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Jornal da Metrópole, Salvador, 15 de junho de 2017 · Só vai melhorar já perto de Ca - pim Grosso”, contou. Situações como a de Marí-lia poderiam ser evitadas se a ... ao

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Jornal da Metrópole, Salvador, 15 de junho de 20172

Publisher Editora KSZDiretor Executivo Chico KertészEditor Felipe ParanhosProjeto Gráfico Marcelo Kertész

Grupo Metrópole Rua Conde Pereira Carneiro, 226 Pernambués CEP 41100-010 Salvador, BA tel.: (71) 3505-5000

Editor de Arte Paulo BragaDiagramação Dimitri Argolo CerqueiraRedação Bárbara Silveira e Matheus MoraisRevisão Felipe Paranhos

Fotos Tácio MoreiraProdução Gráfica Evandro BrandãoComercial (71) 3505-5022 [email protected]

Jornal da

Boca quente

QUEIXAS (II) Exemplo disso é Maurício Trindade (DEM), pré-candidato a deputado estadual, que se queixou publicamente do prefeito. Aliás, Trindade recebeu uma bela enquadrada para que o assunto não renda mais. Já na terça, com tudo mais calmo, o vereador ganhou um afago. “Mauricio, além de mé-dico, tem um certo olhar especial para as questões de trânsito”, disse Neto no even-to que apresentou mudanças viárias na re-gião do Jardim dos Namorados.

SEM DESCOLAR Ainda no almoço, Rui disse que não está desco-lando sua imagem à do PT, mesmo com a crise no partido. “É mais importante eu cuidar das entre-gas e ações do que estar vinculado com a política cotidiana. Talvez venha daí a percepção de afas-tamento. Não acho relevante que um governador fique usando bottom ‘Fora Temer’, ou que fique andando em passeata, coisas do tipo”, ressaltou.

QUEIXAS (I) Um vereador da base de ACM Neto (DEM) na Câmara, que obviamente pe-diu para que sua identidade fosse pre-servada, disse à coluna que o prefeito só atende vereadores em casos extraor-dinários. Fora isso, todo o trato é feito pelo vice-prefeito, Bruno Reis, e pelo chefe de gabinete, João Roma, homens de confiança. Segundo o governista, os pedidos são muitos, devido, principal-mente, às eleições do ano que vem.

QUEIXAS (III) No mesmo embalo de Maurício Trin-dade, o vereador Téo Senna (PHS) pediu mais atenção de ACM Neto às demandas do Legislativo Municipal: “A gente está trabalhando e os verea-dores precisam ser atendidos”, disse à coluna, reiterando que uma reunião com o prefeito “é difícil”. Apesar dis-so, Senna nega que exista um racha na base.

POR ORA, SÓ PREFEITURA Por outro lado, em entrevista a Mário Kertész na Rádio Metrópole, ACM Neto ainda não assu-miu que será candidato ao Palácio de Ondina no pleito do ano que vem, por mais que os indícios sejam claros. O democrata disse que só decidirá sobre uma possível candidatura ao governo em 2018. No mais, pretende focar na prefeitura de Salvador. Então tá!

A VERDADEIRA SERVENTIA Em almoço com jornalistas, o governador Rui Costa — que está em die-ta rigorosa e só comeu frutas — voltou a ironizar a pesquisa do Instituto Paraná que dá liderança a ACM Neto na disputa pelo governo em 2018. “Não me incomodo com pesquisa, porque nessa altura do campeonato só serve pro dono da pesquisa ganhar dinheiro e, para quem contratou, saber em que intenção a pessoa está”, disse.

tacio moreira /metropress

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Fotos Tácio MoreiraTexto Bárbara [email protected]

Além de tudo, pegar engarrafamento na estrada é submeter-se ao perigo de assaltos

Bahia

VIAGEMINFERNAL

Mais um São João ‘daqueles’ se aproxima para quem vai pegar a estrada rumo ao interior. Enquanto isso, a Via Bahia segue “blindada” por contrato que prati-camente inviabiliza nova pista na BR-324. Na BR-116, depois de oito anos, duplicação é mínima

