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www.portal.ecclesia.pt/vilacha/ Calendário Diocesano e Paroquial Janeiro: Anúncio 01– Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus. Dia Mundial da Paz. 03– Epifania: Abertura solene e oficial do ano da Missão 2010 nas Eucaristias das paróquias de Codal e Vila Chã 09 – Recomeço da catequese 20– Oração de catequistas (Codal) 23– Encontro Diocesano de Canto de Janeiras “Missão 2010”, Palácio de Cristal (Porto) Escola Vicarial de Formação Cristã Tal como no Ano Pauli- no, também neste Ano Sacerdotal iremos ter a nos- sa escola vicarial de Forma- ção Cristã. O tema deste ano será: “Sacerdócio e Missão Responsabilidade de toda a Igreja.”, inspirado no Ano Sacerdotal que estamos a viver. Decorrerá em Arouca e em Vale de Cambra (Santuário de Stº António) de 12 de Janeiro a 19 de Março. Serão orientadores/professores: D. Manuel Clemente, D. António Taipa, D. João Lavrador, D. António Couto, D. Carlos Azevedo, Dr. Arlindo Magalhães, entre outros. Mais uma oportunidade excelente de formação cristã com a ajuda de grandes mestres. Vale a pena participar. Informações e inscrições (até 09 de Janeiro) no Car- tório Paroquial. Chama PARÓQUIAS DE VILA CHÃ E CODAL Nº 1 DEZEMBRO DE 2009 Jornal da MISSÃO À PORTA… Por determinação do nosso Bispo, D. Manuel Clemente, 2010 será um ano de Mis- são. A Missão deve ser entendida como “Anúncio”, “Testemunho”,“Compromisso”… Toda a Igreja diocesana, com as suas regiões pastorais, paróquias, vigararias e movimentos é convocada para que 2010 seja um ano de forte anúncio do Evangelho, de um sair de portas, de um testemunho cristão mais cons- ciente e responsável, de interpelação a todos aqueles que sendo baptizados deixaram “arrefecer” a sua fé e de alegre “contágio” da Boa Notícia da vida em Cristo. O objectivo da “Missão 2010” é revitalizar a dimensão evangelizadora e missionária das comunidades cristãs. Pretende-se um esfor- ço novo para que o Evangelho possa chegar onde ainda não chega, para levar Jesus Cristo onde Ele ainda não é conhecido ou despertar a semente da fé em tantos adormecida. No fundo, trata-se de reavivar o dom da vida bap- tismal e de ser missionário no meio e no ambiente em que se vive. Todo o baptizado é chamado a deixar transparecer em si mesmo a presença de Jesus e a interpelar pelo seu testemunho. A proposta de D. Manuel Clemente é tam- bém dar um cariz evangelizador às tradições existentes ao longo do ano, olhar a realidade envolvente e evangelizá-la, chegando mais longe e mais fundo, com o anúncio de Jesus como Cristo e salvador de todas as ocasiões e circunstâncias. O Papa João Paulo II dizia: “… os homens do nosso tempo, talvez sem se darem conta, pedem aos crentes de hoje não só que lhes ‘falem’ de Cristo, mas também que de certa forma lho façam ‘ver’. E não é porventura a missão da Igreja reflectir a luz de Cristo em cada época da história, e por conseguinte fazer resplandecer o seu rosto também diante das gerações do novo milé- nio?” (Carta apostólica Novo millenio ineunte, nº 16). É esta também a missão de cada cris- tão: fazer ver, mostrar Jesus na e com a sua vida. Como cristãos e como comunidades cris- tãs, também nós queremos entrar em missão e viver em sintonia com a Igreja diocesana. Queremos participar no programa dioce- sano e dar “cor local” a este desafio tão gran- de. Esta “CHAMA” dará conhecimento do que se vai passando, mês a mês, na Diocese e nas nossas Comunidades. Esta “CHAMA” levará a “Missão 2010” o mais longe possí- vel… Gostaríamos que ela incendiasse com o fogo do Espírito e a pessoa de Jesus todos os homens e mulheres de boa vontade. A Missão está à porta! Entra nela! Desco- bre Jesus Cristo e “CHAMA” outros para o conhecerem… n’Ele encontrarão a Vida!

