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Silvana Schellini e José Peraçoli vão dirigir a FMB até 2015 Maternidade do HCFMB eleita como a 5ª melhor do Estado, segundo pesquisa Pesquisa de satisfação do usuário do SUS (Sistema Único deSaúde) apontou as dez melhores maternidades em todo o Estado e classificou o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botu- catu/Unesp como a quinta melhor unidade paulista. Promovido pela Secretaria de Estado da Saúde, entre julho e dezembro de 2010, o estudo teve a participação de 204,4 mil pacientes. Realizado pelo governo paulista, o levantamento entre as unidades monitora a qualidade do atendimento e satisfação do usuário, identifica possíveis irregu- laridades e amplia a capacidade de gestão da saúde pública. PÁGINA 11 Enfermagem debate ética e perspectivas atuais da profissão FOTOS FLÁVIO FOGUERAL Consulta à comunidade referenda professores para os cargos de diretora e vice. Plano de trabalho foca na consolidação do avanço institucional. P ÁGINAS 6 E 7 Silvana Schellini e José Carlos Peraçoli assumem a Medicina/Unesp com foco no crescimento da missão acadêmica Feira da Saúde educa em prol da qualidade de vida Aferição de Pressão Arterial, examede urina e diabetes, infor- mações sobre Acidente Vascular Cerebral e educaçãosexual. Esses foram alguns dos serviços que estarão disponíveis à população durante a 12ª edição da Feira da Saúde, que ocorreu dia 4 de junho, na Praça Emílio Pedutti, em Botucatu. A iniciativa foi da Fac- uldade de Medicinade Botucatu/ Unesp (FMB), através do Centro Acadêmico Pirajá da Silva- CAPS. Durante todo o dia foram ofereci- dos serviços que têm por objetivo promover a qualidade de vida e de saúde da população. Estiveram en- volvidos 130 alunos dos cursos de Enfermagem e Medicina da FMB, por meio das Ligas Acadêmicas de Ensino da instituição. PÁGINA 9 Centenas de populares receberam serviços como aferição de pressão arterial e também palestras educativas Após reformas, solários ampliam estrutura da FMB Dois dos principais espaços didáticos da Faculdade de Me- dicina de Botucatu/Unesp (FMB) foram inaugurados, em maio, após passarem por adequações. Os solários do Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringolo- gia/ Cirurgia de Cabeça e Pescoço; e da Disciplina de Cirurgia Vascular, além da nova sala de aula do curso superior em Radiologia foram apresentados pelo diretor da FMB, professor Sérgio Swain Mül- ler e sua vice, professora Silvana Artioli Schellini. As instalações são climatizadas, contam com mod- erno sistema multimídia e foram adaptadas para o fácil acesso de portadores de necessidades espe- ciais. PÁGINA 5 Priscila Marques Donato, autora do estudo, que analisou a função do plasma na cicatrização Soro de plasma pode otimizar a cicatrização Uma pesquisa realizada por integrantes do Hemo- centro do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (HCFMB) comparou os resultados de diferentes meios de cultura sobre a proliferação celular, contribuindo para a elucidação e otimização do processo de cicatrização. O trabalho recebeu o Prêmio Miguel Couto deste ano, oferecido pela Academia Nacional de Medicina. Nos últimos anos, esportistas famosos machucados, incluindo jogadores de futebol, tem passado por terapias com injeções do plasma rico em plaquetas (PRP) nos locais de lesão. E isso tem facilitado a recuperação e reduzido o tempo de afastamento desses profissionais. PÁGINA 12 Centro Saúde Escola confirma Antonio Cyrino à frente da supervisão PÁGINA 6 Discutir o papel do profissional de enfermagem dentro da assistência em saúde e suas respon- sabilidades morais. Esse foi o foco principal do 4º Encontro de Ética de Enfermagem que o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) realizou envolvendo enfermeiros, auxili - ares e técnicos da área. Em sua quarta edição, o encontro focou debates em temas como o estresse, relação do trabalho e a ética profissional dentro da enfermagem brasileira. Essa foi a primeira vez que integrantes do Conselho Federal de Enfermagem participaram do evento, que também teve a pre- sença do chefe de gabinete do Ministério da Integ- ração Nacional, Gelson de Albuquerque. PÁGINA 11 Medicamento em teste pode aliviar efeitos da TPM PÁGINA 9 FOTO FLÁVIO FOGUERAL FOTO FLÁVIO FOGUERAL

Jornal da FMB- Edição 34

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Edição do Jornal da FMB, informativo da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp e Hospital das Clínicas

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Page 1: Jornal da FMB- Edição 34

Silvana Schellini e José Peraçoli vão dirigir a FMB até 2015

Maternidade do HCFMB eleita como a 5ª melhor do Estado, segundo pesquisa

Pesquisa de satisfação do usuário do SUS (Sistema Único deSaúde) apontou as dez melhores maternidades em todo o Estado e classificou o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botu-catu/Unesp como a quinta melhor unidade paulista. Promovido pela Secretaria de Estado da Saúde, entre

julho e dezembro de 2010, o estudo teve a participação de 204,4 mil pacientes. Realizado pelo governo paulista, o levantamento entre as unidades monitora a qualidade do atendimento e satisfação do usuário, identifica possíveis irregu-laridades e amplia a capacidade de gestão da saúde pública. Página 11

Enfermagem debateética e perspectivas atuais da profissão

FOTOS FLÁVIO FOGUERAL

Consulta à comunidade referenda professores para os cargos de diretora e vice. Plano de trabalho foca na consolidação do avanço institucional. Páginas 6 e 7

Silvana Schellini e José Carlos Peraçoli assumem a Medicina/Unesp com foco no crescimento da missão acadêmica

Feira da Saúde educa em prol daqualidade de vida

Aferição de Pressão Arterial, examede urina e diabetes, infor-mações sobre Acidente Vascular Cerebral e educaçãosexual. Esses foram alguns dos serviços que estarão disponíveis à população durante a 12ª edição da Feira da Saúde, que ocorreu dia 4 de junho, na Praça Emílio Pedutti, em Botucatu. A iniciativa foi da Fac-uldade de Medicinade Botucatu/Unesp (FMB), através do Centro Acadêmico Pirajá da Silva- CAPS. Durante todo o dia foram ofereci-dos serviços que têm por objetivo promover a qualidade de vida e de saúde da população. Estiveram en-volvidos 130 alunos dos cursos de Enfermagem e Medicina da FMB, por meio das Ligas Acadêmicas de Ensino da instituição. Página 9 Centenas de populares receberam serviços como aferição de pressão arterial e também palestras educativas

Após reformas, solários ampliam estrutura da FMB

Dois dos principais espaços didáticos da Faculdade de Me-dicina de Botucatu/Unesp (FMB) foram inaugurados, em maio, após passarem por adequações. Os solários do Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringolo-gia/ Cirurgia de Cabeça e Pescoço; e da Disciplina de Cirurgia Vascular, além da nova sala de aula do curso superior em Radiologia foram apresentados pelo diretor da FMB, professor Sérgio Swain Mül-ler e sua vice, professora Silvana Artioli Schellini. As instalações são climatizadas, contam com mod-erno sistema multimídia e foram adaptadas para o fácil acesso de portadores de necessidades espe-ciais. Página 5

Priscila Marques Donato, autora do

estudo, que analisou a função do plasma

na cicatrização

Soro de plasma pode otimizar a cicatrização

Uma pesquisa realizada por integrantes do Hemo-centro do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (HCFMB) comparou os resultados de diferentes meios de cultura sobre a proliferação celular, contribuindo para a elucidação e otimização do processo de cicatrização. O trabalho recebeu o Prêmio Miguel Couto deste ano, oferecido pela Academia Nacional de Medicina. Nos últimos anos, esportistas famosos machucados, incluindo jogadores de futebol, tem passado por terapias com injeções do plasma rico em plaquetas (PRP) nos locais de lesão. E isso tem facilitado a recuperação e reduzido o tempo de afastamento desses profissionais. Página 12

Centro Saúde Escolaconfirma Antonio Cyrino à frente da supervisão

Página 6

Discutir o papel do profissional de enfermagem dentro da assistência em saúde e suas respon-sabilidades morais. Esse foi o foco principal do 4º Encontro de Ética de Enfermagem que o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB) realizou envolvendo enfermeiros, auxili-ares e técnicos da área. Em sua quarta edição, o encontro focou debates em temas como o estresse, relação do trabalho e a ética profissional dentro da enfermagem brasileira. Essa foi a primeira vez que integrantes do Conselho Federal de Enfermagem participaram do evento, que também teve a pre-sença do chefe de gabinete do Ministério da Integ-ração Nacional, Gelson de Albuquerque. Página 11

Medicamento em teste pode aliviar efeitos da TPM

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2 Faculdade de medicina

30/06/2011 - DEFESA DE TESELEOPOLDO MUNIZ DA SILVABIOMARCADORES RENAIS DE LESÃO GLOMERULAR E TUBULAR EM PACIENTES SUB-METIDOS À ANESTESIA PARA CIRURGIA ARTERIALPrograma: AnestesiologiaOrientador: Prof(a). Dr(a). Prof. Dr. José Guilherme MinossiLocal: Sala de Aulas do Depto. de Anestesiologia - FM de Botucatu - UNESPHorário: 8h30

30/06/2011 - DEFESA DE TESEFRANCISCO PAULO CONTADOR PARELLIPAPEL DE POLIMORFISMOS GENÉTICOS NOS GENES IL 10, TNF E LTA NA HANSENÍASEPrograma: Doenças TropicaisOrientador: Prof(a). Dr(a). Ana Carla PereiraLocal: Solário do Depto. de Doenças Tropicais e Diagnóstico por Imagem - FM/Botucatu Horário: 14 horas

08/07/2011 - DISSERTAÇÃO DE MESTRADOADRIANO MARTISON FERREIRA“AVALIAÇÃO DE MÉTODOS DE IDENTIFICAÇÃO E DETERMINAÇÃO DO PERFIL DE SENSIBILIDADE AOS ANTIMICROBIANOS EM STAPHYLOCOCCUS SPP. ISOLADOS DE PACIENTES COM INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO (ITU)”Programa: Doenças TropicaisOrientador: Prof(a). Ass. Dr(a). Maria de Lourdes R S da CunhaLocal: Solário do Depto. de Doenças Tropicais e Diagnóstico por ImagemHorário: 14h30

11/07/2011 - DEFESA DE TESEDENISE STEFANONI COMBINATOCUIDADOS NO FINAL DA VIDA: ANÁLISE DO PROCESSO DE TRABALHO NA ATENÇÃO PRIMÁRIAPrograma: Saúde ColetivaOrientador: Prof(a). Dr(a). Sueli Terezinha Ferreira MartinsLocal: Anfiteatro do Depto. de Saúde Pública - FM/Botucatu - UNESPHorário: 13h30

12/07/2011 - DEFESA DE TESEMARCELO DALLA VECCHIATRABALHO EM EQUIPE NA ATENÇÃO PRIMÁRIA À SAÚDE: O PROCESSO GRUPAL COMO UNIDADE DE ANÁLISE DA DIALÉTICA COOPERAÇÃO-TRABALHO COLETIVO Programa: Saúde ColetivaOrientador: Prof(a). Dr(a). Sueli Terezinha Ferreira MartinsLocal: Salão Nobre da FM de Botucatu - UNESPHorário: 14 horas

08/08/2011 - CURSOSAÚDE BASEADA EM EVIDÊNCIAS PARA PROFISSIONAIS DA SAÚDE E ALUNOSLocal: Laboratório de Informática do NEAD.TISHorário: 18:30 às 20:00hcontato: [email protected]

28/09/2011 - EVENTOVII CONFIAM - CONGRESSO DE FÍSICA APLICADA À MEDICINALocal: Salão Nobre da Faculdade de Medicina de Botucatu - UNESPHorário: 18 horascontato: [email protected]

Informações detalhadas no site www.eventos.fmb.unesp

agenda

curtas

Jornal da FMB completa 3 anosEm maio de 2008 começava a cir-cular pelas dependências do com-plexo Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp, Hospital das Clíni-cas e também na Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospi-talar- Famesp, uma nova publica-ção com o objetivo de integrar a comunidade acadêmica e também os colaboradores das instituições. Com 12 páginas- sendo a primeira e última impressas em cores-, era lançado o Jornal da FMB. Na publi-cação são encontrados assuntos de interesse da comunidade científica, com a divulgação de pesquisas e eventos relacionados, além de ser um espaço para o debate acadêmico. O cotidiano da faculdade e hospital também se mostram presentes e, juntamente com entrevistas, temas rela-cionados à saúde são amplamente discutidos. Nesses três anos, o Jornal da FMB acompanhou fatos importantes da instituição, como a celebração dos 45 anos da FMB, o processo de trans-formação do Hospital das Clínicas em autarquia vinculada à Secretaria da Saúde, a inauguração das novas estruturas físicas da faculdade, entre outros momentos marcantes. Publicado mensalmente, o periódico tem circulação mensal e tiragem de três mil exemplares, com a coordenação editorial da Assessoria de Comunicação e Imprensa (ACI). Todas as edições estão dis-poníveis para leitura no hostite da ACI, podendo ser acessadas pelo link: www.fmb.unesp.br/aci/jornal_fmb.php.

O diretor da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB),professor Sérgio Swain Müller recebeu, na manhã desta quarta-feira, 18 de maio,os vencedores do Concurso Cul-tural comemorativo aos 48 anos da instituição. A servidora da Diretoria de Serviços de Apoio Administrativo do Hospital das Clínicas da FMB Rosane M. dos Santos Shembeck e o aluno Wil-liam Yang Chen Fan, que cursa o segundo ano de Medicina, foram autores das duas melhores frases da promoção que tinha como pergunta: “Qual a importância da FMB para a comunidade?”.

