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Londrina 2020 JANNAYNA VITÓRIA ROMANO TÉCNICAS CONSTRUTIVAS EM ALVENARIA ESTRUTURAL

JANNAYNA VITÓRIA ROMANO

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Page 1: JANNAYNA VITÓRIA ROMANO

Londrina 2020

JANNAYNA VITÓRIA ROMANO

TÉCNICAS CONSTRUTIVAS EM ALVENARIA ESTRUTURAL

Page 2: JANNAYNA VITÓRIA ROMANO

TÉCNICAS CONSTRUTIVAS EM ALVENARIA ESTRUTURAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia Civil. Orientador: Angelo Silva

Londrina 2020

JANNAYNA VITÓRIA ROMANO

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JANNAYNA VITÓRIA ROMANO

TÉCNICAS CONSTRUTIVAS EM ALVENARIA ESTRUTURAL

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Universidade Norte do Paraná, como requisito parcial para a obtenção do título de graduado em Engenharia Civil.

BANCA EXAMINADORA

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Prof(a). Titulação Nome do Professor(a)

Londrina, 20 de novembro de 2020.

Page 4: JANNAYNA VITÓRIA ROMANO

Dedico este trabalho a Deus, pela

plenitude da vida; Aos meus Pais Valmir e

Rose e minhas irmãs pelo contínuo apoio,

fé e esperança;

Page 5: JANNAYNA VITÓRIA ROMANO

AGRADECIMENTOS

Primeiramente, gostaria de agradecer a Deus por ter me sustentado e

iluminado o meu caminho durante todo o período até aqui. Sem Ele, nada seria

possível.

E de maneira muito especial, agradecer aos meus pais, por terem acreditado

em mim e no meu potencial e me proporcionarem essa oportunidade, pois sem eles

esse sonho não se tornaria realidade, além de sempre me apoiando e me dando

forças para superar as dificuldades e o cansaço que se fizerem presente. Espero um

dia poder retribuir todo o esforço

Agradeço a minha irmã Jhennyffer, além de sempre me apoiar se fez muito

presente em meus estudos, ela que continuamente me auxiliou nos trabalhos

acadêmicos e o conforto de saber que nunca estive só. E também a minha irmã

Jeannyne, por ter percorrido comigo esse caminho árduo e durante esses cincos anos,

sempre me incentivando.

E ao meu sobrinho, Pyetro, que mesmo pequeno e sem entender nada,

espontaneamente nos últimos anos me concedeu forças para concluir com sucesso

essa etapa de minha vida.

Ao meu namorado, deixo aqui minha gratidão, pela paciência e compressão

nas horas ausentes que foram necessárias, nas horas de nervosismo e estresse

estava presente me ajudando da melhor forma.

Agradeço a todos os meus professores de maneira geral, por proporcionar o

conhecimento não apenas racional, mas а manifestação do caráter е afetividade da

educação no processo de formação profissional para que se tornássemos grandes

engenheiros.

Aos meus amigos, meu muito obrigado por terem proporcionado um caminho

mais leve e de grandes momentos, obrigada pela caminhada e pelo companheirismo.

E a todos que participaram direta ou indiretamente da minha vida acadêmica,

minha eterna gratidão!

Page 6: JANNAYNA VITÓRIA ROMANO

ROMANO, Jannayna Vitória. Técnicas construtivas em alvenaria estrutural. 2020. 40 f.. Trabalho de Conclusão de Curso Engenharia Civil – Universidade Norte do Paraná, Londrina, 2020.

RESUMO

Diante da grande demanda na área da construção civil, a busca por novos sistemas construtivos ampliou-se significativamente no Brasil originando assim uma nova técnica denominada de alvenaria estrutural. Esta abrange as diversas reinvindicações minimizando os prazos, os recursos e a mão-de-obra e, consequentemente, torna os empreendimentos mais lucrativos e viáveis tecnicamente. Sendo assim, o presente projeto pretende discorrer sobre as técnicas e as padronizações empregadas nas construções civis, mais precisamente, de alvenaria estrutural, elucidando as particularidades desse sistema. Desta forma, será exposto por meio de revisão bibliográfica o conceito de alvenaria estrutural, os processos necessários para a execução da obra, as vantagens e desvantagens quando comparada à alvenaria convencional, assim, como os componentes do processo de construção e, por fim, será exposto sobre as resistências normais, à tração, ao cisalhamento e, principalmente, à compreensão proporcionando segurança na edificação. A partir dessas explanações constatou-se que a alvenaria estrutural possui diversos benefícios como facilidade construtiva, agilidade, qualidade, flexibilidade e, principalmente, economia de custos.

Palavras-chave: Alvenaria estrutural. Construção Civil. Processo construtivo.

Page 7: JANNAYNA VITÓRIA ROMANO

ROMANO, Jannayna Vitória. Structural techniques in structural masonry. 2020. 40 f. Trabalho de Conclusão de Curso Engenharia Civil – Universidade Norte do Paraná, Londrina, 2020.

ABSTRACT

In view of the great demand in the area of civil construction, the search for new construction systems has expanded significantly in Brazil, thus originating a new technique called structural masonry. This covers the various claims, minimizing deadlines, resources and labor and, consequently, makes the projects more profitable and technically viable. Therefore, the present project intends to discuss the techniques and standards used in civil construction, more precisely, of structural masonry, elucidating the particularities of this system. In this way, the concept of structural masonry, the processes necessary for the execution of the work, the advantages and disadvantages when compared to conventional masonry, as well as the components of the construction process, will be exposed through bibliographic review and, finally, exposed on the normal resistance, to the traction, to the shear and, mainly, to the understanding providing security in the building. From these explanations, it was found that structural masonry has several benefits such as ease of construction, agility, quality, flexibility and, especially, cost savings. Keywords: Construction. Constructive process. Structural masonry.

