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1 2013 1º TRIMESTRE INVERNO INTO THE WAVE AS REPORTAGENS MAIS INTERESSANTES DE CAÇA E PESCA DA PENÍNSULA IBÉRICA. OS MELHORES CONTEÚDOS INTERNACIONAIS. 300 HORAS DE ESTREIAS ANUAIS SAKURA Os vinis que fazem a diferença. SURF TECH POTENZA Saiba mais sobre o fio do momento. JAIME SACADURA Apresenta as novas Akadas. JORGE PALMA Conheça melhor as corvinas. SAIBA O QUE VALEM ALGUMAS NOVAS CANAS PARA OS ACHIGÃS. CHEGOU A INTERNET MÓVEL MAIS RÁPIDA DE SEMPRE! p. 30 p. 22 p. 12 p. 8 14 ANO IV INVERNO 1º TRIMESTRE 2013 TRIMESTRAL GRATUITO DIRECTOR VIRGILIO MACHADO [email protected] p. 15 p. 20

Jornal da Pesca Nº 014

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Vinis Sakura - Surf Tech Potenza - Jaime Sacadura - Corvinas - Canas para achigãs

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12013 1º TRIMESTRE INVERNO

INTO THE WAVE

AS REPORTAGENS MAIS INTERESSANTES DE CAÇA E PESCA DA PENÍNSULA IBÉRICA.

OS MELHORES CONTEÚDOS INTERNACIONAIS.300 HORAS DE ESTREIAS ANUAIS

SAKURAOs vinis que fazem a diferença.

SURF TECH POTENZASaiba mais sobre o fio do momento.

JAIME SACADURAApresenta as novas Akadas.

JORGE PALMAConheça melhor as corvinas.

SAIBA O QUE VALEM ALGUMAS NOVAS CANAS PARA OS ACHIGÃS.

CHEGOU A INTERNET MÓVEL MAIS RÁPIDA DE SEMPRE!

p. 30

p. 22

p. 12

p. 8

14ANO IV

INVERNO1º TRIMESTRE 2013

TRIMESTRALGRATUITO

DIRECTORVIRGILIO MACHADO

[email protected]

p. 15

p. 20

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A nova temporada da pesca desportiva está praticamente à porta.No ano que agora começa muitos são os objectivos em fazer melhor que em 2012. Da parte dos pescadores em conseguirem alcançar melhores resultados, da parte dos organizadores, estancar a quebra de participantes é o principal ob-jectivo já que os dias que correm não são bons para as modalidades amadoras.Apesar das dificuldades económicas do país, a verdade é que a pesca de competição vai continuando a dar alegrias aos portugueses, prevendo-se que este ano a exemplo de 2012, Portugal consiga mais feitos.Os títulos conquistados pelas equipas portuguesas e pelos pescadores, continu-am a ser no entanto escassos para merecerem a atenção de algumas entidades.Veja-se por exemplo a entrega de prémios de desportistas do ano 2012 da Confederação do Desporto de Portugal. Entre os laureados 20% eram da pesca, mas apesar disso nenhum pescador ou clube de pesca que em 2012 alcançou o título de Campeão do Mundo foi finalista entre os desportistas do ano.Na lista estavam alguns nomes que merecem todo o nosso apoio como atle-tas, mas que o melhor que fizeram na época anterior foi serem relegados para lugares fora do pódio.Ou seja, a pesca desportiva apesar de ser a segunda modalidade portuguesa mais premiada internacionalmente está longe dos lobbys de pressão para conseguir pelo menos uma nomeação para os atletas do ano.Contudo a pesca desportiva tem servido nas últimas semanas para contar espingardas para a eleição dos novos dirigentes do Comité Olímpico Por-tuguês. A verdade é que apesar de não ser uma modalidade olímpica, os candidatos ao COP tem-se desdobrado em contactos para garantir o voto das Federações das modalidades de forma a poderem ser eleitos.Resta pois saber se após a eleição vão continuar a olhar para a Pesca Despor-tiva e para outras modalidades da mesma forma que sempre olharam ou se finalmente vão assumir uma postura de contribuir para uma melhor Pesca de competição em Portugal.

Virgílio Machado

PROPRIEDADE Mundinautica, Lda.

REDACÇÃO, PUBLICIDADE E MARKETINGLourel Park, Ed. 52710-363 SintraT. 219 617 455 F. 219 617 457EDITORJorge MourinhoDIRECTORVirgílio Machado - [email protected]ÇÃOPaulo Soares - [email protected] GRÁFICOFernando PinaCOLABORAM NESTE NÚMEROAntónio Marques, António Xavier, Carlos André, Darren Cox, Fernando Encarnação, Gomes Torres, Jaime Sacadura, Joaquim Moio, Jorge Palma, José Calado, Márcio Rafael, Paulo Soares e Vega.

IMPRESSÃODilazo, S.A.ZI Frielas - Rua Cidade de Aveiro, 7 - AArmazém C - 2660-081 FRIELAST. 219 897 340 F. 219 886 058DISTRIBUIÇÃO Chronopost

TIRAGEM 7.500 Exemplares

PERIODICIDADE Trimestral

PREÇO Gratuíto

ERC Nº registo: 125807

DEPóSITO LEGAL Nº 305112/10

Nº 14 ANO IVINVERNO1º TRIMESTRE 2013

NOTA: As opiniões, notas e comentários são da exclusiva responsabilidade dos seus autores ou das entidades que fornecem os dados. Nos termos da lei está proibida a reprodução ou a utilização, por quaisquer meios, dos textos, fotografias e ilustrações constantes destas publicações, salvo autorização por escrito.

