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Gabriel Esteves JORNAL DA ALERJ Deputados vão a Petrópolis ver situação após as chuvas PÁGINA 11 Assuntos de repercussão na mídia são o principal foco dos discursos nos expedientes inicial e final PÁGINAS 4 e 5 Rafael Wallace Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro | Ano XI - N° 264 – Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 2013 ALERJ 9912242287/2009-DR/RJ Lei obriga coleta seletiva em prédios residenciais com mais de três andares PÁGINAS 6, 7 e 8

Jornal da Alerj 264

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Publicação quinzenal, que apresenta ao cidadão notícias referentes ao dia a dia do Parlamento, com o trabalho dos deputados e os principais eventos da Casa.

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Page 1: Jornal da Alerj 264

Gabriel Esteves

JORNAL DA ALERJ

Deputados vão a Petrópolis ver situação após as chuvasPÁGINA 11

Assuntos de repercussão na mídia são o principal

foco dos discursos nos expedientes inicial e final

PÁGINAS 4 e 5

Rafael W

allace

Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro | Ano XI - N° 264 – Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 2013

ALERJ9912242287/2009-DR/RJ

Lei obriga coleta seletiva em prédios

residenciais com mais de três andares

PÁGINAS 6, 7 e 8

Page 2: Jornal da Alerj 264

Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 20132

ExPEDiEntE

siga a @alerj no

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Ouça sonoras dos deputados

.JORNAL DA ALERJReceba o

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O JornaL Da aLErJ está disponíveltambém em áudio. Divulgue!

http://j.mp/audiojornal264 ouaponte o leitor de QR Code de seu celular

PresidentePaulo Melo

1º Vice-presidenteEdson Albertassi

2º Vice-presidenteRoberto Henriques

3º Vice-presidenteGilberto Palmares

4º Vice-presidenteRafael do Gordo

1º SecretárioWagner Montes

2º SecretárioGraça Matos

3º SecretárioGerson Bergher

4º SecretárioJosé Luiz Nanci

1o SuplenteSamuel Malafaia

2o SuplenteBebeto

3º SuplenteAlexandre Corrêa

4º SuplenteThiago Pampolha

JornaL Da aLErJPublicação quinzenal da Subdiretoria Geral de Comunicação Social da assembleia Legislativa do Estado do rio de Janeiro

Jornalista responsávelLuisi Valadão (JP-30267/RJ)

Editor-chefe: Pedro Motta Lima

Editor: Everton Silvalima

Chefe de reportagem: Fernanda Galvão

Equipe: Ana Paula Teixeira (diagramação), André Nunes, Fernanda Porto, Marcus Alencar, Raoni Alves, Symone Munay e Vanessa Schumacker

Edição de Fotografia: Rafael Wallace

Edição de arte: Mayo Ornelas

Secretária da redação: Regina Torres

Estagiários: Amanda Bastos, Bárbara Figueiredo, Bárbara Souza, Bruna Motta, Camilla Pontes, Eduardo Paulanti, Fabiane Ventura, Fábio Peixoto, Gabriel Esteves (foto), Gabriel Telles (foto), Lucas Lima, Ruano Carneiro (foto) e Thiago Manga

telefones: (21) 2588-1404 / 1383 Fax: (21) 2588-1404Rua Primeiro de Março s/nº sala 406 CEP 20010-090 – Rio de Janeiro/RJ

Email: [email protected]/alerjwww.facebook.com/assembleiarjwww.alerjnoticias.blogspot.comwww.radioalerj.posterous.com

impressão: Imprensa Oficialtiragem: 5 mil exemplares

Baixe agora o aplicativo da Alerj para smartphones:

http://j.mp/alerjapp

As secretarias de Estado de Educação e de Saúde foram autorizadas, através da Lei 6.257, de autoria do deputado xandrinho (PV) e sancionada em 1 de junho de 2012 , a criar nas escolas públicas da rede estadual de ensino do Rio um programa de prevenção às verminoses. Essa prevenção deverá ser feita através de orientações contidas em panfletos, palestras e peças teatrais, com regras básicas de cuidados de higiene domiciliar e pessoal para evitar

a contaminação.As secretarias também

ficaram autorizadas a encaminhar os alunos para que realizem exames, que serão feitos em unidades da rede pública ou em laboratórios voluntários, todos próximos da escola onde as crianças e os jovens estiverem matriculados. É importante

ressaltar que, uma vez detectada a verminose, a Secretaria de Saúde, após realizados os testes, terá que garantir o medicamento necessário para o tratamento do aluno.

VoCê Sabia

MíDiaS SoCiaiS

A Lei 6.257/12 autoriza a Secretaria de Estado de Saúde, junto à Secretaria de Educação, a criar programa de prevenção às verminoses nas escolas da rede pública

@Marauj2000MArauj2000

Dia 25/03 às 12:59

As mensagens de mídias sociais são publicadas na íntegra, sem nenhum tipo de edição.