Page 8: JANNAYNA VITÓRIA ROMANO

LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 – Sistema de alvenaria estrutural .............................................................. 00

Figura 2 – Alvenaria convencional x Alvenaria estrutural ........................................ 00

Figura 3 – Blocos cerâmicos ................................................................................... 00

Figura 4 – Dimensões do bloco de concreto ........................................................... 00

Figura 5 – Tipos de Amarração de Paredes (a) amarração em L; (b) amarração em T

e (c) amarração em X. .............................................................................................. 00

Figura 6 – Desobstrução dos furos .......................................................................... 00

Figura 7 – Cuidados na execução do grauteamento ............................................... 00

Figura 8 – Bloco cerâmico estrutural medida das faces: largura (a); altura (b);

comprimento (c); ...................................................................................................... 00

Figura 9 – Bloco cerâmico estrutural: medida das paredes externas e septos ....... 00

Figura 10 – Bloco cerâmico estrutural: desvio em relação ao esquadro (a); planeza

da face central (b); planeza da face superior e inferior (c) ....................................... 00

Figura 11 – Estado de tensões na argamassa em contato com o bloco ................. 00

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LISTA DE QUADROS

Quadro 1 – Materiais e características dos constituintes ...........................................00

Quadro 2 – Classificação dos blocos quanto à área .................................................00

Quadro 3 – Características das argamassas de cimento, cal ou mistas ...................00

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LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas

NBR Norma Brasileira

Page 11: JANNAYNA VITÓRIA ROMANO

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO ................................................................................................... 10

2 ALVENARIA ESTRUTURAL ............................................................................. 12

2.1 CONCEITO ................................................................................................. 12

2.2 PROCESSOS ............................................................................................. 13

2.2.1 Fundação ............................................................................................. 14

2.2.2 Paredes estruturais e paredes de vedação ......................................... 14

2.2.3 Instalações ........................................................................................... 16

2.2.4 Cobertura ............................................................................................. 16

2.3 VANTAGENS .............................................................................................. 16

3 COMPONENTES DO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO ................................... 19

3.1 BLOCOS ..................................................................................................... 19

3.2 ARGAMASSA ............................................................................................. 23

3.3 ARMADURAS ........................................................................................... 213

3.4 GRAUTE ..................................................................................................... 27

4 RESISTÊNCIAS NA ALVENARIA ..................................................................... 30

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................... 31

REFERÊNCIAS......................................................................................................... 36

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11

1 INTRODUÇÃO

A construção civil é constituída de todos os procedimentos relacionados a

construções de obras, como edifícios e residências. Logo, para que se obtenha

eficácia e segurança é essencial que todas as etapas desde a concepção do projeto

até a finalização da obra sejam executadas dentro dos padrões estabelecidos. Deste

modo, uma das etapas mais importante é o sistema construtivo que por meio de uma

composição de elementos dá origem a estrutura. Esse pode ser de diversos tipos,

sendo os principais, a alvenaria convencional e a estrutural. A alvenaria é formada por

blocos, tijolos ou peças sobrepostas que são fixadas por meio de uma argamassa

específica formando uma parede. Deste modo, tem-se a alvenaria estrutural que tem

como finalidade unir a estrutura e a vedação da edificação, ou seja, a estrutura é

analisada e calculada com metodologia de cálculos prévios para suportar cargas além

do seu peso próprio, chamadas de elementos “portantes”. Assim, não se utilizam de

pilares e vigas convencionais uma vez que as paredes distribuem as cargas

uniformemente ao longo das fundações. Sendo importante ressaltar, que a armação

e o grauteamento é indispensável.

Esse trabalho é de grande relevância tanto para o âmbito acadêmico quanto

para a sociedade devido ao fato que promove uma técnica inovadora e possibilita uma

alternativa distinta dos padrões básicos utilizados na construção civil. A mesma

permite menor desperdício de materiais, melhores condições de trabalho e redução

do impacto ambiental.

O problema abordado será quais as técnicas e as padronizações utilizadas em

uma obra de alvenaria estrutural? A construção civil compõe uma área que está em

constante crescimento e, por isso resulta em números significativos para o Brasil. De

acordo Roscoe (1998), essa, isoladamente, possui uma participação de 9,3% no PIB,

correspondendo a 4,4 milhões de empregos na economia formal. Sendo assim, é

necessário que a mesma se reinvente e traga inovações que contribuam para si e

para seus clientes. Partindo desse princípio, tem-se a alvenaria estrutural que

proporciona um sistema vantajoso e econômico aliado à agilidade em sua execução.

Essa técnica é bastante empregada em edifícios que apresentam repetições de

layout, porquanto é relativamente de simples execução. Desta forma, é favorável uma

vez que oferece uma grande racionalização das etapas construtivas por meio da

otimização dos recursos humanos, materiais e temporais.

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12

O presente trabalho tem como objetivo geral discorrer sobre as técnicas e

padronizações empregadas nas construções civis, mais precisamente, de alvenaria

estrutural. Esse também irá apresentar os processos, a finalidade e as vantagens da

alvenaria estrutural como parte da construção civil, assim como, identificar os

principais materiais utilizados neste processo de construção e, por fim, elucidar sobre

a relevância das resistências existentes na alvenaria.

A pesquisa se baseará em livros renomados, teses, dissertações, normas e

diversos outros recursos bibliográficos publicados predominantemente nas últimas

duas décadas que abordam o tema escolhido, técnicas construtivas em alvenaria

estrutural. Estudiosos conceituados como PARSEKIAN, G. A. & SOARES, M. M.;

RAMALHO, M. A. & CORRÊA, M. R. S.; SABBATINI, F. H. e TAUIL, C. A. & NESE, F.

J. M. serão mencionados ao longo de toda a fundamentação teórica. Portanto, será

uma pesquisa de revisão bibliográfica que tem caráter descritivo e explicativo

possibilitando o levantamento, a organização e o registro das informações referentes

ao assunto.

Page 14: JANNAYNA VITÓRIA ROMANO

13

2 ALVENARIA ESTRUTURAL

2.1 CONCEITO

O mundo dos negócios envolvendo as indústrias brasileiras da construção civil

desenvolve-se constantemente e, consequentemente, está mais competitivo, mais

diversificado e mais exigente, fazendo com que os empreendimentos desta área

procurem por técnicas construtivas inovadoras, qualificadas e produtivas. Sendo

assim, as empresas expandem os seus sistemas construtivos proporcionando

diferentes processos que atendam as demandas solicitadas (SANTOS E JUNGLES,

2008).

