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Sociedade da Mesa 130 2 a quinzena de Janeiro 2014 clube de vinhos R$ 13,00

Janeiro 2014 Sociedade da Mesa · Os vinhedos de Uclés estão entre 500 e 800 m de altitude na metade ocidental, e entre 600 e 1.200 m na metade oriental. Ambas as áreas encontram-se

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  • Sociedade da Mesa1302a quinzena de Janeiro 2014

    c l u b e d e v i n h o sR$ 13,00

  • Ano Novo

    Hora de começarmos de novo.

    Esperamos coisas novas: novos lugares, novos momentos, novas experiências, enfim, “novas novidades”.

    E teremos muitas por aqui, certamente.

    A primeira delas diz respeito a quem lhes escreve.

    Cheguei ao final de 2013 para cuidar de tudo aquilo que não diz respeito à escolha dos vinhos. Nesse aspecto, Dario continua a procurar novas joias pelo mundo afora, com a ajuda de nossos parceiros espalhados pelo globo. Em time que está ganhando, não se mexe.

    Meu projeto é simples: unir qualidade, preço, conveniência e um excelente atendimento. Ou seja, continuar aquilo que foi construído nos últimos 10 anos e melhorar onde possível e sempre que possível.

    É uma honra poder servir ao seleto grupo de associados mais exigentes desse país.

    Um brinde a todos e que o ano que se inicia seja o melhor de todos!

    DireçãoDario Taibo

    Direção da revista Dario [email protected]

    Editora-chefe Paula Taibo [email protected]

    Projeto gráfico e diagramaçãoDebora [email protected]

    Redaçã[email protected]

    Atendimento ao cliente [email protected]

    Contato de Publicidade [email protected]

    Impressão 14.000 exemplares

    Sociedadeda Mesa

    c l u b e d e v i n h o s

    Rua Branco de Moraes, 248/11Chácara Santo Antônio - São Paulo - SP - BrasilCEP 04718-010(55-11) 5180-6000 0800 774 0303www.sociedadedamesa.com.br

    Valor da Revista R$ 13,00 (+ Correio)Valor da Assinatura Anual R$ 109,00 (+ Correio)

    Ariel Morgenstern

  • 04 - Seleção Mensal

    10 - Matéria-Prima: Abóbora

    16 - Perguntas e Respostas: Tartaratos e bitartaratos: incômodos precipitados!

    20 - Um Pouco de Receita: Salada de abacaxi com rúcula e gorgonzola

    21 - Drinks: Saquê

    22 - Entrevista: Flávio Myiamura

    30 - Viagem: Varsóvia

    36 - Programa Saca-Rolha

    42 - Vinhos em Estoque

    45 - Acessórios

    46 - Próximas Seleções

    índice

    4 se leções /ano

    seleçãoObras

    Primas12 se leções /ano

    seleçãoMensal

    CAPAFoto: Antonio de Benito

  • 04

    SELEÇÃO MENSALTexto: Alberto Pedrajo Pérez e Javier Achútegui DominguezFotos: divulgação

    O vinho na Espanha - 2012Superfície de vinhedo: 1.018.000 hectaresRanking mundial superfície de vinhedo: 1ºVolume de vinho produzido: 30.392.000 hlRanking mundial por produção de vinho: 3º

    Espanha

    12 se leções /ano

    seleçãoMensal

    ESENCIA DE FONTANA

    2011

  • 05

    Uclés, um recém-chegado com muita históriaNesse último ano, tivemos a oportunidade de provar vários vinhos da região vitivinícola de Castilla La Mancha, na Espanha, a qual, como já foi dito, é a maior região vinícola do mundo. Um excepcional oceano de vinhedos e vinhos onde, dia a dia, descobrimos bodegas, vinhos, enólogos e viticultores que, com seu esforço e dedicação, afastam-se cada vez mais daqueles vinhos do passado, cujo único objetivo era o de produzir, desviando-se, quase sempre, da meta principal, que é elaborar o melhor vinho possível a partir das melhores uvas.

    Acreditamos neste gigante que é Castilla La Mancha e, por esta razão, continuamos buscando vinhos por essas terras, para mostrar ao associado como ocasionalmente, as mudanças em um setor tão tradicional como o do vinho e em uma região tão extensa, podem, contra todos os prognósticos, tornar-se uma fonte inesgotável de surpresas enológicas.

    Castilla La Mancha

    Espanha

  • 06

    Deste modo, continuamos percorrendo o maior vinhedo do mundo e, desta vez, chegamos à recém-criada Denominação de Origem Uclés. Oficialmente fundada em 2005, foi formada, anos atrás, a partir da iniciativa dos produtores de vinho da região, que, ao longo de sua história, demonstraram o potencial da viticultura da região e sua enorme capacidade para criar vinhos de elevada e comprovada qualidade, em uma área integrada dentro de La Mancha, ainda claramente diferente por suas condições edafoclimáticas, muito distintas das existentes ao sul do planalto central espanhol, onde encontram-se as maiores extensões de vinhedo de Castilla La Mancha.

    E onde está a origem desse êxito?Parte dessa mudança foi produzida diretamente pela iniciativa das bodegas que, nos últimos anos, tornaram-se conscientes da diversidade desta região vitivinícola que é Castilla La Mancha, onde um simples passeio mostra-nos a grande diversidade ambiental: relevo, clima e solos que encontramos nas diferentes regiões produtoras de La Mancha.

    As mudanças nesta região foram orientadas para elaborar vinhos da mais alta qualidade, e isso significa que, com sua capacidade produtiva e uma viticultura totalmente modernizada, os produtores manchegos são capazes de elaborar vinhos incríveis como o que estamos apresentando.

  • 07

    A oeste da província de Cuenca e a noroeste da província de Toledo, dentro da Comunidade Autônoma de Castilla La Mancha, situa-se a zona vitivinícola da Denominação de Origem Uclés. Embora a região vinícola ocupe uma área de 175.000 hectares, somente 1.700 hectares compõe atualmente esta jovem Denominação de Origem.

    Os vinhedos de Uclés estão entre 500 e 800 m de altitude na metade ocidental, e entre 600 e 1.200 m na metade oriental. Ambas as áreas encontram-se separadas pela Serra de Altomira. Os solos, mesmo que muito heterogêneos, destacam-se por seu perfil arenoso e de significativa profundidade, o que permite ao vinhedo explorar, com suas raízes, grandes extensões, facilitando a absorção de nutrientes e, portanto, beneficiando o equilíbrio da planta quanto à absorção

    de nutrientes e necessidades hídricas. O clima é continental, com regime de chuvas mediterrâneas, geralmente inferior a 500 mm por ano. Todos esses fatores determinam que as condições de cultivo das videiras sejam ótimas e, portanto, as uvas produzidas tenham condições e características particulares.

    Uclés é jovem, sem dúvida. E, portanto, tem um longo caminho pela frente, mas não podemos esquecer que esta área vem produzindo vinhos há séculos. Acreditamos que, se unirmos a tradição com um espírito e atitude moderna, Ucles irá converter-se em uma Denominação que não vai demorar a dar o que falar.

  • 08

    Bodegas FontanaBodegas Fontana é uma bodega familiar, com mais de 30 anos de experiência e tradição, localizada nesta jovem Denominação de Origem que, como já dito, destaca-se pelo grande potencial de qualidade de seus vinhedos e, é claro, de seus vinhos.

    A família Cantarero Morales, proprietária da bodega, foi capaz de situar seus vinhos entre os mais prestigiados na região manchega, produzindo vinhos de perfil moderno, muito atrativo. Esta bodega caracteriza-se por sua aposta na inovação enológica e pela qualidade dos vinhos, elaborados em suas modernas instalações.

    Sua produção concentra-se em vinhos com crianza em barris de carvalho, onde a variedade Tempranillo é sempre a protagonista, com a contribuição de outras varietais, como a Cabernet Sauvignon, Merlot e Syrah, que formam parte de diferentes coupages, em função das condições de cada vindima.

    Os vinhedos da bodega estendem-se por 500 hectares distribuídos entre as províncias de Cuenca e Toledo, na Comunidade Autônoma de Castilla La Mancha. As diferentes variedades foram distribuídas de acordo com os microclimas e solos mais adequados, buscando obter a máxima qualidade.

    A inovação, a atualização contínua e o espírito empreendedor da família Cantarero não se deram apenas na bodega e em seus vinhedos, já que eles estão entre os artífices da mudança que ocorreu na região, levando a cabo um importante trabalho no reconhecimento da nova Denominação de Origem Uclés.

    Suas modernas instalações e sua aposta na qualidade frente à quantidade converteram-na em uma das melhores vinícolas desta Denominação de Origem, nesta região vitivinícola e, por que não dizer, da Espanha.

  • 09

    12 se leções /ano

    seleçãoMensal

    País: Espanha

    Região: Castilla La Mancha

    Indicação Geográfica: D.O. Uclés

    Uvas: 90% Tempranillo e 10% Merlot

    Produtor: Bodegas Fontana

    Mais uma vez, a variedade Tempranillo surpreende-nos com a capacidade de se manter firme durante longos períodos de crianza em barril e em garrafa, para mostrar seu lado mais complexo ou manter o equilíbrio entre a fruta fresca e a meia crianza, como neste caso. Um vinho de êxito, desde sua elaboração até seu envelhecimento.

