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Us AventurasDO

G9T0 FELIX(Continuação)

(Continua)

A boneca está em̂ T ^W Reúna os homens. Forme a tropa

Meus Deus! Serái"V\ Lá está! Chegou a Será que ela sabe lêr? ) f Oh! Uma mensagemque o Felix me )==? hora! J T^ZAZ^X" *¦"— V ^° rneu herói... ,^-^í

^—fs—ATr Muit° bem' peque" < Salve ela! Agora, vamos ver ]j| J\X

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7, 77 I d i . Êle me paga, o Felix! A aviação é, ^ «. é,Depressa! Tome o Adeus! ) K Bolas! F uma grande coisa, 1 5e

„__£__?^ aA^£ ^^Lv ^H H->_, Ç j ^K_l_- L _\ \ _|, 1 j^ \ j r-f," ..-''_- * + \ f

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O TICO-TICO_sd,D^(_fe© _)[_ <^©<?0

Meus netinhos:

'¦¦¦W" S férias estão no fim.•¦A Depois de as ter gosado, aprovei tando-as para revigorar o corpo e preparar

o cérebro para novas conquistas no ano letivo que agora vai ter começo,todos vocês se aprestam para levar avante mais essa etapa, qué deverá ser vencidacom o mesmo entusiasmo e o mesmo brilhe com que o foi a anterior.

E' este, portanto, um momento bem sério da vida de cada um de vocês, porquemuitas vezes depende de um bom começo de estudos o resultado dos mesmos.

Alguns estudantes costumam brincar e flanar no começo dos períodos escolares,admitindo que o ano é muito comprido e terão tempo suficiente para, do meio parao fim, darsm a "virada". Entretanto é esse um sistema muito ruim, absolutamentedesaconselhavel, pois todos os que possuem experiência de estudos sabem o quanto fazfalta, na aquisição de novos conhecimentos, a base constituída pelos conhecimentos enoções mais simples, adquiridas anteriormente. Por ser assim é que convém que cadaestudante se interesse tanto pelas primeiras lições como pelas do fim do curso, poisumas estão estreitamente ligadas às outras, e muita coisa só poderá ser bem apreendidase se tiver seguido com atenção as noções preliminares anteriores.

Não devem vocês, portanto meus neitnhos, adotar esse mau sistema da "vi-

rada". O acertado é estudar com interesse uniforme e constante, não só por causa doque o Vovô já explicou, como porque assim o estudo se torna muito mais suave e maisfácil.

Todos temos os nossos deveres. E os de vocês, que são crianças, é o de estudar.Estudando, vocês serão bons patriotas, porque estarão garantindo ao Brasil uma ge-ração culta, conciente do seu valor, dos seus direitos e deveres. Uma geração com a quala nossa Pátria, no futuro, poderá contar, em qualquer situação em que o Destino avenha colocar.

Qual dos meus netinhos não se sentirá orgulhoso de servir ao Brasil? Todos, nâoé certo? Então, toca a estudar com afinco,com vontade, com os olhos postos no futu-ro, que ha-de ser belo e feliz.

VÔVô

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Ê|M tempos que já vão

longe havia um rei jo-vem e formoso, chama-do Tito, que governavacerto pais, fértil, popu-loso e extenso.

Entretanto, esse so-berano não era querido

por seus vassalos, porque era cruele cubiçoso, tendo a alma cheia deorgulho.

Ao contrario, a rainha sua espo-sa, que se chamava Ana, era que-rida por todos quòntos a conhe-ciam, por ser criatura boa e piedo-sa. Sua generosidade era prover-bial no país, pois gostava imensode distribuir esmolas e de consolarcs desventurados.

A jovem soberana tinha uma

grande paixão: as flores, e era àsrosas, de que possuía grande varie-dade, que ela mais amava e que-ria, a ponto de cuidar ela própria,pessoalmente, dessas suas amigas,no jardim.

O rei, que era muito rico, pos-suia parques e palácios, todos rr.a-ravilhosos. Tinha muitas naves, queefetuavam o comercio de ultramar,e suas caravanas comerciais per-corriam a terra em vários senti-dos.

Milhares de homens trabalhavam

para ele, e escravos africanos, ne-

gros como ébano, serviam, em seusfestins, deliciosos licores em taçasde ouro, taças cimeladas e com in-crustações de pedras preciosas.

Os príncipes e nobres dos reinosvisinhos respeitavam-no e temiam,

porque ele contava, além de tudo,com um Exército poderoso, bemdisciplinado, com bizarros oficiais .aguerridos soldados qu. infundiamrnédo.

O TICO Tirn

Dava festas esplêndidas em s.upalácio, às quais compareciam gran-des senhores e damas de alta linha-

gem, que vinham das mais afasta-das regiões, atraídos pela fama damagnificência do soberano.

Mas, apesar de todos os donscom que a sorte o tinha prodigali-sado, o rei Tito se considerava des-ditoso ainda, porque sua grandecobiça não o deixava viver tran-

quilo.

IMA noite, enquanto dormia,foi o rei despertado pelos

raios doces da lua que penetravampela janela aberta, e como nãoconseguisse adormecer de novo,veio para uma das janelas e ali fi-cou, deliciando-se a respirar a bri-sa que vinha do mar, e pensando,com satisfação, que era o príncipemais rico do mundo:

Estava radiante de felicidade, edesmedido orgulho lhe enchia o

peito.Súbito, franziu o sobrecenho, ao

se recordar de que justamente namanhã daquele mesmo dia o mise-ravel mago Isola, que mantinha

preso no cárcere, em meio aos maisempedernidos criminosos, tinha zom-bado dele, gritando, em presençados cortesãos, a espumar de raivae fazendo estremecer as grades da

prisão:— "Desilude-te, Tito ! Pensas

que és o homem mais rico do Mun-do, mas existe alguém que é maisrico do que tú !"

Excitado com essa recordação,o rei se pós, com o coração ferido

pela inveja daquele rival imagina-rio, a dar grandes passadas pelaalcovk real.

Por fim, s. deteve, mais sereno.E1 que havia tomado a resolução de

torçar o prisioneirodizer-lhe o nome do reiventuroso que possuíamaiores riquezas queas suas, e o lugar onderesidia. Uma vez sabi-do isso, enviava a esserival um cartel de de-safio.

Tão absorto se acha-va em seus mesquinhos

pensamentos, que nemnotou a entrada dadoce Ana em seus apo-sentos, até que estalhe perguntou:

Que estranhos

pensamentos ou preo-cupações te tiraram osono, meu amor ?

Tito respondeu :Passei uma noite

terrivel, cheia de alu-cinações... O magi-Isola jura e perjura queexiste um homem maisrico do que eu.

^m^mWmwir^i\jmw

va apaixona-damente à es-

posa porque•sta era sim-pies, virtuosae bem educa-da, replicoucom doçura egalantaria :

— Tu ésmais bela queo ouro !

Tinha ra-zão, dizendoisso. A rainhaAna era for-mo iisii*ma e em seus e m b I a n -

te resplandeciam os encantos físicose morais que possuia.

Naquele instante, estava belacomo uma visão celestial.

— Pois bem : serei um monarcadigno — disse o rei, ajoelhando-seaos seus pés — e procurarei minha

própria felicidade, fazendo feliz omeu povo.

mago Isola, que tanto o haviam im-

pressionado.Levantou-se, então, impetuosa-

mente, tomou em mãos o candeia-bro mais próximo e, seguido pelosconvidados e por soldados que con-duziam archotes acesos, dirigiu-separa o cárcere.

Quando o viram penetrar no es-curo calabouço, mais de cem des-graçados que ali estavam detidosestremeceram. Muitos se ajoelha-vam humildes, querendo agradar opoderoso rei.

Este, porém, nem os olhou. Que-ria achar um só : o mago Isola.

Não foi fácil encontrá-lo.Levanta-te I — gritou, logo

que seus olhos deram com o mago,acocorado a um canto.

O mago se ergueu. Fitou cora-josamente o soberano enfurecido elhe perguntou com vóz calma :

Que queres d. mim ?Tito vacilou.

Disse-te a verdade — conti-nuou Isola, compreendendo o fimdaquela visita. — Os magos de mi-nha categoria não mentem nunca !

O rei olhou-o assombrado. Pare-cia-lhe Impossível tanta arrogância

A rainha, que sabia o quanto seumarido era cubiçoso, assaltada porlúgubres pressentimentos, disse comtristeza na voz . os olhos cheios delágrimas.

Ouvi falar do feiticeiro Isola,embora não o conheça pessoal-mente. O povo o respeita e teme,e há quem afirme que é um bruxo

poderoso, que mantém relaçõescom o diabo.

Não faças caso dessas men-tiras — disse o rei.

Sei o que digo, meu marido.E' o diabo quem te tenta e quem

põe em tua alma esse desejo mal-sâo. Se aspiras, a ser um rei digno,é necessário teres presente que sóse consegue a gloria trabalhando

pela grandeza do reino e fazendoa felicidade dos subditos.

Essas palavras sábias não como-veram Tito, que respondeu :

Quero ser o primeiro entre os

grandes da Terra IE pelo ouro me abandonaris,

cubiçoso insaciável. Pelo ouro dei-xarás esposa e filho.

O rei, que apezar d. tudo ama-

Apezar da promessa feita, en-tretanto. como o monarca tinha ofeio hábito de beber, tudo esque-ceu dentro em pouco.

Certa ocasião, á meia noite, en-quanto se realisava um banqueteno palácio, ao qual haviam compa-tecido grandes senhores e ricosmercadores do país, recordou-seêle das palavras pronunciadas pelo

Conto deCARLOSLASTRA

em um prisioneiro.Falou lhe, então:

- - À

Pois bem,mentiroso. Sedizes que existeum homem maisrico do que eu,quero conhece*lo!— Melhor seria

que tratass.sde superá-lo.

I g n o rasainda quãogrande é o meu

poder . . .O feiticeiro

sorriu irônica-mente.

— Enganas-te, orgulhoso ITeu poder éimenso * tuafortuna é as-sombrosa. Pos-sues terras fér-teis, castelos,navios que sin-

grem todos os

mares, legiões d. toldados, minasde ouro . prata, fábricas d. púrpu-ra . d. essências, jazidas de coral,cavalos ligeiros como o vento, du-zentos elefantes que pasc.m empradarias luminosas . um tesouroescondido no país dos árabes. Que-res que te diga onde ocultas o te-souro ?

¦*• Cala-te I — gritou o rei, apa-vorado.

Embora sejas tão rico — con-tinuou o mago — os príncipes tár-taros e o imperador da China sãotão opulentos, como tu. E existe ai-guem que te excede em riqueza apoderio.

Mas... como sabes isso ?Li isso nos meus livros de Má-

gia. A vida não tem segredos paramim. S. tu quiz.r.s, te transforma-rei no homem mais poderoso domundo, pois para isso me sobra po-der.

O r.i . os de sua comitiva retro-

Sou um condenado. Só sereilibertado quando um homem de ca-beca coroado assim o decida. Pro-

ponho-te um pacto.Todos os piesentes compreen-

dia*m que aquele momento era ai-temente importante na vida do rei.

Aceitas ? — perguntou Isola.O monarca não respondeu.

Tens medo !Não !Aceitas, então ?Aceito I

Apertaram-se as mãos, soberanoe prisioneiro.

As pessoas que assitiam à cena,como testemunhas tiveram um ar-repio de malestar. Tinham a impres-são de que viam o firmar de umconvênio entre o próprio Demônio eo ambicioso Tito.

* * *No dia seguinte o rei ordenou os

preparativos para a partida.Kiandou que se recrutassem ma-

\

\.- "Jac5^~*i*"3*BÉ1

___ ~*^^_H

' ~~

cederam, amedrontados, sentindoque havia algo de diabólico naspalavras de Isola. E éle continuoufalando :

Visitei montanhas até as quaisninguém chegara antes de mim.Montanhas que ocultam metais pre-ciosos em quantidade fabulosa. Po-derei mostrar-te tudo isso. Podereimesmo dar-te tudo isso...

Tito olhava o prisioneiro .m si-lencio. Havia ódio nos seus olhos.Mas, sob esse ódio, se notavacubiça.

Por que darias isso... a mrm 7O mago sacudiu tristemente .

cabeça . respondeu :

rujos para compor a trota, e deupreferência a malfeitores e genteque acabava de deixar as prisões,pois pagaria a estes muito menos.

Isola serviu-se de suas faculda-des extraordinárias de mago e tu-do se fez rapidamente pronto.Mais rápido do que se podia ima-ginar, ficou pronta uma grande es-quadra, qu. deslumbrava os habi-tantas do país.

E, enquanto isso, a pobre rainhaAna se desfazia em lágrimas e su-plicava ao marido, inutilmente, queabandonasse aqueles projetos.

— Meus rosais — ela lhe dizia —estão murchando e fenecendo, em-

(Continua a pagina. 20)

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AVENTURAS DE TINOCO, caçador de feras

L_—, I ^"^_^-"^ v-^^^-v

j

Encomendaram ao Tinoco uma sussuarana viva paraum Jardim Zoológico e logo nosso heroe acertoutodos os planos. Mister Brown, mais pratico, colocou...

. . . armadilhas no rastro da onça, mas Tinoco, estu-dando as pegadas da bicha, imaginou um processoque, apesar do inglês julgar infantil, lhe pareceu...

. . . infalível. Todas as noites a sussuarana se acercavado acampamento, ladeando sempre as armadilhasde Mister Brown. Tinoco, com uma centena de...

. . . papéis de pegar moscas, fez um cerco em regraem torno do terrível felino. O resultado não se fezesperar. A onça, quanto mais procurava fugir...

Z_

.. . aos pegajosos papéis, mais aderia a eles, a

ponto de ficar quasi imobilisada. O inglês ficou...

O TICO-TICO 6

.. .muito espantado quando Tinoco, triunfante, trouxea onça para o acampamento.

Março — 1942

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O mamoeiro do visinho -p<_j. c__.

O dia amanheceu encrencado. Lamparinaquebrara uma chlcara e logo após o visinhoveio quixar-se de que a pretinha estava dando...

... cabo das frutas de seu mamoeiro. Carrapichonao quiz saber de mais nada: pegou Lamparinapor uma orelha e meteu-a no porão.irai fra

No por&o havia um jaca, uma corda, uma.faca e uma janella de onde se vè, ao longe, omamoeiro do visinho.

Lamparina então, começou a lascarvarinhas de taquara, ás quaes fazia uma pontaagudisslma.

E depois um arco como usam osindios.

3 TICO-TICO 8

A' tarde quando o visinho chegou da cidade,o mamoeiro parecia um paliteiro.

Marco — '".."

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A HISTORIA DO CINEMA_¦¦

ODA a gente diz "cinema, cinema, cinema", e atéhá quem encurte ainda mais a palavra, dizendo"cine". Mas vocês pensam que sempre foi assim?Nada disso! Antigamente todos diziam "cinema-

tógrafo", e o verdadeiro nome é esse, embora sejamais feio. Pergunte à Vovó..

No estudo da Física há uma parte quetrata do movimento, e se chama cinemática, edessa palavra e que se deriva cinematografiacom o acréscimo desse final "grafia", quequer dizer descrição, como em Geografia eoutras ciências ou artes que descrevem ouescrevem qualquer coisa.

Mas isso é apenas a origem da palavra,não é mesmo? E qual será a história do Ci-nema? Pitusquinho nâo descansa, meus ami-gos. E em poucas linhas vai tentar qualquercoisa a respeito.

