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PolytechnicoF Guarda
RELATÓRIO DE ESTÁGIO
Licenciatura em Animação Sociocultural
Ana Raquel Almeida Ramalho
dezembro 12016
Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto
Instituto Politécnico da Guarda
Relatório de Estágio
Licenciatura de Animação Sociocultural
Ana Raquel Almeida Ramalho
Dezembro / 2016
Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto
Instituto Politécnico da Guarda
ii
Relatório de Estágio
Ana Raquel Almeida Ramalho
Relatório para obtenção do grau de licenciada em Animação Sociocultural
Creche Santa Luzia
Guarda, dezembro 2016
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
iii
Ficha de Identificação
Nome da aluna: Ana Raquel Almeida Ramalho
Nº de aluno: 5007725
Docente Orientadora: Mestre Simone Dos Prazeres
Identidade Acolhedora: Creche Santa Luzia
Endereço: Rua 31 de janeiro, nº 54, 6300-769 Guarda.
Telefone: 271211555
Supervisor da Entidade: Dulce Santos
Grau Académico da Supervisora: Licenciatura
Período de estágio: 3 meses
1 julho 2015 a 31 outubro 2015
Interrupção durante a primeira quinzena do mês de agosto
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
iv
Agradecimentos
Agradeço a todos os docentes que de uma forma direta ou indireta me ajudaram e
apoiaram ao longo deste percurso académico que contou com muitas emoções.
Agradeço ao Instituto Politécnico da Guarda (IPG), em especial à Escola Superior
de Educação, Comunicação e Desporto (ESECD), e a todos os seus docentes pelos
ensinamentos me que transmitiram ao longo destes três anos cheios de aprendizagens,
lutas, conquistas, angústias e alegrias.
À Professora e Mestre Simone dos Prazeres, minha orientadora de estágio, o meu
bem-haja por toda a dedicação, carinho, disponibilidade e apoio ao longo destes três anos
e especialmente, no percurso de estágio curricular e na elaboração do presente relatório.
A toda a equipa da Creche Santa Luzia, o meu muito obrigada pelo acolhimento,
pelos conselhos e pela ajuda que me proporcionaram ao longo destes três meses de
estágio.
Aos meus pais e irmã um agradecimento especial pelo incentivo, carinho, amor e
apoio nesta fase tão importante.
Ao Ricardo Guerra, que desde início sempre me acompanhou e caminhou lado a
lado comigo, por ter sido um grande pilar para mim e não me deixar desistir, por me
apoiar quando eu mais precisei, por toda a confiança, carinho, paciência, amizade e amor
ao logo destes três anos.
O meu muito obrigada também às minhas colegas de turma, que me acompanharam
e apoiaram tanto nos momentos bons como nos menos bons desta fase, em especial à
Dora Tiago e à Vânia Lopes, pela sua amizade, carinho, apoio e paciência ao longo dos
três anos.
A todos aqueles que, embora não tenha mencionado, contribuíram de alguma forma
para mais esta etapa da minha vida.
Agradeço o tempo e o sorriso que me dedicaram, o amor, a alegria e atenção sem
reservas, as euforias e desagrados que me aturaram e, sobretudo, por serem portos de
abrigo nas alturas em que quis desistir nos momentos em que tudo pareciam barreiras.
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
v
Resumo
O presente relatório tem como finalidade a descrição reflexiva, das atividades que foram
realizadas ao longo de três meses de estágio na Creche Santa Luzia, no âmbito do estágio
curricular integrado na licenciatura em Animação Sociocultural da ESECD, do Instituto
Politécnico da Guarda.
Neste relatório irei descrever todas as atividades socioculturais, em concordância
com as atividades que a instituição já praticava.
O estágio decorreu na Creche Santa Luzia, a instituição que me acolheu e me
permitiu a realização do estágio, o qual foi realizado com crianças de várias faixas etárias,
desde o berçário (0 meses), passando pela sala de um ano e a sala dos dois anos.
Teve como objetivos principais criar ligações de empatia entre os elementos do
grupo, promover a participação da criança em grupo, valorizar a autoestima, e a
participação de cada criança. No percurso do estágio realizei essencialmente atividades
adequadas às salas de cada valência.
Com a realização deste estágio conclui que a minha vocação e a escolha deste curso
foi a mais correta pois adequei-me muito facilmente as tarefas que me foram exigidas e
tive oportunidade de realizar as minhas próprias tarefas, estas iram ser descritas no
decorrer do relatório.
Palavras-chave: Animação Sociocultural; Animador Sociocultural; Animação Infantil.
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
vi
Abstract
This report aims to reflexively describe the activities that were carried out over three
months internship in Creche Santa Luzia, in the integrated internship at degree in
Sociocultural Animation School of Education, Communication and Sport, the Institute
Polytechnic Guard (IPG). This report will describe all socio-cultural activities at all
levels, in accordance with the activities that the institution already contained. The stage
took place in the nursery Santa Luzia, the institution that welcomed me and allowed me
the traineeship. This was done with children of various age groups.
This stage had as main objectives to empathize links between the group members,
promote the participation of children in the group, enhance self-esteem and participation
of each child. In stage of the route resorted essentially a set of appropriate activities
valences of each room. With a project of this type of conclusion, which aims to the
selection of this course is faster and easier than the tasks that I was required and the
opportunities to accomplish my tasks.
Key words: Sociocultural Animation; Sociocultural animator; Children's animation
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
vii
Índice
Ficha de Identificação ................................................................................................................ iii
Agradecimentos ...........................................................................................................................iv
Resumo ......................................................................................................................................... v
Abstract ........................................................................................................................................vi
Introdução .................................................................................................................................... 1
Capítulo I - Contextualização Teórica ...................................................................................... 2
1.1. A Animação Sociocultural .............................................................................................. 3
1.2. A Animação Sociocultural na atualidade ...................................................................... 5
1.2.1. Modalidades da Animação Sociocultural .............................................................. 6
1.3. Animação Sociocultural na Infância ........................................................................... 10
1.4. O Animador Sociocultural e o Educador Social ......................................................... 11
1.5. O Perfil do Animador Sociocultural ............................................................................ 13
1.6. Competências/ Caraterísticas do Animador Sociocultural ........................................ 14
Capítulo II- Enquadramento Geográfico da Instituição ....................................................... 17
2.1. Enquadramento Geográfico .............................................................................................. 18
2.2. Caracterização da instituição ............................................................................................ 18
2.2.1. Recursos Materiais do A.T.L ..................................................................................... 19
2.2.2. Descrição das instalações-Recursos Materiais do A.T.L ......................................... 19
2.2.3. Recursos humanos do A.T.L ...................................................................................... 21
2.2.4. Recursos Materiais do Jardim-de-Infância .............................................................. 21
2.2.5. Descrição das instalações- Recursos Materiais do Jardim-de-Infância ................. 22
2.2.6. Recursos Humanos do jardim-de-infância ................................................................ 23
2.2.7. Recursos Materiais da creche ..................................................................................... 23
2.2.8. Descrição das instalações-Recursos Materiais da creche ......................................... 24
2.2.9. Recursos Humanos da creche ..................................................................................... 26
2.3. Caracterização do público-alvo da creche .................................................................. 26
Capítulo III – Estágio Curricular ............................................................................................ 29
3.1. Plano de atividades ........................................................................................................ 31
3.2. Objetivos ........................................................................................................................ 31
3.3. Metodologias de intervenção ........................................................................................ 32
3.3.1. Expressão plástica ................................................................................................. 33
3.3.2. Expressão plástica na infância ............................................................................. 33
3.4. Atividades desenvolvidas .............................................................................................. 36
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
viii
3.4.1. Manipulação da massa pão ................................................................................... 36
3.4.2. Desenho de regresso à creche ............................................................................... 37
3.4.3. Decoração do painel de outono............................................................................. 38
3.4.4. Construção de uma borboleta .............................................................................. 40
3.4.5. Construção de uma tartaruga .............................................................................. 41
3.4.6. Criação de uma maraca ........................................................................................ 42
3.4.7. Criação de uma borboleta .................................................................................... 43
3.4.8. Pintura de um desenho ......................................................................................... 44
3.4.9. Criação de uma abobora de Halloween ............................................................... 45
3.4.10. Pintura de um desenho ......................................................................................... 46
3.4.11. Pintura borrada ..................................................................................................... 47
3.4.12. Bolo de chocolate ................................................................................................... 48
3.4.13. Moldes com massa pão .......................................................................................... 49
3.4.14. Atividade sobre a cor amarela ............................................................................. 51
3.4.15. Atividade sobre a cor azul .................................................................................... 52
3.4.16. Carimbagem com frutos ....................................................................................... 53
3.4.17. Criação de um cacho de uva ................................................................................. 54
3.4.18. Leitura de um livro e criação de folhas de Outono ............................................ 56
Reflexão crítica .......................................................................................................................... 58
Bibliografia ................................................................................................................................ 59
Webgrafia................................................................................................................................... 61
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
ix
Índice de Imagens
Imagem 1: (A) - Mapa do distrito da Guarda; (B) -Municípios do distrito da Guarda ..... 18
Imagem 2: (A) Sala do 1º ano; (B) Sala do 2º ano .................................................................. 20
Imagem 3: (A) Sala do 3º ano; (B) Sala do 4º ano .................................................................. 20
Imagem 4: (A) Campo de futebol; (B) Refeitório do A.T.L................................................... 21
Imagem 5:Refeitório do jardim-de-infância ........................................................................... 22
Imagem 6: (A) Sala dos periquitos; (B) Casinha das bonecas da sala dos periquitos ......... 22
Imagem 7: (A) Ginásio/ Dormitório; (B) Parque exterior ..................................................... 23
Imagem 8: (A) - Sala das Borboletas; (B) - Sala dos Gatinhos .............................................. 24
Imagem 9: (A) - Berçário; (B) - Dormitório do berçário ....................................................... 25
Imagem 10: (A) - Casinha das bonecas; (B) - Salão ............................................................... 25
Imagem 11: Atividade no Berçário .......................................................................................... 37
Imagem 12: Pintura de um desenho alusivo ao regresso à creche ........................................ 38
Imagem 13: Painel de Outono .................................................................................................. 39
Imagem 14: Construção de uma borboleta ............................................................................. 40
Imagem 15: Construção de uma tartaruga ............................................................................. 42
Imagem 16: Construção de uma maraca ................................................................................ 43
Imagem 17: Construção de uma borboleta ............................................................................. 44
Imagem 18: Pintura de um desenho ........................................................................................ 45
Imagem 19: Criação de uma abóbora de Halloween ............................................................. 46
Imagem 20: Pintura de um desenho de Halloween ................................................................ 47
Imagem 21: Pintura Borrada ................................................................................................... 48
Imagem 22: Bolo de chocolate .................................................................................................. 49
Imagem 23: Moldes com massa pão ........................................................................................ 51
Imagem 24: Atividade sobre a cor amarela ............................................................................ 52
Imagem 25:Atividade sobre a cor azul .................................................................................... 53
Imagem 26: Atividade de carimbagem .................................................................................... 54
Imagem 27: Criação de um cacho de uva................................................................................ 55
Imagem 28: Criação de folhas de outono ................................................................................ 57
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
x
Índice de tabelas
Tabela 1: Planificação da Atividade do dia 21-7-2015 ........................................................... 36
Tabela 2: Planificação da atividade do dia 16-9-2015 ............................................................ 37
Tabela 3: Planificação da atividade do dia 22-9-2015 ............................................................ 38
Tabela 4: Planificação da atividade do dia 24-9-2015 ............................................................ 40
Tabela 5: Planificação da atividade do dia 29-9-2015 ............................................................ 41
Tabela 6: Planificação da atividade do dia 1-10-2015 ............................................................ 42
Tabela 7: Planificação da atividade do dia 19-10-2015 .......................................................... 43
Tabela 8: Planificação da atividade do dia 21-10-2015 .......................................................... 44
Tabela 9: Planificação da atividade do dia 27-10-2015 .......................................................... 45
Tabela 10: Planificação da atividade do dia 28-10-2015 ........................................................ 46
Tabela 11: Planificação da atividade do dia 29-10-2015 ........................................................ 47
Tabela 12: Planificação da atividade do dia 31-7-2015 .......................................................... 48
Tabela 13: Planificação da Atividade do dia 29-7-2015 ......................................................... 49
Tabela 14: Planificação da atividade do dia 25-9-2015 .......................................................... 51
Tabela 15: Planificação da atividade do dia 25-9-2015 .......................................................... 52
Tabela 16: Planificação da atividade do dia 12-10-2015 ........................................................ 53
Tabela 17: Planificação da atividade do dia 13-10-2015 ........................................................ 54
Tabela 18: Planificação da atividade do dia 15-10-2015 ........................................................ 56
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
xi
Glossário de Siglas
APES - Associação Promotora da Educação Social
ASC - Animação Sociocultural
A.T.L. - Atividades de Tempos Livres
ESECD - Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto
INE - Instituto Nacional de Estatística
IPG - Instituto Politécnico da Guarda
RAE - Revista de Animação e Educação
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
1
Introdução
O presente relatório tem como finalidade apresentar e descrever e sobre as atividades
realizadas no estágio curricular realizado na instituição Creche Santa Luzia.
O estágio é a parte integrante na licenciatura do curso de Animação Sociocultural
(ASC) da Escola Superior de Educação, Comunicação e Desporto (ESECD) do Instituto
Politécnico da Guarda (IPG). No estágio foram desenvolvidas atividades socioculturais
de caráter não formal, em concordância com as atividades compreendidas de caráter
formal que a instituição já desenvolve. Após a seleção do local onde iria realizar o meu
estágio, optei por uma instituição composta por uma valência, mas com várias faixas
etárias o que me possibilitaria passar por várias experiências profissionais e, assim, poder
desenvolver a minha formação como futura profissional da animação.
O estágio teve a duração de três meses tendo, em conta, que a instituição encerra
na última quinzena do mês de agosto, tendo início a 1 de julho de 2015 e términus a 31
de outubro de 2015.
O estágio desenvolveu-se a partir de diversos tipos de atividades, das quais se
destacam: atividades cognitivas, atividades de expressão plástica e atividades lúdicas.
Todas estas atividades têm vários objetivos tanto gerais como específicos. De
acordo com os objetivos gerais que englobam todo o trabalho que realizei ao longo deste
período, podemos mencionar o estímulo da imaginação e da criatividade. Com estas
atividades pretende-se uma boa qualidade de vida e o bem-estar de todas as crianças.
O objetivo da realização deste documento é expor as atividades desenvolvidas ao
longo do estágio. Este está composto por três capítulos. O primeiro está subdividido por
três subcapítulos onde apresento a descrição do que é a Animação Sociocultural, as
modalidades da Animação Sociocultural, a Animação Sociocultural na infância, o perfil
do Animador Sociocultural e, por último, as suas competências e características. No
segundo capítulo é apresentado o enquadramento geográfico, a caracterização da
instituição e a descrição das áreas de intervenção que constituem a instituição. O terceiro
capítulo destina-se à contextualização e explicação da tipologia de atividades que
desenvolvi e os seus objetivos, caracterização do público-alvo, o dia-a-dia na instituição,
as atividades que desenvolvi, e as faixas etárias com as quais trabalhei. Por fim, apresento
uma reflexão crítica, os anexos e a bibliografia.
Capítulo I - Contextualização Teórica
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
3
1.1. A Animação Sociocultural
Segundo as autoras Glória Perez Serrano e Maria Luísa Sarrate (2011), a palavra
Animação no seu termo etimológico, procede do latim com uma dupla origem: “anima”
onde o animador promove, fomenta, impulsiona e atua sobre o grupo/indivíduo,
realizando-se a ação de fora para dentro, enquanto “animus”, em que o animador motiva
e dinamiza os indivíduos a partir do seu interior, estimulando a sua capacidade de
relacionamento e participação, acontecendo a ação de dentro para fora.
A partir da visão das autoras, a Animação entende-se como um sinónimo de “pôr
em relação”, mobilizar, interrelacionar e fazer mudança. A Animação não gera ações a
partir do próprio grupo, sugere-as, invoca, ilumina, provoca e facilita ações dos
indivíduos, grupos e instituições. Lopes, (2006) diz-nos que a Animação tem como
principal tarefa responder às necessidades mais elementares das pessoas, fazendo assim
com que se constitua um método que leve as pessoas a autodesenvolverem-se e
reforçarem os grupos comunitários. Similarmente tem como objetivo tornar a
comunidade mais consciente, mais crítica, mais solidária, mais participativa, mais
voluntária em causas nobres e lutadoras de ideias e ideais e mais responsável pelas ações
no mundo.
Possibilita que as mulheres e os homens sejam portadores de boa educação e de boa
esperança, podendo, assim expressar opiniões e decisões e assumir as diferenças e
semelhanças sem terem de olhar para o lado e ficarem incomodados.
A Animação é fazer com que o ser humano assuma a liberdade de expressão e
poder dizer o que pensa sem ser comprometido, ou seja, qualquer ser humano possa
exercer a sua atividade sem ter qualquer pudor ao executar a mesma. Devido às condições
de cidadãos com cidadania sem se temerem falsos juízos e falsos estigmas, permite que
se partilhem vivências, saberes e que haja uma interação e sejam estabelecidas relações
pessoais e interpessoais, não permitindo que haja uma incomunicabilidade e mordaça.
Não é possível identificar de uma forma precisa uma cronologia daquilo que hoje
designamos como Animação. Sempre houve diferentes tempos na vida das pessoas,
tempo para trabalho e tempo para o lazer. Por isso, partilhamos das opiniões de
conceituados estudiosos como Ventosa (1993), quando afirma que é muito difícil
determinar em que data concreta se constituiu a animação uma vez que ao longo da
história da humanidade, sempre houve lugar para inclusão de fenómenos de Animação.
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
4
Em concordância com este princípio Ucar (1992), sustenta que é difícil precisar o
momento exato do aparecimento da Animação Sociocultural, visto que a difusa
manifestação se perde no tempo.
Em Portugal, pela voz de Garcia (1987), que subscrevemos por inteiro, a questão
da origem da animação é também considerada como sendo temporalmente indeterminada
se a considerarmos como uma manifestação difusa de criatividade de integração social,
embora seja mais precisa se a considerarmos como uma metodologia ligada à intervenção
nos campos sociais, políticos, educativos e culturais. Devemos recordar em termos de
enquadramentos históricos que a Europa, entre as décadas 50 e 70, viveu o auge daquilo
a que se chamou o estado do bem-estar, não apenas económico, mas também social,
cultural e educativo. Em Portugal, durante estas décadas prevaleceu uma situação de mal-
estar generalizado. Este mal-estar proveniente do regime totalitário e da sua obstinada
política de manter uma guerra colear, que destruía a juventude portuguesa.
Disso mesmo nos dá conta Garcia (1987, p.32), a referir que a
Animação com forma de atividade destacada está a emergir nas dinâmicas sociais das
sociedades complexas desde os anos 60. Mas antes disso pode-se vislumbrar Animação em todas
as ações e situações deliberadas de intervenção nas práticas de convivência. Os associativismos,
sobretudo, de carácter cultural e recreativo, sempre fizeram, e continuam a fazer, Animação. A
Animação nasceu no “terreno” e tem a sua história intrinsecamente ligada aos movimentos
sociais. A partir dos anos 60 começou a surgir gradualmente no sistema político-institucional.
