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CURSO DE ENGENHARIA DE MINASESCOLA DE ENGENHARIAUNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL
JAZIDAS MINERAIS
ENG05517
A D E L I R J O S É S T R I E D E R
1 9 9 9
Jazidas Minerais (ENG05517) 1
ENG05517 -- JAZIDAS MINERAIS A
Súmula: Ambientes de formação e classificação genética de jazidas minerais. Condicionamento estrutural e rochas associadas aos depósitos metálicos e não-metálicos. Tipologia dos jazimentos minerais. Épocas e províncias metalogené-ticas. Recursos minerais do Brasil e do mundo.
Horário: quarta-feira, 08:00 - 12:00 hs
Método de avaliação:1) provas que contemplam a análise e interpretação de produção técnico-científica sobre depósitos minerais brasileiros relacionados a cada tópico da disciplina; a análise será realizada a partir de um conjunto mínimo de quesitos previamente fornecidos na forma de Prova de Conhecimentos sobre a gênese e o controle de depósitos minerais. As provas têm peso individual igual a 3, num total de 9.2) Relatórios circunstanciados das jazidas minerais visitadas deverão ser entregues até o dia da prova seguinte à saída de campo; deverão incorporar informações bibliográficas adicionais sobre as jazidas conforme encontradas em anais de congressos, simpósios, teses/dissertações, artigos publicados, etc… Os Relatórios circunstanciados têm peso igual a 1, mas poderão ser utilizados para avaliar a capacidade do aluno em buscar informações adicionais àquelas fornecidas diretamente em sala de aula e, com isso, pleitear ajuste de grau final.3) A recuperação será realizada sobre qualquer uma das duas áreas: 1ª) Conteúdo introdutório e 2ª) ambientes geológicos e depósitos minerais. O aluno em recuperação poderá alcançar grau máximo “C”. É permitida a recuperação de nota para a melhoria de conceito, seguindo o critério definido no início desse item.
Determinação do GRAU:
A ≥ 8,5
B ≥7,0 – < 8,5
C ≥ 6,0 – <7,0
D < 6,0
O método tem por objetivo 1) dar a conhecer os principais depósitos brasileiros, 2) incentivar a leitura de material bibliográfico nacional, 3) fomentar o desenvolvimento de espírito crítico e 4) acompanhar o crescimento individual do estudante.
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PROGRAMA PARA 1999/2
SAÍDAS DE CAMPO:As datas e locais serão oportunamente confirmadas. Está previsto utilizar as quintas e sextas-feira para as visitas às minas.Será exigido relatório circunstanciado das jazidas visitadas, seguindo os moldes estabelecidos dentro dessa disciplina (ver procedimentos para elaboração de Relatório Técnico incluído nessa apostila).
AULAS TEÓRICAS
CONTEÚDO INTRODUTÓRIOConceitos gerais e fenômenos geológicos ligados à mineralização
SET 02 Conceitos de Províncias Minerais Metálicas e Metalogenéticas, Distritos MineirosClassificação dos depósitos minerais (D.M.)
SET 09 Variáveis extensivas e intensivas de formação de depósitos mineraisSET 14 Variáveis extensivas e intensivas de formação de depósitos mineraisSET 16 Variáveis extensivas e intensivas de formação de depósitos mineraisSET 21 Variáveis extensivas e intensivas de formação de depósitos mineraisSET 23 Variáveis extensivas e intensivas de formação de depósitos mineraisSET 28 Variáveis extensivas e intensivas de formação de depósitos mineraisSET 30 Texturas e estruturas de D.M.OUT 05 Controles de depósitos minerais (D.M.)OUT 07 Modelos de depósitos mineraisOUT 14 Modelos de depósitos mineraisOUT 19 Modelos de depósitos mineraisOUT 21 PROVA DE CONHECIMENTOS ÁREA I
PRINCIPAIS TIPOS DE DEPÓSITOS MINERAIS
OUT 26 Hipóteses geotectônicas e mineralizaçõesTectônica de placas: ambientes geotectônicos e depósitos minerais
OUT 28NOV 04
D.M. EM TERRENOS GRANITO - GREENSTONE BELT :I) D.M. associados com o magmatismo e com a sedimentação eII) D.M. associados com o metamorfismo e a deformação
NOV 09NOV 11
D.M. FORMADOS EM BACIAS INTRA-PLACAS:I) Bacias intracontinentais e II) Margens continentais passivas
NOV 16D.M. EM HOT-SPOTS CONTINENTAIS, RIFTS E AULACÓGENOS: I) Hot-spots intracontinentais e rotas de hot-spots eII) Rifts e aulacógenos intracontinentais
NOV 18D.M. EM PLACAS OCEÂNICAS:I) Cadeia meso-oceânica e bacia oceânica;II) Falhas transformantesIII) Cadeias de ilhas vulcânicas e de montes submarinos
NOV 23 1ª PROVA DE CONHECIMENTOS ÁREA II
NOV 23D.M. EM ZONAS DE CONVERGÊNCIA:I) Calha de subducção submarina e arco externo;
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NOV 30DEZ 02DEZ 07
II) Bacias de frente de arco;III) Arco magmático;IV) Cinturões magmáticos e de cavalgamento pós-arco;V) Bacias pós-arco compressivas e extensionais; eVI) Bacias marginais e interarcos
DEZ 09DEZ 14DEZ 16
D.M. EM ZONAS COLISIONAIS:I) Vestígios de bacias oceânicas e lâminas ofiolíticas em zonas de sutura;II) Margem interna da placa cavalgante (bacias internas, intermontanas e grabens); eIII) Cinturões de cavalgamento tipo foreland e Bacias foreland
DEZ 21 2ª PROVA DE CONHECIMENTOS ÁREA II
DEZ 23 Recuperação de conteúdoDEZ 28 Recuperação de conteúdoDEZ 30 Recuperação de conteúdo
JAN 04 PROVA DE RECUPERAÇÃO ÁREA IJAN 06 PROVA DE RECUPERAÇÃO ÁREA II
JAN 11 Avaliação final
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BIBLIOGRAFIA BÁSICA DO CURSO
AMSTUTZ, G.C. & BERNARD, A.J. 1973. Ores in sediments. Intern. Union Geol. Sciences, Series A, Number 3, Springer-Verlag, Berlin - Germany, 350 p.
BATEMAN, A.M. 1951. The formation of mineral deposits. John Wiley & Sons Inc., New York - USA, 371 p.
BIONDI, J.C. 1986. Depósitos de minerais metálicos de filiação magmática. CBMM & T.A.Queiroz ed., São Paulo - Brasil, 602 p.
COX, D.P. & SINGER, D.A. 1986. Mineral deposits models. U.S. Geological Survey Bulletin 1693, 379 p.
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MITCHEL, A.H.G. & GARSON, M.S. 1981. Mineral deposits and global tectonic settings. Academic Press, London - UK, 405 p.
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ROUTHIER, P. 1963. Lesgisements métallifères: geologie et principes de recherche. Masson et Cie Ed., Paris - France, 867 p.
SAWKINS, F.J. 1984. Metal deposits in relation to plate tectonics. Springer-Verlag, Berlin - Germany, 325 p.
SCHOBBENHAUS, C. & COELHO, C.E.S. coords. 1985. Principais depósitos minerais do Brasil. Vol. 1 – Recursos Minerais Energéticos. Publicação do Convênio DNPM/CVRD/CPRM, Brasília (DF, Brasil), 187 p.