    O vinho: Essencia de Fontana 2011 é elaborado, como não poderia deixar de ser, nesta bodega, sobre a base da fantástica uva Tempranillo (90%) e um pequeno aporte de Merlot (10%), procedente dos vinhedos da família em Finca Monte Carbonero. A ausência de chuvas, durante o período antes da colheita, assim como as temperaturas moderadas no verão de vindima de 2011, conseguiram que a uva alcançasse um ótimo amadurecimento. Uma vez na bodega, as uvas foram desengaçadas, fermentando-se em tanques de aço inoxidável com bombeamentos diários, para

    facilitar a extração de aromas frutais intensos e sua excelente cor. Depois de completar a fermentação maloláctica nos tanques, o vinho foi trasfegado diretamente para barris e, após uma crianza de seis meses em barricas de carvalho americano, mostra-se pleno de fruta madura, amável e elegante, ainda que mantendo o nervo de sua juventude.

    A cata: de cor vermelho-cereja intensa e brilhante, que denota sua juventude e sua destacada lágrima, é o prelúdio do que promete ser um excelente vinho. E assim parece ser, quando sentimos o aroma na taça sem agitar, e percebemos notas doces de frutas bem maduras, as quais, uma vez agitada a taça e oxigenado o vinho, tornam-se uma autêntica orgia de frutas vermelhas, morango e cereja bem madura, ajustando-se com marcadas, mas elegantes notas amadeiradas e levemente tostadas. Na boca, não poderia ser menos o que se percebe quando desfrutamos cada gole deste surpreendente vinho, fácil de beber, apesar de sua alta graduação. Bem estruturado, redondo, sedoso, equilibrado, um prazer na boca, que surpreende pelo sabor frutado e permanência.

    Harmonização: com tipos de vinhos com esse equilíbrio entre frutado e estrutura, podemos encaixar perfeitamente pratos mais ácidos de escabeches de aves ou pescado azul, como anchova ou atum; ou com um intenso, delicioso - e ao mesmo tempo sutil - ceviche de corvina. Apetecível como aperitivo, mas também delicioso companheiro de uma boa mesa.

    Temperatura: degustar em uma temperatura entre 16º e 17ºC. Não é necessária sua decantação.

    Guarda: mesmo que, a princípio, trate-se de aparente consumo jovem, por sua frescura e componente frutal, o vinho melhorará com o passar do tempo em boas condições de conservação. Portanto, será possível desfrutá-lo nos próximos 2 a 3 anos.

    ESENCIA DE FONTANA 2011Espanha

  • 10

    MATÉRIA-PRIMARevista SobremesaAutor: Álvaro López del Moral Imagens: Antonio de Benito

  • 11

    Quando afastada dos contextos dos contos de fada, esta hortaliça rotunda esconde um catálogo de atributos nutricionais, que facilita a sua combinação com alimentos de maior expressividade e a converte em um elemento importante para qualquer dieta de emagrecimento.

    Abóbora

  • De qualquer forma, a polivalência desse produto caminha lado a lado com sua diversidade. Pertencente à família das cucurbitáceas, a abóbora forma parte de um grupo que compreende um total de 850 espécies de plantas rasteiras ou trepadeiras. Nesse grupo estão também integrados o pepino, a abobrinha, a melancia e o melão, entre outros vegetais. Mesmo que algumas fontes considerem-na procedente da América, sua origem real está localizada na Ásia Meridional e, de fato, sabe-se que os hebreus e os egípcios já a cultivavam para aproveitar as suas sementes – antigamente, usavam essas sementes para eliminar lombrigas e combater o excesso de mucosidade e retenção de líquidos. Posteriormente, seu consumo foi se generalizando, à medida que apareciam tipos mais carnudos e frutados. Atualmente, ela é produzida em todo o planeta, em áreas com climas cálidos e úmidos, dando-se duas variedades perfeitamente diferenciáveis: a variedade de verão e a de inverno.

    Ela não é a “irmã pobre” do conto macabro infantil nem a protagonista de um filme de terror. Muito pelo contrário, a abóbora constitui uma realidade gastronômica esplêndida, cuja versatilidade permite que se integre plenamente à cozinha de outono europeu, formando a pedra angular de um variado mundo de receitas. Mesmo sem se transformar em uma carruagem real, a verdade é que esta expressiva hortaliça é muito utilizada pelos chefs mais vanguardistas na hora de reinterpretar pratos de raiz clássica – ao estilo da porrusalda (prato típico vasco à base de legumes), os cremes e sopas frias, o puchero canário (cozido tradicional da cozinha canaria) ou os assados de carne. Na confeitaria, ela coloca seu potencial depurativo e sua textura fibrosa a serviço de sobremesas com elevado índice de calorias, até mesmo para equilibrá-las. Podemos citar como exemplos o arnadí, um doce tradicional de Levante, que também leva batata-doce; a panna cotta e o clássico bolo de abóbora com merengue, que os cozinheiros costumam finalizar agregando nozes e geleia de figos secos, dois elementos que transformam essa sobremesa em uma bomba energética.

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  • 25

  • 14

    QUESTÃO DE ESTAÇÕES

    As variedades de verão contêm muito mais água e têm uma pele com menor consistência, além de apresentarem um período de conservação mais curto em comparação às de inverno. Dentro das variedades de verão, encontramos a abobrinha bonetera, de cor branca, verde ou amarela; a espaguete, cuja fibra se desfaz em forma de fios que lembram a massa quando levada ao forno ou ao ser cozida; e a rodín, que tem a pele laranja e a carne esbranquiçada. Já as de inverno são a abóbora banana; a de codra ou zapallo e a confitera - da qual se extrai o “cabelo de anjo” utilizado nas confeitarias como recheio. Outras abóboras, muito menos conhecidas, são a americana; a amarela grossa de Paris; a cheia de Nápoles; a vermelha de Etampes (França); a verde espanhola; a botonera e a abobrinha brasileira.

    Também existem algumas que, uma vez desidratadas, são utilizadas quase que exclusivamente para decoração. É o caso da abobrinha do peregrino ou do vinatero, que parece uma garrafa estrangulada. Já que estamos falando de ornamentação, convém lembrar o vínculo mantido desde sempre na cultura anglo-saxônica entre a Curcubita máxima e a festa de Halloween, denominada na Espanha de Festa de Todos os Santos e celebrada, por lá, no dia primeiro de novembro. A origem dessa tradição vem de algo muito curioso: segundo a lenda, devido à crueldade extrema de um irlandês chamado Jack, o mesmo foi impedido de entrar no céu e também no inferno. Viu-se, então, obrigado a vagar pelo limbo junto com as almas perdidas, para as quais ele mostrava o caminho para ambos os lugares, iluminando-as mediante uma abóbora oca com uma vela dentro. Esse fato terminou convertendo a inocente hortaliça em um dos maiores ícones do sinistro que se pode imaginar. Por outro lado, uma segunda versão da história afirma que o espírito de Jack habita o interior de uma abóbora, onde foi confinado por uma bruxa, depois de haver se negado a ajudá-la no preparo de uma sopa. Por esse motivo, são cortados olhos nessas hortaliças que imitam, supostamente, os traços humanos, dando-lhes um particular aspecto ameaçador.

  • Sobremesa é a revista de vinhos e gastronomia de Vinoselección.

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    PROPRIEDADES E LENDAS

    Mas, à margem das conotações que vinculam esse alimento com o cinema para adolescentes, a verdade é que a abóbora é um alimento muito interessante, do qual se comem até as flores. A abundância de betacaroteno – substância de ação antioxidante que, ao ser absorvida pelo nosso organismo, transforma-se em retinol – é muito apropriada para prevenir doenças oculares, problemas imunológicos e, inclusive, alguns tipos de câncer, assim como doenças cardiovasculares.

    É também rica em potássio e pobre em sódio, o qual, unido ao elevado conteúdo de fibras, converte sua presença em algo imprescindível dentro de qualquer dieta de emagrecimento. Além disso, o óleo que se elabora com essa hortaliça resulta altamente benéfico para a próstata, graças à sua ação anti-inflamatória e seu conteúdo em zinco. No entanto, a abóbora também tem sua própria lenda escura: na antiga Grécia, a ela foram atribuídas propriedades antilibidinosas e, de fato, durante a Idade Média, utilizavam suas sementes nos monastérios, para

    fabricar rosários com os quais, pretensamente, conseguiam afastar os pensamentos luxuriosos (talvez venha daí a expressão espanhola “dar calabazas”, que significa “dar abóboras” quando não se aceita um pretendente). Contra tais argumentações, existe uma que é suficientemente incontestável para perder o medo e induzir o seu consumo: seu preço. A abóbora é um alimento muito acessível na Espanha, sendo o segundo país exportador no planeta (só perdendo para o México), e ocupando um honroso posto número onze na escala de produtores internacionais.

    A área de cultivo na Espanha é distribuída entre Andaluzia, Castilla-La Mancha, Catalunha, Região de Murcia, Canarias e Valencia. Desta última, precisamente do município de L’Alcora, procedeu o exemplar que alcançou o título de maior abóbora da Espanha em 2012. Um descomunal exemplar de 322 quilos e 359 centímetros de circunferência, pertencente à variedade atlantic giant. Com esse título, pressupomos que ficou registrado o êxito do solo do proprietário, assim como o dos vizinhos da região.

    Por outro lado, convém falar da evolução experimentada por esse produto na alta culinária, onde a abóbora tem escalado postos desde sua condição de artigo de subsistência, até consolidar-se como uma base imprescindível no livro de receitas moderno. Assim é demonstrado por algumas propostas dos melhores chefes espanhóis: Toño Perez, do restaurante Atrio, em Cáceres, sugere-nos uma deliciosa sopa de abóboras com manjar de amêndoas e brotos de mostarda vermelha crespa; Fernando del Cerro, em Casa José, exibe todo o esplendor da horta local com uma abóbora assada cuja elaboração termina convertendo-a num verdadeiro canto para a sofisticação culinária. E, para corroborar, os galegos Iago Pazos e Marcos Cerqueiro, do Abastos 2.0, recomendam rechear aros de lula com abóbora e mexilhão, dando lugar a uma proposta culinária singular, não apta para covardes na arte do fogão.