Apareceu como um novo “instrumento” que correspondia quer ao alargamento desse sistema (o
Estado do bem-estar e as suas múltiplas ramificações), quer à procura de respostas para novos
problemas e necessidades: chegara a vez dos problemas culturais. Problemas de identidade
cultural, problemas com a já nítida rutura do tecido social portador de cultura, problemas com a
socialização infantil e juvenil, problemas de carência de ligações entre os indivíduos e os sistemas
em que se processam as suas trajetórias. Surge a Animação como estratégia de Política Social e
como instrumental técnico.
Segundo Garcia (1980), a idade da infância da animação corresponde à recomposição do
tecido social provocado pelo nascimento das sociedades industriais pelo êxodo da
população do campo para a cidade e pela consequente necessidade de assegurar formas
de intervenção justo das classes trabalhadoras. O autor refere essa ideia ao referir (1980,
p. 42)
Que a Animação tem a sua infância no surgimento e no nascimento das sociedades
industriais, e na desintegração das chamadas sociedades tradicionais. É com o
desenvolvimento da industrialização, da urbanização, com a saída dos campos, a atração
que representam os grandes centros urbanos, que surge toda essa preocupação da
instrução (…) à degradação duma certa identidade cultural… .
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
5
Para o impulsionador Araújo da revista Intervenção-Revista de Animação Sociocultural,
a Animação tem origem nos anos sessenta e é marcada por razões de caráter político,
estando ligadas à alfabetização evoluindo posteriormente para mobilizar a sociedade mais
justa, o que vai de encontro ao pensamento de Araújo (entrevista,5) que defende que a
Animação Sociocultural emerge do antes do 25 de Abril, pois ela localiza-se nos níveis
mais profundos de tecido social da vivência social e das relações sociais, nas relações
que estão imersas, escondidas na consciência e ancoradas nas atitudes, A Animação
Sociocultural mexe também com o interior das pessoas. Com o 25 de Abril, vai às
estruturas sociais, à política, à grande organização política, mas agora há realmente as
estruturas profundas dos cidadãos e aí começa pela consciência, com as mudanças de
atitude, e isso, de facto, não pode ser feito por decreto, nem por discurso, nem por
mobilização.
São necessárias ações em pequenas comunidades, que é aquilo que a Animação faz,
porque Animação Sociocultural não é manipulação, é um trabalho direto a partir da
ação e não de discursos em abstratos. A Animação Sociocultural é um ato na liberdade
que leva as pessoas a fazerem uma caminhada para poderem evoluir de uma forma mais
acelerada.”
Na opinião de Ferra, (1982, p.55) a Animação Sociocultural
É um processo de ação que tem como objetivo a relação de um problema, através da
participação de todos os interessados, e que permite o desenvolvimento de: -
autoconfiança; respeito mútuo e aceitação das diferenças; capacidade de integração em
grupo; intervenção na vida das comunidades; em desenvolvimento de diferentes atores
sociais.
1.2. A Animação Sociocultural na atualidade
Segundo Jardim (2002) a ação e o dinamismo que se podem gerar através da Animação
não estão tanto orientados para a transformação da realidade social, mas sim para relações
sociais, principalmente onde os sistemas de organização estão desorganizados.
Encontram-se três perspetivas da Animação, como uma metodologia de
intervenção social, de uma ação política cultural e como uma função educativa.
A Animação como metodologia de intervenção social tem um fundamento teórico
que resulta do diálogo interdisciplinar com as ciências humanas, em geral, e com
as ciências sociais e as dinâmicas de grupo, em particular. Serve-se de
instrumentos que indicam como fazer determinadas ações para se atingir metas e
objetivos específicos. É de notar que a metodologia da Animação se baseia numa
pedagogia participativa, o que supõe, por sua vez, a procura da autogestão como
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
6
forma de organizar o trabalho cultural. Por isso, o princípio operativo básico da
Animação é fazer com que as atividades sejam participativas.
A Animação como forma de ação dentro da política cultural surge nos anos 70,
quando os Estados manifestaram uma preocupação com a promoção da cultura.
Como consequência da emergência desta preocupação, foram-se perfilando um
conjunto de ações dos poderes públicos que se dominaram com o nome genérico
de política cultural. Dentro destas ações próprias, distinguem-se as atividades de
promoção cultural, de gestão cultural e de animação sociocultural. Contudo
convém advertir que nem toda a política cultural incorpora a Animação como
parte ou modalidade das suas formas de ação; mas é de salientar que toda a política
cultural que queira gerar processos de participação realiza necessariamente
programas de Animação.
Numa terceira perspetiva, a Animação atual é considerada sob o ponto de vista da
sua função educativa. Observando o que fazem os animadores, e sobretudo, como
o fazem, encontram-se algumas caraterísticas que tornam a animação uma
atividade educativa-formativa, tais como promover, encorajar, despertar
inquietações, motivar para a ação, fazer desabrochar potencialidades latentes em
indivíduos, grupos e comunidades.
1.2.1. Modalidades da Animação Sociocultural
Segundo Serrate e Serrano afirmam que Quintana Cabanas (2010), a Animação
Sociocultural tem sido bastante discutida nos últimos anos. Esta área ainda recente e
pouco divulgada, necessita de ser trabalhada e melhorada pelos profissionais. É uma área
pouco valorizada embora nos últimos tempos se tenha mudado essa opinião, tendo a ASC
várias formas de atuação, sabemos que é uma área muito vasta e bastante enriquecedora.
Segundo o autor Cabanas (2010, pp. 106-107) a Animação Sociocultural apresenta
modalidades muito diversas que se podem classificar em três grupos:
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
7
1. Dar vida
A Animação como transmissão de vida significa dar ímpeto, dar alma ao que não
a tem, ou melhor, tinha-a, mas perdeu-a, ou está latente. Trata-se de vitalizar,
dinamizar e estimular.
Uma definição de vida é, à primeira vista, dúplice: a vida tanto é a duração
compreendida entre o nascimento e a morte como são as propriedades dos seres
ditos vivos, e que lhes falta no momento da morte. Ambas as definições implicam
uma necessária e inevitável referência à morte.
2. Pôr em relação
A dimensão relacional é um pormenor destacado da Animação Sociocultural.
Significa facilitar o contacto com os outros, fomentando a aceitação e o respeito.
É uma ação que propicia a integração dos sujeitos nos grupos e na sociedade. Há
que procurar pôr em jogo as possibilidades dos indivíduos e estabelecer entre eles,
relações fecundas, desenvolvendo potencialidades de toda a índole, ao mesmo
tempo que alcança um benefício social. Promove a adesão aos objetivos que se
pretendem alcançar mediante processos de desenvolvimento sociocultural.
3. Participar no desenvolvimento da comunidade
A participação é consubstancial à Animação Sociocultural, pois é um fim e um
meio: faz-se a animação para motivar as pessoas a participar e faze-las participar
para animá-las. Participar é um conceito chave deste processo comunitário. O
conceito de comunidade é discutido desde há muito no seio das ciências sociais.
De acordo com Tönnies (1989), a comunidade assenta na vontade humana
orgânica, que é dominada pela motivação, memórias, mecanismos de ação e de
sentimentos de pertença ao coletivo. A sociedade assenta, por sua vez, numa
vontade humana de outra ordem, vontade refletida, que é denominada pelo
pensamento, pela abstração, por relações humanas de tipo societário, ou seja,
pelos interesses individuais, pela relação de competição, de indiferença em relação
aos outros.
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
8
Para o autor Rocher (1989, pp. 46-47), a comunidade
É “formada por pessoas unidas por laços naturais, espontâneos, assim como por objetivo
comuns que transcendem os interesses particulares de cada individuo. Um sentimento de
pertença à mesma coletividade domina o pensamento e as ações das pessoas,
assegurando a cooperação de cada membro e à unidade ou à união do grupo. A
comunidade é pois um todo orgânico no seio do qual a vida e o interesse dos membros
se identificam. Com a vida e o interesse do conjunto.”
O dicionário da Revista Animação e Educação (RAE) define a ação de participar como
“ter parte em algo” (sociedade, instituição, etc.), o que requer uma atitude positiva de
implicação na ação para favorecer algo. É certo que não há comunidade sem participação;
é justamente a participação que a possibilita. A animação relaciona-se com frequência
com o ócio e o tempo livre, a dinamização dos grupos, a organização de atividades
diversas e o aperfeiçoamento pessoal, social, entre outros. Com essa finalidade a
Animação Sociocultural possui vários recursos como por exemplo: recursos como prática
social, recursos como estímulo, recursos como ação, recursos como processos de
desenvolvimento, recursos como promoção e transformação, recursos como tecnologia
social. Para estes recursos existem breves definições, que passamos a descrever a seguir,
para que se possa perceber mais facilmente.
Como prática social
A Animação Sociocultural faz-se presente em diferentes situações e práticas
sociais, cujos âmbitos, para alguns autores, são coincidentes com os educativos.
A partir de uma vertente prática da educação e da intervenção social, entende-se
como um modelo consolidado de intervenção na realidade social. Ou seja, a
animação está presente na educação e na sociedade.
Nesse sentido a Animação Sociocultural desenvolve programas, projetos e
atividades orientadas à transformação social, mediante a implicação dos
protagonistas no seu próprio desenvolvimento. Utiliza instrumentos que
potenciam o esforço e a participação de todos os membros de uma comunidade.
Temos que ter em conta que a Animação se distingue mais pela sua forma de se
praticar, do que pelas atividades especificas, pois é feita mais referência à forma
de atuar, do que a um conteúdo concreto.
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
9
Como estímulo
A Animação Sociocultural entende-se como um processo deliberado e constante,
destinado a dinamizar, motivar e estimular as pessoas e os grupos que se
autodesenvolvem mobilizando as suas potencialidades, respeitando a sua
liberdade e favorecendo a sua criatividade e iniciativa. Considera-se também
como um esforço vocacionado, a oferecer a cada possibilidade e o desejo de
converter-se em agente ativo do seu desenvolvimento e da comunidade na que
esta inserido.
Como ação
Tal como referido anteriormente nos grupos em que a ASC está classificada, ela
é vida que cresce em comunidade. Este recurso, é essencial para servir de suporte
ao crescimento e à participação. Ao mesmo tempo, é um elemento catalisador do
desenvolvimento das iniciativas pessoais, (como já referido em animus)
superando a dicotomia entre a teoria e prática, pensamento e ação.
Como processo de desenvolvimento, promoção e transformação
A Animação Sociocultural é uma forma de transformação social. É uma ação
crítica, liberal e transformadora da sociedade, permite que grupo social seja tempo
agente e criador da sua própria cultura, incorporar os valores culturais do povo na
cultura universal. É um processo dirigido à organização das pessoas para realizar
programas, projetos e iniciativas para o desenvolvimento sociocultural.
Considera-se também, como um processo de liberalização e emancipação dos
povos, o que os leva, à criação da sua própria cultura.
Como tecnologia social
A Animação Sociocultural tem sentido e justifica-se a partir de uma perspetiva
fundamentalmente técnica, ou seja, desde o saber fazer e como fazer, o que se
deve fazer.
A tecnologia social consiste no uso e aplicação do conhecimento científico,
articulado com técnicas e práticas que têm como objetivo, a transformação da
realidade social, procurando resultados específicos e metas previamente
estabelecidas. É uma tecnologia social baseada numa pedagogia participativa que
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
10
tem como finalidade atuar em diferentes âmbitos para melhorar o bem-estar da
população.
1.3. Animação Sociocultural na Infância
Segundo o autor Marcelino de Sousa Lopes (2006), a Animação Sociocultural na Infância
corresponde à necessidade básica, sentida com o estabelecimento do regime democrático
em Portugal, ganhando expressão como forma de Animação Socioeducativa. A ação da
Animação na Infância foi traduzida na execução de programas lúdicos e formativos, que
se encontram em colónias de férias, em passeios e em visitas de estudo, permitindo assim
às crianças visitar e conhecer lugares e regiões diferentes das do seu local de residência.
Estas atividades baseavam-se em processos de aprendizagem dinâmicos,
resultantes da partilha e da interação das crianças entre si e das crianças com os monitores.
O programa de ASC na infância pode definir-se como um conjunto de atividades
de carácter lúdico, destinado a crianças entre os 8 e os 13 anos, estas podem ser
desenvolvidas junto ou separado da educação formal.
As atividades passam pela realização de ações ligadas à expressão dramática, ao
jogo, à expressão musical e à expressão plástica. Quando articuladas com a educação
formal pode-se executar como tecnologias educativas aos serviços das áreas formais de
ensino, possibilitando o ensino da história, recreando imagens e acontecimentos da época
da língua materna, dramatizando o texto da matemática e ligando a conjuntos e número a
personagens. Fora do espaço educativo formal podemos encontrar outro conjunto
relacionado e envolvido com a comunidade da família com a vida.
Segundo Calvo (1997, p.213) a Animação na infância não altera os princípios
norteadores, então
Mantém na sua forma de fazer princípios próprios que a Animação Sociocultural defende, e
somente nos seus programas de intervenção, nas suas atividades e metodologias, encontraremos
processos específicos e diferenciais, fruto por um lado, do ajuste às características e necessidades
dos grupos destinatários da sua ação, e por outro, da sua estreita relação com a pedagogia do
ócio.
Qualquer ação no domínio da animação infantil tem como princípios a criatividade, a
componente lúdica, a socialização, a liberdade e a participação. Sendo a criatividade
promovida a partir do envolvimento em áreas expressivas. A componente lúdica tem
como objetivo fazer com que o prazer da ação se manifeste na alegria de participar, num
clima de confiança em atividades portadoras de satisfação e de estado de convívio; a
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
11
socialização encontra-se a partir de uma envolvência com outros e em programas que a
promovem dentro de processos criativos; a liberdade é o sentimento e uma procura
permanente e uma necessidade vital. A participação é na qual em que todos os atores são
protagonistas de papeis principais e não afastados para planos secundários (Lopes, 2008).
1.4. O Animador Sociocultural e o Educador Social
Na perspetiva de Lopes (2006), para se definir o perfil do animador, temos de saber se a
animação é uma atitude que dá um novo sentido a qualquer tipo de atividade humana, ou
se há alguma tarefa específica da animação que carece de um perfil, com formação própria
que a torne profissional.
Qualquer pessoa que participa numa ação cultural poderá ser chamada de
animador? A questão não é de fácil resolução e tem acompanhado a história da animação
e dos animadores. Contudo, estes profissionais querem, por compromisso político ou de
uma crença religiosa, tentar mudar a sociedade trabalhando com o homem da rua, com os
marginalizados, com os grupos, com a comunidade e com os demais carenciados, estes
gestos têm tido um papel fundamental para a sociedade.
Garcia (1987, p. 32) diz-nos quem deve ser designado como animador:
Aquela pessoa que pela sua ação cria as condições mais favoráveis para conseguir a realização
humana. O papel do animador deve ser encaminhado para conseguir os membros do grupo
conheçam, se sintam e se esforcem para chegarem a serem pessoas comunitárias.
Segundo o autor Garcia (1988), ser animador
É ser intermediário cultural. É ser produtor e incentivador de acontecimentos e ocasiões
significantes, e de dispositivos para o relacionamento para o estímulo das «criatividades», para
a acessibilidades «bens culturais» em circulação, e para a participação sem constrangimentos
nas tarefas da satisfação comum.
É pretendido que o animador vá de encontro às pessoas, ou que lhes confira sentido
crítico, em que qualquer atividade ou ação levada a cabo contenha em si as dimensões
sociais, culturais, educativas e políticas. Aqui o ato de animar consiste agora, e sempre,
um ato de comunicação, interação e promoção de vivências a partir da convivência.
O animador, quando colabora com outros, não detém o primado nem o monopólio
da animação, deve antes de mais interagir com outros e ver neles, não um potencial
inimigo, mas sim um grande aliado para a intervenção.
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
12
Segundo a Associação Promotora da Educação Social (APES, 2012), o animador
será sempre um técnico de intervenção, que testemunha o desenvolvimento da nossa
sociedade. Interessa aqui salientar que não só da intervenção social se faz valer o
animador, pois a barreira que o separa do educador é muito ténue como se pode verificar
com o estágio que desenvolvi e descrevo no terceiro capítulo.
O animador é um agente que põe em funcionamento e dá continuidade à aplicação
de processos de animação, este pode estar ao serviço de uma instituição pública ou
privada com carater administrativo, associativo, voluntário e ou profissional. Por sua vez
o educador social tem como competências construir e reconstruir saberes. Cabe ao
educador social ajudar as pessoas em interpretar o mundo e a desenvolver formas de
relacionamento de uns com os outros. Tem também uma responsabilidade na formação
cívica. Assim, pode dizer-se que os técnicos de educação social quer os técnicos de
animação sociocultural têm perfis semelhantes. Estes dois técnicos compartilham saberes
teóricos e práticos: enquanto o animador sociocultural tem uma componente mais lúdica
e cultural (promovendo assim a dinamização do coletivo e da comunidade para os seus
tempos livres), o educador social tem uma componente mais educativa (com base
individual de acordo com o projeto de vida de cada um, sempre assente numa prática
pedagógica e social), onde a minimização de problemas ou necessidades é a grande
finalidade destes técnicos.
Quanto ao que diferencia os dois técnicos, o animador assume uma importante
função de mediador e facilitador das práticas culturais dos tempos livres, de forma a
contribuir para o desenvolvimento cultural de um coletivo, grupo ou comunidade. Assim,
desta forma, desenvolve uma ação contextualizada e enraizada em ambos os territórios,
quer a nível da sociedade, quer a nível da comunidade. Portanto, ambos trabalham o social
mas em diferentes perspetivas: enquanto o animador sociocultural se move numa
perspetiva coletiva e cultural, o educador social promove no indivíduo a mudança e o
atingir de determinadas competências para se adaptar à sociedade.
O trabalho executado pelos dois técnicos, que em muito se assemelha, não deixa
de ter um papel fundamental no seio de uma equipa multidisciplinar.
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
13
1.5. O Perfil do Animador Sociocultural
O Animador Sociocultural é um profissional qualificado apto a promover o
desenvolvimento sociocultural de grupos e comunidades, organizando, coordenando ou
desenvolvendo atividades de animação de caracter cultural, educativo, social, lúdico e
recreativo. Este tem de demonstrar criatividade, empreendedorismo, capacidade de
iniciativa, sentido de responsabilidade, capacidade de negociação e de raciocínio rápido.
Tem ainda de saber trabalhar em equipas multidisciplinares e em contexto
comunitário.
O animador tem de saber ser comunicativo de uma forma clara e precisa, tem de ser
paciente de modo a entender as diferentes necessidades da população, tem de ser
persistente na atividade profissional e tem de ter equilíbrio emocional de modo a saber
gerir situações de risco.
