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INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA Prof. Eloi Lago

Investigação Epidemiológica aula 5

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INVESTIGAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA

Prof. Eloi Lago

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Conceito

Trabalho de campo, realizado a partir de casos notificados (confirmados ou suspeitos)

Com objetivo de: Identificar fonte e modo de transmissão

(cadeia epidemiológica) Grupos expostos a maior risco Fatores determinantes Confirmar diagnóstico Orientar medidas de controle – impedir

novos casos

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Quando surge a IE

Na ocorrência de novos casos de uma doença na forma de surto ou epidemia

População em risco

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Se há suspeita, pergunte...... 1 – trata-se realmente de caso da

doença suspeita? 2 – Quais os principais atributos

individuais do caso? Características biológicas, ambientais, sociais

3 – A partir do quê ou de quem foi contraída a doença? Fonte de infecção

4 – Qual via de transmissão? 5 – Outras pessoas foram infectadas pela

mesma fonte?

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Continue perguntando.......

6 – A quem foi transmitida a doença? 7 – Quais fatores determinaram a

ocorrência? Fatores de risco 8 – O doente ainda pode estar

transmitindo a doença? 9 – Como evitar que atinja outras

pessoas?

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Passos para investigação de epidemias ou surtos

O que é epidemia e surto?

Considera-se surto ou epidemia quando há mais casos de uma determinada doença do que o esperado

Epidemia: para um grupo maior de pessoas

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Inicialmente gerar assistência ao doente

1 – Assistência médica ao paciente

2 – Qualidade da assistência

3 – Proteção individual

4 – Proteção coletiva

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Roteiro da investigação

Alguns passos são cruciais na investigação epidemiológica e se obedecidas as etapas a possibilidade de êxito é iminente......

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1 – confirmação do surto

Houve elevação no numero de casos? Como confirmar?

Comparar registro de casos em meses ou anos anteriores, onde........

Hospitais, vigilância epidemiológica, laboratórios, taxa de mortalidade

Casos estes não apresentem dados confirmar com profissionais da áreas

Cuidado: a falta de notificação anterior leva a uma falsa epidemia hoje!!!!!!!!!

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2 – confirmação do diagnóstico Avaliar prontuários, dados clínicos e

exames laboratoriais Oferecer exames complementares

coletando amostras de um grupo determinado de doentes (mínimo 10)

Conversar com o doente e levantar possíveis causas

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3 – caracterização da epidemia Em relação ao tempo.... Qual o período de duração? Qual o período provável da exposição?

Em relação ao lugar.... Qual a distribuição geográfica predominante?

Em relação as pessoas..... Quais grupos etários e sexo? Que características distinguem os afetados

da população geral?

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3 – caracterização da epidemia quadro

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4 – geração e avaliação de hipóteses

As hipóteses devem ser testáveis e gerar conclusões como:

A disseminação se deu por veículo comum, pessoa a pessoa ou ambas as formas.

Provável agente causal

Para isso calcula-se a taxa de ataque (TA)

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Como calcular Taxa de ataque (TA)

TA = Pessoas doentes expostas x 100 Pessoas expostas

TA = Pessoas doentes não expostas x 100

Pessoas não expostas

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Agora calcule o Risco Relativo (RR)

RR = TA dos expostos TA dos não expostos

Interpretando.....Se RR for maior que 1 há uma associação com

a doença e quanto maior for, maior a associação.

Vamos praticar.......

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Caso

Após um almoço de domingo em uma igreja algumas pessoas apresentaram vômitos e enxaquequa. Calcule a TA e o RR

consumiram não consumiram

Alimento doentes sadios total TA doentes sadios Total TA

Espinafre 29 17 46 17 12 29

Presunto 26 17 43 20 12 32

Maionese 23 14 37 23 14 37

Leite 16 7 23 30 22 52

Sorvete 43 11 54 3 18 21

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Resultado

Alimento doentes sadios total TA doentes sadios Total TA RR

Espinafre 29 17 46 O,63 17 12 29 0,58 1,1

Presunto 26 17 43 0,56 20 12 32 0,62 0,9

Maionese 23 14 37 0,62 23 14 37 0,62 1

Leite 16 7 23 0,69 30 22 52 0,57 1,2

Sorvete 43 11 54 0,79 3 18 21 0,14 5,6

consumiram não consumiram

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5 – refinamento das hipótese e estudos complementares

Discussão das análises com outros profissionais

Consolidação dos dados Busca de dados adicionais

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6 – Processamento e análise final Consolidar dados em tabelas, gráficos,

mapas, fluxos de pacientes Calcular, se for o caso, indicadores

como:

Coeficiente de incidência Letalidade Mortalidade Prevalência

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7 – Recomendações de medidas de controle

Elaboração de um relatório descritivo

Implementação imediata

As medidas podem ser direcionadas a qualquer elo da cadeia epidemiológica, visando sua interrupção

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8 – Relatório final e divulgação Deve constar: descrição do evento,

situação epidemiológica atual, causa da ocorrência, medidas de prevenção implementadas a curto, médio e longo prazo,

O relatório deve ser divulgado à profissionais da saúde, participantes da investigação, representantes da comunidade e autoridades locais.

Sempre que possível divulgação por boletins

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FIM