Deputado altineu Côrtes

(Pr)

No meu condomínio efetuamos a coleta seletiva. Todo material é doado, pois ninguém compra mais nada de reciclado.

rubens Lima@rbglima

Dia 27/03 às 07:50

Bom dia. Vamos ficar de olho nos focos da dengue. Já são mais de 54 mil casos no estado. 30% a mais do que ano passado. Só depende de nós.

Sobre resultado da enquete na página 8.

gostaria de faze-lo mais preciso de informações mais detalhadas como, o que e onde separar

Deputado bebeto (PDt)

Dia 22/03 às 01:03

Ontem nosso querido AyrtonSenna completaria 53 anos!O tricampeão era um piloto q estava além do patriotismo,despertava paixão nos torcedores

Dia 25/03 às 13:11Sobre resultado da enquete na página 8.

Dia 25/03 às 12:15

Hey thamy

Deputado xandrinho (PV)

Page 3: Jornal da Alerj 264

3Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 2013

Centro de conhecimentoPESQUISA

Rua

no C

arne

iro

o presidente da Alerj, deputa-do Paulo Melo (PMDb), acompanhou, no dia 20, a

assinatura do acordo de cooperação entre o Governo do estado e a Universi-dade Columbia, de Nova Iorque, Estados Unidos. A parceria trará para o Rio um moderno centro de pesquisas, o Colum-bia Global Center Latin America, com o objetivo de desenvolver projetos de in-teresse mútuo. O acordo de cooperação envolve áreas como saúde, educação e desenvolvimento sustentável. “O Rio está se tornando um centro internacio-

nal de conhecimento, devido às nossas universidades públicas e privadas, de nível internacional. A abertura do Columbia Global Center certamente reforça a identidade do Rio de Janeiro como centro de conhecimento”, afirmou o governador Sérgio Cabral.

A universidade americana forma-lizará parcerias com as instituições de ensino superior do estado, e este será o primeiro braço da Universidade Columbia no Brasil e oitavo no mundo a realizar essa troca de experiências. “A Columbia é uma marca mundialmente conhecida, que vai atuar com universi-dades públicas e particulares em prol do crescimento, com qualidade, do Rio de Janeiro. A população vai se beneficiar desse acordo, principalmente, através da constituição de políticas realizadas

por órgãos públicos em parceria com a Universidade Columbia em diversas áreas – prioritariamente, saúde, edu-cação e segurança pública”, explicou o secretário de Estado de Ciência e Tecnologia (e deputado licenciado), Gustavo Tutuca.

O diretor do Columbia Global Center no Rio de Janeiro, Thomas J. Trebat, afirmou que a criatividade dos brasi-leiros servirá de inspiração e aprendi-zado para a universidade americana. “É uma chance para o Brasil mostrar suas ideias, talentos e energia. Por isso, é muito importante que essa troca de experiências ocorra. Não tenho dúvida que, no futuro, todos vão reconhecer a importância e poder perceber os bene-fícios desse acordo que está sendo feito hoje”, comentou Trebat.

Raoni alves

Universidade em nova iorque trará para o rio projetos de interesse mútuo

iCMS do Petróleo

Foi instalada no dia 20 na Alerj uma Comissão Especial com o objetivo de debater, junto ao Congresso Nacional, uma proposta de alteração da Constituição federal que possibilite a incidência de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre operações que destinem petróleo, inclusive lubrificantes, combustíveis líquidos e gasosos dele derivados e energia elétrica a outros estados. A comissão é presidida pelo deputado Luiz Paulo (PSDb) e tem como vice-presidente o deputado Jânio Mendes (PDt), além de roberto Henriques (PSD) como relator. Os deputados andré Ceciliano (Pt), rosenverg reis (PMDb), Geraldo Pudim (Pr) e andré Corrêa (PSD) são os demais membros.

CUrtaS

Em evento, Melo (dir.) participou de assinatura de acordo para maior execelência em desenvolvimento sustentável

Gabriel Esteves

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Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 20134

“Precisamos de uma política pública eficaz para que as cracolândias parem de se multiplicar (...) a sociedade, o Estado e as prefeituras precisam agir de forma preventiva.”

Cida Diogo (Pt) , durante expediente final, discursando sobre o fortalecimento do Sistema Único de Saúde (SUS)

FraSES

Mau

ro P

imen

tel

“temos que dar um salto de qualidade na eficiência da saúde e da previdência suplementares. Discussão que envolve o futuro dos trabalhadores privados e dos servidores públicos.”

