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Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IOF - Operações de câmbio a ICMS - Base de cálculo reduzida a ICMS - Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e Documento Auxiliar da NF-e (Danfe) ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 16/2014 Espírito Santo / a Federal IPI Isenção - Veículos destinados a pessoas com deficiência 01 / a Estadual ICMS Pagamento do imposto 05 / a IOB Setorial Estadual Industrial - Incentivos fiscais para a indústria de reciclagem plástica 11 / a IOB Comenta Federal IPI - Recolhimento espontâneo de débito em atraso após o início de fiscalização 12 / a IOB Perguntas e Respostas IPI Estorno de crédito - Furto ou roubo de insumos 13 Regime especial - Cigarros 13 ICMS/IPI Sped - EFD - Obrigatoriedade 13 ICMS/ES ICMS - Diferencial de alíquotas - Incidência 13 ICMS - Diferencial de alíquotas - Simples Nacional 13

IOB - ICMS/IPI - Espírito Santo - nº 16/2014 - 3ª Sem Abril · cada 2 anos, sem limite do número de aquisições. Em qualquer hipótese, esse prazo: a) deverá ser obedecido para

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Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IOF - Operações de câmbio

a ICMS - Base de cálculo reduzida

a ICMS - Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) e Documento Auxiliar da NF-e (Danfe)

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 16/2014

Espírito Santo

/a FederalIPIIsenção - Veículos destinados a pessoas com deficiência . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSPagamento do imposto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05

/a IOB SetorialEstadualIndustrial - Incentivos fiscais para a indústria de reciclagem plástica . . 11

/a IOB ComentaFederalIPI - Recolhimento espontâneo de débito em atraso após o início de fiscalização . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12

/a IOB Perguntas e RespostasIPIEstorno de crédito - Furto ou roubo de insumos . . . . . . . . . . . . . . . 13Regime especial - Cigarros . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

ICMS/IPISped - EFD - Obrigatoriedade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

ICMS/ESICMS - Diferencial de alíquotas - Incidência . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13ICMS - Diferencial de alíquotas - Simples Nacional . . . . . . . . . . . . . 13

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© 2014 by IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Capa:Marketing IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial IOB FOLHAMATIC EBS > SAGE

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : isenção : veículos destinados a pessoas com deficiência.... -- 10. ed. -- São Paulo : IOB Folhamatic, 2014. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2130-2

1. Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços - Brasil 2. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 3. Tributos - Brasil I. Série.

14-02583 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços : ICMS : Direito tributário 34:336.223(81) 2. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

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Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

16-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 ES

IPI

Isenção - Veículos destinados a pessoas com deficiência SUMÁRIO 1. Introdução 2. Beneficiários 3. Automóveis nacionais 4. Prazo para utilização 5. Documentação 6. Autorização para aquisição 7. Indeferimento do pedido 8. Estabelecimento industrial ou equiparado a industrial 9. Restrições à fruição do benefício fiscal 10. Alienação efetuada antes de 2 anos da aquisição do veículo 11. Falecimento do beneficiário 12. Considerações finais

1. IntroduçãoA legislação prevê a concessão

de isenção do IPI para os automó-veis de passageiros destinados a pessoas portadoras de deficiên-cia física, visual, mental severa ou profunda, ou autistas.

Neste texto, examinaremos as disposições legais e os requisitos para a fruição desse benefício fiscal, com fundamento na Lei nº 8.989/1995 e na Instrução Normativa RFB nº 988/2009.

(Lei nº 8.989/1995; Instrução Normativa RFB nº 988/2009)

2. BEnEFICIárIoSAs pessoas portadoras de deficiência física, visual,

mental severa ou profunda, ou autistas, ainda que meno-res de 18 anos, poderão adquirir com isenção do IPI, até 31.12.2016, diretamente ou por intermédio de seu representante legal, automóvel de passageiro ou veículo de uso misto, de fabricação nacional, classificado na posição 87.03 da Tabela de Incidência do IPI (TIPI).

NotaConsideram-se representantes legais os pais, os tutores e os curado-

res, conforme definido pelo Código Civil Brasileiro - Lei nº 10.406/2002 (Ins-trução Normativa RFB nº 988/2009, art. 11, VI).

Para efeito de fruição do benefício, considera-se pessoa portadora de:

a) deficiência física: aquela que apresenta alte-ração completa ou parcial de um ou mais seg-mentos do corpo humano, acarretando o com-prometimento da função física, apresentando--se sob a forma de paraplegia, paraparesia, monoplegia, monoparesia, tetraplegia, tetra-paresia, triplegia, triparesia, hemiplegia, hemi-paresia, amputação ou ausência de membro, paralisia cerebral, membros com deformidade congênita ou adquirida, exceto as deformida-des estéticas e as que não produzam dificul-dades para o desempenho das funções; e

b) deficiência visual: aquela que apresenta acui-dade visual igual ou menor que 20/200

(tabela de Snellen) no melhor olho, após a melhor correção, ou cam-

po visual inferior a 20º, ou ocor-rência simultânea de ambas as situações.

A condição de pessoa portadora de deficiência men-

tal severa ou profunda, ou de autista, será atestada conforme cri-

térios e requisitos definidos pela Portaria Interministerial SEDH/MS nº 2/2003.

Considera-se adquirente do veículo com isenção a pessoa portadora de deficiência ou o autista, que deverá praticar todos os atos necessários à fruição do benefício, diretamente ou por intermédio de seu representante legal.

Ressalte-se que a isenção do IPI para deficientes não se aplica às operações com arrendamento mer-cantil (leasing).

(Lei nº 8.989/1995, art. 1º, caput, IV, §§ 1º a 3º; Código Civil - Lei nº 10.406/2002; Decreto nº 3.298/1999, arts. 3º e 4º; TIPI - Decreto nº 7.660/2011; Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 2º, caput, §§ 1º, 2º e 5º, e art. 14; Portaria Interministerial SEDH/MS nº 2/2003)

a Federal

O direito à aquisição do veículo com o benefício da isenção poderá

ser exercido apenas uma vez a cada 2 anos, sem limite do número de

aquisições

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16-02 ES Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

3. AutoMóvEIS nACIonAIS

A isenção do IPI é aplicada a automóveis de fabricação nacional. Contudo, a Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), por meio de diversas solu-ções de consulta, entre as quais a de nº 46/2008, a seguir reproduzida, expõe o entendimento no sentido de que o benefício fiscal também se aplica aos automóveis estrangeiros, quando importados de países em relação aos quais, por meio de acordo ou convenção internacional firmados pelo Brasil, tenha sido garantida igualdade de tratamento, quanto aos tributos internos, para o produto importado, originário do país em questão e o nacional.