SCHOBBENHAUS, C. & COELHO, C.E.S. coords. 1986. Principais depósitos minerais do Brasil. Vol. 2 – Ferro e metais da indústria do aço. Publicação do Convênio DNPM/CVRD/CPRM, Brasília (DF, Brasil), 501 p.
SCHOBBENHAUS, C. & COELHO, C.E.S. coords. 1988. Principais depósitos minerais do Brasil. Vol. 3 – Metais básicos não-ferrosos, ouro e alumínio. Publicação do Convênio DNPM/CVRD/CPRM, Brasília (DF, Brasil), 670 p.
SCHOBBENHAUS, C. & COELHO, C.E.S. coords. 1992. Principais depósitos minerais do Brasil. Vol. 4 – Rochas e minerais industriais. Publicação do Convênio DNPM/CVRD/CPRM, Brasília (DF, Brasil), 305 p.
SHEAHAN, P.A. & CHERRY, M.A. eds. 1993. Ore deposits models, Vol. 2. Geoscience Canada, Reprint Series 6, Canada, 154 p.
SMIRNOV, V.I. 1976. Geology of mineral deposits. Mir Publisher, Moscow - URSS, 520 p.WOLF, K.H. 1976. Handbook of stratabound and stratiform ore deposits, I. Principles and
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CONCEITOS GERAIS APLICADOS A JAZIDAS MINERAIS
PROVÍNCIA METÁLICA: é definida como a área que possui uma concentração anormal de depósitos ou de ocorrências de 1) um metal particular, ou de 2) um grupo de metais específicos. Uma província metálica pode incluir depósitos de diferentes idades e modos de formação. As províncias metálicas são, portanto, heterocronas e multitípicas (senso Routhier 1976).
Embora úteis para mostrar regiões favoráveis à concentração de determinados bens minerais, mapas de Províncias Metálicas têm valor limitado para relacionar a formação dos depósitos com um ambiente específico, ou para determinar o seu modo de formação.
Exemplos de províncias metálicas:1) Província de Carajás, Pará-Brasil.
PROVÍNCIA METALOGENÉTICA: é definida como a área que possui uma concentração anormal de depósitos minerais formados num estreito intervalo de tempo e numa situação geológica particular. Isto implica que se pode relacionar os depósitos minerais a determinados processos geológicos que lhe dão origem. As províncias metalogenéticas compreendem depósitos homocrônicos e monotípicos (senso Routhier 1976).
Os mapas metalogenéticos são de grande utilidade para selecionar áreas promissoras de acordo com os objetivos estipulados pelas empresas.
Exemplos de províncias metalogenéticas:1) Quadrilátero Ferrífero, Minas Gerais - Brasil.2) Província Gemológica Sul-brasileira.3) Carajás, Pará - Brasil. (relação entre província metálica e metalogenética).
DISTRITO MINEIRO: é definido como a área que inclui um conjunto de depósitos minerais. Originalmente, o termo tinha o mesmo significado de Província Metálica, porém com aplicação apenas local; atualmente, também tem sido utilizado para designar um conjunto de depósitos minerais com as mesmas características metalogenéticas.
Exemplo de distrito mineiro: 1) Serra de Carajás, Pará - Brasil.2) Bacia de Campos, São Paulo – Brasil
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VARIÁVEIS INTENSIVAS E EXTENSIVAS DE MINERALIZAÇÃO
As variáveis intensivas que controlam a deposição das jazidas minerais são propriedades físicas e/ou químicas cuja importância não depende da quantidade de material presente no sistema considerado; pode-se dizer que as variáveis intensivas são as propriedades que dependem da intensidade de sua atuação no sistema para estabelecer um depósito mineral. As variáveis extensivas, por outro lado, são as propriedades físicas cuja importância na deposição de uma jazida mineral depende da quantidade de material presente no sistema; ou seja, as variáveis extensivas dizem respeito ao volume de material envolvido pelo processo geológico.
VARIÁVEIS INTENSIVASà Fusão magmática.à Sequência de cristalição magmática.à Imiscibilidade.à fO2 do magma. à Propriedades físicas (viscosidade) e químicas (composição) do magma.à Conteúdo de voláteis do magma.à Interação química de rochas composicionalmente contrastantes (metassomatismo).à Composição dos fluidos hidrotermais.à Mudanças químicas (interação com outros fluidos) e/ou físicas (ebulição por mudança de pressão confinante ou de temperatura) dos fluidos hidrotermais.à Condições de pH e/ou Ehà Alteração química.
VARIÁVEIS EXTENSIVASà Tamanho e forma das intrusões ígneas.à Profundidade de alojamento das intrusões ígneas.à Comportamento do sistema: aberto vs. fechado
- sistema plutônico.- sistema vulcânico.- sistema vulcano-sedimentar.
à Condições de deformação: - mecanismos de deformação (caráter e distribuição).- abertura de zonas dilatacionais e permeabilidade secundária
à Tamanho, forma e profundidade das bacias de sedimentação.à Taxa e tipo de sedimentação (permeabilidade primária).à Condições climáticas e geomorfológicas.
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CONTROLES DE DEPÓSITOS MINERAIS
A atuação das variáveis extensivas e intensivas de mineralização determina o desenvolvimento de estruturas que acomodam ou, em palavras mais próprias, controlam os depósitos minerais. Estas estruturas controladoras podem ser de diversos tipos e constituem os elementos por meio dos quais se pode determinar a geometria dos depósitos minerias e prospectar outros depósitos minerais de mesma tipologia; neste último caso, os controles de depósitos minerais constituem critérios, ou guias de prospecção.
--> TIPOS DE CONTROLES DE DEPÓSITOS MINERAIS
1. Controles magmatogênicos.- Relação entre d.m. e composição química do magma;- Relação entre d.m. e diferenciação magmática;- Relação entre d.m. e a alteração de suas rochas encaixantes;- Relação entre d.m. e o tamanho das intrusões;- Relação entre d.m. e as estruturas das intrusões.
2. Controles metamorfogênicos.
3. Controles estruturais.- Estruturas concordantes de rochas estratificadas;- D.M. associados a falhas regionais;- D.M. associados a zonas tectonicamente fraturadas;- D.M. em intrusões, ou nos contatos de intrusões;- D.M. em estruturas combinadas;
4. Controles estratigráficos;
5. Controles litológicos;
6. Controles geoquímicos;
7. Controles geomorfológicos;
8. Controles paleogeográficos;
9. Controles paleoclimáticos;
10. Controle histórico;
11. Controle Geotectônico.
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FORMAS DOS DEPÓSITOS MINERAIS
Os depósitos minerais são raramente regulares e precisamente separáveis das suas
rochas encaixantes. As formas dos d.m. são muito variáveis e são importantes fatores para se
levar em conta tanto na prospecção e explotação, como na avaliação das relações genéticas
dos d.m. Em termos gerais, é praticamente impossível reduzir todas as formas possíveis a um
modelo simples, entretanto, pode-se definir termos gerais que correspondam à maioria dos
principais tipos morfológicos. Da definição precisa da forma geométrica dos d.m., depende o
adequado planejamento da lavra.
1. DISSEMINAÇÃO: quando certos tipos de minerais de interesse econômico estão
variavelmente dispersos numa determinada litologia. Esta dispersão pode ocorrer sob a forma
de CORPOS LENTICULARES, onde os minerais de interesse econômico estão mais
concentrados e passam transicionalmente a uma rocha com menor concentração. A dispersão
pode ainda ocorrer sob a forma de uma REDE DE VEIOS INTERCONECTADOS
(STOCKWORK), finos, que penetram aleatoriamente um determinado local.