Até o ano de 1830 pouco se conhecia defotografia. Para se tirar um retrato era precisodeixar a máquina com o obturador aberto du-rante seis horas, em frente ao que se queriafotografar. . . E só em 1839 um francês, Da-guerre, e um inglês, Talbot. que vinham es-tudando o assunto, acharam o meio de tirarretratos com tempo menor de exposição. Oprimeiro retrato dc uma pessoa foi tirado emNova-York por um professor, John W Draper,mas nesse tempo ainda a exposição era de"alguns minutos". Qu.íido outros investiga-dores, entre os quais estavam alguns químicos,conseguiram reduzir para "segundos" o tempoda exposição, isto é. o tempo que a máquinadeve permanecer aberta diante do que se qu.rfotografar, toi uma coisa louca! Parecia mila-

gre! Parecia impossível!

Pois bem. meus camaradas. O cinema nãoè mais do que a fotografia. Um homem cria-matio Maybndgc. californiano, imaginou um

194? 1

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ME»

dia que havia de tirar um retrato de um cavalo saltando um obs-taculo. Pensou, pensou, e resoiveu usar 24 máquinas fotográficas,juntinhas, ligadas a uns cordões que, com a passagem do cavalo,iam abrindo os obturadores de todas elas. Quando revelou as 24chapas, viu o cavalo em várias posições do salto. Vai então umpintor francês, Meissonier, e entendeu de aper-feiçoar aquele processo, e com êle uma porçãode gente se apaixonou pela questão. O manejode chapas de vidro nâo facilitava. Era um talde quebrar vidro, de estragar material, de terdecepções... Imaginem só!

Um dia, por acaso, Jorge Eastman, ameri-cano de Rochester, descobriu o modo de fazero "filmi', ou chapa sem vidro, e não devemosesquecer que Edison teve grande influencia noaparecimento do cinema, pois foi quem inven-tou o Kinetoscopio, em que, pela primeira vezse usou o movimento. Esse Kinetoscopio (quequer dizer "representação do movimento") erauma caixa onde havia uma película que se ia

movendo enquanto a pessoa espiava por umorifício especial. Era o cinema para uma só

pessoa, vamos dizer. Dai, aperfeiçoando, me-lhorando, idealisando, ampliando, o Cinema foitomando impulso e chegou a ser o que é hoje.A principio era mudo. Os artistas eram vistosir.ovendo-se apenas, mas ninguém escutavasuas vozes, nem quaisquer ruídos. Hoje, entre-tanto, é essa maravilha que todos apreciamos.

Todos nós gostamos muito de cinema, náoé mesmo? Mas não devemos ir ao cinema ape-nas para nos divertir, pois êle é tambem umgrande meio de se anrender-, de se conhecer omun o e seus costumes, curiosidades, etc.

E, sabem duma coisa? Às vezes eu fico

pensando na cara que haveria de fazer o talDaguerre, o tal Talbot e os outros, se vissem umabôa fita dessas que nós apreciamos sem ligarmuito... Havia de ser interessante, nâo achamvocês?

O TICO-TICO

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»»IVv>:O NOME GUANA5ARA RADO A

DE MAR.

0 GADO DE MARAJÓ TEM 0CHIFRE . 0S50S FRÁGEIS EMVIRTUDE DA FALTA DE CÁLCIO

NA ILHA.

B4.

\»\

05 ESCRAVOS QUE ACHAVAM DIAMANTESERAM PAGOS COM A LIBERDADE, RECE -BENDO DOS SEUS SEMES AIHPORW-CIA DE 400/MIL REIS.

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A CASCATA QUE O RIO SÃOFRANCISCO FORMA AO SE PRE-Cl PITAR DA SERRA U CANAS-TRA, CHAMA-SE CASCA DANTA

COM 200 METROS DEífc ALTURA' *m

JL-^

*=e»OS CHAFARIZES FORAM OS PRIMEI-ROS /MONUMENTOS DO RIO COLONIAL,A AGUA FOI UM DOS GRANDES

„ . PROBLEMAS«^0% COLOWISADORES.

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A NOSSA PATACATINHA DEZESEIS

VINTÉNS E O CRU-ZADO 20.

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O MAIS NOTÁVEL RECIFE DE CORALDO BRASIL.É O QUE TEM ORIGEMNO CEARA', E VAI ATE O PORTO

DE SAO SALVADOR.

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.-*4Lv U.U,?»*"'"¦!<« k?*^

AS MADEIRAS DE LEI MAIS IMPORTANTES"DÍ MATO GROSSO SÃO O ANGIGO, PEROBA, JA-CARANDÁ PRETO, SUCUPIRA. Cítá). ANGELÍMLOURO, CANELA,GONÇALÒ ALVEé,JEQlilTl-RA'. CABRIUVA. JATOBÁ, PIÚVA, VlNrlÁT/CO

E ARAPUTAMGA.

Março — 1942

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lALACU t US1INA

_—iFaustina montem o espirito .leta outras . , efeito coreografico! CoTição pela darK pc i ponta dos

ir aos grandes . Q*.• . , á logo os movimentos. do faraó.

,.m ' i * /'O ' \mmmmmm\aic\ íic\.solo em êxtase! Ah^ Zé M provocando uma

ava da Fauitin

... que ine passou uma aescom-postura por ter-lhe estragado oefeito final I

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Menino peixe é com "x" ou com "ch"?Aqui, não sei. Em casa, usamos commolho de camarão.

Meu filho, nunca imaginei que os teusestudos custassem tão caro!E' para o senhor vêr, papai! E eu. soudos que estudam menos!

{'^""""^^""^"^""^^^^^^"^"^^"^¦^^¦^¦•^¦^¦""•""¦¦¦^¦¦¦^^^¦^«¦^^^¦^«^¦¦^^^¦¦•¦^¦n ^^^^^^^^^^^^^^^^^^m^^^^^^L~m^m9^m*mm*mmm*mmmmmmmmmmmma!EU BCá—Ji—^M—Wg— I Pll l"

NA ESCOLAô- Qual é o animal que trabalha para que'tua mamãe possa calçar meias de seda?— E' meu pai

O SENHOR DOUTOR ESTA' LEMBRADO DE QUE HA'UM ANO ME CUROU DE REUMATISMO E ACON-SELHOU QUE NÃO ME DEVIA MOLHAR ?ESTOU, SIM.POIS GOSTARIA QUE O SENHOR ME DISSESSE SEJA" POSSO TOMAR BANHO. NÃO FARÁ' MAL ?

r. .

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Movimentos Nativisías Os gafanhotosin

REVOLUÇÃO DE BEQU1MÃ0 — FELIPE DOS SANTOSAMAURY PORTO DE OLIVEIRA

9ALAREMOS hoje de mais dois movimentos originados pelo senti-

mento da nacionalidade, que despertava nos brasileiros daqueleslongínquos séculos XVI e XVII.

O primeiro desses movimentos é o conhecido por revolta de Bc^tii-mão (Beckman). Como vocês todos sabem, na época dos descobrimentosos países que possuíam colônias organizavam grandes companhias. dex-tinadas a explorar as terras descobertas. Chamavam-se Companhias dcComércio e tinham monopólio sobre a compra e a venda, isto é, os ha-bitantes da colônia sô podiam vender a elas e somente delas podiamcomprar. Acontece, porém, que essas companhias enganavam os pobre;,cç>lon_os vendendo-lhes mercadorias estragadas e lhes tirando dinheiro sol<o-pretexto de comprar escravos.

No Maranhão, que era explorado por uma dessas companhias, a doEstanco, a população começou a protestar contra esses abusos e no diado Senhor dos Passos, quando a procissão ia pelas ruas. rebentou umarevolução, chefiada por Manuel Beckman. O movimento triunfou fácil-mente e já na mesma noite Beckman dominava completamente a cidade.

Organizou-se um governo republicano que decretou a abolição daCompanhia do Estado. Após algum tempo Beckman conseguiu dominarsozinho a cidade, mas cometeu um grave erro: enviou a Lisboa seu irmãoTomaz Beckman, para pedir o favor de El-Rei para a sua causa. TomazBeckman nada conseguiu e quando se soube, no reino, do sucedido, [oienviada uma expedição comandada por Comes Freire, que facilmente seapoderou da cidade, restabelecendo a ordem. Foram perdoados todos osrevoltosos, com exceção dos chefes, condenados uns ao exilio e os maiscomprometidos à morte, na forca.

Manuel Beckman, que fugira para o interior foi descoberto devidoà traição de seu afilhado Lázaro de Melo, sofrendo a pena que lhefora imposta.

r~~) \EREMÓS ay^^O movimento chefiado por Felipe dos Santos. AU origem dessa revolução' fy o "imposto devido ao rei". Os mineiros

(aqueles que exploravam as minas) tinham por obrigação entregaraos fiscais do reino o quinto do ouro que extraíssem. Essa arrecadação,feita com excessiva energia e muitos abusos, fazia com que dia a diacrescesse o ódio dos mineiros para com os fiscais. Foi quando a meUó-pole, desconfiando de que os mineiros a estivessem roubando, ordenoumedidas mais severas. O ódio tornou-se geral e não tardou a originarrevoltas. Várias pequenas revoluções estouraram, sendo logo abafadas.Entretanto, em Vila Rica rebentou a maior delas, chefiada por Felipedos Santos.

Os revoltosos apedrejaram ^a casa do Ouvidor e vários outros edi-ifidos, originando o pânico na cidade. Enviaram depois uma delegaçãoao governador pedindo-lhe a supressão de alguns impostos. O governador,conde de Assumar, prometeu atendê-los, mas o que fez foi organizartropas que ocuparam Vila Rica, dominando o movimento. Felipe dosSantos-foi condenado â forca e, depois de morto, amarraram-no â caudade um cavalo que o arrastou pelas ruas acidentadas da capital, estraçu-lhando-o.

Ainda dessa vez falharam os brasileiros. O sentimento da naciona-lidade não fora, contudo, dominado, tf em breve explodiria mais. [orte.com a figura genial dc Tiradentc;.

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O TICO-TICO — 12 — Março — 1942

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EÍ£?'S__-3S_ era uma princeza, c' se portou mui:o

corretamente, mostrando cor*/t___.

todas as regras da etiqueta pata-ciana.

Depois de ter cciado, a rainha.

AVIA, uma vez.,um p_i_-

cipe. que rfese/_..'_: casa»"-

se com uma prir.eeza.

mas com uma princeza de ver-

dade, com uma princeza de sangue-

real, cuja familia tivesse pertenci-

do à nobreza por muitos , séculos.

A' procura dessa princeza, o prin-

cipe viajou pele mundo inteiro,

. mas embora tivesse cnco:ifrado

muitas candidatas a sua rnüo. min-

ca podia ter a certeza de que elas

eram princezas como ele desejava.

Encontrava sempre nelas algo quenão lhe parecia natural e própriade uma princeza. E foi assim que.

com todas as esperanças perdidas,

o jovem se tornou triste, penca-

tivo, e regressou ao palácio de seu

pai.

Uma noite, depois de sua voiia.

desencadeiou-se tremenda tempes-

tade sobre o reino. Os trovões ri-

tombavam, os relâmpagos __m_r_-

vam sinistramente o céu, e a clm-

va caía a torrentes. Em meio da-

qucla fúria, alguém bateu a podado palácio. E foi o rei, em pes-sôa, quem foi abrir. . . , .'. que estava desejosa de descobrir

Era: uma jovem. O vento c se a moça falara vcrdade. semchuva tinham-na açoitado sem pie- nada dizer foi até à akova q-.edade. e a agua escorria a jorros liariam destinado à hóspede, tirousobre ela, da cabeça aos pé*. Con- _. roupas e o colchão de sobre atudo. ao ser recebida, ela disse que cama, c ali pôr, sofcre e estrado.

TRADUÇÃO D£ CARMEN GALVÃO

Março — 1942 . — 13 —

um grão de ervilha, sobre o qualcolocou então o colchão, e **ra<s

ocCo, além desse, Feito isso. se re-

tirou, como tinha vindo, deixando

a cama arrumada.

Na manhã seguinte o rei e a

rainha perguntaram à princeza como

tinha passado a noite.— Devo confessar que p_..cí

bastante mal — disse ela. Não

consegui dormir direito toda a noi-te. Creio que devo ter **.tcanhado

o leito, mas a verdade é que me

pareceu estar deitada sobre af-»j

tão duro. um corpo estrenho qual-

quer... Perdoem a minha fran-

queza. os senhores que foram tão

bons...

Os soberanos sorriram, sa+is-

feitos. Não tinham, agora, mais

nenhuma dúvida de que se tratava

de uma verdadeira princeza. Qtizm,a não ser uma jovem de sangue-

azul. pertencente à nobreza atravésde sécitios, teria aquela sensibili-

dade? . '

No dia seguinte se casaram a

princeza e o principe. Foram muito

felizes e viveram longos anos.

Quanto ao grão de ervilha, foicolocado no Museu do reino, numa

urna de cristal c. se nenhum ga-timo andou por lá, e não o car-

regou, vocês ainda o poderão en-

contrac, indo por acaso ao tal roí.

no. algum dia.

DE QUEIROZ

: 0 TICO-TICO

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~)llllli:li.i..l.

OH! FERRO!..,,: MONÓLOGO UE EU5T0RGI0 WflNDERLEY

Houve um dito, antigamente,Muito usado pelo povoPara exprimir a grandezaDe qualquer coisa de novo.

Num gesto largo de espanto.

Fazendo assim, como eu íaço...{Abre os braços)

Diziam, então: — "Oh ! íerro!...

Eu nunca vi tanto aço !..."

Esse antigo dito agora

Tem toda a razão de ser,

Com a grande siderurgia

Que começa a aparecer."Nessa industria o brasileiro

Irá dar um grande passo,Podendo gritar: — Oh ! ferro!.-

Eu nunca vi tanto aço !...

Realmente, que, indo a Minas,

A Lafayette ou Brumado,

Qualquer um, surpreso, vêTanto minério amontoado.E abrindo, instintiva, a boca,

Ou, talvez, erguendo um braço,

Terá de exclamar: — "Oh ! ferro !

Eu nunca vi tanto aço!..."

O Brasil não fabricava

Um prego ou um parafuso !...

Hoje irá construir navios

E canhões... para seu uso...

Alumínio para aviõesNão será metal escasso,E todos dirão: — "Oh ! ferro!...

Eu nunca vi tanto aço!..."

Ficará muito espantado ,Quem fôr à Santa-MariaVendo erguidos altos fornos

Da grande siderurgia,

E o brasileiro, orgulhoso,Pelas chaminés no espaço.

Dirá, com razão: — "Oh ! íerro!.

Eu nunca vi tanto aço !... '

O TICO-TICO

Que temos ferro sem conta

Já não é nenhum mistério;Nas nossas grandes montanhas

Se encontra sempre o minério.

Das Guianas ao Chuí,Ou na Serra do Espinhaço,

Podemos dizer: — "Oh ! íerro!...

Eu nunca vi tanto aço !...

Há pouco morreu, em Minas,

Um sujeito brincalhão

Que, — dizem — estava.. .rindo

Mesmo morto, no caixão !...

Quando o desceram á cova,

Da terra-mãe no regaço,Sempre a sorrir disse:—"Oh! ferro!.

Eu nunca vi tanto aço !...

