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www.bsbcapital.com.br DISTRIBUIÇÃO GRATUITA Brasília, 25 de junho a 1 de julho de 2016 - Ano VI - 265 Um clique. E pronto! BIG STAR Durante as Olimpíadas, o Exército garantirá a segurança do cavalo holandês, avaliado em R$ 60 milhões / PÁGINA 6 PELAÍ Assembleia de professores Em defesa do comércio varejista Escândalo na Associação Comercial do DF UnB invadida por fascistas Comunidade acadêmica se mobiliza contra intolerância e a favor de DIlma Quarta-feira (29),Sinpro vai à luta em defesa da educação pública CLDF instala Frente Parlamentar com apoio do Sindivarejista Conselho Superior da entidade investiga maracutaias da diretoria A presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PPS), quer que o eleitorado a identifique por ser mulher e ser jovem. Ela adota como lema de seu mandato uma lição que aprendeu com o ministro Dias Toffoli, do STF: “estamos vivendo a uberização da política”. Nesse processo, o cidadão quer o seu problema resolvido em um clique. “E ai dos políticos se não resolverem”. E revela como pretende se credenciar a ser uma das herdeiras do espólio político do ex-governador Joaquim Roriz./ Páginas 7 a 9 Página 10 Páginas 2 e 3

Jornal Brasília Capital 265

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Brasília, 25 de junho a 1 de julho de 2016 - Ano VI - 265

Um clique.E pronto!

Big Star Durante as Olimpíadas, o Exército garantirá a segurança do cavalo holandês, avaliado em R$ 60 milhões / Página 6

Pelaí

assembleia de professores

Em defesa do comércio varejista

Escândalo na associação Comercial do DF

UnB invadida por fascistasComunidade acadêmica se mobiliza contra intolerância e a favor de DIlma

Quarta-feira (29),Sinpro vai à luta em defesa da educação pública

CLDF instala Frente Parlamentar com apoio do Sindivarejista

Conselho Superior da entidade investiga maracutaias da diretoria

A presidente da Câmara Legislativa, Celina Leão (PPS), quer que o eleitorado a identifique por ser mulher e ser jovem. Ela adota como lema de seu mandato uma lição que aprendeu com o ministro Dias Toffoli, do STF: “estamos vivendo a uberização da política”. Nesse processo, o cidadão quer o seu problema resolvido em um clique. “E ai dos políticos se não resolverem”. E revela como pretende se credenciar a ser uma das herdeiras do espólio político do ex-governador Joaquim Roriz./ Páginas 7 a 9

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Páginas 2 e 3

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2 n Brasília, 25 de junho a 1 de julho de 2016 - bsbcapital.com.brPolítica

E x p E d i E n t E

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CIrCulação aos sáBados.

CART

AS

A guerra pelo espólio de RorizSerá difícil termos novamente um governador como Roriz. Alguém tão presente e compromissado com o DF. nJoão Nilo via WhatsApp.

Machado afiadoEspero que todos sejam desmascarados. A contar

pelas mentiras, só temos santos entre os poderosos dos três Poderes. nLeda Sampaio via whatsapp.

UberPor que simplesmente não cancelam todas as concessões para uma classe e deixam os motoristas sérios e

que querem trabalhar, entrarem para o Uber? Se o Governo quiser cobrar, que cobre do cartão, ora! nRicardo Ghirlanda via facebook.

Estados quitarão dívidasE de onde vai vir o dinheiro que a União arrecadaria?

nJosé Matos via facebook. UnB em ato contra fascismoProtesto bom é aquele que se faz pelado e que defeca nas coisas. Chamando todos de racistas, fascistas, estupradores e opressores. Sim, isso sim é protesto que respeita a outra parte.

nRhayner Rodrigo via

Pel

Ai

O Conselho Superior da

ACDF apura indícios de irregularidades cometidas pela diretoria. As maracutaias teriam começado há alguns anos e estariam continuando na gestão do atual presidente, Cléber Pires. Quem já teve acesso ao levantamento garante tratar-se de um escândalo. A conferir...

A linha de frente da defesa da presidente afastada - que já é minoria na comissão - se viu ainda mais acuada com a ausência de Gleisi. Em vídeo no Twitter, a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM) comentou a prisão do marido da colega. “A Justiça precisa continuar investigando. Os fatos precisam ser esclarecidos. Mas não há nada que tenha a ver com o processo que corre contra a presidente Dilma”.

Naquela mesaA reunião da comissão do impeachment na quinta-

-feira (23) foi aberta em meio à turbulência causada pela Operação Custo Brasil, um desdobramento da Lava Jato. A primeira bancada sentia falta de uma das defensoras de Dilma: a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR).

Silêncio sepulcralO clima ficou pesado durante toda a reunião da comis-

são. Porém, nem os governistas Cássio Cunha Lima (PSDB--PB) e Ronaldo Caiado (DEM-GO) citaram Gleisi, tampouco Paulo Bernardo, seu marido e ex-ministro de Dilma e Lula. Uma das três testemunhas arroladas foi dispensada e as outras duas, de defesa, não causaram alarde.

Enfraquecida

Pouco depois da veiculação da entrevista, agentes da Polícia Federal entraram em contato com a rádio para saber como a produção havia conseguido contatá-lo. A resposta foi simples: por telefone.

Entrevistado foragidoAlvo de um mandado de prisão expedido em seu nome,

Paulo Ferreira, ex-tesoureiro do PT, concedeu entrevista à Rádio Gaúcha na quinta-feira (23). Logo que a ordem de prisão foi anunciada, Ferreira, além de atender o telefone, ainda concordou em conceder entrevista à emissora. Afir-mou que estava “tranquilo” e disse achar “natural” que, em algum momento, surgisse seu nome na Operação Lava Jato.

Simples assim

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facebook.O extremismo tupiniquim ultrapassa o ridículo

“Republiqueta Nazi-Sionista do Bananil” ou vulgo “Teocracia Evanjégue”. Por cá, tem muito “cidadão” sambando na cara da democracia, em defesa de um governo

interino traidor e golpista, que atua a serviço do poder econômico e contra os direitos sociais arduamente alcançados, tendo como apoiador um parlamento criminoso e famigerado, onde sua quase totalidade é composta por bandidos, mafiosos, corruptos, corruptores, pedófilos e (*) Escritor, tradutor e ex-editor do Caderno ideias do Jornal do Brasil

Mario Pontes (*)

Orff na CinelândiaModerno compositor alemão, Carl Orff (1895-1982),

tornou-se amplamente conhecido – e admirado – não apenas pelo modo inteligente como usou vozes humanas em grandes cantatas, mas também por tê-las criado, em pelo menos dois casos exemplares, a partir de conjuntos de poemas com séculos de existência: Carmina Burana, apresentado em 1937; e Catuli Carmina, composto em 1943. Catuli reúne poemas líricos de Catulo (que viveu em Roma um século antes da era cristã), na maioria inspira-dos em sua fogosa amada Lésbia. Burana é uma compi-lação de poemas criados por autores anônimos da Idade Média européia (séculos xI, xII e xIII), uns escritos em la-tim, outros no alemão ou no francês da época.

Historicamente, os poemas de Carmina Burana (Canções de Beuern, cidade alemã onde foram desco-bertos) são mais ricos e mais significativos que os de Ca-tuli. Pois enquanto estes foram escritos por um só autor, Burana é obra coletiva; e sua criação – ocorrida ao longo de mais de uma centena de anos – testemunha uma sig-nificativa mudança que se operava na cultura européia daquele período.

Muitos leitores certamente já se depararam com a palavra Goliardo, mas é provável que nem todos saibam corretamente o que ela designa. Com esse nome eram conhecidos os religiosos que, cansados da rigidez disci-plinar e da estreiteza dogmática em que eram mantidos no interior dos conventos, desistiam dos seus votos e – quase sempre em bandos – ganhavam as estradas, a fim de conhecer o mundo, os que o habitavam, os sentimen-tos e as ideias que moviam as gentes.