© Mundinautica Portugal, Lda.

NOVA éPOCA ESTá à PORTA VEGA NA TURQUIA.

A VEGA acaba de realizar um acordo de distribuição dos seus produtos na Turquia, mercado muito difícil e que abre enor-mes expectativas de negócio à marca Portuguesa.Sendo um país de 70 milhões de habitantes e com cerca de 4 milhões de pescadores, entre mar e água doce, é no entanto um mercado ainda por explorar e com grandes potencialidades.O novo distribuidor da VEGA é um dos mais conceituados pes-cadores e líderes de opinião turcos, de nome ERGIN BALIKCI-LIK, com sede em Istambul, o qual garante desde já um posi-cionamento da marca num segmento médio-alto, indo assim ao encontro dos desafios que a VEGA tem vindo a sustentar nos últimos anos.Para já o novo distribuidor irá comercializar a gama actual de artigos que a VEGA apresenta para 2013, mas já existe traba-lho realizado no sentido de desenvolver produtos específicos para o mercado turco, onde a empresa ERGIN BALIKCILIK é um dos principais players.Seguem-se outras novidades que a seu tempo serão divulgadas.Entretanto a cana Vega Potenza Supercore já foi alvo de tes-tes por parte de experimentados pescadores Turcos no mar do Bósforo, tendo-se revelado á altura das maiores exigências.Os testes realizados pelo novo agente Vega na Turquia permi-tiu dar a conhecer as capacidades desta cana junto da elite turca da modalidade que foi unanime em considerar a Poten-za Supercore como uma cana de eleição.

BEST OF BóIA 2013 VEM Aí.O Best Of Bóia – Pesca de Competição de Bóia está de volta para a edição de 2013.Depois do sucesso alcançado em 2012, este torneio de pesca à bóia, que conta com o apoio do Jornal da Pesca, sofreu alguns ajustamentos e promete ser ainda mais competitivo.Os responsáveis pela organização já fizeram saber que o tor-neio irá ser realizado em Viana do Castelo no fim-de-semana 11 e 12 de Maio, com a primeira prova no sábado de tarde e a segunda no domingo de manhã.Desta forma pretende-se reunir o maior número de participantes de norte a sul, para que possa promover a modalidade, a amizade e a candidatura de Viana do Castelo ao Europeu de Bóia 2014.

EDITORIAL

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NAcIONAl EmbARcAdO dE AcHIGã

EQUIPAS MARIETEL EM DESTAQUE.

As equipas da Marietel / TMN estiveram em destaque na jor-nada inaugural do campeonato Nacional de pesca embarcada ao Achigã que no fim-de-sema-na de 9 e 10 de Março, arrancou na barragem de Santa Clara.Numa jornada marcada pelo mau tempo, Joaquim Moio e João Grosso, vice campeões nacionais de 2012, terminaram esta etapa inaugural do campe-onato na sétima posição, com um total de 23 pontos, fruto de um 9º lugar na primeira prova e um 14º na segunda.Já Gualdino Angelino e António Casimiro, foram mais regulares e terminaram a prova de Santa Clara na segunda posição com 8 pontos, a apenas 4 pontos da liderança de João Pedro Queiroga e Paulo Vales.Destaque igualmente para a prestação da equipa Marietel José Moreira e David Ala, que apesar de não terem capturado nenhum peixe no primeiro dia de prova, acaba-ram por alcançar no segundo dia um sexto lugar, fruto da captura de 5 peixes que totalizaram 4,126 Kg, saindo assim de Santa Clara na 19ª posição da geral com um total de 38 pontos. A próxima ronda do campeonato está marcada para a barragem do Alqueva a 22 e 23 de Junho.

NAcIONAl dE FEEdER

ZONA NORTE.

Decorreu no passado dia 17 de Março na Pista de Pesca de Chaves a 1ª Prova do Campeonato Nacional de Feeder – Zona Norte.A prova a participação 40 pescadores, divididos por 5 sectores. Nas 5 horas de pesca atingiu-se o impressionante número de… 371,570Kg, o que perfez uma média de 9,300Kg por pescador. Rafael Machado do CP Merelim S. Paio que totalizou 31,230kg está no primeiro lu-gar da classificação geral da Zona Norte. Já Márcio Gaio do Team Vega capturou 8,020, estando na 18ª posição da classificação ge-ral com 4 pontos, menos três que o líder.

OPEN DE SURFCASTING NA PRAIA DO CARVALHAL.

O CAP de Setúbal vai realizar no próxi-mo dia 12 de Maio, a 4ª edição do Open de Surfcasting, que terá lugar na praia do Carvalhal/Pego.A prova que conta com o apoio da VEGA, terá início às 7 horas com a con-centração e promete uma grande jorna-da de convívio que terminará com um almoço entre os participantes.Com uma lista de prémios bastante in-teressante este Open de Surfcasting promete reunir mais uma vez um eleva-do número de participantes.As inscrições para a 4ª edição do Open de Surfcasting do CAP de Setú-bal podem ser realizadas através do 925 951 869 ou 962 774 970.

