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Acesse a versão eletrônica deste fascículo em www.iob.com.br/boletimiobeletronico Boletim j Manual de Procedimentos Veja nos Próximos Fascículos a IPI - Conserto, restauração ou recondicionamento de produtos usados ICMS - IPI e Outros Fascículo N o 28/2016 Santa Catarina / a Federal IPI Bens do Ativo Imobilizado 01 / a Estadual ICMS Bens salvados de sinistro - Disposições gerais 05 / a IOB Setorial Estadual Comércio a distância - ICMS - Benefícios fiscais nas operações reali- zadas por meio da Internet ou por serviço de telemarketing 10 / a IOB Comenta Federal ICMS/IPI - Sped - EFD - Bloco K - Exigência a partir de 1º012017 11 / a IOB Perguntas e Respostas IPI Ativo Imobilizado - Venda - Hipótese de incidência 12 Crédito fiscal - Insumos aplicados na industrialização de produtos não tributados - Impossibilidade 13 ICMS/SC Ativo Permanente - Crédito em parcela única 13 Simples Nacional - Exclusão do regime - Crédito de mercadoria em estoque 13

IOB - ICMS/IPI - Santa Catarina - nº28/2016 - 2ª Sem Julho

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IOB ICMS-IPI, Santa Catarina,28-2016,2a Sem Julho

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Boletimj

Manual de Procedimentos

Veja nos Próximos Fascículos

a IPI - Conserto, restauração ou recondicionamento de produtos usados

ICMS - IPI e OutrosFascículo No 28/2016

Santa Catarina

/a FederalIPIBens do Ativo Imobilizado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01

/a EstadualICMSBens salvados de sinistro - Disposições gerais . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05

/a IOB SetorialEstadualComércio a distância - ICMS - Benefícios fiscais nas operações reali-zadas por meio da Internet ou por serviço de telemarketing . . . . . . . 10

/a IOB ComentaFederalICMS/IPI - Sped - EFD - Bloco K - Exigência a partir de 1º .01 .2017 . . . 11

/a IOB Perguntas e RespostasIPIAtivo Imobilizado - Venda - Hipótese de incidência . . . . . . . . . . . . . 12Crédito fiscal - Insumos aplicados na industrialização de produtos não tributados - Impossibilidade . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

ICMS/SCAtivo Permanente - Crédito em parcela única . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13Simples Nacional - Exclusão do regime - Crédito de mercadoria em estoque . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13

© 2016 by SAGE | IOB

Capa:Marketing SAGE | IOB

Editoração Eletrônica e Revisão: Editorial SAGE | IOB

Telefone: (11) 2188-7900 (São Paulo)0800-724-7900 (Outras Localidades)

Todos os direitos reservados. É expressamente proibida a reprodução total ou parcial desta obra, por qualquer meio ou processo, sem prévia autorização do autor (Lei no 9.610, de 19.02.1998, DOU de 20.02.1998).

Impresso no BrasilPrinted in Brazil Bo

letim

IOB

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)

ICMS, IPI e outros : IPI : bens do ativo imobilizado.... -- 12. ed. -- São Paulo : Sage - IOB, 2016. -- (Coleção manual de procedimentos)

ISBN 978-85-379-2750-2

1. Imposto sobre Produtos Industrializados - Brasil 2. Tributos - Brasil I. Série.

16-04458 CDU-34:336.223(81)

Índices para catálogo sistemático:

1. Brasil : Imposto sobre Produtos Industrializados : IPI : Direito tributário 34:336.223(81)

Manual de ProcedimentosICMS - IPI e Outros

Boletimj

28-01Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 SC

a Federal

IPI

Bens do Ativo Imobilizado SUMÁRIO 1. Introdução 2. Origem dos bens 3. Incorporação dos bens 4. Bens destinados à execução de serviços pelo

remetente 5. Bens destinados a locação ou arrendamento 6. Suspensão 7. Bens importados diretamente pelo contribuinte 8. Bens de fabricação própria 9. Crédito fiscal 10. Solução de Consulta RFB

1. INTRODUÇÃO

Examinaremos, neste texto, os aspectos fiscais aplicáveis às saídas, promovidas pelo estabelecimento industrial ou equiparado a industrial, de bens adquiridos para integrar o Ativo Imobilizado (máquinas, aparelhos, equipamentos, móveis, utensílios, etc.).

Embora a matéria esteja voltada exclu-sivamente à análise de disposições pertinentes ao Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), aplicáveis às saídas dos referidos bens, destaca-se, de imediato, que a citada legislação, em contraste com a do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), não admite o crédito do imposto pago na entrada de bens destinados a integrar o Ativo Imobilizado.

Contudo, se o bem vier a ficar sujeito à inci-dência do imposto por ocasião de sua eventual saída, nesse momento o contribuinte poderá apro-priar o crédito correspondente à respectiva entrada (examinar item 9).

Cabe ainda acrescentar que, em conformidade com o art. 178, caput, § 1º, da Lei nº 6.404/1976 (Lei das S/A), no balanço, as contas serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem, e agrupadas de modo a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira da companhia. No Ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:

a) Ativo Circulante; e

b) Ativo Não Circulante, composto por Ativo Rea- lizável a Longo Prazo, Investimentos, Imobili-zado e Intangível.

Portanto, a partir da publicação da Lei nº 11.941/2009, que deu nova

redação aos dispositivos citados, ficou suprimida a expressão “Ativo Permanente” das con-tas do Ativo, prevalecendo, atualmente, dentro do grupo “Ativo não Circulante” a conta

“Imobilizado”.