A jornalista Marília Mene-zes perdeu as contas de quan-tos engarrafamentos já en-frentou na BR-324 no período de São João. Ela viajava todos os anos para a cidade de Cam-po Formoso, a cerca de 400 km de Salvador, e o trecho que ge-ralmente dura 8 horas de ôni-bus já chegou a 12. “Teve uma vez que saí de Salvador 5h e cheguei 17h. O engarrafamen-to começa em Feira de Santana

e você não sai — tanto por con-ta do fluxo de veículos naquela via principal quanto pelo en-troncamento para Tanquinho de Feira. Engarrafa muito, você fica mais de duas horas parado. Só vai melhorar já perto de Ca-pim Grosso”, contou.

Situações como a de Marí-lia poderiam ser evitadas se a Via Bahia, concessionária que administra a BR-324, reali-zasse obras de ampliação das pistas. Mas nós temos uma péssima notícia para você: a situação não está nem perto de sair do papel.

Quem pega estrada rumo ao interior já sabe como funciona: na BR-324, curtir o São João significa exercitar sua paciência na BR

“Sai de Salvador 5 da manhã e cheguei quase 17 horas no meu destino final”

Marília Menezes, jornalista

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Como se não bastasse pagar, as praças de pedágio ainda funcionam como verdadeiros bolsões, ampliando os engarrafamentos nas BRs Trechos da BR-116 em obras de duplicação são poucos e muitos canteiros de obra estão parados

Entre Simões Filho e Salvador, luz é coisa rara; o mais normal é enxergar só o que o farol permite

Leia mais no

www.metro1.com.br/cidade

Bahia

Se situação já beira o caos com cerca de 35 mil veículos rodando por dia — de acordo com dados da Via Bahia — a tendência é que a situação dos motoristas e passagei-ros que esperam horas nos engarrafamentos piore. Isso

porque a concessão da via es-tabelece que a BR-324 deve ser receber mais uma pista somente quando a via atingir o fluxo médio de 70 mil ve-ículos diários. Para uma hi-potética construção de uma quarta faixa nos dois senti-

dos, a média de veículos pas-sando diariamente pela BR-324 teria de superar 105 mil.

Ao Jornal da Metrópole, a Via Bahia confirmou que não há previsão para construção de uma terceira pista na 324. Ainda segundo a concessioná-ria, somente um curto — po-rém inexpressivo, diante da dimensão do problema — tre-

cho tem uma terceira faixa. “A BR-324 já é duplicada

entre Salvador e Feira de San-tana e possui um trecho com terceiras faixas compreendido entre a saída da capital até a região do bairro de Águas Cla-ras”, diz o comunicado.

A falta de infraestrutura em alguns pontos administra-dos pela concessionária tam-bém é motivo de reclamação. Diariamente, a Metrópole re-cebe reclamações de motoris-tas que trafegam pelo trecho entre Salvador e Simões Filho

e encontram a pista escura ou com poucos postes acesos. A situação foi confirmada pela Via Bahia, que argumentou que sofre “constantemente com o vandalismo no furto de cabos de energia”. Mas e aí? Ficamos sem luz?

CONTRATO NÃO AJUDA E ENGARRAFAMENTO NÃO TEM PRAZO PARA CHEGAR AO FIM

SEM PREVISÃO DE TERCEIRA PISTA

TRECHOS ÀS ESCURAS

Sobre a BR-116, que vai de Feira de Santana até a di-visa com Minas Gerais, a Via Bahia afirmou que 68 km es-tão duplicados, entre a saída de Feira até a região do Pa-raguaçu. O trecho, porém, é muito pequeno em relação ao total gerido pela empresa: 554,1 km.

Pra piorar, segundo moto-ristas que passam diariamen-te pela estrada, menos de 30 km de duplicação estão, de fato, prontas para o tráfego.