Como seria de esperar, sobre a cabeça dos goliardos caíram feixes de acusações engendradas por seus ad-versários: mais do que herejes e vagabundos, seriam ladrões, degenerados sexuais e por aí afora. Na verdade eram homens que haviam se cansado não só da mono-tonia de sua existência individual, mas sobretudo da es-treiteza de horizontes da sociedade que os condiciona-va. E em geral o que eles descobriram em suas andanças não foi, no fundo das próprias almas, a tendência para a fazer mal ao próximo, mas a existência adormecida, do talento criativo, que aproveitaram para fazer arte, so-bretudo escrever poemas, nos quais celebraram a liber-dade, a beleza do mundo, as alegrias do amor, a disposi-ção de não mais permanecerem parados, de andarem sempre para a frente e não para trás.

Na semana passada, aqui no Rio, algumas dezenas de cantores líricos foram para a Cinelândia, e diante do Teatro Municipal puseram-se a cantar os versos libertá-rios de Carmina Burana, e a clamar contra as tentativas de engatar a marcha à ré na caixa de mudanças deste pedaço de mundo. Foram muito aplaudidos, e não só pe-los que entendiam de música.

nazistas, sendo que estes senhores, (representantes de seus financiadores de campanhas e de eleitores fundamentalistas medievais) estão infiltrados em todos os partidos. Por que consideram legítimas as ações de um Congresso como este?nWanúbia Limapor email

“O DF tem mais de duas mil lojas fechadas e pelo menos 1.200 salas comerciais desativadas em função de aluguéis fora da realidade, da queda nas vendas, insegurança, elevada tributação ou falta de estacionamento”, diz o presidente do Sindivarejista, Edson de Castro. (foto)”A frente debaterá os problemas que atingem o setor, buscando soluções.

A Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza atualizou o seu Guia de Fontes de 2016. O livreto traz o currículo de 57 especialistas em conservação da natureza que podem ser consultados para a produção de notícias sobre temas correlatos. Na quinta-feira (23), o engenheiro florestal André Ferreti (uma das fontes do Guia) e as jornalistas Iris Ferrarini e Luiza La Fuente visitaram a sede do Brasília Capital (foto) para divulgar o trabalho. O grupo veio a Brasília acompanhar discussões sobre o meio ambiente no Congresso Nacional. Para saber mais entre em contato via [email protected].

Rorizista de carteirinha, Maria Célia (foto), 72 anos, mãe da deputada Celina Leão (PPS), é uma atuante assessora da Federação das Indústrias do DF (Fibra), onde dá expediente todas as manhãs. À tarde, ela costuma circular pela Câmara Legislativa. E quem a conhece passa a entender de onde vem a garra da filha. Maria Célia é mesmo uma mulher de fibra.

Em defesa do Varejo

Será instalada na segunda-feira (27) pela Câmara Legislativa a Frente Parlamentar em Defesa do Comércio Varejista. O objetivo é fortalecer o setor, criar empregos e dar mais segurança às 28 mil lojas de rua e de shoppings do DF.

De aluguel a estacionamento

Guia de fontes

Mulher de fibra

GUSTAVO GOES

ZilTA mArinhO

DiVUlGAÇÃO

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AnDré BOrGES / AGênciA BrASíliA

Da calamidade à oportunidade

O governador em exercício no Rio de Janeiro, Francis-co Dornelles (DEM), decre-tou estado de calamidade

pública do estado, os outros governa-dores se mobilizaram e o governo fe-deral fechou acordo quanto às dívi-das das unidades federativas. Numa semana que começou quente, a tem-peratura aumentou ainda mais na quinta feira (23) com a Operação Cus-to Brasil, que prendeu o ex-ministro Paulo Bernardo, marido da senadora Gleise Hoffman (PT-PR) e outros en-volvidos em desvios e propinas.

Dornelles anunciou a medida ex-trema na sexta-feira (17). Servidores sem receber, hospitais sem condições de funcionamento, segurança pública sucateada e uma Olimpíada pela fren-te representam o caos na cidade mun-dialmente conhecida como maravi-lhosa. Temendo um “total colapso” em setores importantes, o governa-dor do Rio destacou no decreto que a crise impede o cumprimento de obri-gações com a Olimpíada.

Mas, na verdade, o Rio é um retrato do Brasil. Tanto que, na segunda-feira (20), todos os governadores foram re-cebidos para um almoço em Brasília por Rodrigo Rollemberg (PSB), quan-do alinhavaram uma proposta levada ao presidente interino Michel Temer. O que era um problema começou a desenhar uma solução. O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, infor-mava, no início da noite, que um acor-do fora firmado pelo qual os estados deixarão de pagar à União R$ 50 bi-lhões até 2018. Foi um alívio para os chefes de executivos estaduais.

O acordo prevê a suspensão do pagamento das parcelas mensais da dívida até o final deste ano, a ex-tensão do prazo por mais 20 anos e o alongamento por 10 anos, com 4 de carência, de cinco linhas de crédito do BNDES, com o pagamento da par-

cela completa em meados de 2018. O Distrito Federal é uma das unida-

des federativas com menor dívida (R$ 1,3 bilhão). Com o acordo, deve agora R$ 972,6 milhões. Esse desconto pode representar, por exemplo, a retoma-da de alguns projetos que estimulem a oferta de emprego. Pelo acordo, os estados foram inseridos na proposta que Temer enviou ao Congresso e que limita o aumento dos gastos públicos a partir de 2017, não podendo ultra-passar o teto fixado para as despesas. A proposta de emenda à Constituição estabelece que as despesas do gover-no não poderão crescer mais que a in-flação do ano anterior.

Calamidade pública – Segundo o Decreto nº 97.274, de 16 de dezembro de 1988, estado de calamidade pública representa “situação anormal provo-cada por fatores adversos que privem a população do atendimento de suas necessidades básicas e afetem as ativi-dades comunitárias, a preservação de vidas humanas e a segurança de bens materiais”. Por esse conceito, perce-

be-se que só o acordo do dia 20 não se-rá suficiente em muitos estados. A po-pulação não tem atendidas muitas de suas necessidades básicas como edu-cação e saúde, por exemplo. Greves e invasões de escolas e hospitais sucatea-dos Brasil afora comprovam isso.

Turbulência e Custo Brasil – A se-mana parecia seguir com tranquilida-de, mas duas operações impactaram o mundo político. A primeira, deno-minada de Turbulência, desencadea-da na terça-feira (21), prendeu pesso-as envolvidas no desvio de recursos e transações escusas. Essa operação se deu a partir de investigações relati-vas ao avião que caiu em 2014, matan-do o candidato à presidência Eduardo Campos (PSB) e seus assessores. Um dos empresários com mandado de prisão foi encontrado morto na quin-ta-feira em um motel em Olinda (PE). A outra, chamada de Custo Brasil, de-flagrada na quinta-feira (23), levou à prisão o ex-ministro Paulo Bernar-do, marido da senadora Gleisi Hoff-mann (PT-PR). Além de outros políti-

cos e empresários, também foi preso o advogado da senadora, Guilherme de Salles Gonçalves. As acusações dessa fase envolvem o pagamento de propi-na em contratos com a empresa Con-sist e são relacionados aos emprés-timos consignados de funcionários públicos e aposentados.

esperança na indústria – Ape-sar de tudo isso, a prévia da confian-ça da indústria, segundo a FGV, mos-trou nesta semana resultados que não eram vistos desde fevereiro de 2015, indicando uma alta de 3,9 pontos em relação ao mês anterior. Passou de 79,2 pontos para 83,1 pontos. No ra-dar do mundo, o Brasil vem sendo monitorado por causas diversas, que vão desde a zika e a dengue, passan-do pelas Olimpíadas, as questões po-líticas e as medidas econômicas. Mas, diante das adversidades, o País vem dando os primeiros passos para trans-formar a crise num celeiro de oportu-nidades confirmando a fama de que o brasileiro é um empreendedor nato e que não desiste nunca.

Após medida adotada pelo Rio de Janeiro, governadores pressionam e Temer adia pagamento de dívidas para 2017

rollemberg (E) e os chefes dos Executivos estaduais conseguiram reduzir r$ 50 bilhões nas dívidas com União e mais prazo para pagar

Zilta Marinho

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DiVUlGAÇÃO ccOmSEx

Brasil em campo contra

o terrorExército mobiliza tropa e

a população para garantir segurança nos Jogos do Rio

Na contagem regressiva para as Olimpíadas 2016, a partir deste sábado (25) faltam 42 dias para o início dos Jogos

do Rio de Janeiro. Mais de 11 mil atletas de 206 países estão escalados para parti-cipar da competição que começa no dia 5 de agosto e vai até o dia 21. Para garan-tir a ordem e a segurança do espetáculo, mais de 20 mil militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica já entraram em campo na Cidade Maravilhosa e nas outras cinco sedes do maior evento es-portivo do planeta.