(Lei nº 6.404/1976, art. 178, caput, § 1º; Lei nº 11.941/2009; RIPI/2010, arts. 225 e 226, I)

2. ORIGEM DOS BENS

O contribuinte que promover eventuais saídas de bens incorporados ao Ativo Imobilizado (venda, transferência, etc.) deve, desde logo, verificar qual a sua origem, ou seja, se foram adquiridos no mercado interno, produzidos pelo próprio estabelecimento ou importados diretamente por este.

Isso porque é a origem do bem que definirá as implicações fiscais decorrentes da realização des-sas operações, conforme focalizado nos subitens seguintes.

No balanço, as contas

serão classificadas segundo os elementos do patrimônio que registrem e agrupadas de modo

a facilitar o conhecimento e a análise da situação financeira

da companhia

28-02 SC Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

2.1 Bens adquiridos no mercado interno

Quando determinado contribuinte adquire, no mercado interno, bens (de fabricação nacional ou de origem estrangeira) destinados a integrar o Ativo Imobilizado e, posteriormente, promove a saída desses bens, nenhuma implicação haverá perante a legislação do IPI, por se tratar de operação que está fora do campo de incidência do referido tributo, já que os bens não foram fabricados nem importados pelo estabelecimento.

2.2 Bens de fabricação própria ou importados diretamente pelo estabelecimento

Tratando-se de bens do Ativo Imobilizado que tenham sido fabricados pelo próprio estabelecimento ou por ele diretamente importados, a saída poderá sujeitar-se ao pagamento do imposto.

Essa afirmativa resulta da aplicação do disposto no Regulamento do IPI (RIPI), art. 35, II, combinado com o art. 39, os quais dispõem que o fato gerador do imposto é configurado pela saída do produto indus-trializado ou importado do estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial, independentemente da finalidade do produto e do título jurídico da operação (venda, empréstimo, etc.).

Como se verifica, o fato de se tratar de bens do Ativo Imobilizado da empresa (de fabricação própria ou importados diretamente), por si só, não é suficiente para excluir a incidência do IPI por ocasião de sua eventual saída.

Em tais operações, a exclusão ou não da inci-dência do IPI (bem como a suspensão do seu paga-mento) dependerá:

a) do tempo de incorporação do bem (item 3);

b) de ser ou não a primeira saída do bem (itens 4 e 5).

(RIPI/2010, arts. 35, II, e 39)

3. INCORPORAÇÃO DOS BENS

3.1 Bens incorporados há mais de 5 anos

Não constituem fato gerador do IPI as saídas de bens incorporados há mais de 5 anos no Ativo Imobilizado pelo estabelecimento industrial, ou equi-parado a industrial, que os tenha industrializado ou importado diretamente.

(RIPI/2010, art. 38, III)

3.2 Bens incorporados há menos de 5 anos

Do exposto no item anterior observa-se que a condição para que a operação não fique sujeita ao IPI é que o bem esteja incorporado no Ativo Imobilizado há mais de 5 anos.

Logo, não sendo satisfeita essa exigência, a saída será tributada, qualquer que seja a finalidade ou o título jurídico da operação, ressalvadas, contudo, as operações a que nos referimos nos itens 4, 6 e 7.

(RIPI/2010, art. 38, III, a contrario sensu)

4. BENS DESTINADOS À EXECUÇÃO DE SERVIÇOS PELO REMETENTE

Nos termos do RIPI, art. 38, II, “b”, não constituem fato gerador do IPI as saídas subsequentes à primeira, de bens do Ativo Imobilizado (de fabricação própria ou diretamente importados), destinados à execução de serviços pelo próprio remetente.

(RIPI/2010, art. 38, II, “b”)

5. BENS DESTINADOS A LOCAÇÃO OU ARRENDAMENTO

As saídas de bens destinados a locação ou arren-damento, quando eles tenham sido fabricados (ou importados) pelo locador ou arrendador, sujeitam-se normalmente à incidência do IPI, já que o título jurídico da operação (venda, locação, comodato, etc.) é irre-levante para efeito de caracterização do fato gerador.

Todavia, a incidência do imposto nessas opera-ções fica limitada somente à primeira saída.

As saídas subsequentes não se sujeitam ao lançamento do imposto, na forma do RIPI, art. 38, II, “a”, salvo se o bem tiver sido submetido à nova industrialização.

(RIPI/2010, art. 38, II, “a”)

6. SUSPENSÃO

6.1 Transferência

Poderão sair com suspensão do IPI os bens do Ativo Imobilizado (máquinas e equipamentos, apare-lhos, instrumentos, utensílios, ferramentas, gabaritos, moldes, matrizes e semelhantes) remetidos pelo estabelecimento industrial a outro estabelecimento da mesma empresa para serem utilizados no processo industrial do recebedor.

28-03Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 SC

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

O remetente deverá emitir nota fiscal, que deverá conter, além dos requisitos regulamentares normal-mente exigidos, a seguinte expressão: “Saída com suspensão do IPI - art. 43, XI, do RIPI/2010”.

(RIPI/2010, arts. 43, XI, e 415, III)

6.2 Remessa para industrialização

A legislação do IPI também prevê a suspensão do imposto nas saídas de bens do Ativo Imobilizado enviados pelo estabelecimento industrial a outro estabelecimento, do próprio remetente ou de ter-ceiros, para serem utilizados no processo industrial de produtos encomendados pelo remetente, desde que devam retornar ao estabelecimento encomen-dante após o prazo fixado para a fabricação dos produtos.