Na apreciação e visão de Garcia (1975), o perfil de animador deve conter ou
adquirir as seguintes características:
Estar inserido no meio;
Ser capaz de conquistar a confiança e o apoio da população com que trabalha;
Ter disponibilidade para se adaptar às características do grupo e não o contrário,
apesar de poder vir a colaborar na modificação dessas características;
Ser politicamente progressista, caso contrário não estaria interessado num trabalho
que tem, como objetivo último, a consciencialização participante e criadora dos
grupos, das comunidades, das populações;
Não ser identificado com uma organização partidária;
Não fazer uma “intervenção selvagem”;
Não ter uma postura “heroica”;
Não assumir uma posição de “ porta-estandarte”;
Não ter uma visão demasiada “romântica”
Não se considerar uma “vedeta”;
Não sobressair do grupo, não se distinguindo, mas procurar fundir-se no próprio
grupo;
Saber ouvir e estar calado;
Não ter uma atuação paternalista;
Procurar não dar receitas, nem respostas, estimulando o grupo a agir;
Dar ao grupo e às pessoas todo o protagonismo;
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
14
Ser fornecedor de pistas e dinâmicas;
Ser maleável e flexível;
Usar uma linguagem precisa e clara adaptada às formas de comunicações locais;
Ter uma enorme facilidade em comunicar com os outros;
Ser maturo, possuir uma certa estabilidade emocional, ir aperfeiçoando a sua cultura
geral, ser profundamente atento;
Estar disponível e ser portador de uma certa liberdade de ações;
Ter consciência de que o trabalho do Animador não é compatível com esquemas
dos horários rígidos, nem com uma mentalidade demasiadamente burocrática;
Saber usar a imaginação nas alturas próprias;
Saber dar ao grupo uma certa sensação de improviso.
O mesmo autor (1975, pp. 4-5) recorda ainda
Não vamos à procura de Super-Homens. (…) O verdadeiro trabalho de Animação é o
fazer pensar, fazer falar e fazer atuar. Pouco a pouco, ele vai agindo de modo a que o
grupo possa determinar por si mesmo, os seus objetivos e a escolher os meios mais
adequados para os atingir…”
Sou da opinião que o animador deve ser dotado de várias competências e características
não só aquelas que já foram enumeradas neste trabalho, mas também as que são possíveis
verificar no ponto 1.6 deste capítulo. O animador sociocultural deve ser capaz de partilhar
experiências, estar aberto a novos desafios e novas emoções, de forma a ficar mais
enriquecido a todos os níveis.
1.6. Competências/ Caraterísticas do Animador Sociocultural
O animador, para ser um bom profissional, tem ao seu dispor algumas competências a
nível dos saberes: deve ter noções de Política Social, Gerontologia e Tecnologias de
Informação. Ao nível dos conhecimentos deverá dominar as áreas das Expressão
Artística, nomeadamente: a corporal, a dramática, a musical e a plástica. Deve ainda ter
um conhecimento aprofundado de Técnicas de Animação, Intervenção Comunitária,
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
15
Animação e Intervenção social, Artes e atividades Recreativas, bem como das áreas
Científicas de Psicologia e Sociologia1.
De acordo com o plano descrito no site do IPG podemos assim verificar, e
comprovar que este está de acordo com todas e quais queres competências exigidas ao
animador.
Ao nível do saber – fazer o animador deve saber ler e interpretar diagnósticos
sociais da comunidade e relatórios psicológicos e sociais de cada pessoa, ou programas
de animação identificando as principais áreas de intervenção, bem como utilizar técnicas
de observação, entrevistas e questionários, identificando e selecionando as técnicas e
práticas de animação tendo em conta o tipo de programas de animação, e características
das pessoas, dos grupos e das comunidades e os objetivos que pretende atingir.
Um bom técnico deve ainda saber identificar os recursos necessários para a
concretização de projetos de intervenção sociocomunitária e de animação.
Ao nível do saber – ser o animador deve saber adaptar-se às diferenças individuais,
situacionais e socioculturais, a ambientes diversos e a situações imprevistas, comunicar
de forma clara, precisa, persuasiva e assertiva, trabalhar em equipas multidisciplinares,
gerir conflitos, agir com conformidade com as normas de higiene e segurança no trabalho
e estabelecer relações de cooperação dentro de equipas multidisciplinares.
O profissional tem que também demostrar autonomia e criatividade na resolução
das atividades, demonstrar segurança e confiança, demonstrar estabilidade emocional e
autocontrolo, assim como demonstrar capacidade de observação, compreensão e
sensibilidade e persistência na sua atividade profissional.
Por último, um bom animador tem que saber estabelecer relações interpessoais em
páticas, saber motivar e valorizar os clientes/utilizadores e lidar com situações de
insucesso e dar valores aos pequenos progressos.
Neste capítulo, foram supracitados diversos pontos tais como a Animação
Sociocultural, onde é feita uma breve contextualização sobre o que é a Animação
Sociocultural, em seguida apresento as modalidades da Animação Sociocultural, onde
estão referidos vários pontos de atuação que correspondem à Animação Sociocultural,
faço ainda referência aos recursos da Animação Sociocultural, uma descrição do público-
alvo onde o meu estágio decorreu (infância), posteriormente refiro o perfil do Animador
1 Sugiro aqui ver o plano curricular de um curso de Animação Sociocultural do IPG disponível em: http://www.ipg.pt/acessoensinosuperior/curso.aspx?id=11&curso=Anima%C3%A7%C3%A3o%20Sociocultural
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
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e por último as competências e as características do animador. Após a descrição destes
pontos dou a conhecer melhor aquilo que é a Animação Sociocultural, como atua e qual
o público com o qual se pode desenvolver atividades, o animador e por fim as suas
características.
Capítulo II- Enquadramento Geográfico da Instituição
ESECD-IPG Relatório de Estágio-Ana Ramalho
18
2.1. Enquadramento Geográfico
O local do estágio situa-se na cidade da Guarda. A Guarda é distrito de Portugal, que
pertence à província tradicional da Beira Alta.
O Concelho da Guarda está situado no centro da região beirã, entre o Planalto
Guarda-Sabugal e a Serra da Estrela. Esta localização privilegiada permite-lhe que os seus
cerca de 712,11 km2 de área sejam partilhados pelas bacias hidrográficas de cursos de
águas tão importantes como são os Rios Mondego, Zêzere e Côa. Atualmente o Concelho
é constituído por 43 freguesias.
O Concelho da Guarda confina a nascente com os Concelhos de Pinhel, Almeida
e Sabugal, a sul com os de Belmonte e Covilhã, e a poente com Manteigas, Gouveia e
Celorico da Beira. O seu Concelho tem, segundo os Censos 2011 realizados pelo Instituto
Nacional de Estatística (INE), um total de 42 541 habitantes.2
Na imagem 1A, podemos visualizar, no mapa, a localização do distrito da Guarda
que se destaca a vermelho e na imagem 1B a diversas cores, temos os 14 municípios que
constituem o distrito da Guarda, a cor de laranja temos a Guarda.
Fonte: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/9/99/LocalDistritoGuarda.svg/2000px-LocalDistritoGuarda.svg.png;
http://www.aplexextremadura.com/ashe/diariodelashe/20060128-mertola-LHF/mapas/portugal/images/02%20DIST-guarda.gif
2.2. Caracterização da instituição
A instituição denominada “Creche Santa Luzia” está localizada na Rua 31 de janeiro, nº
54, 6300-769 Guarda. A instituição é constituída por três edifícios: creche, jardim-de-
infância e atividades de tempo livre (A.T.L.). Cada uma das valências tem uma estrutura
própria e instalações diferentes adaptadas à idade das crianças que as frequentam.
2 Dados fornecidos pelo Portal Do Instituto Nacional De Estatística (INE), http://censos.ine.pt/xportal/xmain?xpid=CENSOS&xpgid=ine_censos_publicacao_det&contexto=pu&PUBLICACOESpub_boui=156644135&PUBLICACOESmodo=2&selTab=tab1&pcensos=61969554, 27-11-2015
Imagem 1: (A) - Mapa do distrito da Guarda; (B) -
Municípios do distrito da Guarda
A B
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O A.T.L está dividido em quatro salas, a sala do 1º ano, a sala do 2º ano, a sala do
3º e por último a sala do 4º ano.
O jardim-de-infância está dividido em três salas, a sala dos periquitos que vai dos
3 aos 4 anos, a sala das joaninhas que vai desde os 4 aos 5 anos e, por último, a sala das
abelhinhas que vai dos 5 aos 6 anos.
A creche está dividida em três salas: a sala do berçário que vai dos 0 meses aos 12
meses; a sala das borboletas pertença das crianças com idade de 1 ano e a sala dos gatinhos
que pertence às crianças com a idade de 2 anos.
2.2.1. Recursos Materiais do A.T.L
O A.T.L estende-se pelos seguintes compartimentos, ao longo de dois pisos:
Um parque exterior;
Duas casas de banho exterior para crianças;
Três salas;
Um salão interior;
Um vestuário para as auxiliares;
Quatro WC’s interiores para crianças;
1 Salão de festas/ brincadeiras.
2.2.2. Descrição das instalações-Recursos Materiais do A.T.L
O A.T.L que é composto por 1 parque exterior (imagem 8-B) sendo este o mesmo que o
do (jardim-de-infância) e 2 casas de banho exteriores para as crianças. O primeiro piso
do A.T.L é composto por 1 sala para as crianças do 1º ano (imagem 2-A), que é composta
por meses e armários 1 sala para as crianças do 2º ano (imagem 2-B), composta por mesas
e armários.
ESECD-IPG Relatório de Estágio-Ana Ramalho
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Fonte:https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1379425075626870&set=a.1379424818960229.1073741834.100006781711380&type=3&theater
https://www.facebook.com/creche.santaluzia.33/media_set?set=a.1379424818960229.1073741834.100006781711380&type=3
Existe também 1 sala para as crianças do 3º ano (imagem 3-A) que é organizada por 4
mesas, 1 televisão e 1 sala para as crianças do 4º ano (imagem 3-B) que na abertura e no
fecho da instituição é a sala comum a todos, sendo composta por 1 armário com 1
bancada, 1 armário com 1 televisão e 4 mesas. É composto ainda por 2 WC para crianças
e 1 vestuário para as auxiliares.
Fonte: https://www.facebook.com/creche.santaluzia.33/media_set?set=a.1379424818960229.1073741834.100006781711380&type=3
https://www.facebook.com/creche.santaluzia.33/media_set?set=a.1379424818960229.1073741834.100006781711380&type=3
O segundo piso é composto por um salão interior que é comum a todas as crianças do
A.T.L é composto por 1 campo de futebol interior (imagem 4-A) e uma casinha das
bonecas e 2 WC crianças. Por fim o A.T.L contém um refeitório (imagem 4-B) sendo este
o mesmo que o do jardim-de-infância.
Imagem 3: (A) Sala do 3º ano; (B) Sala do 4º ano
A B
B A
Imagem 2: (A) Sala do 1º ano; (B) Sala do 2º ano
ESECD-IPG Relatório de Estágio-Ana Ramalho
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Fonte: https://www.facebook.com/creche.santaluzia.33/media_set?set=a.1379424818960229.1073741834.100006781711380&type=3
https://www.facebook.com/creche.santaluzia.33/media_set?set=a.1380540395515338.1073741836.100006781711380&type=3
2.2.3. Recursos humanos do A.T.L
Os recursos humanos do A.T.L são constituídos por cinco elementos, que são uma
educadora social, uma animadora, e três auxiliares de ação educativa.
2.2.4. Recursos Materiais do Jardim-de-Infância
O edifício onde se encontra o jardim-de-infância é composto por 2 andares, sendo
composto pelas seguintes divisões:
Três salas;
Uma copa:
Um vestuário/WC para adultos;
Dois WC para crianças;
Um refeitório (Imagem 5);
Um dormitório;
Um ginásio;
Uma cozinha;
Um parque exterior;
Uma sala da direção;
Uma sala de atendimento;
1 Salão de festas/ brincadeiras.
Imagem 4: (A) Campo de futebol; (B) Refeitório do A.T.L
A B
ESECD-IPG Relatório de Estágio-Ana Ramalho
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Fonte:https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1380541142181930&set=a.1380540395515338.1073741836.100006781711380&type=
3&theater
2.2.5. Descrição das instalações- Recursos Materiais do Jardim-de-Infância
No jardim-de-infância, no primeiro piso, existem três salas. A sala para as crianças dos 3
aos 4 que é a sala dos periquitos (imagem 6-A) tem um cantinho das bonecas (imagem 6-
B), 1 estante com livros e jogos, mesas e cadeiras, 1 sala para as crianças dos 4 aos 5 anos
que é a sala das joaninhas que é composta por mesas e cadeiras, o espaço de brincadeiras
com tapete e jogos e armários e 1 sala para crianças dos 5 aos 6 anos que é a sala das
abelhinhas composta por mesas, armários e o espaço de brincadeira com jogos.
Imagem 6: (A) Sala dos periquitos; (B) Casinha das bonecas da sala dos periquitos
Fonte: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1375553902680654&set=a.1375553626014015.1073741828.100006781711380&type=3&theater
https://www.facebook.com/creche.santaluzia.33/media_set?set=a.1375553626014015.1073741828.100006781711380&type=3
Imagem 5:Refeitório do jardim-de-infância
A B
ESECD-IPG Relatório de Estágio-Ana Ramalho
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É também composta por 1 sala da direção 1, uma sala de atendimento, 1 vestuário/WC
para adultos, 1 WC para crianças. No segundo piso é composto por 1 refeitório (imagem
9) comum às crianças do jardim-de-infância e A.T.L, 1 cozinha, 1 dormitório que é no
ginásio (imagem 7-A) e 1 parque exterior (imagem 7-B) que é composto por um
escorrega, 4 baloiços e 1 WC para crianças com 4 sanitas e 1 lavatório. O jardim-de-
infância pode contar também com um salão de festas/brincadeiras que é comum a todas
as valências da instituição.
Fonte:https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1375553792680665&set=a.1375553626014015.1073741828.100006781711380&type=3&theater
Fonte: Própria
2.2.6. Recursos Humanos do jardim-de-infância
Os recursos humanos que constituem o jardim-de-infância são cinco sendo três
educadoras e quatro auxiliares
2.2.7. Recursos Materiais da creche
A creche que é o local onde realizei o meu estágio. Estende-se por dois pisos, sendo estes
compostos por uma serie de locais próprios para o desenvolvimento das crianças.
Um dormitório;
Uma cozinha;
Um refeitório para as crianças;
Duas despensas;
Um vestuário para as auxiliares e educadoras;
Duas casas de banho para adultos;
Uma casa de banho para as crianças;
Dois fraldários;
A B
Imagem 7: (A) Ginásio/ Dormitório; (B) Parque exterior
ESECD-IPG Relatório de Estágio-Ana Ramalho
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Três salas;
Uma copa;
Um parque exterior;
Um salão de festas/ brincadeiras;
2.2.8. Descrição das instalações-Recursos Materiais da creche
No primeiro piso a creche contém 1 dormitório com capacidade para 28 camas e é comum
às crianças de 1 e 2 anos. No segundo piso é composta por 1 cozinha que contém: 1
frigorífico, 1 máquina de lavar a loiça, 2 lava loiças, 1 mesa com 4 cadeiras, um carrinho
que serve para transportar a loiça suja do refeitório para a cozinha, contém ainda uma
despensa onde se guarda os tabuleiros da fruta, o açúcar e bolachas. Existe ainda um
refeitório que é comum às crianças de 1 e 2 anos composto por 3 mesas com 4 a 5 cadeiras
e 4 mesas compostas com 18 cadeiras, 2 salas de arrumos, uma das salas situa-se ao lado
do refeitório e serve para guardar alguns brinquedos, e a outra sala que se encontra
debaixo das escadas serve para arrumar o material de limpeza.
Há também 1 vestuário com 7 armários individuais onde as funcionárias guardam
os seus pertences, nesse mesmo espaço há uma casa de banho de serviço para as mesmas.
A creche contém com 1 sala para as crianças de 1 ano (sala das borboletas)
(imagem 8-A) com capacidade para 12 crianças, uma sala para as crianças de 2 anos (sala
dos gatinhos) (imagem 8-B) com capacidade para 16 crianças.
Fonte: Própria
A B
Imagem 8: (A) - Sala das Borboletas; (B) - Sala dos Gatinhos
ESECD-IPG Relatório de Estágio-Ana Ramalho
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Existe um WC para crianças com seis sanitas e 1 fraldário com 2 muda fraldas, 1 berçário
(imagem 9-A) composto por um dormitório (imagem 9-B) composto por 8 camas de
grades, um fraldário composto por 2 muda fraldas e 2 armários, e uma copa de leite
composta por 1 lava loiças e 1 armário onde guardam as papas, os pratos e as colheres.
Fonte: Própria
Existe ainda 1 parque exterior, 1 casinha das bonecas (imagem-10-A) para as crianças da
creche e, por fim, 1 salão (imagem 10-B), onde se realizam as festas de todas as valências
e onde todas as crianças de todas as valências brincam.
Imagem 10: (A) - Casinha das bonecas; (B) - Salão
Fonte: Própria
B A
A B
Imagem 9: (A) - Berçário; (B) - Dormitório do berçário
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26
Quanto aos recursos humanos, cada valência possui a sua própria equipa de trabalho,
embora quando há impossibilidade de uma das partes comparecer a outra parte auxilia.
A Instituição Santa Luzia tem um horário comum a todos os departamentos, que é das 7h
às 19h.
Durante o meu estágio na creche Santa Luzia pude verificar uma excelente
competência por parte de toda a equipa na qual a maior preocupação são as crianças.
Deixar um filho seu, ainda bebé na creche representa um ponto de viragem na vida
de qualquer família e tenha a criança 3 meses ou 2 anos, esta é uma decisão que não deve
ser tomada com ânimo leve. Na hora de escolher a creche, são vários os fatores que devem
ser tidos em conta, por isso escolha a creche Santa Luzia, nesta daremos todo e qualquer
apoio tanto às famílias como às crianças. As crianças usufruirão de um acompanhamento
personalizado e adaptado à evolução de cada um. Como em tantas outras não poderíamos
deixar de realizar eventos ao longo do ano, nos quais todas e sem exceção participam e
tem um momento em grupo por salas.
2.2.9. Recursos Humanos da creche
Os recursos humanos que compõem esta valência são cinco elementos, sendo eles, duas
educadoras e quatro auxiliares.
2.3. Caracterização do público-alvo da creche
A creche Santa Luzia é uma creche que conta com trinta e uma crianças cujas idades estão
compreendidas entre os 4 meses e os 2 anos. Estas encontram-se distribuídas pelo berçário
(0 ao 1 ano) com 9 bebés, a sala das borboletas (1 ano) com 9 crianças e por último a sala
dos gatinhos (2 anos) com 13 crianças.
Segundo Piaget o desenvolvimento intelectual é constituído por 4 estádios
sucessivos, sucedendo-se uns aos outros por um processo de integração. A idade em que
cada criança atinge cada estádio vária, embora Piaget tivesse apresentado idades médias
para se passar de um estádio a outro. Estes estádios correspondiam a diferentes formas de
ver, compreender e agir sobre o mundo que culminavam no pensamento adulto. Os quatro
estádios que Piaget definiu são:
Sensório-motor: nascimento até cerca dos 2 anos
Pré-operatório: dos 2 aos 6/7 anos
Operações concretas: dos 6/7 anos aos 11/12 anos
ESECD-IPG Relatório de Estágio-Ana Ramalho
27
Operações formais: dos 11/12 anos aos 16 anos
Cada estádio é definido por diferentes formas de pensamento. A criança deve atravessar
cada estádio segundo uma sequência regular, ou seja, os estádios de desenvolvimento
cognitivo são sequenciais. Se a criança não for estimulada/motivada na devida altura não
conseguirá superar o atraso do seu desenvolvimento. Assim, torna-se necessário que em
cada estádio a criança experiencie e tenha tempo suficiente para interiorizar a experiência
antes de prosseguir para o estádio seguinte.