Os ganhadores receberam um kit institucional composto por um certificado de participação (assinado pelos diretor e vice); uma camiseta alusiva ao aniversário de 48 anos da faculdade; um relógio de mesa, uma caneta e um broche com a logomarca da escola; um livro com imagens de Botucatu – de autoria do fotógrafo botucatuense

Vencedores do concurso cultural dos 48 anos da FMB são premiados

Promoção

Marcelino Dias – além de impressos corporativos da FMB. O concurso cultural, coordenado pela Assessoria de Comunicação e Imprensa (ACI) da Faculdade de Medicina e seu Hospital das Clínicas, recebeu dezenas de frases, tanto pelo hotsite criado exclusivamente para a promoção, como em urnas espalhadas pelo campus.

Durante o encontro com os vencedores, pro-fessor Sérgio Müller fez questão de agradecer aos autores das frases o carinho que demonstraram coma instituição ao escreverem o texto. “Esse concurso foi bastante interessante,pois possibilitou que uma servidora com vários anos de dedicação à FMB e um aluno que está em nossa escola há pouco tempo pudessem expressar como enxer-gam a FMB”, comentou.

Confira as frases vencedoras do concurso cultural:

“Formação de alto nível; Méritos interna-cionais; Beleza em tudo que faz”, Rosane M. dos Santos Shembeck

“A FMB contribui muito bem, para que todo o ser que em Botucatu aparecer, seja homem, seja mulher, criança ou idoso, no vigor ou na fraqueza; tenha a sua saúde, a sua vida, por completo respeitada, por excelência bem cuidada, por primazia valorizada!”, William Yang Chen Fan.

William e Rosane foram recepcionados pelo professor Sérgio Müller

(ao centro)

Tomou posse, dia 10 de junho, a nova composição da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) da Faculdade de Me-dicina de Botucatu/Unesp (FMB). Maria Emília Pereira, servidora vinculada à Seção Técnica de Recursos Humanos é a nova presidente, em substituição à enfermeira Miriam Paiva. A cerimônia foi realizada na Casa do Servidor, com presença da vice-diretora da FMB, pro-fessora Silvana Artioli Schellini e dos novos membros. Eles são servidores que passam a ter, além de suas atribuições profissionais, a responsabilidade de zelar pela segurança dos colegas de trabalho. Os cipeiros, que estão espalhados pelos vários setores do complexo Faculdade de Medicina/Unesp (FMB) e Hospital das Clínicas (HC), merecem ser lembrados e devem acionados.

Entre as principais funções do cipeiro, estão: observar os procedimentos realizados, as condições de trabalho e atender às queixas dos funcionários. Levar um relatório para as reuniões da CIPA e apresentar ao grupo, no sentido de buscar uma solução junto a Direção da instituição.

Professora Silvana ressaltou considerar in-teressante a iniciativa de cada unidade contar com sua comissão. Para ela, a oportunidade de os grupos trabalharem com situações particula-res de suas instituições permitiu solucionar mais adequadamente os problemas. “Se seguirmos as regras de segurança no trabalho conseguire-mos desempenhar nossas tarefas sem adoecer. Por isso, o papel da Cipa é muito importante”, avalia professora Silvana.

Maria Emília, agora presidente da Cipa FMB, destacou a importância da parceria entre as comissões da Faculdade de Medicina, Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar (Famesp) e Serviço de Engenharia, Segurança e Medicina do Trabalho. “Estou disposta a trabalhar pela causa da segurança no trabalho. Não tenho experiência nessa área, mas vou me esforçar para que as pessoas trab-alhem com alegria”, disse. Durante a cerimônia de posse ficou decidido que a servidora An-dreia Marques Morato será a vice-presidente.

Integrantes da Cipa são empossadossaúde do trabalhador

Titulares Representantes do Empregador:Maria Emilia PereiraMaria T. de Oliveira LimaMarcos Rogério BallesteroJoão Roberto MarcolinoEdson RosaSueli Aparecida ClaraCristina de AlmeidaAntonio Aparicio Panhozzi

Suplentes Representantes do Empregador:Ervaldina T. de Oliveira HayashiSuelene Ap. Bertin CarniettoAmanda C. M. da C. Ribeiro RissoCelia Regina Macoris LopesShirlei PradoMilene Regina BailoRosana de F. Palumbo Mingotti

Titulares Representantes dos Empregados (Eleitos):Andréa Marquez MoratoNivaldo ConceiçãoRegina Célia ConeglianElisiane Maria Cruzichi MemareSolange Ramires DaherMarcelo BiasottiLilian Cristina Nadal BianchiMisael Donizetti de Freitas

Suplentes Representantes dos Empregados:Luiz Claudio CunhaErminio Toré JuniorFabio Luis CaldeiraElenice Batista FerreiraCristino Oliveira Silva NetoRosangela A. Moraes CamargoAna Maria Gomes de Almeida

Maria Emília durante posse à frente da Cipa e membros da comissão que passaram por curso preparatório. Mandato é de um ano

os novos membros ‘Expressões Urbanas’ na Biblioteca do Campus

A colunista social e fotógrafa Adelina Gui-marães realizou, entre 2 de junho e 2 de julho, a exposição ‘Expressões Urbanas’, no mezzanino da Biblioteca do Cam-pus, em Rubião Júnior. A exposição, que teve a curadoria do jornalista Fernando Hossepian e da diretora da Biblioteca do campus, Enilze Vol-

pato, foi um convite para a comunidade unespiana e botucatuense em conhecer aspectos curiosos de diversas regiões urbanas em países como Brasil, Espanha, Cuba e Portugal. Cada fotografia ilustra cenas únicas e peculiares da cultura de cada povo. Ao inovar, Adelina convidou personalidades políticas, culturais e pes-soas de destaque da sociedade botucatuense para conceituarem as imagens. Durante a abertura, Adelina Guimarães recepcionou professores da Unesp, colegas de imprensa e também o secretário municipal de Cultura, Osni Ribeiro e o vice-prefeito de Botucatu, Antonio Luiz Caldas Júnior.

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Faculdade de medicina

Vice-Reitor no exercício da reitoria: Julio Cezar DuriganFaculdade de medicina de botucatu

Diretor: Sérgio Swain MüllerVice-diretora: Silvana Artioli Schellini

Superintendente do HCFMB: Emílio Carlos CurcelliVice-superintendente: Irma de Godoy

Presidente da Famesp: Pasqual BarrettiVice-presidente: Shoiti Kobayasi

O Jornal da FMB é uma publicação mensal da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp e das fundações, unidades médico-hospitalares e de pesquisas a ela vinculadas. Sugestões, comentários e colaborações devem ser encaminhadas à Assessoria de Comunicação e Imprensa da FMB/Unesp pelo endereço [email protected]. ou telefone (14) 3811-6140 ramais 120 e 123.

Assessoria de Comunicação e Imprensa- Leandro Rocha (MTB-50357)Produção, editoração e impressão: G3 Gráfica & Editora- Rua Jorge Barbosa de Barros, 163- Jardim Paraíso-Botucatu-SPReportagens: Flávio Fogueral (MTB- 34927)Fotografia: Flávio Fogueral, Fotografia AG Unesp Botucatu e Arquivo ACI/FMB

universidade estadual Paulista “Júlio de mesquita Filho”

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Comissão visita universidades europeias e firma parceriasvisita Foi oPortunidade

Para que a Faculdade de medicina realce

relações com universidades euroPeiais

Uma comissão de professores da Facul-dade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB), incluindo o diretor, professor Sérgio Swain Müller,visitou, em maio, universidades em Por-tugal e na Alemanha, em busca de parcerias. Os representantes da FMB estiveram nas universi-dades de Lisboa,Coimbra e Porto, em Portugal e na Universidade de Regensburg, na Alemanha.

Portugal - Na Universidade de Lisboa, a comissão foi recebida pelo professor José Fer-nandes e Fernandes, diretor da Faculdade de Medicina da instituição (FMUL). O anfitrião se mostrou interessado em firmar parcerias tanto na área da graduação quanto na pesquisa. Ele também recebeu documentos para o reconhecimento bilateral dos diplomas de graduação em medicina entre a FMB e FMUL.

Na mesma escola, os professores da FMB conheceram Maria do Carmo Fonseca, diretora Executiva do Instituto de Medicina Molecular e a gerente do Instituto de Me-dicina Molecular, Alexandra Maralhos.

Após uma visita às instalações de suas respectivas unidades, elas foram convidadas a visitar a Faculdade de Medicina de Botucatu quando forem inauguradas as unidades de Pesquisa Experimental e de Pesquisa (Uni-pex) e Unidade de Pesquisa em Experimentação Animal (UPEA).Entre a FMB e a FMUL também poderá ser firmado um intercâmbio envolvendo alunos de pós-graduação e pós-doutorado das duas unidades.

Na Faculdade de Medicina de Coimbra, os professores também iniciaram conversas para futuro convênio em relação ao ensino de graduação (mobilidade dos alunos)e também no campo da pesquisa. Na Escola Superior de Enfermagem de Coimbra(ESEnfC) houve, mais uma vez, interesse em parceria que envolveria os cursos de

graduação em Enfermagem, além da área da pesquisa. Haverá. em breve, troca de informações sobre as principais linhas de pesquisa em andamento na FMB.

Na Universidade do Porto (FMUP), foi entregue pelo diretor da FMB, professor Sérgio Müller, o convênio de reconhecimento bilateral dos diplomas de gradu-ação em medicina entre a FMB e

FMUP para encaminhamento junto ao Reitor da universidade do Porto. Foi ainda destacada a necessidade de implantar programa de mobilidade entre alunos das instituições, com a realização de estágios voltados tanto ao internato como à Residência Médica. Outra discussão foi sobre o intercâmbio na pesquisa e Pós-Graduação com a realização de Pós-Doc e Doutorado Integrado, visto que o convênio celebrado entre as instituições contempla esses itens.

Alemanha – Na Universidade de Regens-burg, a comitiva botucatuense participou da apresentação dos resultados da mobilidade estudantil e docente nos últimos quatro anos, com as propostas de ampliação. Foi apontado que a atual integração do estágio de medicina intensiva realizado em Regensburg, como estágio opcional, durante o quinto ano do curso de medicina da FMB, resultou em importante aumento do número de estu-dantes vindos da Faculdade de Medicina de Botucatu para Regensburg.

Foi discutida a necessidade da assinatura do Termo Aditivo de Cooperação entre as

instituições e definido que o documento será encamin-hado para assinatura em junho deste ano.

A direção da Faculdade de Medicina de Regens-burg está de acordo em ampliar as áreas de estágio e poderá receber todos os alunos interessados da FMB, sem número limite, desde que haja concordância do departamento envolvido. Também houve consenso de ambas as partes em ampliar as atuações de cooperação para pesquisa e pós-graduação (doutorado sanduíche, pós-doutorados).

Participaram das visitas às universidades europeias as professoras Célia Regina Nogueira, presidente da Comissão Permanente de Pesquisa; Silke Weber, co-ordenadora do Escritório de Relações Internacionais da FMB e o professor Paulo José Fortes Villas Boas, vice-coordenador do Conselho de Curso de Gradu-ação em Medicina.

internacional

Botucatu e outras três cidades da micror-região passarão a contar, a partir de julho, com atendimento do SAMU (Serviço de Atendi-mento Móvel de Urgência). Os funcionários que atuarão na assistência à população começaram, dia 21 de junho, a receber treinamento no quar-tel do Corpo de Bombeiros local.

O serviço, que disponibilizará unidades móveis em Botucatu, Anhembi, Areiópolis e Pardinho – com população de 150 mil habi-tantes - será administrado pela Fundação UNI – vinculada à Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) e responsável pela gestão da saúde no Município.

Funcionará de forma integrada com a Cen-tral de Ambulâncias da Secretaria Municipal de Saúde e Unidade de Resgate (UR) do Corpo de Bombeiros. A fundação já realizou a contratação de 53 profissionais, sendo 14 médicos; 10 técni-cos auxiliares de regulação médica (telefonistas); 10 motoristas socorristas; 8 enfermeiros em urgência/emergência móvel; 6 técnicos de en-fermagem/emergência móvel e 5 auxiliares de serviços gerais/lavadores de ambulância.

Temporariamente, a Central de Regulação do SAMU funcionará nas dependências do antigo ARE (Ambulatório Regional de Especiali-dades), localizado na Avenida Santana. O espaço passa atualmente por reformas e adaptações, custeadas pela Prefeitura de Botucatu. Futura-mente, a instalação definitiva do serviço será no prédio onde funcionava a Secretaria Municipal do Meio Ambiente, junto à antiga administração da Fepasa.

Nessa obra serão investidos R$ 100 mil, provenientes do Ministério da Saúde, que também já liberou R$ 96 mil para serem empregados em equipamentos, tecnologia, informática e redes. Outros R$ 16 mil do governo federal serão aplicados na compra de materiais e mobiliários.

Estrutura– Em Botucatu, estarão à disposição da população duas ambulâncias: Unidade de Suporte Básico (USB) – que realizará atendimentos de menor complexidade e Unidade de Suporte Avançada (USA). Os outros três municípios da região que contarão com o SAMU receberão um automóvel tipo USB, cada.

Nas Unidades de Suporte Básico, que não realizarão res-gates ou salvamentos, mas sim prestarão assistência às vítimas, atuarão um enfermeiro ou técnico de enfermagem e o motor-ista. Já as Unidades de Suporte Avançado, que serão acionadas em situações de resolução mais complicada, trabalharão com

Com gestão da Fundação UNI, SAMU começa operar em julhopré-definidos, mobilizar uma ambulância simples, municipal, ou uma unidade do SAMU ou a Unidade do Corpo de Bombeiros (em alguns casos essas duas últimas poderão ser envolvidas concomitantemente em uma mesma ocorrência).