Na saída do bem, o contribuinte deverá emitir nota fiscal com todos os requisitos regulamentares normal-mente exigidos e, em especial, a declaração: “Saída com suspensão do IPI - art. 43, XII, do RIPI/2010”.

(RIPI/2010, arts. 43, XII, e 415, III)

7. BENS IMPORTADOS DIRETAMENTE PELO CONTRIBUINTE

Se o contribuinte promover a saída do bem (o qual tenha sido importado diretamente com isenção) antes de decorridos 5 anos de sua incorporação, ela será tributada pelo imposto (como vimos no subitem 3.1); se a saída ocorrer após 5 anos da respectiva incorporação, a operação não estará alcançada pela incidência do IPI.

Nesse sentido, vejamos o que estabelece o Parecer Normativo RFB nº 17/2013:

Parecer Normativo RFB nº 17, de 06.09.2013 - DOU de 09.09.2013

Assunto: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI.

SAÍDA DO ESTABELECIMENTO IMPORTADOR. FATO GERADOR. OCORRÊNCIA

Ementa: A saída de produtos importados do estabeleci-mento importador constitui fato gerador do imposto. Não elide a obrigação de recolhimento do imposto o fato de os produtos terem sido desembaraçados com isenção obje-tiva, caso esta tenha sido revogada antes da saída desses produtos do estabelecimento importador.

Dispositivos Legais: Código Tributário Nacional (CTN), art. 105; Decreto nº 7.212, de 15 de junho de 2010, Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados - RIPI/2010, arts. 9º, I, e 35, II.

Relatório

Cuida-se da atualização do Parecer Normativo CST nº 429, de 1971, que, embora tenha vigorado até a presente data, faz referências a norma já modificada ou revogada.

2. No caso em questão, determinada empresa importa produtos com isenção objetiva do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), a qual, entretanto, é revogada antes de os produtos assim importados saírem de seu estabele-cimento. Analisa-se se referida isenção deve ser aplicada quando da saída do referidos produtos.

Fundamentos

3. De acordo com o disposto no inciso II do art. 35 do Decreto nº 7.212, de 15 de junho de 2010, Regulamento do Imposto sobre Produtos Industrializados - RIPI/2010, uma das hipóteses em que ocorre o fato gerador do IPI é a saída de produtos importados do estabelecimento impor-tador, que é equiparado a industrial por força do inciso I do art. 9º do mesmo RIPI/2010:

Art. 9º Equiparam-se a estabelecimento industrial:

I - os estabelecimentos importadores de produtos de pro-cedência estrangeira, que derem saída a esses produtos (Lei nº 4.502, de 1964, art. 4º, inciso I);

[...]

Art. 35. Fato gerador do imposto é (Lei nº 4.502, de 1964, art. 2º):

I - o desembaraço aduaneiro de produto de procedência estrangeira; ou

[...]

II - a saída de produto do estabelecimento industrial, ou equiparado a industrial.

4. Por outro lado, o Código Tributário Nacional (CTN), Lei nº 5.172, de 25 de outubro de 1966, estabelece, em seu art. 105, que a legislação tributária é imediatamente aplicável aos fatos geradores futuros e aos pendentes:

Art. 105. A legislação tributária aplica-se imediatamente aos fatos geradores futuros e aos pendentes, assim enten-didos aqueles cuja ocorrência tenha tido início mas não esteja completa nos termos do artigo 116.

5. Isto posto, torna-se irrelevante para elidir a obrigação de recolhimento do imposto a circunstância de os produtos terem sido importados com isenção, caso esta tenha sido revogada antes da saída desses produtos do estabeleci-mento importador.

Conclusão

6. Diante do exposto, conclui-se que a saída de produtos importados do estabelecimento importador constitui fato gerador do imposto. Não elide a obrigação de recolhimento do imposto o fato de os produtos terem sido desembaraçados com isenção objetiva, caso esta tenha sido revogada antes da saída desses produtos do estabelecimento importador.

7. Fica revogado o Parecer Normativo CST nº 429, de 1971.

28-04 SC Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

À consideração do Coordenador-Substituto do GT-IPI.

RUI DIOGO LOUSA BORBA

Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil (AFRFB)

Portaria RFB nº 712, de 06 de junho de 2013

De acordo. À consideração do Coordenador da Cosit

MARCOS VINICIOS C. L. TAPAJÓS

AFRFB - Coordenador do GT-IPI

Substituto

Portaria RFB nº 712, de 06 de junho de 2013

De acordo. Encaminhe-se ao Subsecretário de Tributação e Contencioso (Sutri), com proposta de encaminhamento ao Secretário da Receita Federal do Brasil, para aprovação.

FERNANDO MOMBELLI

AFRFB - Coordenador-Geral da Cosit

De acordo. Encaminhe-se ao Secretário da Receita Federal do Brasil, para aprovação.

SANDRO DE VARGAS SERPA

Subsecretário de Tributação e Contencioso (Sutri)

Aprovo o presente Parecer Normativo

CARLOS ALBERTO FREITAS BARRETO

Secretário da Receita Federal do Brasil

Note-se que a subsequente saída do produto importado promovida pelo importador (antes de 5 anos da sua incorporação) sujeita-se à incidência do IPI, por força da equiparação a estabelecimento industrial, de que trata o RIPI, art. 9º, I, segundo o qual “equiparam-se a estabelecimento industrial os estabe-lecimentos importadores de produtos de procedência estrangeira, que derem saída a esses produtos”.

