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Paróquia São Vicente, de Luis Alves, celebra o centenário de fundação Diocese de Blumenau CNBB Regional Sul 4 ANO XI - nº 125 – Março de 2012 – Leia mais: www.diocesedeblumenau.org.br pág. 13 Diocese de Blumenau Jornal da Lembra-te que és pó e ao pó voltarás Gn 3,19 A beleza da Quaresma se expressa na oração, no jejum e na partilha

Jornal da Diocese de Blumenau, Março de 2012

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Jornal da Diocese de Blumenau, ano XI, Edição 125, Março de 2012

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Page 1: Jornal da Diocese de Blumenau, Março de 2012

Paróquia São Vicente, de Luis Alves, celebra o centenário de fundação

Diocese de BlumenauCNBB Regional Sul 4

ANO XI - nº 125 – Março de 2012 – Leia mais: www.diocesedeblumenau.org.br

pág. 13

Diocese de BlumenauJornal da

Lembra-te que és pó e ao pó voltarás Gn 3,19

A beleza da Quaresma se

expressa na oração, no jejum e na

partilha

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www.dioceseblumenau.org.br Março de 2012 . Jornal da Diocese de Blumenau

Opinião “O santo silêncio nos permite ouvir mais claramente a voz de Deus”

(Padre Pio)

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Neste ano dedicado à família, desejamos que a Quaresma represente um momento importante de reflexão. Afinal, Quaresma é um tempo favorável para isso, concedido pelo Senhor para renovarmos nossa caminhada de conversão e reforçarmos nossa fé.

Nesta época, a famíl ia é chamada a tomar consciência da sua missão, na Igreja e no mundo. Parte essencial e permanente da santificação da família cristã é a acolhida do apelo evangélico da conversão, dirigido a todos os cristãos, que nem sempre

permaneceram fiéis à novidade do batismo. A família também nem sempre foi coerente com a graça recebida no batismo e proclamada, novamente, no sacramento do matrimônio. Reconhecer isso faz parte da maturidade do casal, para o qual é importante parar e analisar as próprias atitudes e comportamentos em relação ao cônjuge e aos fi lhos – de egoísmo, incompreensões e falta de amor – reavaliando-os.

O arrependimento e o perdão, que têm muito a ver com a vida de todos os dias, encontram seu lugar

a reconhecer que Deus é rico em misericórdia e, efundindo seu amor, que é mais potente que o pecado, reconstrói e aperfeiçoa a aliança conjugal e a comunhão familiar.

Âmbito privilegiado para fazer essa caminhada de conversão é a oração. Convido todas as famílias, nesta Quaresma, a programarem momentos de oração dentro de casa, por meio da leitura da Bíblia e da oração do terço, contemplando, em particular, os mistérios da vida de Cristo, que nos salvou pelo seu sofrimento e morte.

Aprendamos com Ele a morrer para os nossos vícios e pecados e a ressurreição será uma realidade para todos nós.

Quaresma e família

Arti

go

O belo tempo da Quaresma Santa e bela QuaresmaNo dia 22 de fevereiro a

Igreja celebrou a Quarta-feira de Cinzas. Este novo tempo litúrgico que se abre é o foco desta edição do Jornal da Diocese. O espírito quaresmal tem a finalidade de nos levar a um encontro profundo com Jesus. Se Ele está conosco, não podemos estar tristes, po is somos p len i f i cados da sua misericórdia, paz e esperança.

A comunidade cr istã é o p r ime i ro espaço onde experimentamos o amor de Deus, enquanto fazemos memória da paixão, morte e ressurreição do Senhor. Na Diocese de Blumenau vivenciamos o Ano da Missão na Família, que podemos tomar como segundo desafi o. A s s u m i r a s i n e v i t á v e i s limitações e dores da nossa f a m í l i a . I r a o e n c o n t r o daquelas que sofrem mais. Diz-se que quando alguém sofre, olhando ao seu lado,

e n c o n t r a r á a l g u é m q u e também sofre. E assim, verá dissipar-se a própria dor. E poderá levar-lhe a experiência da luz, da ressurreição, do amor.

A C a m p a n h a d a Fratern idade nos co loca diante das lutas e conquistas d a s a ú d e p ú b l i c a . É impor tante que rezemos pelos seus responsáveis e pe los prof iss ionais da área. Nossa oração, porém, deve gerar, em nós e nos irmãos, atitudes construtivas na comunidade. Afinal, ser discípulo missionário de Jesus signifi ca sair do individualismo para colocar a nossa gota de colaboração no mar revolto da saúde comunitária.

Que nossa caminhada q u a r e s m a l , c o m s u a s propostas de conversão, ação e esperança, nos levem ao júbilo da Páscoa, a vitória definitiva sobre a dor e o pecado.

Edito

rial

Dom

Jos

é

“Convido todas as famílias, nesta Quaresma, a programarem momentos de oração dentro de casa, por meio da leitura da Bíblia e da oração do terço”

específi co na penitência cristã. Em relação aos cônjuges, escrevia Paulo VI, na encíclica sobre a Vida Humana, “se o pecado atacar vocês, não desanimem, mas recorram com humilde perseverança à misericórdia de Deus, que é doada com abundância no sacramento da penitência”.

R e c e b e r o s a c r a m e n t o da reconciliação adquire um significado particular para a vida familiar. Se por um lado no sacramento se descobre que o pecado quebrou a aliança com Deus, com o próprio cônjuge e a família, por outro o casal e os membros da família são chamados

Quaresma não é tempo de tristeza e cara feia. É ocasião para estreitar nossa amizade com Jesus e assumir seus pensamentos, sentimentos, critérios e valores. A beleza da Quaresma está em adquirirmos a liberdade interior, desvinculando-nos do mal e do pecado. Assumir nossas sombras, curar nossas feridas, l ibertar nossa alma para a prática do bem fraterno e do bem comum.

Quaresma é tempo para fazer a experiência do encantamento por Jesus, conhecê-lo, amá-lo e segui-lo. Nele vemos o rosto do Pai e encontramos o verdadeiro eu. Quem encontra Cristo tem a vida plenificada e a alegria de viver. Tem razões para sofrer e vencer, amar inclusive a quem nos rejeita. Jesus faz a vida livre, nova, bela e grande. A amizade com Jesus abre as portas para grandes possibilidades.

A beleza da Quaresma se

expressa na oração, jejum e partilha. A oração coloca em ordem nossa relação com Deus, o jejum modera nosso egoísmo e a partilha é expressão do amor fraterno. Morrer ao pecado e nascer para a vida nova é uma Páscoa cotidiana. Estamos sempre em Páscoa, em passagem do mal para o bem, da mentira para honestidade, da vingança para a misericórdia.

A Quaresma pede um jeito novo de viver e um ritmo diferente na vida cotidiana para alcançar o amor f raterno. O coração do cristianismo é o amor sem med idas , sem l im i tes , sem recompensas e interesses: amar do jeito que Jesus amou, de modo incondicional, universal, com entrega e doação. Jesus é a visibilidade do amor de Deus, protótipo do amor humano.

Dom Orlando Brandes

“A Quaresma pede um jeito novo de viver e um ritmo diferente na vida cotidiana, cujo objetivo é alcançar o amor fraterno”

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DioceseMarço de 2012. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

“Quanto mais te deixares enraizar na santa humildade, tanto mais íntima será a comunicação da tua alma com Deus”

(Padre Pio)

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ENTREVISTA

A missão da Coordenação Diocesana de PastoralO que é, como trabalha e qual a vocação deste grupo de apoio às pastorais e movimentos

Nesta entrevista com o Padre João Bandoch, vamos conhecer um pouco mais sobre a missão da Coordenação Diocesana de Pastoral, equipe respon-sável por planejar, dar o norte e prestar toda a assistência de que precisam os movimentos e pastorais da Diocese.

O que é o ministério da Coordena-ção Diocesana de Pastoral?

A Coordenação Diocesana de Pastoral é um serviço eminentemente pastoral, responsável pela animação e articulação da pastoral que, atenta à realidade e aos desafi os da evangeliza-ção, acompanha as diferentes ações e os serviços, possibilitando que a ação da Igreja responda aos apelos do povo de Deus, na Diocese, para que haja uma caminhada pastoral marcada pela unidade, em comunhão e participação.

Na prática, como se exerce essa Coordenação?

É importante ter um conhecimento geral do que existe na Diocese, quais as pastorais e movimentos, estar presen-te em diversos conselhos, a exemplo do Presbiteral, Conselho Diocesano de Pastoral, conselhos comarcais e regio-nais. Também cabe ao coordenador a condução das diversas reuniões pas-torais diocesanas. A coordenação deve estar atenta em providenciar materiais

pastorais e fazer com que as resoluções das assembleias e conselhos sejam executadas, sempre em comunhão com o bispo diocesano.

Quais suas funções e responsabi-lidades?

Nossa primeira função é planejar a Pastoral Diocesana, sob a direção do bispo, em comunhão e participação com todo o povo de Deus. Segundo,

acompanhar as diferentes ações e os diversos setores de pastoral, de modo que a pastoral responda às situações e necessidades do povo na Diocese. Terceiro, avaliar o trabalho pastoral realizado à luz do Plano de Pastoral e da programação feita pelos setores, nos diversos níveis. Além dessas três funções básicas, o Secretariado Dio-cesano deve ser canal para levar ao conhecimento do bispo os problemas

Ministério credencia faculdade catarinense

A Faculdade Católica de Santa Catarina (Facasc), criada pelo episcopado em julho de 2009 para dar caráter civil ao curso de Teologia do ITESC, foi credenciada pelo Ministério da Educação no final do ano e teve seu curso de bacharelado em Teologia autorizado em janeiro deste ano.

A Facasc foi criada sobre as bases históricas e pedagógicas do Instituto Teológico de Santa Catarina, que neste ano celebra o 40º aniversário. Todo o patrimônio do ITESC foi repassado à Faculdade, que também será mantida pela Fundação Dom Jaime de Barros Câmara, admin is t rada pe lo episcopado catarinense. O Instituto continuará existindo como entidade jurídica civil e eclesiástica, com o fim de conceder aos estudantes seminar istas o bacharelado eclesiástico em Teologia, de acordo com o convênio assinado com o Centro de Estudos Superiores dos Jesuítas, de Belo Horizonte.

