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TOKSUEDE Jornal Regional do Vale do Ribeira www.redebrasilatual.com.br VALE DO RIBEIRA nº 1 Abril de 2011 DISTRIBUIÇÃO GRATUITA A batalha para evitar a construção de uma supercadeia na região O VALE VAI à LUTA REFEIçãO ESCOLAR Ideia é que o Estado pague o mesmo que o governo federal Pág. 6 CIDADES QUEREM REPASSE MAIOR A bela trajetória do menino de Iracemápolis, um vencedor Pág. 7 FUTEBOL ELANO, O CRAQUE Pesquisa revela que aprovação de Dilma bate nos 73% Pág. 2 PESQUISA QUE PRESIDENTA! PRESíDIO NãO Intransitáveis, os caminhos rurais estão à beira de um colapso Pág. 3 ESTRADAS DÁ PENA SXC.HU DALVA RADESCHI DALVA RADESCHI DIVULGAÇÃO

Jornal Brasil Atual - Vale do Ribeira 01

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elano, o craque refeição escolar que presidenTa! dá pena Distribuiçã o nº 1 Abril de 2011 Pág. 7 Pág. 2 Pág. 6 Pág. 3 A bela trajetória do menino de Iracemápolis, um vencedor www.redebrasilatual.com.br Jornal Regional do Vale do Ribeira Pesquisa revela que aprovação de Dilma bate nos 73% Intransitáveis, os caminhos rurais estão à beira de um colapso Toksuede dalva radeschi dalva radeschi sxc.hu divulgação

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Jornal Regional do Vale do Ribeira

www.redebrasilatual.com.br vale do ribeira

nº 1 Abril de 2011

DistribuiçãoGratuita

A batalha para evitar a construção de uma supercadeia na região

o vale vai à luta

refeição escolar

Ideia é que o Estado pague o mesmo que o governo federal

Pág. 6

cidades querem rePasse maior

A bela trajetória do menino de Iracemápolis, um vencedor

Pág. 7

futebol

elano, o craque

Pesquisa revela que aprovação de Dilma bate nos 73%

Pág. 2

Pesquisa

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Intransitáveis, os caminhos rurais estão à beira de um colapso

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expediente rede Brasil atual – vale do ribeiraeditora gráfica atitude ltda. – diretor de redação Paulo Salvador editor João de Barros redação Leonardo Brito (estagiário) e Romeu São Marcos revisão Malu Simões diagramação Leandro Siman Telefone (11) 3241-0008Tiragem: 5 mil exemplares distribuição gratuita

As mensagens podem ser enviadas para [email protected] ou para Rua São Bento, 365, 19º andar, Centro, São Paulo, SP, CEP 01011-100. As cartas devem vir acompanhadas de nome completo, telefone, endereço e e-mail para contato.

vale o que vier

editorial

A primeira edição do jornal Brasil Atual – Vale do Ribeira que chega às suas mãos vem preencher a lacuna que existe em todo o país, a do direito à informação livre. Sem os cacoetes que fizeram o modelo da grande imprensa ter o viés dos interesses do capital e lhe deram até um apelido conhecido nas últimas eleições presidenciais – o Partido da Imprensa Golpista, PIG –, o jornal Brasil Atual chega com linguagem fácil, apresentação visual lim-pa e sem arrogância. E espera, além de informar e ser sua com-panhia na fascinante viagem que é a leitura, exercer o papel de porta-voz dos interesses de toda a sociedade do Vale do Ribeira.

Logo de cara, o jornal chega empunhando uma bandeira da população e se junta a ela na luta pela não construção de um presídio na região, que o governo do Estado insiste em implantar na rodovia Régis Bittencourt, a apenas seis quilômetros de Re-gistro. A chamada de capa da edição soma-se ao NÃO rotundo que ecoa de vozes locais importantes da comunidade – de traba-lhadores, empresários, políticos etc.