PESCA DESPORTIVA ESTá DE LUTO.

O Grupo Desportivo os Amarelos de Setúbal está de luto com a morte de Luis Pereira, um dos elementos desta equipa e que muito deu á pesca desportiva embarcada do Clube.Conhecido pela dinâmica e vontade que colocava em tudo o que fazia, Luís Pereira, foi vítima de falecimento prematuro e deixa a pesca desportiva mais pobre.A VEGA e o Jornal da Pesca, onde o Luis colaborava sempre que o tempo o permitia, lamentam a partida deste Amigo e grande pescador.À família enlutada, ao Clube e a todos os amigos os mais sinceros votos de pesar da VEGA e Jornal da Pesca.

NOTICIAS

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INVERNO 1º TRIMESTRE 20124

O GRUPO SERT VOLTA A TER FORçA EM PORTUGAL.Depois de alguns anos “desaparecida” do mercado nacional, a marca francesa mais importante de pesca desportiva SERT, acertou com a Mundinautica a distribuição, por esta, dos seus produtos em Portugal.A negociação foi fácil e satisfaz ambas as partes, uma vez que, se por um lado a Mundinautica passa a disponibilizar uma oferta muito mais alargada de produtos a todos os pescadores desportivos por-tugueses, o grupo SERT consegue ter no seu novo distribuidor um parceiro empenhado e capaz de colocar as marcas distribuídas pela SERT no lugar que merecem.Sendo a Mundinautica líder do mercado com a sua marca própria Vega, é expectável que o novo distribuidor consiga potenciar as óp-timas relações de parceria que mantém com as melhores lojas de pesca do nosso país, sendo por isso aguardado com muita expecta-tiva o resultado desta operação.Cabe informar que o grupo SERT engloba, para além dos seus pro-dutos próprios, gamas das marcas SAKURA, PROWESS, HEARTY RISE, SUNSET, KATUSHA, ANATEC e GARBOLINO.Esta última acaba de ser incorporada pelo grupo SERT, pelo que nes-te momento todos os sectores e modalidades de pesca ficam cober-tos pelo grupo francês.Se a SAKURA e HEARTY RISE nas modalidades de spinning dispensam apresentações, que dizer da GARBOLINO na pesca de água doce de competição e feeder, ou da marca SUNSET no segmento de Surfcasting.E para completar a oferta ainda teremos a oportunidade de conhe-cer a PROWESS, marca líder em França no sector do carpfishing.Estão assim criadas as condições para que os pescadores desporti-vos portugueses possam aumentar as suas opções em segmentos de elevadíssima qualidade, desfrutando de produtos que irão cor-responder seguramente às suas exigências e expectativas.Na última edição da Mora Pesca os pescadores puderam conhecer uma pequena amostra do que será comercializado a partir deste mo-mento, ficamos agora á espera que estas gamas de produtos che-guem rapidamente às lojas para satisfação de todos os pescadores.

VEGA EM DESTAQUE NA MORA PESCA.A VEGA esteve presente da 11ª Edição da Feira de Artigos de Pesca Mora Pesca 2013, que teve lugar no centro de exposições da Vila de Mora nos passados dias 22, 23 e 24 de Fevereiro. Este ano a Mora Pesca contou com mais de 30 expositores que ocu-param 106 stands, num total de 3.500 metros quadrados. O evento tem ganho relevância a nível nacional e é actualmente uma referência para a modalidade da pesca desportiva. Na Mora Pesca a marca VEGA apresentou as novidades da colecção de 2013 aos visitantes, as quais mereceram a aprovação da generalidade dos pescadores desportivos que visitaram o stand da marca.Este evento foi, igualmente, o palco escolhido pela Federação Portuguesa de Pesca Desportiva para a entrega dos prémios aos campeões da época 2012, do qual salientamos a classificação do nosso atleta Carlos Costa, que se sagrou Campeão Nacional (Rio) e de Márcio Gaio, que foi terceiro classificado no mesmo campeonato. Já em termos colectivos, o TEAMVEGA alcançou a terceira posição no Campeonato Nacional de Clubes.

NOTICIAS

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Vega acaba de lançar uma nova gama de sa-cos destinados á pes-

ca lúdica e outras actividades outdoor. Idealizada com a fun-cionalidade e versatilidade em mente, foi desenhada com es-pecificações que permitem faci-litar o transporte dos seus aces-sórios nas suas incursões ao ar livre. Para a sua confecção fez--se recurso ao Polyester 420 Deniers com pelicula interna impermeabilizante que garante uma considerável resistência á água, protegendo os equipamen-tos transportados dos elementos da natureza e de pancadas inde-sejadas. Esta gama é constituída por duas mochilas, uma delas dupla, e dois sacos multiusos.

SPINNER

Modelo destinado ao spinning e constituído por duas mochilas, uma dorsal com 50x35x20cm e uma ventral com 26x23x9cm. Podem ser utilizadas em con-junto ou em separado, sendo a mais pequena fixada neste caso

a tira colo com fixação adicio-nal de cintura. Apresenta um bolso com divisão interna e inclui uma caixa plástica para amostras amovível, fixada com velcros á pala de abertura para facilitar o manuseio com uma só mão. No exterior tem uma rede elástica para retenção de pequenos objectos e um mos-quetão extensível para fixar um utensilio de pesca. A mochila dorsal apresenta dois bolsos independentes, sendo o maior “alargável” através de um fecho integral. Na frontal exterior tem a rede de retenção á ima-gem da sua “irmã” mais pe-quena. Ambas têm as alças e as “costas” acolchoadas para um contacto mais cómodo com o seu utilizador.