Grade

A graduação em Teologia da Facasc tem duração de quatro anos e sua matriz curricular segue os parâmetros do curso livre de Teologia praticado pelo ITESC desde 1973. Nestes 40 anos, o Instituto foi ganhando visibilidade regional e nacional com seus professores, ex-alunos e a revista quadrimestral “Encontros Teológicos”. Até o fi nal de 2011, cerca de 1.200 alunos haviam se matriculado na Teologia do ITESC, que investiu na qualifi cação do corpo docente.

e as aspirações dos agentes de pastoral, além de possuir uma in-formação completa sobre todas as atividades pastorais programadas na Diocese e manter-se em contato permanente com todos os agentes de pastoral, com os quais deve rea-lizar seu trabalho.

Como é a rotina de trabalho?O Coordenador Diocesano de

Pastoral deve estar presente em todas as pastorais e movimentos da Diocese, participar das reuniões, conselhos e assembleias e estar à disposição dos líderes para elaborar e fornecer os materiais necessários.

Quem são seus membros?A Coordenação Diocesana é for-

mada pelo coordenador, secretário, o bispo e equipe do Secretariado.

Quem escolhe o Coordenador Diocesano de Pastoral?

Na Diocese de Blumenau, a es-colha cabe ao bispo diocesano. Já foram coordenadores diocesanos de pastoral, nestes 11 anos da Dio-cese, os padres Idonizete Krieger, Pedro Rodrigues de Bastos e João Bandoch.

Vai haver troca de coordena-ção neste início de ano?

Apenas a troca de função, com o Padre Anderson Ferrari assumindo o ministério de coordenador e o Pa-dre João Bandoch, atual Coordena-dor, passando a fazer parte da coor-denação. Isso porque é necessário renovar e também pelo fato de que o atual coordenador está no ministé-rio há sete anos.

Padre João Bandoch (foto) transmite o ministério da Coordenação Diocesana de Pastoral para o Padre Anderson Ferrari

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“É loucura fixar o olhar no que rapidamente passa”(Padre Pio)

4 www.dioceseblumenau.org.br Março de 2012. Jornal da Diocese de Blumenau

São José, padroeiro da IgrejaSANTO DO MÊS

O dia 19 de março é ded icado a S ã o J o s é , casto esposo da Virgem Ma-ria. O missal romano evi-dencia as pro-fundas raízes bíblicas dessa celebração, lembrando que José é o último patriarca que re-cebeu as comunicações do Senhor, através da humilde via dos sonhos.

O esposo de Maria evoca o antigo José, obediente à vontade de Deus, compassivo com os irmãos e pro-vidente diante da sua necessidade. O evangelista Mateus atribui-lhe os qualifi cativos de justo e fi el, reservado para poucas personagens bíblicas.

Como pai adotivo de Jesus, José liga-O, como rei messiânico, à des-cendência de Davi. Como chefe da Sagrada Família, ele a guia na fuga e

no retorno para o Egito, refazen-do o caminho do Êxodo.

A figura de José quase de-saparece nos primórdios do cristianismo, justamente para

que se firme melhor a origem divina de Jesus. Mas na Idade Média, São Bernardo, Santo Alberto e Santo To-más de Aquino lhe dedicam tratados cheios de devoção e entusiasmo, desde então, seu culto cresceu conti-nuamente.

O Papa Pio IX declarou-o padro-eiro da Igreja. Leão XIII propunha-o como o defensor dos lares cristãos. Em nossos tempos, foi proposto como modelo dos operários e, fi nalmente, o Papa João XXIII inseriu seu nome ofi -cialmente no Cânon Romano, isto é, na Oração Eucarística.

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CURTADIA MUNDIAL DO ENFERMO

Em comemoração a Nossa Senhora de Lourdes e ao Dia Mundial do Doente, o bispo Dom José celebrou, no dia 10 de fevereiro, a Missa dos Enfermos, no Hospital Santa Isabel. A celebração reuniu fi éis, religiosos e pacientes internados na casa de saúde, para celebrar o mistério da salvação, que se destina aos doentes e sofredores. A celebração ressaltou, de forma especial, a Campanha da Fraternidade deste ano, que trata da saúde pública.

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GRATIDÃO

Page 5: Jornal da Diocese de Blumenau, Março de 2012

Catequese “A firmeza de todo o edifício depende da fundação e do teto”

(Padre Pio)

5Março de 2012. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

ENSINAMENTO

A nova coordenadora diocesana de catequese, Irmã Carmelita Tenfen, dedi-cou o mês de fevereiro ao estudo e pla-nejamento dos rumos da catequese, es-pecialmente para o ano que se inicia. A linha de missão evangelizadora, revela, será a família, lugar onde a catequese começa. “Os pais são os primeiros cate-quistas, os introdutores de seus fi lhos na fé cristã”.

Para ela é de suma importância contar com a presença e a colabora-ção dos pais no processo formativo da fé de seus filhos e com o testemunho familiar na vida cotidiana. “Os pais cate-quizam, através da participação na vida da comunidade, indo à missa, falando de Deus, acompanhando os filhos e interessando-se pela catequese, conver-sando com os catequistas e participando das reuniões e formações, rezando com os fi lhos e para eles”.

A preparação da catequese em 2012Formação terá como linha evangelizadora a família, na qual se deve iniciar a doutrina cristã

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CURTASFORMAÇÃO

Confira o calendário de formação para as coordenações comarcais e paroquiais de cate-quese na Diocese de Blumenau. Os encontros terão a assessoria da Irmã Carmelita Tenfen e ocorrem sempre das 14 às 17 horas.

Dia 3 de março: Comarca de Navegantes (Paróquia Nossa Senhora dos Navegantes)

Dia 10 de março: Comarca de Gaspar (Paróquia São Pedro Apóstolo)

Dia 17 de março: Comarca Blumenau Sul (Salão da Catequese da Catedral)

Dia 24 de março: Comarca Blumenau Norte (Paróquia São Francisco)

Dia 31 de março: Comarca de Timbó (Pa-róquia Santa Terezinha)

A renovação da IgrejaA catequese no Brasil passa

por uma renovação, assim como outros setores da Igreja. Irmã Carmelita ressalta que, de acordo com o Documento de Aparecida, todas as pastorais estão convoca-das a esta renovação, evoluindo de uma pastoral de conservação para uma pastoral evangelizadora.

“A catequese, como elemento essencial da Igreja, precisa avan-çar. Não podemos pensar mais uma catequese de aquisição de conhecimentos, ou preparação

para um sacramento. A proposta é ver a catequese como processo de formação cristã integral, que atinge a pessoa inteira e que seja permanente”, afi rma.

Somos convocados a ver a catequese não como uma ação individual e isolada, mas profun-damente eclesial, tendo como mis-são conduzir os catequizandos à experiência de Jesus Cristo, sen-do orientados pela Palavra como base e fundamento desse itinerá-rio.

Preparação

A Irmã Carmelita ressalta que, desde 1º de fevereiro, tem ocupado o departa-mento de catequese na Cúria Diocesana e se encontrado com a antecessora, Irmã Anna Gonçalves, para se inteirar dos pro-jetos catequéticos. “Sou grata a ela, que me acolheu e, com carinho e amabilida-de, fez o repasse de todos os assuntos”.

A nova cooordenadora tem participa-do das reuniões no Regional e no grupo de Catequese Ampliada da Diocese, para conhecer as pessoas e obter as orienta-ções necessárias ao andamento da mis-são. “À Irmã Anna, minha gratidão pela abertura e o testemunho de uma verda-deira discípula missionária, por sua dedi-cação, zelo, amor e empenho eficaz na missão catequética”.

Catequistas

Aos catequistas que se preparam para começar mais um ano de evangeli-zação das crianças e adolescentes, Irmã Carmelita lembra que, para ser um bom catequista é importante sentir-se chama-do por Jesus Cristo e para a missão de catequizar. Que seja comprometido com o Reino de Deus e dê testemunho de um verdadeiro discípulo missionário. “Confor-me o Diretório Geral para a Catequese (n. 238), o catequista deve procurar de-senvolver as diversas dimensões do ser, saber e saber fazer em comunidade”.

AnchietaA CNBB está incentivando o

processo para canonização do Pa-dre José de Anchieta, o Apóstolo do Brasil, por sua dedicação à ca-tequese, especialmente dos índios, nos tempos do Descobrimento. A iniciativa, segundo a Irmã Carmeli-ta, é de grande valia para a Igreja, em especial para a catequese, pois Anchieta foi um exímio catequista e missionário, veio ao Brasil para evangelizar e fez esse trabalho no contato direto com as pessoas, indo ao encontro daqueles que não conheciam a Deus.

Hoje, o desafio é ir ao encon-

tro dos que, por algum motivo se afastaram da comunidade eclesial. “Sabemos que as atividades pas-torais de Anchieta foram intensas. Também não lhe faltaram sofrimen-tos e provações. Mas sua fé, seu ser orante e espírito missionário o levaram a superar as contrarieda-des. Penso que a iniciativa será um incentivo para os nossos ca-tequistas, que dedicam seu tempo para visitar famílias e seguir a mis-são de conduzir os catequizandos a um processo formativo da fé e envolvimento com a Igreja, através de uma catequese mais orante e celebrativa”.

A Catequese se prepara para o ano de 2012, que terá como foco, a evangelização através das famílias

Page 6: Jornal da Diocese de Blumenau, Março de 2012

6 www.dioceseblumenau.org.br Março de 2012. Jornal da Diocese de Blumenau

Ecumenismo “O mais belo credo é o que se pronuncia no escuro, no sacrifício, com esforço”

(Padre Pio)

SIMPÓSIO

Ecumenismo e diálogo inter-religioso em pauta

Em fevereiro, a Comissão Epis-copal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso da CNBB realizou, no Rio de Janeiro, o 3º Sim-pósio sobre Ecumenismo e o 15º En-contro de Professores de Ecumenis-mo e Ensino Religioso.

Os eventos reuniram mais de 60 participantes de todo o Brasil, incluin-do professores, bispos referenciais e assessores para o ecumenismo e o diálogo inter-religioso nos regionais da CNBB e dioceses, agentes de di-versas áreas de pastoral (diáconos, padres, religiosos, leigos) e represen-tantes da Igreja Presbiteriana Unida e da Igreja Episcopal Anglicana do Brasil.

O simpósio foi precedido pela reu-nião do Grupo de Reflexão sobre o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religio-so (GREDIRE), que ajuda a Comis-são Episcopal para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso na reflexão sobre os desafi os e as possibilidades para o diálogo no Brasil.

Por Santa Catarina, esteve pre-sente o Padre Raul Kestring, co-ordenador estadual da Comissão Regional de Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso e coordenador do Mo-vimento Ecumênico na Diocese de Blumenau.