Jânio Mendes (PDt) , durante expediente inicial, discursando sobre a venda de crack em Cabo Frio

r euniões, audiências, vota-ções – e suas discussões, apartes, “pela ordem” e “questão de ordem” –,

solenidades... O que não falta no Parla-mento, levando-se em conta a origem no verbo “parlar” (falar), são oportunidades de exercitar a retórica. Mas os espaços de maior visibilidade e, por isso mesmo, os mais disputados, são os oferecidos nos expedientes inicial e final, às terças, quartas e quintas-feiras. Os expedientes, que antecedem e sucedem a votação da Ordem do Dia, são o momento que os deputados têm para abordar os as-suntos livremente. “O Poder Legislativo não é uma fábrica de normas ou leis. Ou não só isso. Aqui é um espaço em que precisamos debater questões gerais que influenciam diretamente a vida da sociedade – e é precisamente isso que os expedientes podem proporcionar”, opina o deputado Paulo ramos (PDt), que, este ano, já discursou 22 vezes.

Ramos chega a propor o estabeleci-mento de temas específicos para cada dia de plenário: “Estaríamos abrindo espaço para um debate mais objetivo, direcionado. A população precisa conhe-cer o posicionamento de quem elegeu para representá-la em relação a todas as questões”. A Casa já teve cerca de 245 expedientes iniciais com orado-

res inscritos nesta legislatura (desde fevereiro de 2011), sendo 18 este ano. Ele começa às 14h30 e tem duração máxima de duas horas. Os interessados em discursar devem se inscrever em um livro próprio. Já o expediente final, que tem o encerramento delimitado às 18h30 e depende do fim das votações antes desse horário para acontecer, foi realizado em menor número: 190 em toda a legislatura, sendo 15 este ano. Em ambos, o tempo máximo de cada discurso é de dez minutos.

Além de estar entre os deputados que mais discursam, roberto Hen-

riques (PSD) preside boa parte das sessões, na condição de vice-presidente da Mesa Diretora. Para ele, o exercício exige o respeito às diferenças e à livre expressão. “São várias tendências po-líticas, religiosas e filosóficas; diversas formas de interpretar os assuntos em sua diversidade. Mas lido muito bem com a pluralidade, pois isso não é um problema para mim. É nossa obrigação respeitar as diferenças”, avalia.

Os expedientes inicial e final são o momento em que os deputados refor-çam suas posições políticas, cobram soluções e comentam acontecimentos.

MANDATO

FeRnanda PoRto, amanda Bastos

e BRuna motta

Sobre o quê estão falando os deputados durante os expedientes diários

Muitos parlamentares usam os vídeos feitos pela TV Alerj dos discursos durante os expedientes inicial e final em seus sites na web

O início e o fim: discussões no plenário da Casa

Rafael W

allace

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5Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 2013R

afae

l Wal

lace

“Pensei em propor uma medida impedindo a comercialização das linhas telefônicas até que as operadoras possam dar respostas às necessidades dos cidadãos.”

“É uma vergonha o que a SuperVia faz com a população que usa os trens todos os dias. Principalmente, a classe trabalhadora que vem da baixada e da zona oeste.”

FraSES

Lucinha (PSDb) , durante expediente inicial, reclamando de problema ocorrido nos trens entre São Cristóvão e a Central

nilton Salomão (Pt) , durante expediente final, discursando sobre problemas com a telefonia móvel

Notícias importantes para o estado costumam monopolizar os discursos, como foi o caso do veto à Lei dos Royalties no Congresso, no inicio deste mês. Sob risco de ter suas regras mu-dadas, a compensação foi tema de 27 discursos de 14 deputados diferentes desde a abertura do ano legislativo, no dia 5 de fevereiro.

Outro assunto que ganhou des-taque na mídia e se transformou em tema para o expediente inicial foi a internação compulsória de viciados em crack realizada pela Prefeitura do Rio. O deputado Marcos abrahão (Ptdob) usou a tribuna para discursar sobre o assunto: “Maravilha é atender a população que necessita, o trabalhador, a dona de casa, ou seja, atender toda a população. Primeiro, tem que dar saúde àqueles que realmente se preocupam com sua saúde e, em último lugar,

àqueles que não tiveram cuidado com sua saúde”.

Abrahão, assim como vários outros parlamentares, acrescenta que a cobertura da TV Alerj garante a interação com o público. “A visibilidade que a transmissão da TV Alerj permite aumenta o tom de prestação de contas de muitos discursos”, complementa. “É o nosso contato com o cidadão, o momento em que podemos mostrar o que temos feito, além de defender a solução de questões importantes”, define Jânio Mendes (PDt), que frequentemente usa a tribuna para comentar demandas da região de Cabo Frio, seu domicílio eleitoral. Janira rocha (PSol) também é adepta do uso do espaço para informar ações e denúncias recebidas. “Levo para o expediente o trabalho que desenvolvo nos setores sociais que procuro representar”, resume. Henriques: "Lido com a pluralidade"

O início e o fim: discussões no plenário da CasaUso de discursos em redes sociais amplia alcance dos temas

O boom das redes sociais, blogs e microblogs mudou a relação que os deputados têm com as sessões que acontecem no Plenário Barbosa Lima Sobrinho da Alerj, e, consequentemente, com os eleitores. Mudou também a visão dos usuários desses espaços virtuais sobre a interação com o meio político. Não raro, discussões sobre temas como eventos internacionais, educação e corrupção ganham maior (ou menor) espaço embasados por vídeos de discursos. E os deputados já estabeleceram mecanismos para aproveitar seus conteúdos. Todos os que têm sites já disponibilizam os vídeos de seus discursos na web. O site da deputada Janira Rocha tem um canal web para onde vão todos os registros de suas falas na tribuna, que também costumam ser replicadas no Facebook e divulgados no Twitter.