Pelo porto de Vitória,

Ali no Espirito Santo,

Eu soube, agora, que íerro

Nunca assim se exportou tanto I*

Um marinheiro britânico,Falando com embaraço

Disse... em português...—"Oh ! fero!Mim nunca vêr tanto aço !...

Deverá ser posta em música

A riqueza do país,Numa canção patrióticaDesse povo tão feliz,

Que possa dizer, cantando,E, sem perder o compasso,Estas palavras: (Canta):—'Oh! ferro!

Eu nunca vi tanto aço!...

Quando estiver produzindo,A grande siderurgia, *

Milhares de toneladasDe metal, durante um dia...

Todos nós então diremos:— E' vitória e não fracasso !

E bradaremos: — Oh ! íerro !...

Nunca vimos tanto aço !...

¦

,-___Mi«M>B>->->->->Ha^>*>'>->->''>--'Ma'----<"-------''>''''a^^

Muitas ilhas doAtlântico e ('<"Pacifico são for-madas não p«)imodificações geo-lógicas, mas porgrandes depósitosúc guaho, tíetn-tos dc aves mari-nhas, o que con-stitue um ótimoadubo. E' o gua-no que dá origemà formação devegetayões e milhas qua nuncaestiveram emcontacto com i*3vegetações de ou-:trás terras.

PENSOUQ U IERAOt k i. : i . .

14 — Março — 1942

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r_i *•*. *m, r*> j_ PARA SERNOSSA ütilàPEQUENA MAMÂEoficinas:

quando tira-ÜS PÁSSAROS MÁGiCOS das destas, se

Olhem bem para a figura. Di:dc uma parede branca ou, melhor,de um papel vertical, colocam-.--.'duas. velas acesas. Em uma cario-liua>c recorta á imagem de ura pas-saro que «. colocaria, presa a um

ryy\

í

livro, conforme indica a gravura:entre as velas c a "te. a", «pio nocaso c a parede branca ou o papel.Aparecerão na "tela" duas som-bras do pássaro". Agora, se vocêsentre uma das velas e d pássaro co-locarem um vidro vermelho, ua"tela" só aparecerá uma sombra,vermelha...

Se vocês procurarem bem, entre-tanto, verão a outra sombra tmtarde ciar**, escondida...

p Se se puzerem entre ais velas e opássaro vários copos com agua co-lorida <le diversos tons, se irão oh-lendo efeitos muito variados. S*«.* copo contiver cerveja, b pássaroaparecerá roxo; se o liquido fôrazul, a sombra (a segunda, qtica meio escondida) será alaranja-da.

E a outra sombra será, é claro,sempre da côr do liquido.

dilatam tantoque às vezesnão é possivel tornar a intro-duzi-las.

I i processo, muito usado, de cor-tar por fora, desbastando ;i rcomo se apontam lápis, não dá re-sultádo, pois a nova superfícienunca fica,perfeitamente lisa comoa primitiva.

Melhor é proceder assim como'indica a figura, - abrindo brochasdas quais se tira uma espécie decunhas. Com 4 talhos se conseguessu e a rolha entrará perfeitamente

desde qi\e se aperte a extremidade,antes de introduzir na garrafa .

NÚMEROS AtRAZADOS; acomp

emitràzadós

anteriores, trazendo os QUADROSDE NOSSA HISTÓRIA e a

de COROGRAFI .RÊSCA DO BRASIL.

Alhda está em tempo de voeganÍ9af.a sua coleção, adquirindo

números inferes Rios.• Pedidos à nossa Reciaà Trav. Ouvidor, 26

A CARTA QUE VÔAUm barbante, uma carta de ba-

ralho (ou qualquer papelão do mes-mo tamanho) um lápis, um carreteivasio. alguns alfinetes — eis o. ele-mentos necessários para fabricar estebrinquedo.

Um dos- alfinetes será enfiado nolápis conforme mostra o desenho à es-querda, a uma distancia aproximadade 5 centímetros da ponta. Póde-setambem usar dois preguinhos, aosquais se cortem, depois, com aiicate,as cabeças.

Outro alfinete (ou préguinho. .seráenfiado no carretei (vêr o desenhoi ea este se tirará tambem a cabeça.

Tomando-se a carta, faz-se nelaum furo no centro, de diâmetro aua-

J j

s Jl */i^^te'

iéí_s_-**-1 .^ •í}êmly ^W-nf->\ t^. V

Sl igual à giossura do lápis, dc modoque este possa passar ali com folga.Faz-se tambem outro íurinho quecoincida com o alfinete fincado nocarretei e dobram-se as pomas dacarta conforme as linhas pontuadas.

A construção está, pois, acabada.Não resta mais do que enrolar obarbante no carretei, enfiar o lápis

na carta e tambem o alfinete, e pu-xar com força para desenrolai-. A.carta voará, então, de modo mu ros-sar.te.

Acompanhe, em todas as edd'0 TICO-TrCO, os modelo.de lindos trabalhos, jogos egestões que NOSSA PEQUENA

ICINA vai oferecer aos nos-amiguin

UMA

Tome uma tábea, oupedaço lolico de madeira(um pedaço de cabo devassoura OU ate um bam-bú podem serviri e comum canivete afiado esca-vem um buraco que atra-vesse a madeira de ladoa lado, no qual s*. atra-vessa uma taboinha queserá ali presa com umprego, parafuso ou pino.Na outra extremidade do"cano" se abre uma ra-nhora menos profunda,para a colocação das•balas". Com o auxiliode um elástico (corta-

PISTOLA

r—^ -__,'¦ y-Z~:

í: °) F. "~~7~

I

do ae câmara de ar ou comiAkla)se arma a pistola conforme a figu-ra indica. 3 a

A "bala", de cartolina ou pape-lão, irá longe.

Marc. — 1942 O TICO-TICO

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Àves e Pássaros do BrasiO PAPAGAIO

JOAQUIM SILVEIRA THOMAZ

Pertencem os papagaios à ordem

jjtos psitaciformes, da qual existem

nó Brasil vários gêneros e quasioii nfa espécies.

Sã. i aves dotadas da faculdade deir, automaticamente, certas:as e frases curtas que lhes

ensinam. Há deles, porém, que vãomais longe: recitam poesias, can-

tam, ralham, assobiam... São in-

r'/w\ A* v* >N'\

teligcntes, se é que ao instinto «Io

animal se 'pode chamar inteligéii-

tia.

O Brasil foi outrúra chamado a"Terra dos Papagaios" pelos nave-

gad res na época do descobrimento«. são essas aves, acusadas dc traas-ínitirem ao homem uma doença ler-

tive!, infeciosa. a psitacose! (do< n-

ça dos papagaios).

Quatro coisas importantes teemaves: a lingua, o bico, os pés

e as penas. A lingua que é grossa.preta e extremamente móvel, faci-

Jila ao bicho imitar a nossa xat, o•?pie faz, por vezes, com muita arte

e perfeição. O bico é forte, gro-s*-,

adunco, dando-lhes uma feição ti-

Ilustrações de TI DE

pica, tanto assim que, quando ve-mos um indivíduo nàrigudo cha-mamo-lo: nariz de papagaio. Os

pés são curtos, feios, paradoxal-mente como em -todas as aves bo-nitas, com quatro dedos, dois para

.frente e dois para traz .Com eles,no entanto, ò papagaio se coca,leva os alimentos à boca. Vivem bemem cativeiro, pois comem de tudo:frutos, milho, sementes, comida de

panela, papas de pão...Vivem em seu habitai aos ban-

dos e há lugares cm que a lavoura

padece com eles...

São seus "parentes", psitacídeostambém, as araras; as maracanãs,os periquitos, as jandáias, as catcir-ritas, as maitácas, as tiribas,.. E

deles há várias espécies como: o pa-pagaío verdadeiro, o p.apa-cacau, o

campem), o de colei ra etc.Fazem seus ninhos no ôco do

pau por eles cavado e na época da

postura — de ou-tubro a març*/' —

.estão qaietmhos,mas depois, jun-tam-sc em bandos

e lá vão... Quandoencontram u m a

roça de milho...

só se ouve os estalidos do bico:.liee... trec... trec... Parece até o

crepitar de uma fogueira! Pobre

dono do milharal...

São os papagaios, entre os xerim-babos, os que mais se prestam para.as lendas indígenas e entre nós,

para as anedotas.

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JCpSwSêNAO FALHAFAZ DOS FRACOS FOEM $tiINFALÍVEL MOS CASOS

DEESGOTAMENTOANEMIADEBILIDADE. NERVOSAINSONIAFALTA DE APETITE

E OUTROS SINTOMASDE FRAQUEZA ORGANl-CA DE CRIANÇAS E UE

ADULTOS

As páginas educativas destaedição: "Corografia Pitoresca doBrasil" e "Quadros da Nossa His-tória", são parte de coleções que.stamos publicando. Procure cole-.ioná-las, adauirindo as anteriores.

digaque eulhe disse:

-Úsoe nao mudoJUVENTUDE

ALEXANPJIEPARA A BELLEZA DOSCABELLOS E CONTRACABELLOS BRANCOS

O TICO-TICO — 16 Março — 1942

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.^C-'

Minha PátriaVICENTE GUIMARÃES

Eu gesto dc _i__b_ pátria,Gosto muito do Brasil;

De seus campos, suas matas,

Deste lindo céu de anil.

Tudo é belo em minha pátria:

Seus pássaros reais cantores,

Sua terra mais fecunda

E mais lindas suas flores.

Seus rios são caudalosos

E seu céu é mais azul,

Onde, entre lindas estrelas»

Brilha o Cruzeiro do Sul.

Tudo c grande em minha pátria:As cachoeiras cantantes,

Às montanhas, as florestas.

As minas de diamantes...

E* muito grande o Brasil,

Não cabe neste salão,Mas trago-o todo inteirinho

Dentro do meu coração !

À

t)

.

¦>>'«_.'->' .-.¦•^ . .-C. "Cs." :... ._.*v__

MINHA TERRAADALBERTO MARROQU1M

Minha terra! O que eu chamo minha terraE' uma geira de humilde condição,Pobre de tudo o que a cidade encerraMas milionária de vegetação.

Ali, a alma da gente se desterraPara o silêncio da contemplação,Aspira-se o ar puríssimo da serraE guarda-se mais casto o coração.

Amo pois minha terra com ternuraPor tudo o que ela tem, pela canduraDo céu, pela aspereza do alcantil.

Amo-a porque é a razão desta saudade,Amo-a porque sem nome e sem vaidadeE' também um pedaço do Brasil.

. "Q>_^>r">'C. __• _> <> •>"_.

i.

Como os nossos poetaste em cantado o

BRÁS I L

BRASILHEU MENEGALB

Passam marchando soldados.— rá-tá-plã 1

Vão firmes, enfileirados,ao claro sol da manhã.

Os clarins estão vibrando— tã-rá-rá!

E brilham, rebrilham, quandoa luz do sol neles dá.

Agora, passa a bandeira!Tiremos nosso chapéu :vai a pátria brasileiranas dobras daquele véu.. .

Março — 1942 17 — O TICO-TICO

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PASSATEMPOS

^it£gí3íi3s

Aqui teem vocês dois gatinhos etim garoto paia vestir. Coletiem cartolina e recortem as rodobrando aquelas linguetastiáz, e tudo estará pronto.

No chapéu do garoto, a linha iu-terfomnida mostra o lugar dote por onde deve entrar a calNa tira entre os d"interrompida indica onde sedobrar (para. triz) em ângulo nãomuito fechado, para que os gatiuh i -possam ficar de pé. Se vocêsrirem as figuras,.a ¦ í melri ri .

(° 1 \ \i ) Jk. \

K/y/

,j*_->_J*^^_. J»-*v\

MISTÉRIO?— Nada de mistério. <> desc-

nho acima, à primeira vista, (_-rece ter sido feito por uma ha-

rala (jue caiu no .inteiro. Mas

se .ocê inclinar O TICO**TIC< »

horizontalmente, c olhar de lon-

ge. pondo os olhos à altura da

página, verá o que é. . .

O TICO-TICO — 1S Março —. líH,

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<w^^mí A PÁGINA DAS MENINAS1 __$ -^ dTV _ ¦¦

C^ <7Á V»__íí _E_Í^?/E ^& M

Manjo — 1942 19

NOSSAS LEITORAS. QUE NA EDIÇÃO •

PASSADA TIVERAM UM LINDO MO- \DELO DE CAIXA DE COSTURAS, HOJETEEM AQUI UM BRINQUEDO MAISSIMPLES, MAS IGUALMENTE INTERES-SANTE.

E TAO SIMPLES QUE DISPENSAQUALQUER EXPLICAÇÃO. NAO ACHAMMESMO ? BASTA OLHAR. PARA VÊR DOQUE SE TRATA.

O TICO-TICO

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Mmmmwm __

. (CJXTJNl/AÇÃO PA PAG. £0

bora estejamos em plena Primava-ra. A fada minha madrinha assegu-ra que isso é sinal de que só te es-peram, nessa viagem, desolação,desengano e morte.

Tito nem fazia caso de suas ad-vertencias, e ainda zombava de seutemor.

Ao menos — pedia ela, aflita— manda benzer a frota em que vaisde viagem. Ou então leva na tuanáu o Padre Felix, que é um santo,pois isso te poupara muitas des-graças.

Mas intervinha o mago Isola ese opunha e Tito cedia.

Certa manhã o rei, que não ti-nha querido aceitar nenhum sacer-dote entre os tripulantes, sem tedespedir da rainha, nem do filho,deu ordem para soltar as amarrase para que as embarcações se fi-zessem ao mar. O rumo que leva-va, ninguém sabia. Era rumo des-conhecido.

A navegação durou muitos me-ses. Realisou-se, aliás, sem contra-tempos pois Isola possuía podersobre os elementos, e cada vez queas nuvens se reuniam, prenuncian-do tormenta, éle as dispersava, ese as ondas do mar se iam encres-pando, logo, com um gesto, as se-renava.

Certa ocasião, quando ambospasseiavam pela coberta da náucapitánea, apareceram duas gran-des corujas, solenes, soturnas, e de-pois de voar em círculos sobre onavio, pousaram na travessa do mas-tro grande, onde permanecerampor longo tempo imóveis.

O rei olhava-as com indiferença,mas o mago continuamente ria dospios que trocavam entre si os doismôchos gigantescos. Afinal o reiperguntou por que estava rindo eéle respondeu :

E' que, magestade, eu enten-do o que essas lindas aves dizemEstão falando sobre nós.

Aquela da direita, que parece umprofessor vaidoso, mora em som-bria caverna onde jamais entrouraio de sol, e tem a pretensão de co-

nhecer o destino dos homens cal-culando a marcha dos astros. A ou-tra é seu discípulo e escuta as li-ções com profunda atenção.

Bem : e que diz esse malditoavejão 7

Diz assim: "Esse monarcaambicioso se deixou iludir pelasconversas do bruxo velho e largouesposa e filho para correr atraz dequimeras ! Fez mal! Sua estréia nãopressagia boas coisas... E' uma es-trêla brilhante, é certo, mas temmanchas avermelhadas e isso signi-fica que há muito sangue em seuporvir".

Isola calou-se.Continua ! — gritou o rei. —.