  • PERGUNTAS E RESPOSTASAlberto Pedrajo Pérez

    Tartaratos e bitartaratos: incômodos precipitados!

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    Às vezes, ao desarrolhar uma garrafa de vinho, o consumidor tem uma surpresa ao observar que alguns sedimentos aparecem aderidos à rolha. Eles têm uma curiosa configuração cristalina, que lembra os grãos de sal ou de açúcar que, no caso do vinho tinto, aparecem de cor vermelha e, no vinho branco, com tons de âmbar.

    Nessa situação, após a abertura da garrafa de vinho, a primeira pergunta que o consumidor faz é se o vinho está estragado e se está em condições de ser consumido. Embora reconhecendo que a presença desses precipitados possa incomodar muitas pessoas, neste artigo vamos discutir qual é a sua origem e quais consequências podem causar à qualidade de um vinho.

    Primeiramente, deve-se dizer que não há motivos para se alarmar ante a aparição dos precipitados, já que se trata de um processo natural nos vinhos e não indica necessariamente que tenha havido uma alteração neles. Trata-se de sais naturais que aparecem, sobretudo nas garrafas de vinhos que sofreram um longo processo de envelhecimento em garrafa ou que não tenham sido estabilizados, filtrados ou que, pela forma de elaboração, terminam precipitando durante o repouso na garrafa, até a sua completa estabilização e precipitação.

    O que é o precipitado?Estes cristais são, principalmente, sais de bitartarato de potássio e tartarato de cálcio. São sais naturais, cuja origem está nos próprios vinhos e não afetam as condições organolépticas. Consumi-lo dessa forma não apresenta nenhum risco para a saúde, mas, infelizmente, provoca uma rejeição por parte do consumidor, que associa a aparência do vinho a uma possível alteração na bebida. Contudo, os cristais não alteram, absolutamente, o sabor do vinho.

    Qual é a origem desse precipitado?O ácido tartárico é o principal ácido presente nas uvas. Durante a fermentação alcoólica, o ácido tartárico presente no mosto entra em contato com íons de potássio ou cálcio que a uva armazenou em sua casca e polpa, após sua absorção do solo através das raízes. Nos tanques de fermentação, o ácido tartárico progressivamente liga-se aos íons de potássio e cálcio, formando os sais instáveis de bitartarato de potássio e tartarato de cálcio, que precipitam, sobretudo, durante a fermentação. Esta reação continua durante o armazenamento do vinho, principalmente no período de inverno, devido, fundamentalmente, à queda na temperatura nos tanques de armazenamento, facilitando a precipitação dos sais formados, que são eliminados mediante a trasfega periódica de vinho.

    Esses sais, ao se precipitarem, formam pequenos cristais que, como já indicamos morfologicamente, aparentam grãos de açúcar ou sal que, se tivermos a curiosidade de provar, observaremos que têm um ligeiro sabor ácido. A formação dos cristais dependerá do conteúdo de ácido tartárico em relação ao potássio e cálcio que estiverem em dissolução no vinho.

    Este tipo de precipitado é habitual nos vinhos de elevada intensidade de cor ou nos que sofreram uma clarificação ou filtragem industrial. Mas, de qualquer modo, ele é produzido com o passar do tempo e não deve alterar o perfil organoléptico do vinho.

    Com a finalidade de reduzir o risco do aparecimento de cristais de tartarato de cálcio ou de bitartaratos de

    Por quê?

  • 17

    potássio, o vinho é submetido a uma estabilização a frio, arrefecendo-o a temperaturas próximas de 5°C durante um curto período, forçando-se a precipitação total de cristais, para a sua posterior filtragem com o intuito de separar os sólidos do líquido antes do engarrafamento, reduzindo-se, assim, o risco de ocorrência de sedimentos na garrafa.

    No entanto, este tratamento a frio com subsequente filtragem para reter os cristais, altera, em maior ou menor medida, o perfil organoléptico do vinho, degradando parcialmente a cor, aromas e sabores do mesmo. É cada vez mais habitual encontrarmos enólogos que optam por não estabilizar nem filtrar seus vinhos. Ou seja, quando o rótulo de uma garrafa de vinho apresenta a informação de que ele não é filtrado, o que realmente está sendo afirmado é que não foi realizada uma filtragem intensa ou uma filtragem de esterilização, com o objetivo de respeitar ao máximo as características originais do vinho.

    É por esta razão que hoje, graças ao maior conhecimento que o consumidor possui, essa aparição de precipitados é cada vez mais tolerada pelos aficionados do vinho, pois entendem que a sua presença é parte do processo natural do mesmo, junto aos sedimentos de matéria corante no caso dos tintos, obtendo-se, então, um vinho mais rico e íntegro, que lhes permite desfrutar melhor suas qualidades.

    Quais vinhos podem ter cristais como parte do processo natural?Vinhos que não foram bem filtrados ou estabilizados ou foram produzidos de forma suave, por critérios do enólogo, a fim de respeitar ao máximo suas características organolépticas.

    Podem aparecer também em vinhos que permaneceram longos períodos na garrafa, como parte do processo de envelhecimento, gerando pequenos sedimentos finos na rolha, na barriga ou no fundo da garrafa, dependendo de como foram estocados, uma vez na garrafa. Essa precipitação é geralmente associada a outra, de matéria corante que fica presa à garrafa, durante sua posição de estocagem horizontal.

    Em vinhos que possam ter sofrido trocas bruscas de temperatura ou que tenham sido submetidos a um estresse térmico frio-calor ou calor-frio durante o período de estocagem, os precipitados também podem se apresentar.

    E nesses casos, podem surgir desvios organolépticos que afetarão a qualidade da bebida. Essas alterações por troca de temperatura influenciam também na alteração das qualidades da rolha e, portanto, afetam a vedação da garrafa, de modo que vemos associado ao precipitado uma alteração da rolha e oxidação em cor e aromas do vinho.

    O que fazer se aparecer um precipitado ao abrir a garrafa de um vinho?A primeira coisa a ser verificada é a forma de estocagem da bebida desde quando foi adquirida, já que sempre devemos evitar que se remexa o precipitado e ele se misture com todo o vinho. A segunda é comprovar o estado da rolha, observando se existe alguma alteração que tenha podido incidir na evolução do vinho.

    Em seguida, degustar o vinho e confirmar que não houve alterações. Se o vinho estiver em boas condições, procederemos com a sua decantação e filtragem, caso seja necessário.

    No caso de estocagem horizontal, e se a garrafa não tiver sido manipulada em excesso, procedemos à decantação, passando o líquido por um filtro ou coador de aço inoxidável, para evitar que os cristais de potássio e cálcio cheguem ao decanter. Insistimos que, em nenhum caso, os cristais apresentam perigo para a saúde.

    Se, durante a manipulação da garrafa ou seu armazenamento, remexermos o vinho e, portanto, o precipitado for misturado durante a filtragem e a decantação, procederemos colocando uma fina gaze de algodão, previamente lavada com água enxaguada com um pouco de vinho. Isso nos ajudará a reter um maior número de impurezas.

    Finalmente, só nos resta insistir que os precipitados são sais naturais inofensivos que, uma vez retidos com o filtro e decanter antes de servi-lo, não alteram, em absoluto, o aroma e o sabor do vinho.

    Tartaratos e bitartaratos: incômodos precipitados!

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    UM POUCO DE RECEITATexto: Thaís SinhoriniFotos: Thaís Sinhorini

    Para prepará-la, disponha fatias de abacaxi em um prato, coloque folhas de rúcula, polvilhe com nozes picadas e pedaços de queijo gorgonzola. Tempere com um molho feito de azeite e limão (em partes iguais) e rale um pouco de sal por cima. Delicie-se!

    IngredientesUma fatia de abacaxiUm punhado de folhas de rúculaUma colher de sopa de nozes picadasPedaços de queijo gorgonzola a gostoUma colher de sopa de azeiteUma colher de sopa de suco de limãoSal a gosto

    Salada de abacaxi com rúcula e gorgonzola

    O verão está em seu pico e, com a temperatura nas alturas, é tempo de apostar em pratos leves, sem abrir mão do sabor. A sugestão é essa salada de abacaxi com rúcula e gorgonzola.

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    O saquê, destilado do drink do mês natural do Japão, é produzido com arroz cru, arroz fermentado e água. A temperatura ideal para degustar o saquê é 35°C, pois, nesta temperatura, é possível identificar as notas aromáticas da bebida. Quando servido quente, ganha notas de melão. Quando gelado, percebemos mais nuances frutadas. A bebida pode ser degustada pura ou em misturas com diversas frutas ou até incluindo outras bebidas.O lemon pepper, ingrediente que adorna a borda da taça, é um tempero feito de limão desidratado e pimenta moída, encontrado em supermercados e lojas de especiarias. Tem uma mistura de ácido e picante que é fascinante.

    Saqu

    êDRINKSTexto: Thaís SinhoriniFotos: Thaís Sinhorini

    O Valentine’s Day, o Dia dos Namorados, celebrado em várias partes do mundo, está chegando. Apesar da data não ser oficialmente comemorada no Brasil, serviu de inspiração para a criação desse drink.

    Para preparar esse drink, misture suco de melancia, saquê e açúcar (se achar necessário). Para a borda, molhe a taça e a encoste em um prato com a especiaria.