2. CONCENTRAÇÃO: quando os minerais de interesse econômico formam parte
largamente predominante (> ±80 %) de uma litologia; mais propriamente, formam uma
unidade de rocha particular. Normalmente, as concentrações minerais tomam a forma de
estratos.
3. CORPOS ESTRATIFORMES, OU ESTRATÓIDES: diz respeito à concentração de
minerais de interesse econômico em camadas paralelas à estratificação das rochas, de modo
que a sua espessura é variavelmente menor do que as outras dimensões. De acordo com as
suas dimensões e formas geométricas, os corpos estratiformes podem gradar a LENTES, ou a
ACUMULAÇÕES IRREGULARES.
4. LENTES: são formas tabulares, lateralmente descontínuas. As lentes não necessariamente
devem estar dispostas concordantemente com os estratos rochosos.
5. ACUMULAÇÕES IRREGULARES (AMAS): diz-se de depósitos minerais de contornos
irregulares que não se ajustam a um modelo geométrico simples.
6. FILÕES (VEIOS): são corpos que possuem faces paralelas, ou quase paralelas, e que têm
forma determinada pela predominância de uma, ou de duas dimensões sobre as demais
(corpos tabulares, ou colunares). São corpos de materiais introduzidos por infiltração, ou por
substituição em zonas dilatacionais. O termo não implica conteúdo petrológico, ou relação
com as rochas encaixantes.
7. CONDUTOS TUBULARES (PIPES): são estruturas circulares, ou elípticas alongadas,
que estão relacionadas ao plutonismo/vulcanismo. São caracterizados pela fragmentação das
rochas (brechas) e por variável alteração hidrotermal e/ou por infiltração de material. A
forma e as dimensões dos condutos tubulares depende do tamanho e da geometria da câmara
magmática, além das próprias condições do magmatismo.
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8. CHAMINÉS: são estruturas circulares, ou elípticas alongadas também relacionadas ao
plutonismo/vulcanismo; possuem, entretanto, menor porte do que os condutos tubulares e
estão preferencialmente ligadas às emanações de voláteis e à circulação de fuidos
hidrotermais. São normalmente controladas pela intersecção de fraturas.
9. CORPOS CILÍNDRICOS: são estruturas colunares de forma circular, elíptica, ou
levemente lenticular curva relacionadas às charneiras de dobras, às intersecções de zonas de
falhas, ou às intersecções de zonas de falha com estratos permeáveis ou quimicamente
reativos com fluidos que percolam as zonas de falha. São normalmente veios de quartzo
acompanhados por minerais de minério.
TEXTURAS E ESTRUTURAS DOS MINÉRIOS
O conteúdo mineral de um d.m. pode ser simples ou muito complexo, homogêneo ou
muito heterogêneo, sob qualquer ponto de vista: composicional, textural, estrutural, etc...
Estas características dependem exclusivamente da atuação das variáveis intensivas e
extensivas de mineralização. O estudo destas feições constitui a CARACTERIZAÇÃO
TECNOLÓGICA DO MINÉRIO e será imprescindível no planejamento dos métodos de
beneficiamento mineral.
1. TEXTURA: designa as relações espaciais e formais de um conjunto de minerais, ou
designa as variações na continuidade de um conjunto de minerais. Alguns tipos, mais
comuns, podem ser nominados:
-- Maciça
-- Bandada
-- Concêntrica
-- Brechóide
-- Zonada
-- etc...
Faz parte do estudo textural, também, o exame da granulometria e das relações
paragenéticas dos minerais.
2. ESTRUTURA: designa a forma ou a posição de um mineral isoladamente, ou na sua
relação com os minerais imediatamente vizinhos (relações mútuas). Designa também as
particularidades da estrutura interna dos minerais individuais. Alguns tipo principais podem
ser nominados:
-- Estrutura reticular, ou em rede
-- Estrutura gráfica, ou mirmequítica
-- Estrutura zonada, ou concêntrica
-- Estruturas pseudomórficas
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-- Estruturas e textura colomórficas
Faz parte do estudo estrutural, também, o exame da forma externa dos minerais.
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D.M. EM HOT-SPOTS CONTINENTAIS,RIFTS E AULACÓGENOS
Estas posições tectônicas e os seus depósitos minerais estão desenvolvidos e
acumulados em ambientes continentais não relacionados a processos orogênicos; ou seja, em
ambientes geológicos costumeiramente denominados de anorogênicos. Estas posições
tectônicas são caracterizadas por um alto gradiente geotérmico, que resulta 1) da subida de
plumas mantélicas quentes (hot-spots - "convecção colunar" !?), ou 2) do afinamento da
litosfera terrestre sobre zonas de ascenção de células convectivas que, na superfície da Terra,
têm distribuição linear.
1. HOT-SPOT e ROTAS DE HOT-SPOTS
POSICIONAMENTO TECTÔNICO E MAGMATISMO
É normalmente sugerido que os hot-spots se desenvolvem sobre antigas zonas de
fraqueza crustal; quando os hot-spots emergem sob crosta continental estável, sugere-se que
eles causam apenas um domeamento da crosta, sem manifestações magmáticas (high-spots).
Os hot-spots são caracterizados por magmatismo de natureza essencialmente alcalina:
-- Rochas básicas alcalinas: basaltos alc., fonolitos, carbonatitos, etc... e seus equivalentes
plutônicos;
-- Rochas ácidas alcalinas: granitos peralcalinos (k-feldsp. granito), sienitos, etc..., e seus
equivalentes vulcânicos (riolitos, traquitos, etc...).
Quando o magmatismo em área continental não acompanha processo de rifteamento e
desenvolve trilhas de centros vulcânicos, têm-se sugerido que a crosta terrestre está se
deslocando sobre um hot-spot fixo com relação à astenosfera.
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2. RIFTS INTRACONTINENTAIS E AULACÓGENOS
POSICIONAMENTO TECTÔNICO E MAGMATISMOOs rifts são grandes estruturas crustais de natureza extensional; são estruturas
caracterizadas por falhas normais, que apresentam movimentos diferenciais de abatimento para dar origem a horts e grabens.
Os rifts podem ser agrupados em duas categorias de acordo com o posicionamento tectônico na época de sua formação:a. Rifts relacionados a hot-spots: localizados nas junções tríplices extensionais e associados a estruturas de domeamento formadas nas fases iniciais, antes da formação de novo assoalho oceânico. A continuidade dos esforços extensionais pode determinar a formação de crosta oceânica e, conseqüentemente, o gradativo estabelecimento do rift como uma estrutura de dorsal meso-oceânica. Freqüentemente, os esforços extensionais que dão origem à crosta oceânica são acomodados em apenas dois ramos das junções tríplices; o terceiro ramo é abortado, de modo que a sua evolução tectônica cessa com a intrusão de diques basálticos e a deposição de sedimentos em sistemas deltáicos. Posteriormente, com o fechamento do oceano formado pelos dois primeiros ramos de rift, o rift abortado é envolvido em processos de convergência de placas de modo a constituir uma importante anisotropia colocada em alto ângulo com as estruturas orogênicas (aulacógeno).b. Rifts induzidos por processos colisionais: são estruturas de abatimento 1) paralelas, ou 2) oblíquas a uma cadeia orogência. No primeiro caso, os rifts são causados pelo efeito de flutuação de um orógeno posicionado sobre uma placa crustal com alto ângulo de subducção; no segundo caso, os rifts são estruturas secundárias de transtensão de falhas transcorrentes formadas pela colisão de bordos continentais irregulares.