MINISTÉRIO DA FAZENDA SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 46 de 01 de Fevereiro de 2008

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI

EMENTA: ISENÇÃO. VEÍCULOS ADQUIRIDOS POR PORTA-DORES DE DEFICIÉNCIA FÍSICA. A isenção do IPI prevista no art. 1º, inciso IV, da Lei nº 8.989, de 1995, e alterações, incorporada ao art. 52, inciso IV, do RIPI em vigor, Decreto nº 4.544, de 2002, contempla, em regra, veículos nacionais, assim entendidos aqueles que resultem das operações de industrialização mencionadas no art. 4º do mesmo RIPI, realizadas no Brasil. O benefício, no entanto, estende-se aos veículos estrangeiros, quando importados de países em relação aos quais, através de acordo ou convenção internacional firmados pelo Brasil, tenha sido garantida igualdade de tratamento, quanto aos tributos internos, para o produto importado, originário do país em questão, e o nacional. Tal ocorre, por exemplo, nas importações prove-nientes de países integrantes do Mercosul, por força do art. 7º do Tratado do Mercosul, promulgado pelo Decreto nº 350 de 1991, contanto que se trate de veículos que atendam às normas de origem aplicáveis àquele tratado e contem com a pertinente certificação de origem. [...]

(Solução de Consulta nº 46/2008)

3.1 Manutenção do crédito fiscal

É assegurada a manutenção do crédito do IPI relativo:

a) às matérias-primas, aos insumos (produtos intermediários e material de embalagem) efe-tivamente utilizados na industrialização dos automóveis saídos com isenção do estabele-cimento industrial; e

b) ao imposto pago no desembaraço aduaneiro de automóvel de passageiros originário e pro-cedente de países integrantes do Mercado Comum do Sul (Mercosul), saído do estabe-lecimento importador de pessoa jurídica fabri-cante de automóveis da posição 87.03 da TIPI, com isenção do imposto.

(Lei nº 8.989/1995, art. 4º)

4. PrAzo PArA utIlIzAçãoO direito à aquisição do veículo com o benefício

da isenção poderá ser exercido apenas uma vez a cada 2 anos, sem limite do número de aquisições.

Em qualquer hipótese, esse prazo:

a) deverá ser obedecido para uma nova aquisi-ção de veículo com isenção do IPI; e

b) terá como termo inicial a data de emissão da nota fiscal da aquisição anterior com isenção do IPI.

(Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 2º, §§ 3º e 4º)

5. doCuMEntAção

Para fins de habilitação à fruição da isenção, a pessoa portadora de deficiência física, visual, mental severa ou profunda, ou o autista, deverá apresentar, diretamente ou por intermédio de seu representante legal, formulário de requerimento (modelo constante no Anexo I da Instrução Normativa RFB nº 988/2009) à unidade da RFB de sua jurisdição, dirigido ao Delegado da Delegacia da Receita Federal do Brasil (DRF) ou ao Delegado da Delegacia da Receita Federal do Brasil de Administração Tributária (Derat), acompanhado dos seguintes documentos:

a) laudo de avaliação, na forma dos Anexos IX, X ou XI da Instrução Normativa RFB nº 988/2009, emitido por prestador de:a.1) serviço público de saúde; ou a.2) serviço privado de saúde, contratado ou

conveniado, que integre o Sistema Úni-co de Saúde (SUS); também poderá ser considerado, para fins de comprovação da deficiência, laudo de avaliação obtido:a.2.1) no Departamento de Trânsito (De-

tran) ou em suas clínicas creden-ciadas, desde que contenham todas as informações constantes dos anexos referidos na letra “a”;

a.2.2) por meio de serviço social autô-nomo, sem fins lucrativos, criado por lei, fiscalizado por órgão dos Poderes Executivo ou Legislativo da União, observados os modelos de laudo constantes dos anexos referidos na letra “a”;

b) Declaração de Disponibilidade Financeira ou Patrimonial da pessoa portadora de deficiência ou do autista, apresentada diretamente ou por intermédio de seu representante legal, compa-tível com o valor do veículo a ser adquirido;

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16-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 ES

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

c) cópia da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) do beneficiário da isenção, caso ele seja o condutor do veículo;

d) cópia da CNH de todos os condutores autori-zados;

e) declaração de que o serviço médico privado é integrante do SUS ou de que o serviço médico é credenciado no Detran, se for o caso;

f) documento que comprove a representação le-gal da pessoa deficiente ou autista; e

g) cópia da nota fiscal relativa à última aquisição de veículo com isenção do IPI ou a via da autori-zação anteriormente concedida e não utilizada.

Notas(1) Em caso de dúvida quanto ao conteúdo do Laudo de Avaliação, o

Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB) poderá, motivadamente, requerer a apresentação de novo laudo, a ser emitido por outra entidade en-tre as anteriormente descritas (Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 10).

(2) O modelo da Declaração de Disponibilidade Financeira ou Patrimo-nial consta no Anexo II da Instrução Normativa RFB nº 988/2009.

(3) Os modelos das declarações citadas na letra “e” constam nos Ane-xos XII e XIII da Instrução Normativa RFB nº 988/2009.

O Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB) verificará a regularidade fiscal dos impostos e contribuições administrados pela RFB, exceto quanto à contribuição previdenciária do contribuinte individual.

Será objeto de declaração do interessado, sob as penas da lei, nos termos dos Anexos XIV ou XV:

a) a condição de não contribuinte do Regime Ge-ral de Previdência Social (RGPS); ou

b) a situação de regularidade quanto à contribui-ção previdenciária, na hipótese em que o inte-ressado seja contribuinte individual do RGPS.

Na hipótese de o portador de deficiência ou o autista, beneficiário da isenção, não ser o condutor do veículo, por qualquer motivo, este deverá ser dirigido por condutores autorizados pelo requerente, conforme identificação constante do Anexo VIII da Instrução Normativa RFB nº 988/2009.

Poderão ser indicados até 3 condutores autoriza-dos, sendo permitida a sua substituição por meio de apresentação de nova identificação.

A indicação de condutores não impede que a pessoa portadora de deficiência conduza o veículo, desde que esteja apta.