Atendimento pré-hospitalar - José Carlos Christovan, diretor-executivo da Fundação UNI – entidade responsável pela contratação e capacitação de recursos hu-manos, além da logística, aquisição de equi-pamentos e insumos para o SAMU - destaca que uma das principais contribuições serviço será iniciar o atendimento clínico às vítimas no próprio local da ocorrência, sem que seja preciso aguardar a chegada no hospital. “Isso pode melhorar o quadro do doente e também aumentar sua sobrevida”, afirma.

Ele destaca ainda que, quando as chama-das forem unificadas, será possível otimizar a utilização das ambulâncias municipais. “A Central de Regulação vai ter condições de enviar para atender ao chamado a unidade

mais adequada à ocorrência. Os casos e suas complexi-dades serão analisados por um médico”, reforça.

Menos sobrecarga aos bombeiros – Tenente Edson Winckler Filho, comandante do Posto dos Bombeiros de Botucatu, salienta que a implantação do SAMU vai de-safogar seu efetivo para que possam atender de maneira ainda mais adequada acidentes e traumas graves, através da Unidade de Resgate. Atualmente, os bombeiros aten-dem uma média de 10 ocorrências por dia, sendo que a metade é acidentes de trânsito.

Ele também anunciou que serão definidos protocolos de atendimento para cada serviço (Central de Ambulân-cias, Bombeiros e SAMU). Essas informações serão divul-gadas e distribuídas à população.

Tenente Winckler ainda orienta aos usuários dos ser-viços de urgência e emergência para que, ao telefonarem para o 192 ou 193, observem alguns aspectos importantes, como: se a vítima está ou não consciente; detalhes de como foi a ocorrência e localização exata de onde está a vítima com ponto de referência, para facilitar o acesso dos socorristas.

Capacitação – Dia 30 de junho, representantes do Ministério da Saúde, estarariam em Botucatu para avaliar a estrutura montada para o SAMU e também os protocolos de atendimento.

enfermeiro, médico e motorista. Ambas poderão servir de apoio à Unidade de Resgate do Corpo de Bombeiros no atendimento de ocorrências mais graves, como acidentes de trânsito, por exemplo. Acidentes sempre serão atendidos pelos bombeiros.

Três “ambulâncias brancas”, da Central de Ambulâncias da Secre-taria Municipal de Saúde, permanecerão em atividade para transporte de pacientes em situações que não sejam de urgência ou emergência. O contato é o telefone gratuito ***

Central de Regulação - Inicialmente, após o SAMU entrar em operação, a população poderá pedir socorro pelos telefones 193 (Bombeiros) ou 192 (SAMU). No entanto, a meta é unificar as chama-das em uma única central de atendimento. Serão dois telefonistas por turno, 24 horas por dia.

Quando esse serviço estiver disponível, um médico de plantão participará dos atendimentos telefônicos recebidos e, após aval-iação técnica da natureza da ocorrência, terá papel fundamental na decisão sobre qual unidade móvel será deslocada até o local onde está a vítima. Dessa forma, será possível, através de protocolos

Trabalhadores contratados através da Fundação UNI para atuar no SAMU foram treinados pelos bombeiros. Estão disponíveis duas ambulâncias para o serviço

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4 Faculdade de medicina

traJetória acadêmica e ProFissional de Joel sPadaro está ligada com a história da Fmb

Professora do Departamento de Clínica Médica da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB), Jacqueline Teixeira Caramori, foi qualificada com o título de livre-docência da instituição. O concurso para a mudança na carreira acadêmica ocorreu nos dias 26 e 27 de maio.

Compuseram a banca examinadora os profes-sores Pasqual Barretti e Augusto Cezar Montelli, ambos da FMB; além de João Egídio Romão Júnior e Emmanuel de Almeida Burdmann (ambos da Faculdade de Medicina da USP-Universidade de São Paulo) e Márcio Dantas, vinculado à Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto, também vinculada à USP. Ela realizou prova na disciplina de “Fatores Clínicos, Microbiológicos e Determinantes do Prognóstico nas Infecções em Diálise Peritoneal”, sendo dividida em exame didático e leitura de prova escrita. No dia 27, ocorreu a defesa de tese em que profª Jacqueline discorreu sobre o tema “Vinte anos em Diálise Peritonealno Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu”.

Jacqueline Teixeira Caramori é formada em Medicina pela Universidade Federal do Pará (1986). Realizou residência médica em Clínica Médica e Nefrologia, além de doutorado em Fisiopatologia em Clínica Médica, área Nefrologia, pela Faculdade de Medicina Botucatu/Unesp(1999). Pertence à Di-retoriada Sociedade Paulista de Nefrologia - Sonesp.

Jacqueline Caramori recebe título de livre-docente pela Medicina/Unesp

Integrante do Departa-mento de Oftalmologia,Otorrinolaringologia e Cirurg-ia da Cabeça e Pescoço da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) Jair Cortez Montovani (foto ao lado) foi qualificado, dia 19 de maio, como profes-sor titular da instituição, na disciplina de “Urgência e Emergências Cirúrgi-cas: Otorrinolaringologia e Cirurgia da Cabeça”.

O concurso para o provi-mento do cargo, autorizado pela reitoria da Unesp, foi realizado em duas etapas, que consistiram na arguição e julgamento do memo-

rial- que engloba toda a carreira acadêmica e produção científica-, além de uma prova didática. Nesse exame, o concorrente discorreu sobre a “Investigação de biomarcado-res de progressão tumoral em câncer decabeça e pescoço”.

Foram componentes da banca examinadora os profes-sores Silvana Artiolli Schelini e Antonio José Maria Catâneo (ambos da FMB); Arthur Octavio Kós, da Universidade Federal do Rio de Janeiro; Alceu Sérgio Trindade Júnior, da Faculdade de Odontologia da Universidade de São Paulo e José Antonio Patrocínio, da Universidade Federal de Uberlândia.

Jair Cortez Montovani tem maior parte da sua carreira acadêmica e científica ligada com a Faculdade de Medicina de Botucatu. Possui graduação, mestrado e doutorado em Otorrinolaringologia pela instituição. Tem experiência na área de cirurgia e otorrinolaringologia.

Jair Montovani é aprovado para cargo de professor titular

A docente do Departa-mento de Clínica Médica da Faculdade de Medic-ina de Botucatu/Unesp (FMB), Irma de Godoy, obteve, dia 8 de junho, a qualificação para o cargo de professora titular nas disciplinas de Medicina Interna I, II e III da in-stituição. A acadêmica também é vice-super-intendente do HCFMB- Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu.

O concurso, realizado em três etapas, consistiu no julgamento do me-morial, arguição pública

do memorial- que engloba toda a carreira acadêmica e produção científica-, além de uma prova didática. Nessa última parte, profª Irma discorreu sobre “Fisiopatologia e abordagem das manifestações sistêmicas da doença pul-monar obstrutiva crônica”.

Foram componentes da banca examinadora os profes-sores da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp, Álvaro Oscar Campana e Antonio José Maria Catâneo. Ainda inte-graram a mesa Fernando Salvador Moreno, da Faculdade de Ciências Farmacêuticas; Hélio Vannucchi, da Faculdade de Medicina de Ribierão Preto, ambas da USP- Universidade de São Paulo; e José Alberto Neder, da Faculdade de Medicina da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).

Irma de Godoy concluiu o doutorado em Medicina (Pneumologia) pela Universidade Federal de São Paulo em 1982 na área de reabilitação pulmonar. Realizou pós-douto-rado na University of Pittsburgh no período de 1992-1994, em Doença Obstrutiva Pulmonar Crônica (DPOC), Nutrição e Inflamação. Atua na área de Pneumologia com ênfase em DPOC, Nutrição, Tabagismo, Oxigenoterapia Domiciliar Prolongada e Reabilitação Pulmonar. A acadêmica ainda faz parte do conselho editorial do Jornal Brasileiro de Pneumo-logia e é revisora de publicações nacionais e internacionais.

concurso

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Irma de Godoy obtém cargo de professora titular pela Clínica Médica

Livre-docência é um título concedido no Brasil por uma instituição de ensino superior, mediante concurso público aberto, desde 1976, apenas para portadores do título de doutor, e que atesta uma qualidade superior na docência e na pesquisa. Na Universidade de São Paulo (USP), Uni-versidade Estadualde Campinas (Unicamp) e Universidade Estadual Paulista (Unesp), a livre-docência é requisito para a candidatura a professor titular e o livre-docente recebe o título de professor-associado, quando já pertence aoquadro docente da universidade (mas o título pode ser obtido também por doutores externos à universidade).

titulação

O professor emérito da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB), Joel Spadaro, recebeu, dia 27 de maio, o título de “Botucatuense Emérito”, concedido pela Câmara Municipal de Botucatu. O autor da honraria foi o vereador Lelo Pagani (PT).

Joel Spadaro é natural de Botu-catu e integrante da primeira turma de Medicina da então Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas deBotucatu (FCMBB), atual campus da Unesp no município. Sua tra-jetória acadêmica e profissional está ligada intimamente com a história da própria FMB. Fez parte da primeira diretoria do Centro Acadêmico Pirajá da Silva (CAPS) como coordenador de esportes.

Em 1969, graduou-se em Medic-ina pela Faculdade de CiênciasMédi-cas e Biológicas de Botucatu e fez doutorado em Ciências pela própria FCMBB, em 1974. Fez concurso de livre-docência, em 1980. Ingressa, em

1984, para o quadro de docentes da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp. Atuou politicamente, nos anos 1960, na Operação Andarilho- mo-bilização realizada por estudantes da antiga FCMBB em busca de recursos para a instituição- e foi eleito o 29º prefeito de Botucatu com mandato de 1989 a 1992. Também foi vice-prefeito entre 1982 e 1986.

Spadaro desenvolveu ainda atividades administrativas como: representação em Conselhos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina deBotucatu, na Congregação da Faculdade de Medicina e no Conselho Universitário da Unesp. Foi representante do Estado de São Paulo junto à Associação Brasileira de Educação Médica - ABEM e também representante regional da Sociedade de Cardiologia

do Estado de São Paulo - SOCESP. Foi, durante dois anos, Presidente do Conselho de Curadores da Funda-ção para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar - Famesp. O homenageado exerceu, ainda, a chefia do Departamento de Clínica Médica por dois mandatos; sendo também vice-diretor (2001 a 2005) e diretor da Faculdade de Medicina de Botucatu (2005 a 2007). Em 2009, recebeu a titulação de professor emérito da FMB.

Prof. Joel Spadaro recebe título de “Botucatuense Emérito”

sobre a livre-docência

Joel Spadaro com familiares, vereadores, representantes da Unesp e autoridades locaisapós a cerimônia de entrega do título

Presidente da Câmara de Botucatu, vereador Curumim concede broche com o brasão do município ao professor emérito da FMB, Joel Spadaro

FOTOS MARCELINO DIAS

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geral

Quando a exposição ocorre em baixas doses e por longo tem-po, estamos frente a um problema

João Lauro Viana Camargo, sobre efeitos dos agrotóxicos

Novos solários para aulas e sala tecnológica do curso de Radiologia são apresentados

Solários do Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia/ Cirurgia de Cabeça e Pescoço; e da Disciplina de Cirurgia Vascular, além da nova sala de aula do curso superior em Radiologia

Dois dos principais espaços didáticos da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) foram inaugu-rados, dia 20 de maio, após passarem por adequações. Os solários do Departamento de Oftalmologia, Otor-rinolaringologia/ Cirurgia de Cabeça e Pescoço; e da Disciplina de Cirurgia Vascular, além da nova sala de aula do curso superior em Radiologia foram apre-sentados pelo diretor da FMB, professor Sérgio Swain Müller e sua vice, professora Silvana Artioli Schellini.

As instalações são climatizadas, contam com mod-erno sistema multimídia e foram adaptadas para o fácil acesso de portadores de necessidades especiais. A sala do curso de Radiologia será utilizada para que os alunos tenham a possibilidade de assistir, em tempo real, os procedimentos de diag-nóstico por imagem realizados no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu (HCFMB).

Através de um convênio entre a Unesp e a Fatec (Faculdadede Tecnologia de Botucatu), estudantes desse curso passam pelas aulas práticas no HCFMB. Divididos em grupos, eles se revezam entre a transmissão por vídeo e o acompanhamento presencial dos exames. Haverá capacidade para acomodar 14pessoas.

Professor Sérgio Müller, diretor da FMB, enfatizou durante a inaugu-ração da nova estrutura, que futuros tecnólogos em Radiologia - cuja primeira turma será formada neste ano - são profissionais bastante procurados pelo mercado de trabalho atualmente, já que podem atuar nos vários processos oferecidos pelos centros de diagnóstico por imagem. “A FMB oferece a eles um treinamento em serviço”, colocou.

O diretor da Fatec de Botucatu, professor Roberto Colenci,lembrou que a proposta de firmar um convênio com a Unesp para a criação do

curso de Radiologia foi encarada com um desafio. Ele disse que o envolvimento da instituição que representa sempre foi na área de exatas, por isso iniciar um pro-jeto no campo da saúde era uma novidade. “Quando fizemos algumas adaptações no currículo do curso decidimos dar um enfoque no empreendedorismo, o que deu muito certo. Hoje é o curso mais procurado da Fatec”, frisou, avaliando que a parceria com a Unesp ainda pode render mais frutos.