    Desperte seus sentidos 150 ml de suco de melancia50 ml de saquê1 colher de açúcar (se achar necessário) lemon pepperTaça Martini

  • ENTREVISTATexto: Cristiana CoutoFotos: Rogério Voltan

    Flavio MyiamuraPara Flavio Myiamura, 2013 foi grande ano. Eleito chef-revelação pelas revistas de gastronomia “Prazeres da Mesa” e “Gosto” e aclamado pelo público como chef do Melhor Restaurante Contemporâneo pelas semanais “Veja” e “Época”, o jovem cozinheiro viu seus 12 anos de labuta na cozinha amplamente reconhecidos. “Agora, minha dor de cabeça é também minha motivação: ser lembrado nos próximos prêmios”, diz o cozinheiro. Ex-discípulo de Alex Atala, Myiamura – ou Japa, como ficou popularmente conhecido, principalmente depois de assessorar Atala no extinto programa “Mesa Pra Dois”, no GNT – dirige há um ano e meio o restaurante Myia, em Pinheiros. Antes da carreira-solo, também passou pelo japonês Shin Zushi, seu primeiro emprego, e comandou as panelas do extinto Eñe, restaurante espanhol que tinha como sócios os irmãos gêmeos Torres Martinez, conhecidos cozinheiros da Catalunha. Nesta conversa, o chef comenta o cenário atual da gastronomia, sua busca por ingredientes diferentes e a moda de restaurantes em shoppings. E alerta: “Estamos perdendo nossa alma. Restaurante é lugar para se divertir”. Com vocês, Flavio Myiamura.

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  • Flavio Myiamura

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  • Que questões relacionadas à gastronomia têm te mobilizado atualmente?

    Tem duas coisas que eu tenho tentado fazer no restaurante. As pessoas estão atrás de preço, mas a relação entre preço e qualidade é uma linha tênue. Um exemplo clássico é a Fórmula 1 – se você colocar um campeão numa equipe fuleira ele não vai ganhar a corrida. Outra coisa é com relação à qualidade da matéria-prima. A agricultura brasileira e nosso sistema de distribuição de alimentos não acompanham a nossa revolução na gastronomia, e isso tem dificultado muito esse processo. As pessoas, por exemplo, querem consumir alimentos orgânicos, eles custam três, quatro vezes mais que os convencionais. Cada vez é mais difícil ter, no restaurante, um produto de qualidade e diferenciado ao mesmo tempo. Os fornecedores acabam sendo os mesmos para todos, está tudo pasteurizado. Frutos do mar? Só mexilhão, lula e ostra. Carne? Cordeiro, boi e porco. Não há coelho bom, codorna, nada de bichos de criação diferentes. Onde conseguimos coisas um pouco melhores ou diferentes, não conseguimos sempre. Essa tem sido minha busca: procurar uma ou outra coisa diferente.

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    O que você conseguiu apresentar em seu restaurante?

    Coisas básicas: miso, por exemplo, que todo mundo toma como misoshiro. Aqui, além de marinar a carne de porco e servi-la com miso, temos um espaguete com miso negro e usamos o miso vermelho desidratado, em outra textura. O miso negro é tradicional da culinária coreana – ele é mais fermentado que o miso comum e leva feijão branco na mistura. O miso vermelho é feito com outro tipo de soja e é desidratado – sirvo-o crocante, por cima da carne ou de vieiras. O miso negro compramos no Bom Retiro e na Liberdade. Então procuro coisas normais, que tenham no mercado, mas que os clientes nunca tivessem comido. Por exemplo, o furikake (condimento seco, colocado sobre o arroz) – pouca gente fora da colônia japonesa come isso. No Miya, faço na crosta de um robalo. É um dos pratos que mais saem. Tem cem tipos de furikake na Liberdade, além de ser encontrado em vários supermercados. Então quero fazer coisas diferentes sem que sejam bizarras ou impagáveis. E que também não mascarem sabores. Também não quero coisas muito difíceis de encontrar. Agora, após um ano e meio de vida do restaurante, está na hora de aprofundar essa busca. Os pratos que mais saem no restaurante são esses, com toques diferentes. Pratos mais comuns, como arroz de pato, saem menos. No fim das contas, quem decide é o cliente. O exemplo mais claro foi o Eñe, onde fui chef: ele era para ser um bar de tapas, mas acabou virando um restaurante gastronômico. Aqui no Myia, identificaram-me com esses ingredientes mais orientais. Agora, a busca é tentar continuar essa linha, mostrar ingredientes diferentes. Incluímos recentemente, por exemplo, peixes como vermelho, pargo, garoupa e sardinha, quando é época desta última.

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    E como você vê o cenário da gastronomia atualmente?

    Penso que 2013 foi um ano muito difícil para o ramo de restaurantes. Ele culminou com o fechamento de vários deles – O Dui, da Bel Coelho, o Antiquarius, o Massimo, o Così da Vila Nova Conceição, a Brasserie Eric Jacquin... A crise começou a afetar os grandes, e isso assusta todo mundo. Vários fatores contribuíram para isso – arrastões, protestos pela cidade... As pessoas desistiam de vir aos restaurantes com o caos do trânsito, a própria economia brasileira, que em 2013 estava prevista para crescer apenas 2%. Então, nós, cozinheiros, estamos tendo que reformular nossos restaurantes – ter menos garçons na casa, menos cozinheiros na cozinha, cardápios mais enxutos, pensar melhor nossas propostas, não desperdiçar... Não é mais possível usar só a cabeça do filé mignon, por exemplo.

    Há muito desperdício na cozinha?

    Na verdade, desperdício sempre vai haver. Mas aqui no Brasil ele é maior do que no exterior. Quando saí do DOM e fui pro Eñe, percebi que a mentalidade dos espanhóis era completamente diferente. Na minha época de DOM, por exemplo, a gente só usava o miolo do miolo da batata, em busca do pedaço perfeito. Lá no Eñe era assim também, mas com a diferença de que os irmãos Torres nos faziam utilizar as aparas. Não era só uma questão de dinheiro, mas de respeito à matéria-prima também. Além disso, há a sazonalidade dos ingredientes: a gente aqui no Brasil costuma pensar que tem de tudo o ano inteiro. Lá na Europa, eles usam os produtos em sua melhor época, até mesmo para aproveitar tudo. Nisso reside o nosso grande desperdício. Até de água, que é uma coisa cultural. Então, agora que as vacas estão magras, o controle também vem daí – se a gente economizar em água e luz, dá pra pagar melhor um subchef, por exemplo. De maneira geral, o desperdício tem sido menor, mas a gente ainda desperdiça muita coisa.

    “ “Não era só uma questão de dinheiro, mas de respeito à matéria-prima também.

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    Que outros planos você tem em mente?

    Basicamente, ações de caridade. Por exemplo, participei recentemente do projeto Buscapé [Projeto para crianças criado por um policial militar na cidade de Boiçucanga, litoral paulista, e quem tem, entre outras, aulas de cozinha coordenadas pelo chef caiçara Eudes Assis]. Outro de que participei foi o Tucca (Associação para Crianças e Adolescentes com Câncer). Neste, cozinhamos para mães de crianças com a doença. Tenho feito bastante destas ações por achar que a gastronomia, desde o princípio, existe para entreter as pessoas. E tudo estava ficando tão chato que a gente esqueceu desta que é a parte principal, entreter as pessoas. Eu sou cozinheiro, sempre terei algo para ensinar às pessoas, mesmo as que já gostem de cozinhar. É bacana poder ensinar crianças, e mesmo mães, que fazem perguntas tão descontraídas. Nestes momentos, você não precisa ser um personagem. O retorno é incrível. E é bom voltar a isso: cozinhar porque você está feliz, ver que as pessoas sorriem para você. As pessoas chegam ao restaurante e falam: “ah, isso não é um carbonara!”. Eu não vou ao dentista e falo que ele não está fazendo um canal direito, nem chego no banco e digo ao gerente que ele está calculando os juros errado. Essa pompa toda tem me incomodado muito. Parece que as pessoas não saem mais para comer, mas para criticar. Perdeu-se esse espírito do restaurante. Hoje em dia, se eu saio, é para conversar, ou porque estou com fome, ou cansado de comer minha própria comida. As pessoas se preocupam mais se a comida está demorando ou se o garçom está mascando chiclete e menos com a diversão – se é assim, algo está errado. Reflito sobre isso no meu restaurante... Mas afinal de contas, faço comida, não vou salvar o futuro da humanidade, vou apenas alimentar as pessoas, então queria que elas interagissem mais com aqueles que estão à mesa com elas.

    Há alguma contrapartida nisso tudo?

    A contrapartida é a comida de rua: não tem frescura, não tem talher nem guardanapo. Ninguém manda o cara do cachorro-quente mudar o tipo de salsicha. Nas feiras gastronômicas que têm pela cidade atualmente, não se vai para criticar. O cara está lá, de bermuda, com a família, depois vai sair para aproveitar a cidade. Era o clima que eu queria ter no meu restaurante. Talvez a comida de rua seja uma saída, se não for desvirtuada. Mas essa coisa divertida, esse espírito da feira, é o que tem que ficar: as pessoas vão porque é bom, sentam, comem e vão embora. Nós, cozinheiros, estamos virando um bando de chatos, porque o nosso trabalho dura 15 horas, numa cozinha quente, de dólmã, e ter que enfrentar isso, e ser tudo certinho, e ainda ter essa coisa de crítica... Infelizmente, a gente tem perdido um pouco a nossa alma. A alta gastronomia está aí, mas todo mundo, por aí afora, está abrindo o seu restaurante não-gastronômico. Mesmo os restaurantes clássicos não são tão chatos quanto os gastronômicos, com seus hambúrgueres de foie gras. É um pouco o que está acontecendo com a indústria automobilística – fazem um Gol com câmbio automático, e daí o cara paga 50 mil. Tentam transformar o Gol numa Ferrari mas, no fundo, ele continua sendo um Gol. É o que esta acontecendo com o hambúrguer. E é por isso que está ficando chato e a gente está perdendo espaço para outras coisas. Estão sendo criados bandos de gente chata. Estamos perdendo a alma. Abre-se um Vega Sicilia [famoso tinto espanhol] como se fosse uma Coca-Cola. É sem propósito! As pessoas precisam lembrar que restaurante é um lugar para se divertirem.

