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Ano II edição nº 7 9912281558/2011 – DR/PR ABRAP Artigo A figura do “loop” judicial e o Castigo de Sísifo Página 03. Notícia Advogadas públicas do Rio Grande do Sul e Roraima visitam a Associação Página 07. Notícia Associação fluminense dos Assistentes Jurídicos e ABRAP buscam união Páginas 06 e 07. Páginas 04 e 05. Congresso Nacional acontece no início de agosto Página 08. Processos Judiciais Justiça reconhece direito à isonomia/paridade entre procuradores Página 05. ABRAP participa de ato público da PEC 544 O 1º tesoureiro da ABRAP, Luiz Alceu Pereira Jorge, participou, no dia 12 de junho deste ano, do ato público realizado em Brasília pela PEC 544, que cria os Tribunais Regionais Federais do Paraná, Minas Gerais, Bahia e Amazonas. O evento foi promovido pela Frente Parlamentar Mista em Defesa da Criação dos Tribunais Regionais Federais das 6.ª (Paraná), 7.ª (Minas Gerais), 8.ª (Bahia) e 9.ª (Amazonas) regiões. Entre os participantes, senadores, deputados federais, o vice-presidente nacional da OAB, presidentes regi- onais da OAB, juízes federais e outras autoridades. “Os Avanços e Desafios da Advocacia Pública” será o tema deste grande Congresso, que acontece em São Paulo nos dias 08, 09 e 10 de agosto, com o objetivo de fortalecer os valores do Estado Democrático de Direito, da legalidade e da probidade administrativa. Grandes personalidades da área jurídica partici- parão do evento, realizando palestras, conferências, pa- inéis e debates, com a abordagem de diferentes assun- tos, tais como os princípios constitucionais, Advocacia Pública Autárquica e Fundacional, Advocacia Pública no âmbito dos Parlamentos, PEC’s 443 e 452, entre outros. Confira a programação completa, o local do even- to e os valores da inscrição; e não deixe de participar!

Jornal abrap ed71

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Edição 07 – Maio/Junho de 2012

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Page 1: Jornal abrap ed71

Ano IIedição nº 7

9912281558/2011 – DR/PR

ABRAP

ArtigoA figura do “loop” judicial

e o Castigo de Sísifo

Página 03.

NotíciaAdvogadas públicas do

Rio Grande do Sul e

Roraima visitam a

Associação

Página 07.

NotíciaAssociação fluminense

dos Assistentes Jurídicos e

ABRAP buscam união

Páginas 06 e 07.

Páginas 04 e 05.

Congresso Nacionalacontece no início de agosto

Página 08.

Processos JudiciaisJustiça reconhece direito

à isonomia/paridade

entre procuradores

Página 05.

ABRAP participa de ato

público da PEC 544O 1º tesoureiro da ABRAP, Luiz Alceu Pereira Jorge, participou, no dia 12 de junho deste ano,

do ato público realizado em Brasília pela PEC 544, que cria os Tribunais Regionais Federais do Paraná,Minas Gerais, Bahia e Amazonas.

O evento foi promovido pela Frente Parlamentar Mista em Defesa da Criação dos TribunaisRegionais Federais das 6.ª (Paraná), 7.ª (Minas Gerais), 8.ª (Bahia) e 9.ª (Amazonas) regiões. Entreos participantes, senadores, deputados federais, o vice-presidente nacional da OAB, presidentes regi-onais da OAB, juízes federais e outras autoridades.

“Os Avanços e Desafios da Advocacia Pública” seráo tema deste grande Congresso, que acontece em SãoPaulo nos dias 08, 09 e 10 de agosto, com o objetivo defortalecer os valores do Estado Democrático de Direito,da legalidade e da probidade administrativa.

Grandes personalidades da área jurídica partici-parão do evento, realizando palestras, conferências, pa-inéis e debates, com a abordagem de diferentes assun-tos, tais como os princípios constitucionais, AdvocaciaPública Autárquica e Fundacional, Advocacia Pública noâmbito dos Parlamentos, PEC’s 443 e 452, entre outros.

Confira a programação completa, o local do even-to e os valores da inscrição; e não deixe de participar!

Page 2: Jornal abrap ed71

ABRAP - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DEADVOGADOS PÚBLICOSRua Inácio Lustosa, 909. São Francisco.Curitiba- PR. CEP: 80.510-000.Fone/Fax: (41) 3323 6118email: [email protected]: www.abrap.org.brDIRETORIAPresidenteMarcos Vitório Stamm1º Vice-PresidenteEdmilson Moura de Oliveira2º Vice-PresidentePaulo Eduardo de Barros Fonseca1º Secretário

EXPEDIENTESuplentesRose Oliveira DequechNeroci da SilvaSilvio Carlos Cavagnari

JORNAL ABRAPTiragem3.000 exemplaresImpressãoGráfica O Estado do ParanáJornalista ResponsávelFernanda Cequinel (DRT/PR 8043)

* Os artigos assinados não refletem

necessariamente a opinião deste jornal.