Quero saber tudo IO môcho mais novo sugeriu

agora. "Se é assim, mestre, porquenão avisar o rei para voltar ? Dize-lhe que de nada lhe servirão os te-souros do mundo, se lhe faltar atranqüilidade da alma" — "Se eulhe dissesse isto (replicou o profes-sor) éle não daria valor ás minhaspalavras. Não sabes que despresouos conselhos da linda e bôa rainha

so sacudiu seu bastãocontra as duas aves,que levantaram vôo ese perderam, logo de-pois, no horisonte.

Depois desse acon-tecimento, passou amostrar-se sombrio etristonho. E só voltoua apresentar alegriaquando, depois de vá-rios dias de navega-ção, desembarcaramem uma ilha despovo-ada, formosíssima, co-berra de vegetação, ena qual se gosava atdelícias de um climaadorável.

* * *

r_ ESPE que desem-barcaram o ma-go se mostrou

dócil para cumprir asordens do rei. Nãoapenas o levou a visi-tar a ilha como lhemostrou paises extra-ordinários, como núm

_—¦ jf^j^y JL*t~ ^^n_f^^^^________ ¦ n Ri u_l ^^^^^^____

_____________________ __H___________________i

; I

Ana ? A pobre está a definhar dedesgosto entre seus rosais..."

O rei não quizouvir mais. Furio-

\%y.W'/^H ' \-Jm\mW^¦ 5L ^_2__H -_____*__^_______H __¦

narca só desejava riquezas e o ma-go, que sabia disso, depois de o[deixar desejoso durante longo tem-po, levou-o ao pé das montanhasde ouro, que eram altíssimas, derocha duríssima e cobertas eterna-mente de neve.

Aí, então, o mago tirou de umacaixa um amuleto, que bateu con-tra a pedra, e pronunciou certaspalavras cabalisticas, invocando ogênio guardião dos metais. O gé-nio não se fez esperar: apareceu,em forma de horrendo dragão compatas de leão, lingua de serpente eolhos que lançavam fogo.

O rei, que era valente, não deusinal de medo, e Isola falou com odragão como a um antigo conhe-cido. Disse-lhe coisas em idiomamisterioso, e o monstro parec*

O rei autorisou então o mago aque contratasse homens de todasas partes do mundo, de todas ascategorias, a qualquer preço, paraserem submetidos a penosos traba-lhos.

Os infelizes eram obrigados aavançar no escuro, por baixo dasmontanhas, atraz dos filões de ou-ro, e quasi todos morriam no meioda tarefa, para satisfazer a fomedo monstro, que os devorava. Orei, entretanto, nem notava o queocorria...

A medida que o número de vitimas subia, a montanha ia dandotesouros e tesouros, e nessa luta enesse sacrifício de vidas se passa-ram anos e anos.

Certa noite o mago veio ter como rei Tito e, mostrando-lhe uma luzmuito longe, convidou-o a que oacompanhasse.

Atravessaram sombria selva evoaram ao cume de altíssima mon-tanha, montados em dois cavalosnegros com asas, luxuosamente

Depois disso, o pri-(ioneiro esperava queTito lhe concedesse aliberdade prometidade acordo com o pa-cto. Mas o rei se ro-cusou a reconhecer ocompromisso. E o ma-go, indignado, lhe lan-çou em rosto sua in-gratidão e sua desle-aldade.

Depois, furioso, pro-nunciou palavras caba-tísticas, bateu no sólocom seu bastão e pe-diu á Terra que o acei-tasse em seu seio. Aterra se abriu estrepi-tosamente e o magodesapareceu.

O rei fez transpor-tar para bordo de suasnaus aquelas riquezastodas e regressou ao

•— Como é velho o rei 1 — diziamos jovens que o viam passar.

Por fim, a comitiva chegou aopalácio.

Mal entrou em seus aposentos,Tito avistou uma anciã que fiava ároca, e soltou um grito, reconhe-cendo nela a esposa que abando-náro. A rainha Ana olhou-o comolhos tristes e assim falou :

— Ah I E's tu ? Tu, meu marido,o rei poderoso e audaz ante o qualtremem todos os poderosos da ter-ra I Como te demoraste I

Ao partires, eu era uma princezabela, joven, e me deixaste para cor-rer atraz de aventuras. Agora, osanos me fizeram fenecer, como aosmeus rosais...

O rei ouvia estarrecido, sem que-rer dar crédito ao que ouvia. Omundo inteiro, seu palácio, os cam-pos que havia atravessado, as ma-ravilhas que tinha visto, o ouro que

juntara, as jóias que conse-guira, tudo lhe parecia coi-sa estúpida e sem nenhumvalor, pelas quais não va-lia a pena ter sacrificado ajuventude e a vida.

Foi quando o "bobo" dopalácio, um anão perten-cente á rainha, começou azombar:

Que velho e feio ástu, senhor rei I Que velho efeio és tu, senhor rei I

A rainha continuou comtristeza :

Lembras-te ? Tinha-mos um filho, belo comouma manhã de primavera !A pesta o matou. O pobre-zinho erguia os braços aocéu chamando "papai!

pa- H

paizinho I" mas o pai es-

tava longe, procurando riquezaiprocurando ouro... Oh, rei ! QuDeus te amaldiçoe I

Ana, perdoa-me — pediu %to, caindo de joelhos.Afasta-te de mim. maldito

foi a resposta da rainha.O rei, então, saiu. Procurou a rua

para respirar. Precisava de ar livre !

Na primeira esquina encontroíum alto dignitário que o saudoujulgando lisongeá-lo :

Salve I Homem mais rico d<mundo I Salve I Homem feliz !

Tito respondeu, soluçando :Enganas-te, homem! Sou t

mais desventurado, isso sim I Perdmeu filho. Perdi minha mulher. Per-di a mim mesmo...

Uma caterva de mendigos cacompanhou, daí por diante, in:plo-rando esmolas. Deu-lhes tudo o quelevava.

Então Tito chamou um sacerdo-te:

Padre — disse — em nomede Deus, tomai tudo o que tenhoe distribui com esses infelizes, em-pregando o resto em obras de ca-ridade e beneficência. O que so-brar, jogai ao mar. Nada mais qu9-ro para mim I

A noite, como um fugitivo, aban-donou a cidade. Vagou febrilmentepelos campos, sem rumo, enlouque-cido. Afinal, cansado, sentou-se.uma sombra misteriosa se ergueuao seu lado : era Isola.

Pronto !... Agora já és o ho-mem mais feliz e mais rico da terra.

E' verdade que és também umvelho decrépito, horrivel... Sacrifi-caste a vida, a mocidade... De quete serviu isso ? ! Já não acharás paz

(Continua adiante)

sonho.. Penetra-ram em selvasemaranhadas esubiram a mon-tes imensos que..qyási alcança-vam o céu. Per-correram plani-des radiantes e

jares tenebrosos, onde, até en-tão, não haviam chegado seres riu-manos. Visitaram povoações de gi-gantes e de anões, que os olhavamcom assombro.

Todas as belezas que Deus crioupara goso do homem, lhe foramoferecidas. Mas o ambicioso mo-

contente, pois imediatamente dei-xou de lançar fogo pelos olhos eordenou a Tito que se aproximasse.Então, as montanhas se abriram eem suas entranhas ofereceram ou-ro, prata, cobre e ferro em quan-.idade fabulosa, mas se tornaram afechar quando o rei estendeu amão para aquelas riquezas.

E quanto ao dragão, foi-se trans-formando aos poucos em escuranuvem, e acabou por desaparecer.

— O dragão é sanguinário ecruel — disse Isola — e exige emtroca das riquezas que te dei, víti-mas humanas. Sua voracidade é in-saciavel e não é fácil contentá-lo

I\ ____ W immmW

seu país, onde chegou depois depenosa travessia, sendo recebidoentre aclamações.

* * *

\^JM oficial de alta graduaçãodeu ao soberano as boas-vindas em nome do povo. E

éle se pós a cam.-nho do palácio.Mas, logo se de-teve.

TICO-TICO 20

ajaezados. De lá. olhando para bai-xo, o rei ficou deslumbrado com oque viu.

— Tudo isso é teu — disse Isola.Agora, sim, és o homem mais nCodo mundo. Ninguém se iguala a tism riqueza e poder. Sobram-temeios para erguer palácios com co-linas de ouro maciço e tefhas deprata polida. Põe toda essa riquozaem teus navios e retorna 1 tua Pá-tria I

íM&tr^,

Onde estão os príncipes, mar-queses, duques, condes, cavalhei-ros. todos aqueles cortezãos queformavam minha cõrt» ? 1

Só eu ainda vivo — respon-deu um velho capenga. — Muitosmorreram combatendo. Outros de-sapareceram na época da pesteque. assolou o país. Eu te reconheci,apezar dos estragos que os anoste causaram. De nossa geração,poucos restam.

21 Março — 1942

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M*\{V*fVh «tAV.V<

MUSEUESCOLAR

_?IV",V^J i_vv

yhi-i."

Existe na África um rio tão rico emcompostos sulfurosos que não se en-contra em suas águas nenhum animal

vivo!

Certas árvores de grandes di-mensões retiram do solo dia-namente cerca de 500 baldes

comuns de água.

Ha beija-flores tão pequenos queao morrerem se mumificam ficantfbperfumados como as flores de que se

alimentavam!

E' errada a noção muito di-vulgada, que se pôde avaliara idade de uma cobra casca-vel pelo número de guizos

da ponta da cauda-

35-'«O-**^mm\\\â* ^

JS^

As gaivotas de vôos tãograciosos são capazes dcviver mais de 40 anos eraramente morrem antes

dos 30.

As flórei geralmente só de-sa brocham em uma mesmaplanta uns poucos anos (I a5). Estas AMARYLLIS feno-menais desabrocham em 43

primaveras consecutivas.

m-¦o

Há uma espécie de liana ou cipó queé capaz de estrangular troncos 100vezes mais grossos perturbando o seu

desenvolvimento!ir

O percevejo do mato que aqui ve-mos é um exemplo rarissimo de amor' materno. Protege os filhos pequeni-nos ao sairem dos ovos como uma gali-nha zelosa aos seus pintinhos!

O TICO-TICO Março 1942

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BI

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AHPM10 JOÁOO HE&Ol ÍE &OW»ÀftO*5

Era em plena guerra do Paraguai.Francisco Solano Lopes, ultimo dos ditadores para-gucáos, cujo governo foi dos mais tiranos e despóttcos quea America tem visto, incitava os seus a nos guerrear, am-bicioso do domínio. Isso porque o Brasil, enfraquecido, e'

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de Olinda, que se dirigia à província deMato Grosso, com o presidente da mesmae grande carregamento de ouro. O terri-torio brasileiro foi invadido em vario*pontos, tendo de inicio, Lopes, enviado umexercito paraguaio contra a região sul-matogrossense. AL levantava-se a colôniade Dourados, entre os raros destacamentosmilitares que então assignalavam a nossafronteira. Comandava esse destacamentode Dourados o tenente do exército AntônioJoão Para o sul de Mato Grosso, comoficou dito, dirigiu Solano Lopes, sob o com-mando do coronel paraguaio Desquim,forte tropa, numerosa e muito bem armada.

/%%clêa*ú- ' / /^S^X \ ^\j

Na pequena colônia militar de Dourados, via Antônio João a inutilidade"de uma resistência quase que impossível, onde todos iriam perecer,irremediavelmente. Assim, não querendo ver sacrificada aquela gentemoça, de cujos serviços a Pátria precisaria depois, ordena que se retire ogrosso da sua tropa, ficando somente os que quisessem morrer pelo Brasil,voluntariamente.

Assim, escolheu onze dos seus soldados, onzebravos que se entregavam à morte, e para quetodo o Brasil soubesse que a retirada dos outros,premeditada e resolvida, não era por medo oucovardia dos nossos, mas, para evitar desperdiçarmaior numero de homens, inutilmente-

O TICO-TICO 24 Março — 1942

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OS GRANDES EPISÓDIOS DA NOSSA HISTORIA

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y^mmJ V ^0^2***^"^ y£^yA^0: >*>nn v^\ v^^A^\ \

^lo» aeJo«»*f ' S»ff? _tf»_2._ —^Pouco depois, quando todos já se haviam despedido

para sempre, o poderoso destacamento paraguaio apontano horizonte, avermelhando tudo com o encarnado dasfardas dos milhares de soldados ...

... E vieram, o Antônio João, com os seusonze, ioi encurralado pelo inimigo, em numeromuitas vezes superior. Intimados a que se ren-desse, os nossos içaram o pavilhão auri-verdee a resposta foi "Viva o Brasil 1 V;va o Império" 1e os onze iuzis dos nossos detonaram simulta-neamente.

Uma rajada de fogo partiu do lado dos paraguaiose centenas de iuzis inimigos fizeram ouvir os estampidos,por varias vezes, contra os nossos onze, que tombaramensangüentados.

riílf V>V**.«_. í ^«-§&AA\y Ai/ -L****5^ iDà°^a^^o^^^_^«_- y 2 2 i

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Manjo — 1942_x 25 O TICO-TICO

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aa ji . <rv -jf\ Para recort ir e armar —n ^s^mmmmm

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<<___*_O TICO-TICO Março — 1942

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AVENTURAS DE UM f JOVEN BRASILEIROi JO

___

E COM A AGILIDADE DE UM F^LlNítT^^^^^^j: . ("_ EXTRANHcTeSTE Jl§E ^v\ / ChUOAS QUE N^ !©>

O TICO-TICO 28 Março — 1942 \A Março — 1942 29

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O TICO-TICO

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V

RA uma vez um homeme uma mulher que ti-

nham treze filhos. Doze tinhamuns nomes que aqui pareceriammuito exquisitos mas que sãomuito freqüentes nos paises doNorte: Cabeçadura, Pes-coçotêso, Dedosgrandes,e o resto neste gênero.Mas quando chegou omomento de dar o nomeao último dos filhos, nemo pobre pai nem a mulherpoderiam ter encontradoum que melhor lhe ficas-se, devido ao aspecto pra-zenteiro do petiz, do queGênio Alegre.

Quando este chegou àidade de cuidar dos rt-banhos do pai, assim o"fez. Nesta ocasião reali-zava-se uma feira à qualcorreu o país inteiro.

Ds toda a parte vierammercadores e feirantes.O pobre homem sobrequem pesava a carga detào numerosa f a m i li apouco podia dar aos filhos-para comprarem algumacousa; mas como só haviafeira de sete em sete anos,abriu a bolsa de couro emque guardava as suas eco-nomias e deu a cada umuma moeda de prata.

Nunca os moços se ti-nham visto eotu tão avui-tada quantia e, fazendomil cálculos sobre o quehaviam de comprar ves-tiram os seus trajos do-mingueiros e foram comos pais para a feira. Haviamuitas cousas que com-prar com uma moeda deprata- e por isso, quandochegou a noite, doze dostreze meninos tinhamgasto o seu dinheiro. To-dos menos o Gênio Ale-gre. A razão por que êle aindaconservava a moeda no bolso eraporque tinha ficado muito encan-tado com um violino, e apesar dehaver muitos na feira nenhumcustava uma moeda de prata.