Os deputados Luiz Paulo (PSDB), Jânio Mendes, Paulo Ramos e Clarissa Garotinho (PR) também disponibilizam as imagens gravadas pela TV Alerj em seus sites. Outros parlamentares fazem uso do site de vídeos Youtube, como Marcelo Freixo (PSol), Comte Bittencourt (PPS) e Robson Leite (PT). “Temos um mecanismo que, imediatamente, grava, joga no Youtube e utiliza nas redes sociais”, diz Freixo.

Mau

ro Pim

entel

Page 6: Jornal da Alerj 264

Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 20136

reduzir, reutilizar e reciclar. Os três “erres” são ações de sustentabilidade que visam a estabelecer uma

relação de harmonia entre consumidor e meio ambiente. E, este mês, eles ganha-ram destaque na Alerj graças à aprovação da Lei 6.408/13, de autoria do deputado Luiz Paulo (PSDb), que obriga prédios residenciais com mais de três andares a disponibilizar recipientes para coleta seletiva de papel, plástico, metal e vidro. “Muito se fala sobre a coleta seletiva e pouco se faz. Principalmente, nos grandes edifícios. A ideia é disciplinar e incentivar esse hábito”, explica o autor da proposição. “O passo seguinte será educar a empresa de coleta para a retirada correta dos mate-riais”, complementa. A lei começa a vigorar 90 dias após a publicação, ocorrida em 12 de março. Mesmo assim, o JornaL Da aLErJ foi atrás de ações de coleta seletiva que já fazem a diferença.

Há condomínios na cidade do Rio que, mesmo antes da aprovação da norma, arregaçaram as mangas para fazer com

que os moradores se conscienti-zassem sobre a importância de separar corretamente o lixo para o descarte. O administrador do condomínio Alameda das Acácias, no Rio Comprido, zona Norte do Rio, Fábio de Jesus, comemora a obriga-toriedade da coleta seletiva. O edifício tem 196 apartamentos e já aderiu à separação de óleo vegetal para a troca por material de limpeza. Agora, está se preparando para dar início à seleção do lixo. “Já temos as lixeiras para coleta reciclável em nossa garagem, como uma ação experimental. O que precisamos é de tempo para pro-jetarmos espaços de acondicionamento e informarmos os moradores através de circulares e comunicados”, conta.

As ações por parte dos administrado-res de imóveis não são novas. Em 2012, durante encontro de síndicos realizado pela Associação Brasileira das Admi-nistradoras de Imóveis (Abadi), houve o lançamento de um Selo Verde, firmando parcerias com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) e a Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) para mobilizar a so-

symone munay e vanessa schumackeR

Prédios com mais de três

andares serão obrigados a

disponibilizar recipientes

para a coleta seletiva

CAPA

Fábio explica que o condomínio onde trabalha já faz a coleta em regime experimental: "Temos as lixeiras"

Luiz Paulo acredita que educar as empresas será o passo seguinte

Symone M

unay

Ruano C

arneiro

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7Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 2013

ciedade, especialmente os moradores dos condomínios para a coleta seletiva. “Nós, da Abadi, acreditamos que não vai ser difícil os prédios cumprirem a lei, porque isso é algo que muitos já estão fazendo. Alguns, inclusive, já ganharam o Selo Verde”, garante a presidente da Abadi, Deborah Mendonça. Segundo ela, apenas 1% do lixo domiciliar na cidade do Rio é destinado à reciclagem, o que considera pouco para uma cidade que vai sediar a Copa e as Olimpíadas.

Ao separar os resíduos domésticos, o Rio dá os primeiros passos para uma destinação adequada do lixo. São materiais que podem ser reutilizados (o segundo R) na produção de matéria-prima e/ou insumos para geração de novos produtos ou de fonte de energia. Ao abraçar esta prática, é presumível reduzir gastos e economizar (o primeiro R), além de beneficiar o desenvolvimento sustentável e, consequentemente, o desenvolvimento econômico. Presidente da Comissão de Saneamento Ambiental da Alerj, a deputada aspásia Camargo (PV) avalia como positiva essa nova proposição e defende a diminuição da quantidade de lixo recolhida nas casas de todo o País.