Athos Pedroso2º SecretárioLevy Pinto De Castro Filho1º TesoureiroLuiz Alceu Pereira Jorge2º TesoureiroRomulo Tonini BarcellosDiretor Cultural e de EventosZuleik Carvalho OliveiraDiretor de Comunicaçãoe InformaçãoJoão Gualberto Pinheiro JuniorDiretores regionais:Rodrigo Rocha Rodrigues - ESRenato Sousa Faria - GOWalter Rodrigues Mello - ALFrancisca Tânia Coutinho - CE

Samir Machado - SCLevy Pinto De Castro Filho - RJJoão Climaco Penna Trindade –SPArt Tourinho –BAAntônio Eustáquio Vieira - MGDiretor de Relacionamento comAdvogados Públicos Federais,Estaduais e MunicipaisEpitácio Bittencourt SobrinhoDiretor de Assuntos Jurídicos,Legislativos e de Defesa de PrerrogativasRenato Eduardo Ventura FreitasMembros Titulares do ConselhoConsultivoJoão Climaco Penna TrindadeMarié de Miranda PereiraEdigardo Maranhão Soares

No período de 06 a 08 de agosto próximoa Associação Brasileira de Advogados Públicos -ABRAP estará realizando, em parceria com aAssociação dos Procuradores Autárquicos doEstado de São Paulo - APAESP, o I CongressoNacional da ABRAP, com o tema “Os Avanços eDesafios da Advocacia Pública”, na cidade de SãoPaulo, que tem como objetivo central a integraçãodos integrantes da Advocacia Pública nacional,autoridades, juristas e sociedade para informar,debater e buscar consensos mínimos que envol-vam as atividades dos advogados públicos den-tro de uma ótica abrangente e não excludente.

Entendemos que o aperfeiçoamento daJustiça passa pela construção de uma AdvocaciaPública que atenda o interesse público. Dentrodeste conceito e objetivo é que buscamos con-gregar os Advogados Públicos num CongressoNacional e colaborar com os poderes públicospara sua institucionalização num debate franco ecom compartilhamento de experiências.Podemosafirmar que o Congresso da ABRAP busca o for-talecimento dos valores do Estado Democráticode Direito, da legalidade e da probidade adminis-trativa, propiciando a manifestação da cultura jurí-dica institucional.Neste contexto, teremos mais umaoportunidade para darmos ênfase à real intenção

do Constituinte de 1988 ao dispor sobre os Pro-curadores dos Estados no artigo 132 da CartaMagna, como já reiteradamente temos assevera-do: “A propósito, se faz necessário refletir que

quando a Constituição Federal, no art. 132, trata

dos Procuradores dos Estados ela está se refe-

rindo a todos aqueles advogados públicos que

exercem função típica da advocacia pública, de-

vendo ser tratada a situação como um todo, sem

qualquer restrição ou exclusão, independente-

mente da carreira, uma vez que o mencionado

dispositivo constitucional não cria cargo, nem tam-

pouco exclui a atividade de assessoramento jurí-

dico e/ou a representação judicial das autarquias

e fundações no âmbito estadual. A maior prova

disto está nas atribuições da Advocacia Geral da

União”.

Nessa linha apontamos que o próprioExcelso Supremo Tribunal Federal, através da1ª Turma, em 09.11.2010, no RE 558258/SP, rel.Min. Ricardo Lewandowski, decidiu: “... a Consti-

tuição quando utilizou o termo “Procuradores” o

fez de forma genérica, sem distinguir entre os

membros das distintas carreiras da Advocacia

Pública. Nesse diapasão, reputou-se ser desar-

razoada uma interpretação que, desconsideran-

do o texto constitucional, excluísse da categoria

“Procuradores” os defensores das autarquias,

mesmo porque se aplicaria, à espécie, o brocar-

do latino “ubi lex non distinguit, nec interpres dis-

tinguere debet.” No mesmo sentido, em19.12.2011, a 2ª Turma no RE/562238 - sendoRelator: Min. Ayres Britto.

Independentemente do entendimento es-posado, temos noticias de que em vários Estadosda federação, a Advocacia Autárquica e Fundaci-onal Pública tem sido alvo de medidas governa-mentais que acabam gerando a desestruturaçãodeste importante segmento da Advocacia Pública,pois como sabemos estas entidades tem persona-lidade jurídica própria e, portanto, estão desatre-ladas do ente Estatal. Tais medidas decorrem dainoperância dos administradores ao nomearemadvogados investidos em cargo em comissãopara exercerem as funções do advogado/procu-rador autárquico ou fundacional de carreira e, atémesmo, desconsiderando colegas advogadosconcursados que, muitas vezes, deparam comcolegas procuradores exercendo as funções quenão são as originariamente a eles conferidas porlei, caracterizando assim eventual usurpação deatribuições.

Desta forma, temos a certeza sobre a im-portância do Iº Congresso Nacional da ABRAP,

pois a programação está totalmente voltada paraa discussão de temas relacionados ao nosso con-texto jurídico, notadamente observando simetri-camente o modelo da Advocacia Geral da Uniãonos respectivos Estados Federados.