Uma loja de violinos pertencentea um moço d'uma terra distantetinha muitos compradores porqueos seus violinos eram novos e bo-nitos, mas, pelo contrario, nãomuito longe d'ali, estava sentadoum homenzinho de cabelo grisalhoque naquele dia tinha sido o pra-tinho de toda a gente, porque nãotinha na sua loja mais que umviolino muito velho e com todasas cordas partidas."Quer comprar um violino?"disse, êle a Gênio Alegre, quandoeste passou pela sua loja. "Vendo-lh'o por uma moeda de prata. E'muito barato. Arranje-lhe as cor-das e não encontrará depois ne-nhum melhor em todo o país".O TICO-TICO

Gênio Alegre pensou* que poue-ria concertar o violino enquantoguardava o rebanho de ssu pai.Deu a moeda de prata ao homen-zinho, agarrou no violino e ficoucom êle. "Agora afude-me a desar-

O M E NIN o}VI°LINISTAai„„, .„...„ .„. „r- . balho ou dos grãos. Isto ainda mais grande porta de ferro fechaGênio Alegre tentou arranjar as

cordas; porém, como lhe tinha ditoo homenzinho não conseguiu en-direitar nenhuma. Gênio Alegre ti-n|ha perdido a afeição de todos osseus, excetuando a mãe-; e final-

mWmÊmmmWmmm^t^T

—mW^mmmiÊm HÜH

mar a minha loja; dir-lhe-ei cousasmuito interessantes sobre este vio-lino. E' certo que as cordes nãose podem arranjar, nem se podempôr outras novas a não ser quesejam fios de fiandeiras nocturnas,mas se os puder conseguir devemvaler-lhe uma fortuna".

Gênio Alegre foi reunir-se aoresto da sua familia e todos juntospuzeram-se a caminho de casa.Quando chegaram, cada um foimostrar o que tinha comprado;todos os irmãos se riram do violinode Gênio Alegre por êle ter com-prado um instrumento sem nuncater aprendido música. Os_ irmãosperguntaram-lhe que música iriaêle tocar com as cordas todas par-tidas, e o pai disse-lhe:"Foste

pouco prudente, gastan-do a primeira moeda que te chegouàs mãos; julgo que não terás mui-tas mais que gastar".

mente decidiu ir pelo mundo pro-curar fortuna. Com esta tnnnçào,uma bela manhã de verão,, saiu décasa com o violino d:baixo do bra-ço. Naquele tempo nâo havia estra-das no país e o menino teve queatravessar montes e valep e depoisde ter passado por um terreno es-carpado, que lhe deu muito traba-lho, chegou a um vale inteiramentecoberto de giestas e silvas. Cansa-do de tão grande caminhada, pa-rou, pensando que caminho haviade tomar, quando do lado do valeviu chegar um homem três vezesmais alto e corpulento que qual-quer homem do Norte. Levava aosombros uma pesada carga; era umcesto cheio de poeira do caminho."Ouve lá, mandriào", disse ogigante aproximando-se do menino."Se vais para os lados do bosquenão sei o que te acontecerá, masse preferes seguir por este atalhoajudar-me-ás a levar o cesto"

30

'Está bem, tiozinho", respon-deu Gênio Alegre. "Parece estarcansado e como eu sou mais novoposso ajudá-lo a levar a carga".

Assim que acabou de falar, ovelho deitou-lhe a mão. amarrou-

lhe aos ombros uma dasduas cordas que o cestotinha e foi sempre em-birrando e contendendocom êle enquanto anda-vam pelo pedregoso ca-minho.

A carga era pesada eo piso era máu; apesard'isso, Gênio Alegre pôs-se a cantar uma velhacanção que a mãe lhetinha ensinado. A noitecaía, fria e escura, quan-do eles entraram no vale.O velho nào deixava deimplicar com êle e GênioAlegre viu que tinhamchegado a uma cabanaabandonada, a julgarpela porta que estavaaberta de par em parO ancião parou, tirandoa corda que tinha aosombros c depois aquelaque Gênio Alegre sus-tinha."Sete vezes sete anos",disse, "carreguei com estecesto e até agora ninguémme tinha ajudado a leva-lo, cantando. Onde que-res dormir: na cozinha.perto do lume ou nestafria cabana?"

Gênio Alegre achavasuficiente o tempo quetinha andado em compa-nhia do velho e por issorespondeu logo:"Na cabana, tiozinho"

Entrou na cabanaabandonada. O foçào pa-recia que há muito tem-po nào. tinha lume. Nâose via nem um só movei.

O menino estava muito cansado,deitou-se a um canto, abraçado aoviolino, c adormeceu.

A terra era dura e o fato muitoligeiro, mas enquanto ele dormia,ouvia um doce som de vozes quecantavam e de rocas que fiavamNo dia seguinte, quando GênioAlegre abriu os olhos, imaginouque tinha sonhado. Comeu sozinhoa metade de uma torta, bebeu ás>uanum regato que havia perto e saiua vêr o> vale. Este estava cheio etodos os homens pareciam muitoocupados nas suas casas, nos cam-pos, nos moinhos e nas forjas. Unsbatiam na bigoma e outros cava-Vam; as mulh.res lavavam c até a«crianças trabalhavam sem descan-so. Gênio Alegre não ouviu umapalavra nem uma troça da bôeudaqueles trabalhadores. Todos pareciarr ter uma expressão triste epensativa e se alguma palavra sepronunciava era a respeito de tra-

Março — 1942

1

balho ou dos grãos. Isto ainda maisencantou Gênio Alegre, pqr lheparecer que aquela gente era rica.

As mulheres lavavam, vestidasde seda, homens cavavam, com fa-tos de belos tecidos. Em todas ascasas viam-se cortinascarmezins, pavimentos demármore, prateleiras com.taças de prata, mas seusdonos pareciam não se in-teressar~por isto e todostrabalhavam como se fôs-se para ganhar a vida.

A meio do vale, eleva-va-se um majestoso cas-telo. As portas estavam •abertas e Gênio Alegreaventurou-se a entrar.Na mais alta torre destecastelo, onda também sctrabalhava, viu sentadaà janela uma nobre se-nhora, ricamente vestidade cinzento. Os seus ca-belos eram grisalhos oseu olhar triste e som-brio. Em volta dela es-tavam sentadas doze me-ninas, fiando em velhasrocas. A dama fiava co-mo elas, porém todo ofio que faziam era negrocomo azeviche.-

Ninguém, riem dentronem fora do castelo, fa-lou a Gênio Alegre, nemrespondeu às suas per-guntas; estavam todosocupadfssimos. GênioAlegre andou todo o diavagueando de cá para lácom o seu violino de cor-das quebradas, e todo odia viu o gigante darvoltas com a sua cargade poeira. Ao anoitecer, GênioAlegre encontrou o velho junto àcabana deserta e, não podendodominar a sua curiosidade, per-guntou-lhe:"Tio,

que jogos são aqueles emque se entreteem os habitantesdestes vales?""Jogos!" exclamou o anciãomuito furioso; "na terra da damatriste não há jogos."

Naquela noite não dormiu tãobem, mas não duvidou que todaa noite tinham estado fiando e can-tando ao pé dele

O dia amanheceu nublado

grande porta de ferro fechada acadeado. Ao pé havia um pavi-lhão branco, e à porta um solda-do manêta, de elevada estatura,fumando um grande cachimbo.Era o primeiro homem desocupa-

guem saiba porquê, pois os velhos vestidas de branco, fiando nasque 'disto se lembravam morre- suas rocas de prata e cantandoram. Uns dizem que é por causa como as cotovias.d'um anel mágico que cafu dosdedos da dama, e outros atribuema um manancial do pateo do cas-telo que secou. Seja o que fôr adama transformou-se na SenhoraTriste; as fadas fugiram; o gigan-te Braços Longos envelheceu ecarregou-se com um grande cestode poeira, e nunca mais se viram

do que o menino via no vale.Como o seu ar lhe inspirasse con-fiança, disse-lhe:"Senhor soldado, pôde dizer-me que país é este, e porque éque os seus moradores trabalhamtanto?""Segura-me no cachimbo e eut'o direi", respondeu o soldado,"porque ninguém mais gastarátempo com isso.""O vale pertence à senhora quemora naquele castelo que se vêali em baixo, a quem chamamoshá sete anos sete vezes a SenhoraTriste. Quando era nova tinhatempestuoso, mas o menino ob- «outro nome. Chamava-se a Senho-servou que havia sempre o mesmo

labor para qualquer lado que sevoltasse, e o velho gigante fez asua costumada ronda com o cestode poeira ao ombro. Gênio Alegreandou, ande até chegar ao ex-tremo »qUí. já não viugente a traoainar. A terra eraestéril e solitária, e rodeada derochedos tão altos e escarpadoscomo se fossem muros dum cas-tejo: Não havia sitio nenhum por\onde se

"saísse a não ser uma

Março — 1942

ra Pouco-importa, e então o valeera o mais belo lugar de todos ospaises do Norte. Braços Longos,o último gigante, guardava obosque, e quando não dormia aosol, cortava troncos. Duas meni-nas louras, vestidas de branco,vinham de noite com as suas ro-cas de prata ao ombro e fiavamfios de ouro, ao pé do lume, emtodas as cabanas. Passavam-se

as fiandeiras noturnas. Diz-se queisto não terá fim enquanto a Se-nhora Triste não deitar fora o fusoe se não puzer a dansar; mas to-dos os violinistas do Norte expe-rimentaram as suas peças maisalegres e nada conseguiram.""Se eu pudesse arranjar o meuviolino, tenho a certeza que fariadesaparecer essa tristeza", dissea criança; e foi logo para a ca-bana abandonada.

Era tarde quando lá chegou. Alua brilhava, cheia de encantos;estava dissipada a névoa que tinhareinado durante o dia. Gênio Ale-gre pensou que aquela era umabôa ocasião para se escapar dovale. Nãô havia ninguém ali pertonem se viam sinais do gigante; masquand' o menino chegou à encru-zilhac"a encontrou-o. Gênio Ale-gre quis passar sem que êle ovisse, mas Braços Longos des-pertou, e apedrejou-o.

O menino correu tanto que ogigante o não alcançou. Quandochegou à cabana viu-a ainda aber-

então bocados muito alegres. Mas ta e cheia de luar; junto ao fogãoagora tudo mudou, sem que nin- sem lume estavam duas fadas

Gênio Alegre gostaria de passara noite a ouvir aqueles cantos;de repente lembrou^se que aque-Ias fadas deviam ser as fiandeirasnoturnas, cujos fios serviriam paraarranjar o seu violino, e* disse-lhes."Boas Senhoras, peço-lhes quedesm a um pobre moço uns fios

para êle arranjar o seuviolino.""V a i apanhar lenhapor todo o vale e acende-nos o lume, e depois cadauma de nós te dará umfio."

O menino agarrou noseu violino e foi por todoo vale apanhar a lenhaà luz da lua mas comoos habitantes do país daSenhora Triste erammuito cuidadosos, apenasencontrou um ou outrotronco seco e a luz daapagou-se antes que Slepudesse voltar para a ca-bana com umas achas.

A porta continuava aber-ta, mas as fadas, com assuas rocas de prata, ti-nham desaparecido; fi-cou muito surpreendidoquando viu que tinhamdeixado nos seus lugaresdois fios de ouro. Entãoo velho e empanado ins-trumento começou a fa-zer-se brilhante até quese tornou de ouro.

O menino ficou tãocontente com aquela ma-ravilha, que, sem se lem-brar que não sabia mú-sica, quis tocar, e, assimque chegou_ o arco àscordas, o violino começoua tocar por si só a mes-ma canção que as fadas

liandeiras tinnam cantado."Algum trabalhador deixará otrabalho para ouvir esta música",pensou Gênio Alegre; e foi an-dando pelo vale com o seu violino.

A música impregnava-se peloar; o povo ouviu-a no país da Se-nhora Triste e não houve outro diacomo aquele. Todos ficavam si-lenciosos e encantados, enquantoGênio Alegre passava, tocando noseu violino. Quando chegou aocastelo da Senhora Triste a rocacom que fiava parou-lhí nas mãos.A criança tocou desde o vestibuloaté chegar ao pé da senhora, aqual deixou cair a roca e começoua dansar com grande entusiasmo.Todas as damas fizeram o mesmo,e à medida que dansava a senho-ra ia-se tornando mais nova. Jánão era a Senhora Triste, mas aDama Poucoimporta, com cabe-los de ouro e olhos risonhos.

Um grito de alegria resôou portodo o vale. Braços Longos atiroulogo fora o cesto de poeira e dei-tou-se a dormir ao sol. Naquela

(Termina no fim do número)

O TICO-TICO

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Os Lenhadores e a Uiára

UM

lenhador deixou cair o machado no rio. Deses-

perado de rehaver o seu ganha-pão, assentou-se,na barranca, a chorar a sua desgraça.

Uiára, a mãe d'água, ouvio-o, apiedou-se e veiu àtona com um machado, que brilhava ao sol. Era todo

ouro.E' o teu? — perguntou.Não, não é esse o meu, respondeu o lenhador.

Uiára, a mãe d'água, mergulhou e, quando emergiu,com a cabeleira de algas gotejantes, trazia um machadode prata.

E' o teu? — perguntou.Não, não é esse o meu, respondeu o lenhador.

Ainda uma vez a mãe d'água, de olhos verdes efirmes, afundou na corrente e, quando reapareceu, traziaum machado de ferro.

O meu machado! — exclama, contente, olenhador.

Então é este? — indaga a mãe d'água.E' êle mesmo! — afirma o lenhador.

A Uiára leva o búzio aos lábios e tira um som agudo.-¦o por encanto rompe do seio das águas o machadoouro e o de prata.

Toma a Uiára os três machados e os dá ao lenhador.

Em casa, contou êle, sem descer a pormenores,. aum camarada, o que acabava de lhe acontecer.

Que mina! exclama o confidente num alvoroçode inveja e cobiça.

E sem tardança, pega o seu machado e desata acorrer para o rio.

Como o ambicioso estremece de alegria ao ouvir orumorejar das águas afortunadas!

Acelera a corrida, não corre, vôa, e logo alcançaa barranca. Atira o machado à corrente, assenta e desfe-cha em lágrimas, lamentando-se em alto brados:

O meu machado! Ai de mim! Que hei de fazer

sem êle?A mãe d'água não se fez esperar. Veiu do fundo

com um machado de ouro, igualzinho ao que ela dera

de prêmio à probidade do primeiro lenhador.E' o teu? — perguntou.E' o meu! E' êle mesmo!... Isto é que é sorte!

respondeu o mentiroso com os olhos pregados no ourodo machado.

Mas, para seu desaponto e castigo, a Uiára chirriauma gargalhada de desprêso e mergulha, deixando àflor das águas o lençol esgarçado das espumas...

Triste e arrependido, chegou em casa o ambiciosocom u'a mão atrás e outra adiante.

O TICO-TICO 32 Março 1942 À

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JmW$sfàt&tà&&&^ Üa ^_. BÊr ií',*íí'^.>^^^^W^_\WmmmmWa^r'' ^V KAá^ v?|X

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O TICO-TICO 34 Março — 1942

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0s fio sais cia jlaíiifyá(Conclusão da pagina 21)

que é melhor. Vamos /. Vemioniigo. ...

E o mago lhe pegou a mão.— Larga-me! Larga-me! Não

quero, ir ao inferno contigo! Lar-

ga-me !í O brusco movimento que fez,nara escapar das garras do demo-nio, o despertou. Tudo fora unsonho...

0 rei acordou e olhou em torno.Ao seu lado dormia a joven

esposa, deliciosa, cheia de ternura.Sentiu que uma grande .

descia ao seu coração.Vestiu-se', sem o a_/. stits

camareiros e se-dirigia paiprincipal do Palácio, onde

dava audiências, ordèientão, várias p

dências.Mais tarde, tendo ao

lado a rainha e ceide seus ministros, inan-dou que trouxesse/v. omago Isola.