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    O que você acha dessa onda de restaurantes em shopping?

    Muito é por causa da segurança. Além disso, é fácil de estacionar, você pode andar num lugar fechado, isso é o lado bom da coisa. A classe C, de que todos têm falado muito, costuma ir a shopping – não vão a lojas de rua nem a restaurantes. Esses são os novos clientes, então o shopping é uma chance real para nós. É uma tendência forte e que os próprios shoppings têm estimulado, porque veem os restaurantes como capitalizadores. As lojas, em todos os shoppings, são basicamente as mesmas, mas os restaurantes não são. O shopping Vila Olímpia chegou a nos convidar, há cerca de três meses. Lá tem muitos escritórios ao redor, os restaurantes estão lotados, mas eles querem agora público para a noite, então nos chamaram. Eles nos oferecem comodidades – segurança, gente na sua porta garantindo o almoço sempre cheio, número de pessoas – coisas que na rua não temos. Mas cobram bem por isso. As pessoas saíram um pouco das ruas, o delivery cresceu. Tem gente ganhando três vezes mais em lugares com coisas para levar para casa. Mas o shopping ainda é uma coisa nova e estamos avaliando se vale a pena no nosso caso. Não somos como o Ritz ou o Spot, que estão abrindo filiais em shoppings. Somos pequenos, não temos um grande investidor, é mais difícil. Mas se eles foram, alguma coisa boa tem.

    Você e o seu restaurante ganharam prêmios. Foi um grande ano?

    Foi. Ganhamos chef-revelação pelas revista Gosto e Prazeres da Mesa, além da Fispal. Também levamos o prêmio de Melhor Restaurante Contemporâneo das revistas Época e Veja (voto do público). Para mim, como chef, é uma realização pessoal, porque sempre que a gente sai debaixo das asas de alguém dá um frio enorme na barriga! Sempre digo para meus subchefs que eles têm o pior e o melhor ao mesmo tempo – trabalham mais horas do que nós e não levam o crédito de nada. Por outro lado, é nessa etapa que a gente pode brincar – não é o seu nome que vai aparecer se der algum problema e você recebe seu dinheiro no final do mês. E, se o restaurante vai bem, você sai com todo o status. Mas é mais complicado, há o medo de fracassar, de acharem que seu trabalho é só isso, por você estar debaixo das asas de um chef. Mas agora que a onda de prêmios deste ano passou, é uma pressão maior para ganhar outras vezes. Quero ganhar chef do ano, a cotação maior nos guias. O chef-revelação é uma satisfação pessoal mas, no fundo, ganhá-lo nos traz público. Ao mesmo tempo, não adianta ganhar prêmios e não ter as contas pagas no final do mês, não poder continuar uma história. É uma realização, mas agora eu penso: o que vou ter que fazer? Competir com a Helena Rizzo [do restaurante premiado Maní], com o Eric Jacquin [da também premiada brasserie que leva seu nome]? Nesse momento, é minha grande dor de cabeça e minha maior motivação. O que fazer para ser lembrado no meio desses chefs? A gente sonha em ganhar mais por causa do público e por causa dos nossos funcionários, que ficam muito felizes.

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    Você já completou 12 anos de profissão. Como você avalia seu aprendizado ao longo dessa trajetória?

    O primeiro lugar em que trabalhei foi o japonês Shin Zushi, que tem 30 anos de vida. Ele agora está super na moda. Fui o primeiro estagiário da casa. Lá, aprendi duas coisas bacanas: disciplina e rigidez – na minha época, só trabalhavam chefs do Japão na casa. Atrasos não eram tolerados, o uniforme tinha que estar impecável e eu usava uma plaquinha na roupa avisando que eu não falava japonês. Outra coisa importante que aprendi foi a reconhecer qualidade das coisas, entender qual ingrediente é bom, qual é ruim e porquê. Também gostava do clima de lá. O restaurante era administrado pela mesma família há décadas, mas todos que entravam para trabalhar lá eram tratados como parte da família. No sábado à noite, o restaurante fechava cedo, todos saíam para jantar juntos e a dona pagava a conta toda. Adorava isso, queria poder ter esse clima aqui. Depois fui para o DOM, onde tive minha primeira experiência em cozinha profissional. Por exemplo, aprendi muito com relação à estética dos pratos: o Alex Atala fazia muitas fotos para reportagens, programas de TV, e fui responsável por montar os pratos quando ele não estava. Aprendi coisas que trago comigo até hoje, como fazer porções menores para fotografar. Também peguei uma época em que chef se tornou celebridade: em meu último ano lá, o Alex havia entrado pela primeira vez na lista dos 50 melhores restaurantes do mundo. Entendi como lidar com a mídia especializada, com as pessoas – temos que estar sempre sorrindo, ser simpáticos, atender bem a todos. E, na cozinha, aprendi muito sobre organização – trabalhar peixe separado da carne, das guarnições, de que o chef monta todos os pratos, ou seja, tem o controle de tudo no final. E também aprendi muita tecnologia nova – usar um Thermomix, fazer cozimentos a vácuo.

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    Cristiana Couto é jornalista de gastronomia, doutora em História da Ciência e autora do blog Sejabemvinho. É autora do livro Arte de cozinha: dietética e alimentação em Portugal e no Brasil (sécs. XVII-XIX), pela editora Senac-São Paulo.

    Como foi a experiência de trabalhar como assistente do Alex Atala num programa de TV como o “Mesa pra Dois”, da GNT?

    Foi diferente. Tínhamos que refazer as gravações milhões de vezes, sermos simpáticos e sorrirmos para o nada, tudo naquele silêncio sepulcral, e num calor infernal! Nunca assisti a nenhum programa de que participei, mas passar por isso foi muito bom. Além da experiência em TV, fui em muitas das viagens a trabalho do Alex. Acho que foram os meus anos mais incríveis, e a meu ver, mais do que gastronômica, a maior experiência foi a de participar deste mundo de TV, viagens, reportagens. Ninguém tinha este status de que o Alex desfrutava. Até hoje agradeço a oportunidade que tive de participar destas coisas. Depois fui para o Eñe, onde fiquei por 4 anos. Lá, aprendi a ter uma visão europeia da cozinha. Embora o Alex tivesse formação fora do país, a visão do europeu é diferente da nossa. Ainda mais quando se trata de restaurante gastronômico – onde só se faz menus fechados, para poucos clientes. Quando fui para o Eñe, a cozinha espanhola estava no auge, e aí sim comecei a ver as técnicas de vanguarda – a famosa cozinha molecular: aprendi a cozinhar no Gastrovax, a preparar diversos cozinheiros, a usar produtos químicos. E uma nova estética da cozinha também. Na época em que estava no DOM, ainda fazíamos os riscos clássicos nos pratos, usávamos aros.

    No Eñe, foi a época dos brotinhos, dos caldos servidos na frente do cliente. Aprendi muito sobre cozinha espanhola também, principalmente a fazer embutidos, a preparar a própria massa... Nós recebíamos um leitão inteiro e desossávamos, bem como patos também inteiros! Não tinha visto isso em restaurante nenhum, era incrível. Até o cordeiro vinha inteiro, por causa da qualidade, para que não nos enviassem uma palheta velha ao lado de uma nova. E depois tinha essa organização europeia: não podia falar um “a” na cozinha. No restaurante Dos Cielos, que os gêmeos mantinham ao mesmo tempo na Espanha e para onde fui por uns dias, a cozinha era aberta e todo mundo usava fone de ouvido, porque os pratos eram marchados baixinho, para não atrapalhar o salão.

    E, na cozinha, aprendi muito sobre organização – trabalhar peixe separado da carne, das guarnições, de que o chef monta todos os pratos, ou seja, tem o controle de tudo no final.

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    VarsóviaUma porção de chefs trabalha com paixão em Varsóvia, para renovar a gama de aromas e sabores desta cidade. Na capital polonesa, a tradição e a modernidade aprenderam a conviver harmonicamente.

    VIAGEMRevista SobremesaAutor: Ramón MartosFotos: Álvaro Fernández Prieto

    Há cidades que vivem presas ao seu passado. Varsóvia pertence a essa família urbana. Para comprovar isso, basta entrar em algum dos cafés do centro (em A. Blikle, por exemplo, cujo nascimento remonta a 1869) ou ao visitar lugares emblemáticos como Zapiecek, a poucos passos da Praça Zamkowy. Imagens em branco e preto, quer sejam fotografias ou telas de vídeo, nas quais se projetam filmes sobre o passado polonês, convidam a um exercício tanto de raiva como de nostalgia, ao sonhar com a Varsóvia que existiu e deixou de existir quando a Segunda Guerra converteu em ruínas os palácios, as cafeterias, os teatros e um patrimônio cultural que despontava entre as cidades mais cultas e distintas da Europa de então.

  • O percurso pelas salas mistura jogo, ironia e surpresa, às vezes, em chave naif (corrente artística que aborda os contextos artísticos de modo espontâneo e com plena liberdade estética e de expressão), mas também terríveis expressões de arte, como as do escultor Pawel Althamer.