Ainda, é nosso dever darmos ênfase àimportância da nossa união, sobretudo com aparticipação de cada um dos nossos colegas as-sociados, tanto no chamamento direto de outroscolegas para somarem esforços nessa jornada,assim como no trabalho de informação e consci-entização dos vários segmentos da sociedade,bem como dos parlamentares e do governo, so-bre a importância do trabalho que realizamos emprol da Advocacia Pública.

Finalizando, conclamamos todos a parti-ciparem do I Congresso Nacional da ABRAP, opor-tunidade em que a Advocacia Pública será discu-tida, como dissemos, de forma abrangente, paraavançarmos no entendimento da necessidade deque seja adotado o modelo da União nos Estadose seja dado cumprimento ao Provimento nº 114do Conselho Federal da OAB.

Até o nosso Congresso, em São Paulo!

Marcos Vitorio Stamm

Presidente da ABRAP

MENSAGEM DO PRESIDENTE

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Quando a mínima razoabilidadeabandona a casa, resta a indignação,que pode expressar-se de várias for-mas: revolta, denúncia, protestos e que-jandos. Já fizemos um pouco de tudo,menos expor, publicamente, o ridículoda situação aos nossos confrades desina.

O causo, bem espremido, é oseguinte: temos alguns acórdãos doTJSP, proferidos em mandados desegurança, onde se decidiu que não

há distinção entre Procurador do Esta-

do e Procurador autárquico, para efeito

de aplicação do teto salarial (EC 41/03).Para quem não sabe, o Executivo Pau-lista, por decreto, fixou para os Procu-radores autárquicos estaduais teto sa-larial inferior aos 90,25% do subsídiodos Ministros do Supremo TribunalFederal, percentual esse que expres-samente se aplica aos membros do

Ministério Público, Procuradores e aos

Defensores Públicos (art. 37, XI, da CF/88, com a redação introduzida pela EC41/03).

Até aí, a Corte paulista atuouacertada e pioneiramente, tanto maisque o STF acabou por sedimentar igualentendimento (cf. RE 558.258-SP, 1ª.T., Rel. Min. Ricardo Lewandowski, j.09.11.10; e RE 562.238-SP, 2ª. T., Rel.Min. Ayres Brito, j. 19.12.11).

O busílis, entretanto, é bem ou-tro. Acontece que o Estado recorreuextraordinariamente daqueles acórdãosdo TJSP e, simultaneamente, tambémrequereu a suspensão da segurançaao STF, sob o pretexto de grave lesão

A figura do “loop” judiciale o Castigo de Sísifo

Antonio Carlos BloesJosé Augustos dos Santos

Bloes e Santos – Sociedade de

Advogados

à ordem, à saúde, à segurança e à eco-

nomia públicas (Leis 12.016/09, 8.437/92 e 9.437/92).

Pois bem. Os recursos extraor-dinários estão sendo processados naCorte local. Já foram respondidos, masainda estão pendentes da decisãomonocrática do Presidente da Seçãode Direito Público do Tribunal de Justi-ça do Estado de São Paulo, relativa-mente ao juízo de sua admissibilida-de, condição “sine qua non” para queprossigam em seus trâmites regulares,até que se alcance o trânsito em julga-do das seguranças já concedidas.

Ocorre que, nesse ínterim, oSTF suspendeu a execução das se-guranças, conforme fora requerido peloEstado, sobrestando-as, expressa-mente, até o trânsito em julgado das

ações mandamentais. Assim, por cla-ra e explícita decisão do STF, para quese possa retomar a execução dosacórdãos concessivos das seguran-ças, há de se esperar, pacientemente,o esgotamento das vias recursais, afim de se conquistar o derradeiro bas-tião da “coisa julgada”. E, para isso, éclaro, há mister que os recursos extra-ordinários pendentes prossigam emseus trâmites regulares. Simples as-sim: necessário e juridicamente lógi-co, mesmo a quem não esteja lá muitoafeiçoado a tais incidentes processu-ais.

Aqui entra a bizarrice da coisatoda, pois a Presidência da Seção deDireito Público do Tribunal de Justiça,debalde os insistentes pedidos dos

impetrantes, se recusa a dar seguimen-to aos recursos extraordinários (a co-meçar pelo juízo de admissibilidade),sob a justificativa de seus assistentesde que a “segurança está sobrestada”.Dizendo-o por outra forma, a execuçãodos acórdãos está suspensa até o seutrânsito em julgado, mas a “coisa julga-

da” jamais será alcançada, pois os re-cursos extraordinários manejados con-tra aqueles acórdãos concessivos dasseguranças estão paralisados no TJSP,sob a alegação de que a execução foi

sobrestada pelo STF.Frente a esse raciocínio insólito

e diante da frustração resultante dastentativas de mostrar, reiteradamente,por todos os meios e modos, que as-sim procedendo o TJSP condenou àeternidade a expectativa de um dia seobter a efetiva prestação jurisdicional,é que nos ocorreu uma nova figura aser incorporada na ciência do Direito.Trata-se de um conceito inovador, a quechamaremos “loop judicial”.

