meldl

H+AI.

me/100gr S T

V

%

100.AI

AI+S

% A 6,50 6.50 16 292 2,40 1,39 0,00 12,80 4,60 2,30 18,15 20,45 88,75 0,00

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64

PONTO: 14 (FERTILIDADE)

A mostra coletada em altitude de 530, em área utilizada com campo. Observou-

se que nas proximidades do curso de água e das encostas erosionais, a pedregosidade é maior.

ANÁLISE QUÍMICA

HORIZ. pH

AGUA

IND-

SM

P

P

ppm

K

ppm

M.O.

%

C

%

ALUM.

TROC.

Meld

Ca

TROC.

meldl

Mg.

TROC.

meldl

H+AI.

me/100gr S T

V

%

100.AI

AI+S

% A 5,30 5,60 5 230 4,00 2,32 0,00 10,60 2,60 5,10 13,79 18,89 73,00 0,00

5.4.7 - Encostas erosionais separadas por cristas bem definidas - Ee4

Esta subpaisagem, pertencente à Paisagem Colinas Estruturais- Erosionais em Sedimentos das Formações Gaspar e Campo Alegre, caracteriza-se por apresentar pendentes regulares longas e médias (400 a 200 metros) em forma de cristas bem definidas que se sucedem. Representam aproximadamente 45,3% da área mapeada, ocupando 2.600 hectares.

As terras desta subpaisagem estão, predominantemente no intervalo de 45 a 75% de declividade (relevo montanhoso); os solos são pouco profundos a profundos, com muito forte suscetibilidade à erosão; não pedregosos; muito alta limitação por fertilidade e bem drenados. A classe de aptidão dominante foi definida como 4de, em função da declividade e suscetibilidade à erosão.

A área encontra-se em cerca de 86,9% de sua extensão (2260ha) sob florestas e 0,7% (17ha) com capoeiras, determinando que a maior parte da subpaisagem está sob uso sem restrições. Esta situação é considerada a ideal para esta classe, devendo ser mantida.

O uso com campos ocorre em 9,5% da área (247ha), considerado como uso com restrições moderadas, necessitando de implementação das práticas adequadas de manejo.

A classe apresenta 2,9% de sua área (76ha) com culturas anuais, considerada em conflito de uso. Recomenda-se a substituição deste tipo de uso, pois os riscos de degradação são enormes em função da declividade acentuada e, consequentemente, suscetibilidade à erosão muito forte.

Os Cambissolos destacam-se como os solos dominantes nesta subpaisagem, apresentando variações com relação a profundidades. Ocorrem também inclusões de Podzólicos VermelhoAmarelos, Podzólicos Vermelho-Amarelos câmbicos e Solos Litólicos.

Os Cambissolos e os Solos Litólicos, apresentam as mesmas características gerais descritas no item 5.4.1 e os Podzólicos Vermelho-Amarelos e os Podzólicos Vermelho-Amarelos câmbicos possuem as mesmas características do item 5.4.4.

A seguir, apresenta-se a caracterização morfológica, fisica e química das amostras de solos coletadas nos pontos 17,23 e 24, nesta subpaisagem.

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PONTO: 17 MATERIAL DE ORIGEM: Arenitos bordôs(Formação Gaspar) RELEVO: Montanhoso DECLIVIDADE: 50% PROFUNDIDADE EFETIVA: Pouco profundo PEDREGOSIDADE: Ausente SUSCETIBILIDADE À EROSÃO: Muito forte GRAU DE LIMITAÇÃO POR FERTILIDADE: Muito alto DRENAGEM: Bem drenado USO: Capoeira ALTITUDE: 550 metros.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

HORIZ. PROF.

(cm) COR ESTRUTURA CEROSIDADE CONSISTÊNCIA TRANSIÇÃO

A 0}10 10 YR 314 Forte ran. e mod, muito bl.

subang. gradual

Bi 10-61 10 YR 3/6 mod. bl. subangular gradual

C 61-70+

ANÁLISE FÍSICA

HORIZ. ARGILA SILTE AREIA AREIA SILTE/ GRADIENTE

FINA GROSSA ARGILA TEXTURAL

%

A 28,00 26,10 31,60 14,40 0,93 1,10

Bi 31,00 23,30 28,00 17.70 0.75

ANÁLISE QUÍMICA

HORIZ. H IND-

P K M.O C ALUM. Ca M H+AI. S T V 100AI ATIV.