Na celebração de abertura, Dom Francisco Biasin, presidente da Co-

Mais de 60 educadores e lideranças religiosas estiveram reunidos no Rio de Janeiro no mês passado

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A diversidade como conteúdo do Simpósio

Os participantes refletiram sobre a diversidade religiosa no Brasil. Com assessoria do professor Emerson Sena da Silveira, da Universidade Federal de Juiz de Fora, analisaram os últimos da-dos do IBGE sobre o universo religioso brasileiro, sob a perspectiva sociológi-ca. Constatou-se que o Brasil é religio-so, mesmo se tem havido crescimento no número dos que dizem não terem religião. O universo religioso é plural, mas há quem se pergunte que valor tem a diversidade religiosa no Brasil, se a maioria é cristã.

O Padre Marcial Maçaneiro apre-sentou uma leitura teológico-pastoral

do pentecostalismo e seu pluralismo que não possibilita consensos. Foram analisadas características das comu-nidades pentecostais, que ajudam a compreendê-las em sua auto-consciên-cia teológica. E também, elementos em relação com a doutrina católica, sobre-tudo o batismo e a eucaristia.

Os participantes refl etiram sobre o modo como a Igreja orienta o diálogo ecumênico e inter-religioso. Reuni-dos por regiões, buscaram identifi car dificuldades e aspectos positivos e dar sugestões para o crescimento do diálogo ecumênico e inter-religioso. Confi ra:

missão Episcopal Pastoral para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-religioso, enfatizou que o ecume-nismo deve ser uma opção de cada fiel, porque é uma opção do próprio Cristo, do seu Evangelho e da Igre-ja. “Isso exige abertura para o outro, o diferente. É próprio da cultura do povo acolher o diferente, dialogar, conviver. Não é com ataque e defesa aos membros de outras igrejas e reli-giões que aprendemos a ser cristãos, mas com simpatia e acolhimento”, disse.

Visitas ilustres

O presidente do Conselho Pontifício para a Promoção da Unidade dos Cris-tãos, cardeal Kurt Koch, manifestou sua alegria em

saber que havia esse evento sobre ecumenismo no Brasil. Falou sobre o diálogo que a Igreja Católica realiza com as confi ssões Ortodoxas e Evan-gélicas em todo o mundo, de seus de-safi os e frutos. Incentivou a todos para fortalecerem a convicção ecumênica, afi rmando a centralidade da oração e a importância da formação para que o diálogo dê bons frutos.

O arcebispo do Rio de Janeiro, Dom Orani Tempesta, também visi-

tou o Simpósio e expres-sou seu desejo de que o ecumenismo e o diálogo inter-religioso se afi rmem como convicção de todos

e da Igreja. Falou, ainda, da prepara-ção da Jornada Mundial da Juven-tude que acon-tecerá no Brasil

em 2013.

A diversidade religiosa no Brasil foi um dos temas em discussão no evento nacional

[+] Notícia

DIFICULDADES✗ A pouca organização da ação para o diálogo

ecumênico e inter-religioso nas dioceses e regionais

✗ Algumas pessoas apresentam-se como referenciais para incentivar o ecumenismo nas dioceses e regionais, mas não se percebe uma atuação convicta, capaz de dinamizar a Igreja local para essa causa

✗ O pouco investimento na formação ecumênica e inter-religiosa dos agentes de pastoral

✗ A pouca informação nas dioceses sobre os projetos ecumênicos do CONIC

✗ A dificuldade para ter o apoio do clero para as iniciativas ecumênicas, como a Semana de Oração pela Unidade dos Cristãos

✗ A falta de recursos para a participação em eventos ecumênicos

ASPECTOS POSITIVOS✗ Há pessoas convictas sobre

o valor do ecumenismo e o diálogo inter-religioso nas dioceses e regionais, precisam ser fortalecidas e encontrar mais espaço para atuarem

✗ É louvável o empenho da CNBB para o ecumenismo e o diálogo inter-religioso, explicitado nos projetos da Comissão específica

✗ A abertura para o diálogo inter-religioso, sobretudo com as tradições religiosas afro

✗ A abertura para o diálogo com os pentecostais

SUGESTÕES✗ Fazer simpósios de formação nos regionais da CNBB para favorecer mais a participação

das lideranças da região✗ Buscar recursos para favorecer a participação dos militantes com dificuldades

econômicas✗ Garantir sempre a presença de representantes de outras Igrejas✗ Tornar mais conhecidos os projetos ecumênicos da Comissão Nacional nas dioceses e

regionais✗ Abordar temas como o diálogo inter-religioso, pentecostalismo e ensino religioso

(Texto em parceria com o site da CNBB)

Page 7: Jornal da Diocese de Blumenau, Março de 2012

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Juventude7Março de 2012. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

“O amor é a rainha das virtudes. Como as pérolas se ligam por um fio, assim as virtudes, pelo amor”

(Padre Pio)

PROGRAMAÇÃO

Música, dança e refl exão envolvem as atividades do Setor Juventude da Diocese ao longo de 2012. A Jornada Diocesana da Juventude (JDJ) abrirá a agenda, no dia 1º de abril, num encon-tro com Dom José (15 horas, na Cate-dral). Em 2011 houve a participação de 550 jovens neste evento.

Em 2012 será apresentada ofi-cialmente a camiseta do “Bote Fé”, evento que acontecerá em janeiro de 2013, provavelmente em Florianópo-lis. Além disso haverá Festa Junina (dia 16 de junho, às 17 horas, na Ca-tedral). A ideia surgiu no encontro de planejamento das atividades. “Vimos a necessidade de valorizar momentos nos quais os jovens da Igreja possam expressar seu jeito de ser e agir”, afi r-ma o coordenador do Setor Juventude, Padre Roberto Carlos Cattoni.

Ele diz que o movimento tem bus-cado a unidade entre os grupos, res-peitando sua caminhada e expressão. “Acredito que os jovens estão respon-dendo bem ao setor. A unidade na di-versidade faz crescer”. Cattoni afirma que quando as ações são pensadas, planejadas e executadas em conjunto, com a participação dos próprios jovens, sente-se que uma grande luz vem sur-gindo, alcançando mais jovens e resul-tando na formação de novos grupos e maior participação nas missas.

“A Igreja está oportunizando aos jovens um espaço que não existia. Se falamos que o jovem é o futuro da Igre-ja e não lhe damos espaço, corremos o risco de envelhecermos numa igreja

Eventos e ações diferenciadas ao longo do ano valorizam a atuação da juventude na Diocese de Blumenau

Caminhada e expressão jovem em unidade

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Com inspiração no trecho do Evange-lho de São

Mateus que relata o encontro de Jesus com seus discípulos em uma monta-nha, após a ressurreição, foi lançada a logomarca oficial da Jornada Mundial da Juventude, a JMJ Rio 2013. A marca traz como símbolos, os principais car-tões postais do Rio de Janeiro: o Cris-to Redentor e o Pão de Açucar, que se integram a uma cruz. Os elementos for-mam a imagem de um coração e reme-tem ao abraço acolhedor dos brasileiros a todos os jovens que estarão no País para este encontro, que terá a presença do papa Bento XVI.

A juventude diocesana foi repre-sentada por três de seus membros no 10º Encontro Nacional da Pastoral da Juventude, que ocorreu em janeiro, na Arquidiocese de Maringá (PR). Mais de 600 jovens se reuniram para refl etir, partilhar e celebrar a vida e a caminha-da dos grupos.

Eles participaram de celebrações, palestras, plenárias, festas e de uma marcha contra a violência e o extermí-nio de jovens. Também tiveram a opor-tunidade de conhecer os projetos da Pastoral da Juventude e sua história, com um material de estudo lançado no encontro.

A líder Kátia Regina Costa, que par-ticipou do ENPJ junto com Jaime Ta-vares e Elizabeth da Costa Joventino, destacou a experiência de participar do evento, onde diferentes culturas e opi-niões se unem por um ideal comum: seguir Jesus. “Ver o protagonismo jo-vem e suas forças reunidas em oração, celebração, missão e ação nos emo-ciona e encanta”.

Jornada Mundial já tem uma marca

Jovens da Diocese participam de encontro nacional

[+] Agenda 2012✗ Jornada Diocesana da Juventude

(JDJ): dia 1º de abril, às 15 horas, na Catedral São Paulo Apóstolo. Encontro dos jovens com Dom José, encerrando às 19h30 com missa.

✗ Festa Junina do Setor Juventude: dia 16 de junho, 17 horas, na Catedral, com missa e encerramento por voltas das 23 horas. Cada comarca será responsável por algum momento da festa, desde a decoração, lanches, músicas, bebidas, danças.

✗ Festival da Canção (Fecan): dia 21 de julho, às 17 horas, na Comarca Blumenau Sul. Os jovens poderão expressar seus

talentos através das músicas, letras escritas, duplas, além de se divertirem muito.

✗ Planejamento para 2013: no dia 30 de setembro, com horário e local a definir.

✗ Dia Nacional da Juventude (DNJ): encontro comarcal, no dia 28 de outubro. Será celebrado em cada uma das cinco comarcas, dentro do tema proposto pela CNBB, Setor Juventude do Brasil.

Fique antenado✗ O novo e-mail do Setor Juventude

da Diocese de Blumenau é [email protected]

Jovens da Diocese prometem manter o mesmo entusiasmo e participação neste ano

Celebrações, palestras, festas e marcha contra a violência marcaram evento

decadente”. O convite é para que os padres e coordenações das paróquias ajudem e incentivem os grupos exis-

tentes e à formação de novos grupos. O Setor Juventude atua e dá suporte em toda a Diocese.

Page 8: Jornal da Diocese de Blumenau, Março de 2012

Especial8 9

REFLEXÃO

A celebração da Páscoa, nos três primeiros séculos da Igreja, não tinha um período de prepa-ração, limitava-se ao jejum nos dois dias anteriores. A comunida-de cristã vivia tão intensamente o empenho cristão e o testemu-nho do martírio que não sentia a necessidade de um tempo, para renovar a conversão do batismo.

Ela prolongava, porém, a ale-gria da celebração pascal por 50 dias (Pentecostes). Após a Paz de Constantino, quando a tensão diminuiu no empenho da vida cristã, começou-se a perceber a necessidade de um período, para admoestar os fiéis sobre uma maior coerência com o batismo.

No Oriente, encontramos os

primeiros sinais de um tempo pré-pascal, como preparação es-piritual à celebração do grande mistério, no princípio do século IV. Santo Atanásio, nas Cartas pas-cais (entre os anos 330 e 347) e São Cirilo de Jerusalém, nas Pro-tocatequeses e nas Catequeses mistagógicas (347) falam desse período como realidade. Eusébio (340), em De solemnitate pascha-li, fala do “quadragesimo exerci-tium......sanctos Moyses et Eliam imitantes”.

