8
PÁGINA 1 JORNAL AEAMESP N o 7 – INVERNO DE 2005 JORNAL AEAMESP NÚMERO 7, INVERNO DE 2005 PUBLICAÇÃO TRIMESTRAL DA AEAMESP – ASSOCIAÇÃO DOS ENGENHEIROS EARQUITETOS DE METRÔ O O TRANSPORTE SOBRE TRILHOS E O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL P OPINIÃO DA DIRETORIA DA AEAMESP [email protected] N I FOTO 1A desenvolvimento sustentável das grandes metrópoles é um tema de grande atualidade e tem sido freqüentemente debatido em congressos e seminários que tratam das questões urbanas. Há uma grande preocupação em garantir que as gerações futuras possam desfrutar dos recursos naturais ainda disponíveis, principalmente nos países em desenvolvimento. Ao mesmo tempo, o crescimento desordenado das nossas cidades, sem a infra- estrutura necessária, em especial, de transporte público, tem levado a uma degradação crescente da qualidade de vida dos seus habitantes. Assim, promover um transporte público ambientalmente sustentável tem sido o grande desafio nas regiões metropolitanas. A falta de investimentos públicos em infra-estrutura de transporte público, fruto da escassez de recursos, é o maior obstáculo para a implantação de uma rede de transporte adequada e de qualidade para minimizar o uso do automóvel particular, reduzir a poluição e promover a inclusão social das populações mais pobres. mplantar uma infra- estrutura de transporte sustentável significa escolher soluções que respeitem o meio ambiente, promovam o desenvolvimento social, atendam às necessidades de mobilidade dos cidadãos de forma consistente, e tenham como objetivo melhorar a qualidade de vida da população. Uma solução de transporte sustentável significa também que ela deva ser econômica, o que implica a gestão eficiente dos recursos e a regularidade dos fluxos necessários de investimentos, públicos ou privados, em projetos com retorno social e financeiro para a cidade e para o País. Esta tem sido a bandeira da AEAMESP nos seus 15 anos de existência. Temos lutado com todo vigor pela expansão do transporte urbano sobre trilhos no Brasil, por entendermos que os metrôs, as ferrovias urbanas e os VLTs são as modalidades mais adequadas para promover o desenvolvimento sustentável das metrópoles. O tema central desta 11 a Semana de Tecnologia Metro-ferroviária evidencia a relevância dos sistemas metroferroviários como fator de indução do desenvolvimento urbano sustentável. Estaremos discutindo os aspectos sociais, econômicos e ambientais desse desenvolvimento. No ano passado, quando da realização da 10 a Semana de Tecnologia, colocou-se em foco a função social do transporte público. Na ocasião, ficou consolidado o entendimento de que a gestão de transporte público nas áreas metropolitanas deve ser única, de forma a promover a melhor integração modal dos sistemas, buscando racionalidade e eficiência, disso resultando melhor aproveitamento dos recursos e melhor nível de mobilidade para a população. este ano, o tema da sustentabilidade do transporte terá como ponto de partida de nossos debates a expansão da rede do Metrô de São Paulo, com a execução de duas linhas simultaneamente: a expansão da Linha 2 –Verde e a implantação da Linha 4 – Amarela. Em curto prazo, investimentos desse tipo provocam a reativação do mercado técnico da engenharia nacional, o aumento de empregos em diversos setores da economia, e, sobretudo, o reaquecimento da indústria metroferroviária. Em médio prazo, repercutem na reordenação da ocupação do espaço urbano, por meio da valorização de áreas e da promoção da inclusão social. Num prazo mais longo, será possível medir o impacto positivo dessa iniciativa para a cidade e para sua população, com melhores indicadores de qualidade de vida, menor número de acidentes e de mortes no trânsito, a redução da poluição, além da contribuição para o desenvolvimento econômico da região metropolitana e do País como um todo. Este texto conserva os pontos essenciais do pronunciamento do presidente da AEAMESP, Manoel da Silva Ferreira Filho, no 15 o Congresso Brasileiro de Transporte e Trânsito, promovido pela ANTP na cidade de Goiânia no período de 8 a 12 de agosto (veja a matéria na página 2). romover o debate, encontrar soluções e, em seguida, empreender um esforço para buscar que essas soluções sejam compreendidas, aceitas e implementadas. Esse é o espírito que envolve a realização da 11 a Semana de Tecnologia Metro- ferroviári a, programada para o período de 20 a 23 de setembro, no Centro de Convenções do Shopping Frei Caneca, em São Paulo. DIFUSÃO. "Como já é tradicional, nossa Semana de Tecnologia terá seções de comunicação técnica, para se divulgar o estado da arte no setor. Estruturamos um programa de modo a abordar, de forma contributiva, pontos que devam ser discutidos", disse o diretor de Relações Metroferroviárias da AEAMESP, Emiliano Affonso SOLUÇÕES. O presidente Manoel Ferreira acrescenta que a idéia é fazer com que a 11 a Semana de Tecnologia MAIS DO QUE SÓ DEBATER, AGIR PELO SETOR METROFERROVIÁRIO Túnel da obra de expansão da Linha 2 – Verde Foto: GPP-PPR Metrô-SP Metro-ferroviária alavanque soluções concretas, capazes de elevar o patamar técnico do setor, promovendo a atualização técno-tecnológica e também, definindo diretrizes de ação política em favor do transporte público metroferroviário. PROGRAMAÇÃO. Os 36 trabalhos técnicos inscritos para aapresentaão na 11 a Semana de Tecnologia Metro-ferroviária serão apresentados no início das seções matinais, à razão de 12 temas por dia (com exceção do primeiro dia). Os participantes receberão um caderno com o título, um resumo e a indicação da sala e do horário da apresentação dos trabalhos, facilitando a escolha da sessão a ser acompanhada. IMAGEM NOVA Nesta edição,o JORNAL AEAMESP apresenta um quadro com todas as sessões de debate, apresentando o enfoque de cada uma delas. Acompanhe.

Jornal AEAMESP - edição 07

  • Upload
    aeamesp

  • View
    226

  • Download
    3

Embed Size (px)

DESCRIPTION

Jornal com notícias importantes sobre a comunidade metroferroviária brasileira

Citation preview

Page 1: Jornal AEAMESP - edição 07

PÁGINA 1JORNAL AEAMESP No 7 – INVERNO DE 2005

JORNALAEAMESP

NÚMERO 7, INVERNO DE 2005

PUBLICAÇÃOTRIMESTRALDA AEAMESP –ASSOCIAÇÃODOS ENGENHEIROSEARQUITETOSDE METRÔO

O TRANSPORTE SOBRE TRILHOS E ODESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

P

OPINIÃO DA DIRETORIA DA [email protected]

N

I

FOTO 1A

desenvolvimentosustentável dasgrandes metrópoles é

um tema de grande atualidade etem sido freqüentementedebatido em congressos eseminários que tratam dasquestões urbanas.

Há uma grande preocupaçãoem garantir que as geraçõesfuturas possam desfrutar dosrecursos naturais aindadisponíveis, principalmente nospaíses em desenvolvimento.

Ao mesmo tempo, ocrescimento desordenado dasnossas cidades, sem a infra-estrutura necessária, emespecial, de transporte público,tem levado a uma degradaçãocrescente da qualidade de vidados seus habitantes. Assim,promover um transporte públicoambientalmente sustentável temsido o grande desafio nasregiões metropolitanas.