Uma vez que o meu público-alvo são as crianças do berçário (crianças de 1 e 2
anos) então irei debruçar-me mais sobre o desenvolvimento cognitivo sensório-motor.
Piaget denominou o estágio que vai desde o nascimento até 2 anos de vida da criança
como período sensório-motor. Utilizou essa denominação pois é durante os primeiros
anos de vida que o bebê primeiramente percebe o mundo e atua nele, onde coordena as
sensações vivenciadas junto com comportamentos motores simples, juntando o sensorial
a uma coordenação motora primária. A criança tem sensações e descobre o mundo através
do deslocamento de seu corpo.
A procura visual é um comportamento sensório-motor e é fundamental para o
desenvolvimento mental, pois este tem que ser aprendido antes de um conceito muito
importante designado por permanência do objeto. À medida que as crianças começam a
evoluir intelectualmente compreendem que, quando um objeto desaparece de vista,
continua a existir embora não o possam ver. A experiência de ver objetos nos primeiros
meses de vida e, posteriormente, de ver os mesmos objetos desaparecer e aparecer tem
um importante papel no desenvolvimento mental. É durante este estádio que as crianças
aprendem principalmente através dos sentidos e são fortemente afetados pelo ambiente
imediato, contudo, sendo também neste estádio que a permanência do objeto se
desenvolve, podemos afirmar que as crianças são capazes de algum pensamento
representativo, muito semelhante ao do estádio seguinte, pois seria um erro afirmar que,
sendo a sua fala, gestos e manipulações tão limitadas, não haveria pensamento durante o
período sensório-motor.
Para finalizar a abordagem a este estádio é importante referir que a criança ao
contactar com o meio de forma ativa está a favorece a sua aprendizagem de uma forma
criativa e original. O estádio que se enquadra no trabalho que desenvolvi na Creche foi
o estádio sensório-motor que é o estádio que vai desde o nascimento até aos 2 anos.
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28
No estágio as salas pelas quais passei foram apenas o berçário que vai desde os 0
meses aos 12 meses, a sala de 1 ano que vai desde os 12 meses aos 24 meses e sala dos 2
anos que vai desde os 24 meses aos 36 meses.
Ao longo do estágio, pude ver evoluções entre as crianças que estavam no berçário
e que depois passaram para a sala de um ano, pois enquanto no berçário tentei fazer uma
atividade com elas, elas demonstraram medo e não ligaram nada à atividade, mas depois
quando passaram para a sala de um ano e eu passei com elas, pude ver que houve uma
grande evolução. De início tinham medo de pegar no material e de fazer certas atividades,
mas no fim já achavam piada e já queriam fazer as atividades sozinhas. Ou seja, o recém-
nascido depende totalmente dos outros para satisfazer as suas necessidades. Se as suas
atividades descobertas forem encorajadas e estimuladas, a criança desenvolverá confiança
não só nos outros como em si mesmo. Se, pelo contrário, a criança desenvolver um
sentimento de medo, desconfiança irá fazer com que essa criança no futuro seja tímida e
insegura quanto às suas capacidades e no confronto com os obstáculos do meio
Quando fui estagiar para a sala dos 2 anos a evolução era maior, pois as crianças
já conseguiam representar vivências e realidades, através dos jogos, desenho, linguagem
e imagem e pensamento.
É através das atividades que são relatadas no terceiro e último capítulo, que
poderemos verificar esta evolução, bem como o papel fundamental do animador
sociocultural numa vertente educativa-formativa (ver 1.3 do primeiro capítulo).
ESECD-IPG Relatório de Estágio-Ana Ramalho
Capítulo III – Estágio Curricular
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
30
Neste terceiro e último capítulo irei fazer referência aos três meses de estágio que, como
referi decorreu entre os dias 1 de julho a 31 de outubro, tendo sido realizado na creche
Santa Luzia.
Ao longo deste capítulo vai ser possível verificar as atividades executadas, que se
basearam nos ensinamentos práticos e teóricos aplicados ao longo do curso de Animação
Sociocultural.
O meu estágio teve a duração de 3 meses de julho a agosto, no horário das 10h00
às 12h00 e das 14h00 às 18h00. A partir do mês de setembro até ao final do estágio, o
meu horário foi das 10h00 às 13h00 e das 14h00 às 18h00.
O estágio é um conjunto de atividades que visam a aquisição ou o
desenvolvimento de competências técnicas, relacionadas com o Curso de Animação
Sociocultural. Assim, este pretende que se adquira experiência no mundo de trabalho,
colocando em prática tudo o que se aprendeu até momento.
O estágio é, portanto, o momento no qual um estudante pode sentir e aplicar na
prática os conhecimentos teóricos que adquiriu na sala de aula, aperfeiçoando as suas
habilidades e conhecimentos. Trata-se de uma complementação na aprendizagem do
estudante. Em alguns casos, o estágio é remunerado, embora esse não seja considerado
trabalho, ou seja, não estabelece vínculo com a impressa ou instituição.
Para mim a escolha do meu estágio foi uma decisão fácil, uma vez que já tinha
estagiado com um público-alvo de idades compreendidas entre 3 anos aos 4 anos e dos 4
anos aos 5 anos, desta vez a minha escolha foi mais inclinada para trabalhar com um
público-alvo mais novo, neste caso estagiar numa creche, para assim poder ter várias
experiências que me possam enriquecer a vários níveis: tanto profissional, como pessoal.
Inicialmente comecei a estagiar com as crianças do berçário, onde pode conhecer as
auxiliares, as crianças, o dia-a-dia das mesmas e as regras. Depois de já ter a confiança
das crianças propus à educadora responsável pelo berçário a realização de uma atividade.
A maioria das atividades planeadas e postas em prática no decorrer do estágio foram
apreendidas ao longo dos três anos de licenciatura.
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31
3.1. Plano de atividades
A creche elabora um plano de atividades mensal subordinado a um tema específico. Todas
as atividades realizadas em cada mês possuem objetivos.
Uma vez que todas as atividades já estavam programadas, o meu estágio foi de
observação e auxílio em todas as atividades, o que me proporcionou uma maior facilidade
e acesso a informações necessárias para fazer uma reflexão, tendo em conta todo o
processo, desde a escolha dos materiais, recetividade das crianças, desenvolvimento ao
longo da atividade e a reação das mesmas ao resultado. Contudo, tive a oportunidade de
contribuir com algumas ideias, dentro do contexto previamente programado como fora
dele:
Criação de uma árvore de Outono com rolhas
Criação de abóboras com nozes
Conto de uma história de Outono
Criação de maracas
Criação de borboletas com rolo de papel higiénico
Criação de tartarugas com casca de nozes
Desenho borrado (simetria borrada)
3.2. Objetivos
No decorrer de qualquer intervenção de Animação Sociocultural tal como me aconteceu
no estágio, têm de se definir vários objetivos gerais e específicos que vão ao encontro do
público - alvo com o qual se vai trabalhar.
Os objetivos têm como finalidade atingir uma meta. Neste estágio delineie várias
metas a alcançar, pensei em atividades que pudessem ser desenvolvidas de acordo com
os objetivos que já tinha em mente. Estes são os que nos indicam o caminho a seguir de
modo a que a atividade seja planificada da melhor forma. Para alcançar os objetivos temos
de saber aplicar os nossos conhecimentos aquando da realização das atividades para,
assim, não haver grandes desvios do que se pretendia fazer.
Os objetivos gerais são:
Desenvolvimento do grupo para uma melhor qualidade de vida através das
expressões artísticas;
Abrir o corpo e a mente para as novas realidades;
Desenvolver experiência individuais e em grupo;
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32
Os objetivos específicos são os seguintes:
Desenvolver a precisão manual;
Desenvolver a imaginação e criatividade;
Proporcionar à criança o contacto com novos materiais;
Ajudar a criança a desinibir-se;
Desenvolver a motricidade fina, promover/desenvolver a concentração e atenção;
Promover a autonomia.
As minhas atividades foram escolhidas e pensadas de acordo com o plano da instituição
e outras foram pensadas de acordo com dias comemorativos.
Para a realização de grande parte das atividades, utilizei material reciclado para
incentivar as crianças a preservar o meio ambiente, e assim começar a incutir a
reciclagem.
3.3. Metodologias de intervenção
Quando falamos de metodologia de intervenção, referimo-nos a todos os métodos usados
para colocarmos em prática as atividades desenvolvidas. Estas atividades, para poderem,
ser desenvolvidas, têm de ser pensadas e avaliadas para sabermos se é possível aplica-las
e se vão de encontro aos objetivos delineados.
No meu caso fui acompanhada por três educadoras: uma delas estava responsável
pelo meu desenvolvimento e desempenho na instituição, enquanto as outras duas
educadoras me ajudavam a realizar bem como a integrar na instituição e nos trabalhos
que nela se realizavam. Esta foi a razão não realizar qualquer levantamento relativamente
as necessidades existentes, quer das crianças quer da instituição, pois existia já um
programa de atividades. Eu teria de me integrar para poder ajudar no seu desenvolvimento
e só no caso de surgir alguma alteração é que poderia realizar uma atividade. Desta forma
ao início senti algumas dificuldades em distinguir qual o tipo de intervenção que deveria
e poderia fazer, isto no caso de ser necessário colocar em prática alguma atividade.
Contudo, com o passar do tempo e após conhecer já as crianças com quem
desenvolvia atividades foi muito mais fácil planear e desenvolver as mesmas.
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33
3.3.1. Expressão plástica
Segundo Sousa (2003) o termo Expressão Plástica foi adotado pela educação pela arte
portuguesa, assim designa-se o modo de expressão-criação através do manuseamento e
modificação de materiais plásticos. Na antiga Grécia, a palavra plastike referia-se à arte
de modelar figuras em barro. O termo latino plástica já abrangia os outros materiais
(gesso, pedra, madeira, metal). Atualmente, consideram-se os materiais como tendo
características físicas elásticas ou plásticas. O barro, o gesso, a pedra, a madeira, os
metais, o plástico, são exemplos de materiais plásticos.
As artes plásticas ou a expressão plástica referem-se às atividades artísticas
envolvendo estes materiais. Este método é essencialmente uma atitude educativa
diferente, não centrada na produção de obras de arte, mas na criança, no desenvolvimento
das suas capacidades e na satisfação das suas necessidades.
Esta posição e atitude educacional tanto poderá estar presente nas aulas e ateliers
de artes plásticas como poderá constituir uma terceira área de intervenção educacional
por exemplo, jogos de criação e expressão plástica.
A expressão plástica é essencialmente uma atividade natural, livre e espontânea da
criança. O seu principal objetivo é a expressão das emoções e sentimentos através da
criação com materiais plásticos. Desenha-se, pinta-se e modela-se apenas pelo prazer que
esses atos proporcionam e não com a intenção de produzir algo que seja arte.
Não interessa se a obra é “boa” ou “má”, “bonita” ou “feia”, o que interessa é o ato
expressivo e não a plástica. Trata-se de “expressão” plástica e não de produção plástica.
3.3.2. Expressão plástica na infância
A expressão plástica tem uma grande importância no desenvolvimento das crianças,
fazendo assim com que desenvolvam a sua capacidade de expressão, a sua personalidade,
conhecimentos de diversas culturas, criatividade e imaginação. Esta permite também que
as crianças possam expressar os seus sentimentos, alegrias, desejos, medos e ou
ansiedades.
A expressão plástica da criança é uma linguagem convencional. O desenho, a
pintura, a moldagem, a reciclagem, e a dobragem, bem como a rasgagem, recorte e
colagem são técnicas de expressão plástica comuns na educação pré-escolar. Existem
ainda outras técnicas nesta área, que dão “asas” à criatividade e à imaginação que fazem
as delícias dos mais novos.
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34
Por sua vez a linguagem plástica da criança é expressão afetiva antes de ser
figuração. A arte infantil é então formada por dois elementos. Há a considerar aqueles
que vem da criança do seu subconsciente e aqueles que vem do exterior, pela observação
ou pelas experiências.
O educador deverá estar consciente de que se algumas crianças chegam à
educação pré-escolar com alguma experiência na utilização de materiais e instrumentos
de expressão plástica, outras não tiveram a mesma oportunidade. É necessário, então, que
o educador proporcione experiências nessa área, permitindo que todas as crianças possam
progredir a partir da situação em que se encontram.
Ele tem de inspirar confiança, criar um ambiente no qual as crianças tomem
consciência das decisões por si próprias. O educador tem, simultaneamente, a função de
conselheiro técnico.
O espaço da sala, deverá estar organizado adequadamente e enriquecido por uma
diversidade e qualidade dos materiais disponibilizados. A disposição ordenada desses
materiais, a sua diversidade e acessibilidade são condições essenciais para que a criança
possa realizar o que deseja. O cuidado da criança com os materiais, assim como o respeito
pelo trabalho dos outros, relaciona-se com a área da formação pessoal e social.
Na última atualização (2016) da organização do meio ambiente educativo
(Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar) da sala verificamos que a
educação pré-escolar é uma aprendizagem contextualizada de vivências relacionadas com
alargamento do meio familiar de cada criança e nas experiências relacionadas. Este
sistema educativo deverá realizar-se num determinado tempo e situar-se num
determinado espaço em que as crianças tenham à disposição uma variedade de materiais
para que, assim, possa haver um ambiente que possibilite a interação das crianças num
grupo em que estas poderão interagir entre elas e com educadoras e auxiliares.
A organização do grupo, do espaço e do tempo consiste na organização do
ambiente educativo bem como da sala. Esta constitui o suporte do desenvolvimento
curricular, pois as formas de interação no grupo, os materiais disponíveis e a sua
orientação, a distribuição e utilização do tempo são determinantes para que as crianças
possam escolher, realizar e aprender. Importa assim, que o/a educador/a possa refletir
sobre as oportunidades educativas que esse ambiente possa proporcionar, ou seja, que
possa planear intencionalmente essa organização e avalie o modo como contribui para o
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
35
ensino das crianças, introduzindo correções e ajustamentos consoante as necessidades que
encontrar.3
Na expressão plástica todas as crianças terão a oportunidade de explorar diversos
materiais e instrumentos, mas há que ter e conta que, se algumas crianças chegarem à
educação pré-escolar com uma grande experiência na sua utilização outras podem não ter
tido a mesma oportunidade. Todas e sem exceção terão de progredir a partir da situação
em que se enquadram. Esta implica um controlo da motricidade fina que esta relacionada
com expressão motora, tendo assim que recorrer a materiais e instrumentos específicos e
a códigos próprios que são mediadores deste tipo de expressão.
Para a realização de atividades de expressão plástica é necessário uma boa
organização e um espaço adequado, um ambiente cuidado e uma grande diversidade de
materiais para serem disponibilizados.
Todos os materiais bem como todos os instrumentos para a expressão plástica têm
de obedecer a critérios de qualidade. Esses materiais deveram ser disponibilizados
ordenadamente às crianças para que estas possam realizar o que desejam. Para isso
implica que tenham um breve conhecimento de regras, como por exemplo, não molhar o
mesmo pincel em diferentes frascos de tinta, limpá-los depois de os utilizar, cuidar dos
lápis e servir-se de cola e tesouras. Assim cuidando os materiais coletivos vão assim
adquirindo responsabilidade pelo trabalho dos outros e desenvolvem um bom
relacionamento pessoal e social. As crianças deverão ter sempre á disponibilização uma
variedade de cores para que estas possam assim escolher e utilizar diferentes cores e
possam também fazer diferentes combinações. Também é importante a identificação e
nomeação de cores para poderem misturar as cores básicas e assim formarem outras. Com
este exercício de expressão plástica verificam-se aspetos que ligam com a linguagem e o
conhecimento do mundo.
O educador deverá pôr à disposição das crianças várias cores que lhe permitam
escolher e utilizar várias formas de combinação. A identificação e nomeação das cores
básicas para formar outras, embora sejam aspetos a trabalhar na expressão plástica, estão
ainda relacionados com a linguagem e com o domínio da matéria bem como a área do
conhecimento do mundo.
Pode-se, assim, afirmar que a expressão plástica permite à criança exprimir um
conjunto de sentimentos, emoções, pensamentos, ideias e vivências do seu meio.
3 Informação retirada do manual Orientações Curriculares para a Educação Pré-Escolar
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36
Através da expressão plástica as crianças desenvolvem competências como por
exemplo a destreza, a criatividade, a motricidade fina e assim evoluem e descobrem o
espaço que as rodeia. O educador é fundamental para a criatividade e imaginação das
crianças, guiando-as nas suas descobertas e abrindo caminho à experimentação de várias
possibilidades e potencialidades que a expressão plástica tem para oferecer.
Acima foi citada a definição de Expressão Plástica porque em todos os exercícios
desenvolvidos no meu estágio apliquei a mesma, como por exemplo quando realizei os
trabalhos de pintura, a criação de uma abobora, criação de uma maraca, entre outros.
3.4. Atividades desenvolvidas
3.4.1. Manipulação da massa pão
Atividades de expressão plástica no berçário
Tabela 1: Planificação da Atividade do dia 21-7-2015
Duração Atividade Objetivos Material
40
Minutos.
Manipulação da
massa pão.
Desenvolver o
sentido do tato;
Manipular o
material: massa
pão;
Promover a
autonomia;
Ajudar a criança a
desinibir-se.
Farinha;
Água;
Sal fino;
Bacia ou
tupperware.
Fonte: Própria
Descrição: Após conversa com a educadora responsável pelo berçário sobre a atividade
a realizar e esta ter sido aceite, falei de seguida com as auxiliares que trabalham
diariamente com as crianças do berçário e estas também aceitaram e ajudaram na
realização da mesma. Desta forma reuni os materiais necessários (sal, farinha, etc.),
levando de casa alguns deles. Numa primeira fase as crianças não reagiram muito bem,
pois não estando habituadas a mexerem naquele tipo de material (massa pão) acharam
estranho, mas depois de algum tempo e de interagirmos com elas, já começavam a mexer
e até levavam à boca, o que é normal nestas idades.
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37
O resultado desta primeira atividade não correu lá muito bem, pois as crianças não
participaram muito e mal mexeram na massa pão. Escolhi fazer esta atividade com massa
pão em vez da plasticina, porque sendo a massa pão feita de farinha e água, elas poderiam
pôr à boca sem problema nenhum.
3.4.2. Desenho de regresso à creche
Atividades de expressão plástica na sala de 1 ano
Tabela 2: Planificação da atividade do dia 16-9-2015
Descrição: Antes de iniciar a atividade com as crianças de 1 ano, preparei todo o material
necessário à realização da atividade.
Como era o início de um novo ano letivo e elas já se tinham ambientado ao novo
espaço, decidi dar às crianças um desenho com o tema “Regresso à escola” (anexo V),
Duração Atividade Objetivos Material
30 Minutos. Pintar um
desenho.
Desenvolver o
sentido do tato;
Promover a
autonomia;
Manipular o
material: o
lápis;
Estimular a
capacidade de
concentração.
Desenho;
Lápis de cera.