BR-116: SÓ 68 KM DUPLICADOS

Os muitos trechos sem duplicação da BR-116 aumentam o risco de graves acidentes

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ESPERANÇA PARA O TRÂNSITOIntervenções da Prefeitura em vias de quatro bairros devem desafogar trechos travados da cidade

O prefeito ACM Neto (DEM) anunciou uma importante obra para a mobilidade de Salvador: uma nova via, com quatro faixas, na Av. Octávio Mangabeira, indo até a Av. Manoel Dias da Silva. Com isso, terá fim o estaciona-mento que atende à Academia Well Prime, aos bares Carangue-jo da Bahia e Boteco do Caran-guejo e ao Colégio Integral.

A alteração tem o objetivo de

acabar com os congestionamen-tos da Rua Fernando Menezes de

Góes, , que hoje recebe o fluxo de sete faixas – quatro da Orla e três da Magalhães Neto. A rua ficou sobrecarregada depois da transformação da Av. Paulo VI em mão única para carros.

Assim, quem vem da Orla poderá, além de fazer o cami-nho atual, seguir reto em dire-ção à Av. Manoel Dias da Silva. A obra deve ser concluída em quatro meses.

Outros três bairros re-ceberão importantes me-lhorias na mobilidade. No Imbuí, será construído um novo acesso na saída da Rua Jayme Sapolnik, dando aces-so direto do Marback à Av. Jorge Amado. Em São Cris-tóvão, algumas vias terão o

tráfego alterado e, no Stiep, serão feitos dois cortes de canteiro central, permitindo a saída da Rua Rodolpho Co-elho Cavalcante para a Rua Manoel Ribeiro e o retorno da Rua do Curralinho para a Manoel Ribeiro, sentido Centro de Convenções.

OUTRAS TRÊS INTERVENÇÕESO prefeito ACM Neto (DEM)

explicou o que vai acontecer com o trânsito. “Quem quiser ir para a Magalhães Neto ou voltar para a Paralela vai num sentido; quem quiser ir para a Manoel Dias, vai noutro sentido”, disse.

Morador do Costa Azul, o engenheiro Leandro Vieira elo-gia a ação. “Ali era um bolsão de carros. [O trânsito] Vinha fluindo da Orla e da Magalhães Neto, mas, chegava ali, travava. Agora, esse represamento vai acabar”, comemora.

TRÂNSITO SERÁ DIVIDIDO PARA DAR FLUIDEZ

O prefeito assinou a ordem de serviço na última terça-feira, no Jardim dos Namorados

Engarrafamentos da região do Costa Azul devem ser minimizados com nova via na Orla

2MILHÕES

de reais será o investimento da Prefeitura na nova via

“Identificamos pontos críticos da cidade e fizemos um estudo aprofundado”

ACM Neto, prefeito de Salvador

Cidade

Foto Tácio Moreira Texto Felipe Paranhos [email protected]

max haack/secom

secom

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16MESES

é quanto se passou desde o fechamento definitivo do Pestana

“Já apreceram vários”Alves afirma que até redes estrangeiras já procuraram o Pestana para negociar. “Já tiveram vários, até com bandeira internacional. Mas nada conclusivo. Por enquanto, não tem nada definido”.

PropostasDe acordo com o secretário de Turismo José Alves, alguns grupos já apresentaram interesse pelo Pestana, mas as propostas não ti-veram nenhuma definição.

Cidade

APENAS PROMESSASHá quase um ano e meio sem o Pestana, Salvador ainda espera definição sobre o futuro do maior hotel da cidade

Em 29 de fevereiro de 2016, o Rio Vermelho perdeu o seu mais importante hotel. Na data, o Pestana fechou as portas após uma longa crise financeira que culminou no encerramento das atividades e demissão de cente-nas de funcionários.

A história do Pestana começou em 1974, ainda como Le Méridien, o primeiro cinco estrelas da Bahia. Só que devido a uma dívida de R$ 1,2 bilhão da empresa adminis-tradora — a Sisal Bahia Hotéis Tu-rismo — junto ao Banco do Brasil, encerrou suas atividades em maio de 2000. O governo da Bahia, en-tão comandado por César Borges, articulou a aquisição do imóvel pelo Grupo Pestana por meio de incentivos fiscais e um financia-mento privilegiado do Banco do

Nordeste. Em meados de 2015, o então secretário de Turismo, Nel-son Pelegrino, chegou a afirmar que não “aceitaria o fechamento” do espaço e que poderia “reformar o equipamento e devolver à cida-de”. Meras promessas.