O magmatismo relacionado aos rifts e aos aulacógenos é essencialmente o mesmo daquele associado aos hot-spots: granitos e basaltos alcalinos. A intrusão destes magmas ocorre preferencialmente em zonas dilatacionais e em intersecção de falhas. As intrusões possuem estrutura concêntrica, desenvolvem fraturas anelares e radiais e estão associadas a caldeiras vulcânicas.
As altas taxas de abatimento dão origem a bacias sedimentares preenchidas por sedimentos clásticos grossos (conglomerados, arenitos arcoseanos conglomeráticos) nas suas primeiras etapas. O continuado aprofundamento da bacia propicia a invasão marinha, a formação de depósitos evaporíticos e, subseqüentemente, a deposição de sedimentos químicos calcários.
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D.M. ASSOCIADOS COM BACIAS INTRACONTINENTAIS
Estas bacias sedimentares não estão necessariamente relacionadas a estruturas regionais de extensão, ou de compressão; tem sido levantada a hipóstese de estarem relacionadas a hot-spots: sedimentos oriundos dos arqueamentos provocados pela ascenção da pluma convectiva astenosférica. Estas bacias sedimentares não possuem estruturas de rifteamento sin-sedimentar desde os primeiros estágios, tampouco estruturas de cavalgamento que as possam vincular com regimes tectônicos compressivos. O vulcanismo é muito escasso nestas bacias sedimentares.
As características gerais do embasamento destas bacias permite relacioná-las com os regimes tectônicos intracontinentais.
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D.M. FORMADOS EM MARGENS CONTINENTAIS PASSIVAS
Margens continentais passivas são aquelas onde não há movimentos relativos entre a
crosta continental e a crosta oceânica. A maior parte deste tipo de posição tectônica é
desenvolvida a partir do espalhamento do assoalho oceânico após o desenvolvimento dos
sistemas de rifts intracontinentais; este tipo de posição tectônica é normalmente conhecida
como MARGEM DO TIPO ATLÂNTICA. Como esta posição tectônica deriva da continuada
extensão dos rifts intracontinentais, elas possuem as características iniciais (magmática e
sedimentares) daquelas posições; o limite entre a evolução tipo rift e a evolução de um bordo
continental passivo é arbitrariamente fixado de modo a coincidir com as primeiras erupções
de magmas básicos toleíticos (MORB).
POSICIONAMENTO TECTÔNICO E FEIÇÕES MORFOLÓGICAS
As principais feições morfológicas (ambientes geológicos) relacionadas com as
margens continentais passivas incluem:
- leques aluviais de talus (conglomerados e arenitos); ou
- mares restritos (argilitos negros, evaporitos e calcários);
- planície costeira (lagunas e dunas costeiras, sed. praiais, etc...);
- plataforma continental (arenitos finos, argilitos, carbonatos, recifes);
- talude continental (canyons, sedim. detríticos finos e carbonáticos detríticos)
- base de talude (turbiditos, cherts e argilitos não-calcários).
O principal processo que leva ao desenvolvimento das margens continentais passivas
é a acumulação de espessa sucessão sedimentar como resultado da subsidência térmica pós-
rift. As sucessões sedimentares dos ambientes descritos acima são interrompidas somente
pelo ingresso de grandes deltas aluviais, usualmente localizados junto aos rifts abortados.
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D.M. FORMADOS EM CADEIAS MESO-OCEÂNICASE EM BACIAS OCEÂNICAS
As cadeias meso-oceânicas são importantíssimas feições morfológicas da crosta
oceânica; são caracterizadas por altos topográficos lineares, que limitam uma faixa interna
abatida por falhas normais (estrutura em horst e grabens); são caracterizadas, ainda, por um
alto fluxo térmico, por vulcanismo básico e por uma atividade sísmica rasa. A elevação das
cadeias meso-oceânicas diminui gradativamente a partir do eixo central, como resultado da
subsidência térmica da litosfera oceânica; esta subsidência dá origem às bacias oceânicas que
bordejam as cadeias meso-oceânicas.
A crosta oceânica formada nas cadeias meso-oceânicas tem a seguinte estrutura: 1)
sedimentos; 2) pillow lavas; 3) diques laminados (sheeted dikes); 4) gabro fino alterado, com
pequenos veios e injeções de plagiogranito; 5) gabro não alterado, com níveis cumuláticos de
piroxenito e de dunito na sua base; 6) camadas cumuláticas de piroxenito e de dunito; e 7)
harzburgito tectonizado de manto.
As bacias oceânicas são caracterizadas por planícies abissais, onde as "rugosidades"
derivadas do processo de rifteamento na cadeia meso-oceânica são preenchidas por
sedimentos. Os primeiros sedimentos depositados são precipitados químicos de óxidos e
hidróxidos de ferro e de manganês. Com a continuidade da abertura do oceano e,
conseqüentemente, a alocação das porções de crosta nova progressivamente na planicie
abissal, os sedimentos podem derivar de três fontes principais: 1) contribuição de rochas
vulcanoclásticas, ou de sedimentos calcários a partir de ilhas vulcânicas, ou próximo às
margens continentais passivas (formam grandes lentes de turbiditos submarinos); 2)
sedimentos formados a partir da deposição de restos de organismos pelágicos calcários ou
silicosos; e 3) argilitos vermelhos pelágicos, que podem estar interacamadados com
turbiditos.
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D.M. ASSOCIADOS COM CADEIAS DE ILHASVULCÂNICAS E MONTES SUBMARINOS
Cordões lineares de montes submarinos e ilhas vulcânicas, que formam cadeias
submarinas em alguns casos, são feições comuns de fundo oceânico. Estes cordões, ou
cadeias não estão relacionadas com estruturas de convergência (zonas de subducção), ou de
divergência (cadeias meso-oceânicas) de placas; em muitos casos, também não estão
relacionadas a falhas transformantes. Estes cordões de montes submarinos e de ilhas
vulcânicas são zonas assísmicas e são caracterizados por um tipo particular de vulcanismo. O
magmatismo dessas estruturas de crosta oceânica é de natureza basáltica, mas com fortes
afinidades alcalinas; predominam as manifestações vulcânicas, mas, em alguns poucos casos,
estão registradas manifestações intrusivas subvulcânicas. A origem destas cadeias de montes
submarinos e de ilhas vulcânicas é comumente explicada por meio de hot-spots estacionários
sobre os quais a placa oceânica migra durante a abertura dos oceanos.
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D.M. ASSOCIADOS COM FALHAS TRANSFORMANTES EM PLACA OCEÂNICA
As falhas transformantes são falhas transcorrentes cujo sentido de deslocamento é
oposto àquele apresentado pela separação das cadeias meso-oceânicas. Em domínio de crosta
oceânica, as falhas transformantes comumente apresentam segmentos curtos (poucas dezenas
a centenas de quilômetros), que seccionam as cadeias meso-oceânicas; porém, estas falhas
podem fazer parte de junções tríplices com falhas inversas (zona de trincheira, ou de
subducção) e/ou com falhas normais de abatimento de blocos (rifts, cadeias meso-oceânicas).