Janeiro: Anúncio Tal como no Ano Pauli- no, também neste ... CHAMA Nº1.pdf · 20– Oração de catequistas (Codal) 23– Encontro Diocesano de Canto ... era aviador (morreu à

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www.portal.ecclesia.pt/vilacha/

Calendário Diocesano e Paroquial

Janeiro: Anúncio

01– Solenidade de Santa Maria, Mãe de Deus. Dia Mundial da Paz. 03– Epifania: Abertura solene e oficial do ano da Missão 2010 nas Eucaristias das paróquias de Codal e Vila Chã 09 – Recomeço da catequese 20– Oração de catequistas (Codal) 23– Encontro Diocesano de Canto de Janeiras “Missão 2010”, Palácio de Cristal (Porto)

Escola Vicarial de Formação Cristã Tal como no Ano Pauli-no, também neste Ano Sacerdotal iremos ter a nos-sa escola vicarial de Forma-ção Cristã. O tema deste ano será: “Sacerdócio e Missão – Responsabilidade de toda a Igreja.”, inspirado no Ano Sacerdotal que estamos a viver. Decorrerá em Arouca e em Vale de Cambra (Santuário de Stº António) de 12 de Janeiro a 19 de Março. Serão orientadores/professores: D. Manuel Clemente, D. António Taipa, D. João Lavrador, D. António Couto, D. Carlos Azevedo, Dr. Arlindo Magalhães, entre outros. Mais uma oportunidade excelente de formação cristã com a ajuda de grandes mestres. Vale a pena participar. Informações e inscrições (até 09 de Janeiro) no Car-tório Paroquial.

Chama PARÓQUIAS DE VILA CHÃ E CODAL Nº 1 DEZEMBRO DE 2009

Jornal da

MISSÃO À PORTA… Por determinação do nosso Bispo, D. Manuel Clemente, 2010 será um ano de Mis-são. A Missão deve ser entendida como “Anúncio”, “Testemunho”,“Compromisso”…Toda a Igreja diocesana, com as suas regiões pastorais, paróquias, vigararias e movimentos é convocada para que 2010 seja um ano de forte anúncio do Evangelho, de um sair de portas, de um testemunho cristão mais cons-ciente e responsável, de interpelação a todos aqueles que sendo baptizados deixaram “arrefecer” a sua fé e de alegre “contágio” da Boa Notícia da vida em Cristo. O objectivo da “Missão 2010” é revitalizar a dimensão evangelizadora e missionária das comunidades cristãs. Pretende-se um esfor-ço novo para que o Evangelho possa chegar onde ainda não chega, para levar Jesus Cristo onde Ele ainda não é conhecido ou despertar a semente da fé em tantos adormecida. No fundo, trata-se de reavivar o dom da vida bap-tismal e de ser missionário no meio e no ambiente em que se vive. Todo o baptizado é chamado a deixar transparecer em si mesmo a presença de Jesus e a interpelar pelo seu testemunho. A proposta de D. Manuel Clemente é tam-bém dar um cariz evangelizador às tradições

existentes ao longo do ano, olhar a realidade envolvente e evangelizá-la, chegando mais longe e mais fundo, com o anúncio de Jesus como Cristo e salvador de todas as ocasiões e circunstâncias. O Papa João Paulo II dizia: “… os homens do nosso tempo, talvez sem se darem conta, pedem aos crentes de hoje não só que lhes ‘falem’ de Cristo, mas também que de certa forma lho façam ‘ver’. E não é porventura a missão da Igreja reflectir a luz de Cristo em cada época da história, e por conseguinte fazer resplandecer o seu rosto também diante das gerações do novo milé-nio?” (Carta apostólica Novo millenio ineunte, nº 16). É esta também a missão de cada cris-tão: fazer ver, mostrar Jesus na e com a sua vida. Como cristãos e como comunidades cris-tãs, também nós queremos entrar em missão e viver em sintonia com a Igreja diocesana. Queremos participar no programa dioce-sano e dar “cor local” a este desafio tão gran-de. Esta “CHAMA” dará conhecimento do que se vai passando, mês a mês, na Diocese e nas nossas Comunidades. Esta “CHAMA” levará a “Missão 2010” o mais longe possí-vel… Gostaríamos que ela incendiasse com o fogo do Espírito e a pessoa de Jesus todos os homens e mulheres de boa vontade. A Missão está à porta! Entra nela! Desco-bre Jesus Cristo e “CHAMA” outros para o conhecerem… n’Ele encontrarão a Vida!