A falta de investimentospúblicos em infra-estrutura detransporte público, fruto daescassez de recursos, é o maiorobstáculo para a implantação deuma rede de transporteadequada e de qualidade paraminimizar o uso do automóvelparticular, reduzir a poluição epromover a inclusão social daspopulações mais pobres.

mplantar uma infra-estrutura detransporte sustentável

significa escolher soluções querespeitem o meio ambiente,promovam o desenvolvimentosocial, atendam àsnecessidades de mobilidade doscidadãos de forma consistente, etenham como objetivo melhorara qualidade de vida dapopulação.

Uma solução de transportesustentável significa tambémque ela deva ser econômica, oque implica a gestão eficientedos recursos e a regularidadedos fluxos necessários deinvestimentos, públicos ouprivados, em projetos comretorno social e financeiro para acidade e para o País.

Esta tem sido a bandeira daAEAMESP nos seus 15 anos deexistência. Temos lutado comtodo vigor pela expansão dotransporte urbano sobre trilhosno Brasil, por entendermos queos metrôs, as ferrovias urbanase os VLTs são as modalidadesmais adequadas para promovero desenvolvimento sustentáveldas metrópoles.

O tema central desta 11a Semana de TecnologiaMetro-ferroviária evidencia arelevância dos sistemasmetroferroviários como fator deindução do desenvolvimentourbano sustentável. Estaremosdiscutindo os aspectos sociais,econômicos e ambientais dessedesenvolvimento.

No ano passado, quando darealização da 10a Semana deTecnologia, colocou-se em focoa função social do transportepúblico. Na ocasião, ficouconsolidado o entendimento deque a gestão de transportepúblico nas áreas metropolitanasdeve ser única, de forma apromover a melhor integraçãomodal dos sistemas, buscandoracionalidade e eficiência, dissoresultando melhoraproveitamento dos recursos emelhor nível de mobilidade paraa população.

este ano, o temada sustentabilidade dotransporte terá como

ponto de partida de nossosdebates a expansão da rede doMetrô de São Paulo, com aexecução de duas linhassimultaneamente: a expansão daLinha 2 –Verde e a implantaçãoda Linha 4 – Amarela. Em curtoprazo, investimentos desse tipoprovocam a reativação domercado técnico da engenharianacional, o aumento deempregos em diversos setoresda economia, e, sobretudo, oreaquecimento da indústriametroferroviária.

Em médio prazo, repercutemna reordenação da ocupação doespaço urbano, por meio davalorização de áreas e dapromoção da inclusão social.

Num prazo mais longo, serápossível medir o impacto positivodessa iniciativa para a cidade epara sua população, commelhores indicadores dequalidade de vida, menornúmero de acidentes e demortes no trânsito, a redução dapoluição, além da contribuiçãopara o desenvolvimentoeconômico da regiãometropolitana e do País comoum todo.

Este texto conserva os pontosessenciais do pronunciamento dopresidente da AEAMESP, Manoel daSilva Ferreira Filho, no 15o CongressoBrasileiro de Transporte e Trânsito,promovido pela ANTP na cidade deGoiânia no período de 8 a 12 deagosto (veja a matéria na página 2).

romover o debate,encontrar soluções e,em seguida,

empreender um esforçopara buscar que essassoluções sejamcompreendidas, aceitas eimplementadas. Esse é oespírito que envolve arealização da 11a Semanade Tecnologia Metro-ferroviária, programadapara o período de 20 a 23de setembro, no Centro deConvenções do ShoppingFrei Caneca, em São Paulo.

DIFUSÃO. "Como já étradicional, nossa Semanade Tecnologia terá seçõesde comunicação técnica,para se divulgar o estadoda arte no setor.Estruturamos um programade modo a abordar, deforma contributiva, pontosque devam ser discutidos",disse o diretor de RelaçõesMetroferroviárias daAEAMESP, Emiliano Affonso

SOLUÇÕES. O presidenteManoel Ferreira acrescentaque a idéia é fazer com quea 11a Semana de Tecnologia

MAIS DO QUE SÓ DEBATER, AGIRPELO SETOR METROFERROVIÁRIO

Túnel da obra de expansão da Linha 2 – Verde

Fo

to:

GP

P-P

PR

Met

rô-S

P

Metro-ferroviária alavanquesoluções concretas,capazes de elevar opatamar técnico do setor,promovendo a atualizaçãotécno-tecnológica etambém, definindodiretrizes de ação políticaem favor do transportepúblico metroferroviário.

PROGRAMAÇÃO. Os 36trabalhos técnicos inscritospara aapresentaão na 11a

Semana de TecnologiaMetro-ferroviária serãoapresentados no início dasseções matinais, à razão de12 temas por dia (comexceção do primeiro dia).Os participantes receberãoum caderno com o título,um resumo e a indicação dasala e do horário daapresentação dostrabalhos, facilitando aescolha da sessão a seracompanhada.

IMAGEMNOVA

Nesta edição,o JORNALAEAMESP apresenta umquadro com todas as sessõesde debate, apresentando oenfoque de cada uma delas.Acompanhe.

nosso_final_ok.pmd 13/9/2005, 13:141

Page 2: Jornal AEAMESP - edição 07

PÁGINA 2 JORNAL AEAMESP NO 7 – INVERNO DE 2005

é uma publicação da Associação dos Engenheiros eArquitetos de Metrô – AEAMESP, Rua do Paraíso, 67,

2o andar, 041103-000, São Paulo-SP, telefone (11)3287-4565, fax (11)3285-4509. DiretoriaExecutiva – Presidente: Manoel da Silva Ferreira Filho. Vice-Presidentes: Ayres Rodrigues Gonçalves(Assuntos Associativos) e Jayme Domingo Filho (Atividades Técnicas). 1o Diretor Tesoureiro:Sergio Henrique da Silva Neves. 2o Diretor Tesoureiro: Antonio Marcio Barros Silva. 1o DiretorSecretário: Antonio Luciano Videira Costa. 2o Diretor Secretário: Carlos Augusto Rossi. ConselhoDeliberativo – Eduardo Curiati, Nestor Soares Tupinambá, José Carlos Ganzarolli, Mario Gallo,Argimiro Alvarez Ferreira, Maria Beatriz Pestana Barbosa, José Alberto Horta Pimenta, LuizRoberto Hiroshi Narata, Roberto Torres Rodrigues, Yoshihide Uemura, Paulo Donini, AntonioFioravanti (titulares) Carlos Wanderley Alves Carneiro, Marcos Camelo Barbosa, Nelson Fernandesda Silva Filho, Luis Guilherme Kolle (suplentes). Conselho Fiscal – José Istenes Eses Filho,Manoel Santiago da Silva Leite, Ivan Finimundi (titulares) Celso Franco Porto Alegre, AntonioGarcia de Medeiros e Francisco Maria Baptista (suplentes). Conselho Consultivo. EmilianoAffonso, José Ricardo Fazzole Ferreire, Luiz Felipe Pacheco de Araujo, Laerte Conceição Mathiase Luiz Carlos de Alcântara. Jornalista Responsável: Alexandre Asquini (MTb 28.624).

JORNAL AEAMESP

SEM INVESTIMENTOS,PIORAM: INCLUSÃOSOCIAL,MOBILIDADE,E POLUIÇÃO DO AR

NOTÍCIASINFORMAÇÃO

ANÁLISE DO SETORMETROFERROVIÁRIO

AEAMESP E ASSEMBLÉIA LEGISLATIVAPAULISTA ASSINARÃO PROTOCOLO PARAINTERCÂMBIO E COOPERAÇÃO TÉCNICA Cfalta de

investimentospúblicos em infra-

estrutura de transportepúblico, fruto da escassez derecursos, é o maior obstáculopara a implantação de umarede de transporte adequadae de qualidade, que possaminimizar o uso do automóvelparticular, reduzir a poluiçãoambiental e promover ainclusão social daspopulações mais pobres”,disse o presidente daAEAMESP, Manoel Ferreira,ao participar, em 10 de agostode 2005, em Goiânia, desessão do 15o Congresso daANTP sobre resultados de umprotocolo de desenvolvimentosustentável no transportepúblico urbano, capitaneadopela União Internacional deTransporte Público (UITP).