Morfologicamente, as falhas transformantes que seccionam as cadeias meso-oceânicas
formam pequenas cristas associadas com escarpas de relevo negativo. Nessas falhas, ou zonas
de fratura, é registrada a intrusão de magmas básicos subsaturados (Mg-basaltos: boninitos),
principalmente próximo à interserção das falhas transformantes com as falhas normais da
cadeia meso-oceânica.
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D.M. FORMADOS POR FALHAS TRANSFORMANTESEM CROSTA CONTINENTAL
As falhas transformantes que seccionam as cadeias meso-oceânicas, ou que
estabelecem limites de placas em junções tríplices com cadeias meso-oceânicas e/ou zonas de
subducção podem ser algumas vezes prolongadas até os bordos de uma crosta continental. Na
maioria dos casos, as falhas transformantes que interceptam bordos continentais estão
relacionadas com processos de subducção em bordos continentais, ou em sistemas de arcos-
de-ilha; nessa situação, as falhas transformantes são desencadeadas por processos de
subducção oblíqua.
Em geral, as falhas transformantes diretamente relacionadas à subducção em crosta
continental apresentam poucos tipos de depósitos minerais geneticamente ligados. O único
tipo de mineralização sulfetada possivelmente relacionado com falhas transformantes nessa
situação são os depósitos de calcita-quartzo-estibinita no Paquistão.
Em outra situação, as falhas transformantes interpostas em crosta continental nos
estágios iniciais de desenvolvimento de rifts intracontinentais, antes da formação de uma
crosta oceânica e de uma cadeia meso-oceânica; essas estruturas, com a abertura de uma
crosta oceânica ampla, são preservadas nas margens continentais e são entendidas como a
continuação continental das falhas transformantes que seccionam as cadeias meso-oceânicas
(ridge-ridge transform). As falhas transformantes dessa situação tectônica são de particular
interesse, na medida que vários tipos de depósitos minerais podem estar relacionados a elas;
além disso, a extensão destas falhas transformantes exerce um forte controle no
desenvolvimento das bacias sedimentares de margem continental passiva.
Jazidas Minerais (ENG05517) 36
D.M. ASSOCIADOS A ZONAS DE CONVERGÊNCIA
As causas postuladas para dar início à convergência de placas e, conseqüentemente, à subducção são várias: 1) movimentos gravitacionais para longe da cadeia meso-oceânica, 2) subsidência de uma litosfera densa e fria e 3) arraste viscoso da litosfera fria e densa em função do movimento descendente das células de convecção astenosféricas. A distribuição das zonas de convegência mais jovens sugere que a subducção comumente inica no limite entre uma crosta oceânica pouco espessa e uma crosta bastante espessa (continental, ou oceânica anomalamente espessada). Uma vez iniciado o processo de subducção, vários subambientes tectônicos são formados:1) Calha de subducção (trench, or fore-deep);2) Arco externo (outer arc, fore-arc);3) Bacia de frente-de-arco (fore-arc basin);4) Arco magmático (Volcanic, magmatic arc, or island arc);5) Cinturões magmáticos e de cavalgamento pós-arco (back-arc magma-tic and thrust belts);6) Bacias pós-arco compressivas (back-arc compres. basin);7) Bacias pós-arco extensionais, ou bacias marginais (back-arc extensional basins, or marginal basins).
D.M. PRESENTES NAS CALHAS DE SUBDUCÇÃO E ARCOS EXTERNOSA calhas de subducção são depressões topográficas, normalmente submarinas,
posicionadas no contato entre a placa descendente (em subducção) e a placa cavalgante; formam, então, bacias de sedimentação alongadas paralelamente aos arcos magmáticos. Os sedimentos são predominantemente derivados de correntes turbidíticas provenientes do sitema de arcos localizados na placa cavalgante; ocorrem, também, sedimentos pelágicos interacamadados.
Os arcos externos (fore-arcs) estão posicionados na placa cavalgante e limitam a calha de subducção com uma "parede" de declividade abrupta. O arco externo é predominantemente formado por sedimentos clástico-terrígenos, que estão muito deformados e que incluem fragmentos de crosta oceânica (rochas básicas e ultrabásicas: fragmentos de ofiolítos) e de depósitos sedimentares forma-dos em crosta oceânica ou em margens continentais; estes fragmentos podem ter vários tamanhos (m à km) e são exóticos com relação aos sedimentos terrígenos, pois foram aí alojados por meio de um misto de processos deformacionais e sedimentares. Esse tipo de associação petrotectônica é descrita como melange ofiolítica.
Os depósitos minerais presentes neste subambiente tectônico podem derivar da obducção de crosta oceânica (retirada de fragmentos de crosta oceânica por meio de falhas inversas e alojamento no arco externo), ou podem derivar da atividade magmática e hidrotermal características dessa posição tectônica; no primeiro caso, os depósitos minerais são herdados de outros ambientes tectônicos.
Jazidas Minerais (ENG05517) 44
D.M. FORMADOS NAS BACIAS DE FRENTE-DE-ARCO
As bacias de frente-de-arco (fore-arc troughs) são depressões localizidas entre o arco
externo e o arco magmático. Nas zonas de convergência de palcas onde o arco externo não é
bem desenvolvido, a posição da bacia de frente-de-arco é ocupada por um declive arco
magmático - calha de subducção, caracterizado por falhas normais com pequenas depressões
tipo graben preenchidas por sedimentos derivados da erosão do arco magmático. Como
acontece com a calha de subducção e o arco externo, as bacias de frente-de-arco também
possuem um gradiente térmico baixo.
As bacias de frente-de-arco possuem espessas seqüências de sedimentos derivados da
denudação do arco externo e do arco magmático, o que resulta numa predominância de
sedimentos feldspáticos. As fácies sedimentares variam de turbidíticas (marinhas), a deltáicas
e a fluviais; há uma tendência de predominarem fácies não-marinhas em direção ao topo da
seqüência estratigráfica. As rochas piroclásticas são constituintes menores e as lavas são
ausentes.
As bacias de frente-de-arco são alongadas paralelamente ao arco magmático, ao arco
externo e à calha de subducção. As unidades estratigráficas estão deformadas em monoclinais
e em amplas sinclinais, que estão cortadas por falhas inversas de baixo ângulo (falhas de
cavalgamento: thrust faults). O contato entre as sucessões litológicas do prisma acrescionário
e do arco externo com os sedimentos da bacia de frente-de-arco é basicamente estratigráfico,
por meio de uma superfície de não-conformidade angular causada pelo onlap das sucessões
da bacia sobre as rochas tectonicamente alojadas no arco externo. Entretanto, esse contato é
normalmente complicado pelas falhas de cavalgamento, uma vez que a deformação e a
sedimentação ocorrem concomitantemente.
Jazidas Minerais (ENG05517) 46
D.M. FORMADOS EM ARCO MAGMÁTICO
Os arcos magmático são estruturas lineares a levemente arqueadas, que se extendem
por milhares de quilometros e que são caracterizadas por uma alta sismicidade, por alto
gradiente geotérmico e por uma atividade magmática (vulcanismo e plutonismo) particular.
Os arcos magmáticos formam grandes elevações topográficas exposta acima do nível do mar.