Um ano e meio se passou e a Bahia continua esperando uma solução para o Pestana, que se-gue de portas fechadas e sem previsão de reabrir. Alguns gru-pos já até se mostraram interes-sados em reativá-lo, mas nenhu-ma negociação foi adiante.

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Fotos Tácio MoreiraTexto Bárbara [email protected]

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Stiep-PitubaAinda segundo o levantamento, coube aos hotéis do polo Stiep-Pituba o melhor desempenho, seguido pelos polos Itapuã-Stella Maris e Cen-tro-Pelourinho.

45,32% de ocupaçãoDe acordo com a Pesquisa Conjuntural de Desempenho de maio, a rede hoteleira de Salvador apresentou uma taxa de ocupação de 45,32% e diária média de R$ 211,39.

Cidade

À Metrópole, Pessoa afir-mou que a divulgação do des-tino Bahia é ineficaz: “Estamos sem Centro de Convenções, temos uma aeroporto que foi abandonado pela Infraero e faz mais de dois anos que não temos campanhas fortes em TV. Não temos nada na área de mídias digitais na Bahia. Hoje, enquanto todo mundo está no

Instagram, Snapchat, Facebook, nós não temos uma mídia se-quer funcionando a contento”.

Alves, por sua vez, rebateu. “Na verdade, a gente tem colo-cado uma campanha atrás da outra. Ou ele não está acompa-nhando ou está viajando para o exterior, não sei. Mas ele não está sabendo. É bom acompa-nhar mais de perto”, disse.

CRÍTICAS E RESPOSTAMAIS DE 20 HOTÉIS FECHADOS EM 2016

JOSÉ ALVES: “NÃO TEMOS CONTROLE”

A situação enfrentada pelo Pestana se repete por diversas vezes em Salva-dor. De acordo com levan-tamento feito pela FeBHA, somente em 2016, 20 hotéis deixaram de funcionar na capital baiana.

“2015 e 2016 foram os piores anos dos últimos 30. Estamos trabalhan-

do no vermelho dois anos consecutivos. A hotelaria e bares e restaurantes estão sofrendo. E de 2015 a 2017, segundo a Junta Comercial do Estado da Bahia, 2 mil bares e restaurantes fecha-ram as portas em Salvador e 20 mil empregos foram per-didos na nossa área”, expli-cou Silvio Pessoa.

Secretário de Turismo da Bahia, José Alves afirmou que o estado está de mãos atadas diante da questão do Pestana. “É uma situação que a gente não tem controle. É um bem privado. O máximo que podemos fazer é que às vezes aparecem pessoas interessadas em investir em Sal-vador e indicamos, entre outras coisas, o hotel. Fora isso, tenho conversado bastante com o dire-tor da rede Pestana para ver que evolução terá aquele empreendi-mento”, disse.

Hotel Tulip Inn, no Stiep, foi um dos principais afetados pelo fechamento do Centro de Convenções da Bahia. Acabou fechando Apesar de críticas, secretário de Turismo reitera que promoção do estado é cada vez maior

Secretário afirmou que tem se esforçado para oferecer o imóvel como espaço para investimento

2 MIL

bares e restaurantes de Salvador encerraram as atividades no ano passado

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O prefeito ACM Neto (DEM) foi o entrevistado de Mário Ker-tész na quarta (14), na Metrópo-le. Ele comentou as perspectivas do governo Michel Temer, os in-vestimentos do projeto Salvador 360 e, claro, a possível candidatu-ra ao governo do estado em 2018.

Neto se recusou a confirmar seu nome no embate, mas afir-mou que “o povo disse”, em re-cente pesquisa, que deseja sua candidatura. “Óbvio que não vou descartar a possibilidade de ser candidato. O peso preponderan-te é a população. Foi divulgado uma pesquisa e, entre as pergun-tas, tinha se queriam que eu dei-xasse a Prefeitura para ser candi-dato. O povo disse que sim. Posso garantir: se o povo não quiser, não serei candidato”, afirmou.