SALTER

Saco de transporte multiusos com um grande bolso central com cerca de 12L de capaci-dade, dois generosos bolsos laterais e um frontal venti-lado. Pode ser transportado pelas pegas de mão ou a tira colo através de uma alça ajus-tável. O fundo inclui quatro aplicações antiderrapantes em borracha que também protegem o fundo do saco de contactos mais abrasivos. 43x23x26cm.

ROCK

Mochila de capacidade mé-dia, com três bolsos inde-pendentes, sendo um prin-

cipal de maior capacidade, um intermédio frontal e um terceiro mais pequeno e de posição frontal inferior. Contém ainda dois pequenos bolsos laterais em rede e apli-cações de velcro para melhor fixação de objectos. As “cos-tas” e alças são acolchoadas para superior comodidade. 50x37x22cm

COAST

Saco tira-colo com 40x30x-17cm, um bolso de tamanho integral e dois mais peque-nos frontais. Todos os bolsos incluem fechos zipper e são cobertos por aba também com fechos, estes plásticos de mola.

VERSATILIDADEE FUNcIONAlIdAdEA

TEXTO E IMAGENSRedação

MATERIAIS

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INVERNO 1º TRIMESTRE 20126

uando na pesca usa-mos algo pela primeira vez, assolam-nos sem-pre as habituais ques-

tões sobre como será a qualida-de do material, a durabilidades dos seus componentes ou o de-sempenho deste, face às nossas necessidades. Daí que conhe-cer um pouco os pormenores relacionados com o fabrico de uma cana, é meio caminho an-dado para entender o compor-tamento ou a durabilidade da mesma. Para o spinning de mar em particular, as exigências para com o equipamento são amiúde bastante alargadas, porque nes-ta pesca de nómada não pode-mos levar uma cana para cada

tipo de técnica e por outro lado, correr o risco de algum compo-nente ou a própria cana ceder ao praticar uma variante mais exi-gente desta modalidade. O spin-ning é maioritariamente feito a pé e por vezes em deslocação constante, interessando-nos por isso uma cana que cumpra to-dos os requisitos de qualidade, durabilidade e polivalência.Com esta preocupação, a Vega concebeu uma cana para o spinning de mar, construída com materiais topo de gama, cujo desempenho permite uma

utilização alargada na pesca com iscos artificiais, indo jus-tamente de encontro às neces-sidades do “spinner” de robalos.

A LUxxE SPINO que dá “personalidade” a uma cana de amostras é sobretudo o seu blank, ou seja a “vara” cons-truída em fibras e/ou tecido de carbono, onde depois são mon-tados todos os restantes com-ponentes. Esta personalidade é obtida,quer a partir do material que constitui a matéria-prima (o tipo de carbono) e que pode

ser associado a outros materiais, bem como o processo de fabrico utilizado para conseguir os dife-rentes tipos de acção possíveis.Para o fabrico desta cana, a Vega utilizou tela de carbono de alto módulo e tecnologia Nanoflex, que permite uma resistência extra, com mesma quantidade de fibra. Ou seja, mais resis-tência com o mesmo material. Para além disso foi ainda acres-centado um reforço em Kevlar nas zonas de maior stress, onde a cana estaria mais sujeita a es-forços. De notar que o Kevlar

A ROBALEIRA TODO-O-TERRENO… DE LUXO

lUXXE SPIN

Q

TEXTO E IMAGENSGomes Torres

Alguns exemplos de amostras que podemos utilizar com este conjunto

SPINNING

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72013 1º TRIMESTRE INVERNO

é uma fibra sintética, cuja re-sistência pode ser até sete vezes superior ao aço, sendo muito utilizada para a produção de coletes à prova de bala e equi-pamento de segurança. A capa-cidade de lançamento vai desde os dez gramas até aos quarenta e cinco, cobrindo assim o grande objectivo de abranger o alargado leque das amostras que habitual-mente usamos nos robalos.Com este tipo de tecnologia e com o reforço mencionado, a Vega obteve um blank que dá origem a uma cana de excelên-cia, constituída em duas partes e três metros de comprimento, conseguindo uma solução poli-valente, robusta, sensível e leve, como demonstra o peso final de apenas 245 gramas. Basta pegar nela para sentir a diferença.

OS COMPONENTESTambém relativamente aos com-ponentes, a Vega não facilitou. Para tal recorreu ao mais pres-tigiado fabricante destes acessó-rios, a Fuji. Assim encontramos aqui os passadores desta marca, do tipo Tangle Free Alconite, desenvolvidos especificamente para as linhas multifilares. Este modelo de passadores evita que

as linhas entrançadas que habitualmente usa-

mos no spinning se embaracem neles, durante a saída de linha

no lançamento, enquanto si-multaneamente incremen-

tam a distância alcançada pela amostra. Para isso contribuem os anéis

internos, fabricado em Alconite, um material cerâmico desenvolvido pela Fuji e com baixís-simo atrito, que se revelou ainda 35%

mais leve e 50% mais re-sistente que a cerâmica vulgar,

segundo dados deste fabricante.O porta-carreto é também da marca Fuji. A Vega recorreu a um modelo clássico e com pro-vas dadas relativamente à du-rabilidade e resistência, sendo as zonas de fixação do carreto reforçadas com anéis exteriores em aço inox. O punho em espu-ma EVA de grande densidade é constituído por três elementos, seguindo as tendências actuais do design para este componen-te. Este tipo de espuma permite uma excelente aderência, mes-mo com as mãos molhadas e é extremamente resistente aos efeitos nocivos da água salgada, ao contrário doutros materiais. As extremidades apresentam pequenos anéis de corte diago-nal em aglomerado de cortiça, concedendo um tom agradável à vista, nos punhos anteriores.