Também nesta edição há outros alertas importantes: do estado lamentável a que foram relegadas as rodovias vicinais que cor-tam nossos caminhos, por puro descaso do governo estadual, e da situação dramática por que passam as Prefeituras das cidades do Ribeira para oferecer um direito básico das crianças nas escolas, a merenda. Como se vê, o jornal mostra-se desde logo aberto ao debate. Por isso convidamos você para fazer parte do nosso pro-jeto de comunicação. Leia, discuta, opine, sugira, critique. Enfim, participe. Assim, juntos, seremos fortes. Boa leitura!

aeroPorto

Pesquisa

a promessa e a dívida

Governo dilma vai muito bem

Governador Geraldo Alckmin e Pinóquio: tudo a ver?

Presidenta emplaca 73% de aprovação popular

Em 2003, o então governa-dor de São Paulo, Geraldo Al-ckmin, veio ao Vale do Ribei-ra e anunciou que o aeroporto de Registro ficaria pronto até o final do ano e poderia rece-ber jatos executivos. Em 2011, Registro ainda aguarda pelo aeroporto.

A presidenta Dilma Rousseff inicia seu mandato com o melhor índice entre os três últimos presidentes. De acordo com pesquisa do IBOPE encomendada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), o Governo Dilma é bom ou ótimo para 56% dos eleitores, regular para 27%, ruim ou péssimo para 5% e outros 11% não sabem ou não responderam a essa questão.

A maneira como a pre-sidenta está governando é aprovada por 73% dos eleitores. Dos entrevista-dos, 12% dizem desapro-var a atuação da presidenta e 14% não sabem ou não responderam. A expectativa para o restante de sua ges-tão é também bastante po-sitiva: 68% acreditam que

o governo dela será bom ou ótimo, outros 19% acreditam que será regular, enquanto 3% dizem que será ruim ou péssi-mo e 10% não opinam.

O sentimento de confiança é maior entre os residentes nas Regiões Norte e Centro-Oes-te, 80%, e entre os eleitores com renda familiar de até um salário mínimo, 82%.

Nove áreas de atuação do

governo foram avaliadas pelos entrevistados. As po-líticas de combate à fome e à pobreza receberam 61% de aprovação, o combate ao desemprego ficou com 58% e são as áreas melhor ava-liadas pelos eleitores.

Outros setores aprova-dos por mais da metade da população são meio am-biente e educação. Impostos e saúde registram os maio-res índices de desaprovação, ambas as áreas com 53%. A política de segurança públi-ca é desaprovada por 49% dos entrevistados.

A pesquisa foi realizada entre os dias 20 e 23 de mar-ço de 2011. Cerca de 2.002 pessoas com idade a partir de 16 anos, responderam a entrevistas em 141 municí-pios do País.

dilma: com a bola toda

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o compromisso ficou no ar

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caminhos do vale

estação ecolóGica Jureia-itatíns

as estradas vicinais estão num estado de dar dó

comunidades lutam por sobrevivência

Avaliação das prefeituras do Vale do Ribeira em relação a elas é péssima

Projeto criado em 1986 trouxe problemas para as mais de 300 famílias da região

A rodovia Padre Manoel da Nóbrega – a de maior movimento da Baixada Santista e que liga o Vale do Ribeira ao Estado –, foi duplicada até o primeiro trevo de Peruíbe, mas está inacabada. “Fi-cou o compromisso de o governo estadual terminar e isso não acon-teceu” – diz a prefeita de Peruíbe, Milena Bargieri. Segundo ela, o

trecho duplicado tem muitos aci-dentes devido ao excesso de velo-cidade dos veículos e ao fato de os pedestres não atravessarem a rodovia nas passarelas. Há ainda o problema das estradas vicinais. “Fomos beneficiados com o asfal-tamento de cinco km da rodovia Armando Cunha, porém temos uma zona rural muito extensa.”

Com a visita do governador Geraldo Alckmin à região, a pre-feita pretende reivindicar mais infraestrutura para enfrentar o período de chuvas em sua cida-de: “Vou batalhar por mais re-cursos com o governador. Nosso projeto de macro e microdrena-gem, para resolver o problema das enchentes, é de R$ 155 mi-lhões, quase todo o orçamento anual da Prefeitura.”