Esse protocolo conta commetas reformuladas a cadadois anos e que buscam oequilíbrio nos póloseconômico, social e ambiental.Estipulado em 2003 econtando com mais de umacentena de adesões, esse é omaior protocolo setorial dogênero em todo o mundo.

A ANTP é signatária deprimeira hora desse acordo.No 15o Congresso, o Metrô-SP,representado por seupresidente, Luiz Carlos David,foi a 101a organização a aderir(foto). A UITP foi representadapor Heather Allen e pelopresidente de sua DivisãoAmérica Latina, JurandirFernandes. Além de ManoelFerreira, participaram dasessão de debates HeatherAllen, Jorge Roberto Hajjar, daPetrobrás; Andrew Bata, doMetrô de Nova York, eFernando de Seabra, do Metrôde Lisboa.

om o textoAcessibilidade nostransportes

metroferroviários, a especialistado Metrô-SPe conselheiradaAEAMESP,Maria BeatrizBarbosa(foto), é umadas autoras

do caderno técnico TransporteMetroferroviário do Brasil –Situação e Perspectivas,coordenado pela ComissãoMetroferroviária da ANTP.

A publicação traça umdiagnóstico e alinhaperspectivas do setormetroferroviário brasileiro. Asessão que lançou odocumento no15o Congresso da ANTP foicoordenada pelo diretor deOperações do Metrô-SP epresidente da ComissãoMetroferroviária,Décio Tambelli.Atuou como relator PedroMachado, secretário executivoda Comissão Metroferroviária.Os debatedores foram: JoséLuiz Lavorente, da CPTM, eJoão Scharinger, do BNDES.

AUTORES. Além do textoproduzido por Maria Beatriz, apublicação traz os seguintestemas e autores: Perfil do setormetroferroviário, por VagnerRodrigues, do Metrô-SP;Oportunidades de negócios nosetor metroferroviário, por JoãoScharinger, do BNDES, eRoque de Lázaro Rosa, doMetrô-SP; Sistemas integradosde transporte público no Brasil,por Maria Madalena FrancoGarcia, da CBTU–Metrô BH.

Outros artigos e autoressão: Desenvolvimentotecnológico em sistemasmetroferroviários, por PeterAlouche, do Metrô-SP; Perfildos consumidores de energiaelétrica do setor, por JoubertFortes Flores, do Metrô-Rio;Gestão de ativos: Mantendo opatrimônio em seu melhorestado, por Jorge MartinsSecall, do Metrô-SP, e RicardoTorsani, da CBTU – Metrô BH,e Gestão de riscos: Questãocrucial para as operadorasmetroferroviárias, por ConradoGrava de Souza e WilmarFratini, ambos do Metrô deSão Paulo.

"A m solenidade a serrealizada durante a11a Semana de

Tecnologia Metro-ferroviária, aAEAMESP e a AssembléiaLegislativa do Estado de SãoPaulo firmarão protocolo deintenções, comprometendo-sea desenvolver estudos sobrea possibilidade deintercâmbio, integração ecooperação técnica, visando àanálise e sugestão deproposições legislativasrelativas a assuntos deinteresse público e do setor

representado pela entidade,assuntos relativos aostransportes metropolitanos,além de outros que visem aoaprimoramento do legislativo.

Assinarão o documento,representando a AssembléiaLegislativa, três deputados: opresidente daquela Casa,Rodrigo Garcia; FaustoFigueira, primeiro secretário,e Geraldo Vinholi, segundosecretário. A AEAMESP serárepresentada por seupresidente, Manoel da SilvaFerreira Filho.

iante de representantesda comunidade daFreguesia do Ó, o

secretário dos TransportesMetropolitanos, JurandirFernandes, apresentou, em 30 deagosto de 2005, os planos detransportes para aquela região dacidade para os próximos 15 anos.

Informou que no PlanoIntegrado dos TransportesUrbanos para 2020 (PITU 2020)estão previstas duas linhas demetrô. Uma delas terá 18 km deextensão e 19 estações, ligandoFreguesia do Ó e Oratório. Comcerca de 20 km e 18 estações, aoutra linha ligará a Av. Corifeu deAzevedo Marques à estaçãoBresser, da Linha 3 – Vermelha.

O secretário assinalou que,desde 1995, os investimentos daadministração estadual nosetor ultrapassaram 2 bilhões dedólares. "Entre vias novas emodernizadas, Metrô e CPTMreceberam, juntos, investimentosem 54,2 quilômetros, 21 novasestações,107 novos trens. Ehouve a reforma de 438 carrosda frota da CPTM. Somando osinvestimentos previstos até 2010para as redes do Metrô e da

CPTM, os recursos alcançam4,5 bilhões de dólares".

Com as obras emandamento e a extensão daLinha 5 – Lilás, até 2010, oMetrô ganhará 30 km de linhas e25 novas estações. A CPTMelevará a frota de 349 para 450trens, reformará e construiráestações, ampliará o sistemade energia e requalificará ossistemas de telecomunicação esinalização – melhorias quepermitirão a operação comintervalos de 3 minutos,aumentando a demanda diáriados atuais 1,2 milhão para 3milhões de usuários.

Sobre a linha entreFreguesia do Ó e Oratório,Fernandes disse que aimplantação poderá começarentre 2009 e 2010. "Mas, paraisso, a população precisa estarsempre mobilizada, para cobrardos próximos governantes acontinuidade dos investimentos",disse, acrescentando:"Também é necessário haverajuda do governo federal, comoacontece em várias capitais domundo, entre elas, Madri, Paris eLondres".

NA FREGUESIA DO Ó, SECRETÁRIO FALASOBRE FUTURA LINHA NOROESTE-SUDESTE

E

D

Fo

to: C

rist

ian

e is

ido

ro

Foto

: Cri

stia

ne is

idor

o

FOTO2A

FOTO2B

nosso_final_ok.pmd 13/9/2005, 13:142

Page 3: Jornal AEAMESP - edição 07

PÁGINA 3JORNAL AEAMESP No 7 – INVERNO DE 2005

EXPANSÃO

os meses de julho eagosto, o Metrô-SPdivulgou uma série de

informações, dando conta doandamento das obras deexpansão de sua rede - aextensão da Linha 2 - Verde daEstação Ana Rosa até oIpiranga (um trecho com 3,4quilômetros, com três novasestações – Chácara Klabin,Imigrantes e Ipiranga) e aconstrução da Linha 4 -Amarela, entre a Luz e a VilaSônia.

Em 5 de julho de 2005, foidado inicio às demolições paraa construção da estação Luzda Linha 4 - Amarela, e nasemana seguinte, em 11 dejulho, anunciou-se a etapa finaldas demolições no bairro doIpiranga para dar lugar à futuraestação do Metrô da Linha 2 -Verde naquele bairro.

ENCONTRO DE TÚNEIS.No dia 18 de julho, ocorreu oprimeiro encontro de túneis nasobras de expansão da Linha 2

m sua mais recentevisita ao Brasil, nasegunda semana de

agosto, o diretor sênior dePlanejamentoEstratégico deNegócios daAutoridadeMetropolitana deTransporte deNova York,Andrew Bata(foto), defendeu

o metrô como alternativa paraestruturar o transporte e amobilidade nos grandes centrosmetropolitanos.

