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Investigar e construir um texto

Investigar e construir um texto. Tipos de trabalhos 1.Os que se limitam a descrever o conhecimento existente, com maior ou menor grau crítico; 2. O que

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Tipos de trabalhos

1. Os que se limitam a descrever o conhecimento existente, com maior ou menor grau crítico;

2. O que expõem resultados de investigação susceptível de modificar, problematizar e interrogar pontos de vista e explicações vigentes, ou simplesmente para dilatar o conhecimento acumulado sobre um assunto.

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Tipologia de textos: 1. Artigo2. Comunicação 3. Projecto e relatório de investigação4. Ensaios5. Estudos6. Teses7. Edições críticas de textos (manuscritos ou impressos)8. Repertórios9. Antologias10. Compêndios e manuais

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Tipologia de estudos:

1. Diacrónicos

2. Sincrónicos

3. Geo-civilizacionais

4. Disciplinares

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Investigar

1. Objecto

2. Método

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1. Objecto

1.1. Definir um problema1.2. Colocar questões1.3. Monográfico ou panorâmico?1.4. Premissas centrais: Tempo e Espaço

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2. O Método

2.1. Pesquisa bibliográfica sobre o Estado da Questão (ficha bibliográfica)

2.2. Registar o que cada autor escreveu sobre o assunto (fichas de leitura)

2.3. Registar citações idiomáticas (ficha de citação)

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1. Redigir o Texto Letra 12, time new roman ou arial, espaço e meio

1.1. Organizar o texto

1.1.1. Primeira parte: Pré-textual

Folha de rosto (autor, título)AgradecimentosCitações em epígrafeNotas préviasPreâmbulosPrefáciosSumárioÍndice geral Lista de tabelas, quadros, figuras extratextos, anexos, abreviaturas

Esta parte deve ser em numeração romana.

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1.1.2. Segunda parte: Textual

1.1.2.1. Introdução 1.1.2.1.1. Apresentação e contextualização do tema.1.1.2.1.2. Questões que motivaram o tema.1.1.2.1.3. Caracterização do método de abordagem.

1.1.2.2. Desenvolvimento 1.1.2.2.1. É a essência do trabalho, deve ser dividido em partes, capítulos e subcapítulos. 1.1.2.2.2. Deve existir um encadear lógico, partindo do geral para o particular.

1.1.2.3. Conclusão ou Síntese Final Balanço ou resultados apurados

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1.1.2.2. Desenvolvimento É a essência do trabalho, deve ser dividido em partes, capítulos e

sub-capítulos. Deve existir um encadear lógico, partindo do geral para o

particular.Possíveis formas de organização: 1. 1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.2.1.2.2.1.2.1.1.2.1.1.1.2.1.1.2.1.2.1.1.2.2.

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Parte I (romanos)1. 1.1.1.1.1.1.1.2.1.1.2.1.Parte II (romanos) 2.2.1.2.1.1.2.1.1.1.2.1.1.2.1.2.1.1.2.2.

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1.1.2.3. Conclusão ou Síntese FinalBalanço ou resultados apurados

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1.1.3. Pós-textual

Notas (podem estar no final ou em pé-de-página)BibliografiaÍndice geral (pode vir no início)Índices analíticos ou remissivos Anexos e apêndices

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Notas:Para que servem: Indicar fonte das citações; Acrescentar a um assunto discutido no texto

outras indicações bibliográficas; Introduzir uma citação de reforço que no texto

viria a perturbar a leitura; Ampliar as afirmações que se fazem no texto; Corrigir afirmações do texto; Fornecer a tradução de uma citação; Referir a fonte de uma ideia (pagar dívidas);

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Dois tipos de notas

Sistema autor-data;Nota de roda-pé ou pé-de-página

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Notas:

Sistema autor data:

-No texto insere-se (Eco 2008: 55) ou (Eco, 2008: 55);

Ex.: “…que se chamou de “explosão criativa” (Lewis-Williams 2005: 73). A própria arte deve ser…”

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Dois tipos de notas

Sistema autor-data;Nota de roda-pé ou pé-de-página e notas finais

Pode ser pelo sistema au- “…as bibliotecas públicas e os arquivos [1] podem ter

textos inéditos com informações confidenciais [2] únicas que servem também [3] … …

_____________________________________- [1]. Vasconcelos 1902: 243, foto. pp. 242-243.2. Idem1925: 23-26.3. Ibid. 245

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Ou

Pode ser pelo sistema au- “…textos de tese [1] devem ser muito bem estruturados [2] e

serem também [3] …

________________________________1. ECO, Umberto. Como se Faz uma Tese em Ciências

Humanas. Lisboa: Presença, 2008, pp. 242-243.2. Idem, O texto simples. Lisboa, Presença, 2007, pp. 23-26.3. Ibid., p. 245

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• explicados, mas podem ser uma manifestação contemporânea dos momentos iniciais da ocupação romana[1]. Os berrões estão, essencialmente, no território dos Vetões, sendo uma tradição anterior à ocupação romana[2]. A sul do rio Douro, exceptuando a área dos Vetões, não existiu uma escultura de grande escala, resumindo-se a pequenas esculturas executadas, preferencialmente, em bronze e terracota[3].

• A entrada da escultura em mármore, de matriz clássica, deu-se a partir da época de Augusto, o que foi uma novidade no território português, e uma aparição tardia, no contexto da história de Roma e mesmo de outras áreas mais romanizadas da Hispania e do Mediterrâneo Ocidental.