    O futuro tem cor e saborMas é possível que seja no campo da culinária, que esses movimentos de transformação e este afã de modernidade melhor se fizeram notar e que, a julgar pelo êxito de algumas propostas, incrementarão os próximos anos. Falamos de algumas propostas como a do multifacetado espaço Likus ou o Amaro Atelier – certamente ele conta com a maior reputação gastronômica: alguns atrevem-se a dizer que é algo como o elBulli polonês. Também podemos citar o muito premiado Tamka 43, que poderia ser considerado, por questões de proximidade, o restaurante do Museu Chopin. Na verdade, é comum que uma visita a este espaço interativo, dedicado ao grande compositor e pianista, termine em algumas das mesas que os garçons do Tamka 43 atendem com eficiência e amabilidade. Quase poderíamos

    Claro que essas imagens que se encontram em quase todas as partes também nos falam de um esforço, de um processo de reconstrução e uma disposição de mudar que, embora não tenha se concretizado plenamente, não fica parada. Faz alguns anos, as autoridades urbanas envolveram-se em um debate acerca da conveniência de derrubar o edifício mais imponente de Varsóvia, hoje chamado Palácio da Cultura e da Ciência, que foi construído em 1955, durante o governo comunista. A disputa acabou livrando da ruína esse símbolo arquitetônico que recebe visitas todos os dias. Ali, os turistas têm as melhores vistas da cidade (o curso do rio, as áreas verdes, alguns arranha-céus sem alma), e recebem explicações dos guias sobre o sinistro e lamentável gueto (a parte que ocupava da cidade e a extensão que teve), além de outros detalhes referentes ao horror cotidiano que marcou um antes e um depois na história da Polônia.

    O peso do ontem e a ilusão do amanhã aprenderam a conviver em Varsóvia. Sobre essa convivência, falam-nos algumas obras do muito recomendado Museu de Arte Moderna, onde o visitante encontrará enfoques artísticos formalmente vanguardistas que, sem dúvida, bebem nessa compreensível obsessão da cidade por sua história recente.

  • dizer que não existem vínculos entre esses restaurantes de marcado padrão internacional (alguns, muito na onda eco-novaiorquina, agora tão na moda, como é o caso do Likus) e esses Milk Bars tradicionais, que começaram a entrar na moda no fim do século XIX. Embora o nome engane um pouco, o Milk Bar polonês não elabora necessariamente receitas lácteas, ainda que, em um primeiro momento, possa ter sido assim. Atualmente, só algumas das preparações levam como ingrediente o leite. Na realidade, trata-se de um restaurante popular, a preços modestos, onde se pode comer pratos poloneses feitos com um senso nutricional mais prazeroso, diga-se de passagem. Sem dúvida, um dos melhores da cidade é o Bambino Milk Bar, onde receitas simples e saudáveis são servidas: sopas de legumes, saladas, queijo, bolinhos de batata com massa de pão, bolas de carne de porco bem temperadas... e tudo isso acompanhado de uma espécie de suco de fruta que se assemelha à salsaparrilha – porque nos Milk Bars se mantém a tradição de não servir bebidas alcoólicas.

    Essas propostas radicalmente populares têm seu contraponto na atmosfera elegante e despreocupada de Concept 1, o restaurante do grupo Likus situado em cima de um centro comercial, onde exibem Armani e Gucci, entre outras marcas da alta costura. O espaço do restaurante não poderia ser mais moderno e versátil: solo de madeira, cozinha à vista, vinhos internacionais em estantes para tentar o comensal, terraço aberto, fundos acristalados, candeeiros de design. E os pratos que oferece não poderiam ser mais corretos. Basta dizer que o chef polonês Dariusz Baranski trabalha ao lado de Pierre Gagnaire, com que aprendeu a combinar ingredientes que começam surpreendendo e acabam demonstrando mais harmonia do que aparentavam de início. Seus refrescantes coquetéis para acompanhar os pratos (riquíssimo o de vodka com ruibarbo e lemongrass) são um desafio para o comensal que gosta da simplicidade do arenque coberto com pepino como da “falsa trufa” – na verdade, um patê de coelho recoberto de um pó negro puramente estético. O perfil internacional dos restaurantes de vanguarda em Varsóvia confirma-se com o Tamka 43, cujo chef de cozinha, formado em Londres, não perdeu a oportunidade de passar pelos fogões do elBulli. A delicadeza com que se tratam as verduras neste multifacetado local (funciona como restaurante, café e wine bar), que tem paixão pelo ruibarbo, torna-se obsessiva no Atelier Amaro. Os brócolis, os aspargos e uma grande variedade de ervas são os

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    ingredientes fetiche de uma cozinha que melhoraria muito se pudesse contar com um número suficiente de garçons para atender as mesas do local. Em geral, os pratos do Atelier Amaro são muito trabalhados (são sete cozinheiros à frente dos fogões) e se vangloriam de uma técnica a serviço dos sabores e dos aromas dos produtos, embora, às vezes, o processo técnico pese mais na receita que os produtos (caso das aparas de foie em pó, que tiveram um resultado menos gorduroso que o foie que recebe o tratamento convencional). Em qualquer caso, nenhum aficionado da boa cozinha deveria deixar de provar propostas muito sugestivas, como a sopa fria com sabor marcado de menta – seu frescor é inigualável – ou o prato Espárrago / Pine / Caracol, elaborado passando o aspargo pela panela e, em seguida, armazenado-o em uma tigela com ramos de alecrim, à qual é aplicado o maçarico. O resultado é um aspargo repleto de sabores defumados e amadeirados, que, como se não bastasse, é acompanhado de favinhas cruas bem temperadas com azeite e caracóis, além de folhas que contribuem para a apresentação do prato, sem deixar de levar matizes saborosos refrescantes. A receita inspira-se na vanguarda internacional dos sabores, mas nela também aprecia-se uma vontade de encontrar uma linguagem própria, na forma de expressão de uma Varsóvia moderna, que deseja olhar o futuro sem complexos.

  • Sobremesa é a revista de vinhos e gastronomia de Vinoselección.

    AGENDA

    Rota do Sabor

    35

    Tamka 43ul. Tamka 43. Warszawa

    Tel.: +48 22 44 16 234

    Concept 13 Restauracjaul. Bracka 9. Warszawa.

    Tel.: +48 22 310 73 73

    Atelier Amaro

    ul. Agrykola, 1. Warszawa.

    Tel.: +48 22 628 57 47

    Bar Bambinoul. Hoza, 19.Warszawa.

    Tel.: +48 22 625 16 95

  • 36

    Rua Dr. Sodré, 241AVila Olímpia - SP(11) 3845-7743

    BÁRBARO São Paulo

    Rua Joaquim Távora, 1.266Vila Mariana - SP(11) 5549-3210

    CALÁ DEL GRAU São PauloCalá del Grau

    FLORIANO São PauloRua Joaquim Floriano, 466Brascan Open Mall, Itaim Bibi - SP (11) 3079-3500

    Rua Fradique Coutinho, 37 Pinheiros - SP(11) 3032-7403

    MONET São Paulo

    GRAZIE A DIO! São Paulo

    FRANCISCO São Bernardo do Campo

    Rua Harmonia, 277Vila Madalena - SP(11) 2691-7628

    CHE BÁRBARO São Paulo

    Rua Girassol, 67Vila Madalena - SP(11) 3031-6568

    Rua Hungria, 1.000Jardim Europa - SP(11) 2579-1029

    CASUAL MIL São Paulo

    ANTONIETTA São Paulo

    AIRUMÃ São Paulo

    Rua Mato Grosso, 402Higienópolis - SP(11) 3214-0079

    Rua Antonio de Oliveira, 220Santo Amaro - SP(11) 5184-2303

    Rua Doutor Fláquer, 571Centro - São Bernardo do Campo - SP

    Sociedade da Mesa é muito bem-vinda e não paga rolha

    PROGRAMA SACA ROLHAAqui nesta coluna publicamos bares e restaurantes onde você, associado da Sociedade da Mesa, poderá desfrutar de bons ambientes e boa gastronomia, com a liberdade de levar seu próprio vinho sem pagar a rolha! *

    São Paulo - capital

  • 37

    FORNERIA DO SANTA São PauloAv. Ministro Gabriel de Resende Passos, 319Moema - SP(11) 5054-1199

    Rua Pedroso Alvarenga, 1.170Itaim Bibi - SP(11) 3167-0977

    FREDDY São Paulo

    FISHBAR São Paulo

    GENOVA São Paulo

    GIBRAN São Paulo

    LA GRASSA São Paulo

    LIMONN São Paulo

    MARIPILI São PauloRua Alexandre Dumas, 1.152 Chácara Santo Antônio - SP(11) 5181-4422

    Rua Manuel Guedes, 545Jardim Europa - SP(11) 2533-7710

    Rua Lisboa, 346 Pinheiros - SP(11) 3064-3438

    Genova

    Rua Comendador Miguel Calfat, 296 Vila Olímpia - SP(11) 2083-1593

    Av. Juriti, 32 Moema - SP(11) 3053-9303

    NICO São PauloRua Costa Aguiar, 1.586Ipiranga - SP(11) 2068-3000

    Alameda Tietê, 40Jardins - SP(11) 4327-3400

    Rua Bom Pastor, 1.660Ipiranga – SP(11) 3798-7616

    PAELLAS PEPE São Paulo

    Rua Mourato Coelho, 1.267Vila Madalena - SP(11) 3032-8605

    SPADACCINO São Paulo

    Rua Pirapora, 218Vila Mariana - SP(11) 3052-1473

    BOTTEGA PARADISI São Paulo

    Rua Harmonia, 359Vila Madalena - SP(11) 3037-7223 / 3031-8466

    TANGER São Paulo

    Rua Frei Caneca, 669Consolação - SP(11) 3259-0932

    ZEFFIRO São Paulor e s t a u r a n t e rot isser ia

    Rua Conselheiro Brotero, 903Santa Cecília - SP(11) 3664-8313

    EL TRANVIA São Paulo

  • 38

    Av. Pedro Paula de Morais, 703Ilhabela - SP(12) 3896-5241

    PASTA DEL CAPITANO Ilhabela

    Av. Cel. José Vicente Faria Lima, 2.107Reino, Ilhabela - SP(12) 3896-3346

    ILHA SPLENDOR Ilhabela

    Av. Portugal, 694Brooklin - SP(11) 5041-6818

    Rua Rio Grande, 304Vila Mariana - SP(11) 4304-0300

    Estrada Municipal Darcy Penteado, 3.301 São Roque - SP(11) 4714-2041

    CASCUDO São Roque

    Estrada do Pico Agudo, km 5, Bairro Sertãozinho, Sto. Antônio do Pinhal - SP(12) 3666-1873