Andrew Bata participou do15o Congresso da ANTP, emGoiânia, em10 de agosto, eproferiu conferência em SãoPaulo dois dias depois, cominformações e avaliações sobrea história e a realidade atual dometrô nova-iorquino.

CEM ANOS. Andrew Batainformou que o metrô de Nova

York foi inaugurado em 1904 eque sua existência foideterminante para que a cidadese transformasse na metrópolemundial que é hoje. No própriodia da inauguração, 150 milpessoas usaram o novotransporte, que, desde então,presta serviços 24 horas por dia.

Mais de 90% das linhas dosistema – hoje, um complexocom 1.016 quilômetros –- foramconstruídas até 1940, induzindoo desenvolvimento da cidade.Muitas linhas foram instaladasem áreas totalmente desertas,estimulando a ocupação urbana.

A partir de 1970, o metrô deNova York passou por umperíodo de decadência,revertido com um amploprograma de recuperação,empreendido a partir de 1982.Houve revitalização de trens eestações, e a coibição daspichações virou ponto de honrada companhia.

A revitalização envolveainda um o cuidado com apreservação e recuperação deelementos artísticos earquitetônicos históricos, e aincorporação de novoselementos, combinando,

harmonicamente, o velho e onovo.

A recuperação, que continua,pois há ainda 11 bilhões dedólares a serem investidos nosistema, vem agradando apopulação: o número deusuários, que se havia reduzidona época de decadência, voltou acrescer e chega hoje a 7,2milhões de passageiros por dia.O metrô de Nova York tem 47,5mil funcionários.

COMPARAÇÕES. Falandopara jornalistas em Goiânia,Andrew Bata afirmou que asolução para o trânsito nacidade de São Paulo éaumentar fortemente onúmero de linhas de metrô.Disse que não adiantaaumentar a frota de ônibus,sendo melhor investir paraformar uma grande redemetroviária. "É precisoexpandir o metrô e para issotem que se gastar dinheiro,não há outro jeito. É umaquestão de matemáticasimples: para cada trem,sãonecessários 40 ônibus".

Os ônibus têmimplantação mais barata e

funcionam bem emcorredores, mas, no entenderdo dirigente, é preciso levarem conta que a expansãopopulacional nas cidades enas regiões metropolitanascontinua, e que, assim,haveria demanda crescentede ônibus.

Bata considerou o metrôde São Paulo muito bom, porser eficiente, rápido, limpo ecarregar muita gente.

Sobre se ele considera umerro o Brasil não ter investidopesadamente em metrô,respondeu: "Há dois tipos desolução: uma de longo e outrade curto prazo. Os ônibus sãomais baratos e, por isso,oferecem uma resposta decurto prazo. Já investir emmetrô, que é caro, traduz umavisão de longo prazo".

Andrew Bata assinalounão ser contra os ônibus, masafirmou acreditar que nãosirvam para transportarpassageiros por longasdistâncias: "Não permitem quese leia o jornal, sacodem muito.Em Nova York, assegurou,houve a decisão política deinvestir a longo prazo".

SEM O METRÔ,NOVA YORK NÃOSERIA O QUE É

E

COM ENCONTRO DE TÚNEIS E DETONAÇÕES, ASOBRAS DO METRÔ-SP AVANÇAM EM DUAS FRENTES

– Verde do Metrô-SP até oIpiranga. Esse encontroaconteceu no segmento entreas futuras estações Ipiranga eImigrantes. Em 28 de julho,foi realizado o encontro dasduas frentes de trabalho notúnel entre as estações Klabine Imigrantes. Na foto ao lado,da esquerda para a direita, nolocal do encontro, osengenheiros Fábio Gandolfo(CBPO Engenharia), AudísioCartaxo (GCE/CEP), Ayres R.Gonçalves (GC2 eAEAMESP), Luiz C. PereiraGrillo (GC2) e Luis Carlos deAssis (GC2/CLV).

AVANÇOS. Em 22 dejulho, foram iniciadas as obrasda futura Estação FradiqueCoutinho, da Linha 4 – Amarela,no bairro de Pinheiros. Cincodias mais tarde, em 27 dejulho, foi desativado o acessona estação Luz pararealização de obras da Linha 4– Amarela.

Em 12 de agosto, foi

iniciada a soldagem dos trilhospara expansão da Linha 2 atéo Ipiranga: serão unidas 732barras de 18 metros cada,soldadas de seis em seis,formando longas barras de108 metros; cada metro detrilho pesa 57 quilos, o queeleva o peso dos trilhos nesse

segmento para 751 toneladas.Em 19 de agosto, foi

noticiado que a EstaçãoImigrantes estava já com 70%da obra bruta já concluída Eno dia 23 de agosto, anunciou-se a realização da primeiradetonação controlada derochas, em Pinheiros.

TRÊS PROVIDÊNCIAS. AAEAMESP esteve representadaem solenidade realizada no dia30 de agosto de 2005, em que o

governador doEstado de SãoPaulo, GeraldoAlckimin,liberou R$20milhões para arealização deprojetoexecutivo paraestender aLinha 2 –Verde, commais duasestações:Sacomã eTamanduateí,permitindo aintegraçãocom aLinha D daCPTM.

N

Foto

: Cri

stia

ne is

idor

o

Foto

: Arq

uiv

o

FOTO3B

FOTO3A

nosso_final_ok.pmd 13/9/2005, 13:143

Page 4: Jornal AEAMESP - edição 07

PÁGINA 4 JORNAL AEAMESP NO 7 – INVERNO DE 2005

Palestra Nacional. Seráproferida pelo professor GilbertoDupas e tem por título TensõesMetropolitanas e o transportesobre trilhos. Os grandes paísesem desenvolvimento, pressionadospela lógica da globalização, têmcrescido economicamente combase em uma progressiva exclusãosocial, manifestada, sobretudo, emáreas metropolitanas. Se grandescidades se transformaram empólos fundamentais de serviços dealto padrão tecnológico, por outrolado, necessitam, de maneiradramática, de sistemas eficientesde transporte sobre trilhos quealiviem as tensões naspopulações de renda baixa emédia, e permitam reverter adegradação ambiental.

Internacional. O tema a serapresentado é Sistemas deManutenção Avançadas no Metrôde Madri, por Francisco JavierGonzález, diretor de Engenharia,Manutenção de Material Rodantedo Metrô de Madri.

OS TEMAS DE DEBATE DA 11a S

réditos de Carbono– Contribuição dotransporte

metroviário. Debaterá a ameaçade mudanças climáticas emrazão do efeito estufa eapresentará o pioneiro programade mitigação do Metrô-SP.

ransporte cominclusão social equalidade de vida.

Discussão das possibilidadesde inclusão social desegmentos de baixa renda naRMSP, por meio de açõesintersetoriais, considerando:transporte, habitação edesenvolvimento urbano. Aidéia é conhecer os programasde inclusão nas esferas dotransporte urbano, da habitaçãosocial para baixa e média

renda, de readensamentopopulacional das áreascentrais. E conhecer tambémformas de utilização deinstrumentos urbanísticos deinclusão para incentivarempreendimentos de usosmistos (comercial x residencial,de baixa e média renda) juntode eixos de transporte público.

etrô, solução maisbarata para asmetrópoles. A

sessão vai buscar desmistificara tese de que o metrô é umasolução cara para as cidades.Quando se constrói uma linhade metrô em uma região queprecisa dela, observa-se queseu custo é mais barato paraa cidade em vários aspectos,desde a diminuição do custosocial e econômico até oretorno financeiro, para osgovernos, dos recursosaplicados.