COM O CARRETO AKADA MT 40, CONJUNTO DE SUCESSO…Equipamos a Luxxe com o car-reto Akada MT 40, nome com tradição e que nos direcciona de imediato para equipamento de-dicado à pesca com iscos artifi-ciais, para robalos e achigãs. Esta verdadeira máquina de enrolar fio, possui o corpo em alumínio

de baixa densidade, o que só por si lhe confere uma resistência fora do habitual e um baixo peso. Um pequeno parafuso posicionado lateralmente à direita no corpo do carreto permite a lubrificação fácil do mecanismo interno, sen-do uma inovação neste segmento.A suavidade de funcionamen-to é devida aos 12 rolamentos blindados em inox, que propor-cionam também elevada dura-bilidade e ausência de folgas. No Akada, a pega da manivela é também fabricada em espu-ma EVA de alta densidade, com

excelente aderência e em perfei-ta harmonia com o punho da Luxxe, dando ao conjunto uma sensação imediata de equilíbrio.Como seria de prever, na prova de mar, este duo funcionou na perfeição, com todo o género de amostras. Desde os stickbaits e jerks até aos vinis, é impressio-nante o despenho do conjunto. Nos lançamentos, a linha Po-tenza Braided de 0,22mm, flui com muita facilidade, graças ao desenho da bobina do carreto e aos passadores, que revelam aqui o seu verdadeiro desígnio. Fica-nos a sensação de pou-cas oportunidades e a “saber a pouco”, para poder disfru-tar deste magnífico conjunto, mesmo que o façamos todos os dias das férias…

A ROBALEIRA TODO-O-TERRENO… DE LUXO

A libertação dos exemplares mais pequenos é fundamental para que possamos desfrutar mais no futuro.

mais um exemplar capturado com a luxxe Spin

2235 - luxxe Spin

Akada mT40

SPINNING

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INVERNO 1º TRIMESTRE 20128

SLIT SHADApresenta um corpo de secção quase triangular em que o dor-so apresenta uma fenda, ideal

para camuflar a ponta de um anzol numa montagem Texas ou melhor centrar um cabe-çote. Uma ranhura ventral foi também incluída para facilitar o deslizar dos anzóis Offset durante a ferragem e sem pre-judicar o seu posicionamento durante a animação. A cauda foi especialmente desenhada para proporcionar uma grande mobilidade e uma intensidade vibratória óptimas. Imedia-tamente antes do pedúnculo caudal, o Slit Shad possui duas zonas de articulação que am-pliam os batimentos e vibra-ções da cauda, transmitindo-as a todo o conjunto da amostra. A terminação da cauda é fina, plana e de forma ovalizada o que permite a sua acção ime-diata, mesmo a reduzida velo-cidade de recuperação/anima-ção. Aumentando a velocidade

de animação, as pulsações da cauda vão ampliar e propagar possantes ondas de baixa fre-quência, detectáveis a grandes

distâncias.O Slit Shad está disponível numa alargada variedade de cores e em cinco tamanhos en-tre 50mm e 125mm. As versões de 85mm, 100mm e 125mm são especialmente indicados para os achigãs e robalos com técnicas de Spinning ou verti-cal Jigging. Para uma atracção adicional, o Slit Shad está im-pregnado de sal a 10% e um atractivo á base de crustáceos.

PUNSHAD-TÉ um Soft Swimbait com per-fil muito natural, cuja natação foi estudada para imitar da melhor forma um peixe presa, alimentação habitual de roba-los e corvinas. Associado a um cabeçote Sakura Fishead ou Pollax, o Punshad-T apresen-ta silhueta estimulante e uma natação perfeita, caracterizada

por um “rolling” pronunciado. Montado num cabeçote Saku-ra Labrax Bruiteuse, obterá um rolamento lateral ainda mais pronunciado, uma amplitude de movimentos ainda maior e um estímulo sonoro determi-nante. Impregnado com fero-monas naturais, o Punshad-T torna-se irresistível aos sen-tidos de todos os predadores. As emanações que produz são um factor atractivo único que o tornam num dos shads mais eficazes do mercado.

MAJIKEELO Majikeel entra definitiva-mente no círculo fechado dos melhores Soft Baits do merca-

do. É um Soft Jerkbait que faz a diferença graças ao seu per-fil e natação que emitam uma pequena enguia, presa favorita dos predadores marinhos. Gra-ças ao atractivo á base de fero-monas naturais, os predadores conservam o Majikeel na boca por mais tempo, permitindo assim melhor detecção dos ataques e consequentes fer-ragens. O modelo de 165mm têm-se revelado um verdadeiro amante dos robalos enquanto o de 220mm é particularmen-te apreciado pelas corvinas. O

Majikeel é extremamente fácil de animar quando utilizado em conjunto com os cabeçotes Makaira, perfeitamente adapta-dos ao seu perfil fusiforme ou com os Pollax que incluem o bónus do som produzido. Dis-poníveis nos tamanhos 125mm, 165mm e 220mm e em doze co-res comprovadamente eficazes.