Novos solários – Reformados para oferecer mais con-forto aos alunos dos cursos de Medicina e Enfermagem,

os solários terão estrutura para receber 27 estudantes. Professor Sérgio Müller citou que melhorar as condições desses ambientes era uma antiga reivindicação. Em sua gestão, com exceção do solário de neurologia, psicologia e psiquiatria, todos os demais passaram por adequações.

Para o professor Edson Nacib Jorge, chefe do Departamento de Oftalmo e Otorrino/Cirurgia de Cabeça e Pescoço da FMB, a faculdade passa agora a ter ambientes de ensino com a qualidade que merece. “Uma instituiçãocresce com uma administração zelosa dos bens públicos”, declarou.

O solário da Cirurgia Vascular, que recebe o nome do pro-fessor Sidnei Lastoria – um dos fundadores da disciplina na FMB – será mais uma estrutura a disposição dos universitários. Professora Regina Moura, responsável pela disciplina, lembrou que o local foi utilizado, ao longo das últimas décadas,para a discussão de casos clínicos, aulas com residentes e alunos. Ela disse estar satisfeita com as melhorias realizadas e também por poder homenagear professor Lastoria.

Professor Lastoria comen-tou que todos os esforços

administrativos para que o solário fosse reformado servem de estimulo para a disciplina de Cirurgia Vascular. “Me lembro que foi nesse espaço que começamos a dar aulas para os alunos do 5º ano (internato); fizemos reuniões clínicas, científicas e até políticas. Nossa disciplina tem grande importância para FMB, HC, para toda a região e também para o Brasil. Obrigado a todos que me permitiram participar dessa jornada gloriosa”, salientou. Os solários es-tão localizados no saguão entre as enfermarias de Oftalmologia/Otorrinolaringologia/Cirurgia de Cabeça e Pescoço e Cirurgia Torácica e também no saguão da Enfermaria de Cirurgia Vascular. A sala do curso de Radiologia fica nas proximidades do Hemocentro do HCFMB.

as instalações são climatizadas, contam com moderno sistema

multimídia e Foram adaPtadas Para o Fácil

acesso no local

Homenageado

Professores Edson e Silvana inauguram solário da Oftalmo/Otorrino. Professor Sidnei é homenageado com seu nome no novo solário da Cirurgia Vascular. Sala do curso de radiologia é oficializada pelo diretor da instituição Roberto Colenci e prof. Paulo Silvares

A atuação em ensino e pesquisas contra o câncer, um dos piores males do século XX, rendeu à professora do Departa-mento de Urologia da Faculdade deMedicina de Botucatu/Unesp (FMB), Silvia Regina Rogatto, indicação como personali-dade do ano pela Revista Cláudia, uma das maiores publicações voltadas à mulher do país.

O prêmio, criado em 1996, homenageia as brasileiras que transformam a realidade com iniciativas originais, nas categorias ciência e cultura. A cada ano, quinze mulheres de destaque da sociedade são escolhidas como finalistas. Ao todo, já foram premiadas 75 personalidades entre elas Fernanda Montenegro, Mayana Zatz, Luiza Helena Trajano e Nicette Bruno.

Indicada na categoria ciência, Silvia Rogatto concorre com Izete Zanesco, física gaúcha vinculada à da Pontifícia Univer-sidade Católica doRio Grande do Sul, e desenvolve estudos que visam alternativas para melhorutilização da energia solar e fontes renováveis de energia; e Lucia Yuyama-nutricionista do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa), que desenvolve trabalho de pesquisa sobre frutos amazônicos e suas composições alimentares ao ser humano.

Professora Silvia, de 51 anos, é também pesquisadora do-Centro Internacional de Pesquisas do Hospital A.C. Camargo. Bióloga e geneticista, a acadêmica é uma das maiores especial-istas brasileiras emgenética de câncer, abrindo caminho para diagnósticos mais precisos e tratamentos eficientes de vários tipos da doença. Descobriu, por exemplo,mutações em alguns genes que indicam a predisposição para o desenvolvimento

Escolha

Silvia Rogatto é finalista do prêmio Cláudia 2011de tumores comuns em mulheres, como os de mama e de cólon.

Para a concorrente, a indicação representa o empenho do país no combate ao câncer e o destaque que o assunto tem na saúde mundial. “Fiquei surpresa com esse reconhecimento. Isso eleva o nome da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp, do AC Camargo a um pa-tamar de excelência em pesquisas e coloca o Brasil no mesmo nível de países desenvolvidos. Quero dividir esse momento com todos os que colaboraram para essa luta contra o câncer”, ressalta profª Silvia.

Toda a votação ocorre através do site da revista e o resultado deve ser divulgado nas próximas semanas. O endereço para o hotsite da premiação é www.claudia.abril.com.br/premioclaudia

o Prêmio, criado em 1996, homenageia

as brasileiras que transFormam a realidade

com iniciativas originais,

Silvia Rogatto é uma das maiores

especialistas brasileiras em genética de câncerFO

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6 Faculdade de medicina

uma das PrinciPais metas de sua gestão será o aPrimoramento do ensino, Pesquisa e extensão universitária

Após consulta aos segmentos que compõem os corpos docente, discente e de servidores, a Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp foram ratificados, os nomes dos professores Silvana Artioli Schellini e José Carlos Peraçoli para a direção da instituição nos próximos quatro anos. O atual diretor é o professor Sérgio Müller.

Estavam aptos a votar- mas nem todos comparece-ram- 3.273 eleitores vinculados à Unesp, sendo 299 professores (que tiveram peso de 70% na escolha), 1363 servidores e 1611 alunos (as duas últimas categorias com peso de 15% no processo consultivo). Entre os votantes, houve a aprovação de 89% do corpo docente, 93,4% dos servidores e 91,2% dos alunos.

Os nomes dos professores Silvana e Peraçoli- que compunham chapa única ao cargo- foram homologados no dia 17 de junho, durante reunião extraordinária da Congregação da faculdade. Já a posse ocorre dia 19 de julho, às 10 horas no Salão Nobre da FMB e ambos irão administrar a Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp até 19 de julho de 2015.

Segundo a nova diretora, uma das principais me-tas de sua gestão será o aprimoramento do ensino, pesquisa e extensão universitária, que terão maior ênfase após a transformação do Hospital das Clíni-cas em autarquia vinculada ao governo do Estado de São Paulo. Ela frisa, no entanto, que a busca pela sintonia com os mais diversos setores da faculdade

Formado em Medicina, no ano de 1974 (VII Turma), pela Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu, hoje Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP. Realizou curso de es-pecialização (Residência Médica) no Programa de Ginecologia e Obstetrícia da mesma instituição entre 1975 e 1977. Em 1978 foi contratado como Auxiliar de Ensino junto ao Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Obteve o título de Mestre no Programa de Pós-graduação em To-coginecologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP em 1980 e o título de Doutor no Programa de Pós-graduação em Clínica Médica – área de Nefrologia da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP em 1990. No ano de 2000 obteve o título de Livre-docente em Obstetrícia junto a Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP e no ano de 2008 foi aprovado em concurso para o cargo de Professor Titular junto a Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP.

Desde sua contração em 1978, como docente em RDIDP, junto ao Departamento de Gineco-logia e Obstetrícia desta instituição, desempenha funções no ensino (graduação, pós-graduação lato e strito sensu), desenvolve pesquisas, presta assistência e exerce cargos administrativos. No ensino destaca sua dedicação ao curso de graduação em Medicina, atuando continuamente para sua melhoria do mesmo, quer no âmbito restrito da área de Ginecologia e Obstetrícia, como no âmbito geral, participando de projetos e colegiados relacionados ao ensino da Faculdade de Me-dicina de Botucatu – Unesp. Na Pós-graduação está vinculado ao Programa de Pósgraduação em Ginecologia e Obstetrícia desta instituição, orientando alunos em nível de Mestrado, Doutorado e Pós-doutorado. Na pesquisa desenvolve projetos, principalmente na linha de pesquisa “Hiper-tensão arterial e gravidez”, nas áreas clínica e experimental. Na extensão/assistência desenvolve atividades nos diferentes ambulatórios de assistência Pré-natal, na enfermaria de Obstetrícia e no Centro Obstétrico. Como experiência administrativa destaca-se: Vice-Chefe do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Botucatu - Unesp (1994 a 1996, 2002 a 2004 e 2008 a 2009); Chefe do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Botucatu - Unesp (1996 a 1998 e 2004 a 2006); Chefe da Disciplina de Obstetrícia o Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Botucatu – Unesp (1995 a 2010); Coordenador do Núcleo de Apoio Pedagógico do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Botucatu - Unesp (2007 a 2009 e 2009 a 2011); Vice-Presidente da Comissão de Internato do Curso de Graduação em Medicina da Faculdade de Medicina de Botucatu – Unesp (2001 a 2002); Presidente da Comissão do Processo de Reestruturação Curricular do Curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Botucatu–Unesp (desde 2009)

Comunidade aprova nova direção da Medicina/Unesp até 2015

é primordial nesse processo. “A direção da Faculdade de Medicina tem o dever

de manter a qualidade, a credibilidade, o respeito conquistado junto à comunidade. Mais ainda, deve estar engajada com o seu crescimento em relação a missão pela qual existe: ensino, pesquisa e assistência”, declarou profª Silvana. “Isso (cumprimento da missão institucional) só será possível com o trabalho, apoio e a compreensão da comunidade acadêmica, princi-palmente diante das situações novas que promovam o crescimento da faculdade”, frisou a nova diretora.

Uma das maiores instituições de ensino superior pública do Estado, a Faculdade de Medicina de Botucatu mantém dois cursos de graduação: Medicina- com 90 vagas, que possui a maior concor-rência no vestibular da Unesp- e Enfermagem, para o qual são ofertadas 30 vagas anuais e tem se consolidado como um dos mais bem conceituados do país.

A FMB também é responsável por 36 programas de residência médica, 53 de aprimoramento profissional, 8 de pós-graduação e 2 de mestrado profissionali-zante. O complexo FMB e Hospital das Clínicas reúne 251 professores universitários, 284 docentes e 1.412 servidores contratados pela Unesp. Há, ainda, 788 servidores técnico-administrativos contratados, sendo 45 médicos, todos admitidos pela Famesp (Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar).

ProFa. silvana artioli schellini

Silvana Artioli Schellini, natural de Botucatu, formada pela FMB/Unesp no ano de 1980, Residência Médica em Oftalmologia na FMB/Unesp nos anos de 1981 e 1982. Ingressou no Mestrado em Bases Gerais da Cirurgia como Bolsista FAPESP no ano de 1983. Carreira docente: foi contratada pela UNESP (Celetista) em novembro de 1983 como Auxiliar de Ensino. Passou a Prof. Assistente em 1985. Foi Docente em Tempo Parcial e exerceu atividade em consultório privado entre os anos de 1986 e 1991, quando ingressou no regime autárquico em RDIDP. Defendeu sua Tese de Doutoramento, passando a Prof. Assistente Doutor no ano de 1992. No ano 2000 realizou concurso de Livre-Docência. Fez Pós-Doc na London School of Hygiene & Tropical Medicine, Londres no ano de 2006, cursando as disciplinas de Epidemiologia e Planejamento de projetos de Prevenção da Cegueira. Desde o ano de 2007 é Prof. Titular do Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Área de Atuação: tem experiência na área de Oftalmologia, com ênfase em Cirurgia Plástica Ocular, Vias Lacrimais e Epidemiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: pálpebra, vias lacrimais, prevalência de doenças oculares na população, prevenção da cegueira. Membro do Corpo Editorial da Revista Brasileira de Oftalmologia e dos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. Publicou 198 artigos em revistas científicas nacionais e internacionais, 306 resumos de trabalhos científicos em anais de eventos nacionais e internacionais e escreveu 10 capítulos de livros nacionais. Experiência Administrativa: foi chefe do Departamento e membro do Conselho de Departamento de OFT/ORL/CCP por duas gestões, Membro do Comitê de Ética em Pesquisa por 10 anos, Membro do Conselho do Curso de pós-Graduação em Bases Gerais da Cirurgia por três gestões, Membro do Conselho Curador da FAMESP por dois anos. No âmbito da especialidade foi secretária, membro do Conselho Fiscal, Vice-Presidente e Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular, Vias Lacrimais e Órbita, sociedade filiada ao Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Participou da gestão do Conselho Brasileiro de Oftalmologia nos anos de 2006/2008, como membro do Conselho Fiscal. Atualmente é Vice Diretora da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Durante o exercício da Vice-Diretoria foi membro de dois colegiados centrais: Comissão Central de Extensão Universitária (CCEU) e Conselho de Ensino e Pesquisa (CEPE) da UNESP, além de presidir a Comissão de Extensão Universitária (CPEU) local.

PerFil dos novos gestoresAdministrAção

Os professores Antônio de Pádua Pithon Cyrino e Janete Pessuto Simonetti foram con-firmados como supervisor e vice do Centro de Saúde Escola (CSE) - Unidade Auxiliar da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB). A consulta foi realizada dias 9 e 10 de junho e reconduziu os gestores que já estavam nos cargos.

Os resultados foram apresentados para homologação da Congregação da FMB, dia 17 de junho, pelo professor Paulo Villas Boas, presidente da Comissão Eleitoral. Os candi-datos integravam chapa única para o pleito.

O Colégio Eleitoral foi composto por docentes cadastrados no CSE, por seu corpo técnico-administrativo e pelo corpo discente da FMB em estágio no Centro de Saúde Escola. O mandato do supervisor e do vice-supervisor será coincidente com o do diretor da Faculdade de Medicina, encerrando-se em 19 de julho de 2015, sendo permitida uma recondução sucessiva. A posse acontecerá no mês de julho, em data a ser definida.