No Ocidente, testemunhos do fi m do século IV falam desse pe-ríodo: Etéria (385), em seu Itine-rarium pela Espanha e Aquitânia; Santo Agostinho para a África; Santo Ambrosio (396) para Milão.

Não sabemos com certeza onde, por meio de quem e como surgiu a Quaresma em Roma. Apenas que ela se foi formando, pro-gressivamente, e tem uma pré-história, ligada a uma praxe pe-nitencial preparatória à Páscoa, que começou a fi rmar-se desde a metade do século II.

Até o século IV, a única sema-na de jejum era a que precedia à Páscoa. Na metade daquele século, acrescentaram-se a esta outras três semanas de penitên-cia. A partir do fi m do século IV, a estrutura da Quaresma incorpo-rou os “quarentas dias”, conside-rados à luz do simbolismo bíblico, que dá a este tempo um valor salvífico-redentor, cujo sinal é a denominação “sacramentum”.

O que é?

Celebrar a Quaresma é reco-

nhecer a presença de Deus na caminhada, no trabalho, na luta, no sofrimento e na dor da vida do povo. Como o povo de Israel, que andou 40 anos no deserto, an-tes de chegar à Terra Prometida, onde corria leite e mel. Como Je-sus, que passou quarenta dias no deserto antes de anunciar a vinda do Reino. Que subiu a Jerusalém para cumprir a missão do Pai: dar a sua vida e ser glorifi cado. A Quaresma, conforme evidencia a sua história, é um tempo forte de conversão e de mudança interior, de deixar o que é velho em nós e de assumir tudo o que traz vida. Tempo de graça e salvação, em que nos preparamos para viver, de maneira intensa, livre e amo-rosa, o momento mais importante do ano litúrgico e da história da salvação, a Páscoa, aliança de-fi nitiva, vitória sobre o pecado, a escravidão e a morte.

Tempo de Quaresma. Porque?Como vivenciar, individualmente e em família, a experiência deste período penitencial?

A Campanha da FraternidadeO indivíduo e a famíliaA problemá-

tica da saúde pública é apre-sentada como desafio de re-flexão e ação neste tempo da Quaresma. Su-gerimos a (re)leitura da edição de fevereiro do Jornal da Dio-cese, no qual nos ocupamos prioritariamente da Campanha da Fraternidade. Muito ouvire-mos dessa 49ª edição nestes quarenta dias. Vamos cantar os hinos, especialmente compostos sob a inspiração de seu lema e seu tema.

Importante é que não fique-mos apenas nas informações desse projeto de evangelização da Igreja. A saúde pública deve ir melhor com a campanha. Como diz o lema: “que a saúde

se difunda so-bre a terra” (Eclo 38,8). Nós, católi-cos e cristãos po-demos melhorar a saúde na nossa comunidade, des-de a participação no Posto de Saú-de até os cuida-dos que devemos ter na nossa fa-mília e na nossa comunidade.

Quem deve fazer acontecer este sonho da saúde pública não são somente os bispos e padres, ou os governantes e encarregados das instituições de saúde. O projeto da saúde comunitária depende de todos nós. A campanha é realizada para despertar a solidariedade em relação a um problema con-creto que envolve a sociedade brasileira, buscando caminhos e apontando soluções.

Nos nossos tempos, há uma forte e constante insistên-cia na vida de comunidade e para isso não faltam razões te-ológicas, bíblicas, psicológicas e sociológicas. Um dos planos de pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Bra-sil, quando elenca os focos de atenção da evangelização, situa em primeiro lugar o indi-víduo. Uma comunidade será mais autêntica e dinâmica quanto mais seus indivíduos forem conscientes, convictos da sua opção de fé e ação.

Nesse sentido, a prática de Jesus pode inspirar-nos. Mui-tas vezes, o Senhor prega à comunidade. Mas, quantas ve-zes, O vemos diante de uma pessoa, chamando-a, adver-tindo-a, ensinando, curando ou conversando. Uma pessoa que se deixa transformar por Cristo pode transformar a comunidade

e o mundo.Para o projeto de Deus

cada pessoa é importante. E é ela somente que pode dizer: “eu sou cristão e quero anun-ciar o meu Senhor”. É do seu coração, da sua liberdade, que deve brotar seus atos de fé e de piedade e as consequentes ações.

Vale a pena lembrar a im-portância do amor ao inimigo, ensinado por Jesus e reco-mendado no tempo quaresmal. Por que o Senhor pede que nos reconciliemos com o dife-rente, com alguém que desafi a nossa maneira de ser, sentir e pensar? Exatamente, porque o amor de Deus é inclusivo e sua palavra nos questiona sempre: “Tudo o que fi zerdes ao menor dos meus irmãos é a mim que o fazeis” (Mt 25,40). Se excluir-mos uma pessoa, excluímos o próprio Cristo.

QUARESMA

O Papa Bento XVI, em sua mensagem para a Quaresma, conclama os fieis a refletirem sobre o amor, cerne da vida cris-tã. Reafirma a necessida-de de renovação de nos-so caminho de fé, com a ajuda da Palavra e dos sacramentos, da oração, da parti lha, do si lêncio e do jejum, com a espe-rança de viver a alegria pascal.

“Desejo propor alguns pensamentos inspirados na Carta aos Hebreus: ‘prestemos atenção uns nos outros, para nos es-timularmos ao amor e às boas obras’ (10,24). Esta frase apare-ce inserida numa passagem onde o escritor sagrado exorta a ter confiança em Jesus Cristo como Sumo Sacerdote, que nos obteve o perdão e o acesso a Deus”.

“O fruto do acolhimento de Cristo é uma vida edificada se-gundo as três virtudes teologais: nos aproximarmos do Senhor com um coração sincero, com a plena segurança da fé, de conservar-mos firmemente a profissão da nossa esperança, numa solicitude constante por praticar, juntamente com os irmãos, o amor e as boas obras”.

Olhar atento

O Santo Padre oferece uma re-fl exão sobre três aspectos da vida cristã: prestar atenção ao outro, reciprocidade e santidade pessoal.

A mensagem do Santo Padre para o período penitencial“Prestemos atenção uns nos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras” (Hb 10,24)

Prestar atenção ao outro está l igado à responsabil idade pelo irmão. Estar atento, olhar cons-cientemente e dar-se conta de sua realidade. Este elemento está presente no Evangelho, quando Jesus convida os discípulos a observarem as aves do céu, que não se preocupam com o alimen-to e, todavia, são objeto de solí-cita e cuidadosa providência di-vina (cf Lc 12,24). Isto para que os cristãos reavaliem sua atitude contrária, de desinteresse e ego-ísmo.

Reciprocidade

O segundo aspecto é o da re-ciprocidade. “O fato de sermos o guarda dos outros contrasta com uma mentalidade que, reduzindo a vida unicamente à dimensão ter-rena, deixa de considerá-la na sua perspectiva escatológica e aceita qualquer opção moral em nome da

liberdade individual. Uma sociedade como a atual pode tornar-se surda aos sofrimen-tos físicos e às exi-gências espirituais e morais da vida. Não deve ser assim na co-munidade cristã, onde a recíproca correção e exortação, em es-pírito de humildade e de amor, deve fazer parte da vida!”.

Os discípulos, uni-dos a Cristo pela Eu-caristia, vivem numa comunhão que os liga uns aos outros como membros de um só corpo. Isto significa que o outro me per-tence: a sua vida, a sua salvação têm a ver com a minha vida

e a minha salvação.

Boas obras

Finalmente, Bento XVI nos exorta à prática do amor e das boas obras, para caminharmos juntos na santidade. “A atenção recíproca tem como f inal idade estimular-se, mutuamente, a um amor efetivo sempre maior, ‘como a luz da aurora, que cresce até ao romper do dia’ (Pr 4,18), à espe-ra de viver o dia sem ocaso em Deus”. O tempo que nos é con-cedido na nossa vida é precioso para descobrir e realizar as boas obras, no amor de Deus. Assim a própria Igreja cresce e se desen-volve para chegar à plena maturi-dade de Cristo. É nesta perspec-tiva dinâmica de crescimento que se situa a nossa exortação a es-timular-nos reciprocamente para chegar à plenitude do amor e das boas obras.

Page 9: Jornal da Diocese de Blumenau, Março de 2012

Especial8 9

REFLEXÃO

A celebração da Páscoa, nos três primeiros séculos da Igreja, não tinha um período de prepa-ração, limitava-se ao jejum nos dois dias anteriores. A comunida-de cristã vivia tão intensamente o empenho cristão e o testemu-nho do martírio que não sentia a necessidade de um tempo, para renovar a conversão do batismo.

Ela prolongava, porém, a ale-gria da celebração pascal por 50 dias (Pentecostes). Após a Paz de Constantino, quando a tensão diminuiu no empenho da vida cristã, começou-se a perceber a necessidade de um período, para admoestar os fiéis sobre uma maior coerência com o batismo.

No Oriente, encontramos os

primeiros sinais de um tempo pré-pascal, como preparação es-piritual à celebração do grande mistério, no princípio do século IV. Santo Atanásio, nas Cartas pas-cais (entre os anos 330 e 347) e São Cirilo de Jerusalém, nas Pro-tocatequeses e nas Catequeses mistagógicas (347) falam desse período como realidade. Eusébio (340), em De solemnitate pascha-li, fala do “quadragesimo exerci-tium......sanctos Moyses et Eliam imitantes”.

No Ocidente, testemunhos do fi m do século IV falam desse pe-ríodo: Etéria (385), em seu Itine-rarium pela Espanha e Aquitânia; Santo Agostinho para a África; Santo Ambrosio (396) para Milão.

Não sabemos com certeza onde, por meio de quem e como surgiu a Quaresma em Roma. Apenas que ela se foi formando, pro-gressivamente, e tem uma pré-história, ligada a uma praxe pe-nitencial preparatória à Páscoa, que começou a fi rmar-se desde a metade do século II.

Até o século IV, a única sema-na de jejum era a que precedia à Páscoa. Na metade daquele século, acrescentaram-se a esta outras três semanas de penitên-cia. A partir do fi m do século IV, a estrutura da Quaresma incorpo-rou os “quarentas dias”, conside-rados à luz do simbolismo bíblico, que dá a este tempo um valor salvífico-redentor, cujo sinal é a denominação “sacramentum”.

O que é?