Expliquemo-lo. Tome-se, poranalogia, o conceito empregado pe-los especialistas em informática, paraquem “loop” se constitui num erro deprogramação que faz o computadorrepetir circular e indefinidamente asmesmas tarefas (espécie de ourobo-ros virtual), sem as concluir jamais. Daíresulta claro e intuitivo o conceito de“loop judicial”, para indicar o círculovicioso em que se enredou o casoaqui resumido: acórdão concessivo desegurança, suspenso até o trânsito emjulgado (pelo STF), motivo que o TJSP

invoca para não dar seguimento ao re-curso extraordinário oposto pelo Esta-do contra o acórdão original que, porsua vez, paralisado, jamais permitiráque se chegue ao trânsito em julgadoque, por isso, nunca permitirá que sepromova a execução do acórdão origi-nal, concessivo da segurança.

Condena-se o impetrante, queviu reconhecido seu direito à seguran-ça em acórdão proferido pelo próprioTJSP, a nunca obter o resultado práticodessa decisão, pois, suspensa peloSTF, deverá esperar que ocorra o trân-sito em julgado daquela decisão origi-nal, o que jamais irá acontecer, poiscontra ela pende recurso extraordiná-rio estagnado no TJSP, sob alegaçãode que o processo não pode ser mo-vimentado porque a execução estásuspensa!

Entrou em “loop” a prestação ju-risdicional, produzindo outros tantosSísifos, cidadãos condenados, à seme-lhança dessa desditosa personagemda mitologia grega, a empurrar, eterna-mente, morro acima, o seu pesado far-do, vendo-o rolar montanha abaixo todavez que quase chega ao topo, por con-ta de um erro aneliforme de procedi-mento cartoral, por conta desse inusi-tado “loop judicial”.

Page 4: Jornal abrap ed71

Participe do Congresso Nacional

Informações, incrições e reservas de hospedagem acesse:

www.abrap.org.br/congresso

PROGRAMAÇÃO

08/08/2012 – Quarta-feira

• 14h – 19h - CREDENCIAMENTO

• 19h - 19h40 - ABERTURA- Prefeito Gilberto Kassab

• 19h45 – 20h30 - CONFERÊNCIA“Os Avanços da Advocacia Pública”

- Prof. Celso Antônio Bandeira de Mello

• 20h30 – 22h - COQUETEL

09/08/2012 – Quinta-feira

• 09 – 10h30 - MESA REDONDA“A Independência do Advogado Público”

- Des. Roberto Antonio Vallin Belocchi

e Dr. José Eduardo Ferreira Neto.

O I Congresso Nacional da ABRAP será realizado em São Paulo, nos dias 08, 09 e 10 deagosto, para debater os avanços e desafios da advocacia pública. Serão três dias de evento, com arealização de conferências, palestras, painéis e debates, com o objetivo de fortalecer os valores doEstado Democrático de Direito, da legalidade e da probidade administrativa.

A programação do evento já está confirmada, com a presença de grandes personalidades daárea jurídica, que certamente transmitirão aos participantes importantes informações e conhecimentossobre a advocacia pública. Entre os assuntos que serão abordados, destacam-se: os princípios cons-titucionais, o Provimento nº 114 do Conselho Federal da OAB, Advocacia Pública Autárquica e Funda-cional, Advocacia Pública no âmbito dos Parlamentos e PEC’s 443 e 452.

• 10h30 – 11h - COFFEE BREAK

• 11h – 12h30 - MESA REDONDA“A Advocacia Pública, o princípio da si-

metria e a função do legislador”

- Frente Parlamentar da Advocacia Pú-

blica

- Deputado Estadual Fernando Capez.

- Deputados Federais Fabio Trad e Os-

mar Serraglio.

• 12h – 14h - ALMOÇO

• 14h – 15h - PALESTRA“Advocacia Pública e Administração Pú-

blica”

Prof. Dr. Romeu Felipe Barcellar Filho

• 15h – 16h - PALESTRA“O Papel das Carreiras Jurídicas no Con-

trole da Administração Pública”

- Profa. Maria Sylvia Zanella di Pietro

Page 5: Jornal abrap ed71

A ABRAP, através do seu diretorfinanceiro, Luiz Alceu Pereira Jorge, sefez presente no Ato Público realizadoem Brasília, no dia 12 de junho do cor-rente ano, pela Frente Parlamentar Mis-ta em Defesa da Criação dos TribunaisRegionais Federais das 6.ª (Paraná),7.ª (Minas Gerais), 8.ª (Bahia) e 9.ª(Amazonas) regiões, objetivando a in-clusão na pauta de votação da Câmarados Deputados da PEC 544/2002, quecria os Tribunais Regionais Federaisdo Paraná, Minas Gerais, Bahia e Ama-zonas.