Fonte: Própria
Imagem 11: Atividade no Berçário
Fonte: Própria
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38
onde cada criança pintava o seu desenho à sua maneira, praticando e desenvolvendo assim
a manipulação.
Imagem 12: Pintura de um desenho alusivo ao regresso à creche
Fonte: Própria
3.4.3. Decoração do painel de outono
Atividades de expressão plástica na sala de 1 ano
Tabela 3: Planificação da atividade do dia 22-9-2015
Duração Atividade Objetivos Material
1 hora. Decoração do
painel de
outono.
Desenvolver o
sentido do
tato;
Estimular a
motricidade
fina
Desenvolver as
habilidades
necessárias;
Promover a
autonomia;
Ajudar a
criança a
desinibir-se;
Desenvolver a
competência
da aplicação
das cores do
outono.
Cartolina
castanha;
Folha de papel
branca;
Tesoura;
Tintas
(amarela,
vermelha,
verde e
castanha);
Pinceis;
Rolhas de
cortiça;
Cola branca.
Fonte: Própria
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39
Descrição: Após diálogo e de ter combinado com a educadora da sala de um ano que era
eu quem ia enfeitar o painel de outono, decidi fazer uma árvore com rolhas e as folhas
com as mãos das crianças.
Esta atividade consistiu em fazer, em cartolina castanha, um tronco de uma árvore
com rolhas de cortiça. Peguei na cartolina e desenhei um tronco com o auxílio de um
lápis, de seguida peguei numas rolhas e cortei-as com o auxílio de uma faca para fazer
círculos pequenos. Peguei nas rolhas e com cola colei-as na cartolina. Após concluir essa
parte com as mãos das crianças fiz uma carimbagem numa folha branca e recortou-se a
mesma em toda a volta e, por último, fixou-se na árvore com o auxílio de uns pionés
dando assim a ideia de folhas outonais.
Esta a atividade foi bem aceite pelas crianças, pois elas interagiram umas com as
outras. A parte em que lhes foi pintada a mão foi a parte mais engraçada, eles tinham
cócegas e riam-se. E quando colocamos as mãos já recortadas nas rolhas de cortiça
ficaram todos contentes e a ver de quem eram as mãos.
Imagem 13: Painel de Outono
Fonte: Própria
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40
3.4.4. Construção de uma borboleta
Atividades de expressão plástica na sala de 1 ano
Tabela 4: Planificação da atividade do dia 24-9-2015
Descrição: Esta foi uma atividade proposta pela educadora responsável pela sala de um
ano.
A atividade consistia em que a criança pintava o corpo da borboleta e depois eu,
a educadora e a auxiliar, nas asas das borboletas colávamos as folhas de outono.
Neste trabalho as crianças acharam piada em ver as folhas coladas no papel e
interagiram bem na atividade.
Duração Atividade Objetivos Material
40
Minutos.
Construção de
uma borboleta.
Desenvolver o
sentido do tato;
Desenvolver as
habilidades
necessárias;
Promover a
autonomia;
Ajudar a criança a
desinibir-se.
Desenho;
Folhas de
outono.
Fonte: Própria
Imagem 14: Construção de uma borboleta
Fonte: Própria
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41
3.4.5. Construção de uma tartaruga
Atividades de expressão plástica na sala de 1 ano
Tabela 5: Planificação da atividade do dia 29-9-2015
Duração Atividade Objetivos Material
1 hora. Construção de
uma tartaruga.
Promover a
autonomia;
Ajudar a
criança a
desinibir-se;
Proporcionar à
criança o
contato com
novos
materiais;
Desenvolver a
motricidade
fina.
Folha de
cartolina
verde;
Guaches;
Pincel;
Recipientes.
Fonte: Própria
Descrição: Esta atividade foi da minha responsabilidade. Estando na altura do outono,
decidi fazer uma atividade onde tivesse uma fruta da época, neste caso utilizei a casca das
nozes para fazer a carapaça de uma tartaruga. As crianças teriam que pintar a carapaça
com um pincel de castanho-escuro e numa folha de cartolina verde eu desenhei moldes
da tartaruga (anexo V), depois recortei-os com o auxílio de uma tesoura, em seguida
foram coladas as carapaças das tartarugas e coladas com a pistola de cola quente. Tive de
ter muito cuidado porque a pistola estava muito quente. Esta atividade foi bastante
engraçada pois as crianças como ainda não têm muita agilidade, mal conseguiam pintar a
carapaça da tartaruga, então sujavam as mãos e as mesas, riram-se e brincaram umas com
as outras enquanto a atividade decorria.
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42
3.4.6. Criação de uma maraca
Atividades de expressão plástica e musical na sala de 1 ano
Tabela 6: Planificação da atividade do dia 1-10-2015
Duração Atividade Objetivos Material
1 hora. Criação de
uma maraca.
Promover a
autonomia;
Ajudar a
criança a
desinibir-se;
Proporcionar à
criança o
contato com
novos
materiais;
Desenvolver a
motricidade
fina.
Rolo de papel
higiénico;
Guaches;
Pincel;
Arroz;
Agrafos;
Recipientes;
Esponja.
Fonte: Própria
Descrição: Esta atividade surgiu devido ao dia Mundial da Música. Como se estava a
aproximar o dia Mundial da Música eu propus à educadora da sala de 1 ano fazer algo
que estivesse relacionado com a música, então fiz umas maracas. Esta atividades consistia
na construção de várias maracas feitas com rolos de papel higiénico. A primeira coisa a
fazer-se era agrafar o rolo de papel higiénico de um dos lados, de seguida, à vez e com a
minha ajuda, as crianças iam pintando o rolo com uma esponja. Após os rolos estarem
secos coloquei alguns grãos de arroz e agrafei o outro lado. No final do dia, antes de cada
Imagem 15: Construção de uma tartaruga
Fonte: Própria
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43
criança ir embora dava-lhes a respetiva maraca e elas achavam engraçado abanar a maraca
porque fazia barulho.
3.4.7. Criação de uma borboleta
Atividades de expressão plástica na sala de 1 ano
Tabela 7: Planificação da atividade do dia 19-10-2015
Duração Atividade Objetivos Material
1 hora.
Criação de
uma borboleta.
Ajudar a
criança a
desinibir-se;
Proporcionar à
criança o
contato com
novos
materiais;
Desenvolver a
motricidade
fina.
Rolo de papel
higiénico;
Guaches;
Recipientes;
Esponja;
Olhos;
Fitas
coloridas;
Folhas
brancas;
Lápis.
Fonte: Própria
Descrição: Como as crianças da sala de 1 ano pertencem à sala das borboletas eu lembrei-
me de fazer uma atividade que estivesse relacionada com a sala à qual pertencem - criar
uma borboleta com rolo de papel higiénico.
Esta atividade consistia em que cada criança, com a minha ajuda, pintasse um rolo
de papel, no qual depois de seco eu colava os olhos, posteriormente as antenas e por fim
fazia a boca. Depois de o corpo da borboleta estar feito faltavam as asas das borboletas,
Imagem 16: Construção de uma maraca
Fonte: Própria
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
44
estas foram feitas com as mãos das crianças, ou seja, peguei nas mãos delas e à vez fui
contornando as mãos de cada criança numa folha branca e depois recortei-as.
Posteriormente, e com a minha ajuda, cada criança pegou na esponja e mergulhou-
a na tinta e depois pintaram as respetivas mãos. Por último, estando secas as mãos colei-
as nas respetivas borboletas que cada criança tinha pintado.
Nesta atividade o que mais entusiasmou as crianças e o que mais acharam graça foi
aos olhos da borboleta, pois conforme mexiam a borboleta os olhos também se mexiam.
3.4.8. Pintura de um desenho
Atividades de expressão plástica na sala de 1 ano
Tabela 8: Planificação da atividade do dia 21-10-2015
Duração Atividade Objetivos Material
30 Minutos. Pintura de um
desenho com
uma pera.
Proporcionar à
criança o
contato com
novos
materiais;
Desenvolver a
motricidade
fina.
Folha com
desenho;
Lápis.
Fonte: Própria
Imagem 17: Construção de uma borboleta
Fonte: Própria
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
45
Descrição: Esta atividade foi preparada pela educadora, mas não foi ela que a realizou
com as crianças, pois foi com o apoio da auxiliar que desenvolvi o exercício com as
crianças comprovando a merecida confiança da educadora.
Esta atividade consistia no facto de cada criança pintar com lápis de cor, um
desenho com uma pera (anexo V). Com a minha ajuda e com a da auxiliar as crianças iam
pegando no lápis e coloriam o desenho da pera, sendo que muitas delas já queriam pegar
no lápis sozinhas.
3.4.9. Criação de uma abobora de Halloween
Atividades de expressão plástica na sala de 1 ano
Tabela 9: Planificação da atividade do dia 27-10-2015
Duração Atividade Objetivos Material
30
Minutos.
Criação de
uma
abobora
com noz.
Proporcionar à
criança o contato
com novos
materiais;
Desenvolver a
motricidade fina.
Nozes;
Cartolina preta;
Guache laranja;
Pinceis;
Recipientes;
Cola quente.
Fonte: Própria
Descrição: Com a chegada do dia do Halloween, tive que pensar numa atividade que
estivesse relacionada com esse dia. Para marcar o dia, decidi fazer uma abóbora mas com
nozes. Então o que cada criança tinha que fazer era pintar as nozes de cor de laranja. Após
todas as nozes pintadas, com a ajuda da auxiliar, fizemos os chapéus de bruxa em cartolina
preta (anexo V) e de seguida recortámo-los. Depois de todos os chapéus feitos e de todas
Imagem 18: Pintura de um desenho
Fonte: Própria
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
46
as nozes secas, com cola quente colaram-se os chapéus nas nozes e ,por último, fiz a cada
uma das abóboras uns olhos e uma boca, dando assim a ideia de uma abóbora com um
chapéu de bruxa.
Ao longo da realização da atividade reparei que muitas das crianças estavam
ansiosas para ver o que ia resultar e diziam que a abóbora era delas. No final do dia cada
criança levou a sua abóbora para casa e estavam felizes a mostrar aos pais o que tinham
feito.
3.4.10. Pintura de um desenho
Atividades de expressão plástica na sala de 1 ano
Tabela 10: Planificação da atividade do dia 28-10-2015
Duração Atividade Objetivos Material
30 Minutos. Pintura de um
desenho
alusivo ao
Halloween.
Proporcionar à
criança o
contato com
novos
materiais;
Desenvolver a
motricidade
fina.
Folha com
desenho;
Lápis.
Fonte: Própria
Descrição: Para celebrar o dia das bruxas a educadora deixou orientador um desenho com
uma abóbora (anexo V) onde as crianças tinham de colorir a abóbora de cor de laranja e a
Imagem 19: Criação de uma abóbora de Halloween
Fonte: Própria
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
47
folha de verde. Algumas das crianças nesta altura já coloriam sozinhas precisando só de
uma pequena ajuda, apenas para a troca de cores, outras crianças que eram mais inibidas
já precisavam mais de ajuda. Nesta altura muitas das crianças tentava dizer aos pais
quando os iam buscar que tinham feito um trabalho e que tinham sido elas a fazê-lo.
3.4.11. Pintura borrada
Atividades de expressão plástica na sala de 1 ano
Tabela 11: Planificação da atividade do dia 29-10-2015
Duração Atividade Objetivos Material
30
Minutos.
Pintura
borrada.
Proporcionar à
criança o contato
com novos
materiais;
Desenvolver a
motricidade fina.
Folhas brancas;
Pinceis;
Guaches;
Recipientes.
Fonte: Própria
Descrição: Esta atividade foi proposta por mim. A atividade consistia em que cada
criança, com a minha ajuda inicialmente pegasse no pincel e em seguida o mergulhasse
na cor correspondente para pintar o desenho e posteriormente eu dobrar a folha ao meio
para que a tinta passasse de um lado para o outro.
Apesar destas crianças terem 1 ano gostaram de fazer a atividade, de início tinham
receio de pegar no pincel, mas por fim já o faziam sozinhas e muitas delas queriam fazer
mais.
Imagem 20: Pintura de um desenho de Halloween
Fonte: Própria
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
48
3.4.12. Bolo de chocolate
Atividades de culinária com a sala de 1 e 2 anos
Tabela 12: Planificação da atividade do dia 31-7-2015
Duração Atividade Objetivos Material
1 hora. Fazer um bolo
de chocolate.
Desenvolver o
sentido do
tato;
Promover a
autonomia;
Desenvolver o
sentido do
paladar.
Farinha;
Bacia;
Ovos;
Colher de pau;
Óleo;
Açúcar;
Mousse.
Fonte: Própria
Descrição: Após um diálogo com a educadora responsável pelas crianças dos 1 anos e 2
anos a atividade de pastelaria foi aceite, tendo como objetivo a confeção de um bolo de
chocolate.
Para iniciar a atividade com as crianças de 1 ano, juntamente com as crianças de
2 anos, primeiro tive que preparar a cozinha de modo a estar tudo pronto para a realização
da mesma.
À volta da mesa iniciámos a atividade onde eu ia chamando uma criança de cada
vez para que com a minha ajuda fosse deitando os ingredientes para dentro de um
alguidar. Deitámos primeiro os 6 ovos, de seguida 1 chávena de açúcar, 1 chávena de
Imagem 21: Pintura Borrada
Fonte: Própria
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
49
óleo, deitamos a mousse de chocolate e por último 1 chávena de farinha. Depois de tudo
bem misturado colocámos dentro do micro-ondas à temperatura máxima durante 10
minutos. A atividade termina com a limpeza da cozinha de modo a deixá-la da mesma
forma que a encontrámos. Foi uma atividade bem-sucedida, as crianças reagiram bem e
muitas delas mostraram interesse e quiseram participar na atividade.
No final as crianças ficaram contentes por poderem provar o bolo. Decidi fazer esta
atividade visto que na instituição não se realiza qualquer tipo de atividade deste género.
E achei importante para assim poderem conhecer melhor os alimentos e os seus
sabores.
3.4.13. Moldes com massa pão
Atividades de expressão plástica na sala dos 2 anos
Tabela 13: Planificação da Atividade do dia 29-7-2015
Fonte: Própria
Duração Atividade Objetivos Material
1 hora. Manuseamento da
massa pão.
Desenvolver o
sentido do tato;
Manipular o
material: massa
pão;
Promover a
autonomia;
Ajudar a criança
a desinibir-se.
Farinha;
Água;
Sal fino;
Bacia ou
tupperware.
Imagem 22: Bolo de chocolate
Fonte Própria
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Descrição: Após ter dialogado com a educadora responsável pelas crianças dos 2 anos a
atividade da massa pão foi aceite, esta consistia em fazer formas com a massa pão.
Desta forma reuni os materiais necessários (sal, farinha, etc.), levando de casa
alguns deles. Numa primeira fase expliquei às crianças o que iriamos fazer, à volta da
mesa iniciámos a atividade deitando os ingredientes (farinha, água e sal) para dentro do
recipiente. As crianças tinham de amassar e ir colocando aos poucos a água para que a
massa ficasse consistente. Se a massa estivesse muito grossa tinham que acrescentar água,
se estivesse muito aguada tinham que colocar farinha, até obter a consistência correta. O
sal tem um papel importante nesta massa, pois não é só para tempero mas sim para a sua
consistência e conservação. Com o sal fino a massa tem tendência em ficar mais plástica,
mais forte, menos pegajosa e evita que ganhe bolor.
No caso de a massa começar a ficar seca a educadora ou as auxiliares deveriam
molhar os dedos na água e moldar a massa novamente.
Depois da massa estar pronta, dei uma pequena porção a cada criança com a qual
tiveram uma abordagem à modelagem.
Já numa segunda fase e com formas, iam moldando a massa pão com as formas. Quando
todas as crianças terminaram os trabalhos, estes foram colocados num tabuleiro e de
seguida colocados ao sol para assim secarem.
Após os trabalhos estarem secos, cada criança pintou o seu trabalho com tinta de forma
livre e espontânea de modo a poder expressar-se livremente nesta segunda fase do
trabalho de modelagem.
O resultado desta atividade com as crianças desta sala correu melhor, pois elas já
interagiram sem medos e todas queriam mexer na massa. No final todas elas ficaram
contentes por poderem levar para casa e mostrarem aos pais o trabalho que tinham
realizado.
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
51
3.4.14. Atividade sobre a cor amarela
Atividades de expressão plástica na sala de 2 anos
Tabela 14: Planificação da atividade do dia 25-9-2015
Duração Atividade Objetivos Material
45 Minuto. Atividade
sobre a cor
amarela.
Desenvolver as
habilidades
necessárias;
Promover a
autonomia;
Ajudar a
criança a
desinibir-se;
Proporcionar à
criança o
contato com
novos materiais
Desenvolver a
motricidade
fina;
Conhecer as
cores.
Desenho;
Cola;
Pincel;
Pedaços de
papel
amarelos.
Fonte: Própria
Descrição: A atividade das cores foi proposta pela educadora da sala dos 2 anos, a qual
fui auxiliando ao longo da sessão. A atividade consistia em colar pedacinhos de papel
Imagem 23: Moldes com massa pão
Fonte: Própria
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
52
amarelo no pintainho. No início da atividade, com a minha ajuda ou da educadora,
auxiliávamos a criança a colocar cola branca no pintainho, de seguida, colava-se o papel.
Com este trabalho o objetivo era ensinar a cor amarela e foi bem aceite pelas
crianças. As crianças gostaram da parte de ver o papel colado a folha e o relevo com que
este ficou.
Conforme as crianças, umas colocavam mais, ou menos, papéis para fazer mais
relevo. Pude assim verificar a variedade expressiva dos resultados obtidos.
Imagem 24: Atividade sobre a cor amarela
Fonte: Própria
3.4.15. Atividade sobre a cor azul
Atividades de expressão plástica na sala de 2 anos
Tabela 15: Planificação da atividade do dia 25-9-2015
Duração Atividade Objetivos Material
45 Minutos. Atividade
sobre a cor
azul.
Desenvolver as
habilidades
necessárias;
Promover a
autonomia;
Ajudar a
criança a
desinibir-se;
Proporcionar à
criança o
contato com
novos materiais
Folha branca;
Guaches
azuis;
Pincel.
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
53
Fonte: Própria
Descrição: Esta foi mais uma atividade proposta pela educadora, na qual eu também
participei. Nesta atividade cada criança tinha uma folha em branco e de seguida com um
pincel, molhavam na cor azul e pintavam uma esponja redonda, com a qual tinham que
fazer várias carimbagens na folha branca até estar completamente preenchida.
Esta atividade foi feita apenas com uma criança, pois esta não a tinha realizado
antes. Ela achou muita piada ao ver os dedos a ficarem azuis, e ao carimbar a folha toda
ainda queria mais folhas. Com esta atividade ensinou-se a cor azul.
3.4.16. Carimbagem com frutos
Atividades de expressão plástica na sala de 2 anos
Tabela 16: Planificação da atividade do dia 12-10-2015
Duração Atividade Objetivos Material
30
Minutos.
Carimbagem
com uma pera.
Promover a
autonomia;
Ajudar a
criança a
desinibir-se;
Conhecer a cor
amarela;
Folhas brancas;
Guache amarela;
Pincel;
Recipientes.
Desenvolver a
motricidade
fina;
Conhecer as
cores.