Desejas a liberda-de ? -—'¦ perguntou-lhe orei.

.Soa leu escravo c teu

prisioneiro- — disse o sá-bio Isola, polidamente.Mas espero que tua jus-

me restitua a liber-dade, que é o don mais

precioso do homem..—* Es livre! — disse

ò rei.Um sorriso feliz bri-

lhou no semblante da

Rainha.Os cortezão.s. que igno-

ravam a tremenda merti-ficação que os céus ha-

o ao desme~

dido orgulho do monarca, em so-nhos. ficaram assombrados. O magodobrou o joelho e agradeceu aorei.

Depois, disse à rainha, respeito-samente:

— Senhora, vossa majestade, êtão formosa quanto bôa. Estes ra-mos — e tirou do peito alguns ra-mos secos — teem a virtude de

fazer a felicidade de quem osir e deles cuidar com carinho..

Onde quer que 'vossa majestade

os plante, darão flores perfumadastodo o ano. Teem, ai •¦. um

poder misterioso: faz do-nos_ conservar loi e juven-tv.de, ape ) (o'rrer do teiV Quando a neve dos anos

coberto, a cabeça de -fossas m

tades, vosso espirito7 senhora, con-,tinuará a brilhar sem envelhecer,

pois mereceis esta graça por vos-sos sentimentos. Cuidai, majestadedestes ramos e sereis feliz. -

A rainha agradeceu e deixou zsala.

Desde então a bela Ana c.icom redobrado carinho dos rosais,que se mantinham sempre floridose que o povo admirava. Oviveram felizes e Tito se conver-tou em um soberano i, me-deslo e generoso.

Viveu muitos anos c,

passeiava pela cidade aorainha, distribuindo ;pobres, sendo abençoa ¦

tos.

A INSTRUÇÃODA INFÂNCIA.POR MEIO DO

jd9Hn____^HÉ^I^M ^^Hfe.kI ¦TiTi f "P * yr À J5 E

mrMÍ __È I *^^mY_^B ^^^B '

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DESENHO ETC.fácêíérJ c/e catálogo^ dINDUSTRIA do LIVRO LTD»vua da mmoen 54 ~ safaado

RIO OE JANEIRO

s' .'fasesda Lua

.Observemos a lua du-rante várjás noites con-sectitivas. •' Notareiriõs queêste satélite, da' terra"percorre" o espaço sem-pre na mesma direção do

-"ocidente para ' o oriente.Seu movimento é rápido.Anotando a hora em quea lua "nasce" e" o ins»tante em" que

"desapa-rece", acharemos sempreuma diferença, de üm diapara o seguinte, de cercade três quartos de horapouco mais ou menos.

O aspeto da lua tam-bem nos chamará a aten-ção., pois .há mudançassucessivas desse aspetodurante o giro que efetuao astro em torno daterra em um período deproximamente 29 dias emeio. Eis aquilo que sedenomina fases da lua.

Março — 1S42 35 O TICO-TICO

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VAMOS FAZER AEROMODELÍSMO?ACOMPANHANDO

o surto dé in-teresse que vem despertando oaeromodelismó, O TICO-TICO

inicia hoje a publicação dc algumaspáginas dedicadas a essa instrutiva di-versão que é, ao mesmo tempo, umesporte.

Para iniciar damos hoje. a metadedo modelo de um avião, o "Tico í",na página ao lado, e a seguir os lei-tores encontrarão as explicações so-bre sua construção: E', como podemvêr, um modelo muito simples. Aosque já contam com alguma pratica,também o "Tico I" ha de proporcio-nar momentos, .bem interessantes,como avião experimental, pois o seuleme de profundidade e as suas asassão reguláveis, e a simplicidade daconstrução não impede que se ob-tenham bons vôos, longos e elegah-tes. Finalmente, aqueles de nossosamiguinhos que acharem difícil cons-truir o avião como vamos a seguirexplicar, podem, aproveitando os de-senhos, fazer de papelão as asas eleme, que devem depois colorir e en-íeitar.

Fuselagem — Nosso aviãoziimo nãotem fuselagem, ou seja, aquilo quenum avião corresponde ao corpo dospássaros. Ela é substituída por umahaste A, de pau de balsa duro, quedeve ser cortada segundo o desenhoe dimensões dados, e acabada comlixa 00. Para impedir as flexões queo motor de elástico tenderia aproduzir na haste, esta deve receberum contraventamento de linha decostura n.° 10 ou um pouco mais for-te, apoiado em varetas de bambu ci-lindricas, V 1 e V 2, fincadas e coladasna haste A. Na extremidade diantei-ra desta deve colar-se (*) o nariz ousuporte dianteiro do motor, B, feitodum bloco de balsa de 3 cm x 3 cmx 2 cm. A uma distancia de 8 cm. dessaextremidade façam-se, com taliscâsde balsa de 3 mm. de espessura, as 2calhas de fixação do trem de aterra-

(*) Usem cola âe madeira, cola-tudo, ou a cola rápida seguinte, mui-

j to empregada: 5 partes âe acetona,25 de celulóide, 25 de óleo de banana,1 de acetato ãe amilo ou âe outllo.

gem, uma em cada íace maior dahaste. Faça, unindo as duas calhas,um entalhe de 1 mm. de largopor 1 mm de fundo, na iace superiorda haste. Não se esqueçam, por fim,de cavar, na parte posterior da hasteA, os entalhes El e E2, onde vãodepois, respetivamente, colar-se osuporte trazeiro do motor, C, e alo-jar-se o eixo do leme de proíundida-de

Asas e lemes — São de construçãomuito simples. Nossos leitores devemprimeiro trabalhar, como desenhistas(régua quadrada, lápis e borracha),ampliando para o dobro, em folha depapel adequada, os desenhos que da-mos dessas partes. E' uma operaçãobem fácil, devendo utilizar-se o do-bro das dimensões dos desenhos.

As; nervuras (N, NI, etc.) das azase leme' horizontal não precisam serampliadas, pois já as apresentamosem verdadeira grandeza, i

Cortem agora em balsa todas aspeças, respeitando-lhes bem as di-mensões. As varetas e sarrafos, porserem retilineos, podem cortar-secom a ajuda de uma régua, de prefe-rência metálica, e uma lâmina gileteusada. A espessura de todos é 1 mm, 5,menos a dós sarrafos que constituemos bordos de ataque, que é de 3 mm.O suporte C também tem 3 mm de eS"-pessura e deve ser feito de balsa dura,para melhor suportar a tensão doelástico. Para as peças com elementoscurvos, sobretudo as nervuras, reco-mentíamos a confecção preliminar'demoldes de cartolina tirados dos dese-nhos com papel carbono e bem recor-tados. Utilizando esses moldes, ris-quem a madeira e depois-cortem-na agilete.

Devemos depois aparelhar, comlixa 00 ou 000, todas essas peças em-suas superfícies maiores (por ex.: umaface e outra das nervuras, das lâmi-nas que constituem os bordos de fugadas azas, etc.). Quanto aos contornosdas peças iguais, devem lixar-se to-dos de uma só vez, pbndo-se as peçaslado a lado, — o que é muito impor-tante para que fiquem o mais possi-vel, iguais, inclusive quanto ao peso.

Armar) — Vamos armar primeiroo leme de direção, D, que-c o mais sim-

pies.

M» M ML Uli JL 3

( PÍLULAS de papaina E PODOFILINA )Empregadas cum sucesso nas moléstias tio estômago

fígado ou intestinos. Essas pilul;is, além de tônicas, sâcindicadas nas dispepsias, dores de cabeça, moléstias dcfigado e prisão de ventre. Sao um poderoso digestivo <regularizador das funções gastro-intestinais.

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Preso o seudesenho a lápiscom cola ou per-cevejos, sobre amesa de trabalho,ou sobre uma ta-boa plana, come-cemos pelo con-torno, colan-do pelas extremi-tlades as peçasque o constitueme fixando-as noslugares respecti-vos, provisória-mente, por meiode alfinetes. De-pois se colam asvaretas internasnos lugares devi-dos.

Enquanto seca o leme de direção,passemos ao de profundidade: Pren-damos seu desenho sobre uma su-perficie plana, como já se explicouantes. A marcha da construção é¦aqui um pouco diferente. Prenda-seem seu lugar sobre o desenho, comalfinetes, a longarina L1. Colem-sesobre ela as 4 nervuras JV 1 e N 2 daparte central do leme, e introduza-seem seu lugar, aí se colando, a varetade bambu V3, que .servira de eixodo leme.

Colem-se, em seguida, as restantesnervuras, N 3, tendo-se o cuidado deJazer com que estas e os primeirosfiquem todos perpendiculares ao pia-no do desenho, o que se obtém como emprego provisória de alfinetes.Logo após devem colar-se em suasposições as duas longarinas superib-res, L2. Depois de tudo seco, comple-te-se a armação com as peças de con-torno, agindo como já ficou expli-cado para o outro leme.

Podemos passar agora às azas e,com a prática inicial, colhida na cons-trução dos lemes, vamos fazê-laímuito bem feitas, num abrir e fechaide olhos. Cada uma é armada de suavez, e a marcha geral do trabalho é ajá apontada para o leme de profundi-dade. A diferença é que as 2 varetasde bambu V4 e as 2 nervuras Aí5 de-vem ser deixadas, para colar quandose fôr juntar as duas azas, formandoo diedro (veja no desenho, "aza direi-ta, vista de frente"). .

Helice e motor — A helice deve serconstruída dum bloco de balsa de15 cm x 2,5 cm. x 3 cm. 5. E' uma daspartes mais importantes num aviãoquanto às suas qualidades de vôo, edeve ser .construída com todo rigortécnico. Mas, em nosso caso, vamosrestringir-nos a fazê-la o mais bemacabada possível e bem equilibrada,dentro do que indicam sumariamenteos desenhos.

O cubo da helice deve ser feito àparte, dum bloco de balsa de 2cm,75 x

cm 75 x 2cm., e colado em seu lugardepois de cobrada a corda piano queserve de eixo da helice e termina emgancho para receber o elástico.

(O gancho só deve ser feito depoisde introduzidos na corda piano as 2 ar-ruelinhas de alumínio, a conta de vi-dro e o tampão).

O tampão é constituído dum disco debalsa em cujo centro vai colado umcubo de balsa de 1 cm, 2 de aresta. Oconjunto é furado pelo centro e sedestina a servir de mancai do eixoda helice e de elemento regnladordo empuxe desta, como veremos mais 'adiante.

O motor consistirá de 6 ou 8 per-nas (3 ou 4 voltas) de elástico dcmm. de largura. Deve ser lubrifí-

cado, para cada vôo, com água de sa-bonete, ou com glicerina, podendosuportar, assim, de 300 a 400 voltas.

Trem de aterragem — Os dese-nhos parecem, quanto a esse elemen-to, suficientemente explicativos. AsTodas, feitas de balsa, são mantidasem seus lugares por meio de pingosde solda, lacre, ou breu. nas pontasdos eixos. (Contimia'>

ESTE MODELO SERÁ CONCLUÍDO

O TICO-TICO 36NO PRÓXIMO NÚMERO.

Março — 1942

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TALISCAS DA CALHA

HASTE A

\Zr^XCiSÒ(>

\ —--Q- BAMBU fy^ ^1

^y^l\/ r^-C ( f--^ ^--\-ZL^ V , \T«g r • < \ ——— i/ i ^KliHiT ——^H^fjf^-^, V/ |

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[^ entale ^ ^TAQUINHO^^ // \ X \ ___

|V.ft(i ou fMgftoS-T-rnin. l>e- J>i/*im^t

NO PRÓXIMO NÚMERO PUBLICAREMOS A PARTE FINAL DO DESENHO

Março — 1942 — 37 — O TICO-TICO

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A U L I I M E D I /. T O

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~^^ ' 1)

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*?V_s L_r—•"" '^'^J

A GRATIDÃO DE CARLOS GOMESNo inicio de sita carreira artística, o grande con-tor Carlos Gomes teve que lutar com a falta de recursos¦ O Imperador Pedro II, inteirado úas excepcionais disposi-

coesão jovem musico, chamou-o a palácio para dizer-lheque desde aquele dia os estudos de aperfeiçoamento cor-riam por sua conta e que ò.enviava à Itália.

A gratidão de Carlos Gomes pelo Imperador manifes-tou-se anosjnais tarde, com o que demonstrou a nobrezade sua.alma.endo caído o Império, as autoridades do novo regi-me ofereceram ao compositor — então muito pobre e comnumerosa família — a soma de vinte contos jiara que com-

pusesse um "Hino à Republica''. <->sa quantia representava uma pequena fortuna queteria assegurado b bem estar do musico; este, porém senegou^em absoluto, dizendo:' - — Não posso fazê-lo, porque levaria sempre comigo anegra mancha da ingratidão.

"BOB BOLACH E SEU CRIADO PAÚPA"(EM VIAGEM DE BELÉM - DO - PARÁ AO ARAGUAIA)

d»JOAQUIM SILVEIRA THOMAZ

Livro de história para criança, premiado no PRIMEIROCOKCURSO DE LITERATURA INFANTIL instituido pola SECRE•TARIA GERAL DE EDUCAÇÃO E CULTURA do D's..o Fa-deról, em J940. M. *

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A PAGINA DAS MENINASUM CÃOZINHO

Conclusão da página 47)

Quando se fizer a costura da tira com as duas laceslaterais, deve-se deixar uma abertura, pela qual se in-troduzirá o enchimento, de estopa ou de palha fina. Estaabertura, depois disso, será fechada com pontos iguaisaos outros.

Para fazer o focinho do cão, póde-se empregar umpedacinho de fazenda r.egra ou cinzenta, conforme o de-senho que parece ter a forma de uma moringa.

Os olhos são bordados. Metade do círculo será cheioconforme mostra o modelo. Ao lado do modelo do olhose vê o modelo da pestana, que deve ser bordada sobreo olho. Bordada ou recortada em feltro Ce cor apropria-da. Isso é questão que fica ao gosto da don;» do cãozinho.

Aquela figura que serve de modelo para o focinho,serve tambem para modelo da lingua, que deve ser feitaem croché com malha de ar, de 3 ._- centímetros de com-primento. Fazer tres voltas de meios pontos, com fiovermelho.

No focinho se fazem alguns pontos negros, miúdos.E quanto à cauda, é feita da costura das duas partesiguais, de acordo com o modelo, bem visivel. As orelhasserão presas à cabeça dobrando as partes a emendarpara traz. Tambem devem' ser de-bruadas com o pontede casear triplo.

O modelo do cãozinho pronto, indica como deveser acabado.

O TICO-TICÒ — 3S Março — 1942

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^Wmmmwfiif/

Edmundo De Amicisloi um escritor italianonascido- cm-1846 e mortoi in 1908. Sen livro maisa u t d vel é "Ca¦

(Cuoro), quc foi um dosmaiores- sucessos n

ria ilo século, fi umlivro educativo, inte-

i ¦ tantissimo e emte pelo sai fn

'i ntimt nto.

*As "medusas" ou vul-

í_armcnte "águas vivas,são moluscos marinhos<1c consistência gelatinosac quasi transparente.Elas têm a forma de umcogumelo, com tentacu-los. Possuem uma subs-tancia- cáustica, quc chega *s. dar febre nas pessoasatingidas.

I As águas do mar con-têm, além de grandequantidade de substânciasminerais e orgânicas, o"plankton", o qual é no-tado em forma de espu-ma c serve de alimentoaos peixes .