O risco de atentados terroristas au-menta com a proximidade dos Jogos. Para deter essa ameaça, integram o Co-mando Conjunto de Prevenção e Com-bate ao Terrorismo (CCPCT), além das três Forças Armadas, o Ministério da Justiça, a Agência Brasileira de Inteli-gência (Abin), a Polícia Federal e as po-lícias civis e militares estaduais.

Mesmo com 38 mil militares empe-nhados em acompanhar de perto pos-síveis ações terroristas (20 mil apenas no Rio), o coronel Correia de Castro, res-ponsável pela comunicação nas Olimpí-adas, feita pelo Centro de Comunicação Social do Exército (CCOMSEx), ressalta que a prevenção não será feita apenas pelos órgãos competentes.

“Fizemos uma campanha educativa para informar a população sobre os ris-cos. Taxistas, gerentes de redes hotelei-ras e funcionários do Metrô foram pro-curados para apontarmos as atitudes suspeitas de um potencial terrorista. Se você acha que algo é suspeito, é porque é suspeito”, ensina.

O sobrevoo de drones em áreas de grande aglomeração de pessoas é des-tacado na peça educativa das Forças Armadas como uma situação suspeita. Pessoas que agem de forma estranha e demonstram nervosismo, que se uti-lizam de mídias sociais para divulgar mensagens de cunho violento e que es-tacionam em locais proibidos em áreas de circulação são enquadradas na cam-panha como suspeitas.

Medalhas - Para alcançar a meta esta-belecida pelo Comitê Olímpico Brasilei-ro (COB) em 2012, após as Olimpíadas de Londres, o Brasil precisa ficar entre os 10 primeiros no ranking de meda-

lhas, durante os 19 dias de competição. Estarão em disputa 306 provas (136 fe-mininas, 161 masculinas e nove mistas).

O número de modalidades aumen-tou para 42, com a inclusão do rugby e do golfe nesta edição. Apenas o fute-bol terá calendário independente. O torneio da modalidade começa em 3 de agosto, antes da abertura oficial das Olimpíadas. Além do Rio de Janeiro, ha-verá partidas em Brasília, São Paulo, Salvador, Manaus e Belo Horizonte.

A expectativa é de que as principais estrelas do mundo esportivo estejam presentes. No grupo dos atletas mais

valiosos do mundo pesquisados pela revista Forbes, seis são esperados no Brasil durante as Olimpíadas: os golfis-tas Tiger Woods (EUA) e Phil Mickelson (EUA), os jogadores de basquete LeBron James e Kevin Durant (ambos dos EUA), o tenista Roger Federer (Suíça) e o velo-cista Usain Bolt (Jamaica).Paralimpíadas - Após duas semanas das Olimpíadas, será a vez das Para-limpíadas mobilizarem os brasileiros. A competição vai de 7 a 18 de setem-bro. A meta da delegação brasileira é fi-car entre as cinco melhores no quadro de medalhas. Serão 4,3 mil atletas para

disputar 23 esportes, que têm como no-vidades o triatlo e a canoagem.

O Brasil é uma potência na compe-tição e tem tradição em diversas moda-lidades, como atletismo, bocha, esgri-ma, judô, natação e tênis de mesa. Outro atrativo são os preços mais acessíveis. Os ingressos mais baratos custam R$ 10, enquanto o das Olimpíadas saem a par-tir dos R$ 40.

Infraestrutura - As instalações olím-picas na cidade do Rio de Janeiro foram divididas em quatro regiões: Maracanã, Copacabana, Barra e Deodoro. A abertu-ra será no Maracanã, no dia 5 de agosto. O estádio tem capacidade para 78.600 lu-gares e vai receber apenas jogos de fute-bol. As chances de medalha olímpica do Brasil na modalidade são reais, tanto no feminino quanto no masculino.

O Complexo Esportivo Deodoro, na Vila Militar da capital fluminense, é o espaço que mais será ocupado durante a competição. Acontecem no local 40% das provas. No total, 11 modalidades olímpicas serão disputadas nos 10 mil hectares de terreno do complexo, que ganhou uma Arena, um Centro Olímpi-co de BMx e um Estádio Olímpico de Ca-noagem Slalom para receber os Jogos.

Além de novas instalações, o que já estava construído recebeu readequa-ções. É o caso dos centros de hóquei, ti-ro, pentatlo moderno e hipismo, que te-ve toda sua terra trocada para prevenir o risco de contaminação dos cavalos. Um prédio foi construído para que os trata-dores de cavalos fiquem a menos 500m dos animais. Afinal, existem equinos que custam cifras milionárias, como o Big Star, avaliado em R$ 60 milhões.

atletas Militares - Desde que cons-truiu o Centro de Capacitação Física do Exército na Fortaleza de São João (no Rio), em 1991, a formação de atle-tas brasileiros para competições de alto rendimento se profissionalizou. São 170 atletas do Exército recruta-dos para disputar medalhas olím-picas. Entre eles, Yane Marques, do pentatlo moderno, que ficou com o bronze nas Olimpíadas de Londres em 2012; Poliana Okimoto, de mara-tonas aquáticas; o nadador Guilher-me Guido (100m costas); e a dupla de vôlei de praia Talita (militar) e Laris-sa (civil).

Gustavo Goes

O cel. Correia de Castro mostrou a preparação do Exército para os Jogos e como estão distribuídos os 11.000 militares na operação

OLImPíaDaS 2016

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Política 7 n Brasília, 25 de junho a 1 de julho de 2016 - bsbcapital.com.br

ZilTA mArinhO

Jovem, decidida e conectada

EntREvISta / Celina Leão

A deputada Celina Leão (PPS), presidente da Câmara Legislativa, mantém uma relação “institucional, harmônica, independente” com o Governo de Brasília, “como deve ser de

fato entre os poderes”. Na terça-feira (21), em meio às manifestações de defensores do Uber e dos taxistas, ela concedeu esta entrevista exclusiva ao Brasília Capital. Não descarta concorrer ao Palácio do Buriti em 2018, embora reitere que seu projeto é ser deputada federal. Identificada com o público jovem, Celina usa as redes

sociais para apresentar seus projetos, suas ideias e pa-ra ouvir e ser ouvida. Como presidente da Casa, ela destaca que, pela primeira vez, os distritais chegam ao final do semestre com tudo votado. “Quero resolver o problema do cidadão com um clique, dar resposta à al-tura, e acho que a gente tem que conseguir imprimir esse ritmo na Casa”. Não esconde a admiração pelos senadores José Antônio Reguffe e Cristovam Buarque, e revela respeito pelo perfil executor do ex-governador Joaquim Roriz.

BC: Como tem sido sua relação com o GDF desde a sua eleição pa-ra presidente da Câmara Legisla-tiva?

Celina Leão: É uma relação ins-titucional, harmônica, independen-te, como deve ser de fato entre os poderes. Eu percebo na gestão do governador Rodrigo Rollemberg uma continuidade de um governo ao qual fiz oposição durante quatro anos. Isso foi muito perceptível nos seis primeiros meses e foi mantido, talvez pela oportunidade e conve-niência, mas eu acho que isso me deixava muito desmoralizada pe-rante aos meus eleitores, porque eu fui eleita por um voto de opinião.

BC: Como a senhora avalia sua relação com os eleitores?

Celina Leão: Eu tive voto em to-das as zonas eleitorais. O meu elei-tor é um eleitor crítico. Em todas as pesquisas que eu vejo, tive voto em todas as classes sociais Foi uma votação linear, classe ‘E’ à classe ‘A’. Isso é importante porque a pessoa precisa de um político com, quem se identifique. As pessoas precisam de um governador e de deputados com quem tenham alguma ligação, que lhes dêem atenção. O público ‘A’ quer ter um representante que seja um fiscal da lei. Ele cobra um Poder Legislativo atuante.

BC: Foi este o motivo de a se-nhora ter trocado o PDT pelo PPS?