“Temos que trabalhar para que as companhias de limpeza urbana recolham cada vez menos lixo das ruas e casas e que, quando recolherem, saibam o que fazer com ele seletivamente, destinando-o para a reciclagem. O reaproveitamento é a forma de proteger a natureza e de

disciplinar o consumismo desenfreado, um dos grandes responsáveis pela situação em que nos encontramos, com esse excesso de sujeira, causando todos os tipos de males”, salienta a parlamentar. Para o presidente da Comissão de Defesa do Meio Ambiente da Casa, deputado Átila nunes (PSL), investir na separação do lixo e no reaproveitamento dos resíduos sólidos é fundamental para o desenvolvimento do estado. “Conscientizar a população é um passo importante, ainda mais se levarmos em conta que se trata da melhoria da qualidade de vida da população”, diz Nunes.

“A lei é um importante passo no fomento à preservação ambiental. A reciclagem contribui para a diminuição da poluição. O problema do lixo se transformou em solução energética. Vejo a transformação em energia como um grande passo para a sustentabilidade”, saúda o presidente da Comissão de Minas e Energia da Alerj, deputado ricardo abrão (PDt). De acordo com estudo realizado pela Associação Brasileira de Empresas de Limpeza e Resíduos Especiais (Abrelpe), matérias orgânicas representam o maior percentual de resíduos sólidos produzidos no País: 51,4%. Plástico, papel, metal e vidro aparecem na seguinte ordem respectiva: 13,5%, 13,1%, 2,9% e 2,4%. (colaboraram Everton Silvalima e Eduardo Paulanti)* Veja, na página 8, como separar o lixo e um mapa da coleta seletiva no País.

Para Átila, melhoria da qualidade de vida. Para Abrão, fonte de energia

Ruano C

arneiro

Rio: cidade dá passos para a coleta seletivaA Companhia Municipal de Limpeza Urbana (Comlurb) desenvolve, desde 1993, um programa de coleta seletiva na cidade do Rio. Atualmente, 44 bairros do município contam com o serviço. Segundo o assessor especial da Comlurb para Coleta Seletiva, Júlio César Chagas Santos, existe um projeto de expansão na companhia que prevê que, até o final deste ano, 116 bairros cariocas já estarão envolvidos. “A meta é que, em cada ano, haja um aumento de 5% desse tipo de ação na cidade do Rio, e que, em nove anos, 100% do município já estejam inseridos no programa”, anuncia. Ainda de acordo com Santos, também estão nos planos da empresa aumentar as quantidades de veículos adequados para a realização da coleta e de garis treinados para o serviço, assim como a construção de centrais que possam recepcionar os resíduos recicláveis. “No fim deste ano, três centrais já estarão prontas: no Centro e em Irajá e Bangu, nas zonas Norte e Oeste, respectivamente. Para o próximo ano, Campo Grande e Jacarepaguá, ambos na zona Oeste, e Penha, na zona Norte, também contarão com novas centrais”, informa. Atualmente, a Comlurb recolhe uma média de 760 toneladas por mês e a previsão é que, até o fim de 2013, o número chegue a 2.600 toneladas de lixo separado na capital.

Mau

ro Pim

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ivulgação C

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Page 8: Jornal da Alerj 264

Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 20138

A Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe) realiza pesquisas sobre o assunto. Em 2011, lançou a publicação Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil, com dados de coleta seletiva. De acordo com a Abrelpe, dos 5.565 municípios brasileiros, 3.263 têm iniciativas que seguem nessa direção.

CAPA

EnqUEtEVocê costuma separar

o lixo para a coleta seletiva?

SIM

Vote na próxima enquete, acesse: www.alerjnoticias.blogspot.com

NÃO

45%

55%

Reprodução internet

RECICLÁVELGarrafas, potes, frascos limpos de

produtos de limpeza e produtos alimentícios, cacos de qualquer um

dos ítens acima citados.

NÃO RECICLÁVELCristais, espelho, lâmpadas,

cerâmicas, porcelanas e refratários.

RECICLÁVELGarrafas, tampas, embalagens de higiene

e limpeza, garrafas PET, CD e DVD, tubos vazios de creme dental e utensílios

plásticos como canetas e escovas de dente.

NÃO RECICLÁVELFraldas descartáveis, adesivos

e embalagens com lâminas metalizadas, como bombons,

biscoitos e outros produtos alimentícios.

NÃO RECICLÁVELPapel higiênico, fotografia, papel

carbono, etiquetas adesivas, guardanapos e lenços sujos.

RECICLÁVELEnvelopes, cartões e cartolinas, cadernos, papéis de embrulho

limpos e papéis impressos em geral, como jornais e revistas.

RECICLÁVELLata e papel limpo de alumínio,

talheres de aço, embalagens. limpas de marmita de alumínio,

panelas, fios, geladeiras, pregos e parafusos.

NÃO RECICLÁVELEsponjas de aço, grampos, clipes,

latas de tinta e embalagensde aerosóis.