Estavam aptos a votar 27 docentes, 30 servidores e 533 alunos. Dos eleitores que manifestaram sua escolha, 19 docentes (70%), 27 de servidores (90%) e 8 (1,5%) alunos apoiaram a chapa candidata. Do total de votantes, 93% escolheram a chapa Cyrino/Janete.

Para o supervisor do CSE, Antônio Cyrino, o momento é de transição e consolidação do serviço como Unidade Auxiliar – trans-formação oficializada em novembro de 2008. Segundo ele, um dos principais desafios é avançar como um centro de pesquisa. “Esse ano devemos realizar um fórum de pesquisa em atenção primária à saúde, envolvendo os departamentos da FMB que se interessarem”, destaca.

Cyrino coloca que outra meta é definir um orçamento para o Centro de Saúde Escola e estruturar um subquadro. Foi elaborada, em parceria como o Grupo Técnico de Desenvolvimento de Re-cursos Humanos (GTDRH) da FMB, uma proposta que foi encaminhada à Reitoria da Unesp. Atualmente, a unidade conta com 87 funcionários - 50 vinculados à Fundação para o Desenvolvimento Médico e Hospitalar (Famesp) e 28 ligados à Unesp. “Precisamos de uma reposição e alguns

Antônio Cyrino e Janete Pessuto são confirmados para permanecer no comando do Centro de Saúde Escola

ajustes”, diz o supervisor.Falta de reposição - O quadro de pessoal da uni-

dade, que em 1990 era composto por quase 100% de servidores Unesp, ficou atualmente reduzido a 32%, dada a não reposição das aposentadorias. Com isto, a unidade depende, fortemente, de financiamento ex-terno, principalmente da Secretaria Municipal de Saúde da Prefeitura Municipal de Botucatu e da Secretaria de Estado da Saúde, para o pagamento da folha de fun-cionários contratados pela Famesp

O Centro de Saúde Escola foi criado em 1972, através de convênio entre a antiga Faculdade de Ciências Médi-cas e Biológicas de Botucatu (FCMBB) e a Secretaria de Estado da Saúde (SES). Formulado pelo Departamento de Saúde Pública como uma unidade de integração docente-assistencial, tem papel suplementar no desen-volvimento e investigação sobre modelos experimentais de organização de serviços de saúde. É constituído de duas unidades – uma central, na Vila dos Lavradores e outra na Vila Ferroviária.

Professores Janete Pessuto e Antônio Cyrino permanecem no cargo até julho de 2015

meta é deFinir um orçamento Para o centro de saúde escola e estruturar um subquadro

ProF. José carlos Peraçoli

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Faculdade de medicina

Espera-se que a comunidade responda com bom senso, pensando no significado de uma nova atitude para a instituição

Silvana Schellini, nova diretora sobre a participação da comunidade

“A direção tem o dever de manter a qualidade, credibilidade e respeito junto a comunidade”

Formado em Medicina, no ano de 1974 (VII Turma), pela Faculdade de Ciências Médicas e Biológicas de Botucatu, hoje Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP. Realizou curso de es-pecialização (Residência Médica) no Programa de Ginecologia e Obstetrícia da mesma instituição entre 1975 e 1977. Em 1978 foi contratado como Auxiliar de Ensino junto ao Departamento de Ginecologia e Obstetrícia. Obteve o título de Mestre no Programa de Pós-graduação em To-coginecologia da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP em 1980 e o título de Doutor no Programa de Pós-graduação em Clínica Médica – área de Nefrologia da Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP em 1990. No ano de 2000 obteve o título de Livre-docente em Obstetrícia junto a Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP e no ano de 2008 foi aprovado em concurso para o cargo de Professor Titular junto a Faculdade de Medicina de Botucatu – UNESP.

Desde sua contração em 1978, como docente em RDIDP, junto ao Departamento de Gineco-logia e Obstetrícia desta instituição, desempenha funções no ensino (graduação, pós-graduação lato e strito sensu), desenvolve pesquisas, presta assistência e exerce cargos administrativos. No ensino destaca sua dedicação ao curso de graduação em Medicina, atuando continuamente para sua melhoria do mesmo, quer no âmbito restrito da área de Ginecologia e Obstetrícia, como no âmbito geral, participando de projetos e colegiados relacionados ao ensino da Faculdade de Me-dicina de Botucatu – Unesp. Na Pós-graduação está vinculado ao Programa de Pósgraduação em Ginecologia e Obstetrícia desta instituição, orientando alunos em nível de Mestrado, Doutorado e Pós-doutorado. Na pesquisa desenvolve projetos, principalmente na linha de pesquisa “Hiper-tensão arterial e gravidez”, nas áreas clínica e experimental. Na extensão/assistência desenvolve atividades nos diferentes ambulatórios de assistência Pré-natal, na enfermaria de Obstetrícia e no Centro Obstétrico. Como experiência administrativa destaca-se: Vice-Chefe do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Botucatu - Unesp (1994 a 1996, 2002 a 2004 e 2008 a 2009); Chefe do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Botucatu - Unesp (1996 a 1998 e 2004 a 2006); Chefe da Disciplina de Obstetrícia o Departamento de Ginecologia e Obstetrícia da Faculdade de Medicina de Botucatu – Unesp (1995 a 2010); Coordenador do Núcleo de Apoio Pedagógico do curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Botucatu - Unesp (2007 a 2009 e 2009 a 2011); Vice-Presidente da Comissão de Internato do Curso de Graduação em Medicina da Faculdade de Medicina de Botucatu – Unesp (2001 a 2002); Presidente da Comissão do Processo de Reestruturação Curricular do Curso de Medicina da Faculdade de Medicina de Botucatu–Unesp (desde 2009)

ProFa. silvana artioli schellini

Silvana Artioli Schellini, natural de Botucatu, formada pela FMB/Unesp no ano de 1980, Residência Médica em Oftalmologia na FMB/Unesp nos anos de 1981 e 1982. Ingressou no Mestrado em Bases Gerais da Cirurgia como Bolsista FAPESP no ano de 1983. Carreira docente: foi contratada pela UNESP (Celetista) em novembro de 1983 como Auxiliar de Ensino. Passou a Prof. Assistente em 1985. Foi Docente em Tempo Parcial e exerceu atividade em consultório privado entre os anos de 1986 e 1991, quando ingressou no regime autárquico em RDIDP. Defendeu sua Tese de Doutoramento, passando a Prof. Assistente Doutor no ano de 1992. No ano 2000 realizou concurso de Livre-Docência. Fez Pós-Doc na London School of Hygiene & Tropical Medicine, Londres no ano de 2006, cursando as disciplinas de Epidemiologia e Planejamento de projetos de Prevenção da Cegueira. Desde o ano de 2007 é Prof. Titular do Departamento de Oftalmologia, Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço. Área de Atuação: tem experiência na área de Oftalmologia, com ênfase em Cirurgia Plástica Ocular, Vias Lacrimais e Epidemiologia, atuando principalmente nos seguintes temas: pálpebra, vias lacrimais, prevalência de doenças oculares na população, prevenção da cegueira. Membro do Corpo Editorial da Revista Brasileira de Oftalmologia e dos Arquivos Brasileiros de Oftalmologia. Publicou 198 artigos em revistas científicas nacionais e internacionais, 306 resumos de trabalhos científicos em anais de eventos nacionais e internacionais e escreveu 10 capítulos de livros nacionais. Experiência Administrativa: foi chefe do Departamento e membro do Conselho de Departamento de OFT/ORL/CCP por duas gestões, Membro do Comitê de Ética em Pesquisa por 10 anos, Membro do Conselho do Curso de pós-Graduação em Bases Gerais da Cirurgia por três gestões, Membro do Conselho Curador da FAMESP por dois anos. No âmbito da especialidade foi secretária, membro do Conselho Fiscal, Vice-Presidente e Presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular, Vias Lacrimais e Órbita, sociedade filiada ao Conselho Brasileiro de Oftalmologia. Participou da gestão do Conselho Brasileiro de Oftalmologia nos anos de 2006/2008, como membro do Conselho Fiscal. Atualmente é Vice Diretora da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”. Durante o exercício da Vice-Diretoria foi membro de dois colegiados centrais: Comissão Central de Extensão Universitária (CCEU) e Conselho de Ensino e Pesquisa (CEPE) da UNESP, além de presidir a Comissão de Extensão Universitária (CPEU) local.

Com a definição dos nomes dos professores Silvana Artioli Schellini e José Carlos Peraçoli frente à direção da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) até 2015, uma nova postura de atuação deve ser adotada para a gestão de uma das maiores escolas de ensino médico do país. Para os novos dirigentes, a solidificação da tríade ensino, pesquisa e extensão deve ser o mote principal a ser trabalhado e aprimorado nos próximos quatro anos. Além disso, um novo cenário para parcerias e capacitação acadêmica deve surgir devido à transformação do Hos-pital das Clínicas em uma autarquia vinculada ao governo do Estado de São Paulo. Segundo professora Silvana, a busca pela excelência em cada serviço- seja educacional ou de assistência- prestado pela universidade, necessita da colaboração de todas as equipes, sejam acadêmicas ou técnico-administrativas da faculdade. Essa questão também é um dos desafios a ser trilhado.Em entrevista ao Jornal da FMB, os novos diretores da FMB ressaltam ainda que o aprimoramento das provas de seleção aos programas de Residência Médica. A busca por meios de financiamento que favoreçam a ampliação do número de vagas também será um dos principais pontos de mobilização da escola.Professora Silvana não descarta, ainda, mobilização em prol da criação de novos cursos pela Faculdade de Medicina/Unesp. Dois já estão em fase de avaliação, sendo que o de graduação em Fono-audiologia é o que mais tem perspectivas de ser implantado pela instituição em longo prazo.

Em seu plano de gestão, há a indicação de sintonia com a comunidade. De que forma os alunos, professores e servidores poderão colaborar com sua administração frente à Faculdade de Medicina?Silvana Schellini- A direção da Faculdade de Medicina tem o dever de manter a qualidade, a credibilidade, o respeito conquistado junto a comunidade. Mais ainda, deve estar engajada com o seu crescimento em relação à missão pela qual existe: ensino, pesquisa e assistência. Isso só será possível com o trabalho, apoio e a compreensão da co-munidade acadêmica, principalmente diante das situações novas, que geram dúvidas quanto ao melhor caminho a seguir. Espera-se que a comunidade responda com bom senso, pensando no significado de uma nova atitude para a instituição, de modo a resultar em seu crescimento com qualidade.

A FMB viveu um momento de consolidação de sua estrutura física com a nova sede e central de salas de aula. Quais são os próximos passos para a consolidação do tripé ensino, pesquisa e extensão?JOSÉ CARLOS PERAÇOLI- O tripé ensino, pesquisa e extensão estão consolidados, pois já temos 48 anos de existência. Mas isso não significa que são definitivos. Devem estar continuamente em transformação para atender as necessidades da população quanto a qualidade dos profissionais que serão formados, contribuir com os avanços humanísticos e tecnológicos e modificar as condições da população com seus projetos de extensão.SILVANA SCHELLINI- O crescimento da FMB impulsiona a criação de novos cenários de ensino, como foi o caso da Central de Salas de Aula e também de locais de capacitação prática com o estabe-lecimento de outros palcos de atenção à saúde a serem instalados em Botucatu e região com quem a Faculdade de Medicina mantém acordos ou é gestora.

A transformação do Hospital das Clínicas em autarquia estadual, como deve ser, em sua gestão, a relação da Faculdade de Medicina com o hospital?SILVANA SCHELLINI- A relação da FMB com o HC não deve se modificar em sua essência. O financiamento da assistência que é praticada no HC precisava há muito tempo ser equacionado. Quem paga a assistência é a Secretaria de Saúde do Estado. Todos estes anos os repasses foram feitos de modo irregular, quase que atendendo demandas específicas. O Ensino deve ser financiado pela Unesp, já que somos uma Unidade pertencente a mesma, mas de outra fonte. Nossa realidade a partir da autarquização se modifica pela entrada de financia-mentos concretos, o que permitirá o crescimento que se faz necessário em termos de recursos humanos e tecnológicos. Seguindo o ideário do SUS, que se apoia nos hospitais de Ensino como centros de referência, o

HC continua ligado fortemente com a FMB. O Diretor da FMB é quem preside o Conselho do HC. O Superintendente é um docente da FMB, assim como os demais membros daquele Conselho. Isso nos garante que a relação será a melhor possível.

Após a ‘separação’ administrativa do HC da Faculdade de Medicina, há a necessidade de reposição de servidores e professores para preenchimento da lacuna deixada pelos aposentados. Outras demandas devem ser priorizadas

até 2015? Há algum crono-grama definido?SILVANA SCHELLINI- A partir do ingresso do HC de forma real no orçamento da Secretar-ia já se tem um organograma que deve ser preenchido, ou seja, já temos as nossas necessidades estabelecidas. A implementação se dará com a liberação de verbas.

Um dos pontos frisados em seu plano de gestão é a criação de novos cursos para a faculdade. Há planos de quais cursos e como seria o processo de criação?SILVANA SCHELLINI- É antiga a discussão sobre a criação de novos cursos, e que deu origem ao curso de Enfermagem, hoje consoli-dado e considerado de excelência em diferentes avaliações a que foi submetido. Existe o desejo que novos cursos relacionados à saúde possam ser criados, mas acreditamos que essa filosofia deve ser bem discutida pela comunidade acadêmica, por implicar em várias modi-ficações nos princípios que nortearam a Faculdade de Medicina até o momento. A reflexão sobre a criação de novos cursos também está acontecendo nos colegiados centrais, onde estão sendo estabelecidos critérios sobre necessidades locais e regionais, impacto financeiro sobre a Unesp, dentre outros fatores. A discussão de novos cursos foi iniciada na gestão do Prof. Sérgio (Müller- antecessor na direção da faculdade), sendo apontados dois cursos potenciais, um na área técnica e outro na aplicada.