Fonte: Própria
Imagem 25:Atividade sobre a cor azul
Fonte: Própria
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
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Conhecer os
frutos.
Fonte: Própria
Descrição: Esta atividade foi proposta pela educadora, tendo como objetivo relembrar a
cor amarela e dar a conhecer os frutos através da carimbagem com os mesmos.
No início da atividade tive que cortar a pera ao meio e de seguida a educadora
chamava um a um para a realização do trabalho com a minha ajuda. Então com uma
metade da pera eu pintava-a com um pincel e de seguida com a minha ajuda cada criança
ia carimbando a folha até ficar preenchida.
Nesta atividade as crianças aprenderam os frutos e de que cor estes podem ser, e
muitos deles ficaram admirados por verem a forma da pera na folha.
3.4.17. Criação de um cacho de uva
Atividades de expressão plástica na sala de 2 anos
Tabela 17: Planificação da atividade do dia 13-10-2015
Duração Atividade Objetivos Material
30
Minutos.
Criação de
um cacho
de uva.
Promover a
autonomia;
Ajudar a criança a
desinibir-se;
Proporcionar à
criança o contato
com novos
materiais
Folha branca;
Guaches;
Pincel;
Recipientes;
Folha de videira.
Imagem 26: Atividade de carimbagem
Fonte: Própria
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
55
Desenvolver a
motricidade fina.
Fonte: Própria
Descrição: Chegada a época da vindima, falei com a educadora sobre a atividade que
tinha em mente, depois de ter dialogado com ela, achei que era uma atividade engraçada
e deixou-me fazê-la. Esta atividade consistia na criação de um cacho de uva.
Esta atividade foi idealizada por mim tendo em conta que nos encontrávamos no
mês de outubro e é nesta altura época de vindimas. Achei por bem realizar um trabalho
no qual se evidencia isso mesmo. Estando eu a trabalhar com crianças dos 2 anos escolhi
fazer este cacho de uva com materiais que elas pudessem trabalhar livremente. Assim
sendo, o meu objetivo para esta atividade era que todas as crianças interagissem e
vivessem a época das vindimas, com a realização deste cacho de uva.
Para dar início à atividade primeiro tive que arranjar e preparar o material, depois
de ter todo o material necessário fui chamando uma criança de cada vez e com a minha
ajuda cada uma fez um cacho de uva da seguinte maneira: após a criança estar sentada,
eu pegava-lhe na mão e com um pincel pintava-lhe o dedo indicador com a cor vermelha.
De seguida, com a minha ajuda, carimbavam na folha em branco até formarem
um cacho e por último também com a minha ajuda colava-se a folha da videira recolhida
por mim num dia de vindima.
A reação das crianças a esta atividade foi muito boa, pois muitas delas sabiam o
que estavam a fazer e no final diziam que era uma uva e acharam muita graça à parte de
eu pintar-lhes o dedo com o pincel, pois fazia-lhes cocegas!
Imagem 27: Criação de um cacho de uva
Fonte: Própria
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
56
3.4.18. Leitura de um livro e criação de folhas de Outono
Atividade de leitura e atividade de expressão plástica na sala de 2 anos
Tabela 18: Planificação da atividade do dia 15-10-2015
Duração Atividade Objetivos Material
1 hora. Leitura de uma
história de
outono
Criação de
folhas.
Promover a
concentração
Desenvolver a
motricidade
fina.
Livro;
Folha branca;
Guaches;
Pincel;
Recipientes.
Fonte: Própria
Descrição: Como estávamos na altura do outono, a educadora da sala dos 2 anos fez uma
atividade relacionada com essa estação do ano. Esta atividade, em primeiro lugar,
consistiu na leitura de uma história de outono (anexo V), contada pela educadora. Após a
conclusão da leitura da história, cada criança, com a minha ajuda no início, usava um
pincel ora da cor castanha, ora da cor vermelha, ou ainda de cor verde para pintar a folha
branca de um lado. Esta era dobrada unindo uma ponta a outra e fazendo um ligeiro vinco
para delinear assim o meio da folha, após termos executado essa parte foram entregues as
folhas brancas às crianças. Eu, juntamente com a educadora, auxiliámos as crianças a
pintar as folhas apenas uma parte. Após estar uma parte da folha pintada juntamente com
as crianças executei uma dobragem com o mesmo método uni uma ponta a outra e
pressionei a folha de modo que a tinta passasse para o outro lado. Calmamente desdobrei
a folha e fixaram-se os trabalhos.
A reação das crianças nesta atividade foi positiva, apesar de muitas delas na altura
da leitura do texto não estarem muito sossegadas. Mas na altura do trabalho prático
participaram bem e muitos deles acharam graça e outras ficaram admiradas por terem
pintado a folha de um lado e depois aparecer nos dois.
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
57
Conclusão das atividades
Após o término de todas as atividades verifiquei um resultado positivo, pois embora tenha
desenvolvido poucas atividades sinto que todas foram executadas com muito empenho e
dedicação. As atividades propostas pelas educadoras também me ajudaram a
compreender e a preparar as minhas próprias atividades.
Após uma análise e reflexão, posso concluir que houve uma grande evolução da
minha parte quer a nível pessoal quer a nível profissional. Qualquer atividade proposta e
realizada por mim revelou-se uma verdadeira aprendizagem, pois aprendi com a reação
das crianças e com a forma de lidar com elas. Desta forma, posso dizer que consegui
contrariar algumas expressões das crianças mais negativas e adaptá-las a cada uma para
ficarem mais positivas.
Com este trabalho todas as crianças aprenderam e evoluíram. Antes de iniciarmos
estes trabalhos, as crianças eram tímidas e inseguras, com o decorrer e o avançar destas
tarefas que lhes eram dadas notaram-se evoluções graduais de trabalho para trabalho.
Tendo em conta que cada trabalho e cada tarefa nada tinham a ver umas com as
outras, na minha opinião estes trabalhos foram muito produtivos e úteis para a evolução
de cada criança.
Este processo de desenvolvimento foi uma experiência extremamente
enriquecedora, sem margem de dúvida, que me vai ser muito útil para o meu futuro, quer
pessoal quer profissional.
Imagem 28: Criação de folhas de outono
Fonte: Própria
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho
58
Reflexão crítica
O relatório apresentado é o resultado dos três meses de estágio curricular que culminam
no fim do meu percurso como aluna da licenciatura em Animação Sociocultural na
ESECD do IPG.
O início do estágio não foi fácil apesar de já ter trabalhado com crianças, mas de
faixas etárias diferentes, mais velhas. Embora já conhecesse a instituição e tendo em conta
que era uma pessoa nova as crianças adaptaram-se às diversas situações que eram criadas.
Sempre quis trabalhar com este público-alvo talvez, por isso tenha sido a minha adaptação
às crianças mais novas.
A instituição onde decorreu o meu estágio permitiu-me acompanhar diversas
valências nas quais gostei bastante de trabalhar. Ao longo do estágio recorri a técnicas
que contribuíram para o desenvolvimento de diversas atividades, demonstrando assim a
importância da ASC em contexto institucional. Para poder avaliar as necessidades dos
públicos-alvo parti da observação direta, técnica essencial para desenvolver o
conhecimento de todos os públicos com os quias interagi, percebendo assim a melhor
forma de atuar.
Relativamente às atividades que realizei, foram bem-sucedidas, bem acolhidas
pela tutora e educadoras, às vezes havia dias que nem sempre corriam tão bem como o
esperado. Mas as atividades iam sendo realizadas, por vezes já adaptadas de acordo às
necessidades que iam surgindo. Sem me aperceber fui conseguindo captar a atenção de
todas as crianças, e a partir desse momento já me sentia confiante quer nas atividades que
realizava, quer na maneira como as realizava, sentia-me como líder do grupo, onde as
crianças começavam a respeitar-me. Ao fim dos três meses tenho ainda mais certeza que
quero continuar a trabalhar com este público-alvo, pois são as crianças que me dão ânimo
para continuar a realizar atividades de Animação Sociocultural e sinto-me preparada para
as experiências futuras. Foi gratificante ter estagiado na Creche Santa Luzia na Guarda,
com as “minhas crianças” e com as educadoras e auxiliares, com elas pude aprender e
trabalhar, criei um elo de ligação entre mim e a creche, que se mantém mesmo após o fim
do estágio.
O balanço que faço é extremamente positivo, pois com a licenciatura adquiri
conhecimentos, experiência na qual pode pôr em prática ao longo do estágio.
59
Bibliografia
Pérez, Glória, & Maria Luísa Sarrate (2011): "Epistemologia da Animação Sociocultural
e Conceitos Afins." As Fronteiras da Animação Sociocultural, Chaves: Intervenção
(pp.105-119).
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dédalo do real com o virtual In C. S. G. Cebolo, J.D.L. Pereira & M.S. Lopes (Orgs),
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Mapa do distrito da guarda -
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Municípios do distrito da Guarda -
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Estádios de Piaget -
http://www.notapositiva.com/trab_estudantes/trab_estudantes/psicologia/psicologia_tra
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Sala do 1º ano -
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1379425075626870&set=a.1379424818960
229.1073741834.100006781711380&type=3&theater – 3-12-2015
Sala do 2º ano -
https://www.facebook.com/creche.santaluzia.33/media_set?set=a.1379424818960229.1
073741834.100006781711380&type=3 - 3-12-2015
Sala do 3º ano -
https://www.facebook.com/creche.santaluzia.33/media_set?set=a.1379424818960229.1
073741834.100006781711380&type=3 - 3-12-2015
Sala do 4º ano -
https://www.facebook.com/creche.santaluzia.33/media_set?set=a.1379424818960229.1
073741834.100006781711380&type=3 – 3-12-2015
62
Campo de futebol -
https://www.facebook.com/creche.santaluzia.33/media_set?set=a.1379424818960229.1
073741834.100006781711380&type=3 - 3-12-2015
Refeitório do A.T.L -
https://www.facebook.com/creche.santaluzia.33/media_set?set=a.1380540395515338.1
073741836.100006781711380&type=3 - 3-12-2015
Refeitório Jardim - de – Infância -
https://www.facebook.com/creche.santaluzia.33/media_set?set=a.1380540395515338.1
073741836.100006781711380&type=3 – 3-12-2015
Sala dos periquitos -
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015.1073741828.100006781711380&type=3&theater - 3-12-2015
Casinha das bonecas da sala dos periquitos -
https://www.facebook.com/creche.santaluzia.33/media_set?set=a.1375553626014015.1
073741828.100006781711380&type=3 - 3-12-2015
Salão/ Dormitório -
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1375553792680665&set=a.1375553626014
015.1073741828.100006781711380&type=3&theater – 3-12-2015
Refeitório Jardim - de -Infância-
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1380541142181930&set=a.1380540395515
338.1073741836.100006781711380&type=3&theater - 3-12-2015
Pátio Exterior -
https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1375553902680654&set=a.1375553626014
015.1073741828.100006781711380&type=3&theater - 3-12-2015
Estágio - http://www.infoescola.com/educacao/estagio/ - 30-9-2016
63
Expressão Plástica - Informação retirada: https://pequenarte.wordpress.com/expressao-
plastica/ - 3-10-2016
Expressão Plástica - https://ticposgraduacao.wordpress.com/a-importancia-das-
expressoes/expressao-musical-2/ - 3-10-2016
Expressão Plástica na Infância - https://pequenarte.wordpress.com/expressao-plastica/ -
3-10-2016
O Animador Sociocultural e o Educador Social -
http://associacaopromotoradaeducacaosocial.blogspot.pt/2012/08/o-educador-social-e-
o-animador.html - 30-11-2016
ANEXOS
Índice de anexos
Anexo I – Tabela dos Censos 2011 Guarda……………………………… …...66
Anexo II - Organograma da Instituição………………………………………..68
Anexo III - Planificações e Reflexões Semanais………………………………70
Anexo IV - Programa de Atividades da Instituição……………………………96
Anexo V - Moldes de Desenhos………………………………………………100
Anexo VI - Canções…………………………………………………………...113
Anexo VII - Fotografias do Berçário………………………………………….117
Anexo VIII - Fotografias da Sala de 1 Ano……………………………………120
Anexo IX - Fotografias da Sala dos 2 Anos……………………………………126
Anexo X - Fotografias de Atividades em Conjunto……………………………132
Anexo I – Tabela dos Censos 2011 Guarda
Anexo II - Organograma da Instituição
DIREÇÃO
Albertina André
Graça Afonso
Lurdes Martins
SERVIÇOS
ADMINISTRATIVO
S
SERVIÇOS DE
ALIMENTAÇÃO
SERVIÇOS DE
HIGIENE E
LIMPEZA
CRECHE
JARDIM DE
INFÂNCIA
A.T.L.
1 Administrativo
1 Administrativo
1 Cozinheira
2 Ajudantes.
Cozinha
5 Trabalhadores
5 Trabalhadores
2 Educadores
4 Auxiliares
3 Educadoras
4 Auxiliares
1 Educadora Social
1 Animadora
3 Auxiliares A.E.
DIREÇÃO TÉCNICA
Anexo III - Planificações e Reflexões Semanais
Reflexões semanais
1ª Semana (1/7/1015 a 3/7/2015)
O meu estágio teve início no dia um de julho de dois mil e quinze, neste primeiro dia foi-
me apresentado os grupos com quem iria trabalhar nestes três meses. Foi-me também
apresentada as instalações e os funcionários que trabalham na zona da creche.
Ao longo da semana tive o primeiro contacto com as crianças e com toda a equipa.
Foi-me atribuído o horário que iria desempenhar e foi-me apresentado o plano de
atividades da instituição. Nesta semana o meu estágio começou pelo berçário e durante
estes três primeiros dias, apenas fiz observação e ajudava as auxiliares naquilo que fosse
preciso e tomava a confiança das crianças.
Nesta semana passei algumas dificuldades de adaptação, pois nunca tinha estado
em contacto com crianças tão pequenas. Como era o início de uma nova etapa notei
alguma insegurança, alguma timidez, algum medo pois como era a primeira vez que
trabalhava com um grupo tao pequeno ao certo ainda não sabia o que fazer e por vezes
como fazer.
1ª Semana Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
10:00h
10:30h Apresentação Brincadeira
10:15h
10:30h Fazer as frutas
10:30h
11:15h Almoço
11:15h
12:00h Higiene
12:00h
15:00h Hora do sono
15:00h
15:15h Hora de acordar/ Fazer as camas
15:15h
16:00h Hora de lanche/ Higiene
16:00h
17:00h Brincadeira
17:00h
18:30h Hora da televisão
2ª Semana (6/07/2015 a 10/07/2015)
Nesta semana, na segunda-feira, na terça-feira e na quarta-feira a minha rotina foi igual.
Entrei às 10h para o berçário, brinquei com as crianças, apoiava aquelas que estavam a
dar os primeiros passos e dei de comer.
Quando passavam as crianças para o berçário às 9h30, porque até lá todas as
crianças ficam juntas na sala dos 2 anos, uma das auxiliares ia ver as mochilas e tirava as
frutas. Depois às 10h a auxiliar que via as mochilas ia fazer a fruta. Às 10h45
começávamos a dar o almoço começando pelos bebés mais pequenos, dando a sopa com
a fruta, aos mais desenvolvidos no final de todos terem comido a sopa dava-se o segundo
prato. Após terem comido, começavam-se a mudar as fraldas e iam-se deitando nas
respetivas camas, enquanto eu ia arrumando os brinquedos que estavam espalhados pelo
chão.
Ao 12h, depois de estarem já todos deitados saí para ir almoçar para depois entrar
às 14h para a hora do sono, onde ficava ate às 15h com outra auxiliar do berçário.
Após acordarem, levantávamos os bebés na qual eram colocados na manta com
brinquedos enquanto se faziam as camas.
De seguida procedia-se para o lanche e posteriormente para a higiene, onde se
mudavam as fraldas e se limpavam as caras. Às 16h30 ia lanchar com uma auxiliar de
cada sala até às 16h45, após lancharmos voltávamos para a sala onde começávamos
arrumar a sala e a colocar os bebés nas cadeiras para depois, às 17h, serem levados para
a sala dos 2 anos ou de 1 ano conforme a auxiliar que abrisse de manha, se fosse a auxiliar
da sala de 1 ano a abrir a creche era para a sala de 1 ano que íamos se fosse a auxiliar da
sala dos 2 anos era para a sala dela que se ia onde depois viam televisão até chegarem os
Encarregados de Educação e procedia-se à limpeza das outras salas.
Nos dias seguintes, na quinta-feira e na sexta-feira durante a parte da manha fiz a
minha rotina normal, entrei às 10h e estive no berçário com as crianças. Mas na hora do
almoço como estava a faltar uma auxiliar tive que ir ajudar no refeitório com as crianças
de 1 e 2 anos.
Enquanto tive no refeitório, como ainda não são completamente autónomas era
necessário ajudar algumas crianças. Conforme iam acabando de comer, com ajuda de
outra auxiliaria levando as taças e os pratos para a cozinha para depois a loiça ser colocada
na máquina de lavar.
Após terem acabado de almoçar foi arrumar e limpar o refeitório, assim como a
cozinha e a casa de banho e o fraldário das crianças. Ao 12h depois estar todo limpo saí
para ir almoçar para depois entrar às 14h para a hora do sono, onde ficava ate às 15h com
outra auxiliar do berçário. Na hora do lanche voltei para o refeitório para fazer o mesmo
procedimento da hora de almoço.
Após ter tudo limpo voltei para o berçário, onde às 16h30 ia lanchar mais uma
auxiliar de cada sala até às 16h45, após lancharmos voltávamos para a sala onde
começávamos arrumar a sala e a colocar os bebés nas cadeiras para depois às 17h serem
levados para a sala dos 2 anos, pois nessa semana calhava nessa sala onde viam televisão
até chegarem os Encarregados de Educação e procedia-se à limpeza das outras salas.
2ª Semana Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
10:00h
10:30h Brincadeira
10:15h
10:30h Fazer as frutas
10:30h
11:15h Almoço
11:15h
12:00h Higiene
12:00h
15:00h Hora do sono
15:00h
15:15h Hora de acordar/ Fazer as camas
15:15h
16:00h Hora de lanche/ Higiene
16:00h
17:00h Brincadeira
17:00h
18:30h Hora da televisão
3ª Semana (13/07/2015 a 17/07/2015)
Nesta semana a minha rotina não mudou muito daquilo a que estava destinada. Como
todos os outros dias entrei às 10h, estive a tomar conta das crianças e brinquei com elas,
até às 10h30, porque depois era hora de dar o almoço procedendo para a higiene, onde se
tiravam os babetes, mudavam-se as fraldas e limpava-se as caras e de seguida iam para a
cama.
Após estarem todos deitados e chegando a minha hora fui almoçar. Entrei às 13h
onde na hora do sono do berçário fiquei com uma auxiliar da sala dos 2 anos.
Na segunda-feira e na terça-feira, durante a hora do sono, fui ajudar a auxiliar que
estava comigo no sono a guardar os trabalhos dos meninos nas respetivas capas de cada
um. Na quarta-feira, à exceção da primeira hora do sono das 13h às 14h estive que ficar
sozinha, nos restantes foi todo como habitual.
Após acordarem, levantávamos os bebés na qual depois eram colocados na manta
com brinquedos enquanto se faziam as camas. De seguida procedia-se para o lanche e
posteriormente para a higiene, onde se mudavam as fraldas e se limpavam as caras.