O prefeito de Apiaí, Emilson Couras da Silva, também fala da importância da liberação de ver-ba para asfaltar a estrada que liga Apiaí a Iporanga. “A estrada hoje está cheia de buracos e, quando chove, há muita lama. São 42 km que ligam o Alto Vale ao Baixo Vale. Se cuidarmos bem dessa estrada, aumentaremos o turis-mo na região” - diz ele.

Segundo a prefeita Déia Fátima Viana Leite Moreira da Silva, de Miracatu, os 14 km da estrada da Serra do Moraes são importantíssimos para os agri-cultores da região. Ela espera que Alckmin libere a verba para asfaltar a estrada. ”Acre-dito que ainda saia neste ano” – diz. No ano passado, Miraca-tu recebeu R$ 1 milhão do go-verno federal para recuperação de estradas e pontes.

Outra cidade com proble-mas é Cananeia. O prefeito Adriano Cesar Dias afirma que é difícil manter as estradas vici-nais, já que não recebe recursos e a cidade se situa numa grande área de preservação ambiental. “O programa Melhor Caminho, do governo estadual, libera ver-ba anualmente para deixar em

condições de tráfego as estra-das vicinais, sem asfalto. Mas há 150 km de estradas em con-dições ruins. Precisaríamos de mais recursos” – diz o prefeito. “A última vez que recebi verba do Estado para recapeamento foi para os 25 km da Estrada da Aroeira, em 2009”.

Considerada um marco para o ambientalismo pau-lista, principalmente para as

Organizações Não Governa-mentais (ONGs) que defendem o meio ambiente, o projeto

criou um grande conflito que se arrasta até os dias atuais, pois as comunidades da Jureia afir-mam que foram cerceadas em seu direito de acesso à educa-ção, à saúde e ao trabalho.

Uma associação chamada União dos Moradores da Ju-reia foi criada para lutar pelo direito das famílias de perma-necer no território com possi-bilidade de se autossustentar. Em 2006, houve uma mudan-ça na lei para que elas pudes-sem permanecer no local e realizar atividades remune-

radas. No entanto, com uma Ação de Inconstitucionalidade (Adin) movida pela Procura-doria Geral de Justiça do Es-tado de São Paulo, as famílias perderam o que reivindicavam – atualmente, há uma propos-ta na Secretaria Estadual do Meio Ambiente, encaminhada pela Fundação Florestal, para a retomada da discussão.

A associação pretende que a estação ecológica se torne uma Reserva de Desenvol-vimento Sustentável (RDS), algo parecido com o que

ocorre no Parque Estadual do Rio Turvo e no Parque da Caverna do Diabo. Em ambos os lugares foi apro-vada a lei conhecida como Mojac (Mosaico do Jacupi-ranga), que representou um avanço para os mais de oito mil moradores da região. Porém, pelo menos 250 famílias que vivem no in-terior desses parques recla-mam do direito aos servi-ços básicos. É isso que elas pretendem negociar com o governo do Estado.

manutenção de estrada não é prioridade do governo estadual

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Parque da Jureia: lugar paradisíaco sem infraestrutura

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déia, prefeita de miracatu

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vem aí uma Penitenciária

Governo não ouve a população e avança na construção de Presídio de segurança máxima

Passo a passo, a luta contra o presídio

População do Vale do Ribeira, Registro especialmente, continua sua batalha para evitar que o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, autorize a construção de uma supercadeiaSegundo as autoridades

municipais, a construção de um presídio travaria o desen-volvimento da região, prin-cipalmente o turismo. “Que-remos que Registro continue sendo uma cidade boa para os moradores. Lutamos para que o presídio não seja construí-do no Vale do Ribeira, muito menos a seis quilômetros do centro da cidade, como quer o governador” – desabafa o vereador Marcos Portela (PT).