Será apresentado um

trabalho que vem sendodesenvolvido porprofessores da Faculdade deEconomia e Administraçãoda Universidade de SãoPaulo, que demonstra o quea implantação de uma linhade metrô traz de retorno paraa administração pública nos

segundo dia

quarta-feira21 de setembro

primeiro dia

terça-feira20 de setembro

futuro da tecnologiametroviária, aautomação integral.

Trata-se da discussão de uma dastendências tecnológicas no setor:a automação integral namovimentação de trens, quedispensa a atuação do operador –uma inovação que vem sendoadotada internacionalmente emsistemas de transporte depassageiros das mais variadasdensidades e que poderá serutilizada na Linha 4– Amarela.

A intenção desta sessão éabordar o uso de tecnologias deponta na busca de soluções parauma melhoria continua e paramelhorar a relação custo-benefício.

O Metrô-SP, quando foiimplantado, utilizou tecnologia deponta, tendo sido um dospioneiros em uma série deinovações, entre as quais, o usode veículos com poucanecessidade de ação direta dooperador. Nas últimas trêsdécadas, o avanço tecnológico foisignificativo, mas não houve, emSão Paulo, um acompanhamentoproporcional a essa evolução.

Outro objetivo é mostrar oque há de mais avançado naoperação de um sistemametroviário e como a tecnologiapode viabilizar financeiramente otransporte rápido e seguro,considerando que a automaçãointegral deve trazer ganhosfinanceiros decorrentes deganhos operacionais –racionalização do quadrooperativo, flexibilidade,confiabilidade, menor consumode energia e a maximização dautilização do sistema.

A apresentação das inovaçõesestará a cargo de representantesda Alstom e da Siemens, duasempresas que estão avançandomuito nessas tecnologias.

mpreendimentosassociados – Umanova visão de

negócios. Esta sessão vaicolocar em discussão de queforma empreendimentosassociados podem contribuir naimplantação e nos custos deoperação dos sistemas metro-ferroviários e ampliar a sinergiaentre os projetos do setor eempreendimentos imobiliários.

Atualmente, busca-semaximizar o que já estáimplantado ou o que já estáprojetado, porem considerandoque uma linha de metrô é um

fator de agregação emovimentação de muita gente.Assim, quando se vaiconstruir uma nova linha, épossível considerá-la comoelemento capaz de dinamizaráreas e setores econômicos dacidade, aproveitando essacondição para reduzir o custode implantação e da operaçãoda própria linha.

A sessão buscará discutir avisão empresarial e denegócios, demonstrando queos empreendimentosassociados podem se constituirem indutores de demanda econtribuir para a racionalizaçãodos custos das operadoras. Poroutro lado, os sistemas

metroferroviários geramfacilidades e rendimento paraesses empreendimentos. Serãoapresentadas experiências jáimplementadas no âmbito doMetrô-SP, e discutidacomempreendedores de shoppings,escritórios e moradias a

terceiro dia

quarta-feira22 de setembro

C

MT

O

E

FOTO4A

IMAGEM

2

11a SEMANA DE TECNOLOGIA ME

Fo

to:

GP

P-P

PR

Met

rô-S

P

Obra da Estação Imigrantes, da Linha 2 – Verde

DURANTE A11a SEMANA, ACOMEMORAÇÃODOS 15 ANOSDA AEAMESPAo final do primeiro dia dostrabalhos da 11a Semana deTecnologia haverá um atocomemorativo dos 15 anos deatividades da AEMESP. O seloao lado evoca esseacontecimento

IMAGEM 1

nosso_final_ok.pmd 13/9/2005, 13:144

Page 5: Jornal AEAMESP - edição 07

PÁGINA 5JORNAL AEAMESP No 7 – INVERNO DE 2005

11a SEMANA DE TECNOLOGIA METRO-FERROVIÁRIAtrês níveis de governo e emtermos de ganho de tempopara as pessoas.

Além disso, um consultorfará uma comparaçãoeconômica entre diferentesmodos de transporte – metrô,VLT e ônibus, igualando seuscustos.

A sessão procurarámostrar que, para umaefetiva comparação entre osmodos de transporte, épreciso ser imparcial: levarem consideração ademanda e todos os custosenvolvidos para, assim,escolher a melhor opçãopara a cidade.

ransporte, MeioAmbiente eDesenvolvimento

Sustentável. Há amplaconcordância – inclusive deespecialistas da áreaambiental, com o argumento deque o transporte público – emespecial, metrôs e ferrovias –é fundamental para reduzir apoluição nos grandes centros.Não obstante, a implantação desistemas metroferroviários ésempre muito difícil, inclusiveem razão das exigênciasambientais para esse tipo deprojeto.

nos próprios sistemasestruturadores; a questão ésaber como fazer para que essemecanismo dê frutos,financiando a expansão dosistema. O debate terá

participação doprofessor daFaculdade deArquitetura eUrbanismo daUSP e ex-vereador,diretamente

envolvido nas discussões doplano diretor, Nabil Bounduk; derepresentante da Secretaria dePlanejamento do Estado de SãoPaulo, e de Renato Boareto(foto), da Secretaria Nacional deTransporte e Mobilidade Urbana.

sociedade comoagente para ocrescimento de

sistemas metroferroviários. Aidéia é trazer testemunhos dasociedade sobre o quanto ossistemas metroferroviárioscontribuem para a melhoria dascidades, do ponto de vistasocial, comercial e de qualidadede vida, para as diversas regiõesnasquais foi implantado.

Além disso, nessa sessãoda 11a Semana de Tecnologia,outros pontos serão debatidos.Atualmente, há considerável

potencialidade de que se tornemparceiros na implantação denovas linhas.

Além do que já está sendoimplementado pode-se examinaras possibilidades que se abremcom o programa de prioridadesna rede metropolitana, para criarsinergia com esses setores quepoderão ser parceiros do projetode transporte.

O debate da 11a Semana deTecnologia Metro-ferroviáriaserá um fórum muito maiscontributivo, com o objetivo dedespertar interesse e de colocarfoco nessa discussão, parasuscitar ações concretas.

lanejamentointegrado, transporte eurbanismo. Um debate

sobre o planejamento urbano,levando em conta o plano diretormunicipal, com inclusão dotransporte metroferroviário e dos

outros modos de transportepúblico da cidade. A idéia édiscutir o que é necessário paraque haja nas cidades brasileiraso planejamento urbano juntocom o planejamento detransporte. O Estatuto dasCidades estabeleceu aobrigatoriedade de todas ascidades com quinhentos milhabitantes ou mais fazerem umplano de desenvolvimentourbano, considerando um planode transporte. A SecretariaNacional de Transporte eMobilidade Urbana, em seuprojeto de lei para o setor, estáexigindo que isso se estendaaté cidades com mais de 100mil habitantes. E a formulaçãodesses planos tem que estarconcluída até 2006.

Observando a cidade deSão Paulo, tem-se que o novoPlano Diretor, recentementeaprovado, trouxe, entre suasdiretrizes, uma que coloca otransporte público – metrô eferrovias – como eixosestruturadores, linhas deexpansão urbana, que deveriamreceber um olhar diferente, e,assim, definiu que nas noentorno das estações ao longodas linhas fosse criada apossibilidade de serem feitasoperações urbanas para gerarreceita a ser investida também

Para esta sessão, foiconvidado um representante dacompanhia ambiental paulista, aCetseb, que mostrará que maisde 90% da poluição nas cidadesé causada pelo transporte decargas, automóveis particularese coletivos movidos a diesel.