METAL

PAPEL

Dicas de reciclagem

PLÁSTICO

VIDROVeja, ao lado, um quadro com informações sobre os resíduos que devem ser jogados em cada uma das lixeiras e saiba o que pode e o que não pode ser reciclado. É bom ter em mente que não se deve misturar lixo orgânico, como sobras de alimentos, cascas de frutas e legumes e restos de comida, com material reciclável. Papéis, de preferência, precisam estar secos e não devem ser dobrados ou amassados. Os plásticos são a base de 90% do lixo produzido em todo o mundo. Por isso, recicle sacos de supermercados, tampinhas e brinquedos quebrados, dentre outros. Embrulhe o vidro quebrado e outros materiais cortantes em papel grosso (papelão ou jornal) ou acondicione em uma caixa para evitar acidentes. Ao contrário do que muita gente pensa, o isopor é reciclável. Quando tiver que jogar fora, coloque na lata de plásticos.

MaPa Da CoLEta SELEtiVa no braSiL

Page 9: Jornal da Alerj 264

9Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 2013

aAlerj realizou sessão em comemoração à Campa-nha da Fraternidade 2013, cujo tema é Fraternidade

e Juventude, no dia 22. O evento, que contou com a presença dos arcebispos das arquidioceses do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, e de Niterói, Dom José Francis-co, foi promovido pelo deputado robson Leite (Pt), que destacou a importância de se trazer os temas da campanha para o Parlamento. “É o terceiro ano que faço este evento, e minha intenção, com isso, é provocar ações políticas sobre os temas eleitos e ter a juventude como protagonista de políticas públicas. É tudo o que pode-mos ambicionar. Queremos uma juventude valorizada e no caminho de uma sociedade justa e fraterna”, defendeu

Realizada pela igreja no período da quaresma, com temas escolhidos anu-almente, a campanha é coordenada pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). O tema foi escolhido no ano em que o Rio de Janeiro sedia a Jornada Mun-dial da Juventude (JMJ), que acontecerá entre os dias 23 e 28 de julho e poderá reunir, segundo expectativas de D. Orani, dois milhões de pessoas, sendo 500 mil estrangeiros. “Será uma grande oportu-

nidade para discutirmos a construção de uma sociedade diferente”, destacou Leite. Segundo o diretor executivo do legado da JMJ Rio 2013, padre Manuel Manangão, a preocupação com a juventude pautará ações sociais conduzidas pela igreja já no primeiro semestre.

“Entre o final de abril e o inicio de maio, daremos inicio à rede de atendimento para jovens usuários de drogas, que é uma questão que a igreja tem como prioritá-ria”, anunciou. “Queremos enfrentar as questões sociais, identificar problemas enfrentados pelos jovens e encontrar caminhos para enfrentá-los”, resumiu D. Orani, que comentou a expectativa em torno da vinda do papa Francisco. “A vinda do pontífice na jornada é algo esperado, mas o papa Francisco, em toda a sua espontaneidade latino-americana, poderá significar aumento no número de atividades durante o evento”, analisou.

Campanha da Cnbb é homenageada em sessão solene no Parlamento

Observado por Leite, D. Orani disse que JMJ trará 2 milhões de pessoas ao Rio

FeRnanda PoRto e eduaRdo Paulanti

Rua

no C

arne

iro

Gabriel Esteves

FRATERNIDADE

transporte na jornadapreocupa comissão

A mobilidade urbana envolvendo os participantes da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) 2013 foi um dos principais temas discutidos no dia 25, durante audiência da Comissão de Turismo da Alerj (foto abaixo). Vice-presidente do colegiado, o deputado Jânio Mendes (PDt) ressaltou a importância do debate e propôs, futuramente, a marcação de uma reunião específica para tratar da questão que envolve o transporte na JMJ. Já a presidente do grupo, deputada Myrian rios (PSD), ofereceu ajuda da Casa para o que for possível.

A preocupação com o deslocamento dos jovens foi levantada pelo padre Jefferson Merighetti. “Teremos pessoas participando de pré-jornadas em diversos locais do estado. No dia 23, todos estarão se deslocando para a cidade do Rio, para os seus pontos de hospedagem”, comentou o religioso. Segundo o diretor da Rioeventos Especias (empresa ligada à Prefeitura do Rio), Leonardo Machado, o transporte será um desafio que deve ser resolvido com a organização de bolsões de deslocamento.

“A ideia é que, na chegada desses ônibus, a gente consiga mapear de onde vêm as pessoas e aonde elas vão ficar. Com isso, direcionar os veículos para um bolsão específico. Dali, sim, elas entram no transporte público da cidade e vão para seus locais de catequese, de hospedagem para o evento”, explicou.

O ano da juventude

Page 10: Jornal da Alerj 264

Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 201310

,

Presidente da Comissão de Sa-neamento Ambiental da Alerj, a deputada aspásia Camargo (PV) sugeriu, durante audiência

no dia 22, que um estudo sobre o impacto de grandes eventos realizados nas praias seja feito pelo poder público. “As praias do Rio são um patrimônio mundial. Temos o dever de monitorar a qualidade não só da água, mas das areias também. E isso tem muito a ver com a realização de shows e demais eventos na orla”, comentou a parlamentar. O lixo e a balneabilidade das praias da zona Sul do Rio foram os principais temas do encontro, realizado em comemoração ao Dia Mundial da Água.