Participaram do evento sena-dores, deputados federais, o vice-pre-sidente nacional da OAB, presidentesregionais da OAB, juízes federais eoutras autoridades. Dada a palavra, orepresentante da ABRAP Luiz Alceuenfatizou o apoio total da entidade nosentido da aprovação da citada PEC,observando que a criação desses Tri-

Diretor da ABRAP participa de ato

público da PEC 544 em Brasília

bunais irá contribuir para desafogar aJustiça Federal, para dar celeridade nadecisão dos processos em grau derecurso, assim como beneficiar os 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ESTADO DE ALAGOAS - PODERJUDICIÁRIO - Juízo de Direito da 16ª

Vara Cível da Capital / FazendaEstadual

Autos n° 0024085-36.2011.8.02.0001 -Ação: Procedimento Ordinário - Autor:Ana Otília Craveiro Barros e outros -Réu: Estado de AlagoasSentença: Vistos, etc. Trata-se de açãoordinária com pedido de antecipação datutela proposta (...) em face do ESTADODE ALAGOAS, igualmente qualificado,pelos motivos a seguir expostos.

Afirmam, os autores, em suma, queexercem os cargos de Procuradores Au-tárquicos no âmbito do Estado, e que, deforma ilegal e inconstitucional, são trata-dos pelo ente público demandado de for-ma anti-isonômica, ao reconhecer-lhesremuneração inferior àquele destinadoaos Procuradores de Estado, aos Defen-sores Públicos e aos Promotores de Justi-ça. Sustentam os autores que não há dife-rença substancial na atividade desenvol-vida por tais agentes, notadamente entreos Procuradores Autárquicos e os Procu-radores de Estado, haja vista que todoszelam pelo patrimônio público que defen-dem, sendo que o Supremo Tribunal Fe-deral já se manifestou em sentido favorá-vel ao pleito, ao entender perfeitamenteconstitucional a reforma havida na Advo-cacia Geral da União, onde cargos derepresentação judicial de Autarquias Fe-derais dos mais diversos nomes (Procu-rador Autárquico, Advogado de Fundação,Assessor Jurídico, etc.) os quais foramunidos sob a única denominação de“Procurador Federal”, sendo devidamen-te inseridos na estrutura da AdvocaciaGeral da União, daí se estabelecendoigualdade de remuneração e prerrogati-vas entre todos os representantes judici-ais da União. Prosseguem acentuandoque a segregação que há no Estado deAlagoas é um anacronismo, tendo em vis-ta que outros Estados da Federação(como Minas Gerais, São Paulo e Ser-gipe), já procederam a integração emestrutura única de seus Procuradores deEstado, Autárquicos ou da Administraçãodireta. Alguns, inclusive, como o Distrito

Federal, usando do permissivo da juris-prudência do STF, simplesmente integroutodos os cargos sob a denominação úni-ca de Procurador do Estado, acabandode plano com qualquer quebra de iso-nomia. Com base em tais premissas, pug-nam os autores pela concessão da tutelaantecipada a fim de que houvesse a ime-diata incorporação na remuneração dosmesmos das diferenças a eles devidas,em razão da necessária isonomia/parida-de pugnada.

No mérito, após a citação do Esta-do, pedem a procedência dos pedidos(...). Com efeito, o tema debatido nestacausa não é novo, e se trata de uma anti-ga reivindicação da categoria da qual in-tegram os autores. Reivindicação esta,cabe frisar, por demais justa e em confor-mação com os ditames previstos nasConstituições Federal e Estadual, e plas-mada em precedentes do STF, confor-me se demonstrará.

De partida, vejamos o que preve-em as Cartas Magnas Federal e Estadu-al, em dispositivos citados ao longo dosarrazoados e que serve de fundamento aopedido dos autores: (...) Denota-se, por-tanto, que a Constituição Federal estabe-leceu como vedação o tratamento dife-rente entre carreiras que se igualam, o quecorresponde ao caso dos autos, posto queos Procuradores Autárquicos e os Advo-gados de Fundação exercem funçõesidênticas aos de Procuradores de Estado.Todos, sem exceção, atuam zelando pelopatrimônio público afetado ao órgão pú-blico que defendem. Que diferença háentre defender o Estado e defender umaAutarquia? Claramente nenhuma!

A propósito, o Supremo TribunalFederal já decidiu como perfeitamenteconstitucional a reforma havida na Advo-cacia Geral da União, onde cargos de re-presentação judicial de Autarquias Fede-rais dos mais diversos nomes (Procura-dor Autárquico, Advogado de Fundação,Assessor Jurídico, etc.) os quais foramunidos sob a única denominação de “Pro-curador Federal”, sendo devidamenteinseridos na estrutura da AdvocaciaGeral da União, daí se estabelecendoigualdade de remuneração e prerroga-