(RIPI/2010, art. 9º, I; Parecer Normativo RFB nº 17/2013)

8. BENS DE FABRICAÇÃO PRÓPRIA

Nesta hipótese, a saída será tributada pelo IPI, com direito ao aproveitamento do crédito do imposto relativo aos insumos adquiridos e empregados na industrialização do bem, salvo se a operação estiver enquadrada na hipótese do subitem 3.1, isto é, se a saída ocorrer após 5 anos da respectiva incorporação, caso em que não ficará sujeita à incidência do tributo.

(RIPI/2010, arts. 35, II, 38, III, e 225)

9. CRÉDITO FISCAL

Em determinados casos, como já visto, a saída de bens do Ativo Imobilizado de produção própria ou importados diretamente pelo contribuinte está sujeita à incidência do IPI, especialmente quando esta ocorrer antes de decorridos 5 anos contados da incorporação.

Assim, é de indagar se em relação a essas opera-ções o contribuinte teria direito ao aproveitamento do crédito do imposto anteriormente pago (por ocasião das respectivas entradas).

A resposta, sem dúvida, há de ser afirmativa, em face do princípio da não cumulatividade, incorporado ao RIPI, art. 225.

Para efeito de ilustração, elaboramos, a seguir, exemplo para fins de aproveitamento do crédito, partindo dos seguintes pressupostos:

a) determinado estabelecimento fabricou equipa-mento para integração no Ativo Imobilizado, ten-do empregado diversos insumos, em relação aos quais foi pago (por ocasião das respectivas entra-das), a título de IPI, o equivalente a R$ 10.000,00;

b) decorridos 6 meses da incorporação, o contri-buinte resolve vender esse equipamento por R$ 120.000,00. Como a operação não se en-quadra nas condições a que se refere o subi-tem 3.1 nem naquelas de que trata o item 7, o contribuinte deve lançar o IPI na nota fiscal que acobertar a saída, mediante aplicação da alíquota a que estiver sujeito o produto, segun-do a Tabela de Incidência do Imposto sobre Produtos Industrializados (TIPI). Supondo-se que a referida alíquota seja de 10%, então, te-remos: R$ 120.000,00 x 10% = R$ 12.000,00.

Do exposto nas letras “a” e “b”, observa-se que o valor efetivamente devido a título de IPI corresponde a R$ 2.000,00, que é o resultado da diferença entre o tributo lançado na nota fiscal (R$ 12.000,00) e aquele pago por ocasião das respectivas entradas dos insu-mos (R$ 10.000,00).

Acrescente-se, por último, que a escrituração do crédito do IPI (R$ 10.000,00) será feita diretamente no livro Registro de Apuração do IPI (modelo 8), no item “005 - Outros créditos”, descrevendo-se, resumi-damente, o fato que deu origem ao lançamento (por exemplo: “Crédito relativo a bem do Ativo Imobilizado de fabricação própria, vendido em ......, conforme nota fiscal nº........., série, de ___/___/20XX”).

(RIPI/2010, arts. 225 e 477)

9.1 EFDO contribuinte obrigado à Escrituração Fiscal

Digital (EFD), nos termos do Ajuste Sinief nº 2/2009, deverá observar as orientações contidas no Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008, que estabelece as especifica-ções técnicas do leiaute dos arquivos digitais, no Guia Prático da EFD-ICMS/IPI e nos arts. 453 a 455 do RIPI.

28-05Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 SC

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

O crédito do IPI referido no final do item 9 deverá ser lançado nos registros respectivos do Bloco E (Apuração do ICMS e do IPI), em especial, nos Registros E520, campo 06 - Valor de “Outros Créditos” do IPI, e E530, campos 02, item 1 - Ajuste a Crédito, e 07 - Descrição detalhada do ajuste com citação dos documentos fiscais, conforme exemplo anteriormente demonstrado.

(Ajuste Sinief nº 2/2009; Ato Cotepe/ICMS nº 9/2008; RIPI/2010, arts. 453 a 455; Guia Prático da EFD-ICMS/IPI)

10. SOLUÇÃO DE CONSULTA RFBTranscrevemos, a seguir, o texto da Solução de

Consulta nº 48/2013, que trata do assunto:

MINISTÉRIO DA FAZENDA

SECRETARIA DA RECEITA FEDERAL

SOLUÇÃO DE CONSULTA Nº 48 de 27 de Fevereiro de 2013

[...]

ASSUNTO: Imposto sobre Produtos Industrializados - IPI

EMENTA: PRODUTOS INCORPORADOS AO ATIVO PER-MANENTE. FATO GERADOR. OCORRÊNCIA. A saída de produtos tributados do estabelecimento industrial e do esta-belecimento equiparado a industrial é a hipótese, por exce-lência, que constitui o fato gerador do IPI. Sendo assim, na incorporação de veículos industrializados ou importados ao ativo permanente do estabelecimento industrial que os fabri-cou ou importou não ocorre o fato gerador do IPI, desde que esses veículos não saiam do referido estabelecimento antes de 5 anos de sua incorporação. Nestas circunstâncias, os veí-culos nacionais que forem incorporados ao ativo imobilizado do estabelecimento fabricante (estabelecimento industrial) ou os veículos de origem estrangeira que forem incorporados ao ativo imobilizado do estabelecimento industrial importador (estabelecimento equiparado a industrial) e que deles saírem antes de cinco anos de sua incorporação estão sujeitos à incidência do IPI. Se a saída dos veículos se der para exe-cução de serviços da própria firma remetente, a incidência do imposto se dará na primeira saída, existindo a obrigação acessória de emissão de nota fiscal. Na segunda saída ou outras subseqüentes, não haverá nova tributação, não sendo o estabelecimento, nestas saídas, contribuinte do imposto.