Logo, o ramo da construção civil se sobressai na economia de todos os países

uma vez que contribui significativamente no Produto Interno Bruto (PIB) com cerca de

6 a 12% do total mundial e, além disso, promove cerca de 10% dos empregos da

população economicamente ativa (MESEGUER, 1983). Essa é constituída por

diversos processos entre eles o sistema construtivo que é uma composição ou um

conjunto de elementos que ao se relacionarem organizadamente resultam em uma

estrutura (REBELLO, 2000).

Conforme Sabbatini (p. 13, 1989), “Sistema construtivo é um processo

construtivo de elevados níveis de industrialização e de organização, constituído por

um conjunto de elementos e componentes inter-relacionados e completamente

integrados pelo processo”. Deste modo, tem-se como principais sistemas construtivos

a alvenaria convencional e a estrutural. A primeira é executada com estruturas de

fundação, ou seja, vigas e pilares de concretos que são moldados a partir de moldes

de madeiras e com vedação utilizando blocos de cerâmica e para assentá-los usa-se

argamassa (AZEVEDO, 1997).

A alvenaria estrutural, diferentemente da convencional, é formada por blocos

capazes de resistirem a compressão e que são organizados de modo que as

superfícies das juntas sejam habituais aos esforços essenciais. Além do mais, é um

processo racionalizado que privilegia a integração das soluções em projetos

minimizando os desperdícios de recursos como também de tempo (SABBATINI,

1989).

Esse tipo de alvenaria é utilizado desde o século XVI no Brasil. Entretanto, foi

somente na década de 70 que essa foi vista como um processo construtivo mais

Page 15: JANNAYNA VITÓRIA ROMANO

14

desenvolvido e voltado para a construção de edificações racionalizadas. A partir desse

momento, a alvenaria estrutural passou a ser encarada como tecnologia de

construção civil baseando-se em projetos estruturais cientificamente validados e com

melhores critérios no campo da execução (RAMALHO; CORRÊA, 2003).

Ademais, pode ser compreendida como sendo um processo que tem como

característica principal a utilização de paredes de alvenaria e lajes enrijecedoras para

estruturar e suportar os edifícios. Entende-se também, que a alvenaria estrutural pode

ser definida como sendo um processo construtivo que possui a existência e aplicação

de paredes de alvenaria e lajes enrijecedoras como principal estrutura de suporte de

edifícios (FRANCO, 1992).

Assim, a Associação Brasileira da Construção Industrializada (1990, p. 17)

afirma que:

São construções formadas por blocos industrializados de diversos materiais, suscetíveis de serem projetadas para resistirem a esforços de compressão única ou ainda a uma combinação de esforços, ligados entre si pela interposição de argamassa e podendo ainda conter armadura envolta em concreto ou argamassa no plano horizontal e/ou vertical.

Segundo Parsekian e Soares (2010), uma das características que esse tipo de

alvenaria apresenta é ter elementos que têm a função de estruturar e vedar ao mesmo

tempo. Esse sistema também é recomendado quando não há possibilidade de

modificar a arquitetura, e é mais viável em construções residenciais com menor

número de pavimentos e com vão médios de 4 a 5 metros entre paredes.

2.2 PROCESSOS

A alvenaria estrutural contempla toda a estrutura em alvenaria, com predomínio

laminar, constituída por cálculos para resistir cargas além do seu peso próprio

podendo ser compreendida como “um conjunto de peças justapostas coladas em sua

interface, por uma argamassa apropriada, formando um elemento vertical coeso”

(PESTANA et al, 2014;TAUIL; NESE, p. 57, 2010).

A execução desta alvenaria é formada pelas seguintes etapas:

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15

2.2.1 Fundação

Esse tipo de alvenaria possibilita diferentes tipos de fundações, podendo ser

indiretas ou diretas, as diretas podem ser sapatas, vigas baldrames ou radiers e a

escolha será adequada de acordo com o tamanho do edifício e características do solo.

Já as fundações indiretas, podem utilizar os mais variados tipos de estacas

(AZEREDO, 1997).

Como na alvenaria estrutural as paredes são elementos estruturais, as cargas

chegam às fundações de forma distribuída ao longo das paredes, não há pilares e

vigas convencionais, uma vez que a armação e o grauteamento fazem esse papel.

Desta maneira, promove fundações contínuas e, consequentemente, a edificação

possui estruturas mais rígidas, logo, recalques diferenciais causam mais danos do que

em outros tipos de processos construtivos (AZEREDO, 1997).

2.2.2 Paredes estruturais e paredes de vedação

As paredes estruturais são os elementos principais da alvenaria estrutural

podendo resistir a cargas além do seu peso próprio, assim como seriam os pilares e

as vigas utilizados em construções convencionais. De tal modo que as paredes devem

ser distribuídas de maneira com que cada uma atue de forma a estabilizar uma a outra

(SABBATINI, 1989).

Segundo Tauil e Nese (2010), este sistema construtivo pode ser dividido em

duas categorias, a alvenaria armada e a não armada. A armada é basicamente a

utilização de barras de aço nos espaços vazios dos blocos e, em seguida, finalizado

com o graute. O intuito do aço é auxiliar na resistência de esforços solicitantes de

tração que são gerados por cargas resultantes da ação do vento e desaprumo, como

por exemplo.

Conforme Parsekian (2013), na alvenaria não armada é dispensado o uso de

armaduras para resistir aos esforços solicitantes, o mesmo tem apenas função

construtiva, não sendo considerado nos cálculos gerados da estrutura. As armaduras

são encontradas nas vergas, contravergas de janelas e portas, cintas de amarração,

entre outros, com desígnio de evitar patologias futuras.

Já em algumas paredes, a vedação nada mais é que um elemento estrutural

no qual blocos próprios para vedação são empregados para preencher vãos

Page 17: JANNAYNA VITÓRIA ROMANO

16

existentes na alvenaria. Dentro de um edifício de alvenaria estrutural, há paredes que

tem apenas o objetivo de vedar, dividir ambientes internamente e quando

externamente devem apresentar resistência à umidade, desempenho térmico,

infiltração de águas pluviais, entre outros, além de suportar apenas o seu peso próprio

(SANTOS, 1998).