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À CONVERSA COM: Pe. Dr. Joaquim José Moreira dos Santos

À porta da “Missão 2010”, esta-mos já a viver o Ano Sacerdotal. Por isso estivemos à conversa com o sacerdote que foi pároco de Codal e Vila Chã durante mais de 30 anos. Uma conversa agradável, sim-pática e com alguma nostalgia dos bons velhos tempos. Nasceu em 29 de Março de 1938, na paróquia de Vila Nova da Telha, onde é pároco. Aí foi baptiza-do, frequentou a catequese, fez a primeira comunhão e a Profissão de Fé. Fez o ensino primário ( 4ª clas-se) na escola da freguesia prosse-guindo os estudos no Seminário do Porto onde foi ordenado em 5 de Agosto de 1962. Cantou Missa Nova, “debaixo dumas árvores que existiam ao fundo da rua da Igreja” da sua paróquia. Depois de ordenado sacerdote o Sr. Bispo enviou-o como coadjutor para Valongo e depois para Mafamude em Vila Nova de Gaia. Depois foi nomeado para Codal onde entrou em 6 de Dezembro de 1964 e aí esteve até 17 de Setembro de 1995. Entretanto, em Vila Chã faleceu o Sr. Pe Maurício e o Sr. Bispo pediu-lhe para ficar a paroquiar Vila Chã. Como Codal e Vila Chã ficavam mui-to perto aceitou. Esteve ainda a paroquiar Rebordosa, Paredes. Actualmente é pároco da sua terra natal. -Para além de pároco, que outros trabalhos exerceu? -Quando fui para Vale de Cambra, a paróquia de Codal era pequena, só viviam aí 254 famílias. Eram genero-sos mas não era o suficiente para a minha sobrevivência económica. Como tinha muito tempo livre fui dar aulas particulares. Posteriormente fui para a Escola Secundária de Vale de Cambra e ao mesmo tempo frequentava a Universidade de Coimbra onde me licenciei em Lite-ratura Portuguesa e Língua e Cultu-

ras Latinas. Fiz o estagio de profes-sor passando para a direcção da Escola Secundaria de Vale de Cam-bra, depois fui convidado para ser professor na Universidade do Minho em Braga, onde estive até à idade da reforma. -Estamos a viver o Ano Sacerdotal, o que é para si ser sacerdote? -Fui para sacerdote numa circunstân-cia muito curiosa, eu andava na cate-quese e o padre da minha paróquia era aviador (morreu à pouco tempo e foi pároco em Perosinho, V. Nova de Gaia). Era um homem muito dedicado à paróquia. Era um homem exemplar, era um modelo de vida... isso sedu-ziu-me! Foi ele que fez com que eu fosse para o seminário e orientou-me a seguir a minha vida sacerdotal. Andei a estudar, mas tive alguns pro-blemas, havia alguém que não queria que eu seguisse o meu percurso de vida, mas não desisti. Fiz muitas coi-sas na vida mas o principal foi ser padre, sempre quis ser padre, sempre gostei de ser padre e ser pároco. A vida de padre é uma vida de dedica-ção a uma comunidade… é a ela que nos entregamos. Também me dedi-quei muito aos Cursilhos de Cristan-dade, durante alguns anos dediquei algum do meu tempo e do meu saber a este Movimento dos Cursilhos de Cristandade. - Já tem alguns anos de vida sacer-dotal... quer-nos contar algumas das suas experiências no serviço à Igreja? O que tem sido servir a Igreja?

- Como já referi atrás, sempre gostei de ser padre. Gosto do contacto com as pessoas, de ajudar a resol-ver os seus problemas. Procuro dar tudo o que sei, dar-me às pessoas... Também procuro mostrar, com a minha vida e o meu exemplo, tudo o que Jesus Cristo é para mim. Comu-nicar aos outros as minhas convic-ções. Muita coisa ficou por fazer mas também muita coisa foi feita nas paróquias por onde passei e em muitas outras actividades em que participei. Orientei muitos Encontros de Jovens, Retiros para Casais, Encontros de Reflexão para Casais. Dediquei-me muito a essas activida-des. Achava que a formação era muito importante, quando não há formação as pessoas fazem muitas coisas mas, fazem-no de uma maneira “mecânica”. Para além de padre também gostei muito de ser professor... Como padre procurei sobretudo educar na Fé. A minha actividade de Mestre e de Profeta era transformar as pessoas, levá-las a descobrir o Caminho da sua vida, que é Jesus Cristo. Aquilo que era o melhor para mim, queria que fosse também para as outras pes-soas. Dedicou uma grande parte da sua vida sacerdotal (cerca de 31 anos) às paróquias de Codal e Vila Chã. Quais as melhores recordações que guarda desses tempos? - (risos) Oh, guardo muitas. Coisas boas e algumas menos boas. Prefiro só falar das boas. Sobretudo de um Curso de Leigos. Sentia a necessi-dade de Formação e fiz uns cursitos, à noite, numa salita ao lado da igre-ja. As pessoas de Codal aderiram e estiveram interessadas do princípio ao fim. Foi nessa altura que algumas pessoas dali aderiram aos Cursilhos de Cristandade. A primeira coisa bonita foi essa. A paróquia de Codal tinha duas partes; a de Arrifaninha e a de Armental e não havia muitas ligações, havia só uns fracos cami-nhos. A principal entrada da paró-quia fazia-se pelo lado da loja “dos