N

a Estadual

ICMS

Bens salvados de sinistro - Disposições gerais SUMÁRIO 1. Introdução 2. Hipótese de não incidência do imposto 3. Emissão de nota fiscal

1. INTRODUÇÃO

Os bens salvados de sinistro são aqueles que sofreram acidente ou catástrofe, em especial de incên-dio ou de naufrágio, e possuem apólice de seguro.

Considera-se salvado qualquer coisa que sobrou de um acidente extraordinário, incêndio, naufrágio, roubo ou inundação e que ainda apresente algum valor para a utilização que possa vir a ter.

Neste texto, abordaremos os procedimentos fiscais a serem adotados pelo segurado e pela segu-radora envolvidos nesse tipo de operação, com base no RICMS-SC/2001.

2. HIPÓTESE DE NÃO INCIDÊNCIA DO IMPOSTO

A legislação tributária estadual prevê a não inci-dência do ICMS nas operações de qualquer natureza

de que decorra a transferência de bens móveis salva-dos de sinistro para companhias seguradoras.

(RICMS-SC/2001, art. 6º, IX)

3. EMISSÃO DE NOTA FISCALNeste item, verificaremos as possibilidades de

emissão de nota fiscal envolvendo a operação com salvados de sinistro.

Nota

Cumpre esclarecer que a legislação que regula a obrigatoriedade de utilização da Nota Fiscal Eletrônica (NF-e), no Estado de Santa Catarina, em substituição à Nota Fiscal, modelo 1 ou 1-A, está consolidada no art. 23, Anexo 11, do RICMS-SC/2001. O microempreendedor individual (MEI) está dispensado da emissão de NF-e.

3.1 Remessa do bem de estabelecimento contribuinte para a empresa seguradoraNa remessa de bens salvados de sinistro para

a empresa seguradora, o contribuinte inscrito no Cadastro de Contribuintes do ICMS (CCICMS) emitirá nota fiscal relativamente à parte que restou do bem, acessório ou peças e partes salvados do acidente.

Como informamos no item 2, a remessa de bens salvados de sinistro não será tributada pelo ICMS. Dessa forma, ao emitir o documento fiscal, o contribuinte deverá indicar, no campo “Informações Complementares”, a seguinte expressão: “Não incidência de ICMS conforme RICMS-SC/2001, art. 6º, IX”.

28-06 SC Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

O Código Fiscal de Operações e Prestações (CFOP) a ser utilizado nessa hipótese será o 5.949 (operação interna) ou 6.949 (operação interestadual) - “Classificam-se nestes códigos as outras saídas de mercadorias ou prestações de serviços que não tenham sido especificados em outros códigos da tabela”.

MODELO DE DANFE

(RICMS-SC/2001, art. 6º, IX, e Anexo 5, art. 25, § 2º)

28-07Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 SC

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

3.2 Remessa do bem de pessoa não contribuinte para a empresa seguradora

A pessoa não inscrita como contribuinte no Cadastro de ICMS do Estado de Santa Catarina e, portanto, não obrigada à emissão de nota fiscal poderá utilizar uma Nota Fiscal Avulsa Eletrônica (NFA-e), sem a tributação do imposto, para que o remetente possa transitar com o bem até o estabelecimento da seguradora.

MODELO DE NFA-E

(RICMS-SC/2001, Anexo 5, art. 47, I)

28-08 SC Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

3.3 Recebimento do bem de pessoa não contribuinte pela seguradoraNa hipótese de a seguradora receber um bem

salvado de sinistro de uma pessoa não contribuinte do imposto, deverá emitir nota fiscal para documentar a entrada desse bem em seu estabelecimento e, se for o caso, acompanhar o seu transporte.

A seguradora deverá emitir a nota fiscal de entrada independentemente de receber ou não a Nota Fiscal Avulsa do remetente.

(RICMS-SC/2001, Anexo 5, art. 39, I e § 1º)

3.4 Saída do bem salvado de sinistro da seguradora

As seguradoras, quando vendem bens salvados de sinistro, produzem receita e exercem atos de comércio, pois praticam essa situação com habitualidade.

Portanto, a saída da mercadoria importa a carac-terização do fato gerador do imposto.

Quando a operação de entrada não tiver sido one-rada pelo imposto, a seguradora poderá se beneficiar do disposto no RICMS-SC/2001, Anexo 2, art. 8º, I e II, que prevê que, nas operações internas e interesta-duais, a base de cálculo do ICMS será reduzida:

a) em 80% na saída de carroceria para veículo, máquina, motor ou aparelho usados; e

b) em 95% na saída de veículo automotor usado.

WExemploD OPERAÇÃO COM REDUÇÃO DE BASE DE

CÁLCULO - OPERAÇÃO COM MOTOR USADO

Valor da operação R$ 1.500,00Base de cálculo (R$ 1.500,00 - 80%) R$ 300,00ICMS (R$ 300,00 x 17%) R$ 51,00

MODELO DE DANFE

28-09Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 SC

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Caso as mercadorias sejam consideradas sucata, a seguradora deverá observar as regras previstas no RICMS-SC/2001, Anexo 3, art. 8º, XIV.