ÁGUA SMP Me/dl me/dl me/dl AI+S

ARGILA

ppm ppm % % me/100

gr % %

A 4,00 3,90 2 32 3,50 2,03 5,50 0,20 0,00 23,70 0,28 23,98 11,18 95,12 53,02

Bi 4,50 5,20 2 14 1,90 1,10 2,10 0,20 0,00 7,30 10,24 7,54 13,13 89,90 8,31

HORIZONTE SUPERFICIAL: A moderado HORIZONTE SUBSUPERFICIAL: Bi CLASSE DE SOLO: Cambissolo CLASSE DE APTIDÃO DE USO: 4de

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PONTO: 23 MATERIAL DE ORIGEM: Sedimentos (Formação Gaspar) RELEVO: Montanhoso DECLIVIDADE: 46% PROFUNDIDADE EFETIVA: Profundo PEDREGOSIDADE: Ausente SUSCETIBILIDADE À EROSÃO: Muito forte GRAU DE LIMITAÇÃO POR FERTILIDADE: Muito alto DRENAGEM: Bem drenado USO: Campo ALTITUDE: 500 metros.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

HORIZ. PROF. cm COR ESTRUTURA CEROSIDADE CONSISTÊNCIA TRANSIÇÃO

A 0-11 5 YR 4l3 Mod. granular e mod. bl. suba . - Muito friável Gradual

BA 11-40 5 YR 4/4 Forte e méd. bl. suban ular Friável - firme Difusa

Bt1 40-72 5 YR 45/4 Forte méd. bl. suban ular Fraca Comum Friável - firme Difusa

Bt2 72-105+ 5 YR 4/6 Forte méd. e grande bl. suba ular Forte comum Friável - firme

ANÁLISE FÍSICA

HORIZ. ARGILA SILTE AREIA FINA

AREIA GROSSA

SILTE/ ARGILA

GRADIENTE TEXTURAL

A 22,00 46,50 28,20 3,40 2,11

BA 30,10 42,60 25,80 1,40 1,42 1,51

13t1 3660 35,30 26,90 1,30 0,96

131:2 46,60 32,30 20,50 0.50 0,69

ANÁLISE QUÍMICA

HORIZ. H IND-

P K M.O C

ALUM

. Ca

Mg

Troc. H+AI. S T V 100AI ATIV.

ÁGUA SMP Me/dl me/dl me/dl AI+S

ARGILA

ppm ppm % % me/100

gr % %

A 4,50 480 2..

106 2,30 1,33 2,10 0,90 0,60 10,50 1,77 12,27 14,42 54,27 28,48

BA 4,5D 4,20 1 50 1,20 0,70 3,20 0,30 0,10 18,10 0,53 18, 63 2,84 85,83 51,48

Bt1 4,50 4,20 1 48 080 0,46 3,60 0,10 0,10 18,10 0,32 18,42 1,75 91,76 44,63

Bt2 450 420 1 36 050 029 4,00 0,20 0,10 18,10 0,39 18,49 2,12 91,07 3688

HORIZONTE SUPERFICIAL: A moderado HORIZONTE SUBSUPERFICIAL: Bt CLASSE DE SOLO: Podzólico vermelho Amarelo CLASSE DE APTIDÃO DE USO: 4de

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PONTO: 24 MATERIAL DE ORIGEM: Sedimentos (Formação Campo Alegre) RELEVO: Montanhoso DECLIVIDADE: 46% PROFUNDIDADE EFETIVA: Profundo PEDREGOSIDADE: Ausente SUSCETIBILIDADE À EROSÃO: Muito forte GRAU DE LIMITAÇÃO POR FERTILIDADE: Muito alto DRENAGEM: Bem drenado USO: Floresta ALTITUDE: 530 metros.