SNOOPO Snoop é um soft Jerkbait que faz reagir os carnívoros mais desconfiados. Moldado à mão e impregnado de um atractivo á base de feromonas e anis, possui um perfil e uma densidade que o faz evoluir naturalmente à mais peque-

na animação da ponteira da cana. O Snoop oferece va-riadíssimas opções de pesca desde a sub-superfície a pes-ca profundas. Nos tamanhos mais pequenos, entre 100mm e 150mm, montado com um anzol “offset” de abertura lar-ga e sem qualquer peso adi-cionado, apresenta um mi-metismo extraordinário para ultrapassar a desconfiança dos predadores em águas pouco profundas. Montado com um pequeno cabeçote tipo Pollax ou Fishead, permite provocar

SOFT BAITS& CABEÇOTES

Referência internacional na pesca aos predadores, a Sakura apostou á já algum tempo numa alargada gama de Soft baits e cabeçotes, tanto para o mar como para águas interiores. Esta aposta revelou-se um êxito e tem tido uma evolução e desenvolvimento notáveis. Em destaque na categoria dos soft baits estão o Slit Shad, o Punshad e o majikeel.

TEXTO E IMAGENSRedação

SlIT SHAd

PUNSHAd-T cOm cAbEÇOTE lAbRAX

mAJIKEEl mONTAdO cOm cAbEÇOTE mAKAIRA

SPINNING

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os peixes mais letárgicos, tan-to na queda como na anima-ção. Nos tamanhos maiores, 180mm ou 230mm, montado com cabeçotes entre as 50g e as 125g, permite a captura dos grandes predadores de fundo junto a destroços de naufrá-gios ou formações rochosas. O Snoop dispõe, para maior poder atractivo, de um rattler interno nos tamanhos entre

100mm e 150mm, e fornecido separadamente nas versões de 180mm e 230mm.

Fundamentais no lançamen-to e adequada animação da maioria das amostras de vi-nil, os cabeçotes representam

mais do que á partida aparen-tam. Na realidade o design e equilíbrio dos cabeçotes que utilizamos influenciam deci-sivamente a montagem cor-recta dos vinis nos mesmos e a forma mais ou menos na-tural como os apresentamos aos diversos predadores. Ob-viamente essa apresentação vai influenciar, algumas vezes de forma decisiva, a maior

ou menor produtividade das nossas saídas de pesca. Assim a Sakura inovou, oferecendo uma gama de cabeçotes estu-dados e testados para ultra-passar uma série de lacunas identificadas no mercado da pesca com vinis.

MAKAIRA

É uma gama ultra polivalente com catorze gramagens dis-poníveis entre 0,9g e 90g. Os Makaira até às 3,5g são perfeitos para as técnicas “finesse” moder-nas como o Rock Fishing. Das 5g às 14g são espe-cialmente indicados

para os Majikeel até 125mm ou outros vinis de perfil se-melhante e nas gramagens superiores são indicados para quase todos os vinis fusifor-mes inclusive em técnicas de apresentação vertical. Os Makaira têm um coeficiente hidrodinâmico óptimo para técnicas de lançar/recolher com animações rápidas e para pescas mais profundas mes-mo em plena corrente.

POLLAxImita uma cabeça de peixe com anzol fixo que permite uma mon-tagem ultra-rápida e com exce-lente conexão entre a maioria

SNOOP

mAKAIRA

POllAX cOm mAJIKEEl

SPINNING

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Canal 142

zon.pt

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Artes Pesca.pdf 1 2/13/13 11:02 AM

dos vinis e o cabeçote. Esta é uma cabeça que favorece o rolamento natural dos vinis com especial incidência nos que apresentem perfil de shad. Adapta-se perfei-tamente não só ao Punshad-T e ao Majikeel como a numero-sos soft baits presentes no nosso mercado. Característica parti-cular e diferenciadora do Pollax é a camara interior de som com rattlers que oferece, adicionando um atractivo que desperta, pelos sons e vibrações produzidas, os instintos predatórios das prin-cipais espécies das nossas águas. O cabeçote Pollax está disponível em oito grama-gens entre as 14g e as 125g.

LABRAx É um cabeçote em tudo seme-lhante ao Pollax com a particu-laridade de ser articulada por

acção do anzol que ao invés de ser fixo como habitual, é móvel e amovível. Este sistema tem ainda a vantagem de permitir trocar o anzol por outro do tamanho da nossa preferên-cia ou por este se encontrar

com o bico danificado. Estas cabeças articuladas oferecem uma acentuada amplitude de natação e uma “liberdade” de movimentos que potência a

naturalidade de apresentação dos vinis. Outra originalidade deste modelo é a camara de som integrada, equipada com uma esfera de tungsténio que lhe confere uma sonoridade grave que tanto atrai e provoca os predadores. Está disponível entre as 14g e as 125g e é com-patível com a maioria dos vinis disponíveis no mercado.