Celebrar a Quaresma é reco-

nhecer a presença de Deus na caminhada, no trabalho, na luta, no sofrimento e na dor da vida do povo. Como o povo de Israel, que andou 40 anos no deserto, an-tes de chegar à Terra Prometida, onde corria leite e mel. Como Je-sus, que passou quarenta dias no deserto antes de anunciar a vinda do Reino. Que subiu a Jerusalém para cumprir a missão do Pai: dar a sua vida e ser glorifi cado. A Quaresma, conforme evidencia a sua história, é um tempo forte de conversão e de mudança interior, de deixar o que é velho em nós e de assumir tudo o que traz vida. Tempo de graça e salvação, em que nos preparamos para viver, de maneira intensa, livre e amo-rosa, o momento mais importante do ano litúrgico e da história da salvação, a Páscoa, aliança de-fi nitiva, vitória sobre o pecado, a escravidão e a morte.

Tempo de Quaresma. Porque?Como vivenciar, individualmente e em família, a experiência deste período penitencial?

A Campanha da FraternidadeO indivíduo e a famíliaA problemá-

tica da saúde pública é apre-sentada como desafio de re-flexão e ação neste tempo da Quaresma. Su-gerimos a (re)leitura da edição de fevereiro do Jornal da Dio-cese, no qual nos ocupamos prioritariamente da Campanha da Fraternidade. Muito ouvire-mos dessa 49ª edição nestes quarenta dias. Vamos cantar os hinos, especialmente compostos sob a inspiração de seu lema e seu tema.

Importante é que não fique-mos apenas nas informações desse projeto de evangelização da Igreja. A saúde pública deve ir melhor com a campanha. Como diz o lema: “que a saúde

se difunda so-bre a terra” (Eclo 38,8). Nós, católi-cos e cristãos po-demos melhorar a saúde na nossa comunidade, des-de a participação no Posto de Saú-de até os cuida-dos que devemos ter na nossa fa-mília e na nossa comunidade.

Quem deve fazer acontecer este sonho da saúde pública não são somente os bispos e padres, ou os governantes e encarregados das instituições de saúde. O projeto da saúde comunitária depende de todos nós. A campanha é realizada para despertar a solidariedade em relação a um problema con-creto que envolve a sociedade brasileira, buscando caminhos e apontando soluções.

Nos nossos tempos, há uma forte e constante insistên-cia na vida de comunidade e para isso não faltam razões te-ológicas, bíblicas, psicológicas e sociológicas. Um dos planos de pastoral da Conferência Nacional dos Bispos do Bra-sil, quando elenca os focos de atenção da evangelização, situa em primeiro lugar o indi-víduo. Uma comunidade será mais autêntica e dinâmica quanto mais seus indivíduos forem conscientes, convictos da sua opção de fé e ação.

Nesse sentido, a prática de Jesus pode inspirar-nos. Mui-tas vezes, o Senhor prega à comunidade. Mas, quantas ve-zes, O vemos diante de uma pessoa, chamando-a, adver-tindo-a, ensinando, curando ou conversando. Uma pessoa que se deixa transformar por Cristo pode transformar a comunidade

e o mundo.Para o projeto de Deus

cada pessoa é importante. E é ela somente que pode dizer: “eu sou cristão e quero anun-ciar o meu Senhor”. É do seu coração, da sua liberdade, que deve brotar seus atos de fé e de piedade e as consequentes ações.

Vale a pena lembrar a im-portância do amor ao inimigo, ensinado por Jesus e reco-mendado no tempo quaresmal. Por que o Senhor pede que nos reconciliemos com o dife-rente, com alguém que desafi a nossa maneira de ser, sentir e pensar? Exatamente, porque o amor de Deus é inclusivo e sua palavra nos questiona sempre: “Tudo o que fi zerdes ao menor dos meus irmãos é a mim que o fazeis” (Mt 25,40). Se excluir-mos uma pessoa, excluímos o próprio Cristo.

QUARESMA

O Papa Bento XVI, em sua mensagem para a Quaresma, conclama os fieis a refletirem sobre o amor, cerne da vida cris-tã. Reafirma a necessida-de de renovação de nos-so caminho de fé, com a ajuda da Palavra e dos sacramentos, da oração, da parti lha, do si lêncio e do jejum, com a espe-rança de viver a alegria pascal.

“Desejo propor alguns pensamentos inspirados na Carta aos Hebreus: ‘prestemos atenção uns nos outros, para nos es-timularmos ao amor e às boas obras’ (10,24). Esta frase apare-ce inserida numa passagem onde o escritor sagrado exorta a ter confiança em Jesus Cristo como Sumo Sacerdote, que nos obteve o perdão e o acesso a Deus”.

“O fruto do acolhimento de Cristo é uma vida edificada se-gundo as três virtudes teologais: nos aproximarmos do Senhor com um coração sincero, com a plena segurança da fé, de conservar-mos firmemente a profissão da nossa esperança, numa solicitude constante por praticar, juntamente com os irmãos, o amor e as boas obras”.

Olhar atento

O Santo Padre oferece uma re-fl exão sobre três aspectos da vida cristã: prestar atenção ao outro, reciprocidade e santidade pessoal.

A mensagem do Santo Padre para o período penitencial“Prestemos atenção uns nos outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras” (Hb 10,24)

Prestar atenção ao outro está l igado à responsabil idade pelo irmão. Estar atento, olhar cons-cientemente e dar-se conta de sua realidade. Este elemento está presente no Evangelho, quando Jesus convida os discípulos a observarem as aves do céu, que não se preocupam com o alimen-to e, todavia, são objeto de solí-cita e cuidadosa providência di-vina (cf Lc 12,24). Isto para que os cristãos reavaliem sua atitude contrária, de desinteresse e ego-ísmo.

Reciprocidade

O segundo aspecto é o da re-ciprocidade. “O fato de sermos o guarda dos outros contrasta com uma mentalidade que, reduzindo a vida unicamente à dimensão ter-rena, deixa de considerá-la na sua perspectiva escatológica e aceita qualquer opção moral em nome da

liberdade individual. Uma sociedade como a atual pode tornar-se surda aos sofrimen-tos físicos e às exi-gências espirituais e morais da vida. Não deve ser assim na co-munidade cristã, onde a recíproca correção e exortação, em es-pírito de humildade e de amor, deve fazer parte da vida!”.

Os discípulos, uni-dos a Cristo pela Eu-caristia, vivem numa comunhão que os liga uns aos outros como membros de um só corpo. Isto significa que o outro me per-tence: a sua vida, a sua salvação têm a ver com a minha vida

e a minha salvação.

Boas obras

Finalmente, Bento XVI nos exorta à prática do amor e das boas obras, para caminharmos juntos na santidade. “A atenção recíproca tem como f inal idade estimular-se, mutuamente, a um amor efetivo sempre maior, ‘como a luz da aurora, que cresce até ao romper do dia’ (Pr 4,18), à espe-ra de viver o dia sem ocaso em Deus”. O tempo que nos é con-cedido na nossa vida é precioso para descobrir e realizar as boas obras, no amor de Deus. Assim a própria Igreja cresce e se desen-volve para chegar à plena maturi-dade de Cristo. É nesta perspec-tiva dinâmica de crescimento que se situa a nossa exortação a es-timular-nos reciprocamente para chegar à plenitude do amor e das boas obras.

Page 10: Jornal da Diocese de Blumenau, Março de 2012

www.dioceseblumenau.org.br Março 2012. Jornal da Diocese de Blumenau

Variedades10

Um livro indispensável

DESAFIO

“A quem não acredita no inferno eu pergunto: acreditará quando for para lá?”

(Padre Pio)

RESPOSTAS DO TESTE ANTERIOR

1 – De onde vem a palavra Bíblia?a) Babelb) Biblos (grego)c) Biblioteca

2 – Em que línguas foi, principalmente, escrito o Antigo Testamento?a) Aramaico e grego

b) Hebraico e gregoc) Hebraico e latim

3 – Quais são as seções da Bíblia hebraica?a) A Lei, os Profetas e outros escritosb) A Lei, os Profetas, os Livros Históricos e os Escritos de

Sabedoriac) Os Apócrifos, os Apocalipses e os Hagiógrafos

4 – Sob que forma se apresentava o texto bíblico nas suas primeiras cópias?a) Em rolosb) Em folhas soltasc) Em livros

5 – Como se chama um livro bíblico que se apresenta sob a forma de um livro, mas que foi escrito antes da invenção da imprensa?a) Agraphab) Apócrifoc) Codex

A origem, os idiomas e outras informações so-bre a Bíblia estão no teste deste mês. Responda e envie até o dia 20 de março para o e-mail jornal@

diocesedeblumenau.org.br ou pelo Correio para a Cúria Diocesana de Blumenau, aos cuidados do Padre Raul Kestring (Rua XV de Novembro, 955

/ Blumenau-SC / CEP 89010-003). Informe seu nome completo, telefone e endereço. Se acertar todas as questões, você concorre a uma Bíblia.

Parabéns Edemir Pasold, de Blumenau, ganhador da Bíblia no teste do mês passado, que acertou todas as questões. Confi ra as respostas corretas.

Os seus conhecimentos sobre a EscrituraNeste mês, informações sobre a própria Bíblia. Você é capaz de responder?

RECORDANDO

Lembrando as bodas de prata do jornalNesta coluna, destacamos uma

matéria editada há dez anos no Jornal da Diocese de Blumenau, na qual chegávamos à edição nº 25, em dezembro 2002/janeiro 2003. Um fato significativo, o do jubileu de prata de circulação deste infor-mativo. O tema principal foi o tem-po do Natal, sua espiritualidade e oportunidade de reflexão sobre a acolhida do Senhor na nossa vida. Em sua coluna, na página 3, inti-tulada “Encontro com Dom Angé-lico”, o primeiro bispo da Diocese advertia: “a idolatria do Bezerro de

Ouro impede que se perceba que o nascimento da Criança é a razão da festa. Assim, o Natal se transfor-ma em salada indigesta de coisas e bugigangas que não alimentam a fome de amor e de vida”.

Dom Angélico Bernardino tam-bém ressaltou outros dois temas: a Campanha da Fraternidade de 2002 (sobre a dignidade da pes-soa idosa) e o Ano Vocacional (que seria aberto em janeiro, com missa no Santuário Nacional de Apareci-da). Acentuava Dom Angélico que “a Igreja pretende motivar as pes-

soas para que reconheçam que foram chamadas pelo Pai, escolhi-das pelo Filho e enviadas pelo Es-pírito Santo”.