É importante ressaltar que nas paredes de vedação pode-se atribuir todas as

instalações necessárias, tanto hidráulicas como elétrica, logo, não comprometendo a

estrutura. Desse modo, tem-se exceções nas quais são existentes paredes com o

mesmo intuito de resistir e vedar, consequentemente a parede estrutural veda

(SANTOS, 1998).

Figura 1 – Sistema de alvenaria estrutural

Fonte: Kalil (2007, p. 4)

2.2.3 Instalações

Estas devem ser realizadas com cautela e de maneira correta visto que a

resistência do edifício é oriunda das paredes, portanto, nenhum bloco poderá ser

Page 18: JANNAYNA VITÓRIA ROMANO

17

quebrado ou cortado para a passagem de tubulações. Lembrando que é

imprescindível um projeto específico para as instalações na alvenaria estrutural

(SANTOS, 1998).

Não é recomendado que haja passagens de tubulações hidráulicas dentro das

paredes, visando que caso haja algum vazamento de água não comprometa a

resistência dos blocos, por conseguinte, comprometendo toda a estrutura (SANTOS,

1998).

Uma opção que está sendo bastante utilizada nos edifícios em alvenaria

estrutural é os shafts, que nada mais é que um duto composto por chapas de gesso

acartonado e parafusadas em estruturas de aço, por onde são passadas as

instalações por dentro, tanto hidráulicas quanto elétricas (SANTOS, 1998).

2.2.4 Cobertura

Quanto à cobertura dos edifícios não há restrições, podendo ser realizada com

diversos sistemas (SANTOS, 1998).

2.3 VANTAGENS

As alterações de estratégias são constantes no âmbito da construção civil,

assim como, em diversas áreas devido ao fato de que a concorrência se expande

cada vez mais e, dessa forma, novas técnicas precisam surgir para que ocorra

melhorias na produção e racionalização do processo (RAMALHO; CORRÊA, 2003).

Sendo assim, são diversas as vantagens quando se compara a alvenaria

estrutural com a convencional como mostra a figura a seguir.

Page 19: JANNAYNA VITÓRIA ROMANO

18

Figura 2 – Alvenaria convencional x Alvenaria estrutural

Fonte: IBDA Instituto Brasileiro de Desenvolvimento da Arquitetura

Ramalho e Corrêa (2003) também expõem algumas vantagens da alvenaria

estrutural:

- Economia de formas: quando são necessárias, as formas são utilizadas

somente na concretagem de laje e, por isso são lisas e de baixo custo que podem ser

reaproveitas;

- Redução significativa nos revestimentos: ao utilizar blocos de qualidade e

obter o controle desses, a redução é bastante considerável uma vez que os internos

são constituídos de uma camada de gesso aplicada diretamente sobre a superfície

Page 20: JANNAYNA VITÓRIA ROMANO

19

dos blocos e o mesmo pode ser realizado com os azulejos;

- Redução nos desperdícios de material e mão de obra: Uma das causas da

eliminação de desperdícios é o fato das paredes não permitirem alterações

significativas como, por exemplo, rasgos ou abertura para instalações hidráulicas e

elétricas. Isso permite uma vantagem e não uma desvantagem, pois não possibilita

improvisações o que encarece o preço de uma construção;

- Redução no número de especialidades: profissionais armadores e carpinteiros

não são necessários no decorrer da infraestrutura e supra estrutura;

- Flexibilidade no ritmo da execução da obra: o tempo de cura é desvinculado

do ritmo da obra quando as lajes são pré-moldadas;

- Menor consumo de armaduras: nem sempre são necessárias, entretanto,

quando precisa são retas e a maioria sem dobras;

- Menor diversidade de materiais empregados: diminui o número de

subempreiteiras na obra, a complexidade da etapa executiva e o risco de atraso no

cronograma de execução por causa de possíveis faltas de materiais, equipamentos

ou mão de obra;

- Excelente resistência ao fogo e características de isolamento termo acústico.

Em relação ao custo da construção, Wendler (2001) assegura que a alvenaria

estrutural proporciona entre 15 e 20% de economia do valor total da obra. Essa

redução é perceptível quando se compara os seguintes serviços: revestimentos,

formas, instalações, redução no desperdício de materiais e mão-de-obra e

Esquadrias.

A partir dos benefícios citados acima, verifica-se que a vantagem predominante

da alvenaria estrutura reside na racionalização do sistema executivo minimizando o

consumo de materiais e os desperdícios que ocorrem, normalmente, quando se opta

pela alvenaria convencional (RAMALHO; CORRÊA, 2003).

Page 21: JANNAYNA VITÓRIA ROMANO

20

3 COMPONENTES DO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO

A alvenaria estrutural também dispõe de componentes específicos a fim de que

atendam a demanda do sistema construtivo. De acordo com a NBR 15961-1: 2011,

os componentes que constitui esse tipo de alvenaria são: blocos, argamassa,

armadura e graute.

3.1 BLOCOS

Os blocos são as unidades básicas que dão origem as paredes, sendo um dos

principais componentes da alvenaria estrutural. Assim sendo, há uma ligação direta

entre a resistência dos mesmos com a resistência das paredes e, consequentemente,

com a resistência da construção (GROHMANN, 2006).

Esse elemento constitui aproximadamente de 80% a 95% do volume total da

alvenaria e são categóricos para as características das paredes como à resistência à

compressão, estabilidade e precisão dimensional, resistência ao fogo e à penetração

de chuva e isolamento térmico e acústico (PARSEKIAN, SOARES, 2010).

Os blocos são itens industrializados, modulados e em forma de paralelepípedos

que compõem a alvenaria estrutural ou de vedação. Esses podem ter diferentes

dimensões ou formas (as unidades especiais), ajustados com a modulação adotada,

e serem produzidos em diversos materiais: concreto, cerâmica, sílico-calcário e

concreto celular auto clavado. (CARVALHO, 2007)

Esses componentes podem ser maciços ou vazados, cerâmicos ou de

concreto, respeitando a característica individual de cada um (RAMALHO; CORRÊA,

2003). Os blocos de silício-calcário são processados por meio de uma prensa e da

cura a vapor, em autoclave, de areia quartzota e cal. Vale ressaltar que as técnicas

aplicadas neste bloco precisam ser executadas corretamente, porque os mesmos

apresentam alta retração na secagem (MOHAMAD, 2015).