tivas entre todos os representantes judi-ciais da União: “ADI 2713/DF - DISTRI-TO FEDERAL - AÇÃO DIRETA DE IN-CONSTITUCIONALIDADE Relator(a):Min. ELLEN GRACIE (...) Em outro julga-do, em tudo e por tudo aplicável ao casodos autores (RE nº 558.258, relator Mi-nistro RICARDO LEWANDOWSKI), o STFdecidiu que “a referência ao termo ‘Pro-curadores’, na parte final do inciso IX doart. 37 da Constituição, deve ser interpre-tada de forma a alcançar os Procura-dores Autárquicos, uma vez que estesse inserem no conceito de AdvocaciaPública trazido pela Carta de 1988.” Veja-mos a ementa em seu inteiro teor: (...) Emoutro julgado, RE nº 562238, relator Mi-nistro AYRES BRITTO, também foi feitoreferência ao julgado acima citado eequiparado Procurador Autárquico a Pro-curador de Estado, não existindo moti-vo, segundo o entendimento do ExcelsoSTF, para se fazer distinções entre am-bas as carreiras, sequer em termos de re-muneração, como ocorre em nosso Esta-do. (...) Inconstitucional, assim, a posiçãoadotada pelo Estado de Alagoas de nãogarantir, aos autores, os mesmos direitose garantias assegurados àqueles, Procu-radores de Estado. No entendimento des-ta magistrada, não há motivo justo paraque, no Estado de Alagoas, haja essa se-paração, quando mais levando em con-sideração que Estados como Minas Ge-rais, São Paulo e Sergipe já procederama estrutura única de seus Procuradoresde Estado, Autárquicos ou da Administra-ção direta.(...)

Ora, a pretensão de isonomia ven-cimental entre cargos, pretendida pelosautores, não afronta o art. 37, XIII da Cons-tituição Federal, até porque no juízo da17ª Vara Cível da Capital – FazendaPública Estadual foi deferido o mesmopleito da isonomia pretendida em açãodiversa, porém com os mesmos funda-mentos jurídicos, em demanda movidapelos Procuradores do Estado tendo comoparadigma os integrantes do MinistérioPúblico do Estado. Demais disto, há ma-nifesto equívoco na interpretação do art.37, inc. XIII da Constituição por parte doréu, sobretudo porque confunde isonomia

e paridade com equiparação ou vincula-ção, para efeitos de vencimento. (...) Nocaso em tela, o que se alega é a desigual-dade remuneratória entre os cargos refe-ridos. A equiparação, vedada pelo dispo-sitivo constitucional, é pleitear tratamentoigual para situações desiguais, o que nãoé o caso. Há, sim, desigualdade de espé-cies remuneratórias entre cargos de atri-buições iguais, ou na pior das hipótesesassemelhadas, não havendo que se falarem aplicação do art. 37, inc. XIII da Cons-tituição como fundamento para negar opedido dos autores. Por outro lado, nãohá violação ao inc. X do mesmo dispositi-vo (art. 37 CF), até porque cabe ao PoderJudiciário intervir quando houver claraomissão do Chefe do Executivo, comoocorre no caso em liça. O Judiciário temsim poder de reconhecer o direito expres-sado pela Emenda Constitucional nº 41,quando o Executivo não agir a tempo emodo. (...)

Quanto à alegação de que as car-reiras de Procurador de Estado e de Pro-curador Autárquico possuem atribuiçõesdistintas, igualmente não prospera. No quepesem serem carreiras distintas, possu-em atribuições similares. Muito mais si-milares entre si que a carreira de Procu-rador de Estado e a de Promotor de Justi-ça. A única que se verifica entre as carrei-ras é que uma representa a administra-ção direta, o ESTADO, enquanto que aoutra representa a administração indire-ta, as AUTARQUIAS e FUNDAÇÕES.

Oportuno salientar, ainda, que sãotão idênticas as atribuições que, confor-me informações colhidas dos autos, o Co-ordenador Geral é um PROCURADORDE ESTADO. O Corregedor é o mesmopara duas categorias de PROCURADO-RES DE ESTADO e PROCURADORESAUTÁRQUICO. Ademais, a identidade deatribuições com os integrantes da Procu-radoria do Estado verifica-se a partir doinstante em que não há diferença entrezelar pelo patrimônio público afetado auma Secretaria e o mesmo patrimôniopúblico afetado a uma Autarquia. A segre-gação que há no Estado de Alagoas nãose sustenta. O que se demonstra, destar-te, é que há nítida, clara e manifesta iden-

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tidade das funções exercidas entre ascarreiras indicadas e a carreira dos auto-res. (...)

Diante de todo o exposto, combase na doutrina e jurisprudência acimainvocadas, bem assim atento ao que pres-crevem as Constituições Federais e Es-tadual de Alagoas e, sobretudo, o enten-dimento do STF sobre a temática, en-quanto guardião da Carta Magna, JULGOTOTALMENTE PROCEDENTES OS PE-

DIDOS, no sentido de: 1. declarar e reco-nhecer o direito dos autores de ter a iso-nomia/paridade pugnada, equiparando-os, para fins remuneratórios, aos inte-grantes da carreira de Procurador deEstado, assegurando-se a todos os auto-res os mesmos subsídios, com a aplica-ção e observância da mesma política re-muneratória, inclusive no que pertine avantagens e gratificações, aplicando-seem favor dos mesmos a mesma política

salarial de reajustes, estendendo-se aosautores os mesmos direitos concedidosa categoria dos Procuradores do Esta-do/Procuradores de Estado, a fim de nãogerar futuras disparidades salariais; 2.condenar o réu no pagamento das dife-renças salariais retroativas, observada aprescrição quinquenal. (...)