O chamado universal à san-tidade, o socorro aos excluídos e pobres e o cuida-do com as voca-ções sacerdotais e religiosas, sem esquecer a necessidade de “cris-

QUAL A RESPOSTA CERTA?

1. Após o dilúvio, Noé sentiu-se bastante envergonhado porque:

c) Embebedou-se

2. Esaú, o fi lho mais velho de Isaac, vendeu seu direito de primogenitura a seu irmão Jacó em troca de:

a) Um prato de lentilhas

3. Quem chamou seus ouvintes de “uma raça de víboras”?

a) João Batista

4. Por que José e Maria tiveram que viajar até Belém estando ela perto de dar à luz?

c) Por causa do recenseamento

5. Que fez Judas ao dinheiro que recebeu por ter traído Jesus?

c) Jogou-o no templo

6. A quem Cristo disse a frase: “hoje estarás comigo no paraíso”?

c) A um ladrão

O Catecismo da Igreja Católica, assim como a Bíblia, é um livro que todos os católicos deveriam ter em casa, para ler, estudar e meditar. A publicação é um compêndio da doutrina católica, uma referência para os catecismos e outros materiais da Igreja em todo o mundo. Foi instituído a partir da Assembleia Extraordinária dos Bispos, em comemoração ao 20º ano do Concílio Vaticano II, em 1985.

Quem assumiu esta missão e deu início à organização do Catecismo, foi o papa João Paulo II, que o entregou à comunidade em 1992. Na época, o então cardeal Joseph Ratzinger (hoje o papa Bento XVI) presidiu a uma comissão de cardeais e bispos que prepararam o projeto do Catecismo.

Apesar de ter sido editado há 25 anos, o Catecismo da Igreja Católica está atualizado e em sintonia com as reformas do Concílio Vaticano II. Quem o estuda conhece o verdadeiro pensamento da Igreja sobre assuntos como aborto, homossexualismo, eutanásia, paternidade responsável e outros.

O Catecismo da Igreja Católica pode ser baixado pela internet no site do Vaticano ( http://www.vatican.va/archive/cathechism_po/index_new/prima-pagina-cic_po.html) ou adquirido na Livraria Católica Bom Pastor (Livraria da Torre).

tãos leigos e leigas, pessoas de vida consagrada, diáconos, pa-dres e missionários”.

[+] Como está dividido:✗ 1ª parte: A profissão de fé, que

explica os artigos do Credo✗ 2ª parte: Ocupa-se da Celebração

do Mistério Cristão, que trata da sagrada Liturgia

✗ 3ª parte: Expõe a Vida em Cristo, baseando-se nos Dez Mandamentos. Apresenta o agir cristão

✗ 4ª parte: A Oração Cristã, resumida no Pai Nosso

DICA DE LEITURADICA DE LEITURA

Page 11: Jornal da Diocese de Blumenau, Março de 2012

11Março de 2012. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

Nossa História

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Marli Rudnik (DRT 484) [email protected]

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Revisão:

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Impressão:

Jornal de Santa Catarina

Tiragem:

20 mil

Periodicidade:

Mensal

Distribuição gratuita

Correspondência

Cúria Diocesana de BlumenauRua XV de Novembro, 955 -

Centro(47) 3322-4435Caixa Postal 222CEP: 89010-003

Blumenau/SC

www.diocesedeblumenau.org.br

Sugestões de matérias, fotos, artigos e outras contribuições para o Jornal da Diocese podem ser feitas pelo e-mail

[email protected] até o dia 12 de cada mês.

ExpedienteJornal da Diocese

de Blumenau

“Quando fizer o bem, esqueça. Se fizer o mal, pense no que fez e se arrependa”

(Padre Pio)

Dom Gregório Warmeling, bispo de Joinville, em 28 de julho de 1970 criou a nova Paróquia Cristo Rei, com o seguinte território:

Ao norte, limita-se com a Paró-quia Santa Terezinha (Bairro Escola Agrícola), tendo como marco divisor o Rio Itajaí Açu, indo em direção les-te até o pontilhão coberto depois da antiga Estação Ferroviária.

Seguindo de novo na direção leste até encontrar limites com a Paróquia Nossa Senhora da Ima-culada Conceição (Bairro da Vila Nova), na altura do prolongamento da Rua Dr. Francisco Kuebel. Se-gue depois a linha divisória com a Paróquia Nossa Senhora da Imacu-lada Conceição, em linha reta para o sul, até encontrar o cimo do Morro da Rua BL 101, descendo até o cru-zamento com a Rua Frei Estanislau Schaette.

Segue o marco divisor para o sul até o cruzamento das ruas Bruno Hering e Nanny Poeting, onde co-meça a linha divisória com a Paró-quia Nossa Senhora da Glória (Bair-ro Garcia), sendo o marco divisor, o divisor de águas entre o ribeirão Velha Grande e o Rio Garcia.

No oeste limita-se com a Pa-róquia Santa Inês (Indaial), tendo como divisor os limites municipais de Indaial e Blumenau, em toda a sua extensão, até encontrar a Paró-quia Santa Terezinha (Bairro Escola Agrícola).

BLUMENAU

Criação ofi cial ocorreu em 1970, mas a comunidade católica no Bairro da Velha existe desde 1946

Como surgiu a Paróquia Cristo Rei

Em 1946, iniciou-se a construção de um galpão para as Missões na região do Bairro da Velha, dando iní-cio à comunidade. Em 1949 ocorreu a bênção e inauguração da primeira capela, pertencente à Paróquia São Paulo Apóstolo.

No ano seguinte, a bênção da imagem do padroeiro, Cristo Rei. Nos anos de 1950 e 1951 verifi cou-se a ampliação da igreja e constru-ção da torre dos sinos.

A inauguração da atual Matriz ocorreu em 1969. No ano seguin-te, em 28 de julho, Dom Gregório Warmeling, bispo de Joinville, emitiu

o decreto de criação da Paróquia Cristo Rei, desmembrada da Paró-quia São Paulo Apóstolo. O primeiro pároco foi o Padre Inácio Bonvechio, que conduziu os rumos da comuni-dade de 1970 a 1973.

Em 1982 a comunidade pre-sencia a inauguração do novo altar. O Jubileu de 25 anos da paróquia foi celebrado em 1995, com grande entusiasmo pelos fi eis. O Bairro da Velha cresceu muito, principalmente após as grandes cheias em Blume-nau, nos anos de 1983 e 1984. Com este incremento populacional, espe-cialmente por causa da migração, multiplicou também o número de paroquianos.

Pe. Antônio Francisco Bohn

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A semente plantada em 1946 germinou e frutifi cou, até que em 1970 a capela Cristo Rei foi elevada a Paróquia

[+] Participe!✗ Se você quer publicar o histórico de

sua paróquia, capela ou comunidade nesta página do Jornal da Diocese envie textos e fotos para nós. Estamos selecionando artigos para futuras edições. Os textos devem ser digitados, com no máximo 3.000 caracteres (incluindo espaços), na versão Word 2003. O artigo deve vir acompanhado de pelo menos uma foto, dando-se preferência a imagens antigas (da primeira construção da igreja), em formato jpg. Os materiais devem ser enviados por e-mail para o endereço [email protected].

Page 12: Jornal da Diocese de Blumenau, Março de 2012

12 www.dioceseblumenau.org.br Março de 2012. Jornal da Diocese de Blumenau

“Deus é servido apenas quando é servido de acordo com a Sua vontade”

(Padre Pio)

CURSILHO

Movimentos

O jubileu de ouro do movimentoFRANCISCANISMO

No último fi m-de-semana de janeiro, os ex-seminaristas franciscanos da Província da Imaculada Conceição, reunimo-nos em Agu-dos, por três dias. Todos estudaram naquele seminário de recordações inolvidáveis. O en-contro prima pela simplicidade franciscana, pela alegria e pela convivência. A todo mo-mento, ouvem-se exclamações de júbilo, no reencontro inesperado de antigos colegas.

Existe um horário a ser seguido, sem a rigidez dos tempos de seminário, mas a cor-tesia de todos o observa e transforma as ho-ras em momentos únicos. São rezadas mis-sas, há palestras e colóquios, mostrando a atualidade do Franciscanismo. Lamenta-se, por vezes, a inoperância de um que outro, mergulhado no consumismo.

Nestes dias, havia 200 pessoas, congre-gadas no vasto prédio, cujo corredor central cobre 300 metros. A palestra principal fi cou a cargo de Frei Antônio Moser, gasparense que expôs o tema “Bioética e Meio Ambien-te”. Foram duas horas intensas de exposição e perguntas, sendo a mais consistente e repetida: “O fi m do mundo, do planeta Ter-ra, está chegando?” No Evangelho, Jesus afi rma que somente Deus sabe, quando virá o fi m. Na realidade, a criatura humana prati-cou muitos atentados contra a integridade do planeta e, agora, vêm as respostas, algumas violentas.

Todos somos parte da grandiosidade pla-netária e somos obrigados a respeitar a obra da Criação. Deus deu inteligência às criatu-ras e liberdade para se desenvolverem, mas o humano abusou de tantas liberdades e po-deres. Aí está o resultado, a resposta contra todas as maldades cometidas.

Temos uma alternativa, pedirmos a prote-ção a Deus, pois, quem está com Ele não pre-cisa temer. Rezemos, a fi m de que tenhamos a sua proteção e possamos prosseguir em nossa jornada, rumo à eterna casa no Céu.

O encontro teve momentos vivíssimos de congraçamento, como a apresentação do Coral 25 de Julho, sob a regência do ex-seminarista José Carlos Oeschler. Ficam-nos na mente as horas franciscanas e que São Francisco nos ajude a difundirmos a Paz e o Bem a todos os seres que convivem conosco.

Alfredo Scottini

Rua Amazonas, 3176 Garcia Blumenau SC Fone: (47) 3324 0013Rua Frederico Jensen, 4500 Itoupavazinha Blumenau SC Fone: ( 47) 3334 2100 Rua 2 de Setembro, 2515 Itoupava Norte Blumenau SC Fone: (47) 3041 1388

e-mail: [email protected]

Trêslojas

para melhor

atender

Na Diocese, a data foi comemorada com missa na Catedral, presidida por Dom JoséO ano de 2012 consolida um

caminho de 50 anos percorri-dos com o anúncio da mensa-gem cristã, pelo Movimento de

Cursilhos de Cristandade (MCC) no Brasil. Os cursilhistas da Diocese de Blume-nau participaram da missa especial de abertu-ra do jubileu de ouro, no dia 4 de fevereiro, na Catedral São Paulo Apóstolo, presidida por dom José Negri.