Existe a intenção de se implantar um programa obrigatório de capacitação docente. Por que da adoção desse projeto e de que maneira funcionaria?JOSÉ CARLOS PERAÇOLI- Esse programa obrigatório de capacitação docente vem para sanar uma falha na formação docente. Recebe-se formação para exercer a profissão de médicos ou enfermeiros, e nos transformamos em docentes, sem um preparo para essa função. As-sim, exercemos o papel de professores fundamentados no exemplo de nossos professores e/ou pela habilidade de cada um, sem o em-basamento pedagógico que a função exige.

Quanto à residência médica, algumas propostas visam a mod-ernização desse programa, com o aumento no número de vagas e aprimoramento do processo de ingresso dos médicos. Fale um pouco mais sobre esse ponto.SILVANA SCHELLINI- A mudança de critério para seleção de médicos residentes, atribuindo-se peso 9 para a prova escrita, limitou a seleção a um critério apenas teórico, o que desencadeou o desinteresse pela formação técnica-prática, principalmente no último ano do curso (de Medicina). A introdução da prova de habilidades corrigiu em parte o processo seletivo, mas precisa ser mais aprimorada. Quanto ao número de vagas, temos programas de residência com capacidade de ter maior número de médicos, muitos já aprovados pela Comissão Nacional de Residência Médica, porém, sem verbas para sustentá-las. Esssa ampliação formaria maior número de especialistas de qualidade para a assistência à população.

Nos últimos anos, a Faculdade de Medicina tem buscado ampliar seus programas de pós-graduação. Atualmente, nove deles são destina-dos à formação de profissionais da saúde. Sua administração deve trabalhar quais pontos para o aprimoramento dessa área?JOSÉ CARLOS PERAÇOLI- O crescimento dos nossos cursos foi bastante grande, com ingresso de muitos alunos, sem que houvesse o crescimento da infra-estrutura que atende aos cursos de Pós Graduação, fazendo com que o número de profissionais que presta atendimento aos cursos de PG seja muito pequeno. Pretendemos melhorar essa questão. Os nossos pós-graduandos não possuem locais de permanência e para o desenvolvimento de suas atividades. SILVANA SCHELLINI- É muito importante também trabalhar para a instalação de novas oportunidades de inclusão de nossos professores nesta modalidade de Ensino. Cursos de Mestrado Profissional e de Mestrado relacionado com a Residência Médica são formas de iniciar novas inserções de professores na Pós Graduação. Além disso, vemos a criação de cursos de Especialização como um possível embrião para novos cursos. Também pretendemos trabalhar fortemente para que os nossos professores consigam alavancar suas pesquisas, o que lhes dará oportunidades de ingresso nos cursos acadêmicos.

A valorização dos recursos humanos tem sido um ponto amplamente debatido em seu plano de gestão. De que maneira se pretende in-centivar e buscar a qualidade profissional de servidores e docentes?SILVANA SCHELLINI- Oferecendo oportunidades para treinamento, cursos que possam aprimorar conhecimentos, premiando a produ-tividade em todos os seus níveis e valorizando pontos que sejam essenciais no plano de carreira da Unesp.

entrevista

O tripé ensino, pesquisa e extensão estão sólidos, pois já temos 48 anos de existência. Mas isso não significa que são definitivos

José Carlos Peraçoli, vice-diretor da FMB, sobre os planos de gestão

Os novos diretores durante processo consultivo que validou

os nomes junto a comunidade

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8 alunos

reconhecimento

Aluna de Enfermagem selecionada para curso de língua e cultura na Espanha

Arte e conhecimento. Com esse panorama, estu-dantes da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) promoveram, dias 1º e 2 de junho, sempre a partir das 20 horas, no “Teatro Municipal CamilloFer-nandez Dinucci”, a 16ª edição do CAPS Acústico, evento voltado à difusão artística universitária e local.

Participaram mais de 30 artistas de toda a região, não sendo necessário vínculo com a Unesp. Os estilos musicais apresentados foram variados sendo possível acompanhar desde músicas pop, rock em versões acústicas, até instrumentais clássicos. Uma das atrações principais foi o show do guitarrista botucatuense Jey-son Ziemerer, que já tocou com nomes de peso como Lobão e Kiko Loureiro (da banda Angra). A bateria da Atlética da Medicina/Unesp também empolgou aqueles que compareceram ao Teatro Municipal local no segundo dia de apresentações.

Segundo Ariane Garcia, coordenadora de cultura do Centro Acadêmico Pirajá da Silva (CAPS) e respon-sável pela organização do evento, as apresentações estreitaram os laços culturais entre a universidade e a comunidade. “Hoje a Unesp procura cada vez estar inserida também na vida cultural de Botucatu e região. Essa é uma forma de promover a interação entre os universitários e artistas locais”, declarou.

Também centrando no cunho social, o CAPS Acústico arrecadou, nessa 12ª edição, mais de 400 quilos de ali-mentos não perecíveis que foram destinados ao Fundo Social de Solidariedade de Botucatu.

A organização do evento foi do Centro Acadêmico Pirajá daSilva e tem apoio da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp; Prefeitura de Botucatu, através de sua Secretaria de Cultura e de empresas locais.

Todas as vozes do CAPS Acústico

A aluna do 3º ano de Enfermagem da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB), Clarita Terra Rodrigues, de 24 anos, foi selecionada para passar três semanas na Espanha, aprendendo a língua e a cultura daquele país. O curso será realizado na Universi-dade de Salamanca, através do Programa Top España – Santander Universidades – que custeará todas as despesas da estudante.

Apenas ela do câmpus Botucatu e outros três estudantes da Unesp foram escolhidos, após avaliação curricular. Foram oito pré-selecionados e quatro finalistas. Clarita embarca para a Es-panha dia 1º de julho. Depois de comprovar que atendia a alguns pré-requisitos, como ter algum domínio da língua espanhola; ter completado 60% do curso; ter participado de projetos de extensão e estar entre os melhores da turma, ela passou por entrevista na Assessoria de Relações Externas da Unesp. A aluna também precisou fazer uma redação em espanhol.

“Sempre gostei da língua espanhola; minha avó materna é daquele país. Fiz um curso online desse idioma, além de ter apre-ndido um pouco na escola. Sempre tive vontade de ir à Espanha para conhecer melhor a cultura ea língua de lá”, disse ela, admitindo estar ansiosa. “Minha família ficou bastante satisfeita. Vai ser uma

experiência muito interessante para mim. Quando voltar farei um relatório para ser apresentado na faculdade”, completa Clarita.

A aluna soube da oportunidade após receber um e-mail do Escritório de Relações Internacionais (ERI) da FMB. O setor foi criado a partir da publicação da Portaria UNESP 669 de 23 de outubro de 2009 que dispõe sobre a criação de Escritórios de Relações Internacionais na UNESP com o objetivo de serem o elo entre a Assessoria de Relações Externas e a comunidade acadêmica das Unidades.

Sobre o programa- O Programa TOP ESPAÑA Santander Universidades oferece bolsas de estudos na Universidad de Salamanca para aprimorar a formação acadêmica de alunos e professores. A iniciativa de Mobilidade Internalcional promove o intercâmbio cultural, além de contribuir com a capacitação de universitários e docentes para o mercado de trabalho.

Em sua segunda edição, o TOP ESPAÑA concederá 142 bol-sas para 34 universidades brasileiras. Os contemplados terão a oportunidade de realizar curso de cultura e língua espanhola com a duração de três semanas.

FOTOS NATANAEL ADIWARDANA

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Pesquisa & extensão

A TPM com os dias contados?

ação social

Irritação, hipersensibilidade, dores musculares e de cabeça. Esses são alguns dos sintomas que as mulheres sabem que irão enfrentar durante seu ciclo menstrual, a chamada Síndrome de Tensão Pré-Menstrual ou como é conhecida popularmente, a Tensão Pré-Mentrual-TPM.

Essa síndrome, caracterizada por ser um con-junto de sintomas físicos e comportamentais, afetam a mulher nas esferas biológica, psicológica e social. O último ponto, inclusive, é um dos motivos que mais têm contribuído para que esse problema se agrave. Competitividade no mercado de trabalho, estresse, má qualidade de vida são uns dos motivos que mais têm contribuído para que a TPM se torne mais agressiva às mulheres.

Uma pesquisa, que tem a colaboração da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB), pretende comprovar a eficácia de um medica-mento que agrega as substâncias drospirenona e etinilestradiol- já vendido comercialmente no Brasil- como anticontraceptivo e redutor dos sintomas da tensão pré-menstrual em sua totali-dade. Através de sua Unidade de Pesquisa Clínica (Upeclin), a FMB integra uma rede composta por onze centros que irão observar, durante seis me-ses, o uso contínuo dessa substância.

A pesquisa já está em andamento. Envolve mais de 500 pacientes, sendo que 30 mulheres- entre 18 e 39 anos- serão acompanhadas pela Unidade de Pesquisa Clínica da FMB (Upeclin). Todas as volun-tárias receberam um questionário onde detalharam informações sobre o histórico de sintomas e como cada uma enfrenta o período pré-menstrual.

Um grupo receberá o anticoncepcional de forma contínua e as demais mulheres farão o uso durante 24 dias, com interrupção de 4 dias para a menstruação. A análise se dará nos efeitos da substância em reduzir os sintomas característicos da síndrome. “O que se busca nesse estudo é saber se para a mulher é mais efetivo o uso desse

produto de modo contínuo e se essa postura é eficaz para amenizar o que ela sente nos dias que antecedem a menstruação”, ressalta professora do Departamento de Ginecologia e Obstetrícia, Eliana Nahas, coordenadora do estudo pela Unesp.

“Estudos têm observado que mulheres com a Síndrome de Tensão Pré-Menstrual têm obtido melhores resultados para a supressão dos sintomas com o uso direto do medicamento. Caso isso seja confirmado com essa pesquisa, será uma alterna-tiva eficaz para que mulheres amenizem os efeitos da Síndrome de Tensão Pré-Mentrual”, ressalta.

No entanto, nem todas as mulheres podem participar do estudo. Portadoras de problemas como diabetes, obesidade, que usem medicamen-tos antidepressivos ou não possuam tolerância ao hormônio em análise estão descartadas do grupo.

Eliana salienta que, para mulheres que sofrem com a síndrome, o período que antecede a menstruação se torna o mais crítico. “Não há um grupo de risco específico desse problema. O que ocorre é o aparecimento de um conjunto de sinais que são assintomáticos, onde a mulher passa alguns dias sem inconveniência. Uma semana antes, no entanto, ela desenvolve sintomas psíquicos

como irritabilidade e choro fácil; além de físicos como cefaleia (dores de cabeça), inchaço, entre outros”, complementa a pesquisadora.

O estudo ainda deve passar pela coleta de dados nos diferentes centros participantes espalhados pelo país. Com os resultados será possível que médicos indiquem o uso da substância sem interrupção em mulheres que sofram os efeitos da síndrome no período menstrual, conforme prevê Eliana. “Essa síndrome tem ganhado mais espaço dentro da Medicina por causa da sobrecarga de trabalho da mulher, além da opção dela engravidar mais tarde e até menos do que décadas atrás. Há todo um con-

junto de fatores que facilitam o aparecimento do problema e isso tem despertado o interesse da Medicina”, finaliza a pesquisadora.

a Pesquisa Já está em andamento. envolve mais de 500 Pacientes das mais diversas regiões do País

Aferição de Pressão Arte-rial, exame de urina e diabetes, informações sobre Acidente Vascular Cerebral e educação sexual. Esses foram alguns dos serviços que estiveram disponíveis à população du-rante a 12ª edição da Feira da Saúde, que ocorreu dia 4 de junho, na Praça Emílio Pedutti, em Botucatu. A iniciativa foi da Faculdade de Medicinade Botucatu/Unesp (FMB), através do Centro Acadêmico Pirajá da Silva- CAPS.

Durante todo o dia foram oferecidos serviços que têm por objetivo promover a qualidade de vida e de saúde da popula-ção. Estiveram envolvidos 130 alunos dos cursos de Enferma-gem e Medicina da FMB, por meio das Ligas Acadêmicas de Ensino da instituição.

Alguns exames disponíveis também foram glicemia, testes de memória, prevenção de doenças renais e dicas de ativi-dades físicas à terceira idade. No local também serão realiza-das palestras sobre prevenção do câncer de mama, colo do útero, de próstata, hiperten-sãoarterial, doenças renais crônicas, diabetes, nutrição, medição do índice demassa corpórea, entre outros.

“O objetivo principal da Feira de Saúde é promover um espaço de aprendizado prático aos alunos, permitindo trocade experiências e desenvolvim-

Feira da Saúde chega a sua 12ª edição com prestação de serviços à comunidade

ento de atividades acadêmicas junto à comunidade”,ressalta Na-tanael Adiwardana, coordenador do CAPS e um dos responsáveis pela organização da edição 2011 da Feira da Saúde.

A 12ª Feira da Saúde tem o

apoio da Prefeitura Municipal de Botucatu e de suas secretarias de Saúde e Cultura; da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp, além da Associação Botucatu-ense de Assistência ao Hipertenso (ABAH) e de empresas locais.