A prefeita de Registro, San-dra Kennedy (PT), tentará con-vencer o governador a substituir a construção do presídio, que abrigaria 750 presos condena-dos pela Justiça, por um Centro de Detenção Provisória (CDP), que acolheria apenas presos que ainda não foram julgados. “Estou otimista com a mudança do projeto, pois esse governo é mais aberto ao diálogo. Temos um secretário do governo, Már-cio França, do Turismo, e o lí-der do governo na Assembleia, deputado Samuel Moreira, que são da região e já se posiciona-ram contra a construção do pre-sídio” – disse ela.

Carlos Puzzi, diretor regio-nal da Federação das Indús-trias do Estado de São Paulo

Fevereiro de 2009 – Re-portagem do Diário de Igua-pe informa que Sandra Ken-nedy, ao assumir a Prefeitura, teria ouvido boatos sobre a vinda de uma penitenciária para a cidade. Ao contatar a Secretaria de Administração Penitenciária (SAP), ela foi informada de que a área pró-xima ao bairro Chá Ribeira estava sendo desapropriada pela Procuradoria Geral do Estado e que a instalação do presídio era prevista para o segundo semestre de 2009. Segundo o então secretário de Assuntos Penitenciários, Antônio Ferreira Pinto, o que melhor atenderia os infrato-

res da região seria “uma peni-tenciária de segurança máxima com 756 vagas”.

17/02/2009 – A Prefeitura de Registro convoca reunião para falar do projeto de cons-trução do presídio na cidade, ocasião em que várias lideran-ças locais rejeitam a ideia do governo do Estado.

02/03/2009 – O então secre-tário de Assuntos Penitenciários Antônio Ferreira Pinto causa

insatisfação a um grupo de mais de 20 lideranças regionais – Or-dem dos Advogados do Brasil (OAB), vereadores, deputados –, contrárias ao presídio em Re-gistro. O secretário mostra-se irredutível em relação à deci-são: “Não há alternativa a não ser construir a penitenciária. Temos de encarar esse proble-ma de frente”.

16/03/2009 – Há uma reu-nião “pouco proveitosa” dos líderes da Comissão contra a instalação do Presídio no Vale do Ribeira com Aloysio Nunes, então chefe da Casa Civil do go-verno estadual. Aloysio reafirma que a instalação dos 49 presídios no Estado é uma decisão política

do governo Serra. E não ouve os argumentos sobre o impacto no desenvolvimento da região nem a adequação para um Centro de Detenção Provisória (CDP) ou Centro de Ressocialização (CR), modelos aceitáveis pela Comis-são e pela prefeita de Registro, Sandra Kennedy.

04/04/2009 – 120 pessoas de Registro participam de Audiên-cia Pública na Assembleia Le-gislativa, que gira em torno de um projeto de lei da deputada Ana Perugine (PT), que obriga o Estado a executar ações com-pensatórias que diminuam os efeitos negativos criados pelas unidades prisionais. A deputada diz que a construção de um pre-

sídio em Registro “é medida an-tidemocrática, que não olha para as condições da cidade”. E cita outros impactos negativos como a desvalorização imobiliária e a sobrecarga nos sistemas de saú-de, educação e segurança.

02/05/2009 – Caminhada de 500 pessoas contra a construção do presídio, promovida pelo Fórum das Pastorais Sociais da Diocese de Registro.

21/05/2009 – O Diário Ofi-cial publica o decreto 4.367 que desapropria a área para a cons-trução do presídio em Registro.

25/05/2009 – Inconformada com o decreto 4.367, a prefeita de Registro vai à Assembleia Legislativa buscar apoio para

(Fiesp), acredita que o governo estadual deveria oferecer uma compensação para a região do

sandra, prefeita de registro

Vale do Ribeira devido ao pro-blema social que a construção desse presídio irá trazer. A so-

ciedade desconfia que, junto com os presos, a cidade rece-berá o crime organizado. d

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a favor contraAs regiões precisam contribuir para resolver a falta de vagas nas prisões

A região tem apenas 1% da população do Estado. Pelo tamanho da população, muitos bairros de grandes cidades deveriam ter presídios

Toda região precisa cuidar de seus próprios presidiários

A Lei de Execução Penal não prevê que o preso deva ser enviado para o presídio mais próximo de sua residência