Logo, os blocos de cerâmica têm como principal matéria-prima a argila e podem

ser subdivididos em dois: para vedação e para estrutura. Estes últimos possuem furos

prismáticos perpendiculares às faces e têm como principal função resistir a cargas

além do seu peso próprio. Já, os blocos para vedação são produzidos tanto com furos

na horizontal quanto na vertical e a escolha dependerá da sua finalidade, estes não

Page 22: JANNAYNA VITÓRIA ROMANO

21

têm a função de resistir a outras cargas verticais (NBR 15270-1 / 15270-2, ABNT,

2017;).

De acordo com a NBR 15270-2, diversos tipos de blocos cerâmicos podem ser

definidos da seguinte maneira:

a) Bloco Cerâmico Estrutural: Componente da alvenaria estrutural que possui furos prismáticos perpendiculares às faces que os contêm. b) Bloco Cerâmico Estrutural de Paredes Vazadas: Componente da alvenaria estrutural com paredes vazadas, empregado na alvenaria estrutural não armada, armada e protendida. c) Bloco cerâmico estrutural com paredes maciças: Componente da alvenaria estrutural cujas paredes externas são maciças e as internas podem ser paredes maciças ou vazadas, empregado na alvenaria estrutural não armada, armada e protendida. d) Bloco Cerâmico estrutural perfurado: Componente da alvenaria estrutural cujos vazados são distribuídos em toda a sua face de assentamento, empregado na alvenaria estrutural não armada.

Figura 3 – Blocos cerâmicos

Bloco cerâmico estrutural de paredes vazadas (a); bloco cerâmico estrutural

com paredes internas maciças (b); bloco cerâmico estrutural com paredes internas

vazadas (c); Bloco cerâmico estrutural perfurado (d).

Fonte: ABNT NBR 15270-2: 2005

Esses componentes são de extrema importância para a alvenaria estrutural

visto que “os blocos, como componentes básicos da alvenaria estrutural, são os

principais responsáveis pela definição das características resistentes da estrutura”

(RAMALHO E CORRÊA, 2003, p. 6). Conforme Camacho (2006), os mesmos

conduzem a resistência à compressão e originam os procedimentos para aplicação

da técnica da coordenação modular nos projetos.

(a) (b) (c) (d)

Page 23: JANNAYNA VITÓRIA ROMANO

22

Já os blocos de concreto são processados por vibrocompactação e têm a opção

de curados ao ar ou em câmara úmida com algum tipo de aquecimento a fim de

acelerar a cura. É essencial ressaltar que quando são curados ao ar levam

aproximadamente um mês para ter resistência suficiente para o uso estrutural.

Enquanto os curados ao vapor levam em média três dias para atingir a resistência.

(MOHAMAD, 2015).

Esse componente possui diversos materiais sendo que cada um desses possui

uma característica específica como pode ser observado no quadro abaixo:

Quadro 1 – Materiais e características dos constituintes

Fonte: Retirado da ABNT NBR 6136:2007

O bloco vazado de concreto é um elemento de alvenaria cuja área líquida é

igual ou inferior a 75% da área bruta, a qual é a área da seção perpendicular aos eixos

dos furos, sem desconto das áreas dos vazios e a área líquida, a área média da seção

perpendicular aos eixos dos furos, descontadas as áreas médias dos vazios (NBR

6136, 2007).

Page 24: JANNAYNA VITÓRIA ROMANO

23

Figura 4 - Dimensões do bloco de concreto.

Fonte: NBR 6136/2007.

NBR 6136:2014 determina que os blocos de concreto são classificados em

maciços e vazados sendo que os primeiros são os que possuem um índice de vazios

de no máximo 25% da área total e os segundos ultrapassam esse limite e, portanto, a

unidade é denominada de vazada (RAMALHO e CORRÊA, 2003).

Desta forma, constata-se que o bloco vazado possui área líquida igual ou

inferior a 75% da área bruta como exposto no quadro a seguir.

Quadro 2 – Classificação dos blocos quanto à área:

Fonte: ABNT NBR 6136:2007

Os blocos de concretos também são classificados de acordo com o seu uso

podendo ser:

Classe A – Com função estrutural para uso em elementos de alvenaria acima

ou abaixo do nível do solo;

Page 25: JANNAYNA VITÓRIA ROMANO

24

Classe B – Com função estrutural para uso em elementos de alvenaria acima

do nível do solo;

Classe C – Com função estrutural para uso em elementos de alvenaria acima

do nível do solo;

Classe D – Sem função estrutural para uso em elementos de alvenaria acima

do nível do solo. (ABNT NBR 6136:2007)

3.2 ARGAMASSA

Para a junção dos blocos, tem a argamassa que transmiti e uniformiza as

tensões tangenciais e normais entre eles, impedindo, desta maneira, a entrada de

água e vento na construção (RAMALHO E CORRÊA, 2003). Além disso, tem o papel

de ligar e unir os blocos uniformizando os apoios entre eles (PRUDÊNCIO JR. et al,

2002).

De acordo com Parsekian e Soares (2010), a argamassa precisa ter uma boa

aderência no estado endurecido, pois, é responsável por resistir a tensões existentes.

A aderência ocorre devido ao fato de que a água penetra nos poros dos blocos e

posteriormente com a argamassa já endurecida pequenas entrâncias se formam.

Quando sofre alterações térmicas e pequenos recalques, a alvenaria acaba sofrendo

pequenas microfissuras distribuídas nas juntas, sendo que é melhor do que ocorrer

uma única microfissura na junta ou bloco. Isso acontece devido a resiliência adquirida

pela argamassa, ou seja, pela capacidade de absorver deformações sem fissurar.

Sabbatini (1986) expõe as principais funções da argamassa de assentamento:

• Conectar as unidades da alvenaria e aprimorar a resistência aos esforções

laterais;

• Dissipar pequenas deformações naturais da alvenaria;

• Espalhar uniformemente todos os esforções da parede em toda a superfície

resistente do bloco;

• Vedar a edificação contra penetração da água das chuvas e ventos.