O evento aconteceu no Auditório Senador Nelson Carneiro, no prédio ane-xo ao Palácio Tiradentes. A presidente da comissão lembrou que tramita na Casa o projeto de lei 1.987/13, de sua autoria, que trata da divulgação das informações referentes à qualidade das águas e da areia pelo Poder Executivo. “Aos poucos, as praias foram sumindo do mapa da saúde, o que é inaceitável”, declarou Aspásia.

Presente no debate, o chefe da Dire-toria Técnica e Industrial da Comlurb, José Henrique Penido, salientou que é necessário que a população se cons-cientize sobre o despejo correto do lixo.

"Temos que encontrar formas de conciliar uma maior conscientização popular com uma excelência de serviços. É o que buscamos", declarou.

Já o analista ambiental do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) Leonardo Daemon lembrou que o Inea monitora 14 praias, com 25 pontos de coleta de informações, seguindo uma legislação antiga. “A legislação que utilizamos é desatualizada. Temos que trazer novos estudos, em parceria com universidades, para renovarmos a forma de medir a balneabilidade", revelou.

Gerson Serna, representante da Se-cretaria de Estado do Ambiente, infor-mou que a enseada de Botafogo terá um

programa de despoluição lançado em breve. Segundo ele, houve um problema em uma comporta da região que atrasou o desenvolvimento desse programa. Já Alexandre Debonis, representante da Secretaria de Meio Ambiente da Cida-de do Rio (Smac), frisou que a capital é pioneira, já que foi a primeira cidade do País a ter uma pasta para tratar de ecologia. “O portal da Prefeitura do Rio já disponibiliza relatórios sobre o estado das areias das praias cariocas, o que também é pioneirismo no Brasil”, arrematou.

Também estiveram presentes no evento representantes das associações de moradores de São Conrado, Ipanema e Copacabana, entre outros.

Dia Mundial da Água é comemorado na alerj com encontro que discutiu ações de balneabilidade

thiago manga

SANEAMENTO AMBIENTAL

Gabriel E

stevesR

afael Wallace

Aspásia criticou o fato de as praias terem sumido do mapa da Saúde

CUrtaS

Mulheres premiadas

Dez mulheres receberam o Diploma Leolinda de Figueiredo Daltro, no dia 27, entregue pela presidente da Comissão de Defesa da Mulher da Alerj, deputada inês Pandeló (Pt). Foram: Adma Cassab Fabel (pedagoga), Ana Beatriz Silva (geógrafa), Claudia Cataldi (jornalista), Ciomara Maria Santos (assistente social), Delaine Martins Costa (antropóloga), Maria Cristina Rodrigues Teixeira (pedagoga), Maria da Glória Borges Amorim (pedagoga), Miriam Cristina Ribeiro Benjamim Franco Pacheco (enfermeira), Thereza Christina Naveke (advogada) e Thereza Cristina R. dos Santos (administradora).

Vai dar praia hoje?

O deputado Hélcio Ângelo (PSD) é o novo presidente da Comissão de Assuntos da Criança, do Adolescente e do Idoso, no lugar da deputada licenciada Claise Maria, atual secretária de Estado de Trabalho e Renda

Page 11: Jornal da Alerj 264

11Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 2013

Visita a Petrópolis

DEFESA CIVIL

Casas a construir

Segundo o deputado Flávio Bolsonaro (PP), há uma negociação entre a Prefeitura de Petrópolis e a iniciativa privada para a cessão de 90% de um terreno em Itaipava, distrito do município, que servirá para a construção de 1.500 casas. “A negociação existe, mas as casas só ficarão prontas daqui a um ano. Então, é preciso tomar medidas mais urgentes para realocar as famílias”, apontou. No dia 28, o presidente da Comissão de Habitação da Alerj, deputado nilton Salomão (Pt), também esteve em Petrópolis para verificar a situação dos moradores afetados pelas chuvas. O petista andou pelas ruas do município ao lado da presidente Dilma Rousseff.

a s famílias que vêm sofrendo com as consequências das chuvas no estado poderão contar com o apoio do Poder

Legislativo. “Nossa meta é verificar quais prefeituras já enviaram projetos de redução de riscos para que a prevenção possa ser bem executada, porque há verbas da Secretaria Nacional de Defesa Civil direcionadas para essas situações emergenciais, mas não há execução, pois os projetos são mal elaborados ou inexequíveis. Precisamos acabar com a falta de integração dos setores em prol do benefício à poulação de todo o estado do Rio”, avaliou o presidente da Comissão de Defesa Civil da Alerj, deputado Flávio bolsonaro (PP), durante visita a Petrópolis, Região Serrana, no dia 22.