Celina Leão: Não. Aconteceu que fui convidada para ir para o PDT pelo senador Reguffe, por quem tenho muito apreço. É um grande político e meu amigo pesso-al, assim como o senador Cristovam Buarque. Quando os dois decidiram sair do partido, a gente tinha um núcleo de independência dentro do PDT. Eu ficaria sem referencial se permanecesse no PDT. Isto foi demonstrado durante o processo de impeachment. Seria uma incoe-rência minha, que sempre fui uma oposicionista férrea ao PT. Eu não poderia ser contra o impeachment e continuar no PDT.

BC: Essa oposição férrea ao PT tem a ver com a sua histórica re-lação com o ex-governador Joa-quim Roriz?

Orlando Pontes

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Política 8 n Brasília, 25 de junho a 1 de julho de 2016 - bsbcapital.com.br

Celina Leão: Acredito que não. Acho que tem a ver com o projeto que o PT quis imprimir em Brasília. Primeiramente, se dependesse deles, não haveria nem oposição; segundo, era um projeto de corrupção, de um governo extremamente corrupto, que deixou uma herança maldita dos nos-sos recursos públicos: R$ 6 bilhões de dívidas. A gestão do PT me incomoda porque ela é realmente muito ruim.

BC: A senhora é candidata a go-vernadora em 2018?

Celina Leão: Ninguém é candida-to de si próprio. Quando as pessoas na rua me chamam de “governado-ra”, para mim é um prestígio, apesar de nunca ter dito que seria candidata a governadora. Sempre disse, e rea-firmo, que sou candidata a deputada federal. Mas, se as pessoas percebem em mim isso e se colocam o meu no-me como uma possibilidade, a gen-te pode pensar em discutir isso com muita tranquilidade. Sou muito nova, tenho um projeto claríssimo que é ser deputada federal.

BC: Como a senhora está cons-truindo essa candidatura?

Celina Leão: Com grupos políticos nos quais acredito. Tenho uma liga-ção de amizade e respeito com o PSD e com o Augusto Carvalho, que estive-ram conosco na nossa última eleição e que também estão muito descon-tentes com a forma do governo Rol-lemberg. Então, eu vejo que a cidade espera muito mais dos políticos.

BC: Esse projeto de ser deputada federal passa pela reeleição para presidente da Câmara Legislativa?

Celina Leão: Primeiramente, o processo de reeleição foi muito mal interpretado pelo GDF. Quando eu tive 16 votos, não significava que eu seria candidata ou que seria eleita presidente novamente. Significava que eu teria a possibilidade de dis-putar e concorrer à eleição. E se tem 16 deputados que gostariam de votar nesse projeto, significa, pelo menos eu tenho feito uma gestão harmônica, respeitando os deputados, respeitan-do as comissões. A avaliação externa positiva da Câmara também tem me-

lhorado muito. Eu poderia inclusive não ser candidata. O que os deputados não gostaram e o que começou a acon-tecer foi o lançamento de um nome antes da hora. A gente tem o maior res-peito pelo deputado Agaciel Maia (PR), mas é democrático também que exista a reeleição.

BC: Então faltou discutir o proje-to, interpretá-lo melhor?

Celina Leão: O projeto é bem res-tritivo. Só permite uma reeleição. E a gente já pode ser reeleita, se fosse de uma legislatura para outra. Esse ins-trumento já existe. Não estamos in-ventando nada. É um projeto dos par-lamentares que foi mal interpretado. Deveria ter sido discutido com a gente, mas eu acho que o governador vive à sombra de 2018, quando deveria viver o hoje, 2016, e ter coragem de romper com o PT. Além de ele viver à sombra de 2018, ele vive amarrado no passado e não consegue desenvolver um traba-lho que dê identidade para o governo e para a cidade; que dê à população a sensação de que tem governo. Que te-nha firmeza, postura para resolver os problemas da cidade.

BC: Se a senhora fosse escolhida pelo seu grupo para disputar o Bu-riti, qual seria sua prioridade para Brasília?

Celina Leão: A primeira coisa que precisamos compreender é que não existem tributos públicos. Os recursos públicos são impostos pagos pelo ci-dadão comum ou pelas empresas que empreendem no Distrito Federal. Nós teríamos que ter de fato um projeto de desenvolvimento para Brasília, capita-neado pelo governo, que desse visibi-lidade e possibilidade de incremento na arrecadação, e não aumento de im-postos. Aliás, esta foi uma coisa que re-chaçamos aqui no ano passado. Fomos combatidos e criticados pelo governo, que afirmava que se não aumentás-semos os impostos íamos quebrar a cidade. A gente não deixou criar mais impostos e a cidade não quebrou. Ou seja, o governo tem de ser mais criativo e eficiente. Não sei se esse governo está sendo criativo, mas ele está tendo que reajustar as contas, né?

BC: Para a senhora, a herança política do ex-governador Roriz influenciará o eleitor em 2018?

Celina Leão: Se você pegar per-centualmente, o eleitor do Roriz não vai votar especificamente na família porque tem o nome “Roriz”. Ele vai votar no candidato que ele achar que tem o perfil do Roriz, de executor, de fazer as coisas. Alguém que tem coragem de fazer as coisas. É isso que eu acho que o eleitor está procurando identificar. Ao pegar os candidatos ao governo, ele vai esco-lher aquele que tiver mais perfil de gestor. Nós tivemos dois governos de esquerda com uma gestão inefi-ciente e que ainda não conseguiram trazer a resposta que a população esperava. Então, quando se fala do espólio do Roriz, eu falo que o elei-tor do Roriz quer alguém que faça. Tanto que esse eleitor se tornou elei-tor do (José Roberto) Arruda. E eu nunca tive ligação política nenhuma com o Arruda. Ele era do grupo do

Roriz sem ser da família. Mas ele ti-nha perfil. Acho que isso vai ser de-cidido pelo próprio eleitorado, que vai fazer o julgamento de quem tem condição e perfil para isso.

BC: E quem tem? Celina Leão: Eu acredito que te-

mos muitos candidatos que se encai-xam nesse perfil. O (Rogério) Rosso, o (Alberto) Fraga, o Izalci (Lucas).

BC: A Celina (Leão)?Celina Leão: Pode ser também.

São vários candidatos que assumem esse perfil de executivo, de ser mais de fazer, de ter coragem de fazer, de tomar decisões. As pessoas querem que tenha gente com coragem de to-mar decisão. É claro que a questão ética também é muito importante.

BC: E o (José Antônio) Reguffe?Celina Leão: O Reguffe também

se encaixaria nesse perfil. Ele é um cara que cumpre o que fala. Se ele se candidatar a governador, o que es-tiver no panfleto dele você pode ter certeza que ele vai fazer. Ele sem-pre foi criticado pela classe política porque cumpriu o que prometeu. E ele não pode ser criticado pela classe política por isso. Ele tem que ser elogiado, porque é exatamente o que está no panfleto dele. Na pri-meira campanha, ele disse que ia abrir mão do 13º salário, do 14º e de outras diversas coisas. E cumpriu. Ele fez uma carreira de crescimento político, é respeitado por isso e tem que ser respeitado pela classe políti-ca também.

BC: Celina Leão é novidade po-lítica?

Celina Leão: Eu acho que sou no-vidade por dois motivos. Primeiro: eu sou uma deputada nova ainda. Estou no meu segundo mandato, ti-ve a oportunidade de ficar na oposi-ção, tive a oportunidade de mostrar minha gestão na Câmara. Isso, para mim foi muito importante. Não é apenas a Celina como oposição, mas a Celina como gestora também, que realmente faz.

BC: O que a Celina fez como presidente da Câmara?

Celina Leão: Abrimos a Defen-

EntREvISta / Celina Leão

As pessoas querem que tenha gente com coragem de tomar decisão. É claro que a questão ética também é muito importante”.

ZilTA mArinhO

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Política 9 n Brasília, 25 de junho a 1 de julho de 2016 - bsbcapital.com.br

soria Pública, criamos o projeto Câ-mara em Movimento. Estamos den-tro das cidades-satélites, instalamos três CPIs na Casa. A Câmara nunca investigou tanto, o que, aliás, é a fun-ção principal do Legislativo. Então, eu acredito que as pessoas começam a ter oportunidade de nos conhecer de outra forma, não apenas pelo la-do da Celina que faz a oposição. A Celina também faz consenso, junta os 24 deputados para fazer como nós fizemos no ano passado: Colo-camos 80% das nossas emendas na área da saúde. Eu acho que tudo is-so é importante para que as pessoas possam nos conhecer de forma mais profunda. Acho que vai contar na próxima eleição é que teremos ape-nas 45 dias, então é um tempo mui-to curto para qualquer novidade se tornar conhecida.