(Instrução Normativa RFB nº 988/2009, arts. 3º e 10, Ane-xos II, VIII, XII e XIII)

6. AutorIzAção PArA AquISIção

O Delegado da DRF ou da Derat emitirá, em 2 vias, autorização (conforme modelo previsto no Anexo V da

Instrução Normativa RFB nº 988/2009), em nome do beneficiário, para que o requerente adquira o veículo com a isenção do IPI, sendo que uma via lhe será entregue, mediante recibo aposto na outra via, a qual ficará anexada ao processo.

O original da via será entregue pelo interessado ao distribuidor autorizado, sendo remetido ao fabri-cante ou ao estabelecimento equiparado a industrial.

O prazo de validade da autorização será de 180 dias contados da sua emissão, sem prejuízo da possibilidade de formalização de novo pedido pelo interessado, na hipótese de não ser utilizada dentro desse prazo.

No caso de novo pedido, a autoridade fiscal poderá, a seu juízo, aproveitar os documentos já entregues à RFB.

(RIPI/2010, arts. 597 e 598; Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 4º)

7. IndEFErIMEnto do PEdIdo

Caso não se verifique o cumprimento dos requi-sitos estabelecidos na legislação, o AFRFB poderá, antes do indeferimento do pedido, intimar o requerente a regularizar a situação no prazo de 30 dias, contados da data da ciência do interessado.

Transcorrido o prazo citado sem que haja a regularização, o pedido será indeferido, por meio de despacho fundamentado.

(Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 5º)

8. EStABElECIMEnto InduStrIAl ou EquIPArAdo A InduStrIAl

O estabelecimento industrial ou equiparado a industrial só poderá dar saída aos veículos com isen-ção quando estiver de posse da autorização emitida pela RFB.

Na nota fiscal de venda do veículo, que deverá ser emitida em nome do beneficiário, deverá ser indicado, no quadro “Dados Adicionais” do campo “Informações Complementares”, o valor do IPI deso-nerado e a observação “Isento do Imposto sobre Produtos Industrializados - Lei nº 8.989, de 1995, autorização nº_______, conforme processo adminis-trativo nº_________”.

(Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 6º, caput, §§ 1º e 2º)

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16-04 ES Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

8.1 Acessórios opcionaisO IPI incidirá normalmente sobre quaisquer aces-

sórios opcionais que não sejam equipamentos originais do veículo adquirido.

Considera-se original do veículo todo o equipa-mento, essencial ou não ao seu funcionamento, que integre o modelo fabricado e disponibilizado para venda pela montadora, de acordo com o código expedido pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran), cadastrado no Sistema Nacional de Trânsito.

(Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 6º, §§ 3º e 4º)

9. rEStrIçõES à FruIção do BEnEFíCIo FISCAl

A aquisição do veículo com isenção realizada por pessoa que não preencha as condições estabeleci-das na legislação, bem como a utilização do veículo por pessoa que não seja beneficiária da isenção, salvo o condutor autorizado (conforme Anexo VIII da Instrução Normativa RFB nº 988/2009), em benefício daquela, sujeitará o adquirente ao pagamento do IPI dispensado, acrescido de juros e multa de mora, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.

(Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 7º, Anexo VIII)

10. AlIEnAção EFEtuAdA AntES dE 2 AnoS dA AquISIção do vEíCulo

10.1 Adquirente que satisfaça os requisitos para o gozo da isenção

A alienação ocorrida antes de 2 anos da aquisição do veículo com o benefício de isenção dependerá de autorização do Delegado da DRF ou da Derat, na forma dos Anexos VI ou VII da Instrução Normativa RFB nº 988/2009, e somente será concedida se comprovado que a transferência será feita para pessoa que satisfaça os requisitos estabelecidos pela legislação, ou que foram cumpridas as obrigações descritas no subitem 10.2.

Para efeitos da transferência:

a) o alienante e o adquirente deverão apresen-tar formulário de requerimento, bem como os documentos comprobatórios de que o adqui-rente satisfaz os requisitos para a fruição da isenção (item 2); e

b) o alienante deverá apresentar cópia das notas fiscais emitidas pelo estabelecimento indus-trial ou equiparado a industrial.

Nota

O modelo de requerimento de que trata a letra “a” consta no Anexo III da Instrução Normativa RFB nº 988/2009.

(Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 8º, caput, § 1º, Anexo III)

10.2 Adquirente que não satisfaça os requisitos para o gozo da isenção

Para a autorização da alienação de veículo adqui-rido com o benefício, a ser efetuada antes de 2 anos da sua aquisição, para pessoa que não satisfaça os requisitos estabelecidos na legislação, o alienante deverá apresentar, além de requerimento na forma do Anexo IV da Instrução Normativa RFB nº 988/2009:

a) uma via do Documento de Arrecadação de Receitas Federais (Darf) correspondente ao pagamento do IPI; e

b) cópia da nota fiscal emitida pelo estabeleci-mento industrial ou equiparado a industrial, por ocasião da saída do veículo.

(Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 8º, § 2º, Anexo IV)

10.2.1 Pagamento do imposto

No caso de alienação de veículo adquirido com o benefício, efetuada antes de 2 anos da sua aqui-sição, para pessoa que não satisfaça os requisitos estabelecidos na legislação, o IPI dispensado deverá ser pago:

a) sem acréscimo de juros de mora, se efetuada com autorização do Delegado da DRF ou da Derat;

b) com acréscimo de juros e multa de mora, se efetuada sem autorização do Delegado da DRF ou da Derat, mas antes de iniciado pro-cedimento de fiscalização;

c) com acréscimo da multa de ofício de 75% do valor do IPI dispensado e dos juros de mora, se efetuada sem autorização do Delegado da DRF ou da Derat; ou

d) com acréscimo da multa de ofício de 150% do valor do IPI dispensado e dos juros moratórios, na hipótese de fraude.

NotaO termo inicial para a incidência dos acréscimos legais é a data da emis-

são da nota fiscal de saída do veículo do estabelecimento industrial ou equipa-rado a industrial (Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 9º, parágrafo único).

(Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 9º)

11. FAlECIMEnto do BEnEFICIárIo

Em caso de falecimento do beneficiário depois de concedida a autorização, sem que o veículo tenha sido adquirido, o direito à isenção será extinto, não sendo transferido em nenhuma hipótese.