A argamassa pode ser composta de cimento, cal e areia e a variação desses

insumos variam conforme as características, como está descrito na tabela a seguir:

Page 26: JANNAYNA VITÓRIA ROMANO

25

Quadro 3 - características das argamassas de cimento, cal ou mistas.

Fonte: https://sustentarqui.com.br/materiais/biomassa-assentamento-de-blocos/

Sabbatini (1986) destaca que para se ter uma argamassa de qualidade é

preciso bons materiais, mas também é necessário ter qualidade e cuidado da mão de

obra quando a mesma for produzida em obra.

Segundo Accetti (1998), a argamassa deve ser aplicada em todas as paredes

do bloco (transversal e longitudinal) para que a junta horizontal se forme, e em dois

cordões verticais nos bordos de uma das extremidades do bloco para formação da

junta vertical. Esse procedimento é bastante recomendado uma vez que quando não

realizado resulta na diminuição da resistência à compressão e ao cisalhamento da

alvenaria.

Sahlin apud Camacho (1995) afirma que a cada 0,3 cm de aumento na

espessura da argamassa promove uma redução de 15% na resistência da parede. E

conforme a NBR 13281:2005, a resistência à compreensão da argamassa deve ser

de aproximadamente 70% da resistência do bloco usado e que a junta, na horizontal

e na vertical, deverá sempre ser realizada com espessura de 1cm (10mm), com uma

variação aceitável de ±3mm.

Vale destacar que a argamassa corresponde a 7% do volume total de uma

construção, todavia, esse tem um valor extremamente significativo nas características

finais de uma obra (HENDRY, 2001).

Page 27: JANNAYNA VITÓRIA ROMANO

26

3.3 ARMADURAS

As armaduras podem exercer a função estrutural ou a função construtiva, ao

ter a primeira função são consideradas no dimensionamento estrutural e servem para

resistir aos esforços de tração ou flexão nas estruturas e são colocadas na vertical no

interior dos blocos que depois será preenchido com graute. Já as com função

construtiva tem como objetivo de evitar patologias construtivas e podem ser dispostas

tanto horizontalmente quanto verticalmente. Existem nas vergas e contra-vergas, na

amarração de paredes e nas juntas de controle, como reforço dos vãos, nas cintas de

amarração superior ou de respaldo e nas cintas intermediárias (RIBEIRO, 2010)

Conforme Parsekian e Soares (2010, p. 62), a amarração das paredes pode

ser de dois tipos: “direta, com sobreposição dos blocos de uma parede na outra a cada

2 fiadas, ou indireta, sem sobreposição de blocos”.

A amarração indireta tem a desvantagem de não unir totalmente as paredes, trazendo prejuízos ao comportamento estrutural das paredes, pois há uma redução da rigidez nos carregamentos laterais e também uma pior distribuição das cargas verticais (...). Essa solução deve ser evitada, especialmente no caso de edifícios com mais de 4 pavimentos. (PARSEKIAN e SOARES, 2010).

Deve-se salientar que tanto a amarração direta quanto a indireta precisam ser

detalhadas em projeto, contudo, a prioridade deve ser a amarração direta. A

amarração está diretamente ligada com as dimensões dos blocos modulares que

serão utilizados. (RAUBER, 2005).

Em alguns pontos específicos é necessário o uso de armaduras

complementares como:

a) Armaduras complementares nas juntas com o uso de grampos, estribos e

telas metálicas disseminadas entre duas ou três fiadas na argamassa de

assentamento;

b) Armaduras verticais e horizontais no perímetro das aberturas, contendo

detalhe de comprimentos, dobras e ancoragem;

c) Armaduras para ligação entre alvenaria e demais elementos estruturais como

vigas, escadas, fundação, muros de arrimo, caixa de elevadores; (RAZENTE, 2004).

Page 28: JANNAYNA VITÓRIA ROMANO

27

É possível observar na figura abaixo que os blocos de alvenaria precisam ser

assentados com as juntas desencontradas para que assim ocorra uma maior

resistência e estabilidade nos painéis.

Figura 5 – Tipos de Amarração de Paredes (a) amarração em L; (b) amarração

em T e (c) amarração em X.

Fonte: Disponível em: https://pauluzzi.com.br/img/alvenaria/6_1_modulacao_03.jpg. Acesso em: 20

out 2020.

De acordo com Tauil e Nese (2010), a alvenaria estrutural pode ser classificada

conforme a sua armadura em:

a) Alvenaria Estrutural Armada: possui armaduras alocadas em alguns vazados

dos blocos ou entre tijolos, devidamente enredadas por graute para absorver os

esforços calculados, além das armaduras construtivas e de amarração;

b) Alvenaria Estrutural Parcialmente Armada: quando parte da estrutura tem

paredes com armaduras passivas para resistir aos esforços calculados, além das

armaduras com finalidade construtiva ou de amarração, sendo as paredes restantes

consideradas não armadas;

c) Alvenaria Estrutural Protendida: aquela na qual a armadura é pós-

tensionada, sendo, portanto, ativa.

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28

3.2 GRAUTE

Por fim, tem o graute que nada mais é que um concreto autoadensável com

materiais de pequenas dimensões, com o qual é preenchido os vazios dos blocos

podendo haver presença de barras de aço ou não. Essa junção tem como finalidade

aumentar a resistência à compressão das paredes e, consequentemente, os esforços

de tração também quando há o encontro do aço e do concreto. Desse modo, é

fundamental enfatizar que o grauteamento é de extrema importância na execução de

vergas e contra-vergas (RAMALHO E CORRÊA, 2003).

O graute pode ser definido como um componente usado para preencher

espaços vazios de blocos com o objetivo de solidarizar armaduras à alvenaria ou

ampliar sua capacidade existente (NBR 15961-1, 2011).

Parsekian e Soares (2010) corrobora realçando que o graute aumenta a

resistência em pontos localizados (verga, contra verga, coxim), amplia a resistência à

compressão de uma parede e atrela eventuais armaduras às paredes.