BC: Como a senhora quer ser identificada pelo eleitorado?

Celina Leão: Eu quero ser iden-tificada como a deputada Celina por ser mulher e ser jovem. Não quero ser conhecida como pupila de nin-guém. Acho que tenho condição intelectual para construir a minha história política, respeitando todos os grupos pelos quais passei.

BC: A senhora atua muito nas redes sociais. Tem a ver com o ob-jetivo de se identificar com o pú-blico jovem?

Celina Leão: Eu acho que a melhor forma é aproveitar as redes sociais para mostrar os nossos projetos, as nossas ideias, o nosso ponto de vista. Acredito que essa ferramenta é pode-rosa e não pode ser desprezada pelos políticos. É uma ferramenta poderosa que leva informação à pessoa em um só toque. Essa geração vai ser con-quistada quando você der a resposta. Hoje, nós estamos votando aqui um tema que mexe profundamente com essa geração que é o Uber. Então, essa geração quer saber como os políticos desta Casa vão se posicionar, porque se você não demonstrar que tem uma sensibilidade para atender essa gera-ção, você está fora da possibilidade de ser escolhido como representante de-

la. Ela vai respeitar quem a respeita. E ela quer se ver no político. E analisa: “será que esse cara ou essa mulher tem todos os requisitos importantes para mim?”. Esse jovem vem muito mais consciente, sabe o que é uma (operação) Lava Jato. E cobrará uma postura. É impressionante. Antes, os políticos só falavam, hoje eles falam , mas precisam escutar.

BC: Que ferramentas a senhora utiliza?

Celina Leão: Nós temos o Face-book, o Instagram, o Twitter. A gen-te tem que se posicionar. Quando a gente tem dúvidas, a gente pesquisa. Quando o projeto do Uber chegou aqui, a gente já fez uma pesquisa e, de lavada, a enquete foi favorável ao ser-viço. Foram 93% de 300 mil pessoas que responderam.

BC: Na sua opinião, quais são os principais entraves para o setor produtivo no DF?

Celina Leão: Há poucos dias eu estava dando uma palestra e fui con-

vidada para debater com o segundo palestrante, que foi o ministro Dias Toffoli (STF). Eu fui rebatê-lo, e foi al-go dificílimo, porque ele é hiperinteli-gente. Eu fiquei impressionada positi-vamente com a postura do ministro. Primeiro, teremos que vencer a bu-rocracia. Isto é uma realidade. Se os Estados não vencerem a burocracia, ninguém vai querer produzir. As pes-soas vão preferir investir no mercado financeiro do que na produção. E um país que não tem produção, para. O ministro falou uma coisa que me mar-cou: “nós estamos vivendo a Uberiza-ção da política”. O cidadão quer o seu problema resolvido em um clique, e ai dos políticos se não resolverem. Eu peguei isso como meta. Quero resol-ver o problema do cidadão com um clique, dar resposta à altura, e acho que a gente tem que conseguir impri-mir esse ritmo na Casa.

BC: O que a senhora destaca co-mo avanços na Casa?

Celina Leão: Para você ter no-ção, é a primeira vez que a gente chega no final do semestre com tudo votado. Já votamos os projetos dos deputados na semana retrasada. A meta é estabelecida pelo colégio de lideres. Então estamos aptos a votar o Orçamento e entrarmos no reces-so parlamentar, porque deputado não tem férias. A nossa Lei Orgânica não prevê, tanto é que a gente não recebe percentual de férias. O que entra de recesso é o processo legisla-tivo que se encerra dia 30 de junho.

BC: Qual sua avaliação sobre as obras do GDF no Sol Nascente?

Celina Leão: A gente tem ido visitar e, verdade seja dita, muitas coisas foram deixadas prontas pelo governo passado. O processo de re-gularização começou ainda no go-verno Agnelo. Foi um recurso que votamos aqui em 2011, e agora es-tamos conseguindo iniciar as etapas em Vicente Pires.

BC: Na sua opinião, a Segeth (Secretaria de Gestão do Territó-rio de Habitação) tem realizado um bom trabalho?

Celina Leão: A gente falava há

pouco sobre prioridades. Então, não podemos ter uma secretaria como a Segeth. Uma secretaria de planeja-mento que ao mesmo tempo cuida de feiras e de habitação e acaba não cuidando de nada, porque tem mil prioridades dentro dela e não conse-gue levantar um alvará, um habite--se. Qual empresário vai pagar por um terreno sem saber quando esse terreno será liberado, isso deprecia até o valor do imóvel. O governo, se tivesse agilidade para soltar esse alvará, teria um terreno mais valo-rizado. Por isso os empresários pre-ferem comprar em Goiás, em São Paulo ou em outro lugar em que ele tenha certeza de que vai conseguir produzir e vender. Então, é preciso ter uma secretaria que realmente funcione e que não tenha medo de tomar decisões políticas. Não dá pra colocar o planejamento junto com a execução, ainda mais nessa parte urbanística.

BC: Em tese, a fusão das secre-tarias seria para economizar...

Celina Leão: Quando Rollem-berg fez o primeiro corte no número de cargos, deu um efeito positivo e a gente apoiou. Quando ele fez a fu-são, praticamente pegou os mesmos valores e tudo se amontoou, mas criando um bonito discurso de que estava economizando. Mas o que adianta economizar 0,001% e não ter a política pública efetuada? É uma economia de palito. Nós temos que ter coragem de tomar medidas que muitas vezes para a população podem refletir, talvez não na econo-mia, mas sim na efetividade dessas políticas.

CB: Cristovam pode ser candi-dato a presidente em 2018?

Celina Leão: O senador tem tido um repercussão nacional enorme. Estive com ele em Vitória (ES). Fi-quei impressionada como ele tem o respeito do país. O PPS deixou a es-colha para ele. Se ele quiser sair can-didato, vai sair. E assim, toda sema-na ele está viajando. Ele talvez seja uma grande novidade num cenário com condição de unificar o Brasil.

Eu quero ser identificada como a deputada Celina por ser mulher e ser jovem. Não quero ser conhecida como pupila de ninguém”.

ZilTA mArinhO

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VErmElhO.OrG - DiVUlGAÇÃO

Educação 10 n Brasília, 25 de junho a 1 de julho de 2016 - bsbcapital.com.br

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Sinpro defende transporte escolar para a EstruturalP

rofessores e orientadores educacionais aprovaram, por unanimidade, na terça-feira (21), o calendário de mobilização proposto pela diretoria do Sinpro-DF. A agenda já começou a ser cumprida na quarta (22), com

um ato em defesa do transporte escolar na Cidade Estrutural. No mesmo dia a categoria fez uma vigília visitando gabinetes dos deputados distritais com o objetivo de sensibilizá-los a não aprovar o Projeto de Lei de autoria da deputada Sandra Faraj (SD), denominado pelos professores de PL da Mordaça, que não permite a discussão de temas político-partidários nas escolas.

O calendário aprovado prevê para quarta-feira (29) uma paralisação com ato no Ministério da Educação. O objetivo é manter a luta em defesa da educação, dos direitos da classe trabalhadora e da democracia que, segundo a categoria, vem sendo diretamente atacada com projetos de lei que visam censurar professores em sala de aula, numa referência ao projeto Escola sem Partido.

As discussões na assembleia do dia 21 também incluíram a reforma da Previdência. Segundo os professores, o MEC não tem defendido a aposentadoria especial para a categoria. Outro ponto contestado é que o Ministério não tem defendido a manutenção das receitas vinculadas à educação na proposta de reforma que está sendo estudada pelo governo Temer.

A pauta aprovada pelos professores ainda inclui temas como o plano de saúde, a questão da pecúnia de licença-prêmio, o auxílio-creche, a gratificação do ensino especial, entre outras questões consideradas relevantes pela categoria.

Fechando a agenda, no dia 5 de julho, haverá, no Sinpro-DF, um debate da Frente em Defesa da Educação, dos Direitos e da Democracia sobre financiamento da educação.

Mas nem tudo é luta. No dia 2 de julho os professores se reúnem numa festa junina.