Questionado sobre as chan-ces que o presidente Michel Temer tem de seguir no poder e implantar definitivamente as reformas trabalhista e da Previ-dência, o prefeito condicionou a continuidade do peemedebista aos “fatos que surgirem”.

“A vitória no TSE [Tribu-nal Superior Eleitoral] foi im-portante para Temer”, disse,

referindo-se à não cassação da chapa Dilma-Temer, que venceu as eleições em 2014. “A decisão do PSDB de não romper com o governo reforça a maioria con-gressual de Temer. Se o governo conseguir manter a agenda de votações, ele chega até dezem-bro de 2018. A dependência do governo em relação ao Legisla-tivo é absoluta”, avaliou Neto.

Neto declarou que não está otimista em relação a uma reto-mada rápida do crescimento do Brasil. “Infelizmente, não sou oti-mista com relação ao que se pode produzir e a dimensão disso até o ano que vem. Vamos precisar de um governo legitimado pelo voto direto para que a partir de 2019 o país volte para um caminho sóli-do e consistente”, declarou.

“A situação é muito difícil. A crise só será superada com a eleição do ano que vem. Até lá, a principal pauta será Lava Jato, desdobramentos, impactos na economia, no funcionamento do governo”, completou.

PERSPECTIVAS DE TEMER CRISE FICA ATÉ A ELEIÇÃO DE 2018

Situação do presidente Temer ficou mais complicada desde o escândalo da JBS

Foto Tácio Moreira

Entrevista

“ÓBVIO QUE NÃO VOU DESCARTAR SER CANDIDATO AO GOVERNO DO ESTADO”

Prefeito ACM Neto ainda não confirma que vá disputar elei-ção com Rui Costa em 2018, mas cita desejo do povo de-monstrado em pesquisa

ACM Neto, prefeito

Continuidade “depende dos fatos

que surgirem”

Texto Felipe [email protected]

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Entrevista

Prefeitura e governo estão em embate sobre os ônibus do CAB desde o mês passado

A Metrópole acompanha há 15 dias o mais novo impasse entre a Prefeitura de Salvador e o governo do estado: a retirada dos ônibus de dentro do Centro Administrativo da Bahia (CAB). Neto também comentou o as-sunto e disse que vai interferir para que questões políticas não comprometam os investimen-tos na mobilidade da capital baiana. “Não é disputa politica e birra de um lado ou de outro que vão atrapalhar o transpor-te”, enfatizou.

O prefeito ressaltou as difi-culdades para implantar a in-tegração ônibus-metrô numa cidade grande e complexa como Salvador. “A integração é desejo de todos. O problema é como fazer. A cidade tem que

estar preparada, porque have-rá uma mudança grande nas li-nhas de ônibus. Não posso tirar uma linha sem antes explicar e dizer a alternativa”, explicou. “Nosso sistema de ônibus está em crise. Tem empresas que não conseguem pagar a outor-ga. Não posso transferir o pre-ço da conta para a passagem do ônibus”, completou o prefeito.

Na opinião do prefeito ACM Neto (DEM), candidatos extre-mistas não devem vingar na disputa para a Presidência em 2018. Dentre eles, Neto citou o nome do deputado e pré-candi-dato Jair Bolsonaro (PP). “O elei-tor espera capacidade. Prometa, cumpra, com gestão comprome-tida e focada em resultados. Não vejo um Bolsonaro com chances reais de ser presidente. Temos que estar atentos para os que vão chegar com discursos mes-siânicos. A eleição deve estar pulverizada com muitas candi-daturas. Não acho que há espa-ço para extremistas. A média do pensamento do eleitor está no centro”, completou.

ÔNIBUS DO CAB: “BIRRA POLÍTICA NÃO VAI ATRAPALHAR” BOLSONARO SEM CHANCES

20LINHAS

de ônibus deixaram de entrar no CAB nos horários antes previstos

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