Expeça-se mandado de intimaçãoa fim de que o ESTADO DE ALAGOAS, noprazo de 48 (quarenta e oito) horas, dê

cumprimento efetivo à tutela antecipada,sob pena de multa diária de R$ 1.000,00(um mil reais), sem prejuízo da adoção deoutras medidas mais enérgicas. (...)

Publique-se. Intimem-se. Cumpra-se. Maceió, 02 de maio de 2012.

Maria Ester Fontan Cavalcanti Manso

Juiz(a) de Direito.

ABRAP e AASSIJUR buscam união

A ABRAP e a Associação dosAssistentes Jurídicos do Estado do Riode Janeiro - AASSIJUR buscam enten-dimento para união de seus esforçosem prol da causa da Advocacia Públi-ca estadual.

A AASSIJUR foi fundada no anti-go Estado da Guanabara, em 13 demaio de 1963, em defesa da carreirade Assistente Jurídico, cujo provimen-to dos cargos ocorreu em condiçõesde igualdade a diversas outras carrei-ras, inclusive dos Procuradores do Es-tado, dentro do contexto jurídico e danecessidade que se impunha na épo-ca.

Os registros da história das car-reiras jurídicas do Estado consolidamtudo que teve início quando o Rio deJaneiro era, ainda, a Capital da Repú-blica, surgindo, então, a primeira lei, ade nº. 85 de 20/09/1892, criando trêscargos de Procurador dos feitos daFazenda Municipal, os quais, mais tar-de, foram ampliados para onze.

Com o advento do Estado daGuanabara, em face da transferência daCapital Federal para Brasília, foi pro-mulgada a Lei nº 14, de 24/10/60 (Pla-no de Classificação de Cargos), queinstituiu o Grupo ocupacional Advoca-

cia, estabelecendo normas para a rea-daptação de servidores que exerciamatribuições e funções jurídicas.

Em seguida, pela Lei nº 134, de27/12/61 (art.41), foi instituída a carreirade Procurador, com 120 (cento e vin-te) cargos, aproveitando os antigosProcuradores dos Feitos da então Fa-zenda Municipal e enquadrando todosos Advogados e Advogados - adjun-tos de Procuradores. No mesmo Di-ploma Legal (Lei nº 134/61 art. 42), foicriada, em substituição ao Grupo Ocu-pacional Advocacia, previsto no ane-xo IV da Lei nº 14, de 24/10/60, o Gru-po Ocupacional Assessoria Jurídica,com a classe única de Assistentes Ju-rídicos.

Como se vê, muito antes daConstituição Federal de 1988, os As-sistentes Jurídicos do Estado, já inte-gravam o Sistema Jurídico do Estado.O Decreto Nº 13, de 01/07/63, que ins-tituiu o Sistema Jurídico do Estado,editado pelo Governo de época, a pro-pósito, já dispunha em seu art. 4º queas funções de Diretor-Chefe, Consul-tor, Assessor, Assistente de qualquerórgão do SISTEMA JURÍDICO, eram pri-vativas de Procuradores e AssistentesJurídicos. Editada a Lei nº 918 de 06/

11/85, reconheceu-se à relevância dasfunções do Assistente Jurídico e orga-nizou-se a carreira em 3 (três) catego-rias 1ª, 2ª e 3ª.

A Constituição do Estado do Riode Janeiro, de 05 de outubro de 1989em seu art. 363 e parágrafo único, de-termina, de forma clara e inequívocaque os Assistentes Jurídicos do Po-der Executivo exercerão suas funções,sob supervisão da Procuradoria Geraldo Estado, no Serviço Jurídico da Ad-ministração Indireta, sendo que, em 21/03/90, veio a lei nº.1625, para dar cum-primento às disposições constitucionaispertinentes.

A almejada união com a AASSI-JUR - como já efetivado com outras as-sociações estaduais de advogadospúblicos dos Estados da federação -virá contribuir significativamente ao ob-jetivo da ABRAP de inclusão de todosos advogados públicos e procurado-res autárquicos e fundacionais estadu-ais na sua caminhada por prerrogati-vas, dignidade profissional e remune-ratória e independência técnica, e tam-bém na mobilização pela aprovação daEmenda Substitutiva nº 09 na PEC 443que trata da remuneração (subsídio)das carreiras jurídicas da Advocacia Pú-blica.

AAPARJ realiza ciclo de palestrasEm comemoração aos 185 anos de fundação dos Cursos Jurídicos no

Brasil, a Associação dos Advogados Públicos Autárquicos do Estado do Riode Janeiro - AAPARJ realizará um ciclo de palestras, no dia 22 de agostodeste ano, a partir das 9h30min.

O evento será realizado no salão nobre da Faculdade de Direito daUniversidade do Estado do Rio de Janeiro – UERJ, com a participação dospalestrantes já confirmados: Luiz Marcio Alves Pereira (Mestre em Direito, Juizdo TJ-RJ, Diretor-Adjunto para Direito Eleitoral da Escola Nacional da Magistra-tura ENM/AMB), que abordará o tema “A Propaganda Institucional de Governoe o Princípio Constitucional da Eficiência na Administração Pública”; e Henri-que Couto da Nóbrega (Procurador da UERJ e membro da AAPARJ), quefalará sobre “Ações Afirmativas: o papel da Procuradoria da UERJ na questãodas cotas para as minorias”.