A transferência por sucessão de propriedade de veículo adquirido com benefício fiscal há menos de 2 anos sujeitará o sucessor ao pagamento do IPI dis-pensado, acrescido de juros de mora, salvo se este

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16-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 ES

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

satisfizer os requisitos estabelecidos na legislação para o gozo da isenção.

(Instrução Normativa RFB nº 988/2009, arts. 12 e 13, ca-put, § 1º)

12. ConSIdErAçõES FInAIS

Para efeito de fruição do benefício de isenção:

a) não se considera alienação a alienação fidu-ciária em garantia de veículo adquirido pelo beneficiário da isenção, nem a sua retoma-da pelo proprietário fiduciário, em caso de inadimplemento ou mora do devedor;

b) considera-se alienação, sendo alienante o proprietário fiduciário, a venda realizada por este a terceiro, do veículo retomado;

c) não se considera mudança de destinação a to-mada do veículo pela seguradora quando, de-pois de efetuado o pagamento de indenização em decorrência de furto ou roubo, o veículo fur-tado ou roubado for posteriormente encontrado;

d) considera-se mudança de destinação se, no caso da letra “c”, ocorrer:d.1) a integração do veículo ao patrimônio da

seguradora; oud.2) a sua transferência a terceiros que não

preencham os requisitos previstos na le-gislação, necessários ao reconhecimen-to do benefício;

e) considera-se data de aquisição a da emissão da nota fiscal de venda ao beneficiário.

No caso da letra “d”, a mudança de destinação do veículo antes de decorridos 2 anos contados da data de aquisição pelo beneficiário somente poderá ser feita com prévia autorização do Delegado da DRF ou da Derat, observado o descrito no item 10, devendo o responsável pela mudança de destinação recolher o IPI dispensado, acrescido dos encargos previstos na legislação, sem prejuízo das sanções penais cabíveis.

(Instrução Normativa RFB nº 988/2009, art. 11)

N

a Estadual

ICMS

Pagamento do imposto SUMÁRIO 1. Introdução 2. Pagamento do imposto 3. Recolhimento fora do prazo 4. Documento de arrecadação

1. Introdução

São 2 as obrigações pertinentes ao ICMS: a obri-gação principal, pela qual se exige do contribuinte o pagamento do tributo, e a obrigação acessória, pela qual o contribuinte presta informações do imposto.

Abordaremos, neste procedimento, os aspectos pertinentes ao pagamento do imposto, assim como prazos, recolhimento em atraso e documento de arrecadação.

2. PAgAMEnto do IMPoSto

O imposto a ser pago corresponde à diferença a maior, em cada período de apuração, entre o imposto devido sobre as operações ou prestações tributadas e o cobrado nas anteriores.

Tendo em vista a complexidade de cada ope-ração ou prestação que envolve o imposto, o Fisco pode determinar um prazo de pagamento, assim como veremos neste tópico.

Nota

Veja também o procedimento que trata sobre a Apuração do imposto.

2.1 Importação

Nas entradas de mercadorias ou bens importados do exterior, o ICMS deverá ser recolhido no 1º dia útil subsequente ao ato do desembaraço aduaneiro,

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16-06 ES Manual de Procedimentos - Abr/2014 - Fascículo 16 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

ou, antes da entrega quando esta ocorrer antes do despacho aduaneiro.

(RICMS-ES/2002, art. 168, I)

2.2 Estabelecimentos produtores

Nas operações decorrentes da saída de mercado-rias, exceto nas operações interestaduais com café, promovidas por estabelecimentos produtores não equiparados a comerciantes ou industriais, o imposto deverá ser recolhido até o 2º dia útil subsequente ao da ocorrência do fato gerador.

Também deverá ser recolhido neste prazo o imposto das prestações de serviços de transportes interestadual ou intermunicipal vinculadas às opera-ções descritas anteriormente, caso em que o estabe-lecimento produtor poderá efetuar o recolhimento do ICMS/frete, fazendo constar tal circunstância no corpo da respectiva nota fiscal.

(RICMS-ES/2002, art. 168, II)

2.3 Arrematação judicial

Nas saídas de mercadorias decorrentes de arrematação judicial, o imposto deverá ser recolhido antes da expedição da carta de arrematação.

(RICMS-ES/2002, art. 168, III)

2.4 leilão de mercadorias importadas e apreendidas

Nas saídas de mercadoria decorrente de arrema-tação em leilão, cuja mercadoria tenha sido importada e apreendida, o imposto deverá ser recolhido antes do encerramento do leilão.

(RICMS-ES/2002, art. 168, IV)

2.5 Alienação de bens em leilão, falência ou inventário

Nas saídas de mercadorias decorrentes de alienação de bens em leilão, falência ou inventário, o imposto deverá ser recolhido no ato da alienação e, em qualquer caso, antes de iniciada a remessa da mercadoria, quando devido pelo leiloeiro, síndico ou inventariante.

(RICMS-ES/2002, art. 168, V)

2.6 operações com energia elétrica

Nas operações com energia elétrica, o imposto deverá ser recolhido até o 8º dia de cada do mês,

em relação aos documentos fiscais emitidos no mês anterior (ver tópico 2.20).

(RICMS-ES/2002, art. 168, VI)

2.7 Para o estabelecimento transitório ou local de atividade

Nas operações efetuadas por contribuintes que só operam em períodos determinados, tais como fina-dos, festas natalinas, juninas, carnavalescas e outras, em estabelecimentos provisórios, instalados, inclu-sive, em lugares destinados à recreação, à prática de esportes, a exposições e a outras atividades, o imposto deverá ser recolhido antes da movimentação das mercadorias.

Nota

Nestas situações, o imposto será calculado sobre o valor estimado das operações.

(RICMS-ES/2002, art. 168, VII)

2.8 Estabelecimentos industriais

Nas operações promovidas por estabelecimentos industriais, o imposto deverá ser recolhido até o 19º dia do mês subsequente ao do respectivo período de apuração.

(RICMS-ES/2002, art. 168, VIII)

2.9 Estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços de transporte e de serviços postais e telegráficos

O imposto deve ser recolhido até o 18º dia do mês subsequente ao do respectivo período de apuração, nas operações ou prestações promovidas por esta-belecimentos:

a) prestadores de serviços de transporte e de serviços postais e telegráficos;

b) comerciais.

(RICMS-ES/2002, art. 168, IX)

2.10 Ambulantes provenientes de outras unidades da Federação

Nas operações promovidas por ambulantes prove-nientes de outras Unidades da Federação, o imposto deverá ser recolhido antes do ingresso das mercado-rias neste Estado.