Um grupo de trinta manifestantes invadiu, na sexta-feira (17) à noite, o Instituto de Central de Ciências (ICC), o Minhocão, da Universidade de Brasília (UnB), gritando palavras como “vai ter que estudar”, “não vai ter greve”, “maconheiros”, “cotistas golpistas não passarão” e frases de cará-ter homofóbico. A manifestação, classificada de fascista pelos alunos e professores, pegou todos de surpresa. Dois estudantes fizeram uma denúncia e os responsáveis estão sendo identificados.

Os professores da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília vão levar ao congresso do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) uma proposta de greve na UnB até que a presidente afastada Dilma Rousseff volte ao governo. O congresso ocorrerá no final de junho e a greve seria para o segundo semestre. Segundo o coordenador do DCE, os estudantes foram consultados sobre essa possibilidade de greve e a maioria se manifestou contra a proposta.

Fascistas invadem a UnB

a comunidade acadêmica se mobilizou contra os atos de intolerância e homofobia no câmpus da UnB

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Geral 11 n Brasília, 25 de junho a 1 de julho de 2016 - bsbcapital.com.br

O governador de São Paulo, Geral-do Alckmin, destacou a importância da parceria entre o Brasil e a Rússia, ao falar sobre iniciativas que têm po-tencial de aumentar os investimen-tos em infraestrutura e comércio ex-terior e recuperar a economia do país.

A declaração foi feita durante um encontro com o embaixador da Rússia, Sergey Akopov, no âmbito do evento “Conversando com quem faz a diferen-ça”, em São Paulo. O evento antece-deu a conferência internacional Wo-ca (World Company Award), realizada

As lâmpadas incandescentes dei-xarão de ser comercializadas no Bra-sil a partir de 1º de julho, conforme determina a última fase da legislação que restringe a produção, importação e comercialização desse produto. Des-de 2012, o Ministério de Minas e Energia tem re-duzido a presença des-sas lâmpadas no mer-cado, restando apenas as de até 40 watts, últi-mas ainda disponíveis no comércio e que ago-ra estão com os dias con-tados.

A regulamenta-ção consta na Porta-ria Interministerial n° 1007/2010, do MME. Para se ter uma ideia, uma lâmpada fluorescente com-pacta economiza 75% em compara-ção à incandescente de luminosidade

O Parque Municipal de Lazer de Ita-jubá, que está sendo construído atrás do Teatro Municipal Christiane Riêra, terá mais de 120 mil metros de área e será um local de recreação para a po-pulação. A terraplanagem está sen-do feita e a prefeitura está construin-do o lago, com total aproveitamento da área verde do entorno.

Em sua primeira fase, a obra inclui uma pista de Kart com 1km de com-primento , contendo oficina, boxes e salão de convivência com banheiros, além de área para eventos e shows de 5 mil m², praça da saúde com acade-mia ao ar livre, estacionamento, ciclo-via pavimentada, pista de caminha-da e banheiros, inclusive adaptados.

Também terá parquinho infantil, um centro comercial, pista de skate, parede de escalada, campo de fute-bol society, centro de convenções co-berto, banheiros e pista de arrancada.

Incentivo à parceria para vencer a crise

(*) Jornalista

Este material foi originalmente publicado pelo portal Gazeta Russa, parte do projeto RBTH, que leva notícias da Rússia para 17 línguas, em 29 países, inclusive o português brasileiro. www.gazetarussa.com.br

Pavel Ritsar (*)

em Moscou de 22 a 26 de junho. A pre-miação é outorgada a empresas e exe-cutivos que contribuem para um mun-do melhor.

“Brasil e Rússia são grandes países em termos de extensão territorial, po-pulação, federações, enfim, nós temos uma história secular de amizade, de cooperação, no Brics, e podemos fa-zer boas parcerias”, disse Alckmin.

O governador destacou a exportação de carne do Brasil e a importação de fer-tilizantes russos para agricultura como exemplos do sucesso da cooperação.

Segundo Akopov, ambos os países podem tirar proveito das relações, so-bretudo em meio à crise. “Assim co-mo o Brasil, a Rússia passa por mo-mentos não muito bons e acredito que seja um excelente momento pa-ra buscar alternativas e incentivar a cooperação bilateral”, disse duran-te a reunião.

O encontro no Palácio dos Ban-deirantes, teve também a participa-ção de 50 empresários, além dos se-cretários estaduais da Educação, José Renato Naline, e do Meio Ambiente,

Patrícia Iglecias, além do presidente do Fórum de Negócios Brasil-Rússia, Milton Luiz de Melo Santos, entre ou-tras autoridades.

Fim da era das lâmpadas incandescentes Espaço para lazer e esporte

Prevenção às drogas e ao álcool

cEmiG iTAJUBÁ BElO hOriZOnTE

equivalente. Se a opção for por uma de LED, essa economia sobe para 85%.

As lâmpadas de LED iluminam mais e consomem menos energia. Com apenas 6 a 8 watts de potência produzem a mesma luminosidade

que uma lâmpada in-candescente de 40 W, e sua vida útil é de, apro-ximadamente, 30 mil horas. Além disso, não contêm mercúrio, não emitem calor nem raios ultravioleta.

“A substituição das lâmpadas tradicionais pela iluminação LED é uma forte tendência, pois oferece vantagens

principalmente em termos de dura-bilidade e economia”, explica Leonar-do Rivetti, gerente de Eficiência Ener-gética da Cemig.

A Regional Centro-Sul de Belo Ho-rizonte promoveu, na segunda-feira (20), uma blitz de prevenção ao uso/abuso de álcool, tabaco e outras dro-gas na Avenida Augusto de Lima, no Centro. O evento foi promovido pela Gerência Regional de Assistência So-cial e quem passou pelo local recebeu material informativo.

A blitz integra a agenda de ações alusivas ao Dia Internacional de Combate às Drogas (26 de junho), realizadas durante toda a semana, coordenadas pelo Conselho Munici-pal de Política sobre Drogas de Belo Horizonte (CMPD-BH).

Encerrando as atividades na re-gião Centro-Sul, na quinta-feira ( 23), o Fórum Família-Escola Regionalizado reuniu famílias das escolas munici-pais da região para discutir diversas temas. O evento foi promovido pela Gerência Regional do Bolsa Escola.

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Geral 12 n Brasília, 25 de junho a 1 de julho de 2016 - bsbcapital.com.br

Relacionar-se com o outro está diretamente envolvido com a for-ma à qual nos relacionamos com nós mesmos. O relacionamento in-terpessoal é uma grande oportuni-dade de autoanálise. Observar como nos relacionamos significa olhar pa-ra tudo aquilo que valorizamos, pa-ra os aspectos que temos facilidades na vida e para as nossas qualidades. E também nos obriga a olhar para as nossas inseguranças, nossos medos, nossos defeitos, nossas máscaras e nossas fugas.

Quando os nossos relacionamen-tos não estão satisfatórios, de uma forma geral ou particular (em cam-po específico da vida), não adianta

buscar uma resposta ou apontar os defeitos dos outros. Colocar-se co-mo vítima, acreditar que o mundo é mau e as pessoas são ruins, só nos impede de olhar para aquilo que é fundamental mudar dentro de nós mesmos.

Por isso, relacionar-se com o ou-tro, por vezes, é tão difícil, porque funciona como um espelho. E quan-to mais íntimo é o relacionamen-to, mais efeito de espelho ele tem.

Quando temos dificuldades de es-treitar laços e ter mais intimidade com o outro, significa um medo pro-fundo em lidar com você mesmo.

É importante ser honesto com vo-cê mesmo e observar o que está por trás dos seus comportamentos quan-do se relaciona. Pergunte-se: o que vai mal nos meus relacionamentos? Eu gosto muito de agradar ao outro? Por que? Por medo de perdê-lo? É uma forma de ser aceito? Eu me mos-tro realmente como eu sou? Eu guar-do muito minhas emoções ou sou im-pulsivo? O que preciso fazer para que minha emoção esteja em harmo-nia e não me sabote? Eu cobro mui-to do outro? Isso é bom? Como lido com a minha autocobrança? Isso me ajuda ou atrapalha? Sou impacien-te com os outros? Gosto de ser assim? O que estou fazendo do meu tempo? Tenho tido tempo para mim? A for-

ma como me relaciono me traz paz e saúde interior? O que preciso para ter isso? O que fazer para adquirir um relacionamento saudável?