Os presídios regionais deixam as famílias mais perto dos presos, facilitando a ressocialização

Não há garantia de que os presidiários que moram no Vale do Ribeira venham para o presídio da região. A Lei de Execução Penal não prevê vagas regionalizadas

Não atrapalha o desenvolvimento da região

Dificulta novos investimentos – por extensão o desenvolvimento – , em particular o turismo

Governo não ouve a população e avança na construção de Presídio de segurança máxima

vale do ribeira apoia troca por cdP o que se dizPopulação do Vale do Ribeira, Registro especialmente, continua sua batalha para evitar que o governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, autorize a construção de uma supercadeia

tentar reabrir diálogo com o go-verno. Faz reunião com Jorge Caruso, presidente da Comissão de Segurança Pública, e com os deputados Simão Pedro (PT) e Samuel Moreira (PSDB).

18/06/2009 – Lideranças políticas participam da reunião com o Procurador Geral da Jus-tiça, Fernando Grella Vieira, no Ministério Público do Estado, quando é protocolada uma re-presentação solicitando suspen-

são da instalação de unidades prisionais no interior do Estado. As queixas feitas ao Procurador Geral de Justiça referem-se à fal-ta de critérios técnicos na esco-lha das áreas e à falta de diálogo com os municípios. A prefeita de Registro critica a área esco-lhida, às margens da BR-116 – o procurador também mostra preocupação do presídio ficar à margem da BR 116. A prefeita aponta ainda o fato de o municí-pio localizar-se numa região que tem pouco apoio do Estado, com dificuldades de se desenvolver. “Esperam-se investimentos, não entraves.” Sandra diz ainda: “O governo Serra diz que toda re-gião tem de ter um presídio, mas

é preciso destacar que as regiões são diferentes entre si. O Vale do Ribeira tem 380 mil habitantes em 15 municípios e não pode ter a mesma ‘obrigação’ de regiões de um milhão de habitantes, por exemplo. A gente precisa de um Centro de Detenção Provisória (CDP) para desocupar as cadeias que estão com detentos que aguardam julgamento, de mais efetivo policial, militar e civil e de delegados para cinco municí-pios que estão sem” – denuncia a prefeita.

27/05/2009 – O deputado Márcio França (PSB-SP) dis-cursa no plenário da Câmara Federal sobre a construção do presídio em Registro.

25/09/2009 – Governo sus-pende construção de presídio em Registro. A deputada Ma-ria Lúcia Prandi anuncia que a SAP aponta que o processo foi revogado por apresentar “uma série de peculiaridades, inicial-mente não previstas”. Entre as “peculiaridades”, cita o local da obra, o valor do investimen-to, as formas de financiamento, o cronograma de execução e a necessidade de cooperação das diversas secretarias.

No dia 31 de março, hou-ve reunião com mais de 200 pessoas na Câmara Municipal da cidade para discutir o tema. Além de analisar a licença am-biental concedida pela Cetesb para a construção do presídio no local, os presentes concorda-ram em reivindicar do governo do Estado a construção de um CDP para 350 presos da região.

Em entrevista, a prefeita de Sete Barras, Nilce Ayako Miashita (PR), revelou que também prefere a construção de um CDP a um presídio: “Estou de acordo com a San-dra (Kennedy) em relação à troca por um CDP – disse.

O governo estadual alega

que o presídio receberia ape-nas detentos da região. Porém, o Vale do Ribeira tem 390 pre-sos que cumprem pena em vá-rias regiões do Estado. Com o presídio de 756 vagas, mesmo que houvesse regionalização das vagas – sobrariam mais de 350 vagas para presos de outras regiões, até mesmo do crime

organizado. Outro ponto que preocupa o Vale do Ribeira é o local de construção da obra, já desapropriado, às margens da BR-116, a rodovia Régis Bitten-court. No caso de uma rebelião, a rodovia de ligação com os pa-íses do Mercosul e principal via entre o Sul e o Sudeste do Brasil teria de ser interditada.”