Evento foi oportunidade para a promoção do bem-estar e da saúde

Representantes da Rede Vital para o Brasil – rede social que representa e apóia instituições que desenvolvem atividades com animais peçonhentos – visitaram o Cevap (Centro de Estudos e Venenos de Animais Peçonhentos) da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (FMB) dias 23 e 24 de maio. A reunião, que é a quarta realizada entre a rede e os órgãos que a compõem, faz parte de um processo de discussões como objetivo de dar suporte às decisões do Ministério da Saúde em relação às políticas públicas ligadas ao tema.

Rejane Lira, vice-coordenadora da Rede Vital para o Brasil, afirma que está entre as atribuições da organização ser uma ferramenta de organização e diálogo sobre animais peçonhentos. Ela lembra que os acidentes envolvendo essas espécies foram considerados uma doença negligenciada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), por isso entidades ligadas ao tema precisam ser organizar.

“Atualmente,as informações sobre animais peçonhentos estão espalhadas e não há um sistema que reúna todos os dados. Pre-cisamos ter um retrato das coleções dos animais no Brasil. Temos discutido um banco de venenos, com informações sobre os locais onde eles podem ser encontrados e conversado sobre onde as pes-soas podem ter acesso ao soro para tratamento de picadas, entre outros temas”, comenta.

Cevap integra rede nacional sobre animais peçonhentos para suporte ao Ministério da Saúde

reFerência

Integrantes do Cevap da FMB/Unesp e membros da Rede Vital para o Brasil se reuniram em Botucatu para discutir planos e metas

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organização mundial de saúde estima que, em 2030, haverá 8 milhões

de mortes Por ano relacionadas ao tabaco

A captação de órgãos na região teve inserção maior nas unidades e serviços de saúde espalhados pelos municípios

”Maria Fernanda Carvalho sobre o aumento de transplantes de rim

HC se torna um dos maiores transplantadores de rins do Brasil

Os três primeiros meses de 2011 foram de intenso trabalho no serviço de Transplante Re-nal para o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (HCFMB). A unidade registrou nesse trimestre do ano, novo recorde e se tornou o 6º serviço de saúde que mais realizou esse tipo de procedimento no Bra-sil e o terceiro no Estado de São Paulo com 28 transplantes nesse período. Os números foram divulgados pela ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos), que analisou os dados de 141 centros espalhados pelo país.

Com o resultado, a unidade fica atrás, em esfera nacional,do Hospital do Rim e Hipertensão, da Uni-versidade Federal de São Paulo(Unifesp); Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP- Univer-sidadede São Paulo; Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre; Hospital Geral deFortaleza e Hospital das Clínicas de Porto Alegre; mas à frente de unidades como o Hospital Israelita Albert Einstein.

Foram, ao todo, 23 transplantes oriundos de doadores falecidos e cinco de doadores vivos. O levantamento da ABTO apontou ainda que o mês de janeiro foi quando mais houve transplantes: doze no total. Em fevereiro e março, foram sete e nove procedimentos do tipo, respectivamente.

Para a coordenadora do Serviço de Trans-

Uma ação de conscientização sobre os malefícios do cigarro movimentou o Hospital das Clíni-cas da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp(HCFMB), dia 31 de maio. Na data em que se comemora o Dia Mundial Sem Tabaco, alunos da Pós-Graduação e da Liga Acadêmica de Pneumo-logia –envolvidos em pesquisa sobre tabagismo - além de fun-cionários da limpeza realizaram uma varrição e coleta simbólicas das bitucas de cigarro espalhadas pelas áreas externas do hospital.

A vice-superintendente do HCFMB, professora e pneumolo-gista Irma de Godoy, que coor-denou a iniciativa, comenta que o movimento objetivou mostrar os prejuízos do cigarro não só para a saúde das pessoas, mas também para o ambiente em que elas convivem. Muitas das bitucas recolhidas estavam em locais onde podem causar entupimentos, su-jam áreas verdes,

A coleta ocorreu nas áreas externas ao Departamento de Pa-tologia (próximo à Função Pulmo-nar), Pronto-Socorro e Boulevard (entrada principal do HC). Tam-bém foram recolhidas amostras nos solários de enfermarias.Em apenas um deles, o material re-colhido pesou 500 gramas. Todas as outras porções de bitucas coletadas serão pesadas.

A ação de coleta das bitucas se

Ação contra o tabacoreabilitação Pulmonar atende a mais de 40 Pacientes

O HCFMB dispõe,desde 1989, de um Programa de Reabilitação Pulmonar. O serviço atende atualmente a cerca de 40 pacientes com doenças pulmonares obstrutivas crônicas,oferecendo acom-panhamento médico, atividades físicas e integração social.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), em2030 haverá 8 milhões de mortes por ano relacionadas ao tabaco. Cerca de 80% delas nos países em desenvolvim-ento, entre eles o Brasil. Metade des-sas mortes atingirá pessoas em idade produtiva, entre 35 e 69 anos.

As estimativas atuais no Brasil são de que, a cada ano,200 mil indivíduos mor-ram precocemente devido às doenças causadas pelo fumo. Além disso, já está comprovado o efeito maléfico também para o fumante passivo. A estimativa é de que existam 2 bilhões de fumantes passivos no mundo, sendo700 milhões deles crianças.

O cigarro contém cerca de 4.720 substâncias químicas. Pelo menos 60 delas são reconhecidamente cancerígenas, além de irritantes e tóxicas para os pulmões. Quem fuma tem 200% a mais de risco de ter um derrame ou um infarto. As toxinas do cigarro endurecem os vasos, compro-metendo a oxigenação do sangue, o que pode levar à isquemia e ao infarto.

repetiu durante a 12ªFeira da Saúde, promovida por alunos da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp, dia 4 de junho, na Praça Emílio Pedutti (Praça do Bosque).

No hospital, em cumprimento a lei estadual nº 13.541, em vigor desde 7 de agosto de 2009, é proibido fumar em todas as dependências do Hospital das Clínicas, sejam internas ou externas.

consolidação

É necessário ter 30 anos, ou mais, e ser avaliado emconsulta médica em relação a seus antecedentes familiares, e realizar uma séri-ede exames de sangue, urina, radiológicos e eletrocardiograma para comprovar queos rins e demais órgãos estão perfeitos. O transplante renal é recomendado numa faixa etária com expectativa de vida de mais de 10 anos, em função da complexidade e gravidade do trata-mento. Um organismo perto dos 70 anos às vezes tem dificuldade de suportar bem uma grande intervenção cirúrgica.

A chance de sucesso no transplante é alta, superior a 80% no final do primeiro ano. Transplante não é cura, mas um tratamento que pode prolongar a vida com muito melhor qualidade. No entanto, nem todos os pacientesem diálise se beneficiam de um transplante.

plante Renal doHCFMB, Maria Fernanda Carvalho, a introdução de uma nova política de captação de órgãos instituída pelo hospital no último ano tem favorecido o aumento dessas cirurgias. “A captação de órgãos na região de abrangência do hospital- que compreende as micro regiões paulistas de Bauru, Botucatu e Avaré e envolve uma população superior a 2,5 milhões de habitantes- teve inserção maior nas unidades e serviços de saúde espalhados pelos municípios. Isso possibilitou maior disponibilidade de órgãos e facilitou a redução da fila de espera”, disse.

Outro fator destacado por Maria Fernanda é a estrutura de suporte para que a estatística crescesse nos últimos anos. O número de leitos destinados a esse tipo de transplantes passou de quatro para seis, além de três quartos instalados na enfermaria de Urologia do hospital exclusivos ao pós-operatório. O Serviço de Transplante Renal também recebeu incremento e conta atualmente com quatro médicos (sendo um professor respon-sável), além do auxílio de equipes de enfermagem e outras especialidades.

A perspectiva, conforme a coordenadora, é que o HCFMB supere a marca registrada em 2010, quando realizou 66 cirurgias, sendo a 14ªunidade transplantadora renal no país. Até abril desse ano, o hospital já contabiliza 39 procedimentos do tipo.

como ser doador de rins

sucesso

“Se fosse uma festa não teria sido tão bom, como foi essa cirurgia para mim”. Foi com essa frase que, aos 59 anos, o motorista Luiz Carlos de Sene, casado e pai de quatro filhos, resumiu a sensação de vida nova após ser submetido a um transplante de fígado. O procedimento – o segundo desde que o Programa de Transplante de Fígado do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (HCFMB) foi recredenciado em 2010 - foi realizado dia 15 de maio e o paciente teve alta na segunda-feira, 23.

Luiz Carlos, doador de sangue por opção, desco-briu há alguns meses, durante a triagem para uma coleta, ser portador do vírus da Hepatite C. Iniciou tratamento também no HCFMB e ao realizar exames descobriu um tumor no fígado. Em fevereiro deste ano entrou na fila de espera por um transplante e três meses depois entrava no centro cirúrgico, onde ficou por quase seis horas.

Comunicativo, na tarde em que teve alta hospitalar mal podia esperar para voltar para casa, em Ourinhos-SP, onde mora. Mesmo assim,fez questão de posar para foto ao lado dos médicos que mudaram sua vida.

Dr. Giovanni Faria Silva, hepatologista e professor da FMB, acompanhava Luiz Carlos em seu tratamento contra a Hepatite C e foi quem descobriu o nódulo maligno em seu fígado. “Quando começamos a tratar a Hepatite identificamos que o paciente tinha também o fígado acometido por cirrose. Ao investigarmos mais minuciosamente descobrimos o tumor e o transplante é otratamento mais indicado”, comentou.

Dr. Juan Carlos Llanos, Diretor do Núcleo de Trans-plantes do HCFMB, conta que o órgão transplantado no paciente foi captado em um doador de Franca-SP. Segundo ele, a cirurgia foi um sucesso, com uma rá-pida recuperação de Luiz Carlos. “Ele precisará tomar medicações para o resto da vida e evitar locais com grandes aglomerações, devido ao risco de rejeição e infecções, respectivamente. Deverá manter um ritmo mais tranquilo nas primeiras semanas, mas levará uma vida normal a partir de agora”.

Para Dr. Juan, esse sucesso deve ser comemorado

Após recredenciamento do Ministério da Saúde, HCFMB realiza 2º transplante de fígado

por todos do hospital. “Esse sonho iniciou-se há mais de 10 anos e só foi possível com o esforço e dedicação de uma equipe incansável de profissionais compro-metidos comesse ideal”, frisa.

Luiz Carlos, que está afastado do serviço para cuidar da saúde, já faz planos de voltar ao trabalho. “Estou me sentindo super bem,comendo, bebendo. Quero voltar a trabalhar assim que for possível. Esse transplante foi uma vitória. Posso recomendar para qualquer pessoa que estiver na situação em que eu estava”, afirma.

O Programa de Transplante de Fígado do HCFMB havia sido interrompido em 2008, mas após recre-denciado junto ao Ministério da Saúde, em 2010, foi retomado e atualmente está em plena atividade. O Programa de Transplantes do HCFMB, comprometido com as diretrizes da atual Superintendência e Diretoria da unidade, também está investindo em recursos humanos e materiais para futuro credenciamento na área de Transplante de Pulmão e Coração.

Luiz Carlos, descobriu precisar do transplante após uma triagem para doação de sangue

Ação de coleta percorreu diversos pontos do hospital

para mobilizar contra o perigo do tabagismo

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hosPital das clínicas

Pesquisa de satisfação do usuário do SUS (Sistema Único deSaúde) apontou as dez melhores materni-dades em todo o Estado e classificou o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (HCFMB) como a quinta melhor unidade paulista no segmento. Pro-movido pela Secretaria de Estado da Saúde, entre julho e dezembro de 2010, o levantamento teve a partici-pação de 204,4 mil pacientes.

Realizada há três anos pelo gov-erno paulista, a pesquisa tem por objetivo monitorar a qualidade do atendimento e satisfação do usuário, identificar possíveis irregularidades e ampliar a capacidade de gestão da saúde pública. Os participantes opina-ram, por meio de formulários, sobre o atendimento prestado pelas equipes médica e de enfermagem, qualidade das instalações, permanência do bebê com a mãe no quarto, entre outras.

Também foram analisados pontos como permissão para acompanhante e procedimentos de analgesia para evitar a dor durante o trabalho de parto. As respostas foram encaminhadas por meio de carta, internet e telefone. O Hospital das Clínicas, através de sua maternidade, recebeu nota 9,004 e está à frente de diversas unidades de saúde da capital e de cidades do interior com mais de 500 mil habitantes. No local são atendidos casos considerados de alta complexi-dade (mulheres com hipertensão, cardiopatias,lúpus, problemas obstétricos, de má formação do feto, por exemplo) a uma população estimada em 2,5 milhões de pessoas das regiões de Bauru e Botucatu.

Segundo o responsável pelo serviço no HCFMB, Roberto Araújo Costa, alguns pontos foram funda-mentais para a melhoria na qualidade da assistência e consequentemente a posição de destaque no Estado. “Desde que o hospital implantou políticas de atenção ao parto e internações clínicas integradas e ações de humanização no atendi-

Entre as dez melhores maternidades do Estado

as dez melhores maternidades do estado, segundo a Pesquisa:

1º - Hospital de Base de São José do Rio Preto – 9,2102º - Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto – 9,1623º - Caism do Hospital das Clínicas de Campinas – 9,1314º - Hospital Estadual de Sapopemba (São Paulo) – 9,0275º - Hospital dasClínicas de Botucatu – 9,0046º - Santa Casa de Jaú – 8,9987º - Hospital Estadual de Vila Alpina (São Paulo) – 8,9508º - Hospital Municipal de Vila Nova Cachoeirinha (SãoPaulo) – 8,8539º - Santa Casa de Franca – 8,81510º - Hospital Municipal de Barueri “Dr. Francisco Moran”– 8,781

mento à nossa paciente, mudou-se oconceito de trabalho na unidade. Hoje, são oferecidas melhorias como a possibilidade de acompanhamento do parto pela família, além da as-sistência de equipes multidisciplin-ares”, declara.