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A NOSSA PARÓQUIA: Catequese da Adolescência

macacos”. Agora já há estrada que liga Arrifaninha à igreja. Por motivo de haver uma mata que dividia a paróquia em duas, Arrifaninha e Armental, tentei unir as pessoas, não deixei que se fizessem cortejos porque na altura era motivo de rivali-dades, que em vez de unir dividia a paróquia. Isto aconteceu decorriam os anos de 1972/73. Então resolvi fazer uma excursão, de camioneta, pela Europa, organizada por um padre do Porto durante vinte e três dias. Durante a viagem pensei: se esta gente, quando eu chegar, não estiver em paz, vou-me embora. E ia mesmo! Quando cheguei a casa, ao fim de vinte e três dias, senti uma nova atitude nas pessoas. Foi uma experiência curiosa e que naquela altura me sensibilizou. A minha ida para Vila Chã, não foi

fácil. Eu não era bem visto pelas pessoas da paróquia, devido à minha maneira de ser e estar na vida. As pessoas pensavam que eu ia revolucionar aquilo tudo. Então, como não devia nada a ninguém, fui com as melhores das intenções, mesmo sabendo que algumas pes-soas teriam dito ao bispo que não me queriam. Essas foram as primei-ras a estarem comigo quando foi necessário juntar as vontades, juntar os dinheiros para as necessidades da paróquia. A necessidade mais premente era a construção de um espaço de culto digno na “Vila”, na altura Vila de Vale de Cambra. Assim nasceu um dos tempos mais bonitos da minha vida, a construção do Santuário de Santo António. Depois, a inauguração do Santuário foi uma hora muito importante na

minha vida de pastor. Em Codal, tive também outros momentos de alegria tais como a Senhora da Graça e a reconstrução da igreja. A dada altura a igreja esta-va a cair, a parede do lado do cemi-tério fazia uma “barriga” para fora, se não se fizessem obras a igreja caía mesmo. Então procurei juntar as pessoas e deitamos mãos à obra. Ainda me recordo, gastaram-se 49.000$00 (49 contos). Quem fez o trabalho, foi o falecido Arlindo do “Peão” que era um artista de pedrei-ro, ele chegou a dizer: “Sr. Prior isto se cair tem que cair tudo.” Também é de enaltecer o trabalho do pe. João Ribeiro no arranjo do espaço Litúrgico e agora com o pe. Araújo o trabalho do restauro dos altares. (Cont. na próxima edição)

ENCONTRO INTERGERACIONAL No passado dia 5 de Dezembro realizou-se um encontro - convívio entre idosos das nossas paró-quias e os cerca de 125 adolescentes da cateque-se de Vila Chã e Codal. Esta actividade começou a ser preparada com alguma antecedência, pelos adolescentes, que deixaram a sua sala de catequese, e, imbuídos pelo espírito da Missão, foram pelos diversos luga-res a convidar alguns idosos. No dia, e à hora marcada, algumas dezenas de idosos, compareceram no auditório do Santuário. Alguns grupos de catequese prepararam can-ções e pequenas peças de teatro para assim ani-marem a tarde. Seguiu-se um lanche preparado pelos adoles-centes e o convívio continuou. Este encontro foi uma maneira de juntar duas gerações tão distantes e que por vezes não con-seguem relacionar-se devido á grande diferença de idades e mentalidades.

No final do dia, regressamos a casa, com a cer-teza de uma tarde bem passada que serviu para atenuar a solidão de alguns idosos que muitas vezes estão sós. Um agradecimento a todas as pessoas, que apesar das dificuldades naturais da idade, estive-ram connosco. Aos que não puderam estar pre-sentes, esperamos por eles numa próxima oportu-nidade.