17/09/2010 – Aloísio Mercadante ressalta a falta de posição do seu adversário ao governo do Estado, o candi-dato Geraldo Alckmin, acer-ca do projeto de construção do presídio.

02/03/2011 – A SAP infor-ma que está em andamento o Plano de Expansão de Unida-des Prisionais, que construirá 49 novas presídios, com in-vestimento de R$ 1,5 bilhão.

05/03/2011 – SAP torna pública a concessão da li-cença ambiental pela Com-panhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) para a instalação da Unidade Pri-sional de Registro.

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refeição escolar

municípios querem ajuda para custeio das merendas Governo estadual diminui cada vez mais sua participação no financiamento da alimentação

Na visita do governador Geraldo Alckmin a Registro, em 8 de abril, os secretários de Educação do Vale do Ribeira solicitaram ajuda para custear a merenda escolar. A reclama-ção é que nos últimos anos o governo estadual diminui cada vez mais sua participação no financiamento da merenda e as prefeituras têm de bancar a compra de alimentos e custos extras, como o gás de cozinha, além de ceder as merendeiras.

Atualmente, o repasse da refeição escolar por aluno/dia nas escolas públicas estaduais é de R$ 0,52, sendo que o go-verno federal entra com R$ 0,30 e o governo do Estado com R$ 0,22. A reivindicação das prefei-turas é que o governador aumen-te o repasse para os mesmos

R$ 0,30 da União e arque com os custos dos profissionais (merendeiras) e gás de cozi-nha em suas escolas.

Adriano Cesar Dias, pre-feito de Cananeia, diz que é

um consenso dos prefeitos do Vale do Ribeira a necessi-dade de aumento do repasse da merenda escolar. “Com o padrão de qualidade que aplicamos nos municípios,

o repasse do Estado é insu-ficiente.”

Outra reivindicação se refe-re à necessidade de a merenda ter pelo menos 30% dos alimen-tos vindos da agricultura fami-

liar. Algumas cidades pequenas reclamam que não encontram produtores para fornecer os ali-mentos e, quando os encontram, esbarram em dificuldades que os produtores têm, por exemplo, de emitir nota fiscal pela venda do produto. Com a vinda de Al-ckmin, secretários de Educação e prefeitos solicitaram também ajuda na capacitação desses produtores rurais.

Para a prefeita de Regis-tro, Sandra Kennedy, a ideia da agricultura familiar criada no governo Lula é “sensacio-nal, pois inclui o pequeno pro-dutor no mercado e auxilia o seu sustento”. Sandra informa que a Prefeitura de Registro já comprou mais de 100 tonela-das de alimentos por meio dos agricultores familiares.

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Redeuma novacomunicação Para

um novo brasil

Gás de cozinha para merendas escolares: para o governo estadual pagar é fogo

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futebol

do presságio à realidade Elano, o moleque que virou um senhor jogador de futebol

No dia 14 de junho de 1981, assim que a esposa Maria Blu-mer trouxe à luz um moleque, o pai Geraldo Blumer excla-mou: “Pronto, nasceu o meu jogador de futebol”.

O casal de cortadores de cana de Iracemápolis, que já eram pais das meninas Erica Blumer e Ellen Mayara Blumer,

Elano Ralph Blumer namora a atriz global Nívea Stelmann. Em seu perfil no Twitter, ela deu dicas da intimidade do casal, no jogo Santos e Cerro Porteño: “Gooooool Elano” – escreveu. O filho de Nívea, Miguel, 6 anos,

já revelara o romance. Mas foi na festa de lançamento da novela “Morde e Assopra” que Nívea se derreteu: “Ele é tudo de bom, estamos muito bem”. Elano era casado com Alexandra, a primeira namorada, com quem tem duas filhas: Maria Teresa, de 4 anos e Maria Clara, de um ano.

amor novo, vida nova

Pensando no futuro, Elano diversifica os investimentos. Em Iracemápolis, por exemplo, ele é dono do pequeno mas acolhedor Elano's Hotel – um predinho de dois andares, com 13 apartamentos com ar-condicionado e jeitão de hos-pedaria de cidade pequena.