Foi também convidado oprofessor Paulo HilárioNascimento Saldiva (foto), daFaculdade de Medicina da USP,que conhece muito bem essaquestão e que tem dados sobreos efeitos da poluição para asaúde das pessoas e sobre oscustos para os cofres públicos.Ele deverá falar sobre a

correlaçãoentre aumentodos índices depoluição ecrescimentodo número deinternaçõesem unidades

como o Instituto do Coração doHospital das Clínicas; além do

dificuldade de priorização derecursos. A sociedade jácompreendeu que o transportepúblico – e, de modo especial, ometrô – é um fator capaz depotencializar o crescimentohumano e de auxiliar nadiminuição do "custo Brasil",sendo,agora, necessário fazercom que as linhas cresçam. Épreciso mostrar quem serábeneficiado com novas linhas demetrô e buscar fazer com queesses beneficiários ajudem acolocar o metrô como uma dasprioridades de investimento.

Participarão do debaterepresentantes de setores quetêm interesse no crescimentodo metrô em áreas ainda nãobeneficiadas: organizações dosbairros de Vila Prudente eFreguesia do Ó, a AssociaçãoComercial de São Paulo.

Participarão membros daConfederação Nacional dasAssociações de Moradores(Conam), entidade que representaos que dependem do transportepúblico e que tem inserido aquestão da mobilidade urbana nassuas lutas por habitação. Tambémhaverá representação doMovimento Nacional pelo Direitoao Transporte Público deQualidade para Todos (MDT).

agravamento do estado desaúde de crianças e idosos emdias mais poluídos. A idéia éevidenciar que investimentosem transporte público,sobretudo, os não poluentes,podem ser, em alguma medida,compensados com redução degastos com saúde pública epodem melhorar a qualidade devida da população.

A sessão terá ainda aparticipação derepresentante da SecretariaEstadual do Meio Ambiente,que explicará por que nãovem ocorrendo isonomia dotratamento dado a projetosde corredores de ônibus ede metrôs: enquanto osprimeiros, com tecnologiareconhecidamente maispoluente, são dispensadosde Relatórios de ImpactoAmbiental, os projetos sobretrilhos precisam apresentaresse tipo de documentotécnico.

T

P

A

FOTO4A

CNOLOGIA METRO-FERROVIÁRIA

SEGUE NA PRÓXIMA PÁGINA

Foto

: Cri

stia

ne is

idor

oFo

to: B

run

a C

aleg

ari

Linha 2 – Verde

nosso_final_ok.pmd 13/9/2005, 13:145

Page 6: Jornal AEAMESP - edição 07

PÁGINA 6 JORNAL AEAMESP NO 7 – INVERNO DE 2005

11a SEMANA DE TECNOLOGIA METRO-FERROVIÁRIA

futuro da tecnologiametroferroviária -Renovação. Será

uma sessão calcada,sobretudo, num trabalho a serapresentado por especialistado Metrô-SP, mostrando o quehá de novidades em temos derenovação da tecnologia paraque se possa atingir índicesadequados de produtividade equalidade dos sistemas.

A dificuldade é que nãotem havido recursos quepermitam investimentos narenovação, e, por isso,mantêm-se sistemas antigos,com tecnologias jáultrapassadas, o que se tornacaro e menos eficiente; seriapreciso renovar para haverganhos.

Há dificuldades para aobtenção de recursos paraexpandir e muito mais pararenovar. O Metrô-SP temrecursos para proceder àmanutenção, mas não pararenovar; muitos dos seustrens têm mais de 30 anos (oprimeiro deles, recentementecompletou 33 anos), osistema de sinalização temessa idade e, se não houverum cuidado quanto árenovação, passará aapresentar mais falhas e nãoserá tão confiável, semcontar que a manutenção setorna ainda mais cara.

OS TEMAS DE DEBATE DA 11a SEMANA DE TECNOLOGIA METRO-FERROVIÁRIAntegração modal.Todos concordam que a integração modal

é um fator de economia, deracionalidade, de eficiênciae de uma grande série deoutros aspectos positivos,porém, na prática, tem serevelado muito difícil deocorrer.

Na verdade, aintegração modal interferecom uma série deinteresses que sesobrepõem indevidamenteao interesse maior dasociedade, que quer eprecisa de um transportemelhor e mais barato, commenos investimentos.

Um dos participantes dessasessão será Rogerio Belda(foto), que coordena o GrupoExecutivo da Mobilidade, daSecretaria Municipal de

Transportesda Prefeiturade São Paulo.Participarãotambém umrepresentantedo Metrorec,o metrô dacapital

pernambucana – operadoraque vivencia na RegiãoMetropolitana do Recifeuma experiência decooperação dos três níveisde governo com vistas àintegração–, e umrepresentante da Trensurb,que está começando aatacar o problema da falta deintegração intermodal nacidade de Porto Alegre.

ecursos pararenovação eexpansão metro-

feroviária. O objetivo é discutire mostrar que é politicamentepossível viabilizar recursosfinanceiros para a implantaçãoe renovação do sistemametroferroviário.Os recursosexistem, mas é precisodirecioná-los efetivamentepara os programas derenovação e expansão. OBNDES já participou dedebates na AEAMESP emoutras ocasiões, declaroupossuir alguns bilhões de reaispara aplicar em sistemas etransporte, mas isso não seefetiva. Presentemente, osmetrôs de São Paulo e do Riode Janeiro encontraramdificuldades para receberfinanciamentos desse banco.E há ainda uma outradificuldade, que é oimpedimento para a obtençãode novos empréstimos, emrazão do limite deendividamento dos entespúblicos, política definida como FMI e que atualmente émantida, mesmo não havendomais o acordo formal comaquele fundo internacional.

Especialistas do BNDESvão mostrar as dificuldadeshoje colocadas pelalegislação e qual seria asituação ideal para que segarantisse os financiamentosdo banco ao setor. Namesma sessão, o presidenteda CPTM, Mário Bandeira,vai mostrar como seprocessa a "securitização de

passageiros", que consiste naoferta da receita adicionalreferente a melhoria dosistema, como garantia para ofinanciamento bancário que iráassegurar tal melhoria.

Também nessa sessão, aprofessora portuguesaRosário Macário, consultoraem projetos de transportepúblico em cidades daEuropa, vai mostrar comolidar com questõesrelacionadas com a obtençãode recursos para renovaçãoe expansão; ela defende anecessidade de haverpolíticas claras detransporte, considerados osdiversos modos, dentro doentendimento de que otransporte público deve darretorno aos governos.

xpansãometroferroviária emSão Paulo.Haverá

uma apresentação a respeitodo atual estágio do processode expansão da redemetroferroviária em SãoPaulo. Participarão osecretário de Estado dos

TransportesMetropolitanos,JurandirFernandes(foto), quefaráabordagemgeral da

política estadual para o setor,e representantes da CPTM edo Metrô-SP mostrarãoaspectos específicos de suasrespectivas empresas.

O

I R

E

No segundo dia dostrabalhos da 11a Semana –

21 de setembro –, às 13h30,antes do desenvolvimento do

painel Metrô,solução maisbarata para as metrópoles,

haverá o lançamento domanual Capacidade doTransporte Urbano de

Passageiros Sobre Trilho,coordenado gerente de

Operações do Metrô-SP,Conrado Grava de Souza.

Durante a comemoração do15o aniversário da AEAMESP,

no primeiro dia da 11a

Semana – 20 de setembro,às 18 horas –, haverá a

assinatura do convênio entrea AEAMESP e a Associaçãodos Engenheiros da Estrada

de Ferro Santos-Jundiaí(AEEFSJ), ato que reforçará

a parceria e aproximaráainda mais as duas

entidades.

MANUAL TRATA DACAPACIDADE DO

TRANSPORTEURBANO SOBRE

TRILHOS

CONVÊNIO COM AASSOCIAÇÃO DE

ENGENHEIROS DAESTRADA DE FERROSANTOS A JUNDIAÍ

Foto

: Cri

stia

ne is

idor

o

AEAMESP RENOVA E DINAMINZAA SUA PÁGINA NA INTERNETale a pena acessaro endereçowww.aeamesp.

org.br e conhecer a novapágina da AEAMESP naInternet.