O MCC se realiza, por sua fi nalidade pasto-ral, que é a evangelização. O cursilho (pequeno curso, em espanhol), é uma espécie de retiro de fi m-de-semana, quando os participantes, junta-mente com uma equipe de trabalho, se isolam para fazer estudos, refl exões, diálogos, novas amizades e uma forte experiência com Cristo e seus ensinamentos.

Raízes

O movimento nasceu em 1944, na Espanha. Está presente em mais de 60 países, com mais de 6 milhões de integrantes. O espírito apostó-lico de alguns sacerdotes e leigos da Missão Católica Espanhola fez com que, na Semana Santa de 1962, acontecesse o primeiro Cursilho de Cristandade do Brasil, em Valinhos (SP).

Em Santa Catarina, o MCC é atuante em sete das 10 dioceses. O Grupo Executivo Re-gional Sul IV, órgão que supervisiona as coor-denações diocesanas, registra a realização de mais de 1,3 mil cursilhos no Estado, com a pre-sença de 52 mil leigos e leigas.

A escolha dos candidatos ocorre por indica-ção dos setores (cidades onde o MCC possui escolas) ou diretamente por cursilhistas, com acompanhamento da coordenação do cursilho e do assessor eclesiástico (sacerdote). A idade mínima para realizar é 18 anos. Os candidatos passam por uma fase de pré-cursilho, que os prepara quanto à decisão de participar, as con-dições e as consequências.

Celebração com intensa participação dos cursilhistas marcou o aniversário do movimento em nossa Diocese

[+] Agenda de 2012

✗ Dia 11 de março, 9 horas: Ultreia Itinerante em Ilhota✗ De 26 a 29 de junho: 5º Cursilho Jovem Masculino (Casa Pe. Dehon, em Brusque)✗ De 24 a 28 de agosto: 5º Cursilho Jovem Feminino (Casa Pe. Dehon, em Brusque)✗ De 14 a 16 de setembro: 12º Cursilho Adulto Feminino (Casa Pe. Dehon, em Brusque)✗ De 12 a 14 de outubro: 12º Cursilho Adulto Masculino (Casa Pe. Dehon, em Brusque)✗ Dia 25 de novembro: Ultreia e Assembleia Eletiva do GED da Diocese de Blumenau✗ Dia 26 de novembro: Término do ano letivo das Escolas de Cursilho

Page 13: Jornal da Diocese de Blumenau, Março de 2012

Com o tema “Caridade e missão pelo testemunho de São Vicente”, a Paróquia São Vicente de Paulo, de Luís Alves, completará 100 anos de fundação no dia 31 de julho de 2012. A celebração oficial pelo centenário será no dia 29 de julho, às 9h30, na Igreja Matriz, com missa solene pre-sidida por Dom José Negri.

A preparação para esta data acontece desde julho de 2004, quan-do foram celebrados os 92 anos e a imagem do padroeiro peregrinou pelas comunidades da paróquia. “A partir dali, a cada ano procuramos valorizar um aspecto que constitui a paróquia”, afi rma o padre Lauro Ro-que Mittelmann, pároco da São Vi-cente.

No dia 31 de julho de 2011, quan-do completou 99 anos, a imagem de

Paróquias13Março de 2012. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

“Devemos odiar os nossos pecados, visto que o amor ao Senhor significa paz”

(Padre Pio)

CENTENÁRIO A posse de padres em novas paróquias

O ano de 2012 será de comemoração para os católicos de Luis Alves

Comunidade celebra na Paróquia São Vicente

Motivo de júbilo e louvor a Deus, a graça secular da evangelização católica na comunidade luisalvense

São Vicente partiu novamente em peregrinação pelas 16 comunidades da paróquia, permanecendo de duas a quatro semanas em cada uma, conforme o número de famílias.

Todas as casas estão sendo visi-tadas e abençoadas por um dos di-áconos ou padres, junto com as lide-ranças da comunidade. Para isso, foi elaborada uma celebração de bên-ção própria. A peregrinação se esten-de até julho. “O objetivo da comemo-ração é agradecer a Deus os muitos benefícios e graças recebidos nestes 100 anos, vivenciando o segundo jubileu bíblico”, afirma o padre. Ele destaca a contribuição da paróquia para as vocações: 61 padres, 4 bis-pos, 147 religiosas, 17 religiosos e 15 diáconos permanentes.

Marca históricaAlém da temática, foi criado um

logotipo para o centenário (veja ima-gem) e instituído o lema “Renovados pelo centenário, discípulos e missio-nários, avançamos evangelizando”. Um livro memorial dos 100 anos está sendo elaborado pelo padre Antônio Francisco Bohn, com a colaboração das lideranças das comunidades.

A colônia de Luís Alves foi inicia-da no ano 1877 com a chegada dos primeiros imigrantes. Dois anos de-pois já estava edificada a primeira capelinha dedicada a São Vicente de Paulo. Em 1899 foi construída uma segunda. A Paróquia São Vicente de Paulo foi criada no dia 31 de julho de 1912, por Dom João Becker, primeiro bispo de Florianópolis.

O início do ano é marcado sempre pelas transferências e substituições de párocos nas comunidades da Diocese, conforme a necessidade evan-gelizadora e os novos projetos da Igreja. Nesta edição, registramos algu-mas das missas de posse dos sacerdotes enviados às paróquias.

Indaial: dom José presidiu missa na Capela São Francisco de Assis, da Paróquia Nossa Senhora de Fáti-ma, instituindo a nova Área Pastoral no Bairro Carijós. Quem assumiu a missão foi o Frei Mário Ribeiro Ma-chado.

Ilhota: na Paróquia São Pio X, quem assumiu foi o Padre Fernando Pereira da Silva.

Piçarras: a comunidade da Paró-quia Santo Antônio de Pádua acolheu seu novo líder espiritual, Padre José Vidalvino Fontanella, em missa cele-brada por Dom José.

Velha Central: o bispo dioce-sano também fez o envio do Padre Marcelo Martendal, que assumiu como administrador paroquial na comunida-de Santa Cruz, na Velha Central, em Blumenau.

Progresso: o Padre Leonardo Hoffmann recebeu o encargo paro-quial da Igreja Matriz Santa Isabel, no Bairro Progresso, em Blumenau.

Tribess: o Padre Anderson Ferrari foi enviado para assumir a Paróquia São Luiz Gonzaga, no Bairro Tribess, em Blumenau.

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Page 14: Jornal da Diocese de Blumenau, Março de 2012

Missão para um mundo melhor

Vida Missionária14 www.dioceseblumenau.org.br Março de 2012. Jornal da Diocese de Blumenau

“Há duas razões para se orar com satisfação: render a Deus a honra e a glória que Lhe são devidas e falar com Ele por

meio de Suas inspirações e iluminações” (Padre Pio)

SOLIDARIEDADE

Durante 11 meses, uma experiência única foi vivenciada por Aloísio Boeing, 65 anos, analista de sistemas aposentado e teólogo. Ele embarcou no dia 15 de janeiro de 2011 rumo ao município de Centro Novo do Maranhão (MA), em busca de um mun-do melhor para a região, com a realização de trabalho missionário. Boeing mora em Balneário Piçarras, para onde retornou no dia 15 de dezembro, com a bagagem cheia histórias que valorizam o amor ao próximo.

O objetivo do trabalho missionário era a implantação da Pastoral da Criança, co-meçando pela sensibilização de pessoas

nas comunidades locais. Foram feitas ca-pacitações de líderes, acompanhamento das equipes de trabalho na visita domiciliar, celebração da vida (dia em que as crianças são pesadas) e reuniões de refl exão e ava-liação, nas quais são discutidas as difi culda-des e avaliados os problemas encontrados na caminhada.

Além de Boeing, outros dois missioná-rios do Pará e do Rio de Janeiro atuaram no Maranhão. Até fi nal de novembro, só no município de Centro Novo do Maranhão, foram implantadas 40 comunidades e ca-pacitados 97 líderes, que acompanhavam

670 famílias e 935 crianças. Além disso, foi eleita a coordenação de ramo e prepa-rados 11 novos capacitadores para dar for-mação a novos líderes. Eles assumiram a continuidade do trabalho que vinha sendo feito pelos missionários. “Isso nos deixou a sensação de missão cumprida”, afi rma Alo-ísio Boeing.

O missionário avalia que a experiência é muito gratifi cante, especialmente quando se interioriza à caminhada. “Ele leva às comu-nidades a luz de um mundo melhor, onde existe esperança de vida com mais saúde para as crianças e cidadania às famílias”.

No dia 10 de março deste ano, Aloísio Boeing retornará ao município de Centro Novo do Maranhão para avaliar a situação da caminhada dos líderes e da coordenação de ramo e dar suporte, caso haja alguma dúvida. No mês de julho, o missionário volta-rá para Bacabal (MA), onde fará a prepara-ção para um novo ano de missão. “Irei para onde Deus queira me mandar”.

Boeing avalia que, para a Diocese, é muito importante que pessoas ligadas à Pastoral da Criança conheçam a realidade

de outras regiões. “Trazemos desta realida-de a consciência cristã, o amor ao próximo e a valorização dos irmãos, independente de suas condições fi nanceiras”. Ele ressalta que em regiões onde todos têm necessida-des, o amor e o respeito ao próximo muitas vezes é exemplo.

Maranhão

O município de Centro Novo do Mara-nhão (MA) possui cerca de 21 mil habitan-tes, sendo 2.556 crianças empobrecidas.

Boeing salienta que a experiência do tra-balho missionário foi fantástica. “Saí de um mundo onde temos tudo, desde alimentação farta, educação para nossos filhos e vesti-mentas em abundância, para ir a um mundo onde a luta pela sobrevivência é diária”.

O trabalho missionário é direcionado para líderes da pastoral, que voluntariamen-te se inscrevem. Eles passam por uma pre-paração e depois são inseridos em equipes de trabalho, também conhecidas como co-munidades missionárias de trabalho. Estas equipes são enviadas para municípios mais carentes de dioceses do Norte e Nordeste, que solicitaram o trabalho missionário.

Sem família, sem futuro para a sociedade

A nossa ação pastoral em 2012 se voltará para a família. Por isso, gostaria de relatar um artigo publicado na ZENIT e que a revista MIS-SÂO JOVEM resumiu, apon-tando que em 2010 foram realizados na Espanha 170 mil casamentos para 125 mil separações.

A ruptura causa proble-mas psicológicos e sofrimento para os cônjuges, além de ser um drama para os filhos, que passam a viver em famílias desestruturadas. Os fi lhos po-dem concluir que os valores da fi delidade, da entrega e do sacrifício não são válidos, já que seus pais desacreditaram deles. Para que transmiti-los?