(RICMS-ES/2002, art. 168, X)

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ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

2.11 Substituição tributária

Nas operações e prestações sujeitas ao regime de substituição tributária, ressalvadas as demais hipó-teses previstas em lei ou convênio celebrado entre as Unidades da Federação, para o recolhimento do imposto, deverão ser observados os prazos indicados nos Anexos V e VI do RICMS-ES/2002.

(RICMS-ES/2002, art. 168, XI, e art. 194, § 2º)

2.11.1 responsabilidade atribuída ao destinatário

Quando a responsabilidade pelo recolhimento do imposto for atribuída ao destinatário da mercadoria ou do serviço, o imposto devido a título de substituição tributária deverá ser recolhido no mesmo prazo das operações ou prestações próprias, utilizando-se do-cumento de arrecadação em separado.

(RICMS-ES/2002, art. 168, § 1º, II)

2.12 transportador autônomo ou empresa transportadora de outra unidade da Federação

Nas prestações de serviços realizadas por trans-portador autônomo ou empresa transportadora de outra Unidade da Federação, o imposto deverá ser recolhido antes do início da prestação.

(RICMS-ES/2002, art. 168, XII)

2.13 Construção civil

Nas operações promovidas por estabelecimento inscrito no cadastro de contribuintes do imposto cuja principal atividade econômica seja construção civil, o imposto deverá ser recolhido até o 19º dia do mês subsequente ao do respectivo período de apuração.

(RICMS-ES/2002, art. 168, XIV)

2.14 diferencial de alíquotas

Na entrada no estabelecimento de contribuinte de mercadoria oriunda de outra Unidade da Federação destinada a consumo próprio ou a Ativo Fixo, ou na contratação de serviços de transporte interestadual, o imposto deverá ser recolhido no prazo estipulado para as operações ou prestações normais da empresa.

(RICMS-ES/2002, art. 168, XV)

2.15 operações do Fundap

Nas operações realizadas ao abrigo da Lei nº 2.508/1970 (Fundap), o imposto deverá ser recolhido

até o 26º dia do mês subsequente, observado o seguinte:

a) nos meses em que o 26º dia não for considera-do dia útil bancário, o recolhimento deverá ser efetuado no último dia útil bancário imediata-mente anterior; ou

b) no mês de fevereiro, excepcionalmente, o re-colhimento deverá ser efetuado até o antepe-núltimo dia útil bancário do mês.

(RICMS-ES/2002, art. 168, XVI)

2.16 Comunicação

Em relação aos documentos fiscais emitidos no mês anterior, nas prestações relativas ao serviço de comunicação, ressalvada a hipótese da letra “a” do tópico 2.9, o imposto deverá ser recolhido até o 8º dia de cada mês.

(RICMS-ES/2002, art. 168, XVII)

2.17 gás natural canalizado

O imposto apurado, relativo aos documentos fiscais emitidos no período compreendido entre o dia 1º e o último dia do mês anterior, nas operações com gás natural canalizado, realizadas por distribuidora sediada neste Estado e destinadas a residência ou estabelecimento comercial ou industrial, na condição de consumidor final, deverá ser recolhido até o 10º dia de cada mês.

(RICMS-ES/2002, art. 168, XVIII)

2.18 operações com AEHC ou com álcool para fins não combustíveis

Nas operações com AEHC ou com álcool para fins não combustíveis, conforme previsto nos arts. 244-A e 244-B do RICMS-ES/2002, o imposto deverá ser recolhido:

a) antes de iniciada a remessa da mercadoria, que deverá acompanhar a respectiva nota fis-cal durante o trânsito; e

b) quando se tratar de operações interestaduais destinadas ao Estado, em relação ao Pro-tocolo ICMS nº 17/2004, antes de iniciada a operação se o remetente for de Unidade da Federação signatária; ou, antes da entrada da mercadoria no Estado, se o remetente for de Unidade da Federação não signatária do protocolo, hipótese em que o documento de arrecadação deverá ser apresentado à fiscali-

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zação de mercadorias em trânsito, juntamente com a respectiva nota fiscal.

Entretanto, em substituição a esses prazos, o con-tribuinte poderá optar, nas operações interestaduais, por apurar e recolher o imposto pelo regime ordinário no prazo estipulado no subtópico 2.8, mediante pedido de celebração de Termo de Acordo Sefaz.

(RICMS-ES/2002, art. 168, XIX e § 11)

2.19 Consumidor de energia elétrica conectado à rede básica

O consumidor de energia elétrica conectado à rede básica deverá recolher o imposto na data de emissão da nota fiscal. Na hipótese do consumidor ter dispensa da inscrição no cadastro de contribuintes, emitirá nota fiscal avulsa, até o último dia útil do 2º mês subsequente ao das operações de conexão e uso do sistema de transmissão de energia elétrica.

(RICMS-ES/2002, art. 168, XXI)

2.20 geradores, distribuidores e agentes comercializadores de energia elétrica

Os estabelecimentos geradores ou distribuidores, inclusive os agentes comercializadores de energia elétrica, situados em outras Unidades da Federação na condição de substitutos tributários, deverão recol-her o imposto até o 9º dia subsequente ao término do período de apuração em que tiver ocorrido a retenção do imposto incidente sobre a entrada, neste Estado, de energia elétrica não destinada a comercialização ou industrialização.

(RICMS-ES/2002, art. 168, XXIII)

2.21 Serviços de transporte por meio de dutos

Na prestação de serviços de transporte interestadual e intermunicipal por meio de duto, o imposto deverá ser recolhido até o 8º dia do mês subsequente àquele em que ocorrer a emissão das notas fiscais.

(RICMS-ES/2002, art. 168, XXIV)

2.22 operações com café cru, em coco ou em grão

Em relação às operações com café cru, em coco ou em grão, realizadas por estabelecimento comercial atacadista, o imposto deverá ser recolhido até o 10º dia do mês subsequente ao do respectivo período de apuração.

Destaca-se que o pagamento do imposto incidente sobre as sucessivas saídas de café cru, em coco ou em grão, está diferido de acordo com as disposições contidas no item 11 do Anexo III do RICMS-ES/2002. Entretanto, na operação não alcançada pelo diferi-mento, quando realizada por estabelecimento produ-tor, não equiparado a comerciante ou a industrial, o imposto será recolhido antes de iniciada a respectiva saída.