O site está mais leve edinâmico, com informaçõesatualizadas a respeito daAssociação e do setorcomo um todo, incluindolinks com diferentesorganizações.

ATIVIDADES. Pelo site,é possível acompanhar

toda a programação sociale esportiva da AEAMESP.

Uma sessão bastanteinteressante é a galeriade fotos, enriquecida coma produção de associadospresentes nas diversasatividades.

Em breve, a páginaterá outras novidades:uma área com conteúdoexclusivo paraassociados e um serviçode busca que vai facilitarbastante a vida dosinternautas.

V

Foto

: Arq

uiv

o

último dia

sexta-feira23 de setembro

nosso_final_ok.pmd 13/9/2005, 13:146

Page 7: Jornal AEAMESP - edição 07

PÁGINA 7JORNAL AEAMESP No 7 – INVERNO DE 2005

PLANO DE ACESSIBILIDADE DA CPTMRECEBERÁ R$1 BILHÃO EM DEZ ANOS

O

Companhia Paulistade TrensMetropolitanos (CPTM)

divulgou que o governo paulistairá investir R$ 1 bilhão no planode modernização do sistemaferroviário, compreendendoações e soluções deacessibilidade previstas noDecreto Federal 5296/04.

Será assegurada aacessibilidade em estações etrens, abrangendo desde osaspectos da estrutura física econtinuidade da preparação dopessoal que atua no atendimentoao usuário com deficiência até arevisão de procedimentosoperacionais. A CPTM conta coma assessoria interna de umaComissão de Acessibilidade.

LONGO TEMPO. Por muitosanos, a ferrovia ficou seminvestimentos que garantissemao usuário condições adequadaspara utilização ou circulação nosistema. Imensas escadarias deferro, inexistência de corrimãos,perigosos vãos entre asplataformas e os trens e, ainda, afalta de elevadores, rampas ecomunicação sonora e visual,são apenas algumas dascaracterísticas associadas aocenário ferroviário.

Criada em 1992, a CPTMincorporou, há uma década, aantiga Ferrovia Paulista S/A(Fepasa) e as linhas paulistas daCompanhia Brasileira de TrensUrbanos (CBTU) que não tinha oolhar voltado para o desenhouniversal e para a acessibilidade.Na incorporação, a CPTMtransportava 700 mil passageirospor dia, hoje, transporta 1,3milhão por dia, com 270quilômetros de linhas e 88estações em 22 municípios.

INTERVENÇÕES. Todas asestações da CPTM receberãointervenções, considerando todo ociclo de utilização do serviço,desde o momento em que apessoa entra na estação até ahora em que sai.

A contratação das obras éprecedida pela elaboração deprojetos, os quais deverão estarconcluídos até o início do próximoano, incorporando todas asnecessidades. Algumas dasestações deverão ser demolidas ereconstruídas com todos oselementos para serem acessíveis.

Em alguns casos, as estaçõesmuito antigas, de projetos dadécada de 1950, não podemser adaptadas, porque o padrãoe a localização das escadas, osacessos, o modeloarquitetônico, a dimensão daplataforma não permitemadequações ou instalação deelevadores. Há estações quenão possuem característicasmínimas que permitamadequações. As mais recentes,porém, foram planejadas paraatender a todos os usuários.

O plano de acessibilidade,hoje, agrupou elementos afins,observando que o entornoexigirá intervenção pública, deresponsabilidade dasprefeituras, como ocupaçõesde calçadas e postes. A CPTMirá permitir que a populaçãopossa atravessar a estação,interligando os dois lados daferrovia, pois em alguns casosnão há, hoje, possibilidade detravessia.

TRENS.Os trens sofrerãoadequações, entre as quais, aimplantação de comunicaçãopara usuários com deficiênciaauditiva e visual.

Um desafio é a diversidadedos modelos. São onze séries,com padrões, tamanhos,fabricantes e tecnologiadiferentes. Essa característicacontribui para a presença dosvãos entre a plataforma deembarque e os trens. Oassunto está sendo estudadopela CPTM; uma das formasde eliminar o problema seráevitar plataformas em curvaem estações a serem areconstruídas.

MELHORIAS. Estão sendoconcluídas as obras daIntegração Centro. A Linha Cserá estendida até a estaçãoGrajaú, e serão construídas asestações Autódromo eInterlagos. Haverá aumento naoferta de trens da Linha F, daZona Leste, com a inserção, ali,de mais três estações: JardimHelena, Jardim Romano e USPLeste, dentro de um conceitomais abrangente deacessibilidade. Será iniciada amodernização das estaçõesErmelino Matarazzo e ItaimPaulista, contemplandosoluções de acessibilidade.

A

Companhia doMetropolitano deSão Paulo anunciou

recentemente que, pelaprimeira vez, está trocandoaproximadamente cerca de 3mil m3 de britas no trecho emsuperfície da Linha 3 –-Vermelha, próximo à estaçãoArtur Alvim.

O trecho foi inauguradoem 1988 e por ele passamtodos os 42 trens da linha,cerca de 500 vezes ao dia,em cada sentido.

As britas têm a função desustentar os dormentes e ostrilhos da via, além deservirem de amortecimentopara a vibração causada pelapassagem dos trens.

Com o passar dos anos,essas britas, que têm formatoirregular para que seencaixem umas sobre asoutras, sofrem naturaldesgaste, assumindo formaarredondada, perdendo,assim, sua característicaideal de fixação eamortecimento.

DOIS TURNOS. Paraefetuar a troca dessas 4.200toneladas de brita, estãoenvolvidos cerca de 45pessoas e 12 veículos, emdois turnos de trabalho.

No período da manhã, ostrabalhos preliminares sãoexecutados no Pátio deItaquera – PIT. Nesse local,ocorrem o recebimento e ocarregamento das britasnovas, o descarregamento edescarte das britas velhas, opreparo e alinhamento dosdois comboios de veículos de

manutenção para entrada navia, depois que o Metrôencerra a operação comercial.

A troca da brita velha pelanova é feita manualmente. Asequipes trabalham no períodoentre uma e quatro horas damadrugada, em quatrotrechos. Apenas uma esteirarolante transporta a britaremovida para um vagãovazio.

Um outro vagão seposiciona para que as britasnovas sejam depositadas navia e socadas, tambémmanualmente, para que seassentem ao longo do trecho.Depois de alguns metros jáforam executados, umamáquina conhecida porsocadora e niveladora debritas mecanizadacomplementa o serviço.

Este trabalho, associado aoutros realizados pelasequipes de manutenção,possibilita aos usuários doMetrô-SP uma viagem comconforto, sem trepidações,evita falhas no trem e mantéma freqüência das viagens,transportando cerca de ummilhão de usuáriosdiariamente, com conforto,rapidez e segurança.

NA TELEVISÃO. Oineditismo da mudança dasbritas numa linha de metrôchamou a atenção dtelejornalSP TV, da Rede Globo.

A reportagem – em que sãoentrevistados técnicos,operários e usuários do Metrô-SP – pode ser assistida no siteda AEAMESP, cujo endereço éwww.aeamesp.org.br .