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Rua Inácio Lustosa, 909. São Francisco. Curitiba - PR. CEP 80510-000

“IMPRESSO FECHADO-PODE

SER ABERTO PELA ECT”

Depois de consolidar parceriaseste ano com a ABRAP, a OAB-GO ecom a Associação dos Procuradoresdo Estado de Goiás (Apeg), a Direto-ria Executiva da Associação Goianados Advogados Públicos (Agapa) temmais um aliado importante em sua redede contatos. Desde o começo de ju-nho, a equipe do site Advogados Pú-blicos é a mais nova parceira instituci-onal da Agapa.

No domínio eletrônico a seguir ,

Associação de Goiás (AGAPA) tem

mais um parceiro institucional

www.advogadospublicos.com.br, já épossível visualizar a logo da Agapa (nolink “Parceiros”), a cartilha “Um esboçoda Advocacia Pública no Estado deGoiás” (no link “Últimas Notícias”) e umartigo assinado pelo presidente Rena-to Faria, intitulado “A Advocacia Públi-ca Autárquica e Fundacional no Esta-do de Goiás” (no link “MAP”). O 2º se-cretário da Agapa, Rafael Cunha Fer-nandes, destaca a importância da par-ceria: “Se fortalecermos a categoria de

advogados públicos como um todo,todos serão beneficiados, tanto emâmbito federal, quanto nos Estados”.

O portal Advogados Públicos foicriado por Paulo Renato Nardelli e Ra-fael Vasconcellos com o propósito de“reunir colegas de profissão, futuros co-legas e demais apoiadores em um siteque trate da advocacia pública comoum todo”.

INTERAÇÃO – Nas redes soci-

ais também é possível fomentar aindamais esta parceria. No Twitter, bastaseguir @advpublicos e no Facebook,acessar www.facebook.com/advogados.publicos.

Advogadas públicas de Roraima e

Rio Grande do Sul visitam a ABRAP

As advogadas públicas Lúcia GonçalvesMonmany, do Rio Grande do Sul, e Janaína De-bastiani, de Roraima, estiveram na ABRA, no dia

15 de junho deste ano, para conhecer a Associ-ação e apresentar os problemas existentes dosseus Estados.

Lúcia é chefe da divisão jurídica do DE-TRAN/RS e comentou a situação da categoriana sua região, onde a Lei Estadual 11.742/2002regulamenta a Advocacia de Estado e estabele-ce como função exclusiva do Procurador do Es-tado a representação judicial das autarquias efundações públicas.

“O concurso do DETRAN/RS, que é umaAutarquia, exige inscrição na OAB para seusTécnico-Superiores com formação em CiênciasJurídicas e Sociais. Mas, por força da lei, nãopodemos peticionar em juízo e tampouco usar-mos nossa OAB nos ofícios e manifestações. Abem da verdade, a falta de representação pro-cessual da Autarquia por seus advogados (proi-bidos, pela PGE, até de assim se chamarem!)acaba por prejudicar inúmeras vezes o órgão, jáque nem sempre a Procuradoria-Geral atendecom a agilidade necessária ou toma as providên-cias adequadas. Ignoram o funcionamento doórgão e as peculiaridades da matéria com queestão lidando. É uma pena, pois esta sistemáticaacarreta sobrecarga de trabalho à PGE, subutili-zação dos advogados autárquicos e desvalori-

zação dessa categoria”, afirmou ela.Janaína também abordou as dificuldades

que a categoria enfrenta em Roraima, onde asdenominações dos cargos são diversas (Analis-ta Técnico – Advogado, Consultor Jurídico, As-sistente Jurídico), mas todas elas com a mesmaatribuição: a de advogado público, com re-presentação judicial e extrajudicial das Entida-des, dentre outras não menos importantes.

“A situação dos Advogados de Autarqui-as e Fundações do Estado de Roraima não édiferente dos demais Estados brasileiros. Venci-mentos não compatíveis com a natureza e a com-plexidade do cargo, denominações distintas paraadvogados que exercem as mesmas atribuições,vencimentos que não condizem com a dignidadeprofissional, além de muitos outros. Todavia, estarealidade aqui no nosso Estado está, aos pou-cos, sendo modificada. A título de exemplo, pode-mos citar o novo plano de cargos e carreiras doDETRAN-RR, que concedeu significativos be-nefícios aos advogados efetivos, após, quase oitoanos de luta”.

Da esquerda para a direita: O 1º secretário da ABRAP, Athos Pedroso; a advogada pública Lúcia

Monmany; o presidente da ABRAP, Marcos Stamm; a advogada pública Janaína Debastiani; o 1º

tesoureiro da ABRAP, Luiz Alceu P. Jorge; o diretor de comunicação João Gualberto Pinheiro

Junior e o 2º tesoureiro da AADVPE, Mário Roberto Jagher.