(RICMS-ES/2002, art. 168, XXV)

2.23 Serviços de transporte

Relativamente à prestação de serviços de trans-porte, o imposto deverá ser recolhido no mesmo prazo das operações ou prestações próprias do alienante ou remetente da mercadoria.

(RICMS-ES/2002, art. 168, § 1º, I)

2.24 deferimento

Nas hipóteses de deferimento do imposto nas operações e nas prestações anteriores, o imposto será recolhido no mesmo prazo das operações ou prestações próprias do contribuinte.

(RICMS-ES/2002, art. 168, § 1º, III)

2.25 Atividades diversas no mesmo estabelecimento

Na hipótese de o contribuinte exercer atividades diversas no mesmo estabelecimento e possuir inscrição única, o imposto será recolhido no prazo previsto para a atividade preponderante.

Considera-se atividade preponderante aquela que percentualmente representar maior parte da receita operacional no semestre civil imediatamente anterior. Na impossibilidade de identificá-la no semestre, será estabelecida mensalmente.

(RICMS-ES/2002, art. 168, §§ 2º e 3º)

2.26 Prazo esgotado

Considera-se esgotado o prazo para o recol-himento do imposto, relativamente à operação com mercadoria cuja saída, entrega, transporte ou manutenção em estoque ocorra:

a) sem documento fiscal ou quando este não for exibido no momento da ação fiscalizadora;

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b) com documento fiscal que mencione, como va-lor da operação, importância inferior ao valor real, relativamente à diferença;

c) com documento fiscal que mencione destaque de valor do imposto inferior ao devido, relativa-mente à diferença; ou

d) com documento fiscal sem destaque do impos-to devido na operação própria ou do imposto retido por substituição tributária devido a este Estado.

Aplica-se também, no que couber, à prestação de serviços de transporte.

(RICMS-ES/2002, art. 168, §§ 4º e 5º)

2.27 regime especial de fiscalização

Nas saídas de mercadorias promovidas por contribuintes submetidos a regime especial de fiscal-ização, o recolhimento do imposto poderá ser exigido antes da saída das mercadorias.

(RICMS-ES/2002, art. 167)

2.28 Hipóteses não previstas

Nas hipóteses não previstas em lei, o imposto será recolhido no momento de ocorrência do fato gerador ou no prazo previsto na legislação de regência do imposto.

(RICMS-ES/2002, art. 168, § 6º)

3. rEColHIMEnto ForA do PrAzo

O recolhimento do ICMS efetuado fora dos prazos regulamentares (descritos no tópico 2) fica sujeito à atualização monetária, à multa e aos juros de mora previstos na Lei nº 7.000/2001, conforme veremos a seguir.

É importante ressaltar que os prazos fixados pela legislação do ICMS só vencem em dia de expediente normal na repartição fiscal ou na agência arreca-dadora onde deva ser efetuado o recolhimento do imposto.

Dessa forma, a contagem dos prazos será feita de forma contínua, excluído o dia do início e incluindo-se o do vencimento.

(RICMS-ES/2002, art. 810)

3.1 Multas

Deixar de recolher o imposto, no todo ou em parte, na forma e nos prazos regulamentares, serão aplicadas as seguintes multas:

a) multa de 40% do valor do imposto não reco-lhido:

a.1) quando as operações ou prestações esti-verem regularmente escrituradas nos li-vros fiscais próprios, desde que regular-mente declarado;

a.2) quando desobrigados de escrituração;

a.3) referente à parcela do imposto devido por contribuinte enquadrado no regime de estimativa, desde que regularmente de-clarado;

b) multa de 20%:

b.1) do valor do imposto não recolhido, refe-rente a recolhimento fora do prazo sem os acréscimos legais;

b.2) do valor da operação, quando o valor do imposto não puder ser apurado;

c) multa de 100% do valor não recolhido nos de-mais casos não previstos anteriormente.

(Lei nº 7.000/2001, art. 75, § 1º)

3.1.1 redução das multas

Desde que o imposto acaso devido e a parcela de multa correspondente sejam recolhidos, ainda que parcialmente, as multas aplicáveis poderão ser reduzidas para:

a) no caso das letras “a.1” e “a.2” do subtópico 3.1:

a.1) se o recolhimento for espontâneo: 0,5% por dia de atraso, até o 10º dia; e 5% a partir do 11º dia após a data prevista para o seu recolhimento;

a.2) se o recolhimento for motivado por ação fiscal: 10% do valor do imposto não reco-lhido, no prazo de 10 dias;

b) nas demais infrações, 30% do seu valor, se o recolhimento for espontâneo, e se o recolhi-mento for motivado por ação fiscal:

b.1) 50% do seu valor, no prazo previsto para impugnação da exigência; e

b.2) 70% do seu valor, até o prazo previsto para interposição de recurso ao órgão julgador de segunda instância.

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Nota

O pagamento efetivado com redução de multa será certificado nos au-tos do processo fiscal para fins de arquivamento.

(Lei nº 7.000/2001, art. 77)

3.2 Juros de mora

O imposto não recolhido no prazo regulamentar fica sujeito a juro de mora de 1% ao mês ou fração.

(Lei nº 7.000/2001, art. 96)

3.3 Atualização monetária

O Poder Executivo publicará, anualmente, no mês de dezembro, o Valor de Referência do Tesouro Estadual (VRTE), para fins de atualização dos créditos do Estado do Espírito Santo a vigorar no exercício seguinte, com base na variação da taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), ou outro índice oficial utilizado pela União.

Deste modo, o imposto não pago no vencimento, sem prejuízo das cominações legais, será convertido em VRTE, vigente no dia subsequente ao término do respectivo período de apuração, constatação ou ocor-rência do evento previsto na legislação como determi-nante do pagamento, fazendo-se a reconversão em moeda corrente pelo valor do VRTE vigente na data do efetivo pagamento.

A conversão será efetuada mediante a divisão do montante do imposto e, se for o caso, das cominações legais, pelo valor do VRTE, considerando o resultado da operação até a 3º casa decimal.

(Lei nº 7.000/2001, art. 95; RICMS-ES/2002, art. 82, §§ 4º e 5º)

4. doCuMEnto dE ArrECAdAção

O imposto, inclusive com seus acréscimos, devido por pessoa física ou jurídica, será recolhido, mediante preenchimento do Documento Único de Arrecadação (DUA), conforme modelo disponível na Internet, por meio do site www.sefaz.es.gov.br, em estabelecimento bancário credenciado pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz) do Espírito Santo.