Quando você olhar para os seus relacionamentos e tudo caminhar bem, estará bem próximo de ficar em paz consigo mesmo. Mas cuida-do para não se enganar. As vezes jul-gamos nossos relacionamentos sau-dáveis e não percebemos que algo em nós está adoecido e tem relação com eles. Não se engane. Busque a verdade sobre a sua paz interior na sua saúde física e emocional. E isso lhe ajudará a achar o caminho para curar seus relacionamentos e desco-brir mais sobre você mesmo.

Fernanda Sampaio (*)

(**) Psicóloga, psicodramatista, terapeuta sexual, palestrante, especialista em Brainspotting e EMDr.

O que meus relacionamentos dizem de mim?

Junho, o mês do Amor!

(*) Fernando Pinto é jornalista e escritor

Exorcizando as ziquiziras políti-cas deste mês, provocadas pelo pre-sidente Michel Temer (**), ainda “interino”, embora se considere “defi-nitivo”, mesmo já tendo perdido três ministros denunciados como cor-ruptos em pouco mais de um mês, fiz questão de optar e usufruir as benes-ses de duas datas de bem-estar: 12, o Dia dos Namorados; e 22, quando o calendário me informou que, exata-mente, há 42 anos minha existência mudou do mais-ou-menos para o vi-

Fernando Pinto (*)

ver-maravilha! Deixemos de subter-fúgios e esclareçamos aos leitores destas mal traçadas linhas: trata--se do meu 42° aniversário de casa-mento com minha mulher Lêda Ma-ria, conferindo com a letra do samba imortal de Ary Barroso:

“Na Baixa do Sapateiro, eu en-contrei um dia, a morena mais frajo-la da Bahia!...”

Nesses dois eventos, cuja protago-nista, por mera coincidência, é more-na frajola e que certo dia a encontrei

também na Baixa do Sapateiro, onde se localizava o então Jornal da Bahia, ela jovem foca e eu chefinho de Re-dação, quando desfrutamos de uma inesquecível Lua de Mel naquela ma-nhã de sábado, 22 de junho de 1974: saímos correndo da igreja para fe-char a edição de nosso combativo matutino, que, à época, enfrentava o tirano Antônio Carlos Magalhães, governador “nomeado” pelo ditador--general Ernesto Geisel.

Ao contrário daquele ano, desta vez sobrou bastante tempo para co-memorarmos, condignamente, es-sas gratas lembranças que transfor-maram este friorento junho em Mês do Amor. Mas como nem tudo tem odor de pétalas de rosas, só houve dois pequenos impasses para presen-tear a minha bem-amada: a ausên-cia de grana no bolso e idem no cofre da Caixa, na qual recebo no quarto dia útil (depois do fim de mês) pouco

mais de dois salários mínimos, aliás, o que é extensivo a outros profissio-nais liberais que trabalham de fato, à exceção dos milionários deputa-dos, senadores e magistrados, que só comparecem ao Congresso e às Cor-tes três dias por semana.

Mas chega de chororô, já que es-tamos falando de amor. Até porque resolvi a contento os dois problemi-nhas: no primeiro caso, escrevendo uma crônica intitulada “Porque eu te amo!”, colocando-a numa vistosa moldura; e no segundo, com o beijo matinal de feliz aniversário!

(**) Eis aí um tipo de “vice” (inde-sejável), tramando pelas costas con-tra a presidente que o legitimou com milhões de votos, que ele jamais teria.

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13 n Brasília, 25 de junho a 1 de julho de 2016 - bsbcapital.com.brGeral

MARCELO RAMOSO REPÓRTER DO POVÃO

Programa O Povo e o Poderde segunda a sábado das 8h às 10h

Rádio Bandeirantes - AM 1.410Ligue e participe: 3351-1410 / 3351-1610

www.opovoeopoder.com.br

Com a chegada da burguesia ao poder no século 18 e a consequen-te decadência e perda de poder da Igreja Católica, os homens de co-nhecimento puderam se manifes-tar com liberdade e afastarem-se das religiões gritando seu ateísmo sem mais perigo de serem queima-dos em fogueiras patrocinadas por uma Igreja que se achava dona da

verdade. Visualizando este espaço, Allan

Kardec propôs uma doutrina que integrasse ciência, filosofia e reli-gião. Uma doutrina que tivesse co-mo base a prática da caridade e uma fé raciocinada. Nasceu assim o Espi-ritismo.

No século passado, viu-se que ha-via mais um espaço, um lugar onde

se praticasse a caridade com base no Evangelho de Jesus Cristo, e as pes-soas pudessem dialogar com espíri-tos conselheiros para ajudá-los a re-solver seus problemas.

Nasceu assim a Umbanda, signi-ficando Legião de Deus, embora em muitos Centros de Umbanda o Evan-gelho de Cristo seja ignorado, faltan-do leitura e comentários para que as pessoas possam refletir e mudar su-as vidas.

Devido à falta de oportunidades de diálogos com os espíritos nos cen-tros espíritas e à falta de estudos nos centros de umbanda é que muitos kardecistas resolveram fundar cen-tros onde se pudesse dialogar com os espíritos originários da Umban-da.

Mas a ideia era que esses centros

tivessem palestras e estudos com base no Evangelho de Cristo, em-bora ainda mantendo-se o ritual da Umbanda.

Há algum tempo pensou-se, e já está em execução, um novo tipo de Centro Espírita, unindo a Doutrina Espírita com os trabalhadores origi-nários da Umbanda, mas sem o ritu-al desta.

Ali se usa branco, mas não se can-ta pontos. As músicas são religiosas, cantadas em qualquer igreja, des-de que não estejam em desacordo com os princípios da Doutrina Espí-rita. Há oração de abertura, pales-tra com base no Evangelho de Cristo e atendimento ao público.

Este é o novo Centro Espírita. Procura-se, assim, a otimização de um Centro Espírita.

O novo centro espírita

Por que devemos beber água?

Caroline romeiro

Tenho percebido que a inges-tão de água tem se tornado pro-blema comum entre as pessoas. Existe na literatura científica al-gumas recomendações para jus-tificar a quantidade de água que deveríamos ingerir diariamente, mas uma boa recomendação para a nossa população de modo geral é a do Guia alimentar para a po-pulação brasileira, que fala em 2 litros de água por dia.

Algumas pessoas me pergun-tam se podemos trocar a água por

Nutrição

sucos de frutas, leite, chás e café. Todos são líquidos, mas nenhum deles deve substituir a água. Po-demos, além de tomar dois litros de água por dia, também ingerir

uma quantidade moderada des-ses outros líquidos.

A água é um meio nobre on-de todas as reações químicas do corpo acontecem. Quando bebe-mos pouca água, fica difícil para o corpo manter seu pH estável, a temperatura corporal, e fazer a limpeza das nossas células, espe-cialmente do fígado.

Os rins precisam que nosso corpo esteja bem hidratado para filtrar adequadamente aquilo que deve ser eliminado e o que preci-sa retornar para o sangue. Nosso corpo é uma máquina perfeita e precisa de água para funcionar bem.

Substituir água por sucos ou outros líquidos pode ser um equí-voco. Afinal, temos teor aumen-tado de outros nutrientes, e, na maioria das vezes, elevado teor de carboidratos simples. Os líquidos industrializados, tão comuns na vida moderna, além de açúcar tra-zem também aditivos químicos.

Algumas estratégias são in-teressantes para conseguir al-cançar a recomendação de água, como ter sempre em mãos uma garrafa com esse líquido, ou, para quem passa o dia no escritório, ter uma garrafa de dois litros sobre a mesa (e claro, conseguir beber es-se volume ao longo do dia).

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14 n Brasília, 25 de junho a 1 de julho de 2016 - bsbcapital.com.brLazer

CruzAdAs

ENTRETENIMENTO

rEsPostAsPiadas- neste bolso nunca entrou dinheiro

do povo! – discursa o governador no palanque.

- calça novinha, hein?! – grita o bêbado da plateia

- mamãe o Juquinha disse que ele tem um ta-ta-ta-taravô – diz o Joãozinho.

- nossa, como ele é mentiroso! – responde a mãe

- não, mãe! Ele é gago.