CARACTERÍSTICAS MORFOLÓGICAS

HORIZ. PROF. cm COR ESTRUTURA CEROSIDADE CONSISTÊ

NCIA TRANSIÇÃ O

A 0-15 7,5 YR 413 Mod. . granular e mod. bl. subang . - Friável Gradual

BA 1535 7,5 YR 516 Mod. e méd. bl. subang ular - Firme Gradual

Bt1 35-60 7,5 YR S!8 Mod. méd. e grande bl. subang ular Forte Comum Firme Gradual

9t2 60-100+ 7,5 YR 416 Mod. méd. e grande bl. subangular Forte Comum Firme -

ANÁLISE FÍSICA

HORIZ. ARGILA SILTE AREIA

FINA

AREIA

GROSSA

SILTE/

ARGILA

GRADIENTE

TEXTURAL

A 49,10 44,6D 610 020 0,91

BA 51,60 41,10 710 020 0,80 1,20

Bt1 58,80 136,30 4,70 0,20 f 0,62

Bt2 75,50 22,00 2,40 0,20 0,29

ANÁLISE QUÍMICA

HORIZ. H IND-

P K M.O C

ALUM

. Ca

Mg

Troc. H+AI. S T V 100AI ATIV.

ÁGUA SMP Me/dl me/dl me/dl AI+S

ARGILA

ppm ppm % % me/100

gr % %

A 4,20 4,20 2 50 3,40 1,97 4,80 0 30 0 20 18,10 0,63 18,73 3,35 8843 20,07

BA 4,40 4,20 1 36 1,80 1,04 440 0 70 0.20 18,10 0,99 19,09 5,20 81 60 27,90

Bt1 4,50 4,00 1 28 1,20 480 030 0,30 21,70 0,67 22,37 3,00 8772 32,72

Bt2 4,90 4,00 2 18 0,60 0,35 5,70 000 0,50 21,70 0,55 22,25 2,46 9126 27,39

HORIZONTE SUPERFICIAL: A moderado HORIZONTE SUBSUPERFICIAL: Bt CLASSE DE SOLO: Podzólico Vermelho Amarelo cãmbico CLASSE DE APTIDÃO DE USO: 4de

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5.4.8 - Fundos de vale coluviais - Fv

São pequenas áreas que totalizam 43 hectares (0,7% da área em estudo), localizadas nas proximidades dos leitos dos cursos d'água, originadas de depósitos predominantemente coluviais. Pertencem à Paisagem Colinas Estruturais-Erosionais em Sedimentos das Formações Gaspar e Campo Alegre.

São terras situadas em relevo plano a suave ondulado (0 a 8% de declividade); os solos são rasos a pouco profundos (<100cm de profundidade), pedregosos a muito pedregosos; a suscetibilidade à erosão é nula a ligeira; o grau de limitação por fertilidade é provavelmente médio a alto e imperfeitamente a bem drenados. Com base nestas características, enquadrou-se estas terras em Classe 3p (por pedregosidade), com inclusões de 3ph (má drenagem também é fator limitante). Possuem aptidão com restrições para culturas anuais climaticamente adaptadas, aptidão regular para fruticultura e boa aptidão para pastagens e reflorestamento. São terras que apresentam limitações fortes para utilização com culturas anuais climaticamente adaptadas, principalmente devido às restrições à mecanização pela pedregosidade, porém, pode-se trabalhar com implementos de tração animal.

As florestas nativas predominam na classe. ocupando 719,1

11/0 da área

(34ha) e e considerado como subutilização. Isto significa que são arcas que podem ser utilizadas mais intensivamente. quando não estiverem ocorrendo próximos as nascentes e margens dos cursos de água, exercendo a função de proteção. Nestas situações o uso é considerado ideal.

A classe apresenta também 20,9% de sua área (9ha) com campos, considerado como uso sem restrições. Os riscos de degradação são insignificantes, se o manejo for adequado.

Nesta subpaisagem não se coletou amostras para análise de solos devido à sua pequena extensão e pouco interesse econômico, porém com base na bibliografia consultada (SANTA CATARINA, 1986) e observações de campo estimou-se que os solos dominantes são os Cambissolos, apresentando também inclusões de Glei e Cambissolos gleicos em áreas de baixada e com maior problema de drenagem. Os Cambissolos apresentam as mesmas características gerais descritas no item 5.4.1 e os Gleis e Cambissolos gleicos são muito similares aos descritos no item 5.4.3.

5.4.9 - Encostas erosionais-coluviais em relêvo ondulado - Eec2 São superficies com pendentes irregulares médias e longas (150 a 300

metros), que se extendem em apenas 27 hectares (0,5% da área de estudo). É a única subpaisagem, da Paisagem Diques Erosionais da Formação Serra Geral.