Os arcos magmáticos podem estar localizados em crosta oceânica, ou na margem da
crosta continental. Aqueles situados sobre crosta oceânica são freqüentemente denominados
de arcos-de-ilha, pois desenvolvem extensas cadeias de ilhas vulcânicas separadas das
margens continentais. A crosta sob os arcos magmáticos consiste basicamente de crosta
oceânica espessada devido às falhas inversas de cavalgamento e ao alojamento de magmas
com afinidade cálcio-alcalina. As rochas ígneas têm composição predominantemente
andesítica, algumas vezes basáltica a dacítica, mas raramente incluem os termos mais ácidos
e potássicos. O vulcanismo ocorre tanto em ambiente subaquoso, quanto em ambiente
subaéreo; porém, como os arcos-de-ilhas estão sujeitos à erosão rápida e baixa taxa de
subsidência, as rochas vulcânicas subaéreas raramente são preservadas. A seqüência de
rochas em superfície é predominantemente composta por lavas basálticas almofadadas (pillow
lavas), ou por derrames de lavas andesítica brechada. Essas rochas são recobertas por
depósitos submarinos de fluxo de lama, turbiditos e argilitos; próximo aos centros vulcânicos
ocorrem sedimentos marinhos vulcanogênicos interacamadados com depósitos de talus, com
fanconglomerados, com sedimentos fluviais e lagunares e com calcários.
Os arcos magmáticos que estão localizados em margens continentais são comumente
denominados arcos magmáticos tipo andino. A crosta continental é mais espessa do que
normalmente, devido ao alojamento de grande volumes de magma derivado principalmente
da fusão da placa em subducção e ao encurtamento tectônico garantido pelas falhas de
cavalgamento. As construções vulcânicas são suportadas por grandes câmaras, formadas por
magmas de afinidade geoquímica cálcio-alcalina; o magmatismo é predominantemente
intermediário a ácido, raramente basáltico. As construções vulcânicas são do tipo estrato-
vulcões, formadas por: rochas piroclásticas ácidas, derrames finos de lava e de ignimbrito e
lavas andesíticas; espessas seqüências de sedimentos vulcanogênicos são acumuladas nos
flancos dos vulcões por sistemas fluviais e lagunares. Grande variação lateral de fácies desde
as unidades das construções vulcânicas até os sedimentos vulcanogênicos. Essa mesma
variação lateral de fácies pode ocorrer com as unidades da bacia de frente-de-arco, ou os
depósitos de calha de subducção.
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D.M. FORMADOS NA PARTE POSTERIOR DOS ARCOS MAGMÁTICOS
CINTURÕES MAGMÁTICOS E DE CAVALGAMENTO PÓS-ARCO
BACIAS PÓS-ARCO COMPRESSIVAS
Em direção à parte posterior de alguns arcos magmáticos continentais, pode ocorrer
um cinturão elevado caracterizado por intrusões graníticas de afinidade peraluminosa, que é
limitado por zonas de cavalgamento e de dobramento (back-arc thrust belt). As falhas
inversas são dirigidas em sentido contrário aos das falhas inversas da zona de subducção
(back-thrust). Esse cinturão está separado do arco magmático propriamente dito por meio de
uma depressão intermontana.
A formação do cinturão magmático e de cavalgamento pós-arco está relacionado com
a manutenção de esforços compressivos na região de pós-arco magmático. Nessas condições,
o espessamento crustal que acompanha a deformação pode gerar granitos anatéticos (granitos
peraluminosos) em nível de crosta continental, num processo análogo àquele dos cinturões
colisionais.
A última zona estrutural, ou ambiente tectônico dos regimes convergentes que
mantém esforços compressivos na região de pós-arco, é a bacia compressiva de pós-arco. A
sedimentação, nestas bacias, geralmente mostra uma sucessão estratigráfica a partir de fácies
marinhas até as fácies molássicas continentais. As fácies fluviais a deltáicas podem
predominar em algumas bacias de pós-arco. O limite com o cinturão de cavalgamento pós-
arco é feito por meio de falhas inversas concomitantes à sedimentação, de modo que o eixo
da bacia migra gradativamente em direção ao continente.
Jazidas Minerais (ENG05517) 51
BACIAS EXTENSIONAIS PÓS-ARCO EM ÁREA CRATÔNICA E BACIAS
MARGINAIS
Em contraste com as estruturas e os depósitos minerais gerados em ambiente
compressional de pós-arco, pode ocorrer a formação de estruturas extensionais,
caracterizadas principalmente por falhas normais, na região de pós-arco. Estas estruturas são
geradas na medida em que os esforços compressivos dos limites convergentes estejam
confinados à região do arco magmático, como conseqüência de um alto mergulho da placa
crustal em subducção; nesta situação, o arco-magmático é submetido, também, a um grande
esforço de flutuação (bouyancy), ao que a crosta pós-arco reage com a formação de estruturas
de abatimento de blocos.
A principal feição formada em ambiente extensional pós-arco é uma bacia sedimentar
extensonal tipo rift (Rifts tipo B, ver descrição anterior), normalmente situada sobre placa
continental. A continuidade do processo extensional na região de pós-arco pode dar início à
formação de crosta oceânica em pequena cadeia vulcânica de características análogas àquelas
meso-oceânicas; essa bacia oceânica extensional pós-arco é denominada bacia marginal.
As bacias extensionais pós-arco são caracterizadas por pequena espessura crustal e por
alto fluxo térmico. O magmatismo nas bacias extensionais desenvolvidas sobre crosta
continental é predominantemente bimodal (basalto à riolito); nas bacias marginais, o
magmatismo é toleítico, porém mais enriquecido em elementos alcalinos e empobrecido em
Ti comparativamente aos toleitos de bacia e cadeia meso-oceânica normal.
Os depósitos minerais formados durante o desenvolvimento das bacias marginais
podem incluir depósitos semelhantes àqueles formados em bacias de margem continental
passiva e àqueles formados pelos processos hidrotermais e magmáticos estabelecidos sobre
crosta oceânica em cadeia meso-oceânica (Sulfetos de Cu,Fe,Zn e Cromitas podiformes). No
entanto, há pouca evidência de depósitos associados a rochas vulcânicas alcalinas,
características de processos extensionais sobre crosta continental espessa, ou depósitos de
placers de Sn e de Au, pois as rochas fontes são deslocadas para longe da bacia durante o
processo extensional. A maior parte dos depósitos minerais de bacias marginais é explorada
em bacias marginais e arcos magmáticos já extintos, que foram acrescidos aos continentes
durante o fechamento dos oceanos.