Às 16h30 ia lanchar mais uma auxiliar de cada sala até às 16h45, após lancharmos
voltávamos para a sala onde começávamos arrumar a sala e a colocar os bebés nas
cadeiras para depois às 17h serem levados para a sala de 1 ano, pois nessa semana calhava
nessa sala porque tinha sido a auxiliar dessa sala que tinha ido abrir a creche onde viam
televisão até chegarem os Encarregados de Educação e procedia-se à limpeza das outras
salas.
3ª Semana Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
10:00h
10:30h Brincadeira
10:15h
10:30h Fazer as frutas
10:30h
11:15h Almoço
11:15h
12:00h Higiene
12:00h
15:00h Hora do sono
15:00h
15:15h Hora de acordar/ Fazer as camas
15:15h
16:00h Hora de lanche/ Higiene
16:00h
17:00h Brincadeira
17:00h
18:30h Hora da televisão
4ª Semana (20/07/2015 a 24/07/2015)
Esta semana foi dedicada às limpezas, pois é a semana que calha às auxiliares do berçário
fazerem a limpeza da sala. Na segunda-feira correu tudo com normalidade. Na terça-feira
tentei dar início a uma atividade com as crianças do berçário. Essa atividade consistia em
fazer a massa pão e depois dar um pedaço a cada criança e eles mexerem nela, só que
foram poucas as crianças que aderiram à atividade. Na hora de almoço tive que ir ajudar
a auxiliar com os meninos de 1 ano. Após terem acabado levei-os para a sala em comboio,
entretanto tive que ir à cozinha descascar uma maça para dar a um menino. No período
da sesta fiquei sozinha do 12h às 13h no sono do berçário. Ajudei a fazer as camas do
berçário, dei e lanchar. Às 17h arrumámos a sala para levarmos os bebés para a outra sala
verem televisão.
Na quarta-feira foi dia de fazer limpeza à copa de leite e ao fraldário. Enquanto
elas limpavam eu tomava conta das crianças e recebia algumas. Na quinta-feira foi dia de
limpar o dormitório. E por último na sexta-feira foi dia de limpar a sala do berçário.
Enquanto elas limpavam eu tinha que vigiar os bebés para eles não mexerem em
nada.
4ª Semana Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
10:00h
10:30h Brincadeira
Atividade de
Expressão Plástica Brincadeiras
10:15h
10:30h Fazer as frutas
10:30h
11:15h Almoço
11:15h
12:00h Higiene
12:00h
15:00h Hora do sono
15:00h
15:15h Hora de acordar/ Fazer as camas
15:15h
16:00h Hora de lanche/Higiene
16:00h
17:00h Brincadeira
17:00h
18:30h Hora da televisão
5ª Semana (27/07/2015 a 31/07/2015)
Esta semana tive que mudar para a sala dos 2 anos devido a uma auxiliar estava de férias,
mas mantive o meu horário.
Ao ter mudado de sala, tive que fazer as funções que a auxiliar fazia. Todos os
dias tinha que ver as mochilas para tirar ou a fruta, ou os lenços ou a água, ou os babetes
caso os pais se esquecessem de tirar alguma coisa. De seguida levar o tabuleiro das frutas
para a cozinha onde as descascava para umas taças, isto tudo com a ajuda da outra auxiliar
da sala de 1 ano, no primeiro dia, pois era a primeira vez que estava a faze aquilo, mas
depois o resto dos dias já começava a fazer sozinha.
Após ter a fruta toda pronta pegava no tabuleiro e ia para a sala, para ser
distribuídas, por cada criança, pois estas já eram autónomas já estavam na passagem de
sala dos 2 anos para a sala dos 3 anos.
Depois de comerem a fruta cantaram duas canções, brilha a estrelinha e naquela
linda manhã (ver anexo VI). Como já estava na hora de ir almoçar fez-se o comboio para
irmos para o refeitório, onde cada um se sentava nas respetivas cadeiras e de seguida
punha-se os babetes e ajudava-se a dar de comer.
Às 11h30, terminado o almoço, procedia-se à higiene das crianças e a sua
preparação para se irem deitar e dormir a sesta, enquanto umas iam a casa de banho eu
ficava a tomar conta das outras na sala.
Após estarem todos deitados e chegando a minha hora fui almoçar. Entrei às 13h
e na hora do sono fiquei com as crianças de 1 e 2 anos com a educadora dos 2 anos. Após
acordarem, as crianças de 2 anos iam para a casa de banho para se fazer a higiene e tirar
as fraldas aqueles que ainda as utilizavam, enquanto os de 1 ano iam para o refeitório.
Estando prontos da sua higiene as crianças seguiam para o refeitório, onde se
sentavam nos lugares, punham-se os babetes e ajudava-se a dar de comer. Posteriormente
iam para o salão interior brincar até às 17h.
Às 16h30 ia lanchar mais uma auxiliar de cada sala até às 16h45, após lancharmos
voltávamos para o salão. Às 17h fazíamos o comboio para regressar à sala. Após estarem
sentados ia-se buscar a televisão e procedia-se à limpeza das outras salas.
Na terça-feira a minha rotina foi igual como nos dias a seguir assim como a rotina
das crianças à exceção que neste dia depois de comerem a fruta tiveram aula de música
com as crianças de 1ano assim como tem todas as terças-feiras desde as 10h15 até às
10h30.
Após a aula, arrumou-se a sala e fizeram o comboio para irem almoçar. Após almoçarem,
procedeu-se à higiene e à preparação para se deitarem. Depois de acordarem os de 1 ano
foram para o refeitório e os de 2 anos foram para a casa de banho e de seguida para o
refeitório, para lancharem. Às 15h30 iam para o salão brincar onde ficavam até às 17h.
Chegando às 17h eram levados para a sala para verem televisão até chegarem os
Encarregados de Educação. Na quarta-feira as crianças dos 2 anos fizeram uma atividade
proposta por mim que tinha a ver com massa pão, uma vez que não tinha resultado muito
bem com as crianças do berçário decidi fazer com as de 2 anos. Após terem comido a
fruta, fui levar o tabuleiro a cozinha e voltei para a sala para preparar a sala para a
atividade. Comecei por fazer a massa com ajuda de cada criança, onde depois a massa
estar feita dei um bocadinho a cada um e eles mexeram nela e seguidamente cada um
escolheu um molde em forma de estrela de golfinho flor e tartaruga para decalcar na
massa. Após termos tudo feito deitou-se farinha num tabuleiro e fomos pôr no forno.
Arrumámos a sala e fizeram o comboio para irem almoçar. Após almoçarem,
procedeu-se à higiene e à preparação para se deitarem. Depois de acordarem os de 1 ano
foram para o refeitório e os de 2 anos foram para a casa de banho e de seguida para o
refeitório para lancharem. Às 15h30 iam para o salão brincar onde ficavam até às 17h.
Chegando às 17h eram levados para a sala para verem televisão até chegarem os
Encarregados de Educação. Ao outro dia como a massa pão já estava cozida depois de
terem comido a fruta, preparei a sala para eles poderem pintar a forma que tinham feito.
Tendo cada criança pintado a seu trabalho, arrumou-se a sala e fizeram o comboio para
irem almoçar. Após almoçarem, procedeu-se à higiene e à preparação para se deitarem.
Depois de acordarem os de 1 ano foram para o refeitório e os de 2 anos foram para
a casa de banho e de seguida para o refeitório para lancharem. Às 15h45 iam para o salão
brincar onde ficavam até às 17h.
Na sexta-feira depois de os meninos de 1 e 2 anos terem acabado de comer a fruta
dirigimo-nos para a cozinha, onde se fez um bolo de chocolate, na qual, um de cada vez,
conforme eu ia chamando, participava na realização do bolo. Depois de feito colocou-se
no micro-ondas durante 10 minutos, enquanto eles iam almoçar eu fiquei a arrumar a
cozinha e a ver do bolo. Após almoçarem, procedeu-se à higiene e à preparação para se
deitarem. Depois de acordarem os de 1 ano foram para o refeitório e os de 2 anos foram
para a casa de banho e de seguida para o refeitório para lancharem. Há hora do lanche
todas as crianças comeram um bocadinho de bolo. Às 15h30 iam para o salão brincar
onde ficavam até às 17h.
Chegando às 17h eram levados para a sala para verem televisão até chegarem os
Encarregados de Educação.
5ª Semana Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
10:00h
10:15h
Apresentação
na sala dos 2
anos / Fruta
Fruta
10:15h
10:45h Brincadeira
Aula de
Música
Atividade de
Expressão
Plástica
Atividade de
Expressão
Plástica
Atividade de
Culinária
10:45h
11:30h Almoço
11:30h
12:00h Higiene
12:00h
15:00h Hora do sono
15:00h
15:15h Hora de acordar/Higiene
15:15h
15:45h Hora de lanche
15:45h
17:00h Brincadeira/Salão
17:00h
18:30h Hora da televisão
6ª Semana (3/08/2015 a 7/08/2015)
Esta semana tive que passar para a sala de 1 ano, pois a auxiliar estava a faltar então tive
que ocupar o lugar dela que era praticamente o mesmo que fiz na semana anterior, no
lugar da auxiliar da sala dos 2 anos, mas desta vez na parte da fruta tinha que a descascar
e passar porque eram mais pequenas. Após terem comido a fruta fiz e condiz o comboio
dos meninos de 1 ano até ao salão, onde ficaram até à hora de almoço.
Após almoçarem procedeu-se a higiene, onde eu fui para a sala com alguns e a
educadora ficou no fraldário pois ela sabia-se orientar melhor e mais rápido que eu, pois
não sabia onde era o lugar de cada criança porque ainda não as conhecia. Na hora do sono
das 13h às 14h fiquei sozinha no sono do berçário e às 14h passei para o piso de cima
para ficar com os de 1 e 2 anos.
Na minha hora livre de almoço fui buscar os iogurtes à cozinha principal para
levar para a creche, onde na cozinha depois deitei-os para um copo e depois passei-os,
isto porque eram de pedaços e eles não os conseguiam comer por serem pequenos e então
fazia-se batido, onde depois era deitado para umas canecas. Depois de acordarem os do 1
ano foram para o refeitório e os de 2 anos foram para a casa de banho e de seguida para
o refeitório para lancharem. Às 15h30 os de 1 ano foram levados para a casa de banho
para se fazer a higiene e de seguida para o salão brincar onde ficavam até às 17h.
Chegando às 17h eram levados para a sala para verem televisão até chegarem os
Encarregados de Educação. Nos dias a seguir a rotina repetiu-se ao dia de segunda-feira,
ficando eu já na sala sozinha com as crianças enquanto a educadora ia tratar de assuntos.
Nesta terça-feira até setembro não houve aula de música.
6ª Semana Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
10:00h
10:15h Fruta
10:15h
10:45h Brincadeira/ Salão
10:45h
11:30h Almoço
11:30h
12:00h Higiene
12:00h
15:00h Hora do sono
15:00h
15:15h Hora de acordar/Higiene
15:15h
15:45h Hora de lanche
15:45h
17:00h Brincadeira/Salão
17:00h
18:30h Hora da televisão
7ª Semana (10/08/2015 a 14/08/2015)
Esta semana tive que voltar para o berçário porque uma das auxiliares estava de férias,
como já lá tinha estado já sabia como é que as coisas funcionavam. Então de manhã,
enquanto a auxiliar fazia as frutas eu ficava sozinha com eles.
Chegando a hora de almoço fui dando de comer, de seguida procedíamos para a
higiene das crianças mudando as fraldas e limpando a cara, para depois irmos deitar as
crianças e arrumar as salas.
Na hora do sono esta semana tive que ficar 2h sozinha no sono do berçário.
Chegando a hora de se levantarem, tirávamos as crianças das camas e eram colocadas no
colchão com brinquedos enquanto se faziam as camas. Posteriormente dava-se o lanche
e procedia-se à higiene. Após lancharmos voltávamos para a sala onde começávamos
arrumar a sala e a colocar os bebés nas cadeiras para depois às 17h serem levados para a
sala onde depois viam televisão até chegarem os Encarregados de Educação e procedia-
se à limpeza das outras salas.
Na sexta-feira à exceção dos outros dias todos tivemos que levantar as crianças
antes das 15h, porque era dia de mudar as camas e fazer limpezas. Enquanto a auxiliar foi
pôr os lençóis na lavandaria eu fui dando de comer e fui fazendo a higiene de cada criança.
Após lancharmos voltávamos para a sala onde começávamos arrumar a sala e a
colocar os bebés nas cadeiras para depois às 17h serem levados para a sala onde depois
viam televisão até chegarem os Encarregados de Educação e procedia-se à limpeza das
outras salas.
7ª Semana Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
10:00h
10:30h Brincadeira
10:15h
10:30h Fazer as frutas
10:30h
11:15h Almoço
11:15h
12:00h Higiene
12:00h
15:00h Hora do sono
15:00h
15:15h Hora de acordar/ Fazer as camas
15:15h
16:00h Hora de lanche/ Higiene
16:00h
17:00h Brincadeira
17:00h
18:30h Hora da televisão
Do dia 17 ao dia 31 a instituição fecha para férias.
8ª Semana (7/09/2015 a 11/09/2015)
Esta semana fui para a sala de 1 ano porque era o mês onde me pertencia fazer o estágio,
após estar no berçário. Foi uma semana de adaptação para algumas crianças, pois muitas
que foram para a sala de 1 ano eram novas. Então nesta semana praticamente não deu
para fazer nada, pois elas ainda não estavam habituadas aquele ambiente e aquela rotina.
Muitas delas só queriam colo, foi difícil na hora de comer dá-lhes de comer e na
hora do sono também foi difícil mante-las sossegadas na cama e por isso o meu horário
de almoço ter mudado em vez de sair ao 12h passei a sair à 13h podendo assim ajudar a
educadora que ficava nessa no sono. Depois das 14h às 15h ia para o sono do berçário,
porque era a semana em que o berçário ficava só com uma auxiliar no sono e como no
sono do 1 e 2 anos estavam duas auxiliares então eu ia para o berçário, até às 15h, onde
depois voltava para ao pé dos meninos de 1 anos.
Após lancharmos voltávamos para a sala onde começávamos arrumar a sala para
depois às 17h levarmos as crianças para a sala onde depois viam televisão até chegarem
os Encarregados de Educação e procedia-se à limpeza das outras salas.
8ª Semana Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
10:00h
10:15h Fruta
10:15h
10:45h
Adaptação/
Brincadeiras Aula de Música
Atividade de
Expressão Plástica Brincadeiras Brincadeiras
10:45h
11:30h Almoço
11:30h
12:00h Higiene
12:00h
15:00h Hora do sono
15:00h
15:15h Hora de acordar/ Higiene
15:15h
15:45h Hora do lanche
15:45h
17:00h Brincadeira
17:00h
18:30h Hora da televisão
9ª Semana (14/09/2015 a 18/09/2015)
Esta semana depois de uma semana de adaptação já se conseguiu fazer trabalhos com
eles. Às 10 dava-se a fruta, onde depois brincavam até à hora de almoço. Chegando a hora
de almoço, dava-se início à arrumação da sala e seguíamos para o refeitório, onde
tínhamos que dar de comer, pois eles ainda são muito pequenos. Após almoçarem
procedíamos à higiene de cada criança, onde eu ajudava a auxiliar a mudar as fraldas e na
limpeza de cada criança.
Na hora do sono, na primeira hora fiquei no sono da sala de 1 e 2 anos e na segunda
hora de sono fui para o berçário. Após acordarem levei as crianças de 1 ano para o
refeitório onde os sentei, coloquei os babetes e dei de comer, quando acabaram de lanchar
levamos as crianças para a sala, onde depois eram levados um a um para o fraldário para
se proceder à higiene. A seguir a higiene, com a nossa ajuda é altura de se dar água a cada
uma das crianças. Após lancharmos voltávamos para a sala onde começávamos arrumar
a sala para depois às 17h as crianças serem levadas para a sala onde depois viam televisão
até chegarem os Encarregados de Educação e procedia-se à limpeza das outras salas.
Nesta terça-feira já começaram a ter aula de música, muitas das crianças tanto as
novas como as outras sentiam-se assustadas, pois não estavam habituadas era uma nova
atividade na vida delas.
Na quarta-feira como o ambiente dentro da sala já era outro, na qual as crianças já
estavam mais à vontade, decidi levar um desenho para elas pintarem. Reparei que muitas
delas ainda não sabiam pegar muito bem no lápis, outras tinham medo e outras pegavam
no lápis naturalmente. Na quinta-feira durante a parte da manha ajudei a educadora a
recortar umas flores e umas borboletas que iriam servir para marcar os aniversários de
cada criança no placar.
Neste dia durante a minha hora de sono no dormitório de 1 e 2 anos fui por uma
menina de 2 anos a fazer xixi na sanita, mudei fraldas e mudei de roupa a crianças de 1
ano. Na sexta-feira o dia procedeu-se de forma natural com a rotina do dia-a-dia.
9ª Semana Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
10:00h
10:15h Fruta
10:15h
10:45h Aula de Música
Atividade de
Expressão Plástica
10:45h
11:15h Almoço
11:15h
12:00h Higiene
12:00h
15:00h Hora do sono
15:00h
15:15h Hora de acordar/ Fazer as camas
15:15h
16:00h Hora de lanche/ Higiene
16:00h
17:00h Brincadeira
17:00h
18:30h Hora da televisão
10ª Semana (21/09/2015a 25/09/2015)
Nesta semana além da rotina normal que se faz habitualmente e que já é conhecida das
crianças e que se tornou familiar e de fácil cumprimento para mim conseguimos fazer
duas atividades.
Como esta semana entrava o outono eu propus à educadora fazer uma árvore com
folhas, onde as mãos de cada criança iriam representar essas mesmas folhas com as
respetivas cores do outono. E assim foi, na terça-feira de manhã como tinham aula de
música não dava para fazer a atividade então ficou para a tarde, onde iniciei a árvore e a
carimbagem das mãos.
Na quarta-feira de manhã depois de secas as mãos/folhas recortaram-se e
colocámos no painel juntamente com a árvore. Na quinta-feira foi a educadora que levou
um trabalho para eles fazerem, que consistia em uma borboleta onde eles tinham que
pintar o corpo e depois as asas eram folhadas coladas.
Enquanto a auxiliar dos 2 anos estava a fazer a higiene das crianças a educadora
dos 2 anos pediu-me para ficar na sala enquanto ela ia tratar de uns papéis. Na sexta-feira
tive que passar para a sala dos 2 anos porque a auxiliar estava a faltar.
Então ajudei a dar a fruta, depois procedemos para a atividade que a educadora
estava a acabar de realizar sobre a cor amarela e atividade consistia em colar pedaços de
papel amarelo no pintainho.
Depois chegando a hora do almoço fizeram o comboio para se dirigirem para o
refeitório, onde coloquei os babetes e ajudei a dar de comer. Terminado o almoço
procedeu-se à higiene e à preparação para se irem deitar.
Á tarde depois do lanche fomos para a sala, como havia um menino que tinha um
trabalho em atraso da carimbagem da cor azul, fui eu que o ajudei a fazer o trabalho.
Às 16h55 começávamos arrumar a sala para depois às 17h serem levados para a
sala de 1 ano onde depois viam televisão até chegarem os Encarregados de Educação e
procedia-se à limpeza das outras salas.