A " pororoca" é um

fenômeno quc se verificano Amazonas. E' produ-_zido pelo avanço rápidoda alta maré, rio acima,em ondas sucessivas, asquais, fazendo subir con-sideravelmcntc o nível dorio e atravancando a cor-renteza, revolve as águase põe cm perigo as em-barcações. A correntezado Amazonas é tão forteque avança no mar atétrinta quilômetros longeda costa, o que se veri-fica pela água doce quese encontra a essa altura.

í

O tatu é uni mamUfero des:o corpo coberto dc esca-

e uma-paca feita dc

mas resistiO tatu fac verdade!-

ras galerias sul.

Março — 194&

Elias Malchnihof era«ni grande zòologista cfisiologísta tusso. Dedi-coit-se ao estudo dc cer-tas moléstias c jc? pre-ciosas descobertas para <j

tendo deitadonome ligada ao do

celebre Dr. I\oux.trabalharam juntos e fi-

VA. '

Aquelas plantas quevocês vêem nos jardinspúblicos e particulares,aparadas a tesoura e comas formas mais curiosas,chamam-se "fictis", e sãoda família da figueira.

Alguns povoados daÁfrica do Sul, fabricamseu pão com centeio mis-turado com cascas de di-versas frutas secas ao sol.,Esse pão é de grandevalor alimentar, mas en-durece com facilidade.

Todos devemos cor*:or-r< r paru o êxito da com-punha do alumínio quevisa dar aviões ao Brasil.

. Não há casa onde nãoexista uma chaleira, ca-carola ou qualquer nten-silio velho, de alumínio,que será dSutilidade parao fim da/campanha.

ííO pára-raios íoi mven-

tado por Benjamin Fran-klin e serve para pro-teger as habitações con-tra os raios. E' uma has-te metálica, tendo na ex-tremidade superior umaponta de metal bom con-riutor da eletricidade, di-retamente ligada à terra,'para desviar a formidávelcarga elétrica atraída.

A PROFUNDIDADEDO OCEANO

A maior profundidadeque se verificou no Océa-no Atlântico foi a de14.000 metros, entre asilhas Tristão da Cunhae a desembocadura doRio da Prata. Essa pro-fundidade que mal sepode conceber, é muitosuperior à altura do picomais alto do mundo: oGuarisankar, no Hima-laia, que tem 8.840 me-tros acima do nivel domar.

Até agora acrcdiloit- sr,. te <;ç aranhi

aíamias teias. Mus o Dr.

xção Kxfe-ri...í'._;_,7 re Raleigh, des-

de certa lan<a11 seu

( Platyura Fultoni,;íii essa larva construir

teia, tal como umaaranha, num lugar úmido.As moscas quc

- .

Os bandeirantes que sedirigiam a Minas partiam'geralmente da Baía, Es-pirito Santo ou SãoPaulo.

A atual cidade deOuro Preto chamava-seVila Rica.

O descobridor da va-tina contra a varíola foi• > inglês Eduardo Jenner.Pez essa descoberta poracaso, mas soube tirarconclusões, uteis doquc o acaso lhe. propor-cionoii ver.

Quem passa por tersido o primeiro a desco-brir ouro em Minas Ge-rais é o bandeirante An-tonio Rodrigues Arsão.

/MZLujOs ursos polares sii-J

brancos, mas há ursos nc-gros e pardos, quc habi-tam as florestas.

Os primeiros sãomaiores e só podem vi-ver onde a temperaturaseja baixíssima como nasnonas glaciais.

! A força das garra^ deuin carangueijo é tal, queéle pôde sustentar entresuas pinças uni peso decinco quilos.

y y^mW

O Padre José de An-chieta foi o fundador deSão Paulo. Poi o primei-ro educador que tiveramas plagas brasileiras.

A crosta terrestre queserve de base. ao territo-rio brasileiro e a quasitoda a costa americanado Atlântico, é uma ro-Cha granitica de grandees pe ssu ra, constiuindo'grande

garantia contraos terremotos e os vul-cões, ao passo que dolado oposto, na costa doPacifico, essa crosta édelgada e fraca, o queconstitue sério perigopela freqüência de terre-motos c de erupções vul-cânicas.

Entre os arraiais fun-dados por Pais Leme,destucam-se os de Bac-pendi, Pouso Alto, Capi-vari, Passa Quatro, Ibi-turuna, Santa Ana do Pa-raopebajPão João dn Su-midouive Itacamoira.

39 —

s praias onde a areiaesfc-

cie '.'«" aranha, ase apoderar dü

nin furo. di¦ on i e a ,

Com unia teia. .1 aranlrafica por baixo< " -. as patas um /..'<

te lugar, a ara-luxa o fio, a teia do-; nesse lugar, a erar.

, a teia do-

O TICO-TICO

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ü nofsof r > |

¦l—illlli CONCURSO N-* 2£ CONCURSO- N." 26

jt /£> I ~ *" I ' ii—. ———______ _____ ^W >y ___________ "*

à .1 > *

HORlSONfAIS— Insffurf.gnto— Habfa^io— Nos pés— Cidadã nvtieira— Estí alegro— Articjo-p'ural

"9 — SobrenomeÍC — Raiva

VERÍtCAíS

— Ave trepadoro— Pa'te do avião— An'mal doméstico— Retarda— Liqurdo produzido pelo calor.

{Solu^ãa, ra edijção de Maio)

Ta rendo dois cortes na figura ãci-

ma. formar, com os dois pedaços quo

cariou e o restenre, um quadrado per-

feito.

(S_'ução na edição de Maio)

CONCURSO N." 2?-

Wamf t» ¦)______& T_y —S

^^^^B. | fi ^™^™^^ i'""™^——™' mmmms a^

I CNEIS2. MAPOB3. RAPLAD4. N AGI LHA

5. SANOG6. CONTAU7. MEBIVET"

3'. MORTAGUA

9. GONECHA

Formar os nomes de 9 aves com a;

letras de cada uma das estranhas pa-

lavras acima.CONCURSO N.3 27 — Reunir os 9 pedaços que aqui aparecem e formar um

peixe igua! ao do modelo. (Solução na edição da Maio)

O TICO-TICO — 40 —

(SVução na edição de Maio)

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í PRÊMIOS /ra~raíII o s « o *concurso*

çj%f jiraSOLUÇÕES ]

CONCORRENTES PREMIADOS NOS CONCURSOS DE JANEIRONO CONCURSO N." 17:

SÉRGIO LEOPOLDO CORRÊA DE ARAUJORua Itapuca, 36 — NITERÓI — E. DO Ríò

NO CONCURSO N." 18:MARIA }OSÉ FERREIRA MENDES

Rua Liarão dc Santa ffelcna, 289 — JUIZ J)E FORA-MINAS

:NO CONCURSO N." 19:EROS VOLUSIA M. VIEIRABela Vista — MATO GROSSO

I

NO CONCURSO N." 20;TOEL GOMES FERREIRA LIMA

fraca Gai.riel Soares, 7-apt. 1 — RIO — (TIJÜCA)

NO CONCURSO N." 21:' MARINO DA SILVEIRA SOARES

Rua João Rego, 79 — OLARIA — RIO

Soluções dos Concursos daedição de Janeiro,

CONCURSO N.° 17

UNDA TEMOS PARA ATEN-DER A PEDIDOS, EXEM-3LARES DAS EDIÇÕES AN-TERIORES, TRAZENDO ASPRIMEIRAS PÁGINAS DOSQUADROS DE NOSSA HIS-

TÓRIA" E DE "COROGRA-FIA PITORESCA"

C^GOSTUME-SE desde criati-~^ ça a ser cuidadoso. Faça assoluções dos Concursos cm fo-lhas de bloco e não em peque-nos pedaços dc papel.

O TICO-TICCIMENSARIO INFANTIL

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6 " 20$00lPublica-se no dia l.° de cada mez.

MENINOVIOLINISTA(Conclusão da pg. 31)

noite as fadas dançaram no alto'das montanhas c em todas ascasas se viam as fiandeiras no-lurnas. Toda a gente êtagiou]Genio Alegre e o seu violino cquando estas notícias chegaramaos ouvidos dó rei, êste nomeouGenio Alegre primeiro violinista,cargo que correspondia à pri-meira hierarquia do reino.

CONCURSO N.° 18

As iniciais formavam a palav-raOLINDA.

CONCURSO N.° 19

A solução era comr a figura K»meio. acompanhando a linha que-hrada e reunir os dois pedaços juu-tando-os pelas partes mais estreitas.

CONCURSO N.° 20

$78 6 4 t2 3x5 / 3 yS o & / 8

8 5 4-6/4 3 5 Z

Z,3 8 7 8 6 7

concurso ra 21:— Tcrricr 5 — Policial— Mastim 6 — I'erdig;iiciro

— Galgo 7 — RuUdog

— Terra Nova 8 — Pomerânia.

O — As soluções dos concursos pu-blicados cada mês serão recebidas atéo dia 15 do mês seguinte.

2) — Cada concurso corresponde ri aum premio, e os leitores poderão con-correr à totalidade de cada edição, i«assó poderão ser premiados cm ;i'.n con-curso.

Bases dos NossosConcursos

3) — A publicação dos nomes dospremiados e das soluções será semprefeita duas edições depois daquela cmque aparecerem os concursos.

4) —- Qualquer leitor d'0 TICO-TICO poderá concorrer, bastando paraisso indicar nome por extenso, idade cendereço completo, pois 05 prêmios sãoenviados pelo Correio.

5) — Num mesmo envelope podemvir várias soluções, pois não há ne-iibum inconveniente.

RECEBEREMOS AS SOLUÇÕES ATÉMarço — 1942 —41 —

15 Ü-E' ABRIL.

: O TICO-TICO

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13 DE MARÇO

A 13 de Março de 1894leve fim a revolta da Ar-mada que, sob a chefia doAlmir ante Custodio deMeiJo, vinha-se prolongan-do desde 6 de Setembrode 1893.GONÇALVES CRESPO

!$'*'>¦? wSBMT

O dia II de Março do1847 foi o do nascimentode Gonçalves Crespo (An-•iõnio Cândido) que maistarde seria fino e apreciado

poeta.Dotado de brilhante infe-

lígência, Gonçalves Crespo

percorreu outros setores dasletras, escrevendo prosa, fa-zendo humorlsmo, e foi tam-bem jornalista de reconhc-cido valor.

II DE MARÇO

O nome de Barata Ribei-ro é familiar aos nossos lei-tores. Esse grande brasileiro«S um dos nossos patríciosnascidos no mês de Março.Seu nascimento ocorreu em1843, na capita! da Baía.Era médico e foi prefeitodo Distrito Federal, tendoescrito muitas obras nota-veis, sobre medicina, e umdrama.6 DE MARÇO

Outro brasileiro notávelnascido em Março foi SilvaRamos, professor do ColégioPedro II e membro da Aca-

demia Brasileira de Letras,conhecedor profundo dossegredos do idioma, jorna-lista e poeta,AS "GARRAFADAS"

A célebre noite das Gar-rafadas teve lugar entre 12e 13 de Março de 1831.

Teve lugar, essa maniíes-tação de descontentamentodo povo em virtude da indis-farçada proteção que D. Pe-dro I dispensava aos pcrtu-gueses, em detrimento dosbrasileiros.

Foram distúrbios bastantesérios e que tiveram conse-çjuências bem sérias, umadas quais, póde-se dizer, foia abdicação de D. Pedro Ia favor de D. Pedro II, pou-cos dias depois.I.° DE MARÇO

Foi a l.° de Março de1870 que teve fim a guerracom o Paraguai, por termorrido o ditador SolanoLopez, ferido por ChicoDiabo, soldado brasileiro.

CIRIDIÃO DUVAL

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A poesia brasileira teveem Ciridião Duval um dosseus cultores mais brilhantes.

Esse poeta nasceu emAlagoas no dia 3 de Mar-ço de 1860.

Foi jornalista, jurista, ora-dor, professor de Direito,mas seu renome se formoupor ser êle poeta de gran-

de sensibilidade, cujaspoesias ainda nos dias dehoje são recitadas e cole-cionadas com emoção,

17 DE MARÇO

Um dos maiores conhe-cedores do nosso idioma, oprofessor Mario Barreto,nasceu a 17 de Março de1879, no Ceará. O próprioRuy Barbosa chamava-o"Mestre

dos . mestres", oque prova o seu grandeconhecimento e valor comoprofessor.

GUIMARÃES PASSOS

Sebastião Cícero de Gu:-marães Passos, nasceu a 22de Março de 1867, em Ma-ceio. Foi um dos notáveispoetas do seu tempo, ami-go de Olavo BÜac, e deixoupoesias belíssimas que aindahoje são apreciadas. Fun-dadcr, entre outros, daAcademia Brasi'eira de Le-trás, era jornalista, além ciopoeta primoroso e escreveupara o teatro, com sucesso.Faleceu acs 42 anos, emParis.

TOME' DE SOUZA

Foi em Março de 1549

que chegou ao Brasil o pri-meiro Governador Geralnomeado pelo rei de Por-fuga'.

Esse l.° Governador foiTome de Souza, que trouxeconsigo muitas famílias, co-lonos e o padre Manoel da

Nobrega, sendo recebido pe-o "Caramurú"

que conseguiua colaboração dc<s nativos

pera bom êxito da missãodo primeiro governadorque teve o Brasil.II DE MARÇO

11 de Março assinala adeta aniverséria do nasci-mento do grande médico,professor e cidadão exem-plar que foi Miguel Couto.

"• Filho de familia pobre,esse humanitário médicochegou às posições maiselevadas dentro da carreira•que escolheu e de que sefez verdadeiro sacerdote,deixando um nome verda-tíeiramente venerado emtodo o Brasil. Miguel Cou-,to era carioca. Foi membroda Academia Brasileira deLetras.

j.f DE MARÇO

Há uma efeméride tristeneste mês de Março. Nodia l.° se completam 19anos que faleceu, em Pe-trópolis, o conselheiro RuyBarbosa, qlória da culturanacional.

O ilustre baiano, cujahistória é um dos mais fui-gurantes exemplos para ajuventude, faleceu aos 73anos, depois de ter vividouma existência Inteiramentededicada ao estudo, às fe-trás, a justiça e ao serviçode seu país. Ruy Barbosa,embora tendo morrido emPetropolis, acha-se sepu!*tado resta Capital.

O TICO-TICO — 42 — Março — 1942

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sM \W^aAi^i^--^^>éi

MV11

Há diversas raças e variedades de carneiroscaprovinos intermediários entre o carneiro c ocabrito, dos quais é um bom tipo o "Muflon

cu-ropeu . O muflon europeu tom uns 70 centímetrosde altura, sendo as cabras usualmente sem chi-fres. Atualmente a raça na Europa se limita ásmontanhas da Corsega e Sardenha. mas cm outrostempos encontrava-se nas ilhas Baleares, na Gré-cia e outras partes do sul. E' provável que an-tigamente o muflon se contundisse com o ' tur"espanhol.

CABRITOSSELVAGENS

'í# U^ fhW^ A f~ (I /ti- y-^^jK w/ mm ¦ i£Mz

iMpptAAAl

CA13RITO SELVAGEMDA PÉRSIA. OU

PASANG

O grupo "capra

hii-cu?'.a que pertence o Pas.ing.é o mesmo 3 que pertencemas raças de cabritos do-mcsticados. O Pas.ing cn-contrava-sc antigamente namaior parte das ilhas doarquipélago grego, donde|á foi e.vterminado Existe,hoje. nas montanhas dooeste da Europa r sudoesteda Ásia. desde o Caucasoatravés da Pérsia e o Ba-luquiatão.