A NBR 02:123.04-015-2 (p. 20, 2010) afirma que em relação ao grauteamento,

deve-se observar:

- Antes de verter o graute, os furos devem estar desobstruídos. Sendo assim, é sugerida a limpeza das rebarbas de argamassa; - a altura máxima de lançamento do graute deverá ser de 1,6 m, exceto se o graute for devidamente aditivado, garantida a coesão sem segregação situação em que a altura de lançamento máximo permitido é de 2,8 m; - antes do lançamento do graute, deve-se molhar os vazados a serem grauteados; - no adensamento manual deve-se empregar haste entre 10 e 15mm de diâmetro, devendo a mesma ter comprimento suficiente para atingir toda a extensão do vazado, não sendo permitido utilizar a própria armadura da parede para esse adensamento; - devem ser criadas janelas de visita nos pontos a serem grauteados para proceder-se a limpeza dos mesmos e a inspeção da operação de grauteamento.

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Figura 6 — Desobstrução dos furos

Fonte: NBR 02:123.04-015-2 (2010)

O grauteamento precisa ser realizado no mínimo 24 horas depois do

assentamento dos blocos e a altura máxima permitida para lançamento do graute é

de 3,00m com adensamento e de somente 1,60m sem adensamento, sendo que é

obrigatório a existência de furos de visita ao pé de cada trecho a ser lançado o graute

(imagens A, B e C).

Acrescenta ainda que os furos de visita deverão ter as medidas de 7,5cm de

largura e 10cm de altura. Essas dimensões servem para facilitar a limpeza após a

retirada dos excessos de argamassa de assentamento dos blocos (imagens D e E)

que podem obstruir a passagem do graute ou impedir o correto preenchimento dos

vazios blocos, influenciando diretamente na resistência da parede (RIBEIRO, 2010).

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Figura 7 - Cuidados na execução do grauteamento.

Fontes: Fig. A, B e C - http://www.equipedeobra.pini.com.br/ (acesso em 20/10/2020). Fig. D e E –

http://construcaomercado.pini.com.br/ (acesso em 20/10/2020).

É importante destacar que o graute precisa possuir fluidez elevada para que

possa penetrar nos vazios dos blocos e ter uma boa coesão, assim, a segregação de

seus componentes será evitada. Essas duas propriedades são fundamentais para

uma trabalhabilidade eficiente, o que resulta em um graute eficaz (CALÇADA, 1998

apud LOGULLO, 2006).

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31

4 RESISTÊNCIAS NA ALVENARIA

Devem-se ressaltar os “fatores que influenciam diretamente nos resultados e

consequentemente na estrutura, como a geometria dos blocos e sua resistência

individual, as características da argamassa e sua espessura da junta, entre outros”

(BARBOSA, p. 25, 2004). Portanto, é necessário realizar ensaios com os materiais

que serão utilizados em um laboratório específico a fim de saber qual a resistência e

deformabilidade dos mesmos, e se eles suportarão as cargas solicitadas e definidas

em projeto. “Tanto a resistência à compressão quanto a resistência à tração dos

blocos implica diretamente na resistência da alvenaria” (DRYSTALE et al., p. 35,

1994).

Logo, os ensaios de resistência à compressão dos blocos cerâmicos têm como

finalidade dimensionar os aspectos geométricos, físicos e mecânicos dos mesmos

que serão utilizados em obra de alvenaria estrutural, logo, sua principal propriedade é

a resistência característica que dirá se o bloco atenderá a demanda solicitada em

projeto (NBR 15270-2 2015),

No ensaio, as caracterizações geométricas são basicamente as medidas das

faces, septos, paredes externas de cada bloco e o desvio em relação ao esquadro e

planeza das faces, conforme as figuras 8, 9 e 10, respectivamente. Salienta-se que a

irregularidade em relação ao esquadro e a planeza das faces devem ser no máximo

de 3 mm, conforme a NBR 15270-2 (2015).

Figura 8: Bloco cerâmico estrutural medida das faces: altura (a); largura (b);

comprimento (c);

Fonte: NBR 15270-3

(a) (b) (c)

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32

Figura 9 – Bloco cerâmico estrutural: medida das paredes externas e septos.

Fonte: NBR 15270-3

Figura 10 – Bloco cerâmico estrutural: desvio em relação ao esquadro (a);

planeza da face central (b); planeza da face superior e inferior (c).

Fonte: NBR 15270-3

Parsekian e Soares (2010) afirmam que as variações das dimensões dos

blocos estão relacionadas a deterioração da resistência e a modulação das paredes,

interferindo na espessura da argamassa, assim, diminuindo a resistência ao

cisalhamento e a compressão.

Já as características físicas são a massa seca e o índice de absorção de água.

O ensaio de absorção tem como objetivo analisar o quanto um bloco é capaz de

absorver água e está relacionado com a porosidade dos blocos, sendo assim,

consegue-se concluir se o bloco é de qualidade ou não, e quanto menor a absorção,

mais resistente e duradouro é o bloco. Há um limite para o índice de absorção que

(a) (b) (c)

Page 34: JANNAYNA VITÓRIA ROMANO

33

não deve ser inferior a 8% e nem superior a 22%, conforme a (NBR15270-2, 2015;

PARSEKIAN E SOARES,2010, p.32).

A característica mecânica é estabelecida pelo ensaio de resistência à

compressão de cada bloco. Para a determinação da resistência característica dos

blocos, conforme a NBR 15270-2 2015, os mesmos devem ser capeados dos dois

lados da face com pasta de cimento ou argamassa com espessura de 10 mm podendo

variar 3 mm. Após o endurecimento das camadas, os blocos devem ser mergulhados

na água por um tempo de no mínimo 6 horas, sendo rompidos na sua pior condição

de uso, e então, levados á prensa de modo que esteja centralizado no eixo de carga

dos pratos da prensa.

Por fim, para a validação do lote é necessário atender todos os requisitos

físicos e geométricos exigidos pela norma e a resistência característica deve ser

considerada a partir de 3,0 Mpa como estabelecida pela NBR 15270-2 2015. Porém,

é importante que o lote atenda a resistência de cada projeto para que possa ser

utilizado de maneira segura. (NBR 15270-2 2015)

Já os prismas cerâmicos é o ensaio de resistência à compressão da alvenaria

que segundo Parsekian e Soares (2010) são corpos de provas resultantes da

superposição de blocos unidos por argamassa, grauteados ou não.