    CEDRO Santo Antônio do Pinhal

    TORERO VALESE São Paulo

    PRAÇA SÃO LOURENÇO São Paulo

    APRIORI CUCINA São Paulo

    DIVERSITÀ BISTRO São Paulo

    SACRA ROLHA São Paulo

    Rua Horácio Lafer, 638Itaim Bibi - SP(11) 3168-7917

    Rua Casa do Ator, 608Vila Olímpia - SP(11) 3053-9300

    ANDY São PauloRua Desembargador do Vale, 439Perdizes/Pompéia - SP(11) 2373-3745

    Rua Haddock Lobo, 1.014Jardins - SP(11) 2737-4009

    Vila Don Pato São RoqueEstrada do Vinho, km 2,5São Roque – SP (11) 4711-3001

    São Paulo - interior / litoral

    DA NINA São PauloRua Pirapora, 232Paraíso - SP(11) 3052-3797 / (11) 3052-3798

    ROUGE São PauloRua Dr. Mário Ferraz, 561Itaim Bibi - SP(11) 2628-8377

    CONDESSA São PauloRua João Lourenço, 367Vila Nova Conceição - SP(11) 3842-5141

  • DiVinoQuinta Avenida, 144 – Loja 6 Vale do Sol, Nova Lima - MG(31) 3541-4272

    DIVINO Nova Lima

    Estrada PDD, 128Bairro dos Pires, Piedade – SP(11) 8259-7788

    RONCO DO BUGIO Piedade

    Av. Eng. Paulo Brandão Nogueira, 85Jatiúca, Maceió - Alagoas(82) 3235-1016

    DIVINA GULA Maceió

    Estrada Fazenda Aroeira, 757Piraí - RJ (21) 2487-4011

    RESERVA AROEIRA Piraí

    Rua Oriente, 609Serra, Belo Horizonte - MG(31) 3227-6760

    FLORES Belo Horizonte

    * O nosso Programa Saca-Rolha possibilita que você, associado, leve 2 garrafas de vinho à sua escolha, para degustar com a sua companhia. Você pode ir quantas vezes desejar no mesmo restaurante participante.

    Rua Francisco Deslandes, 156Anchieta, Belo Horizonte - MG(31) 3281-7965

    DEGLI ANGELI Belo Horizonte

    TAYPÁ BrasíliaQI 17, Comercial, Bloco G, lojas 208/210 Fashion Park - Lago Sul - Brasília(61) 3248.0403 / 3364.0403

    39

    CASA DE TEREZA SalvadorRua Odilon Santos, 45Rio Vermelho, Salvador, Bahia(71) 3329-3016

    outros estados

    ESPAÇO W 82 UbatubaAv. Marginal, 2.244Praia Grande, Ubatuba - SP(12) 3835-1374

    VILA RICA Belo HorizonteAv. Fleming, 900Pampulha - Belo Horizonte - MG(31) 3646-9946

    DOMENICO Porto AlegreRua Padre Chagas, 293Moinhos de Vento - Porto Alegre - RS(51) 3389-2731

    DEL BARBIERI Porto AlegreRua Jerônimo Coelho, 188 Centro Histórico - Porto Alegre - RS(51) 3019 - 4202

    GUAIAÓ SantosRua Dom Lara, 65Boqueirão, Santos - SP(13) 3877-5379

  • Cozinha assanhada e badulaques à venda

    Ao criarem a Mercearia do Conde, há 21 anos, Flávia Marioto e Maddalena Stasi pensavam que o espaço seria apenas um armazém de secos e molhados. Porém, em pouco tempo, surgiu um balcão para um cafezinho, os queijos e frios ali vendidos se transformaram em sanduíches, tortas e doces também passaram a ser oferecidos, e, aos poucos, a prioridade mudou.

    Mesas foram ocupando o lugar das caixas de mantimentos e os embutidos, ali pendurados, deram espaço para alegres móbiles. A dupla percebeu que o armazém já era um pequeno restaurante e, daí para atender aos padrões da clientela exigente, a Mercearia do Conde se transformou no que é hoje.

    Apesar de não vender mais feijão à granel, a casa de esquina, peculiar e colorida, é cheia de resquícios da antiga mercearia, com azulejos brancos nas paredes, sacolas penduradas, oratórios, quadros, espelhos e outros obras de artistas brasileiros que enchem os olhos da clientela. Esses badulaques espalhados não funcionam apenas como objetos de decoração: também estão à venda.

    Novidades do mêsPROGRAMA SACA ROLHA

    40

    Mercearia do CondeRua Joaquim Antunes, 217, Jardim Paulistano(11) 3081-7204

    Mercearia do Conde

  • 41

    Entre e sinta-se em casaMiam Miam é a onomatopeia, em francês, para comida gostosa. E é exatamente isso que se experimenta neste premiado restaurante carioca, que consegue unir tradição e modernidade, numa equilibrada mistura que se reflete em todos os detalhes.

    No comando da cozinha está Roberta Ciasca, eleita Chef Revelação 2007 pelas revistas Veja Rio e Gula. Após ter se formado pelo conceituado Cordon Bleu, em Paris, e trabalhado em alguns restaurantes, Roberta abriu o Miam Miam com os sócios Danni Camilo e Steph Quinquis, em 2005.

    O cardápio adotado pela chef segue a linha da chamada “comfort food” - comida caseira com toques inovadores e apresentação caprichada. Os pratos servidos remetem-nos às receitas tradicionais do dia a dia, trazendo à tona emoções e sabores do passado.

    Inquieta e criativa, Roberta Ciasca aposta na flexibilidade do menu e sempre traz para o cardápio novos pratos, independentemente de estação ou venda. Assim, mantém sua criatividade aguçada e promove novas experiências gastronômicas para os clientes. Para acompanhar, a casa oferece vasta e inovadora carta de drinques, elaborada por Danni Camilo e pelo barman João Jourdan.

    O Miam Miam já recebeu os seguintes prêmios:

    - Melhor Restaurante Moderno, em 2008, pela revista Rio Show

    - Melhor Carta de Drinks, em 2008, pela revista Veja Rio

    - Melhor Restaurante Moderno, em 2007, pela revista Rio Show

    - Melhor Lugar para Ir a Dois, em 2007, pela revista Veja Rio

    - Melhor Lugar para Ir a Dois, em 2006, pela revista Veja Rio

    Rua General Góes Monteiro, 34Botafogo - RJ(21) 2244-0125.

    Miam Miam

  • VINHOS EM

    ESTOQUE

    Seleção MENSAL

    Argentina

    __________________

    _____________

    importanteRecordamos aos associados que comuniquem quaisquer alterações no envio do mês, tais como alteração de quantidades, pedidos de seleção especial, acréscimo de vinhos do estoque ou suspensão até dia 10 do mês. Pedidos sujeitos a confirmação no estoque.

    Confira abaixo nossos vinhos em estoque.Faça seu pedidopor telefone(0800 774 0303) ou site ereceba juntamente com sua próxima caixa de vinhos.

    Gouguenheim 2011Origem: ArgentinaUva: MalbecPreço para associado: R$ 42,50

    42

    França_____________

    BourgognePasse Tout Grains 2011Origem: FrançaUvas: 2/3 Gamay e 1/3 Pinot NoirPreço para associado: R$ 43,60

    Famiglia Bianchi Reserva Cabernet Sauvignon 2011Origem: ArgentinaUva: Cabernet SauvignonPreço para associado: R$ 43,40

    Famiglia Bianchi Reserva Malbec 2011Origem: ArgentinaUva: MalbecPreço para associado: R$ 43,40

    Triuno Malbec 2012Origem: ArgentinaUva: MalbecPreço para associado: R$ 44,80

    Espanha_____________

    Pionero Maccerato 2011Origem: EspanhaUva: Albariño 100%Preço para associado: R$ 46,50

    Menciño 2011Origem: EspanhaUva: Mencia 100%Preço para associado: R$ 43,50

    La Valona 2010Origem: EspanhaUvas: 60%Tempranillo, 20% Syrah, 10% Merlot e 10% MalbecPreço para associado: R$ 46,50

    Segares Las Llecas 2012Origem: EspanhaUva: TempranilloPreço para associado: R$ 44,80

  • _____________

    SeleçãoGRANDES VINHOS

    Itália

    Itália

    __________________África do Sul_____________

    _____________

    França_____________

    _____________

    Argentina_____________

    Las Perdices 2009Gran Seleccion de BarricasOrigem: ArgentinaUvas: 80% Malbec, 10% Petit Verdot, 5% Cabernet Sauvignon, 5% TannatPreço para associado: R$ 98,00

    Estados Unidos_____________

    Hahn Meritage 2010

    Origem: Estados UnidosUvas: 48% Cabernet Sauvignon, 25% Merlot, 10% Cabernet Franc, 9% Malbec e 8% Petit Verdot.Preço para associado: R$ 98,00

    Amani I Am 1 2009Origem: África do SulUvas: 36% Cabernet Sauvignon, 28% Merlot, 21% Cabernet Franc, 10% Shiraz, 3% Malbec e 2% Petit Verdot.Preço para associado: R$ 79,25