Aparecem ideias que vão penetrando na cultura, como: “diante de uma crise, a única solução é a separação. Não adianta dar-se uma segunda oportunidade”. Ou: “a fi delida-de e a indissolubilidade são uma utopia”. Ou também: “o casamento é uma questão ex-clusivamente de afetividade. Quando ela acaba, desisti-mos”. E ainda: “o casamento é um contrato humano que pode ser anulado”.

As leis potencializam a separação, são regressivas e anti-familiares. Não oferecem mediação familiar, não levam à prevenção. As jornadas de trabalho exaustivas não favo-recem a comunicação.

Dos 27 países da União Europeia, a Espanha é o que menos lança medidas de

apoio às famílias. Para rever-ter a situação é preciso reno-var a lei do divórcio expresso, que em apenas cinco anos duplicou o número de divór-cios na Espanha (de 50 mil para 100 mil) e introduziu a possibilidade do divórcio de forma unilateral, sem nenhum motivo evidente. Potencializar os Centros de Orientação Fa-miliar, que ajudam as famílias a superar os conflitos, reco-mendados há mais de 30 anos pelo Conselho da Europa.

Por que lutar pela família? Numa sociedade sem casa-mentos duradouros, somente o Estado educaria, legislaria e determinaria o que é bom ou mau, segundo o seus interes-ses. A família é a primeira es-cola. A primeira coisa que uma criança diz não é o nome de um presidente, mas “mamãe” e “papai”. Através da família são ensinadas as virtudes (a generosidade, a entrega, a do-ação), o que permite estar em sociedade. Famílias fortes e estáveis geram uma socieda-de forte e estável. Família sem futuro é sociedade sem futuro.

Fica uma pergunta: e na nossa Diocese, quantos ca-sam e quantos se separam por ano? Creio que devemos fazer uma pesquisa, um estu-do, um trabalho diferente em relação às famílias. Vamos

Padre Alcimir José Pillotto

Aloísio Boeing retorna do trabalho missionário no Maranhão com bagagem de amor ao próximo

O retorno e a continuidade

Implantação da Pastoral da Criança em uma comunidade do interior maranhense foi um dos desafios nestes 11 meses

Page 15: Jornal da Diocese de Blumenau, Março de 2012

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os ccoomm ttota57 ANOS de tradição para Blumenau e região

“Jesus lhe quer bem, da maneira que só Ele sabe amar”

(Padre Pio)Espaço da Família15

CENSO

O perfi l da família na Diocese

Em 2012, Ano da Missão na Fa-mília na Diocese de Blumenau, as lideranças da Igreja se propõem a re-alizar uma pesquisa para identifi car o perfi l de nossas famílias.

A Coordenação Diocesana de Pastorais, juntamente com a Pasto-ral Familiar, catequese, Pastoral da Criança, grupos de reflexão, movi-mentos familiares, Movimento dos Irmãos, equipes de Nossa Senhora, Lareira, Cursilhos, família diaconal e outros, está se mobilizando para rea-lizar este grande trabalho de evange-lização em favor das famílias.

E para viabilizar o levantamento desses dados, fundamentais para a evangelização das famílias em todas as paróquias e comunidades da dio-cese, vai ser promovido um grande encontro de formação, no dia 18 de março, no Salão Porta Aberta (Cate-dral São Paulo Apostolo), em Blume-nau. O encontro ocorre das 8 às 16 horas, encerrando com missa.

Participe

São convidados a participar, toda a família diaconal, diáconos e espo-sas, alunos e candidatos ao diaco-nato da Escola Diaconal São Lou-renço. Também são aguardados dois representantes de cada paróquia da coordenação de catequese e da co-ordenação dos grupos de reflexão, os coordenadores paroquiais da Pas-toral Familiar e os coordenadores diocesanos da Pastoral da Criança, além de membros dos diversos movi-

Março de 2012. Jornal da Diocese de Blumenau www.dioceseblumenau.org.br

Uma pesquisa começa a ser realizada nas comunidades e você pode colaborar

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CURTACARITAS BENEFICIA COMUNIDADES DE GASPAR

A Caritas Diocesana de Blume-nau, em parceria com a Comunida-de Vicentina e o Serviço Social da Paróquia São Pedro, de Gaspar, fi zeram a entrega de móveis e uten-sílios para 50 famílias, em duas co-munidades daquele município. Os donativos foram comprados graças às contribuições recebidas pela en-tidade (que somaram R$ 11 mil) e contemplam o atendimento às víti-mas das enchentes de setembro de 2011. Entre os artigos doados des-taque para camas, colchões, roupei-ros, mesas e cadeiras.

[+] Questionário das famíliasLevantamento para conhecer a realidade familiar nas paróquias da Diocese de Blumenau (as perguntas do questionário):✗ Nome da Paróquia:✗ Comunidade:✗ Casal responsável:✗ Nome do Casal (entrevistado):✗ Endereço/Fone:✗ Estado civil: casados no civil e religioso, só

no civil, só no religioso, segunda união, solteiros que vivem juntos, viúvo/a, separado/a

✗ Sacramentos recebidos: Batismo, Eucaristia e Crisma

✗ Data do aniversário de casamento:✗ Casais não-casados, há quanto tempo

vivem juntos?✗ Casais em segunda união, desejam participar

de encontros para casais de segunda união em sua paróquia?

✗ Solteiros que vivem juntos (sem impedimentos), desejam contrair o matrimônio?

✗ Tem filhos? Quantos? Data de Nascimento:✗ Referente aos sacramentos da iniciação

cristã (Batismo, Eucaristia e Crisma), os filhos estão participando?

✗ A família participa/atua em alguma atividade pastoral de sua comunidade? Qual?

✗ Se não participa em qual aceitaria um convite para participar?

✗ É dizimista?✗ Pertence/é membro de algum movimento

familiar?✗ Se não pertence, gostaria de ter

oportunidade de conhecer?

mentos familiares.A primeira atividade a ser realiza-

da em conjunto em toda a Diocese será o preenchimento do questionário das famílias, um levantamento para conhecer a realidade familiar nas pa-róquias e comunidades. Este “censo” pretende revelar como vivem os ca-sais (tipos de união), número de fi-lhos, situação dos sacramentos entre adultos, jovens e crianças e quantos pertencem ou participam dos movi-mentos pastorais.

Você está convidado a colaborar, respondendo ao questionário ou mes-mo atuando voluntariamente para a re-alização da pesquisa em sua rua, em seu bairro e em sua comunidade. Pro-cure a coordenação da Pastoral da Fa-mília em sua paróquia e dê sua ajuda.

Diácono João F. Zimmermann

A FAMÍLIAA Diocese de Blumenau está propon-

do que vivenciemos um ano dedicado à missão na família. Colocamo-nos, assim, em sintonia com a Igreja, que se prepara para o 7º Encontro Mundial das Famílias, em Milão (Itália), em maio deste ano, sob o tema “A Família, o trabalho e a festa”. Nossa Quaresma pode assumir o tim-bre da vivência em família. Para tantas, o trabalho é verdadeira luta, penitência para a sobrevivência e a digna educa-ção dos fi lhos. Ainda assim, não se pode perder o sentido da festa. Dessa forma, a Quaresma pode ser um tempo abençoa-do para escutarmos o pedido de Jesus, através da sua Igreja: ir em missão rumo às famílias, participando de suas dores e alegrias, ao mesmo tempo, fazê-las des-cobrir a própria missão na comunidade e no mundo.

Page 16: Jornal da Diocese de Blumenau, Março de 2012

Diocese de Blumenauwww.diocesedeblumenau.org.brDiocese de Blumenau

CNBB Regional Sul 4

pág. 14A experiência de um missionário da Diocese no Maranhão

(47) [email protected] www.tbjengenharia.com

COMUNIDADE

Registramos alguns momentos marcantes das celebrações em nossas paróquias

Os fi éis da Diocese reunidos em oraçãoççççççç pppppppp qqqqqq

Expressivo grupo de religiosas de diversos setores da Diocese participou da missa do Dia Mundial da Vida Consagrada, em 2 de fevereiro. Dom José presidiu à celebração da Festa da Apresen-tação do Senhor, comemorado no mesmo dia, dando destaque à presença e dedicação pastoral das religiosas nos hospitais, esco-las, comunidades, meios de comunicação e outros. Convidadas a subirem ao presbitério, elas fi zeram a renovação de seus votos religiosos de pobreza, castidade e obediência.

Solene e muito participada celebração eucarística presidida por Dom José, na Catedral São Paulo Apóstolo, no dia 25 de janei-ro, comemorou o Dia do Padroeiro da Catedral e da Diocese. A cada ano esta data vem sendo mais valorizada, em vista do sig-nifi cado evangelizador e missionário que o padroeiro evoca aos diocesanos. “Ai de mim se eu não pregar o evangelho” (1Cor 9,16).

Os padres da Diocese e o bispo dom José participaram de retiro espiritual no Recanto Champanhat, em Florianópolis, no mês de fevereiro. A orientação e os exercícios espirituais foram conduzi-dos pelo Padre Luís Henrique Eloy e Silva, da Diocese de Cam-panha (MG), que atua em Belo Horizonte. O relacionamento de Pedro com Jesus inspirou novas e interessantes meditações sobre a vida do discipulado, especialmente sobre o ministro sa-cerdotal nos dias de hoje.

Trinta e dois candidatos ao Diaconato Permanente, cinco deles da Diocese de Joinville, encerraram no dia 27 de ja-neiro, na Casa de Formação Diocesana Nossa Senhora do Carmo, em Rio dos Cedros, a 4ª etapa da sua preparação. Ao todo são 10 etapas de 15 dias nos meses de janeiro e julho. A Diocese de Blumenau tem a graça de ver aumen-tar o número desses ministros ordenados que fortalecem nossa evangelização.

A irmã Janete Junckes, da Congregação das Irmãs da Divina Pro-vidência e residente na Comunidade São José, no bairro Fidelis, em Blumenau, em missa presidida pelo padre Raul Kestring, no dia 25 de janeiro, rendeu graças pelos 60 anos de fi delidade aos votos religiosos. Famílias que fequentam as missas naquela comu-nidade uniram-se à ação de graças.

Os jornalistas e sua missão na Igreja e na sociedade fo-ram lembrados na missa do dia 24 de janeiro, dia de São Francisco de Sales, padroeiro dos profi ssionais da comu-nicação. Dom José presidiu à celebração na Catedral, com presença de fi éis e convidados, seguido de coquetel no Salão Porta Aberta.