A estrutura física da maternidade contempla 31 leitos, sendo que 18 são voltados para alojamento con-junto (onde mãe e criança ficam no mesmo quarto). Possui ainda três salas cirúrgicas voltadas tanto para o parto natural quanto cesarianas. Também são oferecidos, além do acompanhamento pré-natal pelo HCFMB, exames de ultrassonografia, cardiotopografia (método de aval-

iação do bem estar do feto) e ecocardiografia fetal.Outro diferencial da maternidade é o apoio ao aleita-

mento materno. Através de uma moderna estrutura, o Banco de Leite Humano do HCFMB mantém trabalho contínuo na educação de futuras mães e campanhas que visam o bem-estar da criança recém-nascida. Essas ações, que também incluem o treinamento de todos os servidores da unidade, fazem com que o hospital pleiteie atualmente o título de “Hospital Amigo da Criança”.

Somente em 2010, o HCFMB realizou 1.179 partos, sendo queaté abril desse ano esse número já chega a 500. Para atender a essa demanda, a maternidade tem recebido investimentos. Previsto para entrar em atividade no segundo semestre desse ano, o novo Ambulatório de Ginecologia e Obstetrícia contará com área construída de 363 m² e terá 5 consultórios.

encontro

a estrutura Física da maternidade contemPla

31 leitos, sendo que 18 são voltados Para aloJamento conJunto

Discutir o papel do profis-sional de enfermagem dentro da assistência em saúde e suas responsabilidades morais. Esse foi o foco principal do 4º En-contro de Ética de Enfermagem que o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botu-catu (HCFMB) realizou, dia 17 de junho, envolvendo enfermeiros, auxiliares e técnicos da área do Departamento Regional de Saúde de Bauru (DRS 6). O evento, ocor-reu no salão nobre da instituição, no campus de Rubião Júnior da Unesp, em Botucatu.

Em sua quarta edição, o encontro focou debates em temas como o estresse, relação do trabalho e a ética profissional dentro da enfermagem brasileira. Essa será a primeira vez que integrantes do Cofen (Conselho Federal de Enfermagem) participaram do evento que também teve a presença do chefe de gabinete do Ministério da Integração Nacional, Gelson Luiz de Albuquerque.

A realização de uma mesa redonda, durante a abertura, le-vantou discussões sobre o estresse e conflito no trabalho. Os palestrantes foram as professoras Niura Aparecida Padula e Eliana Mara Braga, ambas da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp. Na sequência, Carmen Monti Juliani, chefe do Departamento de Enfermagem da FMB fez uma análise sobre a gestão participativa dentro das esferas administrativas dos serviços de saúde.

Já o chefe de gabinete do Ministério da Integração Nacional e primeiro secretário do Cofen, Gelson Luiz de Albuquerque, realizou palestra mostrando os desafios e perspectivas para a enfermagem brasileira. No país há mais de 200 mil enfermeiros em atividade, sendo que o Estado de São Paulo concentra o maior número desses profissionais, sendo mais de 50 mil nos serviços de saúde paulistas.

As políticas do processo eleitoral do sistema Cofen e Coren (Conselho Regional de Enfermagem), foi o ponto principal a ser abordado pelo professor do Departamento de Enfermagem da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), João Marcolan. Outro ponto amplamente discutido pelos presentes foi a ética

Debates sobre a ética reúnem profissionais de enfermagem“

A ética não é somente a postura do enfermeiro, auxiliar ou técnico de enfermagem. Envolve o relacionamento mútuo

Marcília Gonçalves, sobre a novapostura do profissional com a ética

profissional dentro da enfermagem brasileira, através de palestra do professor da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), Mauro Antônio da Silva.

Encerrando o IV Encontro de Ética de Enfermagem, a enfer-meira e advogada Fabíola Mattozinho realizou palestra sobre a experiência no processo eleitoral dentro dos Conselhos Regionais e Federal de Enfermagem.

Segundo a presidente da Comissão de Ética de Enfermagem (CEE) do Hospital das Clínicas, Marcília Gonçalves, o objetivo foi mostrar questões que envolvem as mudanças pelas quais os profissionais passaram nas últimas décadas. “A ética não é somente a postura do enfermeiro, auxiliar ou técnico de enfermagem dentro do ambiente de trabalho. Envolve o relacionamento mútuo, questões de conduta e de decisões dentro do contexto em que o profissional está inserido”, declarou.

A Comissão de Ética de Enfermagem é o órgão representativo do Coren-SP em caráter independente, autônomo e permanente junto ao HCFMB, tedo funções educativas, fiscalizadoras e consultivas do exercício profissional e ético. Criada em 1987, foi o primeiro órgão desse tipo em todo o Estado de São Paulo. Atua na promoção da qualificação ética do profissional de enfermagem com a realização de palestras e eventos diversos.

hc tem uma das comissões mais antigas do estado

Gelson de Albuquerque, do Ministério da Integração

Nacional, discorreu sobre os desafios da enfermagem

Page 12: Jornal da FMB- Edição 34

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12 Pesquisas e inovações

FeliPe modeneseEspEcial para o Jornal da FMB

estudo do hemocentro do hcFmb, Premiado Pela academia nacional de medicina, contribui Para comPreensão do Processo de cultura celular com soro de Plasma rico em Plaquetas, abrindo novos horizontes

Para se otimizar a cicatrização e a internação de Pacientes

Uma pesquisa realizada por integrantes do Hemo-centro de Botucatu, vinculado ao Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu/Unesp (HCFMB) comparou os resultados de diferentes meios de cultura sobre a proliferação celular, contribuindo para a elucida-ção e otimização do processo de cicatrização. O trabalho recebeu o Prêmio Miguel Couto deste ano, oferecido pela Academia Nacional de Medicina.

Nos últimos anos, esportistas famosos machucados, incluindo jogadores de futebol, têm passado por tera-pias com injeções do plasma rico em plaqu-etas (PRP) nos locais de lesão. E isso tem facil-itado a recuperação e reduzido o tempo de afastamento desses profissionais.

Acrescida das novidades das capacidades das células-tronco, trata-se de uma técnica derivada dos conhecimentos sobre a capacidade de proteínas espe-ciais denominadas fatores de crescimento (FC) celular (ligam-se às células, desencadeando uma cascata de processos internos), e que estão presentes nas plaqu-etas do sangue, sendo fundamentais à cicatrização (veja quadro abaixo “Fisiologia da cicatrização”).

O Hemocentro de Botucatu também se inter-essa por esses fatores de crescimento, mas antes de pensar em um produto ou processo tecnológico, a biomédica Priscila Marques Donato, orientada pelo Dr. Paulo Machado, se debruçaram sobre os detalhes das culturas celulares e da fisiologia do processo normal de proliferação celular, essencial à regeneração dos tecidos. A dissertação de mestrado resultante traz novos horizontes de pesquisa, que podem beneficiar muitos pacientes.

Resultados de pesquisas anteriores do próprio Hemocentro indicavam que o número dos fatores de crescimento nas plaquetas e número de receptores desses fatores nas células diminuem com a idade. O que ajudaria a explicar a queda na capacidade de reconstituição dos tecidos e o aumento do tempo para a cicatrização, advindos com o envelhecimento e vivenciados na prática médica.

Motivados por compreender as diferenças no tem-po de cicatrização relacionado ao envelhecimento (em diferentes faixas etárias), os pesquisadores começaram por estudar a proliferação in vitro, comparando as

Pesquisa otimiza crescimentocelular para acelerar cicatrização

repostas das culturas a dois meios de cultura. O primeiro é o soro bovino fetal, já consagrado como padrão ouro para a cultura celular, material importado e caro. O outro é o soro de plasma rico em plaquetas (PRP).

Este foi obtido utilizando-se bolsas de sangue de indivíduos jovens saudáveis e que tenham consentido em participar da pesquisa. Uma amostra passa pela cen-trifugação, o que a separa, grosso modo, em duas partes: uma parte liquida (ou plasma) composta de água (90%), lipídios, eletrólitos, sais e fatores de coagulação; e uma parte sólida, composto de glóbulos brancos, vermelhos

e plaquetas. Tal plasma é coagulado, ou seja, ocorre

a “recalcificação” por meio do acréscimo de cloreto de cálcio, o que gera a aglutinação das plaquetas presentes e a liberação dos fatores de crescimento, dando origem ao chamado soro. Este processo é natural, ocorrendo sempre com o sangue extraído quando não se usa antico-agulantes.

Os dois soros servem, então, como “ali-mento” de células mononucleares (linfócitos e

monócitos) obtidas do sangue periférico dos mesmos indivíduos das bolsas originais e de outras pessoas (culturas autólogas e homólogas, respectivamente). A intenção das culturas é que as células se multipliquem e para que isso ocorra é necessário que o meio externo seja favorável ao crescimento, incluindo vitaminas e nutrientes, mas também algo que estimule e otimize o processo: os fatores de crescimento.

Para comparar os efeitos dos soros, os pesquisadores deixaram a cultura progredir por três dias e utilizaram os índices de viabilidade celular (quantidade de células vivas) e de morte celular (apoptose ou necrose). O pri-meiro deles é dosado por meio de um teste de coloração (há mudança da cor emitida apenas pelas células vivas), que faz a contagem por es-pectrofotômetro, e o outro, por citometria de fluxo. Tais avaliações foram realizadas no Laboratório de Imunologia do Instituto de Biociências, levando um tempo aproximado de uma semana desde a coleta do sangue até os resultados numéricos.

Segundo Priscila, cujo trabalho foi co-orientado pela biomédica Márjorie de Assis Golim, a utilização do soro de plasma rico em plaquetas induziu uma cultura de maior viabilidade que o soro bovino fetal. As análises permitiram também entender mais sobre os mecanismos bioquímicos envolvidos na cultura celular, incluindo a universalidade dos fatores de crescimento.

Professor Paulo Machado salienta que a

o trabalho abre novos horizontes com relação ao Processo de cicatrização

Em condições naturais, quando há algu-ma ruptura nos tecidos, ocorre uma espécie de “selamento” da área afetada através do acumulo de plaquetas e de uma matriz de células não diferenciadas. As plaquetas têm grânulos repletos de fatores de crescimento. E estes têm um papel fundamental na habi-lidade e desencadeamento de processos de regeneração celular no tecido promovendo a recuperação local.

No processo de cicatrização, quando as plaquetas do sangue se agregam no local de lesão, elas se rompem e os grânulos alfa liberam fatores de crescimento específicos para desencadear a proliferação de diferentes tipos de células. Essas proteínas também recrutam novas plaquetas, estimulam a formação do arcabouço de fibroblastos, promovem a neovascularização (formação de novos vasos), reepitelização (no caso de lesão da pele), facilitando a reconstrução tecidual ao induzir a multiplicação celular local.

De acordo Dr. Paulo, o fenômeno da cica-

pesquisa preocupou-se em estudar a cicatrização por si, como fenômeno, sem se preocupar em curar, atuar no processo ou gerar produtos, como pomada ou gel. “Para cicatrizar é preciso refazer um tecido existente, qualquer que seja este, e entender melhor como se dão os mecanismos intrínsecos ao processo é a proposta do trabalho”, avalia.

O trabalho abre novos horizontes com relação ao processo de cicatrização, concretizando-se, portanto, como fase da motivação inicial de compreender a relação entre envelhecimento e quantidades de fatores de crescimentos e de seus receptores nas células. Por isso, de acordo com Dr. Paulo, a proposta agora é continuar o estudo (em doutoramento) com faixas etárias dos doadores bem definidas e distintas e realizar a dosagem das quantidades dos fatores de crescimento e receptores presentes em função da idade.

Os pesquisadores propõem que, futuramente, através da cultura de células do sangue do paciente (prescindindo, inclusive do soro fetal bovino importado e dispendioso), se possam conhecer as razões e estimar o tempo de cicatrização de um paciente, por exemplo, e o período de internação necessário, o que

pode otimizar os serviços hospitalares. “Estou bastante satisfeita, porque, se o trabalho for mesmo continuado, podemos chegar a conclusões que tragam mesmo benefícios para os pacientes”, considera Priscila.

Sobre a possibilidade de desen-volver novos produtos farmacológi-cos, Dr. Paulo, veterano das pesqui-sas sobre a bioquímica relacionada ao sangue desde a década de 1970, defende que o lucro poderá ser sob a forma de beneficio ao sistema de saúde. Percorrida tanta estrada e tendo uma visão macro sobre o assunto, ele concorda em dizer que cada resposta abre horizontes para um número maior de perguntas.

Fisiologia da cicatrizaçãotrização é regido por duas vias metabólicas: a primeira com consumo de energia, per-mitindo a eliminação de células defeituosas e garantindo a formação de um tecido sadio, e a segunda fase, sem consumo de energia, promovendo proliferação destes tecidos e a cicatrização normal.

Na técnica (de auto-hemoterapia) de plasma rico em proteínas aplicada a atle-tas, frequentemente, cartilagens tendões e ligamentos não têm o suprimento de sangue necessário para permitir o acumulo de pla-quetas com seus fatores de crescimento no local, o que possibilita uma aceleração da recuperação pela injeção local do plasma desenvolvido do sangue do próprio individuo. O que é fabuloso sobre o procedimento é que é assim mesmo que ocorre naturalmente no corpo, no processo de auto-cura. Entretanto, a técnica ainda desenvolvida em poucos centros do país, pode maximizar a habilidade natural de auto-reparação do corpo.

FOTOS FLÁVIO FOGUERAL

Priscila Donato e Márjorie Golim

analisam resultados obtidos com o estudo