Sempre que está na cidade, a cozinha do hotel fica sob o comando da mãe, dona Maria, de 48 anos. Já o pai Geraldo, 53 anos, que convenceu o filho a apostar no negócio, prefe-re ficar na gerência.

hotel caipira

iracemápolis

Distante 170 km de São Paulo, espremida entre Limeira e Piracicaba, a principal renda do município de 19 mil ha-bitantes vem da usina de cana-de-açúcar Iracema, uma das mais modernas do Brasil. A cidade ocupa o 38° posto no Índice de Desenvolvimento Humano do Estado (IDH).

levou adiante a premonição. Não havia festa familiar – Na-tal, dia das crianças, aniversá-rio, – que o garoto batizado Ela-no não ganhasse uma bola ou uma chuteira de presente.

O pressentimento dos pais virou o sonho do filho, que passou a infância disputando peladas na rua, narrando as jogadas que fazia nos campi-nhos da Usina São João e bri-lhando na única quadra de fu-tebol de salão do bairro, onde se destacava entre os amigos. “Ele só entrava em casa para comer” – lembra a mãe.

Aos 12 anos, quando jo-gava no time júnior do Inter-nacional de Limeira, Elano percebeu que tinha de tocar a bola numa cidade maior. Mas como, se para ir e voltar ele tinha de usar oito conduções

para jogar no Guarani de Cam-pinas? Resolveu, sozinho, ir morar no alojamento do clube. Deu no que deu: de volta ao Inter, foi artilheiro da equipe de aspirantes no Paulistão.

Em 2000, ele estava no Santos, onde atuou ao lado de Diego e Robinho. Bicampeão brasileiro (2002 e 2004), jogou 209 partidas e fez 52 gols. Daí, foi para o Shakhtar Donetsk, da Ucrânia; Manchester City, da Inglaterra; e, atualmente, joga no Galatasaray, da Turquia.

Destaque na Seleção Bra-sileira, Elano vinha disputan-do uma bela Copa do Mundo este ano, na África do Sul: dava passes, fazia gols, até que foi caçado pelo jogador Tioté, da Costa do Marfim. Acabou. Sem ele, o Brasil deu adeus à Copa.

elano’s, o único hotel da cidade

a igreja da matriz de iracemápolis é de 1892

elano na seleção brasileira: o pai dele já sabia que o garoto tinha nascido pra isso

dona maria, mãe do craque

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o casal: juntíssimo

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respostas

Palavras cruzadas

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foto síntese – caverna do diabo

horizontal – 1. Relativo a panorama 2. Relativo a oráculo 3. Patente militar; Símbolo químico da prata 4. Facção criminosa do Rio de Janeiro (abrev.); Nome de ave semelhante a uma pomba pequena 5. Soube; 3,1416; Arquivo Nacional 6. Que tem dimensões avantajadas; Fundo Monetário Internacional 7. Alcoólicos Anônimos; Corpo vegetativo com células pouco diferenciadas, sem caule, raiz e folhas legítimas; A segunda vogal e a última letra do alfabeto 8. Dona da casa onde foi criado “Pelo Telefone”, samba de Donga e Mauro de Almeida; Partida 9. O mesmo que lhe; Que tem conhecimentos obtidos por leituras; Antigo Testamento 10. Adore; Bati asas 11. Mulher de idade madura cuja conduta é respeitável; Quatro, em algarismos romanos 12. Escola de Administração; Ação

vertical – 1. Chiqueiro; Sacerdote budista 2. Lavra; A virgem dos lábios de mel 3. Nariz; Estação de Tratamento de Esgotos 4. Situado no Ocidente; Símbolo do rádio 5. Rota, em espanhol; O caso de declinação que, em algumas línguas, exprime a relação de objeto indireto 6. Facção; Aumentativo de pelada 7. Indígena da Nova Zelândia; Organização dos Estados Americanos 8. Partir 9. Caminho de álamos; Magnetismo pessoal 10. Relativo à organização

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Palavras cruzadas

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