O recolhimento poderá ser efetuado em qualquer instituição bancária credenciada, independentemente do domicílio fiscal do contribuinte.

(RICMS-ES/2002, art. 163; Decreto nº 1.969-R/2007, arts. 1º e 2º)

4.1 guia nacional de recolhimento de tributos Estaduais (gnrE)

Observadas, no que couberem, as disposições do RICMS-ES/2002, será utilizada a GNRE, conforme modelo constante do Anexo s/nº do Ajuste Sinief nº 6/2001, para recolhimento do imposto devido, em estabelecimentos bancários credenciados pela Sefaz, nas seguintes hipóteses:

a) na importação de mercadoria estrangeira, quando o desembaraço ocorrer fora deste Es-tado, observado que:

a.1) se a operação estiver alcançada por isen-ção ou não incidência do imposto, a mer-cadoria será liberada mediante apresen-tação da guia para liberação de merca-doria estrangeira sem comprovação do recolhimento do ICMS (GLME);

a.2) não se aplica quando a mercadoria for isenta do Imposto de Importação ou des-pachada com suspensão desse impos-to, em decorrência de trânsito aduaneiro, entreposto aduaneiro e industrial;

b) nas operações sujeitas ao regime de substitui-ção tributária, quando o imposto for retido por contribuinte substituto, credenciado ou não, localizado em outra Unidade da Federação;

c) na arrematação em leilão ou na aquisição, em concorrência promovida pelo Poder Público, de mercadoria importada apreendida, quando realizada em outra Unidade da Federação; ou

d) nas vendas de mercadorias a serem realiza-das, neste Estado, por contribuinte de outra Unidade da Federação, sem destinatário cer-to.

O imposto poderá ser recolhido, alternativamente, através de DUA, desde que seja utilizado estabeleci-mento bancário credenciado pela Sefaz a receber tal documento.

(Decreto nº 1.969-R/2007, arts. 7º a 9º)

4.2 requerimento de retificação de duA (redua)

Relativamente ao ICMS, poderão ser retificadas, mediante apresentação de Redua, conforme modelo disponível na Internet, no endereço www.sefaz.es.gov.br, as seguintes informações, referentes ao recolhi-mento anteriormente efetuado por meio de DUA:

a) mês e ano de referência;

b) código de receita;

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Manual de Procedimentos

c) números de inscrição estadual, no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF) ou no Cadastro Nacio-nal de Pessoas Jurídicas (CNPJ), do contri-buinte; ou

d) número do documento de débito.

Contudo, não serão examinados os requerimentos que versarem sobre:

a) desdobramento de DUA em 2 ou mais docu-mentos;

b) recolhimento de tributo diverso do ICMS;c) recolhimento que envolva parcelamento do

ICMS, salvo na hipótese em que o valor reco-lhido for utilizado para dedução do saldo re-manescente daquele contrato;

d) retificações relativas a:

d.1) valores contidos no DUA;

d.2) data de recolhimento do imposto; ou

d.3) dados divergentes das informações conti-das no Documento de Informações Eco-nômico-fiscais (Dief);

e) documento de arrecadação utilizado para reco-lhimento nos códigos de receita 135-0 e 346-8, exceto quando se tratar de alterações relativas aos dados referidos ao mês e ano de referên-cia, números de CPF ou CNPJ, ou substituição de um desses códigos pelo outro.

(Decreto nº 1.969-R/2007, art. 10, I a IV e § 8º)

N

a IOB Setorial

EStadual

Industrial - Incentivos fiscais para a indústria de reciclagem plástica

A reciclagem é um processo industrial que con-verte resíduos de processos, descarte de produtos e embalagens em produtos semelhantes ao inicial ou de outra natureza. Mais do que utilizar os materiais novamente, reciclá-los significa obter economia de energia, redução de custos, preservação dos recur-sos naturais e outros benefícios.

A reciclagem surgiu como uma maneira de reintroduzir no sistema uma parte da matéria (e da energia) que se tornaria lixo. E para compreendermos a reciclagem, é importante “reciclarmos” o conceito que temos de lixo, deixando de enxergá-lo como uma coisa suja e inútil em sua totalidade.

A prática do desenvolvimento sustentável é inegável para o futuro do planeta, tanto que recen-temente presenciamos a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (CNUDS), conhecida também como Rio+20, que foi realizada em junho de 2012, no Rio de Janeiro, e teve o obje-tivo de discutir sobre a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável. Este foi considerado o maior evento já realizado pela Nações Unidas, e contou com a participação de chefes de Estados de 190 nações que propuseram mudanças, sobretudo, no modo como estão sendo usados os recursos naturais do planeta.

Sendo um objetivo a ser perseguido, ao tornar-se técnica e economicamente viável, esta também pode representar uma boa oportunidade de negócios, assim como qualquer outro. Nesse sentido, no mundo todo empresas são estimuladas e seus produtos ten-

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ICMS - IPI e Outros

dem a ser mais valorizados, quando adotam critérios de produção mais limpa e ecologicamente corretos.

Já no âmbito Estadual, o Fisco Capixaba con-cede incentivos fiscais do ICMS a estabelecimentos industriais do segmento da indústria de papelão e reciclagem plástica, a saber:

a) redução da base de cálculo nas operações in-ternas, de forma que a carga tributária efetiva resulte no percentual de 7%;

b) crédito presumido de 7%, nas operações in-terestaduais, devendo o respectivo valor ser lançado na coluna “Outros Créditos” do livro registro de Apuração do ICMS;

c) diferimento do imposto incidente na importa-ção, do exterior, dos produtos a seguir indica-dos, classificados nas respectivas posições da Nomenclatura Comum do Mercosul (NCM), para o momento em que ocorrer a saída dos produtos resultantes da sua industrialização:

c.1) polímeros de etileno, em formas primá-rias, NCM 3901;

c.2) polímeros de propileno ou de outras ole-finas, em formas primárias, NCM 3902; e

c.2) polímeros de estireno, em formas primá-rias, NCM 3903;

d) nas aquisições de máquinas e equipamentos utilizados exclusivamente no processo produ-tivo, destinadas ao Ativo Imobilizado, decor-rentes de operações interestaduais ou de im-portação, o imposto relativo ao diferencial de alíquotas ou à importação fica diferido para o momento em que ocorrerem as suas respecti-vas desincorporações.