• O principado de Augusto foi marcado, em termos da escultura, pela implantação de um modelo neo-ático[4]. Como afirmou Paul Zanker, o mundo das imagens do final da República era muito mais rico e de maior atractivo artístico do que a arte imperial, em virtude das normas de representação que o Estado impôs a partir de Augusto[5]. A construção de um universo simbólico reflectiu uma nova ordem[6], permitiu ordenar uma nova biografia de Octávio e teve uma função legitimadora[7].

• As linhas de força do novo discurso foram: em primeiro, a plástica neo-ática e a imagem ideal; em segundo, a génese mítica de Roma, que era subliminarmente da Gens Iulia; em terceiro, a exaltação da Pax Romana, e da consequente era de Abundantia; em quarto, a entronização do princeps e da Gens Augusta; em quinto, a glorificação da Victoria e a humilhação dos vencidos.

• -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------•

[1] Entre a bibliografia essencial sobre os guerreiros considera-se: Vasconcelos 1896 a: 29-32; Paris 1903:1-8; Vasconcelos, 1913 a: 61; Almeida 1974: 149-172; Lourigo 1983: 159-185; Alarcão 1986; Silva 1986; Tranoy 1988; Almeida 1989: 161-172; Burnett, Amandry e Ripollès 1992; Acuña Castroviejo 1993; Lenerz-de-Wilde 1993; Fabião 1994; Lourido 2003; Alarcão 2003; Quesada Sanz 2003; Schattner 2003; Höck 2003; Blech 2003; Almagro-Gorbea 2003; Silva 2003; Herrmann 2003.

• [2] Vasconcelos 1913 a; Alarcão 1986; Lopez Monteagudo 1989; Sánchez Moreno 2000: Álvarez-Sanchís 2003 a; Id. 2003 b.• [3] Sobre o tema ver: Beirão 1985; 45-135 ; Id. 1986 ; Berrocal-Rangel 1992; Fabião 1992; Arruda 1994 b; Fabião 1994; Alarcão 1996; 1997; Nogales e

Gonçalves 2004 b.• [4] Kleiner 1992. • [5] Zanker 1992: 27. • [6] Berger e Luckmann 1999: 106. • [7]“A nova identidade é, em última análise, legitimada pela sua colocação no contexto do universo simbólico. Falando em termos mitológicos, o nome

“real” do indivíduo é o que lhe é dado pelo seu deus. O indivíduo pode assim “saber quem é”, ancorando a sua identidade numa realidade cósmica protegida ao mesmo tempo das contingências da socialização e das malévolas auto-transformações da experiência marginal. (...) Uma função legitimadora estratégica dos universos simbólicos para a biografia individual é a “localização” da morte. A experiência da morte dos outros e, como consequência, a antecipação da própria morte estabelece a situação limite, por excelência, para o indivíduo”, Ibid.: 109-110.

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Termos utilizados nas citações:

Idem / id.(o mesmo)Op.cit. (obra citada)Ibidem / Ibid. (o mesmo, no mesmo)

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BibliografiaExistem diferentes variantes para escrever as referências bibliográficas, apresentando-se aqui uma

possibilidade:

Com referências às publicações e sites da Internet consultados com as seguintes normas: • Livros: • ECO, Umberto (2008), Como se Faz uma Tese em Ciências Humanas. Lisboa: Presença. ou• ECO, Umberto. Como se Faz uma Tese em Ciências Humanas. Lisboa: Presença, 2008. Entre outras, vd ainda norma portuguesa

• Revistas: • ECO, Umberto (2008), “O que é uma tese e para que serve” in Como se Faz uma Tese em

Ciências Humanas. Lisboa: Presença, pp. 23-30 (a Página caso seja uma página com p. 70 e mais de uma página pp. 70-75).

• Sites: • ECO, Umberto (2008), Como se Faz uma Tese em Ciências Humanas. http://www.

exemplo.com/exemplo/exemplo.htm. [01/01/2008] (data da consulta).

• Sites de revista: • ECO, Umberto (2008), Como se Faz uma Tese em Ciências Humanas. http://www.

exemplo.com/exemplo/exemplo.htm. Mensal [01/01/2008] (data da consulta).

• CD-ROM:• ECO, Umberto (2008), Como se Faz uma Tese em Ciências Humanas. [CD-ROM]. Lisboa:

Presença Multimédia. PC e compatível.

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A Ficha de Trabalho para avaliação

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• A ficha de leitura será individual e deverá obedecer ao seguinte esquema:• Folha de Rosto, onde deve constar: • - Título do Trabalho• - Nome e número do aluno• - Curso• - Nome da Disciplina• - Ano lectivo. 1. Introdução: • 1.1. Deve-se explicitar o tema do trabalho e objectivos, situar o autor e a

obra no espaço e no tempo e justificar o plano seguido. 2. Desenvolvimento: • Conteúdo do texto análise reduzido a 1/3.3. Conclusão: • 3.1. Sínteses do desenvolvimento• 3.2. Leitura dos alunos 4. Bibliografia

Deve ainda conter notas.

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A Técnica de Resumo

O Resumo deve ter 1/3 do texto originalTer por objectivo evidenciar os teses centrais do

autor/autoresDeve-se começar por resumir um parágrafo,

agrupando depois os parágrafos e os capítulos. Excluem-se os adjectivos, mas procuram-se os

conceitos.Prazo de entrega: 9 de Janeiro de 2009