A Resolução Normativa SEF nº 10/1996 diferencia salvados de sinistro da seguinte forma:

a) salvados de sinistro seriam os restos que fo-ram recuperados (postos a salvo) de um sinis-tro qualquer. Logo, um salvado de sinistro po-deria, portanto, ser recuperado inteiro, em per-feitas condições de uso ou de forma tal que, uma vez submetido a mero reparo ou conser-to, permitam a sua recuperação total;

b) sucatas, por definição, seriam aquelas estrutu-ras, ou peças metálicas, inutilizadas pelo uso ou pela oxidação e que podem ser refundidas para utilização posterior. A sucata é inservível ao fim a que se destinava, sendo, assim, irre-cuperável.

(RICMS-SC/2001, Anexo 2, art. 8º, I e II; Resolução Norma-tiva SEF nº 10/1996)

3.4.1 Escrituração - Principais reflexos na EFD

Ao contribuinte que estiver obrigado à apre-sentação da Escrituração Fiscal Digital (EFD), para lançamento fiscal da NF-e apresentada no subtópico 3.4, a título exemplificativo, apresentamos, a seguir, o preenchimento dos principais registros/campos.

REGISTRO C100

Este registro destina-se ao lançamento dos totais de valores apresentados na nota fiscal. Para a NF-e exem-plificada, teríamos o preenchimento da seguinte forma:

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C100 O

2 IND_OPER 1 O

3 IND_EMIT 0 O

4 COD_PART *Código interno declarante O

5 COD_MOD 55 O

6 COD_SIT 00 O

7 SER

0 (informação não incluída pelo emissor, pois o mo-delo do subtópico 3.4 não chegou a ser transmitido à Sefaz)

OC

8 NUM_DOC

00 (informação não inclu-ída pelo emissor, pois o modelo do subtópico 3.4 não chegou a ser transmi-tido à Sefaz)

O

9 CHV_NFE42000077354341668778550000000000001600086609

O

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

10 DT_DOC

10062016 (informação não incluída pelo emissor, pois o modelo do subtópico 3.4 não chegou a ser transmi-tido à Sefaz)

O

11 DT_E_S 10062016 OC12 VL_DOC 1500,00 O13 IND_PGTO 0 O14 VL_DESC OC15 VL_ABAT_NT OC16 VL_MERC 1500,00 OC17 IND_FRT 0 O18 VL_FRT OC19 VL_SEG OC20 VL_OUT_DA OC21 VL_BC_ICMS 300,00 OC22 VL_ICMS 51,00 OC23 VL_BC_ICMS_ST OC24 VL_ICMS_ST OC25 VL_IPI OC26 VL_PIS OC27 VL_COFINS OC28 VL_PIS_ST OC29 VL_COFINS_ST OC

A representação deste registro no arquivo TXT da EFD, considerando as informações deste exemplo, será:

|C100|1|0|*Códigointernodeclarante|55|00|0|00| 42000077354341668778550000000000001600086609|10062016|10062016|1500,00|0|||1500,00|0||||300,00|51,00||||||||

REGISTRO C110

Este registro destina-se ao lançamento da informação apresentada no campo “Informações Complementares” na nota fiscal. Para a NF-e exempli-ficada, teríamos o preenchimento da seguinte forma:

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C110 O

2 COD_INF *Código interno declarante O

3 TXT_COMPLBase de cálculo reduzida, conforme RICMS-SC/2001, Anexo 2, art. 8º, I.

OC

A representação deste registro no arquivo TXT da EFD, considerando as informações deste exemplo, será:

|C110|*Códigointernodeclarante|Base de cálculo reduzida, conforme RICMS-SC/2001, Anexo 2, art. 8º, I.|

28-10 SC Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

a IOB Setorial

REGISTRO C190

Este registro tem por objetivo representar a escrituração dos documentos fiscais totalizados por CST, CFOP e alíquota de ICMS. Para o exemplo em questão, teríamos o seguinte preenchimento:

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

1 REG C190 O2 CST_ICMS 20 O3 CFOP 5102 O4 ALIQ_ICMS 17 OC5 VL_OPR 1500,00 O6 VL_BC_ICMS 300,00 O7 VL_ICMS 51,00 O

Nº Campo Valor Obrigatoriedade

8 VL_BC_ICMS_ST 0,00 O9 VL_ICMS_ST 0,00 O10 VL_RED_BC 1200,00 O11 VL_IPI 0,00 O12 COD_OBS OC

A representação deste registro no arquivo TXT da Escrituração FD, considerando as informações deste exemplo, será:

|C190|20|5102|17|1500,00|300,00|51,00|0,00|0,00|1,200|0,00||

N

ESTADUAL

Comércio a distância - ICMS - Benefícios fiscais nas operações realizadas por meio da Internet ou por serviço de telemarketing

Considerada a consolidação mundial do comércio realizado a distância, bem como a importância arrecada-tória crescente em virtude do alcance desta modalidade de comércio, o Estado de Santa Catarina dispõe de bene-fícios fiscais de redução de base de cálculo e crédito presumido visando a manter e atrair empresas do setor.

Nas saídas internas e interestaduais promovidas por empresa de telemarketing, a base de cálculo do imposto será reduzida até os percentuais a seguir indicados:

a) 64%, nas saídas tributadas pela alíquota de 25%;

b) 47,05%, nas saídas tributadas pela alíquota de 17%; e

c) 25%, nas saídas tributadas pela alíquota de 12%.

A utilização da redução da base de cálculo depende de prévio registro, pelo contribuinte, em aplicativo próprio disponibilizado no Sistema de Administração Tributária (S@T) e não poderá ser uti-

lizado cumulativamente com nenhum outro benefício previsto na legislação.

Outra característica importante da redução de base de cálculo aplicada às saídas promovidas por empresa de telemarketing é a não aplicação do disposto no art. 30 do RICMS-SC/2001, que prevê a apropriação proporcional do crédito nos casos em que a operação ou prestação subsequente for benefi-ciada por redução da base de cálculo.