Observa-se, contudo, que o crédito relativo às aquisições dos insumos utilizados para a fabricação dos produtos é limitado ao percentual de 7%, e os incentivos são vinculados à celebração de contrato de competitividade firmado entre a Secretaria de Estado de Desenvolvimento (Sedes) e a entidade representativa do respectivo segmento no Estado.

(RICMS-ES/2002, arts. 530-L-R e 530-L-S)

N

FEdERal

IPI - Recolhimento espontâneo de débito em atraso após o início de fiscalização

As infrações à legislação do IPI são apuradas me-diante processo administrativo fiscal. Constitui infração toda ação ou omissão, voluntária ou involuntária, que importe em inobservância de preceitos estabelecidos ou disciplinados pelo Regulamento do IPI, aprovado pelo Decreto nº 7.212/2010, ou por atos administrati-vos de caráter normativo destinados a completá-lo.

Note-se que a responsabilidade por infrações independe da intenção do agente ou do responsável e da efetividade, natureza e extensão dos efeitos do ato.

Não se considera espontânea, entretanto, a denúncia apresentada após o início de qualquer pro-cedimento administrativo ou medida de fiscalização, relacionados com a infração.

Todavia, o estabelecimento industrial ou o a ele equiparado, submetido à ação fiscal por parte da

Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB), poderá pagar, até o 20º dia subsequente à data de recebi-mento do termo de início de fiscalização, o tributo já declarado, de que for sujeito passivo como con-tribuinte ou responsável, com os acréscimos legais aplicáveis nos casos de procedimento espontâneo.

Os débitos não recolhidos nos prazos previstos na legislação estão sujeitos à multa de mora à razão de 0,33% por dia de atraso, calculada a partir do 1º dia útil subsequente ao do vencimento do débito até o dia em que ocorrer o seu efetivo recolhimento, limitada a 20%.

Sobre o respectivo débito incidem juros de mora calculados à taxa referencial do Sistema Especial de Liquidação e de Custódia (Selic), para títulos federais, acumulada mensalmente, a partir do 1º dia do mês subsequente ao vencimento do prazo até o último dia do mês anterior ao do recolhimento e de 1% no mês do recolhimento.

(RIPI/2010, arts. 548 a 554)

N

a IOB Comenta

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ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

a IOB Perguntas e RespostasIPI

Estorno de crédito - Furto ou roubo de insumos

1) Em casos de furto ou roubo de matéria-prima, é exigido o estorno do respectivo crédito fiscal na apu-ração do IPI?

Sim. Devem ser anulados, mediante estorno na escrita fiscal, não só os créditos de matérias-primas como também de produtos intermediários, material de embalagem e de quaisquer outros produtos que tenham sido furtados ou roubados, inutilizados ou deteriorados ou, ainda, empregados em outros pro-dutos que tenham tido a mesma sorte.

(RIPI/2010, art. 254, IV)

Regime especial - Cigarros

2) Os importadores e as pessoas jurídicas que industrializam cigarros e cigarrilhas podem optar pelo Regime Especial de Apuração e Recolhimento do IPI apenas por um dos seus estabelecimentos?

Não. A opção pelo regime especial de apuração e recolhimento do IPI, nos termos do Decreto nº 7.555/2011, será exercida pela pessoa jurídica em relação a todos os seus estabelecimentos.

(Decreto nº 7.555/2011, art. 6º, caput)

ICMS/IPI

Sped - EFD - Obrigatoriedade

3) Quais são as empresas obrigadas à Escritura-ção Fiscal Digital (EFD)?

A EFD é de uso obrigatório por todos os contri-buintes do ICMS e do IPI, ressalvadas as hipóteses de dispensa previstas na legislação.

O Protocolo ICMS nº 3/2011 fixou, em sua cláu-sula primeira, o prazo de obrigatoriedade da EFD para todos os estabelecimentos de contribuintes, com efeitos desde 1º.01.2014.

Ficam dispensados da EFD os estabelecimen-tos de:

a) microempreendedor individual (MEI) optan-te pelo Sistema de Recolhimento em Valores Fixos Mensais dos Tributos abrangidos pelo Simples Nacional (Simei);

b) microempresa (ME) e empresa de pequeno porte (EPP) optantes pelo Simples Nacional, salvo o que estiver impedido de recolher o ICMS por este regime na forma do § 1º do art. 20 da Lei Complementar nº 123/2006.

Para os estabelecimentos mencionados na letra “b” (ME e EPP), a dispensa da Escrituração Fiscal Digital encerrar-se-á em 1º.01.2016, quando estarão obrigados à EFD, podendo esta data ser antecipada a critério de cada Unidade da Federação.

(Lei Complementar nº 123/2006, art. 20, § 1º; Protocolo ICMS nº 3/2011, cláusulas primeira e segunda)

ICMS/ESICMS - Diferencial de alíquotas - Incidência

4) Haverá o diferencial de alíquota do ICMS na aquisi-ção interestadual de mercadoria não tributada na origem?

Para fins de pagamento da diferença de alíquotas, é devido o imposto se, no documento fiscal de origem, não houver o destaque do imposto por erro ou omissão, bem como em virtude de não incidência ou de isenção reconhecida ou concedida sem amparo constitucional pela Unidade da Federação de origem, sendo que, para cálculo da diferença a ser paga, será cotejada a alíquota interna do Espírito Santo, com a alíquota pre-vista na legislação da Unidade da Federação de origem para as operações ou prestações interestaduais.

(RICMS-ES/2002, art. 72, parágrafo único, I)

ICMS - Diferencial de alíquotas - Simples Nacional

5) Como é calculado o ICMS diferencial de alíquo-tas na aquisição de mercadorias de contribuintes no Simples Nacional?

Em regra, relativamente ao cálculo do diferencial de alíquotas, o imposto devido é o resultante da dife-rença entre as alíquotas interna e interestadual, sobre o valor da operação cobrado no Estado de origem, acrescido do IPI, quando for o caso.

Quando se tratar de empresa optante pelo Simples Nacional, conforme determina a Lei Complementar nº 123/2006, art. 13, § 5º, utilizam-se por base as alíquotas aplicáveis às demais pessoas jurídicas não optantes pelo Simples Nacional. Ou seja, o cálculo é o mesmo.

(Lei Complementar nº 123/2006, art. 13, § 5º; RICMS--ES/2002, art. 3º, § 3º, art. 63, XI, art. 72, parágrafo único, I)