Já o vice-presidente da comissão, deputado bernardo rossi (PMDb), comentou que se encontra em elaboração na Casa um projeto de lei que visa a estruturar os pontos de apoio às pessoas desalojadas: “Esses lugares demandam uma estrutura mínima, como água potável e gerador de energia, entre outras coisas. Então, o projeto objetiva delimitar essa estrutura para os pontos de apoio, locais definidos para o socorro e abrigo das vítimas”.

O grupo, que também contou com a presença do deputado Carlinhos Moutinho (PSDC), membro efetivo do colegiado, visitou diversos locais da cidade a fim de verificar como está sendo feito o trabalho de apoio às famílias desalojadas após as fortes chuvas ocorridas nas últimas semanas. O encontro teve início na Prefeitura de Petrópolis, onde a comissão conversou com o secretário de Governo do município, Carlos Eduardo Galvão Porto, que representou o prefeito Rubens Bomtempo.

O secretário de Assistência Social, Trabalho e Cidadania, Jorge Maia,

explicou a atual situação da cidade: “Estamos com quase 1.500 desalojados ou desabrigados atendidos em 12 abrigos”. Maia comentou que a estimativa é que cerca de 400 famílias deverão receber o Aluguel Social em Petrópolis. “A Compra Assistida também poderá ser uma solução, pois a mesma já foi implementada uma vez pelo Governo do estado, em parceria com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea)”, acrescentou. Segundo ele, o sistema de alerta funcionou conforme o planejado, evitando maiores perdas.

A comissão visitou os pontos mais críticos de Petrópolis, como as localidades de Espírito Santo, situado no bairro Parque Independência, e Quitandinha, local onde 33 pessoas morreram. No bairro Amazonas, os deputados estiveram no ponto de apoio situado na Escola Municipal Stefan Zweig.

recursos básicos“Não é momento de achar culpados.

A prefeitura age na medida do possível, mas a população ainda está muito carente de recursos básicos como colchonetes, roupas e alimentos em geral. Ao mesmo tempo, estamos em um círculo vicioso, vivenciando situações que poderiam ser evitadas”, alertou o presidente da comissão. Os deputados também conversaram com as equipes de resgate que estão realizando o trabalho de salvamento e de busca de corpos na serra.

camilla Pontes

Deputados vão a locais da cidade onde a população mais sofreu com as chuvas das últimas semanas

Bolsonaro, Moutinho e Rossi estiveram, ao lado de técnicos da prefeitura, em encostas que desabaram

Em ponto de apoio, vítimas são ouvidas

praia hoje?

Fotos:Gabriel Telles

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Rio de Janeiro, 16 a 31 de março de 201312

Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro Rua Primeiro de Março s/nº sala 406 – Rio de Janeiro/RJ – CEP-20010-090

AGORA É LEI

Gab

riel

Est

eves

a luta contra a atuação dos táxis piratas no Rio ganhou uma nova arma. Isso porque o

Parlamento fluminense aprovou a Lei 6.383/13, de autoria do deputado Dionísio Lins

(PP), que proíbe a comercialização de taxímetros e impressoras correspondentes para

pessoas físicas não credenciadas como taxistas. De acordo com o parlamentar, a medida

dará um basta nos táxis piratas em circulação no estado. Lins acredita que a situação atual seja injusta com

os profissionais regularizados, pois, hoje, a venda destes equipamentos acontece de maneira indiscriminada

e sem controle. O deputado explica que a renovação da frota de táxis, impulsionada por lei de benefício fiscal,

colocou muitos veículos sem permissão em circulação: “Agora, ninguém poderá comprar equipamento nas lojas

credenciadas sem comprovação. Assim, quem tiver adquirido táxi vendido por um permissionário não poderá

utilizar o veículo indevidamente”. Secretário Municipal de Transportes do Rio, Carlos Roberto Osório acredita que

a regulamentação auxilia na política de fiscalização da Prefeitura. “Apoiamos esta iniciativa, que vai ajudar muito

no trabalho de combate aos táxis piratas. Ganha o passageiro, o bom taxista e a cidade”, diz. Para os profissionais

que rodam pelas ruas do Rio, a nova lei vem em boa hora e impede que a concorrência pirata se torne maior. “Não

dá para aceitar qualquer um chegar e comprar um taxímetro. Isso acontece mesmo, mas as lojas precisam ser

fiscalizadas”, comemora o presidente da cooperativa Barca Taxi, Antônio Carlos Vieira (foto). A lei punirá as

lojas que descumprirem a proibição com multa de mil Ufirs, que poderá aumentar até 50 vezes em caso

de reincidência. O texto prevê ainda que, uma vez constatada a infração, o poder público poderá

notificar órgãos competentes e as concessões ou permissões também poderão

ser canceladas unilateralmente.

Raoni alves

R$

PReÇo a PagaR

Somente taxistas cadastrados estão autorizados a adquirir taxímetros no estado