Para as operações interestaduais de venda direta a consumidor final não contribuinte do imposto, realizadas por meio da Internet ou por serviço de telemarketing, a legislação faculta ao contribuinte utilizar crédito presumido de ICMS em substituição aos créditos efetivos do imposto. O crédito presumido será calculado sobre o valor do imposto devido pela operação própria nos seguintes percentuais:

a) 75%, nas operações sujeitas à alíquota de 4%;b) 71,43%, nas operações sujeitas à alíquota de

7%; ec) 83,33%, nas operações sujeitas à alíquota de

12%.

O crédito presumido facultado nas operações interestaduais de venda direta a consumidor final não contribuinte do imposto, realizadas por meio da internet ou por serviço de telemarketing, deve obsevar o seguinte:

28-11Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 SC

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

a) somente poderá ser utilizados após registro, pelo contribuinte, em aplicativo próprio dispo-nibilizado no S@T;

b) não poderá ser utilizados cumulativamente com qualquer outro benefício previsto na le-gislação;

c) fica condicionado à contribuição, pelo contri-buinte beneficiado, para os Fundos Especiais instituídos pelo Estado, conforme definido pela Secretaria de Estado da Fazenda, em montan-te equivalente a 0,4% do valor da base cálculo integral (sem aplicação de qualquer redução prevista na legislação tributária) utilizada para fins de apuração do ICMS relativo às opera-ções próprias com as mercadorias alcançadas pelo tratamento tributário diferenciado (TTD).

Os percentuais de crédito presumido em ques-tão absorvem a parcela do diferencial de alíquotas previsto no RICMS-SC/2001, art. 108, aplicável às operações realizadas por estabelecimento localizado em Santa Catarina e que destinem bens ou serviços a não contribuinte localizado em outra Unidade da Federação (UF).

Por fim, nas operações ou prestações em que o crédito presumido for utilizado em substituição aos créditos de imposto relativo à entrada de mercado-rias, o contribuinte que optar pelo crédito presumido deverá permanecer nessa sistemática por período não inferior a 12 meses, observado o seguinte:

a) por ocasião da opção pelo crédito presumido, deverá estornar o valor do crédito de imposto correspondente ao estoque das mercadorias;

b) quando deixar de utilizar o crédito presumido, po-derá creditar o valor do imposto correspondente:b.1) ao estoque das mercadorias;b.2) a 1/48 por mês pelo período que faltar

para completar o quadriênio, quanto às mercadorias adquiridas e incorporadas ao Ativo Permanente;

c) os créditos do imposto, relativos à entrada de mercadoria adquirida para fins de comercializa-ção ou industrialização, cuja saída for contempla-da com o crédito presumido, deverão ser regis-trados no livro Registro de Entradas e estornados integralmente no livro Registro de Apuração do ICMS, no mesmo período de apuração, deven-do ainda o montante do estorno ser lançado em campo próprio da Declaração de Informações do ICMS e Movimento Econômico (Dime).

O estoque das mercadorias previsto nas letras “a” e “b.1” deverá ser escriturado no livro Registro de Inventário, modelo 7, e englobar mercadorias, produtos acabados ou em elaboração, matérias-primas e demais insumos e serviços incorridos na produção e comercia-lização de mercadorias ou na prestação de serviços.

(RICMS-SC/2001, Anexo 2, art. 8º, IV e § 2º, art. 21, XV, §§ 30 a 32, art. 23)

N

a IOB Comenta

FEDERAL

ICMS/IPI - Sped - EFD - Bloco K - Exigência a partir de 1º.01.2017

O Registro de Controle da Produção e do Estoque (RCPE) que corresponde ao Bloco K do Guia Prático da EFD-ICMS/IPI, previsto no inciso VII do § 3º da cláusula primeira do Ajuste Sinief nº 2/2009, cujo ato instituiu a Escrituração Fiscal Digital (EFD), será exigido a partir de:

a) 1º.01.2017, dos estabelecimentos indus-triais classificados nas divisões 10 a 32 da Classificação Nacional de Atividades Eco-

nômicas (CNAE) pertencentes a empresas com faturamento anual igual ou superior a R$ 300.000.000,00;

b) 1º.01.2018, dos estabelecimentos industriais classificados nas divisões 10 a 32 da CNAE pertencentes a empresas com faturamento anual igual ou superior a R$ 78.000.000,00; e

c) 1º.01.2019, dos demais estabelecimentos in-dustriais, dos estabelecimentos atacadistas classificados nos grupos 46.2 a 46.9 da CNAE e dos estabelecimentos equiparados a industrial.

Para efeito de apuração do faturamento mencio-nado nas letras “a” e “b”, deverá ser observado o seguinte:

28-12 SC Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 - Boletim IOB

Manual de Procedimentos

ICMS - IPI e Outros

1º) considera-se faturamento a receita bruta de venda de mercadorias de todos os estabele-cimentos da empresa no território nacional, in-dustriais ou não, excluídas as vendas cancela-das, as devoluções de vendas e os descontos incondicionais concedidos; e

2º) o exercício de referência do faturamento deve-rá ser o 2º exercício anterior ao início de vigên-cia da obrigação.

Tendo em vista o cumprimento da obrigação em referência, foi disponibilizada, no site do Sistema Público de Escrituração Digital (Sped), http://sped.rfb.gov.br/, para download, a versão 2.0.19 do Guia Prático da EFD-ICMS/IPI.