Nestas terras a declividade dominante ocorre entre 8 e 20% (relevo ondulado); os solos são profundos, com moderada suscetibilidade à erosão; não pedregosos, muito alta limitação por fertilidade e bem drenados. A classe de aptidão dominante foi definida como 3f em função da sua maior limitação, a fertilidade.

O uso predominante destas terras é com_Uoresta em cerca de 81,5% (22ha), estando portanto em sua maior parte em subutilização.Isto significa que são áreas que podem ser utilizadas mais intensivamente, quando não estiverem ocorrendo

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próximos às nascentes e margens dos cursos de água, exercendo a função de proteção. Nestas situações o uso é considerado ideal.

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A subpaisagem apresenta também 5ha (18,5%) com culturas anuais, considerado como uso com retrições. As recomendações para esta situação, são as mesmas contidas no item 5.4.6.

Os solos dominantes nesta subpaisagem são as Terras Brunas Estruturadas câmbicas.

As Terras Estruturadas são solos minerais não hidromórficos, com sequencia de horizontes A, Bt, C; perfis profundos ou pouco profundos; argila de atividade baixa; textura muito argilosa ou argilosa; pode ocorrer pedregosidade; estrutura em blocos (prismática ou colunar quando seco) de consistência firme a friável em B. As Terras Brunas Estruturadas, são aquelas que possuem cor 7,5YR ou mais amarela; monocromática até o final de Bt, admitindo-se cor mais avermelhada em BC; estrutura normalmente prismática composta de blocos subangulares de grau no mínimo fraco a moderado; cerosidade maior que fraca e pouca, tendendo a desaparecer com o solo seco; o horizonte Bt normalmente é pouco expresso em cerosidade e gradiente textural. A transição para Cambissolo (câmbico) foi definida principalmente devido à argila de atividade alta encontrada nestes solos.

Abaixo apresenta-se a caracterização morfológica, fisica e química da amostra de solo coletada no ponto 25, nesta subpaisagem. PONTO: 25 MATERIAL DE ORIGEM: Dique da Formação Serra Geral RELEVO: Ondulado DECLIVIDADE: 18% PROFUNDIDADE EFETIVA: Pouco profundo PEDREGOSIDADE: Ausente SUSCETIBILIDADE À EROSÃO: Moderada GRAU DE LIMITAÇÃO POR FERTILIDADE: Muito alto DRENAGEM: Bem drenado USO: Cultura anual ALTITUDE: 560 metros.

CARACTERISTICAS MORFOLOGICAS

HORIZ. PROF.

(cm) COR ESTRUTURA CEROSIDADE CONSISTÊNCIA TRANSIÇÃO

A 0-20 10YR 3,5/4 Mod. Peq.granular e

mod. Peq. Bl. Subang.

Bt1 20-47 10YR 3/6 Forte peq. E méd. bl.

Subang.

Bt2 47-64+ 10YR 3,5/6 Forte méd. e grande bl.

Subang.

ANÁLISE FÍSICA

HORIZ. ARGILA SILTE AREIA FINA

AREIA GROSSA

SILTE/ ARGILA

GRADIENTE TEXTURAL

A 46,10 48,70 4,60 0.60 106 Bt1 _ __

53,40 42,30 4,10 r 0,20 0,79 1,24 Bt2 61,40 34,00 4,20 0,40 0,55

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ANÁLISE QUÍMICA

HORIZ. H IND-

P K M.O C

ALUM

. Ca

Mg

Troc. H+AI. S T V 100AI ATIV.

ÁGUA SMP Me/dl me/dl me/dl AI+S

ARGILA

ppm ppm % % me/100

gr % %

A 4,20 4,40 1 58 4,00 2,32 2,80 4,60 1,70 15,10 6,45 21,55 29,93 30,27 24,10 Btt 4,40 4,20 1 22 1,90 1,10 3,70 1,90 1,20 18,10 3,16 21,26 14,85 53,96 30,52

Bt2 4,30 4,10 1 26 1,50 0,87 4,60 1,20 0,90 19,80 2,17 21,97 9,86 67,98 29,40

HORIZONTE SUPERFICIAL: A moderado HORIZONTE SUBSUPERFICIAL: Bt CLASSE DE SOLO: Terra Bruna Estruturada Iâmbica CLASSE DE APTIDÃO DE USO: 3f

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6 - CONSIDERAÇÕES FINAIS E CONCLUSÕES

A área estudada, apresentou 7,3% de conflitos de uso das terras e o uso com restrições, representa 16,6%. Estas são as duas situações que exigem maior atenção e cuidados.