Jazidas Minerais (ENG05517) 56
DEPÓSITOS MINERAIS RELACIONADOS AAMBIENTES COLISIONAIS
Os processos colisionais resultam da continua subducção de crosta oceânica e, eventualmente, da aproximação e juxtaposição de arcos-de-ilha e continentes (placa em subducção) a outro arco-de-ilha, ou continente (placa cavalgante). As juxtaposições mais significativas, em termos de construção de cadeia de montanhas (orogênese) e de mineralização, tem envolvido uma margem continental passiva na placa em subducção e um arco magmático continental (colisão tipo continente-continente), ou um arco-de-ilhas (colisão tipo arco-continente) na placa cavalgante. Dentro dessas condições, torna-se evidente que alguns depósitos minerais serão formados pelo processo colisional, enquanto outros serão alojados (acrescidos) na crosta cavalgante. O processo colisional resulta num espessamento acentuado da crosta continental; este espessamento é conduzido por falhas inversas de alto e de baixo ângulo, que juxtapõem sedimentos de margem continental, largos fragmentos de crosta oceânica (lâminas ofiolíticas) e mesmo fragmentos das crostas continentais mais antigas (rochas ígneas e metamórficas, principalmente). O alto gradiente geotérmico na região de arco magmático e o espessamento crustal pela subducção de continente dão origem a anatexia de rochas que já passaram por diversos processos em nível de crosta; o produto dessa anatexia são os magmas peraluminosos. As feições estruturais mais importantes desenvolvidas pelos processos colisionais são:1) zona de sutura colisional: sedimentos molássicos e turbiditos com olistostromas e com fragmentos a) de crosta oceânica, b) de sedimentos de margem continental, ou de bacias oceânicas "residuais", e c) de crosta continental antiga. Os depósitos minerais presentes são herdados junto com os fragmentos tectônicos aí alojados;2) a bacia e o cinturão de cavalgamento de frente-de-colisão (foreland basin and thrust belt): formada pelo arqueamento flexural do continente em subducção;3) bacias intermontanas: são as bacias sedimentares entre as cadeias montanhosas que compõem o cinturão orogênico. As bacias intermontanas podem ser formadas a) na juxtaposição de arcos-de-ilha pelo fechamento de um oceano, b) na acresção de um arco-de-ilhas à margem passiva de um continente, ou c) em estruturas extensionais na região de arco magmático (falhas transcorrentes, ou grabens paralelos aos arco magmático);4) bacias interiores (hinterland basins): são bacias formadas na porção posterior das cadeias colisionais. Essas bacias podem ser compressionais, ou extensionais, conforme a geometria da zona de subducção, ou serem cortadas por uma série de falhas transcorrentes, conforme a geometria dos bordos continentais e conforme o tipo de aproximação e colisão dos continentes (frontal ou oblíquo). Os depósitos minerais formados nesse ambiente foram abordados anteriormente.
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D.M. EM TERRENOS GRANITO - GREENSTONE BELT
Os Terrenos Granito - Greenstone constituem a feição geológica mais características
da crosta continental arqueana. Esses terrenos são constituídos por 1) cinturões largos de
rochas vulcânicas máficas e ultramáficas associadas com sedimentos químicos,
vulcanoclásticos e terrígenos (greenstone belts) e por 2) extensas áreas de granitos intrusivos
e de ortognaisses que circundam os cinturões de rochas verdes. Os greenstones belts são
particularmente ricos em mineralizações e, por isso, despertam grande interresse prospectivo
e têm sua evolução tectônica cuidadosamente avaliada.
A unidade intrusiva é constituída por 1) corpos subvulcânicos (sills e diques) de
rochas máficas e ultramáficas, por 2) pequenos plutons de tonalitos, de trondhjemitos e de
granodioritos e por 3) plutons tardios de granitos e de sienitos. O Cinturão de rochas verdes
de Greenstone Belt pode ser subdividida em: 1) unidade vulcanogênica e 2) unidade
sedimentar. A unidade vulcanogênica possui suites ígneas bimodais (ultramáfico-máficas e
félsicas); as primeiras manifestações vulcânicas são caracterizadas por rochas ultramáficas
(komatititos), que são reconhecidos pela presença de texturas spinifex nos derrames maciços
e por estruturas almofadadas (pillows) circundadas por rochas vulcanoclásticas (vulcanismo
subaquoso; a escasses de sedimentos entre os derrames ultramáficos indica que o vulcanismo
ocorreu numa sucessão de rápidas e freqüentes erupções. A evolução do magmatismo ocorre
com a diminuição do conteúdo de Mg da rochas vulcânicas e, conseqüentemente, com a
erupção de basaltos komatiíticos e pricríticos ainda em condições subaquosas. O clímax do
vulcanismo é dado por toleítos normais (baixo K) e por rochas vulcânicas félsicas (dacitos e
riolitos) ricos em Na; o padrão de ETR destas rochas indica magmas altamente fracionados.
A unidade sedimentar está recobrindo a unidade vulcanogênica e é dominado por: 1)
grauvacas, 2) argilitos carbonosos, 3) cherts e 4) formações ferríferas bandadas (BIF's);
cálcários e quartzitos são muito raros. O ciclo de sedimentação é encerrado com
conglomerados polimítico e arenito conglomerático.
Os cinturões de greenstone ocorrem como grandes calhas sinformais, dominadas por
dobras e por falhas; as antiformes geralmente acompanham falhas regionais; as falhas são
comumente do tipo direcional. O metamorfismo que acompanha a deformação está
geralmente relacionado ao fácies xistos verdes de baixa pressão.
Os cinturões de greenstone são formados ao longo de um intervalo de tempo entre 50
e 100 Ma. A formação destes cinturões ocorre em não mais do que três gerações, que ocupam
menos da metade do período Arqueano (3700 a 2500 Ma). Quanto a origem deste tipo de
associação petrotectônica, não há concordância geral entre os pesquisadores; as particu-
laridades de magmatismo, de estrutura deformacional e de evolução tectônica não permitem
uma pronta analogia com as associações petrotectônicas formadas pela Tectônica de Placas
durante o Fanerozóico. Entretanto, duas hipóteses principais são geralmente apreciadas:
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1) Relacionados a associações ofiolíticas formadas em crosta oceânica após estágio de
rifteamento de crosta continental. As seguintes condições de formação são postuladas: a) o
alto gradiente geotérmico durante o Arqueano resulta na formação de uma crosta granulítica;
b) o rifteamento inicial de uma crosta oceânica máfico-ultramáfica é causado pela subsi-
dência da crosta acima de uma pluma mantélica; c) a fusão parcial de eclogitos e/ou de
granulitos máficos durante a subsidência da crosta dá origem aos diápiros de plagiogranito e
de tonalito; d) movimentos verticais diferenciais dos diápiros e dos segmentos de crosta
máfico-ultramáfica causam a formação das calhas sinformais onde há acumulação dos
sedimentos; e) um extenso episódio de metamorfismo anatético (fácies anfibolito) dos
plagiogranitos dá origem aos granitos e sienitos potássicos mais jovens.
No entanto, tem sido verificado que a composição isotópica dos granitos realcionados
aos cinturões de greenstone não são compatíveis com uma origem a partir de fusão de
material crustal, mas, sim, a partir de fusão parcial e diferenciação a partir do manto superior.
Assim, a hipótese mais plausível para a origem dos cinturões de greenstone está relacionada a
2) pequenas cadeias meso-oceânicas em bacias marginais, ou a hot-spots mantélicos em
crosta oceânica. O alto gradiente geotérmico do Arqueano assegura uma grande quantidade
de fusão parcial do manto para dar origem ao magmatismo ultramáfico (Komatiítos) nestas
posições tectônicas. A operação de uma atividade tectônica parecida com a Tectônica de
Placas Fanerozóica em margens convergentes possibilita a deformação e o metamorfismo nos
moldes verificados para os cinturões Greenstone Arquenos.
Os cinturões de Greenstone constituem a associação petrotectônica mais enriquecida
em depósitos metálicos econômicos e parecem possuir o mais amplo espectro de tipos de
mineralização. Alguns pesquisadores chegam a admitir que o pico de mineralização ocorreu
no Arqueano. A distribuição dos principais depósitos minerais pode ser sumarizada da
seguinte forma:
1) na unidade vulcanogênica: a) formações ferríferas bandadas (BIF's) e sedimentos
manganisíferos inter-estratificados com as rochas vulcânicas, b) depósitos de sulfeto de Cu-
Zn-Fe relacionados aos centros vulcânicos da seqüência intermediária-ácida e c) veios de Au-
quartzo e Au-teluretos segregados durante a deformação e o metamorfismo das rochas
vulcânicas e sedimentares;
2) na rochas máfico-ultramáficas intrusivas e extrusivas: sulfetos de Ni formados por
imiscibilidade de líquidos nas rochas vulcânicas ultramáficas.