A Seção 4 do Capítulo IV dessa versão relaciona as principais alterações do guia, dentre as quais des-tacamos as que se referem ao Bloco K:

a) Bloco K: inclusão dos Registros K210, K215, K260, K265, K270, K275 e K280;

b) Registro K220: alterada a orientação de preen-chimento em razão da inclusão dos Registros K210 e K215; e

c) Registros K230, K235, K250 e K255: alterada a orientação de preenchimento em razão da inclusão dos novos registros no Bloco K.

A seguir, reproduzimos os diversos registros do Bloco K, os quais constam da Seção 7 do Capítulo III do referido guia prático:

Descrição Registro

Abertura do Bloco K K001

Período de apuração do ICMS/IPI K100

Estoque escriturado K200

Desmontagem de mercadorias - Item de origem K210

Desmontagem de mercadorias - Itens de destino K215

Outras movimentações internas entre mercadorias K220

Itens produzidos K230

Insumos consumidos K235

Industrialização efetuada por terceiros - Itens produzi-dos K250

Industrialização em terceiros - Insumos consumidos K255

Reprocessamento/reparo de produto/insumo K260

Reprocessamento/reparo - Mercadorias consumidas e/ou retornadas K265

Correção de apontamento dos Registros K210, K220, K230, K250 e K260 K270

Correção de apontamento e retorno de insumos dos Registros K215, K220, K235, K255 e K265 K275

Correção de apontamento - Estoque escriturado K280

Encerramento do Bloco K K990

Vale acrescentar que a Instrução Normativa RFB nº 1.652/2016 estabeleceu a obrigatoriedade de apresentação do Bloco K pelos estabelecimentos industriais fabricantes de bebidas e de produtos do fumo, com efeitos em relação aos fatos geradores ocorridos a partir de 1º.12.2016.

(Ajuste Sinief nº 2/2009, cláusulas primeira, § 3º, VII, e ter-ceira, §§ 7º a 9º; Instrução Normativa RFB nº 1.652/2016; Guia Prático da EFD-ICMS/IPI, versão 2.0.19, Capítulo III, Seção 7)

N

a IOB Perguntas e Respostas

IPI

Ativo Imobilizado - Venda - Hipótese de incidência

1) Na operação de venda de bem do Ativo Imobili-zado, ocorre o fato gerador do IPI?

Em geral, não há ocorrência do fato gerador do IPI na venda de bens incorporados ao Ativo Imobilizado, quando o bem tenha sido adquirido de terceiros, no mercado interno.

Contudo, tratando-se de venda do bem antes de completados 5 anos de sua incorporação e que tenha sido fabricado ou importado pela própria empresa, ocorrerá o fato gerador do IPI.

Nesse caso, a nota fiscal deverá ser emitida com o destaque do IPI, observada a classificação fiscal do produto e a sua alíquota correspondente, fixada na Tabela de Incidência do IPI (TIPI), apro-vada pelo Decreto nº 7.660/2011, vigente na data da saída.

Tendo em vista o princípio da não cumulatividade, o contribuinte tem o direito de apropriar o IPI pago por ocasião do desembaraço, para compensar com o imposto devido por ocasião da saída.

(RIPI/2010, arts. 35, II, 38, III, e 225; TIPI - Decreto nº 7.660/2011)

28-13Boletim IOB - Manual de Procedimentos - Jul/2016 - Fascículo 28 SC

ICMS - IPI e Outros

Manual de Procedimentos

Crédito fiscal - Insumos aplicados na industrialização de produtos não tributados - Impossibilidade

2) Os insumos adquiridos para industrialização de produtos não tributados, imunes ou saídos com sus-pensão, podem ser escriturados mediante apropriação do crédito fiscal?

Não. Se o contribuinte já sabe, por antecipação, que os insumos serão empregados na industrialização de produtos não tributados, imunes ou com suspen-são, cujo estorno seja determinado por disposição legal, não deve escriturar tais entradas com apropria-ção do crédito fiscal.

(RIPI/2010, art. 251, § 1º)

ICMS/SC

Ativo Permanente - Crédito em parcela única

3) É possível apropriar crédito de ICMS em parcela única na aquisição de bem do Ativo Permanente?

Em regra, a apropriação de crédito relativo a bem do Ativo Permanente será feita à razão de 1/48 por mês, porém, desde 05.05.2016, fica facultada a apropriação, em parcela única, de crédito relativo à bem do Ativo Permanente cujo valor seja de até R$ 1.000,00.

Não será admitido o creditamento em relação à proporção das saídas ou prestações isentas ou não tributadas sobre o total das saídas e prestações efe-tuadas no período.

(RICMS-SC/2001, art. 39, I, II e § 4º)

Simples Nacional - Exclusão do regime - Crédito de mercadoria em estoque

4) Quando da exclusão do Simples Nacional, a empresa poderá apropriar crédito das mercadorias que possui em estoque?

Sim. Ao contribuinte excluído do Simples Nacional, a pedido ou de ofício, fica assegurado o direito de creditar do imposto relativo às mercadorias tributadas que possuir em estoque no último dia do mês anterior ao mês em que iniciarem os efeitos da exclusão, excetuado o estoque relativo às mercadorias sujeitas à substituição tributária.

Em substituição ao levantamento do imposto relativo às mercadorias em estoque, o contribuinte poderá calculá-lo mediante a aplicação do percentual de 10% sobre o preço de custo das mercadorias tributadas em estoque com direito a crédito.

(RICMS-SC/2001, Anexo 4, art. 14, I e §§ 1º e 2º)