A subutilização representa 16,4% da área. A maior representatividade é para áreas em uso sem restrições , com 59,7°,%. A associação das classes 3h+2dh, ocupa 2,4% da área total . Permite qualquer

tipo de uso climaticamente recomendado, porém no caso de uso mais intensivo requer implantação de técnicas de manejo adequadas.

As classes 3df (23,4%), 3f (2,5%) e 3p (0,8%), apesar de permitirem o uso com qualquer tipo de utilização, apresentam restrições intensas ao uso com culturas anuais, pois possuem características que dificultam a mecanização e que requerem práticas mais onerosas e complexas de conservação do solo.

A classe 4de (66,8%) é imprópria para o uso com culturas anuais. Recomenda-se preservar as florestas e capoeiras que ocorrem em 2277ha (87,6%) desta classe e, nas áreas já desmatadas, sugere-se o uso com pastagens e reflorestamentos protetores de solos.

A classe 5dp (4,1%) é considerada exclusivamente para preservação permanente, sendo imprópria para qualquer tipo de cultivo económico. Recomenda-se o reflorestamento somente em áreas já descobertas .

Para fins de conservação do solo, deve-se ter em conta que as chuvas de janeiro e fevereiro, têm maior poder erosivo por serem mais intensas, apontando a necessidade de implantação de culturas com um mínimo revolvimento do solo, deixando o máximo de resíduos na superficie. Assim seria evitada a criação de condições predisponentes à ocorrência de erosão severa.

Todas as observações feitas neste item, são encontradas com maiores detalhes nos itens anteriores deste relatório, assim como outras informações e sugestões importantes.

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7 - LITERATURA CITADA

BACIC,I.L.Z.; PANICHI,J. de A. V & LAUS NETO1A. Metodologiapara priorização de

bacias hidrográficas,municípios e microbacias hidrográficas para o Fstado de Santa Catarina. Florianópolis: EMPASC,1990.27p. (EMPASC.Documentos, 113).

BOTERO, P.J. Guias para el analisis fisiográfico. Bogotá: CIÀF,1977.88p. BRAGA, H. J.; SILVA, L. M. da; KICHEL, N. Normais de temperaturas máximas,

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ANEXOS

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ANEXO 1

Legenda fisiográfica

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ANEXO 2 : Tabelas 12, 13,14 e 15

Tabela 12: Uso das Terras

Classe Arca (ha) %

F 3.880 67,6

Cam

Cam

1016 17,7

Ca 724 12,6

Cpo 115 2,0

Fr 5 0,1

TOTAL 5.740' 100

Tabela 13: Aptidão de Uso das Terras

Classe Área (ha)

3 df 1.343 23,4

3h + 2dh 140 2,4

3f 145 2,5

3p 43 0,8

4de 3834 66,8

5dp 235 4,1

TOTAL 5.740 100

Tabelas 14 e 15: Conflitos de Uso das Terras

Classe Área (ha) %

Uso Sem Restrições 3.428 59,7 Uso Com Restrições 954 16,6

Subutilização 939 16,4 Conflito de Uso 419 7,3

T O T A L 5:740 'I00

Classe Sub-Classe Área %

Cam/3 372 6,5 C o/4 76 1,3

Uso Sem Restrições F/4 2819 49.1 Cpo/5 6 0,1 F/5 155 2.7

Fr/4 5 0,1 Uso Com Restrições Ca/3 360 6.3

Cam/4 589 10.3

Subutilização F/3 906 15,8

Cpo/3 33 0.6

Ca/4 345 6,0

Conflito de Uso Ca/5 19 0,3

Cam/5 55 0,9

TOTAL - 5.740 100.0

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ANEXO 3 : MAPAS(ENCARTADOS)

MAPA PLANIALTIMÉTRICO

MAPA HIDROGRÁFICO E RODOVIÁRIO MAPA FISIOGRÁFICO

MAPA DE APTIDÃO DE USO DAS TERRAS MAPA DE USO DAS TERRAS

MAPA DE IDENTIFICAÇÃO DOS CONFLITOS DE USO DAS TERRAS