10ª Semana Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
10:00h
10:15h Fruta
10:15h
10:45h Brincadeira Aula de Música
Atividade de
Expressão Plástica Brincadeira
Atividade de
Expressão Plástica
10:45h
11:30h Almoço
11:30h
12:00h Higiene
12:00h
15:00h Hora do sono
15:00h
15:15h Hora de acordar/ Higiene
15:15h
15:45h Hora de lanche
15:45h
16:15h Brincadeira
Atividade de
Expressão
Plástica
Brincadeira
16:15h
17:00h Brincadeira
17:00h
18:30h Hora da televisão
11ª Semana (28/09/2015 a 2/10/2015)
Esta semana de segunda-feira a quarta-feira como ainda era o mês de setembro mantive-
me na sala de 1 ano, onde fiz a minha rotina habitual, assim como as crianças. Na hora
do sono esta semana fiquei os dois horários a vigiar os de 1 e 2 anos.
Na terça-feira como habitual as 10h15 tiveram aula de música e à tarde realizei
uma atividade com metades de casca de nozes, fiz uma tartaruga. Na quinta-feira como
já era outro mês era para ter ido para a sala dos 2 anos porque era o que me competia, mas
a educadora da sala de 1 ano teve que se ausentar e então esse dia ainda fiquei na sala de
1 ano.
Neste dia como era o dia da Mundial da Música, decidi fazer com eles umas
maracas com os rolos de papel higiénico e arroz. Onde depois ao final do dia cada um
leva a sua maraca para casa. Depois de feita a maraca pode observar que eles gostaram
das maracas, pois ao abanar fazia barulho. Após a realização da atividade arrumamos e
limpamos a sala, para depois de ir ver televisão até chegarem os Encarregados de
Educação. Na sexta-feira já passei para a sala dos 2 anos, onde dei a fruta conforme se ia
chamando e depois ajudei a recortar as letras dos nomes deles para se colarem na capa.
Depois do lanche fomos para a sala, onde se deu água conforme se iam chamando
os meninos. Seguidamente enquanto continuava a cortar as letras a educadora da sala de
1 ano chamou-me por duas vezes para ir por água e pomada a duas crianças que tinham
sido mordidas, enquanto ela ficava na sala e a auxiliar estava a mudar fraldas.
Às 16h55 começou-se arrumar a sala para depois às 17h serem levados para a sala
de 1 ano onde depois viam televisão até chegarem os Encarregados de Educação e
procedia-se à limpeza das outras salas.
11ª Semana Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
10:00h
10:15h Fruta
10:15h
10:45h Brincadeira Aula de Música Brincadeira
Atividade de
Expressão Plástica Brincadeira
10:45h
11:15h Almoço
11:15h
12:00h Higiene
12:00h
15:00h Hora do sono
15:00h
15:15h Hora de acordar/ Higiene
15:15h
15:45h Hora de lanche
15:45h
16:15h Brincadeira
Atividade de
Expressão
Plástica
Brincadeira
15:45h
17:00h Brincadeira
17:00h
18:30h Hora da televisão
12ª Semana (5/10/2015 a 9/10/2015)
Nesta semana voltei a ir para o berçário pois estava uma auxiliar de férias, à exceção de
segunda-feira que tive que entrar às 9h para auxiliar quem lá estava porque uma auxiliar
teve que sair às 9h, entrei sempre às 10h.
Na parte da manhã até que a auxiliar chega-se tive que ficar sozinha no berçário,
onde tive que ir ver as mochilas, tirar os babetes, a fruta e outros acessórios. Como estava
sozinha não consegui ir fazer a fruta então as auxiliares das outras salas, quando foram
fazer as delas levaram a minha fruta para fazer.
Chegando a hora de almoço chega a outra auxiliar, demos de almoçar, fizemos a
higiene das crianças e preparamo-las para o sono. Na hora do sono fiquei as 2h no sono
do berçário. À tarde após terem acordado, fizemos as camas, demos de lanchar e fizemos
a higiene, de seguida foi levar o lixo e apontar os “cocós” e o que era necessário para cada
criança. Neste dia como entrei mais cedo saí às 17h.
Nos outros dias entrei às 10h e ficava sozinha enquanto a auxiliar ia fazer as frutas.
Demos de almoço, fizemos a higiene das crianças e preparamo-las para dormir. Após
acordarem fizemos as camas e demos de lanchar. Fui levar a loiça à cozinha e depois fui
ajudar a mudar as fraldas e a fazer a higiene de cada criança. Chegando as 17h os bebés
eram levados para a outra sala para verem televisão até chegarem os Encarregados de
Educação.
Na terça-feira à exceção dos outros dias teve que limpar o berçário.
12ª Semana Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
10:00h
10:30h Brincadeira
10:15h
10:30h Fazer as frutas
10:30h
11:15h Almoço
11:15h
12:00h Higiene
12:00h
15:00h Hora do sono
15:00h
15:15h Hora de acordar/ Fazer as camas
15:15h
16:00h Hora de lanche/ Higiene
16:00h
17:00h Brincadeira
17:00h
18:30h Hora da televisão
13ª Semana (12/10/2015 a 16/10/2015)
Este mês como me pertencia estar na sala dos 2 anos, foi para onde foi. Como
habitualmente entrei às 10h, enquanto a educadora não chegava e a auxiliar ia fazer as
frutas fiquei sozinha com eles na sala.
Após ter chegado a educadora e de se ter dado a fruta, cantou-se a canção do bom
dia relacionada com a segunda-feira (ver anexo VI) e nos restantes dias cantava-se outra
canção do bom dia (ver anexo VI). Entretanto preparei a sala para a realização de uma
atividade, carimbagem com pera. Chegando a hora de almoço tivemos que deixar as
coisas para ir almoçando, fazendo o comboio. A transição da sala para o refeitório e vice-
versa era feia de comboio com uma canção (ver anexo VI). Após comerem procedemos
à higiene e à preparação para se irem deitar.
À tarde depois de acordarem levou-se os meninos dos 2 anos à casa de banho e de
seguida iam para o refeitório, onde se sentavam e eu ponha os babetes e a comida à frente,
ajudando a dar de comer sempre que possível. Depois deu-se a continuação ao trabalho
da carimbagem com a pera. Chegando às 17h arrumava-se a sala para se ir ver televisão
até chegarem os Encarregados de Educação.
Na terça-feira de manhã após se dar a fruta tiveram aula de música e à tarde dei
início a mais um trabalho, que consistia em fazer um cacho de uva com os dedos e a folha
era colada, antes de se iniciar a atividade a educadora ensinou uma canção da uva (ver
anexo VI). Na quarta-feira de manhã ajudei a auxiliar a levar os meninos para o ginásio
porque iam ter ginástica. Por volta do 12h pediram-me para ir para a sala de 1 ano ajudar
a educadora porque estava sozinha. Na hora de almoço dei de comer aos de 1 ano, tirei
os babetes, levei-os para a sala e de seguida um a um foi levando-os para lhes mudar a
fralda e limpar a cara.
Depois da hora do lanche voltei para a sala dos 2 anos e acabei o trabalho que
estava a fazer. Após terminar limpei e arrumei a sala para que se pudesse ver televisão.
Na quinta-feira de manhã a educadora da sala de 1 ano pediu-me para ficar com
eles na sala enquanto ela ia a tratar de uns papéis, mas depois voltei para a sala dos 2 anos
e fiz a minha rotina habitual e ainda ajudei a educadora acabar a atividade que tinha
iniciado, enquanto eu estava na sala de 1 ano, que foi a leitura de um livro alusivo ao
Outono e depois tinham que fazer as folhas num lado da folha e depois dobrar para ficar
carimbado no outro. Na sexta-feira de manhã foi dia de fotografias, desde as 9h30 até à
hora de almoço.
Neste dia as crianças de 1 e 2 anos ficaram na mesma sala e enquanto as auxiliares
foram fazer a fruta fiquei com a educadora de 1 ano na sala e ia levando os meninos um
a um para tirarem fotografias na sala ao lado. Neste dia depois do lanche levamos as
crianças a brincarem no parque exterior até à hora de irem ver televisão enquanto
esperavam pelos Encarregados de Educação.
13ª Semana Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
10:00h
10:15h Fruta
10:15h
10:45h
Atividade de
Expressão de
Plástica
Aula de Música Ginástica Brincadeira Dia de
Fotografias
10:45h
11:15h Almoço
11:15h
12:00h Higiene
12:00h
15:00h Hora do sono
15:00h
15:15h Hora de acordar/ Higiene
15:15h
15:45h Hora de lanche
15:45h
16:15h Brincadeira
Atividade de
Expressão
Plástica
Brincadeira
15:45h
17:00h Brincadeira
17:00h
18:30h Hora da televisão
14ª Semana (19/10/2015 a 23/10/2015)
Esta semana tive que voltar para a sala de 1 ano, pois a educadora ia se ausentar durante
duas semanas por motivos de saúde. Nesta semana fiz a rotina habitual, mudei as fraldas,
dei de comer, na hora do sono a primeira hora do 12h às 13h fiquei sozinha no sono das
crianças de 1 e 2 anos e na segunda hora de sono das 14h às 15h ia para o berçário.
Na hora do lanche levava-os para o refeitório dava-lhes de comer, limpava-lhes a
boca e tirava os babetes e de seguida levava-os para a sala e ia começando a mudar as
fraldas enquanto a auxiliar fazia as camas. Na segunda-feira à tarde dei início a uma
atividade, que era fazer uma borboleta com rolos de papel higiénico. Na terça-feira de
manhã dei a fruta de seguida levei-os para a sala dos 2 anos para terem aula de música
depois à tarde dei água e acabei as borboletas.
Na quarta-feira depois de comer a fruta, as crianças tiveram que pintar um desenho
de uma pera que a educadora tinha deixado para eles fazerem. Na quinta-feira fez-se a
rotina normal, não houve atividades. Na sexta-feira como ambas as educadoras estavam
a faltar tivemos que juntar todas as crianças na sala dos 2 anos. Demos a fruta e até à hora
de almoço brincaram na sala. Na hora de almoço tive que ajudar os de 1 ano e os de 2
anos.
Enquanto as auxiliares faziam a higiene às crianças eu fiquei a tomar conta das
crianças na sala. Na hora do sono sai às 12h e depois fiz 2h seguidas de sono com os
meninos de 1 e 2 anos. Quando chegou a hora de acordarem, fizemos logo as camas e
depois e que foram lanchar. Enquanto a auxiliar da salde 1 ano procedia à higiene de cada
criança eu na sala mais a outra auxiliar cantávamos canções infantis (ver anexo VI).
Terminada a higiene fomos para o parque exterior. Chegando as 17h levamos as
crianças para dentro, fomos lavar as mãos para depois de sentarem a ver televisão.
14ª Semana Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
10:00h
10:15h Fruta
10:15h
10:45h
Atividade de
Expressão de
Plástica
Aula de Música Atividade de
Expressão Plástica Brincadeira
10:45h
11:15h Almoço
11:15h
12:00h Higiene
12:00h
15:00h Hora do sono
15:00h
15:15h Hora de acordar/ Higiene
15:15h
15:45h Hora de lanche
15:45h
17:00h Brincadeira
17:00h
18:30h Hora da televisão
15ª Semana (26/10/2015 a 30/10/2015)
Nesta semana a rotina foi a habitual. Esta semana enquanto a auxiliar ia buscar a sopa eu
ficava na sala sozinha com eles. Na hora do sono voltei a ficar 2h de sono do 12h às 13h
e das 14h às 15h. Na terça-feira de manhã tiveram aula de música e à tarde fizeram uma
abóbora com uma noz. Na quarta-feira deu-se início à decoração da sala para o Halloween
e depois de se dar a fruta pintaram uma abóbora deixada pela educadora. Na quinta-feira
de manhã e à tarde realizei um trabalho que foi pintura borrada com várias cores.
Na sexta-feira voltamos a ficar todos juntos na sala dos 2 anos. Na parte da manhã
deu-se a fruta e depois brincaram até à hora de almoço. Neste dia saí às 12h e depois fiz
2h de sono seguidas com as crianças de 1 e 2 anos.
Ao acordarem fizemos as camas, os de 1 ano foram para o refeitório e os de 2
anos para a casa de banho seguindo depois para o refeitório. Acabando de comer levaram-
se os de 2 anos para o salão e os 1 ano para a sala para fazer a higiene e de seguida serem
levados também para o salão. Na hora de cada criança se ir embora davam-se os trabalhos
feitos do Halloween eu dava a abóbora feita por mim com as crianças de 1 ano juntamente
com uma abobora feita de tangerina feita pela educadora dos 2 anos. Às 17h fomos para
a sala para assim poderem ver televisão até chegarem os Encarregados de Educação.
15ª Semana Segunda-feira Terça-feira Quarta-feira Quinta-feira Sexta-feira
10:00h
10:15h Fruta
10:15h
10:45h Brincadeira
Aula de
Música
Atividade de
Expressão
Plástica
Atividade de
Expressão
Plástica
Brincadeira
10:45h
11:15h Almoço
11:15h
12:00h Higiene
12:00h
15:00h Hora do sono
15:00h
15:15h Hora de acordar/ Higiene
15:15h
15:45h Hora de lanche
15:45h
16:15h Brincadeira
Atividade de
Expressão
Plástica
Brincadeira
16:15h
17:00h Brincadeira
17:00h
18:30h Hora da televisão
ANEXO IV - PROGRAMA DE ATIVIDADES DA INSTITUIÇÃO
Julho
Jogos de
interior no salão
Desenvolver a
motricidade
global;
Explorar os
brinquedos
existentes no
salão.
Brincar
livremente no
espaço
disponível;
Pedalar.
Salão;
Brinquedos
diversos.
Dia dos Avôs
(26/07)
Proporcionar
momentos
agradáveis entre
as crianças e os
avôs;
Estimular a
destreza manual e
a criatividade;
Estimularem as
crianças a falarem
sobre os seus
avôs.
Convidar os
avos a virem
contar uma
história;
Elaboração de
um trabalho
para os avôs;
Dialogar com as
crianças sobre
os seus avôs
(como são
fisicamente, o
que fazem e
onde vivem).
Materiais de
desgaste;
Fotos.
Agosto
Jogos e
atividades
lúdicas
Desenvolver a
motricidade
global;
Aumentar a
capacidade de
concentração;
Alargar o
vocabulário;
Desenvolver a
capacidade de
memorização.
Danças de roda.
Rádio.
Setembro Adaptação Criar laços
afetivos entre
Canções simples
com mímica,
Intervenientes
educativos
crianças/ crianças
entre
crianças/adultos,
de modo a que
possam
estabelecer regras
para que o grupo
funcione de modo
organizado.
historias,
lengalengas.
Outubro
Reunião de pais
Sensibilizar para
a importância da
interação entre a
escola-família;
Elucidar a família
das atividades a
desenvolver ao
longo do ano;
Dar a conhecer o
plano anual das
atividades.
Assuntos
referentes ao
funcionamento
da creche.
Equipa
educativa;
Família;
Espaço sala.
Elaboração das
capas
Estimular o
sentido estético;
Proporcionar à
criança o contato
com novos
materiais;
Desenvolver a
destreza óculo-
manual.
Transformação
de uma cartolina
em capa e a sua
respetiva
decoração.
Materiais de
desgaste;
Intervenientes
educativos.
Outono
Observar as
transformações da
Natureza, em
contato direto e /
ou através de
imagens;
Atividade de
expressão
plástica com
elementos da
Natureza
alusivos à
época;
Intervenientes
educativos;
Materiais de
desperdício e de
desgaste;
Exterior;
Desenvolver o
sentido do tato,
do gosto e do
olfato;
Desenvolver a
motricidade fina;
Enriquecer o
vocabulário.
Recolha de
elementos da
Natureza;
Visualizar e
explorar frutos
da época
utilizando os
sentidos;
Entoação das
canções,
lengalengas e
histórias.
Elementos da
Natureza;
Carimbagem e
diferentes
técnicas de
pintura de
trabalhos
relacionados
com a estação
do ano;
Canções
alusivas ao
tema.
Halloween
(31/10)
Desenvolver a
inter-relação entre
crianças e adultos
de diferentes
salas;
Alargar a relação
entre escola e
família;
Desmistificar os
medos infantis.
Decoração da
Instituição;
Atividade de
expressão
plástica com
elementos da
Natureza
alusivos à
época.
Material de
expressão
plástica.
ANEXO V- MOLDES DE DESENHO
Desenho regresso à creche
Tartaruga
Desenho da pera
Molde do chapéu de bruxa
Desenho de uma abobora
Leitura de um livro
ANEXO VI-CANÇÕES
Brilha a estrelinha
Brilha, brilha lá no céu
A estrelinha, que nasceu
Logo a outra surge ao lado
E o céu fica iluminado.
Naquela linda manhã
Naquela linda manhã
Estava a brincar no jardim
A certa altura a mamã
Chamou-me e disse-me assim…
Não brinques só a correr
Tropeças sem querer
Cais e ficas mal
Respondi pronto está bem
Depressa porém esqueci-me de tal
Não me lembro depois como foi
Escorreguei cai no chão
No joelho ficou um dói-dói
No nariz um arranhão
Desde então procurei ser melhor
Por ser má foi infeliz
Faço agora tudo quanto a mamã me diz!
Bom dia (segunda-feira)
Bom dia, bom dia
Bom dia a toda a gente
Eu hoje vim à creche
E por isso estou contente
Cantemos, cantemos
A canção do bom dia
Hoje é segunda-feira
Por isso estou contente.
Bom dia
Mal começa o dia
É uma alegria
Corre, corre, corre
Pega na sacola
Pois está na hora
De ir para a escola
Mal começa o dia
É uma alegria
Viva, viva, viva
O nascer do sol
O comboio
O comboio dos gatinhos
O comboio vai partir
Se eu não me despachar
No comboio não posso ir.
A uva
A gotinha, caí na uva
Coitadinho do baguinho
A gotinha caí na uva
Quem lhe empresta
o guarda chuva
se a chuva não parar
o baguinho vai chorar
se a chuva não parar
o baguinho vai chorar.
Doidas andam as galinhas
Doidas, doidas, andam as galinhas
Para pôr o ovo la no buraquinho
Raspam, raspam, raspam
P´ra alisar a terra
Picam, picam, picam
Para fazer o ninho
Arrebita a crista o galo vaidoso
Có-có-ró-có-có
Canta refilão
E todo emproado com ar majestoso
É o comandante deste batalhão
Atirei o pau ao gato
Atirei o pau ao gato-to,
Mas o gato
Não morreu- reu –reu.
Dona Chica-ca
Assustou-se-se
Com o berro
Que o gato deu
Miau
E sentada à chaminé-é
Veio uma pulga-ga-ga
Mordeu-me o pé-é
Ou ela chora ou ela grita
Ou vai-te embora
Pulga maldita
ANEXO VII – FOTOGRAFIAS DO BERÇÁRIO
ANEXO VIII - FOTOGRAFIAS DA SALA DE 1 ANO
ANEXO IX - FOTOGRAFIAS DA SALA DOS 2 ANOS
ANEXO X - FOTOGRAFIAS DE ATIVIDADES EM CONJUNTOS
ESECD-IPG Relatório de Estágio - Ana Ramalho