SEM INTERROMPER A OPERAÇÃO,O METRO-SP SUBSTITUI BRITA EM

TRECHO DE SUPERFÍCIE NA LINHA 2

AFo

to: D

ivu

lgaç

ão

FOTO7A

nosso_final_ok.pmd 13/9/2005, 13:147

Page 8: Jornal AEAMESP - edição 07

PÁGINA 8 JORNAL AEAMESP NO 7 – INVERNO DE 2005

A

AEAMESP participouda sessão do 15o

Congresso da ANTPsobre o Movimento Nacionalpelo Direito ao TransportePúblico de Qualidade paraTodos (MDT) e sobre acontinuidade da luta pelaqualificação e pelobarateamento das tarifas dotransporte público.

Houve um balanço daatuação do MDT. Em seguida,falaram representantes desetores que integram oSecretariado Nacional domovimento: trabalhadores,empresários de ônibus, aindústria e, representantes dosmovimentos populares.

GESTÃO. O diretor deRelações Metroferroviárias,Emiliano Affonso, disse que aAEAMESP defende a gestãoúnica do transporte público nasregiões metropolitanas – umatendência mundial. Afirmoutambém que é preciso integrare racionalizar os sistemas,medida básica de umtransporte mais eficiente, comredução de custos e semsobreposição de linhas.

RECURSOS. Emilianorefutou o argumento de que nãoexistem recursos para otransporte público. "Os recursosexistem, o que falta é vontadepolítica de fazer com que setransformem em investimentosno setor", garantiu. Ele disse terestudado a destinação derecursos da Cide, afirmandoque, em 2004, dos R$ 8 bilhõesque compuseram a arrecadaçãodesse tributo, apenas R$ 200milhões chegaram para o setorde transporte e, destes, nadapara o transporte público.

Os recursos da Cide hojeremontam R$ 10 bilhões e 29%devem ir para Estados eMunicípios, mas fica a critériode cada governante a aplicação.

"No ano passado, o Estadode São Paulo deu o exemplo,aplicando na CPTM no Metrô-SP, mas esse comportamentotem sido uma exceção", disse,acrescentando que o IPVA, quepoderia financiar o transportepúblico, vai para Estados eMunicípios, e acaba no caixaúnico das administrações.

ampliar sistemasmetroferroviários nasregiões metropolitanas e

estímular a integração entre osmodos de transporte sãoreivindicações entregues aopresidente Luiz Inácio Lula daSilva em 15 de agosto de 2005,em Brasília, durante a Marcha pelaReforma Urbana e pelo Direito àCidade, organizada pelo FórumNacional da Reforma Urbana, comparticipação do MDT.

As reivindicações sobrebarateamento e qualificação dotransporte público urbano eredução de violência no trânsitoconstituem quatro dos 22 itensdo documento sobre problemasurbanos, entregue a Lula.

O presidente estavaacompanhado ds ministrosMárcio Fortes, das Cidades, ePaulo Bernardo Silva, doPlanejamento, Orçamento eGestão. Ele recebeu umacomissão formada por 30lideranças da Marcha e dissecompreender o drama de quemnão pode pagar a passagem,porque já viveu essa situação.

O MDT levou para a Marchaas propostas da campanha AçãoNacional Tarifa Cidadã, iniciadaem junho e que fez de 19 dejulho o Dia Nacional da TarifaCidadã, com atividades emcerca de 100 cidades do País:distribuição de folhetos

mostrando os fatores que podemcontribuir para a reduçãotarifária, e também botons eadesivos da campanha. Emalgumas cidades, os ônibustrafegaram com as luzes acesase houve "buzinaços".

PREFEITOS. Comodesdobramento da Marcha,houve, no dia 23 de agosto,encontros de Lula e do ministro daFazenda, Antônio Palocci, com 36prefeitos, sendo 12 de capitais,representantes da Frente Nacionalde Prefeitos (FNP), quando foramentregues a Lula propostas para aretomada do pacto federativo. OMDT participou da elaboraçãodessas propostas.

Lula sugeriu a formação deum grupo de trabalho pararapidamente dar uma resposta àquestão. Para o presidente, essegrupo deve reunir representantesdos três níveis de governo, dosempresários e do MDT.

PALOCCI. Os prefeitosdeixaram o presidente e seencontraram com Palocci, quegarantiu ser também sensível àquestão do barateamento. Paraele a solução não cabe apenasaos municípios, e, promentendoempenho, assinalou que hálógica na redução tributária,desde que exista envolvimentodos diferentes níveis de governo.

AMPLIAÇÃO DAS REDES DE TRENS E DE METRÔSESTÁ ENTRE REIVINDICAÇÕES ENTREGUES A LULA

A

EXISTEM RECURSOSMAS FALTA VONTADEPOLÍTICA PARAINVESTIR NO SETOR

s ocorrências nocenário políticonacional têm deixado

a população apreensiva.Algumas pesquisas deopinião indicam aumento dadesconfiança dos cidadãosnos políticos e em algumasinstituições.Tal desconfiançaera alta, antes, e, segundo oIbope, e tem aumentado.

Nas últimas eleições, comoacontece em todas as naçõesdemocráticas, os eleitoresderam aos partidos hoje nogoverno federal um crédito deconfiança para a gestão doPaís. Porém, com as recentesdenúncias (quase todas muitoconsistentes, embora ainda emfase de investigação e decomprovação), aquele créditoinicial fo,i em grande medida,bastante corroído.

Esse desalento não é bom.Com ele, cresce a sensação deque o exercício do poder é, em

O secretário-executivodo Ministério de Minas e

Energia, Nelson Hubner, sedispôs a receber uma

comissão do MDT paradebates com os técnicosdaquela pasta, visando à

elaboração de um projeto delei específico para acabarcom a tarifa horo-sazonal.Ele também se dispôs adiscutir um projeto de leipara reduzir o preço dodiesel para o transporte

público e a defender os doisprojetos de lei junto às

outras áreas do governo.Ao se encontrar com

líderes do MDT e outrosparticipantes da Marcha,Hubner disse conhecer aquestão da tarifa horo-

sazonal, que sobrecarrega ocusto da energia elétrica de

tração de metrôs e trensurbanos nos horários de

pico, quando transportammilhões de passageiros nosmaiores centros urbanos do

País.

MINAS E ENERGIAPODE COLABORAR

COM O FIM DA TARIFAHORO-SAZONAL

si, espúrio; coisa de quemquer "se dar bem" – o quesabemos não ser verdade.

Nossa população(incluindo os administradorespúblicos) valoriza o primadoda lei, os instrumentos decidadania, o legítimointeresse pelo bem público, equer ver consolidados osparâmetros básicos dadignidade humana: rendapara alimentar a família,saúde, habitação, educaçãoe, lógico, um transportepúblico tecnicamenteadequado ao custo de umatarifa acessível a todos.

overnos podemacertar e errar, eraramente deixam de

fazer ambas as coisas aolongo de um mandato,sujeitando-se, contudo, aojulgamento pelo voto naseleições seguintes.

E se algum desvio de maiorgravidade ficar comprovado,que seus responsáveis sejampunidos dentro do quedetermina a lei. É essa ainflexibilidade que devemosostentar e exigir de todos osque têm um papel adesempenhar na presentesituação e em todas as outrasque possam vir a ocorrer.

É preciso ter em contaque a democracia, como todaobra humana, tem suasimperfeições, mas traduzuma conquista histórica detodos os brasileiros, a serpreservada e aperfeiçoada.

Olhando para o futuro,concluímos que a crise preparouo cenário nacional para umarevisão do que há de arcaicoem nosso sistema político. Apresente avalanche, antes deser um sinal de derrocada doque arduamente construímos,representa um tempo devitalidade, em que a sociedade –cada um de nós – tem aoportunidade de aperfeiçoar esolidificar ainda mais as suasinstituições.

OPINIÃO DA DIRETORIA DA AEAMESP

UM TEMPO DE VITALIDADE

A

G

nosso_final_ok.pmd 13/9/2005, 13:148