COLEÇÃO"LIÇÃO DECOISAS '

O ASTOR MARKMOR

E o maior e mais lindo de todos os cabritos selvaqens.Encontra-se nas serr„s do Kain.if c do Pir-Panjal. naÁsia centi.,1. ao sul dc Káshmir alé n vale de Chiu.ih.no Afghanistan. c as montanhas situadas n.is p-oximidadésde Quetta'Jà foram mortos espcnmens que pesavam paracima dc 108 kilos c mediam um metro de altura Nâoobstante, o seu tamanho e peso é mi, excelente trepadorem nada 'nfenor aos íbices menores O nome markhor quequer dizer comedor de cobras alribuc se á crença popularde que êste animal mata e come serpentes

¦QEL

Março — 1942

O TUR ESPANHOL

Este cabrito espanhol encontra se nas serras musaltas das Pirinens no l.ld.i espanhol, .-mi, ., I.sp.,,¦,.,., ca França K' um Irçpador muito mais ousado Io que aCamurça dos Alpes que aliás n.io é um cabrito, s.náo umantilopc. e visita pomos onde a camurça numa , h,-q iAs ve;es as cabras e cibritihhos encontram sC nas cn o.,...mais baixas porem os velhos bode rido descem quasi nimeàdai regiões elevadas c isso mesmo so no inverno

43 O TICO-TICO

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MJ__1—^í_->--—

AZEITONA, SI VOC_QUIZER SER SÓCIO iDO NOSSO CLUBETEM QUE PAGAR

DOIS MIL REIS.

VOU VER SE ARRANJO UM'BISCATE' PARA GANHARDOIS A. il_ F-sei _.

àmY

I f COMO B °OURO"W AGENTE -V.r._AR

s? POIS MIL BEIS

Uí j*/ Aj\ Wn fuuuumtitmk

moço/ o seupente caiu...

1.

mm\\\ _____[' '^Éi

^^_____!^^^\!x

WAO compreendo azeitona/.VOCÊ ACHQU 0 PENTE DO M0~,ÇO, E ELE DEU-LHE UNS

CASCUDOS?

C i iÇ E...E

QUE O HOMEMERA CARECA...

LUIZc-c/

^^^

NOS- -'OS-OS CARECAS

\ JJ

O TICO-TICO 44 Março — I942

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____¦_¦__¦___

QUADROS DA NOSSA HISTÓRIAN.° 8

ASPECTOS DA CIVILISAÇAOBRASILEIRA

A FASE DO OUROE assim se iam povoando rapidamente as regiões au-

riferas, como ainda hoje o são, aliás, e notáveis d-

dades como Ouro Preto, Sabará, S. João d'El-Rey,

etc, são o resultado dessas conquistas audaciosas do

bandeirismo, através de lutas gigantescas com a na-

tureza e de guerras ferozes entre homens.

^^%Ê^mmi^KBS9Êmf^m_to*_P*J^^3i?*":^^-- — -^__j3TllH _Tfv/__^»-_i 4 ar^aí V—Ta^ÉJ *~ i _L_"__»- ____r — — -s —^£\ nf___Wm/__L_ír % 7* A^SMLnmm¦•^^S^ _______Ev — Ml Vil _L / I \limmm<~m\mf __ /. / ¦«« ** ^__ w__i /¦

\\mwÍ4^^\w AE* _>W _È_-v !'¦*_¦ \mÍ^um?sfA *_' _f • "T _V ( _m __9(_r_ir,__i_l 91 Ea%_r-_. * "I IltCn # />#4wfii^<l_í _______fi_L_f__i_c__^^ kw^j^Mml_F_fI_í___^ v» r: °\ •> :* -•'•¦•^\%_CH ^1-1 ¦

1750 — A MINERAÇÃO DO OURO EM SE_T__W\\ ^_^P-V» _T L^©"^ lA^ÜMINAS GERAIS. _W£ 8_Tj^V^ . 'T*\^*èr±. }3 \XWt\r '

I _r__r__§§ ' !$^v;f^^il ílf™Bi^^4f^rfflK^^__lPlK _»r_____^ í?^>"^^^l^1_<^a^ *__P BÉC_§ 5

_H-^j^Í_t_y/Ml^_iá_H_fÍ_ .1 lr?_ 1 v^_3__ _NW7 r^Úi ^' vvHI5_JWfe3[ Gã4É_8 11_'ÉÍRS ___!____r/A___j _<-«_V'_| Qu_!__iP__¦_! _t__l_U__rflÍI

A fase do açucai, que foi o prime

¦*¦ ^* ro passo de prosperidade do Bra-

sil colônia, segue-se a do ouro, creada

pelos Bandeirantes. Toda região onde se

descobrissem minas preciosas, atraía in-

falivelmente grande massa de aventurei-

ros, que do litoral parti-SÉCULO XVII —

am cheios de esperan- os B A N D E I-RANTES PAU-

ça e de ardor pelas pro- LISTAS ROM-PEM A SELVA

paladas riquezas do solo. BRASILEIRA.O TI CO-TICO

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TEXTO DE MARIO IMBIRIBA — DESENHO DE OSVALDO STORNI

£vr&os/yo}FojrEsorteado p/vm oSERVIÇO MlL/TflR.

j2_SiB_____f

HISTORIA

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SOMOS ESTIVADORESW* VAIS SERVIR NO

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SE OBEDIENTE¦»£.'_ FELIZ.

(2jm.,/\ VJcvVatÍi/i .vln

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HUMCA URREI-____!^4 p°NTAr±l4

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QU£fí.O •£,C/tffo, e RESfR

WSTA SEM PoMl-~AOi v°" UM PAR

AS BAIAS

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APRESEMTO OS CABOS*O A BATE.R.IA PROMOVIDOS"°JE £_/.* BOI.BTIM *

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O TICO-TICO

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Março — 1942

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VO CACIONAL/"íT_.0_TA DE CARROS. I I EUFR^lNOj^V^mA..

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UM^ COMPANHIA/ ^a^*^* .1 _^^^^^_>--.-__—-=~~

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SERVf-LO f M£LI CQRONE JílMarço — 1942 O TICO-TICO

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Marco — 1947

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COROGRAFIA PITORESCA DO BRASIL

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O TICO-TICO

:oco>MACEIÓ

AlagoasComo nos outros estados, a que já nos

referimos, a costa é baixa e arenosa no tito-ral. Possue muitas lagoas próximas da costa e

o solo se elevA gradualmente para o interior.

Clima quente e húmido mas em geralsalubre. O rio S. Francisco, onde se encontraa Cachoeira de Paulo Afonso, limita Alagoascom Baía e Sergipe.

O sub-sólo do estado possue curo, cal-cáreos, argilas de várias qualidades, etc, e oalgodão,.o fumo, o café, a cana, o milho, oarroz, o coco e outros produtos são culturas

de larga escala em Alagoas.

Março — 1942

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A HISTORIA DE JESUS contada Às criançasNO TEMP!

UllOS e muitos anos antes da\/ vinda de Nosso Senhor, os

(J Hebreus foram vencidos e. >crdvisd<.os pelos Egípcios, que osespancavam e maltratavam bárbara-mente. Chegou porém, a hora emqut Deus livrou seu povo de tão dolo-rosa escravidão. Para comemorar es-sa data gloriosa, o povo hebraico de-liberou estabelecer uma festa, na qualse lembrasse este fato com ritos so-Ienes e orações fervorosas, no tem-

pio de Jerusalém.

Entre outras cousas comia-se ocordeiro abençoado pelos sacerdo-.tes. Deram a essa festa, — os he-breus — o .orne de Páscoa.

bem diferente da nossa Pás-c^a a festa que celeoravam os he-breus, não é verdade ? Aquela eraíe regosijo e de alegria, a nossa é aq.e lembra a morte e paixão de N. S.Jesus Cristo. Mas voltemos à nossahistorie? a santa nistória da Jesus.

toaria e José costumavam, todosos anos. levar o Santo Menino a Je-rusalem. na ocasião das festas da Pás-co.. conforme costumavam fazer osbons hebreus; e sempre voltavam, pa-

a sua quer da Nazaré felizes, pois'•ire que Jesus gostava imenso des-ses passeios e se entretinha com pra-zer nc templo santo, da cidade au-gusta Uma vez, porem, tal nãoaconteceu, c vou centar como isto sedeu.

Tinha Jesus doze anos e forma-va o encanto dos que O conheciam:

(ADAPTAÇÃO DE MO

todos gostavam dele, pois atraia atodos pelos modos e pelas palavrascom as quais sabia animar uma con-versa. Indo naquele ano para Jeru-salém, Maria e José entretiveram-seaqui e acolá como cotumavam fa-zer, e à noite se encaminharam paraNazaré. Jesus, porém, não Os acom-

panhou, e Eles não deram por sua fsl-ta, pensando que estivesse em com-

panhia de outras crianças, da mes-ma cidade, |á de volta para casa.

0--I não foi seu espanto quando,procurando por toda parte, não Oencontraram ! Tinha passado um diainteiro da viagem e nada de Jesus !Voltaram inquietos para Jerusalém, equal não foi a admiração de ambos

quando, penetrando no temple, vi-ram-NO sentado entre os sábios e ossacerdotes. Éle os escutava com amaior atenção, fazendo-lhes pergun-tas e respondia com gravidade eacerto a tudo quanto Lhe pergunta-vam, enquanto que os presentes ad-miravam com verdadeira maravilha,esse prodigioso menino que sabiatanto quanto todos aqueles dou-tores.

No entanto Maria, feliz por terachado o tesouro de sua alma, cor-

ria a abraça LO e pedir-Lhe de voltarjá para a casa.

— "Porque Te demoraste ? — per- /

NSENHOR MASALDI)

guntou a Jesus. Teu pai e Eu Te pro-curávamos na maior aflição."

— "E porque piocurar-Me ?" res-

pondeu Jesus, com a maior calma.'Não

sabeis que devo ocupar-Medas cousas que se referem a meuEterno Pai ?"

E, realmente, Êle estava no tem-pio a discutir as santas verdades quese referiam a Deus.

Maria e José não compreende-ram o alcance das palavras de Jesus.

Ouasi sem falar voltaram todos

para Nazaré. Maria caminhava silen-ciosa pensando em tudo quantoacontecera desde o dia em que oAnjo Gabriel Lhe aparecera na suapobre casa. Jesus não era como os

outros meninos. Era o filho do mila-gre, o Filho de Deus, e Ela não tinha

direito a repreendê-LO por tê-La dei-xado voltar para case, ficando Éle

no templo.Não fora melhor agradecer a

Deus a ocasião de se ter Jesus re-velado na sua sabedoria e começa-do assim a conversão das almas queEle viera redimir ?

Após este importante aconteci-mento, Jesus viveu em Nazaré até aidade de trinta anos, trabalhando eobedecendo submisso a Maria San-tissima e a José, que Deus escolherapara ser seu protetor sobre a terra.

Ouantas belas e santas cousasensina aos meninos a vida de Jesus,de Jesus meigo, obediente atendo-so, dobrando a linda cabeça sobreo trabalho, na pobre oficina de car-pinteirc de José de Nazaré !

(Continua no próximo número).

' £j&% y-fiw vSfwL/ 'I áH.4

"^^ TjphiítiitiMiwiiiiwMiiiiitiiimi» Q/ [ 1 i jSg_N

50'O TICO-TICO

Março — 1942

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OH.FERRO'FUI L^ )Y&NOOEADO DIRETOR) ),/DOqJARDJ*"200 LO-/GICO

PÍLULAS '-TANTOS, LIVROS E 1*4 AOENCONTRO UM SOTRATADO DE

COM AMiNHA EUEGAMOÔVOU DESPERTAR-

SENSAÇÃOVOCÊ E'Q CONTINUO °TEM CAgADEMACACO VA SE

~~ 3^>^>}jOOLOG-IA j

„BARBEAC

QUE. DISPARATE 'PORQUETODO |~lESSE.BICO? MANDE ca1 CORTAR.FORA Uh BOM rPHDAÇOj-

"~3RP_,

^^ <?•. HE\,SEUCOI5A,NAO

^ I ME PUXE A ORELHA-\ 1 HANDE CORTAR ESSE

(,, W/\ NARIZ EUHDE5PR0-l, ^'71 POSITO)

.{¦

QUE DIRETOR. IMPERTINENTE NOSDERAH ,SR TATU 1\~Z.^'<' E VEPCADE

SE VOCÊ O ENCHESSE.DE FORMIGAS-7 QUE

\TAL°

É

BOM DIA,SE.Ü t=r'

TfcLERMA/

I /-rHA<Mi fn

BOLAS'O Dl REQUER QUEEU CORTE O;CABELOQUE DESfíFORO.

lÈjO^L ü___«***">«*¦¦*n

//____f ^\i J_P__H I ''''^/íQ M " II /'

MAIS RESPEITO .OUVIU ? QUEM TE.1XEN5!N0JJ ESSHS]PAIAVR0ES^\7^~

<rfa wMELt «AGORAE'ASTRO

..DE CINEMA

2_l_ 'yêfífít"y/m _L ^ÈmWmf

^^^"H I aM*l

ORACÍASEVIU VOCÊ AND^RJDE CAPA COM TODO ESTE*CAIOR E AINDA VEM COC

CABIDE NO-r^\CABlDE NO

|#^NARiT[r

_____ mmWí '' /-?7r\fl ¦ i- "*y,pPÍao

IniNHACAPAE'DE N^CENCA

SEU i—gARÃO

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ACABE COn ISSO 'QUE DESAFORO'*Ulí ESTOU CHEIO DE FORMIG-^sJNAO FICO MAIS

A(_U\?-"-—ÍT^*-1 ^tíH?* «*&Vvi»v

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AS AVENTURAS DE CHIQUINHO

y*H*

^^\ (jjfl_^& ^^»«^*-J ¦—¦¦' ¦'¦'

\^-Sr / fé S\ / m™ ^H

Chiquinho e Benjamim foram ao teatro e assistiram às assombrosas exibições do famoso fakir mameluco Fita Bey.

Chiquinho ficou tão entusiasmado com asa

proezas do homenzinhc, que comprou um livro soWbre o falcirismo. E começou a estudar o assunto..!-TI

.. com vontade. Em poucos dias, já havia apren-dido todos os truques. Benjamim, coitado ! anda-va embasbacado com as demonstrações que oChiquinho lhe fazia.

/\ i^X l ^

____Pt ^ rfi__i_l___iir 1 Wy X&m_i^_p_wy- j- mUm dia, Chiquinho pensou em mostrar aoi

garotos do bairro as suas habilidades. Armou ur

pequeno palco no fundo do quintal e convidoitoda a turma.r

A demonstração foi um sucesso. Chiquinho I ...garotada, Chiquinho saiu do palco pulando,1 espetou uma porção de alfinetes pelo corpo. Os aos berros ! E' que uma abelha indiscreta, não

I garotos deliravam de alegria. Estavam as- I acreditando na insensibilidade do seu corpo, lhe|1 cnmrirarlnc Mac Ala rei.Air.A- Cftm AtnArVrft rU... «í/»i-» f.».-'vr'v»«»r>+_>