Jazidas Minerais (ENG05517) 59
Q U A D R O D E A V A L I A Ç Ã OD I S C I P L I N A : JAZIDAS MINERAIS A (ENG05517)
NOME DO ALUNO PR I PR II PR III REC PRO TRAB NF/C
MédiaDesvio Padrão
NATUREZA DAS AVALIAÇÕES
PR I _ Prova de Conhecimentos Área I
Províncias, processos de mineralização, guias e controles, modelos de depósitos
PR II _ Prova de Conhecimentos Área II
Depósitos Minerais em Greenstone-belts, Bacias intracratônicas e oceânicas
PR III _ Prova de Conhecimentos Área III
Depósitos minerais relacionados a zonas de convergência
REC – Recuperação
PRO _ Provas de Conhecimentos – Média das provas considerando peso 9
TRAB _ Relatórios circunstanciados das Saídas de Campo
NF/C _ NOTA FINAL / CONCEITO
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PASSOS PARA A LEITURA DE UM TEXTO
1. RECONHECIMENTO: "Olhadela" na folha de rosto, títulos dos capítulos, índices ou sumários e referências
bibliográficas.
Objetivo: constatar a existência das informações que procuramos.
2. LEITURA EXPLORATÓRIA: Examinar resumo, introdução, prefácio, citações e notas.
Objetivo: obter uma informação global com relação às expectativas do leitor.
3. LEITURA SELETIVA: Selecionar melhor as informações.
Objetivo: diminuir a quantidade de informações e conseguir qualidade.
4. LEITURA CRÍTICA OU REFLEXIVA: "Vou devorar o texto". Passar de uma visão global à análise das partes, para chegar a uma
síntese integradora.
5. LEITURA INTERPRETATIVA: Relacionar o que foi lido com o problema para o qual se procura uma solução.
QUESITOS PARA ANÁLISE DOS ARTIGOSSOBRE A GÊNESE E O CONTROLE DEDEPÓSITOS MINERAIS BRASILIEROS
1. RESGATAR OS PRINCIPAIS ELEMENTOS SOBRE O POSICIONAMENTO
TECTÔNICO DO DEPÓSITO MINERAL
- Identificar opiniões contrárias àquelas do autor do artigo.
- Identificar a interpretação do autor quanto ao posicionamento tectônico do depósito
mineral.
- Avaliar o posicionamento estratigráfico do depósito mineral.
- Avaliar possíveis idades de formação e de deformação/metamorfismo do depósito mineral.
2. IDENTIFICAR AS PRINCIPAIS VARIÁVEIS DE MINERALIZAÇÃO QUE
ATUARAM NA FORMAÇÃO DO DEPÓSITO MINERAL
- Definir, com clareza, a interpretação dada pelo autor.
- Buscar esclarecer concepções controversas quanto a atuação de determinadas variáveis.
3. IDENTIFICAR OS CONTROLES DO DEPÓSITO MINERAL
DESCREVER AS ESTRUTURAS E AS ESTRUTURAS DO D.M.
- Avaliar a conexão entre as variáveis de mineralização, os controles, as estruturas e as
texturas do depósito mineral.
- Avaliar a geometria do depósito mineral.
4. RECUPERAR INFORMAÇÕES QUANTO AO VOLUME DE MINÉRIO, TEOR,
PRODUÇÃO ANUAL, ETC...
5. OUTRAS INFORMAÇÕES CONSIDERADAS ÚTEIS PARA AVALIAÇÃO DOS
CONTROLES DA MINERALIZAÇÃO E ÚTEIS COMO CRITÉRIOS PROSPECTIVOS
ORGANIZAÇÃO DE RELATÓRIOS TÉCNICOSSOBRE DEPÓSITOS MINERAIS
1. INTRODUÇÃO deve conter:
a) localização geográfica da área (mapa de localização e de acessos), b) principais
características gerais do empreendimento, c) objetivos gerais e específicos do relatório, d)
organização do relatório (item que o compõem e seus respectivos objetivos)
2. GEOLOGIA REGIONAL: ambiente geológico onde o d.m. encontra-se alojado
3. GEOLOGIA LOCAL: características petrológicas e estruturais das rochas encaixantes dos
d.m.
4. CONTROLES DOS D.M.: características petrológicas e estruturais do d.m.
5. CARACTERIZAÇÃO DO MINÉRIO: características mineralógicas, texturais e estruturais
do minério
6. DISCUSSÃO DAS VARIÁVEIS EXTENSIVAS E INTENSIVAS DA MINERALI-
ZAÇÃO
7. DADOS QUANTITATIVOS SOBRE O D.M.
8. CONCLUSÕES
9. BIBLIOGRAFIA
NORMAS DE REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
1. As referências bibliográficas devem ser listadas ao final do texto em ordem alfabética de
sobrenome do primeiro autor. Sua forma deve obedecer às Normas da ABNT sobre
documentação, modificadas quanto à posição das datas, citação no texto, e com a inclusão da
relação total de autores do artigo referido.
EXEMPLOS:
-- Artigos em periódicos
AMARAL, G.; CORDANI, U.G.; KAWASHITA, K. & REYNOLDS, J.H. 1966. Potassium-
argon ages of basaltic rocks from Southern Brazil. Geochim. Cosmochim. Acta, Vol.
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-- Artigos de publicações seriadas
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VICALVI, M.A.; KOTZIAN, S.C.B. & FORTI-ESTEVES, I.R. 1977. A ocorrência de
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do Brasil, Rio de Janeiro (RJ-Brasil), CENPES/DINTEP, p. 77-96. (Série Projeto REMAC
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-- Artigos de publicações relativas a eventos
BIONDI, J.C. 1982. Kimberlitos. IN: Congr. Bras. Geol., 32, Salvador (BA), 1982, Anais...
Salvador, SBG, Vol. 2, p. 452-464
-- Livros
TURNER, F.J. & VERHOOGEN, J. 1960. Igneous and metamorphic petrology, 2ª ed., New
York (USA), McGraw Hill, 694 p.
-- Capítulos de livros
WINDLEY, B.F. 1981. Precambrian rocks in the light of the plate tectonic concepts. IN: A.
KRONER ed., Precambrian plate tectonic, Amsterdan (Holanda), Elsevier, p. 1-20.
2. As referências dentro do texto devem seguir as formas: a) um autor (Windley 1981, Price
1970); b) dois autores (Turner & Verhoogen 1960); c) três ou mais autores (Amaral et al.
1966). Distinguir com uma letra trabalhos que possuam o(s) mesmo(s) autor(es) e mesma
data.
3. A abreviatura de nomes de revistas devem ser realizadas de acordo com a padronização
internacinal de abreviações, que pode ser encontrada em:
CHEMICAL ABSTRACTS SERVICE SOURCE INDEX (CASSI): 1907-1979, 1982, 1983
WORLD LIST OF SCIENTIFIC PERIODICALS: 1965, 4ª ed, London, Bullerwords, 1900-
1960
PUBLICATIONS INDEXED FOR ENGINEERING (PIE): 1981, New York, Engineering
Information.