Em caso de prisma cheio, ou seja, prisma com graute, a NBR 15812-2 2010

institui que para realizar o ensaio o primeiro lote deve compor no mínimo 12 prismas,

sendo seis para contraprova caso seja necessário. O grauteamento deverá realizado

após 24 horas dos blocos assentados com nenhum resquício de argamassa, o mesmo

deve ser despejado dentro dos furos dos blocos e adensado em duas camadas sendo

que cada uma deverá ser atingida com 12 golpes utilizando uma haste. Em seguida,

a superfície superior deve ser rasada e alisada com o auxílio de uma colher de

pedreiro. Logo após, deve ser feito o procedimento de capeamento que segue os

mesmos parâmetros dos blocos. Desta maneira, após o rompimento dos mesmos,

consegue-se analisar o desempenho dos blocos e, principalmente, do graute.

Já os prismas do tipo oco não sofrem processo de grauteamento e seu principal

intuito é a resistência da argamassa em contato com o bloco. Segundo Ramalho e

Corrêa (2003), a argamassa de assentamento tem por finalidade unir os blocos,

transmitir e padronizar as tensões entre eles, absorver pequenas deformações e

prevenir a entrada de água e vento na edificação.

Page 35: JANNAYNA VITÓRIA ROMANO

34

A resistência à compressão da argamassa não deve ser superior à resistência

do bloco, pois empregando uma argamassa muito rígida ela não absorverá as

deformações, entretanto, utilizar uma argamassa muito fraca resulta em uma baixa

adesão entre os blocos e pouca resistência a compressão, prejudicando assim a

eficiência da parede (PARSEKIAN E SOARES, 2010).

É possível a resistência da argamassa de maneira individual, onde a mesma é

obtida através de ensaios de resistência a tração na flexão e a resistência à

compressão em moldes prismáticos que é basicamente quando a argamassa coletada

que será utilizada em campo é posta e espalhada uniformemente em apenas metade

dos moldes sobre a mesa de adensamento e é aplicada 30 quedas através da mesa.

Então completado o restante e aplicado novamente as 30 quedas, são necessários os

corpos de prova permanecerem aproximadamente de 24 a 48 horas para então serem

desmoldados. É necessário moldar três corpos de prova por idade, à norma exige que

sejam rompidos aos 28 dias, entretanto, fica a critério do solicitante a moldagem de

demais corpos de prova. (NBR 13279 2005)

O tipo de argamassa a ser usado resultará da função que a parede

desempenhará, das condições de exposição e do tipo de bloco que será utilizado na

mesma. (POZZOBON, 2003). Desta maneira, a resistência à compressão da

argamassa de assentamento deve ser determinada de acordo com as necessidades

da estrutura e de ensaios de prismas ocos e cheios. (THOMAZ; HELENE, 2000)

A resistência à compressão da argamassa altera de acordo a resistência à

compressão do bloco (SABBATINI, 1989). Desta forma, são os ensaios de corpo-de-

prova que determinam a resistência da argamassa, todavia, é necessário distinguir

essa resistência quando a argamassa está confinada entre os blocos. (PARSEKIAN;

SOARES, 2010)

Assim como outros materiais, a argamassa tende a deformar lateralmente

quando são aplicados carregamentos longitudinais denominado de efeito Poisson, e

essa deformação é combatida pelo bloco por meio da aderência entre os elementos.

Sendo assim, a argamassa passa a receber três tipos de tensões: a compressão

vertical resultado da carga aplicada e duas tensões laterais causadas pelas forças de

diminuição das deformações laterais desempenhadas pela argamassa em contato

com o bloco (PARSEKIAN; SOARES, 2010)

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35

Figura 11 - Estado de tensões na argamassa em contato com o bloco

Fonte: Parsekian e Soares (2010, p.40).

Entretanto, Ramalho e Corrêa (2000) informa que a resistência à compreensão

não deve ser o fator mais importante na argamassa, mas sim a plasticidade que

permitirá a repartição uniforme das tensões entre os blocos.

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36

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo buscou elucidar sobre as diferentes particularidades da

alvenaria estrutural que proporcionam várias vantagens na execução da obra. Assim,

averiguou-se que essa alvenaria é um sistema construtivo que visa a racionalização

de custos e tempo. Além disso, foi possível depreender cada etapa que envolve o

processo de construção mostrando que é indispensável um bom planejamento e,

proporcionando, assim, o entendimento dos possíveis desperdícios e improdutividade.

Desse modo, ficaram explícitas as vantagens e desvantagens de escolhê-la,

entretanto, mesmo com as desvantagens chegou-se à conclusão que os ganhos são

maiores do que as perdas.

Outras informações que foram abordadas e explicadas ao longo desse trabalho

foram os componentes constituintes do processo de construção que explanaram

significativamente a função de um cada expondo suas várias características, as quais

mostram que todo componente precisa ser escolhido de acordo com as necessidades

do sistema construtivo para que assim a obra seja finalizada com sucesso. Constatou-

se que a alvenaria estrutural é composta de diversos elementos, os quais possuem

especificidades importantes e ativas que resultam no conjunto todo da obra.

Compreendeu-se também o quão essencial é o papel das resistências

estimadas de todo o material empregue na alvenaria estrutural, sendo essas, fatores

que influenciam diretamente na segurança uma vez que são realizados ensaios

laboratoriais com o intuito de averiguar se os elementos utilizados estão de acordo

com o solicitado em projeto, consequentemente, em concordância com a Norma

Brasileira (NBR) e a favor da segurança.

Por fim, após diversas explanações, conclui-se também que a alvenaria

estrutural apresenta uma execução rápida, eficaz e econômica que comprova a

afirmação de racionalização tornando-a um diferencial quando comparada com outros

tipos de alvenaria. Essa permite projetar conscientemente e racionalmente

promovendo soluções eficientes que contribuam para um resultado final de alta

qualidade e custos menores.

Page 38: JANNAYNA VITÓRIA ROMANO

37

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