    Áustria

    Romênia_____________

    Nomad 2009Origem: RomêniaUva: Feteasca NeagraPreço para associado: R$ 39,80

    Portugal_____________

    Mariana 2010Origem: PortugalUvas: 35% Trincadeira, 30% Aragonez, 20% Touriga Nacional e 15% Alicante BouschetPreço para associado: R$ 42,30

    43

    Chablis 2011Origem: FrançaUva: 100% ChardonnayPreço para associado: R$ 98,00

    Casa Vasari 2010Origem: ItáliaUvas: 70% Sangiovese, 10% Merlot, 10% Cabernet Sauvignon e 10% outras autóctonasPreço para associado: R$ 43,50

    Leone 2010Origem: ItáliaUvas: Sangiovese, Merlot, Cabernet SauvignonPreço para associado: R$ 89,00

    _____________Geórgia

    Teliani Valley Saperavi 2011Origem: GeórgiaUva: Saperavi 100%Preço para associado: R$ 41,90

    Origem: ÁustriaUva: Gruner VeltlinerPreço para associado: R$ 45,90

    Gottweiger Berg 2012

    Origem: ÁustriaUva: ZweigeltPreço para associado: R$ 42,10

    Gottweiger Berg 2011

    Alturis RossoOrigem: ItáliaUvas: 70% Merlot, 30% Refosco de Pedúnculo VermelhoPreço para associado: R$ 44,90

    Espanha_____________

    El Vinculo Reserva 2008

    Origem:EspanhaUvas: 100% TempranilloPreço para associado: R$ 94,00

  • inscreva-se!

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    0800 774 0303www.sociedadedamesa.com.br

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    Existem vinhos muito bons, existem Grandes Vinhos eexistem as Obras-Primas.

    Sociedadeda Mesa

    c lube de v inhos

    SeleçãoObras-PrimasAssim como a Seleção Mensal ea Seleção Grandes Vinhos,para receber a Seleção Obras-Primas,basta inscrever-se pelo nosso site(www.sociedadedamesa.com.br),telefone (0800 774 0303) ou e-mail ([email protected]).

    4 seleções por ano:fevereiro, maio, agosto e novembro

    valor de referência por garrafa: R$ 250,00

    caixas de 4 ou 6 garrafas

  • TAÇAS BORDEAUXPar de taças de cristal

    Preço para associado:R$ 50,00 (o par)

    TAÇAS BORGONHAPar de taças de cristal

    Preço para associado:R$ 50,00 (o par)

    TAÇAS DEGUSTAÇÃOPar de taças de cristal

    255mlPreço para associado:R$ 58,00 (o par)

    TAÇAS PORTOPar de taças de cristal

    180mlPreço para associado:R$ 63,00 (o par)

    BOLSA “UM”De lona vermelha, para uma garrafa.

    Preço para associado:R$ 38,00

    RevistasNossas revistas estão disponíveis para consulta, pesquisa e curiosidade. Acesse nosso site e faça o download do acervo.Boa leitura!

    Vinhos em consignação e-newsSe você vai fazer um evento, festa ou jantar, e precisa de vinhos, consulte-nos. Consignamos o vinho para você. Assim, nem sobrará nem faltará. Sem contar que será um prazer ajudá-lo a escolher o vinho mais adequado para a ocasião.Pedido mínimo de 10 garrafas.

    Enviamos mensalmente informações sobre nossas seleções junto com uma dica de harmonização para o vinho da Seleção Mensal.

    Faça suas compras por telefone (0800 774 0303) ou site até o dia 10 do mês e receba juntamente com sua próxima caixa de vinhos.ACESSÓRIOS

    SERVIÇOS

    DECANTERCRISTALEX

    Preço para associado:R$ 69,00

    SACA-ROLHASModelo Sommelier

    Preço para associado:R$ 28,00

    VACUVINBomba de vácuo com rolhas para melhor garantir as características do vinho.

    Preço para associado: R$ 57,00

    BOLSA “SEIS”De lona vermelha, modelo engradado. Prática e ideal para carregar até 6 garrafas.

    Preço para associado:R$ 84,00

    BOLSA “TRÊS”De lona verde com detalhes em couro. Ideal para carregar até 3 garrafas.

    Preço para associado:R$ 120,00

    novidade novidade

    Ideias para presentear um amigo, um cliente ou você mesmo!

    novidade

  • Fevereiro

    Lembre-se de nos comunicar quaisquer alterações no envio do mês, tais como alteração de quantidades, pedidos adicionais ou suspensão até o dia 10 de fevereiro. Pedidos sujeitos a confirmação no estoque.

    IMPORTANTE:

    * O frete será somado ao valor unitário da garrafa.

    46

    Valor para associado: R$ 248,00

    Valor aproximado no mercado: R$ 350,00

    PRÓXIMA SELEÇÃO OBRAS-PRIMAS

    LEYENDA DEL TOQUI 2009Chile

    País: ChileRegião: Valle CentralUvas: 40% Cabernet Sauvignon, 20% Cabernet Franc, 10% Carmenere, 10% Petit Verdot, 10% Malbec y 10% SyrahProdutor: Casas del Toqui

    Todas as nossas seleções têm em comum os fatores qualidade, variedade e preço. Além disso, sempre há “algo mais” a se destacar na nossa escolha: uma história que merece ser contada.

    A criação da seleção Obras-Primas nos trouxe a oportunidade de levar aos associados exemplos de lendários rótulos “Super Premium” cultuados mundo afora, como o chileno Leyenda.

    O produtor deste vinho, Casas del Toqui, é uma vinícola boutique que, apesar de um curto histórico, já criou rótulos de grande destaque. Seu enólogo, Alfonso Duarte, sem dúvida, será um dos grandes daquele país.

    4 se leções /ano

    seleçãoObras

    Primas

    O processo produtivo e a atenção aos detalhes fazem parte desse enredo. Cada uma das variedades que compõem o corte foi escolhida a dedo, e são provenientes de vinhedos de alta qualidade e baixo rendimento, vindas de diferentes regiões do Chile. Soma-se a isso, o período de 24 meses em barril de carvalho francês novo e mais 12 meses em garrafa.

    Temos que lembrar que a oferta desse vinho não será ampla nem no Brasil nem no mundo, pois foram produzidas apenas 1.000 caixas. E como os melhores vinhos dessa estirpe, esse rótulo será produzido somente em anos excepcionais.

    Leyenda del Toqui é elegante, complexo, repleto de fruta madura, com integração total de madeira, taninos intensos, suaves e maduros, final longo e persistente. Um ícone que, apesar de pronto para degustar, terá uma guarda bastante longa.

    Não deixe de provar essa Obra-Prima.

  • Fevereiro

    12 se leções /ano

    seleçãoMensal

    Lembre-se de nos comunicar quaisquer alterações no envio do mês, tais como alteração de quantidades, pedidos adicionais ou suspensão até o dia 10 de fevereiro. Pedidos sujeitos a confirmação no estoque.

    IMPORTANTE:

    * O frete será somado ao valor unitário da garrafa.

    47

    Valor para associado: R$ 43,90

    Valor aproximado no mercado: R$ 60,00

    PRÓXIMA SELEÇÃO MENSAL

    MACHI MALBEC 2012Argentina

    País: ArgentinaRegião: SaltaIndicação Geográfica: I.P. Salta Uvas: 100% Malbec Produtor: Machi

    Após mais de 10 anos à procura de vinhos únicos, ainda é possível encontrar rótulos com qualidade e preço excepcionais e provenientes de um local diferente?

    A seleção do mês de fevereiro é um bom exemplo. O Machi Malbec 2012 vem de Salta. É nossa primeira passagem pela região, uma província localizada no noroeste da Argentina, perto da fronteira com a Bolívia, distante cerca de 1.300 km de Mendoza.

    A combinação de uma baixa latitude com uma elevadíssima altitude resulta em 350 dias de sol por ano e grande amplitude térmica – nos dias de verão, a temperatura oscila entre 12ºC e 38ºC. Nesse cenário singular, a fruta amadurece de maneira perfeita.

    Historicamente reconhecida por vinhos brancos da uva Torrontes, os tintos de Salta vêm ganhando destaque, apresentando como características típicas, frescor e elegância.

    O Machi Malbec 2012 é um vinho fino, de bom corpo, redondo, com taninos suaves e doces. Finalmente, encontramos um exemplar que pudesse representar bem essa região em nossas seleções. E fica uma sugestão: que tal compará-lo com o Malbec de Mendoza? É um exercício interessante e surpreendente.

  • Aqui você se preocupa em brindar, o resto deixa com a gente.

    Sociedadeda Mesa

    c l u b e d e v i n h o s

    0800 774 0303www.sociedadedamesa.com.br

    A Sociedade da Mesa é um clube de vinhos que leva com exclusividade a seus associados as melhores seleções de vinhos a valores especiais comparados aos do mercado.

    Uma oportunidade única para desfrutar do mundo do vinho.

    1 caixa de vinhos de 4 ou 6 garrafasEnvio mensal.O valor da garrafa é de R$44,00aproximadamente.

    1 caixa de vinhos de 4 ou 6 garrafasEnvio trimestral.O valor da garrafa é de R$250,00aproximadamente.

    12 se leções /ano

    seleçãoMensal

    4 se leções /ano

    seleçãoGrandes

    Vinhos4 se leções /ano

    seleçãoObras

    Primas

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    Em todas as opções de assinatura, você recebe uma revista com a descrição do vinho que está recebendo, as próximas seleções, seus valores e informações sobre o mundo do vinho de uma forma ampla e simples.

    Sem cota de associação, onde você pode suspender o recebimento dos vinhos quantas vezes preferir.

    1 caixa de vinhos de 4 ou 6 garrafasEnvio trimestral.O valor da garrafa é de R$100,00aproximadamente.