FISHEADInicialmente estudados e de-senhados para assegurar um “rolling” perfeito aos soft baits Punshad-T da Sakura, os Fishead revelaram ser os cabeçotes ideais para

garantir uma apresentação e uma natação óptima à maio-ria dos soft baits presentes no mercado. Com uma gama de onze tamanhos entre as 5g e as 125g, revela-se muito ver-sátil, oferecendo numerosas utilizações desde a animação quase superficial de um Jerk-bait de pequenas dimensões até à apresentação vertical profunda de um shad de maior volume.

lAbRAX cOm ESFERA INTERNA dE TUNGSTENIO

FISHEAd

SPINNING

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112013 1º TRIMESTRE INVERNO

Canal 142

zon.pt

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Artes Pesca.pdf 1 2/13/13 11:02 AM

om o Campeonato da 1ª Divisão Nacional de Clubes á vista, importa

relembrar o percurso traçado no Campeonato Nacional de Clubes – 2ª Divisão – Zona Sul - 2012, que nos proporcionou o regresso com o título a uma divisão que sempre conside-rámos ser a nossa e da qual descemos inesperadamente no campeonato de 2011.O CAP SETÚBAL venceu me-ritoriamente o Campeonato, disputado por 15 equipas, com 13 pontos, conseguindo uma diferença de 14 pontos para o 2º classificado que seria a A.P. Grândola com 27 pontos. Na 1ª prova que se realizou na Praia do Carvalhal, saiu vence-

dora a equipa da A.P. Grândola Sta. Margarida, tendo-se o CAP de Setúbal qualificado no 3º posto. Esta foi uma prova par-ticularmente difícil, com pouco peixe e algumas grades devido á abundancia de caranguejo que comia os iscos. Na 2ª prova, também na Praia do Carvalhal, o CAPS concluiu em 1º, ascen-dendo á liderança do campe-onato, posição que não mais largaria. De referir a título de curiosidade que em cada uma das praias em que se realizou o campeonato, Carvalhal, Com-porta e Barril, os concorrentes

se depararam com uma prova com pouquíssimo peixe em que foi muito difícil conseguir algu-ma captura e outra em que com o mar bem agitado, apareceram sargos, robalos e bailas que per-mitiram boas capturas embora

quase sempre longe, a mais de 100m, por detrás da

rebentação. O campe-onato terminou na

Praia do Barril – Tavira, con-

firmando o tão ansiado titulo para o CAP de

Setúbal.Tecnicamente,

podemos afirmar de forma algo simplista que

vencemos o campeonato a pescar longe com montagens de 2 anzóis e iscadas de amei-joa branca, pois foi desta for-ma que conseguimos ser mais eficazes na maioria das provas.Como todos nós sabemos o sucesso na pesca, seja ela de competição ou lúdica, não se resume a uma montagem. São igualmente importantes fac-tores como as canas, carretos, linhas e anzóis de qualidade, técnica e capacidade de lan-çamento, frescura dos iscos, leitura dos pesqueiros, etc. Relativamente aos materiais, uti-

lizámos as canas Vega Potenza Hybrid e principalmente a sua evolução a Potenza Supercaster em 4,20m e 4,50m. Esta é uma cana construída em SHM Nano-carbon, muito fina e com capaci-dade de lançamento até às 300g. Esta cana é muito potente com o elemento central muito podero-so que permite o “Ground Cast” com facilidade e em segurança. Está montada com passadores Fuji série K em Alconite e tem ponteira híbrida de origem, no entanto está também disponível

a clássica ponteira tubular como opção. Utilizámos ainda os anzóis Potenza 5555 e os fios Akada FC, Potenza Fluorocarbon ST, o novo Potenza Surf-Tech que se revelou um extraordinário fio para carre-to e as pontas de choque, Potenza Shock leader. Estas pontas são produzidas 100% em Premium Nylon, apresentam uma excelen-te resistência linear e á abrasão, têm uma grande durabilidade e estão disponíveis em bobines de 5 pontas cónicas de 15m cada e diâmetros de 0,18mm-0,47mm, 0,20mm-0,47mm, 0,23 mm--0,50mm e 0,26mm-0,50mm.

Foi desta forma e com estes materiais que o Paulo Santos fez 1º absoluto na 2ª prova no Carvalhal com 3,964Kg, que o António Silva fez também 1º absoluto na 3ª prova na Comporta com 2.446 Kg, e que o Ricardo Valido fez 2º abso-luto na 5ª prova no Barril com 2.121kgA pesca em geral e a pesca de competição em particular é uma actividade multifactorial, isto é, o sucesso é o resultado de uma equação com várias incógnitas.

Por vezes, o sucesso depende da capacidade para simplificar (re-duzir o nº de incógnitas), tornar a pesca simples, ser pragmático; penso que foi o que aconteceu neste caso: uma montagem e um isco basicamente resolveram este Campeonato de Clubes. A pro-babilidade de no próximo ano ser desta forma é muito baixa. Não há dois campeonatos iguais, assim como não existem duas provas iguais. É por isso que a pesca é uma actividade fascinan-te, que nos obriga a ser criativos.Nunca sabemos à partida qual vai ser o resultado final.

cAP dE SETUbAl

NA 1ª DIVISÃODE REGRESSO AO SEU LUGAR

C

2233 - Potenza Supercaster

NACIONAL TEXTO E IMAGENSAntónio Marques –Capitão

CAP SETÚBAL

Anzol Potenza5555

Equipa do cAP de Setúbal

SURF CASTING

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INVERNO 1º TRIMESTRE 201212

uando chega a hora de substituir os fios de pesca dos carretos, muitos pescadores

têm apenas em consideração o diâmetro, a resistência à tracção e o preço. Estes factores, embo-ra muito importantes, não são suficientes para a escolha mais eficaz e correcta. Outras pro-priedades numa linha de pesca como a memória, resistência aos nós e à abrasão e a pouca elas-ticidade são também essenciais.