A senhora no consultório do gastroenterologista pede:

- Doutor, vim aqui para que o senhor

me tire os dentes.- mas minha senhora, não sou dentista,

sou gastro. E vejo que a senhora não tem nenhum dente na boca.

- é claro! Engoli todos.

A mulher, extremamente ciumenta, vai a uma cartomante:

- Tenho duas notícias ruins, minha senhora - diz a cartomante.

O seu marido tem uma amante e a senhora vai ficar viúva muito em breve!

- Então, vê aí se eu vou ser absolvida!

no bar, depois de muitas cervejas,

dois amigos se despendem:- Vou indo. Se eu chegar tarde, minha

mulher vai ficar histórica de novo.- é histérica, seu burro! – diz o outro.- não, é histórica mesmo, ela fica

lembrando todas as promessas que eu fazia quando éramos noivos.

O tijo diz para tijola:- Tem um ciumento entre nós.

O peixe diz para a peixa:- Estou apeixonado!A peixa responde:Então, peixe-me!

Na segunda-feira (20), no Hemisfério Sul, comemoramos o Solstício de Inverno – quando o Sol incide no ponto mais inclina-do da Terra, em relação ao Equador. Foi o dia mais curto e a noite mais longa do ano. Muitas mensa-gens circularam na internet por conta disto.

Da amiga passarinhei-ra Vera Lúcia, do Bordelan-do Observa, recebi a seguin-te que compartilho com os meus 17 leitores. “As árvo-res se despedem das folhas e o solo as transforma em adu-bo... Como parte da Nature-za, pra nós também é hora de limpar, transformar em adubo aquilo que já serviu mas não serve mais... abrir espaços, deixar galhos à mostra... aguardar.

Com reverência e in-tenção, abra seus armários, da cozinha, do quarto, do coração, e tire tudo que é velho. Devolva a semente para a terra. Abra espa-ços para aguardar o novo da próxima esta-ção. Renove. Recicle. Doe. Espere... Inverno é tempo de espera, de tolerância, de obser-vação, de cultuar o silêncio com sabedoria. Ouça com paciência e fale somente para aju-dar”.

É tempo de aconchego, acrescento eu.

Tancredo Maia Filho (*)

(*) Seja um observador de aves. Junte-se a nós! informações em: www.observaves.blogspot.com.br

Tempo de chocolate quente, de creme de abóbora, de fondue com os amigos. É tempo de passarinhar! É tempo de encontro!

ENCONTRO – Icterus pyrrhopterus – Vieillot, 1819

Tem o corpo longilíneo que termina numa longa cauda, dando uma silhueta ca-ractetística, com um bico ligeiramente lon-go e fino, que serve para sugar néctar das flo-res, enfiando o bico – às vezes a cabeça – na

corola das flores do ipê, por exemplo. Todo preto, tem no encontro da parte superior com a parte inferior (razão de seu nome comum) colo-ração que vai do amarelo ao castanho forte.

Vive solitário, aos pares e, eventualmente, em bandos. Nas manhãs frias, costuma pousar em galhos expostos para tomar sol nas primei-ras horas do dia, como o vi-mos na passarinhada urba-na que fizemos no domingo passado na SQS 308.

Imita o som de outras aves, e quando uma ave maior está se alimentando

de um fruto de seu interesse, imita sons de aves predadores (gaviões, por exemplo) pa-ra afugentar as concorrentes e alimentar sua prole com o fruto conquistado.

Inteligente o encontro!

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Lazer 15 n Brasília, 25 de junho a 1 de julho de 2016 - bsbcapital.com.br

Já estávamos prontos pra continuar os passeios. Ops, que passeio? Já tinham acabado todos. Eu e meu marido fomos então pedir “dicas” para o recep-cionista: “Olá, tem dicas pra nos indicar?”. O rapaz nos olhou dos pés à cabeça, avaliou até nossa vigési-ma geração passada e, em choque, confirmou a per-gunta antes de nos responder: “O que, chicas, vocês

m i c r o c o n t oPor Luís gabriel Sousa

Gostou do microconto? Então mande sua história, ela pode ser a próxima micronarrativa aqui da coluna. (facebook.com/Jornal-BrasíliaCapital, e-mail: [email protected]).

Portunhol

Procurando Dory // andrew stanton

Porta dos Fundos – contrato Vitalício // ian sbF

incompreendida // asia argento

O navio das noivas // // Jojo Moyes

FIlMeS

lITeRaTuRa

Um ano após ajudar Marlin a reencontrar seu filho Nemo, Dory precisa agora lidar com vários peixes do seu passado, entre eles alguns pelos quais ela foi apaixonada. Gênero: Animação

Aria é uma menina de nove anos que busca incessantemente o carinho e a compreensão dos pais. Entretanto, suas tentativas serão frustradas, uma vez que seus pais tem mais afinidade com as filhas geradas em outros casamentos. Gênero: drama

Em Sydney, Austrália, quatro mulheres com personalidades fortes embarcam em uma extraordinária viagem, um porta-aviões que as levará, junto de outras noivas,

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ShowsJoão Bosco, 40 anos depois em Brasília. Sexta-feira (1), às 21h30, no centro de convenções Ulysses Guimarães. ingressos: r$ 120 a r$ 150. Pontos de venda: central de ingressos no Brasília Shopping ou pelo site www.eventim.com.br. informações: (61) 98514-4914. Festa Bombocado com molejão e Art Popular. Sexta-feira (1), às 21h, no Outro calaf (Setor Bancário Sul). ingressos: r$ 15 (antecipados). Pontos de venda: sympla.com.br/festa-bombocado-pagode-anos-90-com-banda-estacao-90__72167. melanina com Karol conká e Zegon (foto). Sábado (2), às 22h, na Ascade. ingressos: r$ 40 (pré- venda). Pontos de venda: www.influenzaproducoes.com.br. informações: (61) 99668-0061.

exposiçõesBrasil, Finlândia e Portugal - Unidos pela arte. na galeria de Arte do Templo da Boa Vontade até 15/7, das 8h às 20h. Entrada franca. informações: (61) 3114-1023 / 3114-1070. mondrian e o movimento de Stijl. no ccBB até 4/7, de quarta a segunda-feira, das 9h às 21h. Entrada franca. informações: (61) 3108-7600.

TeatroAtira Sarro com Fábio lins. Dias 2 e 3/7, sábado às 20h e domingo, às 19h no Teatro Brasília Shopping. ingressos: r$ 60 (inteira). Pontos de venda: pelos sites www.casadeartistas.com.br/ingressos ou https://appticket.com.br/julho e na bilheteria do teatro. informações: (61) 2109-2122. Gaslight. nos dias 1, 2 e 3/7. Sexta-feira e sábado, às 21h, e domingo, às 20h, no Espaço cena (205 norte). ingressos: r$ 20 (meia). Pontos de venda: bilheteria. informações: (61) 3349-3973.Era uma vez?. Dias 2 e 3/7, sábado, às 20h30, e domingo, às 17h e às 20h, no Teatro Goldoni (casa d’itália, 208 Sul). ingressos: r$ 50 (inteira). Pontos de venda: bilheteria do teatro. informações: (61) 3356-0340 / 99681-3232.

querem chicas?”. A gente não sabia se ria ou se mor-ria de vergonha. Eu, casada, belíssima, recatada e do lar sendo confundida com pessoas de orgia, na co-lômbia?! O que um som de “D” por “T” não faz na vida, né?! Até te transforma em outro tipo de ser. (Baseado na leitora Juliana Basichetti – curitiba/Pr).

armas, aeronaves e mil oficiais da Marinha, até a distante Inglaterra. Ao longo da viagem de seis semanas, amizades são formadas, mistérios são revelados, destinos são selados e o “felizes para sempre” de outrora não é mais a garantia do futuro que foi planejado.

Miguel e Rodrigo são dois amigos que costumam realizar filmes juntos. Certa ocasião, um de seus filmes ganha um prêmio de festival internacional. Animados com a premiação, eles saem para comemorar. Rodrigo assina, em um guardanapo de bar, um contrato vitalí-cio que garante que ele estaria em todos os filmes de Miguel. No entanto, Miguel desapare-ce e só retorna dez anos depois; ele leva para Rodrigo, agora um ator consagrado, a propos-ta de um filme insano que pode destruir a carreira e a vida do ator. Gênero: comédia

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