CARACTERíSTICAS DOS MONOFILAMENTOSFlexibilidade - esta é a caracte-rística que se observa pelo “to-que” do fio. Os fios podem ser macios ou rijos. Para as bobi-nes dos carretos preferem-se os fios macios; para os terminais ou shock leader os fios rijos.Resistência à ruptura - indi-ca a capacidade do monofi-lamento resistir ao peso. Este argumento é importante, mas não decisivo. Revela-se mais importante para o shock lea-der e nos terminais.Resistência à “cabeleira” - muito importante nos fios para os estralhos ( fio que em-pata o anzol). Normalmente, quanto mais rijo for o fio mais resistente é à “cabeleira”.Resistência à abrasão - no mar, os fios sofrem grande des-gaste, provocado por variadís-simos elementos : sal, violência das ondas, areia que circula nas correntes, pedras com tudo o que a elas está agarrado, etc.. Os monofilamentos são mais resistentes a tudo isto quan-do são impermeáveis à água, protegidos contra a radiação solar UV, etc. É evidente que esta resistência tem limites. Os

monofilamentos mais resisten-tes são normalmente tratados com silicone ( que aumenta a sua impermeabilidade). Mais recentemente surgiram os mo-nofilamentos fluoro-carbon totalmente impermeáveis e muito resistentes à abrasão, mas caríssimos!Memória mecânica - a me-mória do monofilamento é bastante prejudicial tanto no carreto como nas baixadas. A memória é a característica, pela qual um fio “recorda” a posição em que se encontrava e a conserva posteriormente. É impossível encontrar fios sem nenhuma memória me-cânica mas, hoje em dia, já se fabricam linhas com memória muito reduzida.Elasticidade - esta é uma carac-terística objectiva e fácil de ob-servar. Geralmente nos carretos preferem-se linhas com pouca

elasticidade. Nas baixadas e no shock leader deve também evi-tar-se estas linhas. São normal-mente boas, para os carretos, em pescas ligeiras e perto (dis-tâncias que não prejudiquem o sentir do toque de peixe).

TESTES AOS MONOFILAMENTOSPara verificar estas caracterís-ticas numa linha, basta efec-tuarmos alguns testes muito simples, na loja onde vamos adquirir o fio. Por exemplo, não é necessário nenhum equipamento especí-fico, para testar a resistência à abrasão : uma pequena faca é suficiente para o realizar. Basta que um companheiro estique com as duas mãos um pedaço de linha, enquanto você, com a faca colocada a 90 graus, raspa fazendo uma pressão ligeira, até que esta se parta. Este teste

não é possível em monofila-mentos muito finos, porque se partiriam imediatamente. Isto não sucederá com um fio de diâmetro médio, por exemplo 0.45. Ficará surpreendido com as diferenças de resistência em fios de marcas diferentes, ou em diferentes modelos da mesma marca. Alguns quebrar-se-ão rapidamente depois de algu-mas passagens, outros resistirão ainda durante algumas dezenas de passagens com a lâmina. O importante para realizar bem este teste, é esticar muito bem a linha e não fazer demasiada pressão com a lâmina.A resistência aos nós é outra característica fácil de compro-var. Basta atar a extremidade da linha a uma balança de mola e colocar sucessivamen-te pesos maiores até atingir o momento de ruptura. Outra forma ainda mais simples de

MONOFILAMENTOS DE PESCA, COMO ESCOLHER?

lINHA SURF TEcH POTENZA

TEXTO E IMAGENS António Xavier

Q

BANCO ENSÁIO

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132013 1º TRIMESTRE INVERNO

fazer este teste, consiste em passar duas linhas diferentes, mas com o mesmo diâme-tro, uma pela outra e puxar até que uma delas se parta. Este teste só permite, como é evidente,comparar duas li-nhas entre si.A memória mecânica da linha é outra característica mui-to importante. Muitas linhas conservam “teimosamente” as espirais que se produzem, quando estão há muito tempo na bobine do carreto. O lança-mento fica diminuído por este motivo e a linha mantém estas características, mesmo depois de ter sido bem esticada pela luta com um bom “peixe pe-dra”. Por outro lado há outras linhas que saiem da bobine do carreto deslizando pelo seu bordo sem ganhar jeitos.A prova da memória do mo-nofilamento é simples. Pri-meiro retire uns dois metros da bobine para verificar, quan-do a linha sai, se se mantêm as espirais. Depois prenda cerca de um metro de linha entre as duas mãos e estique-a bem, mantendo-a em tensão pelo menos durante 5 segundos. Quando largar a linha verifi-que se as espirais se formam, ou se o fio aceita a sua nova posição direita.Há ainda outros testes que po-derá realizar. Faça passar a li-nha pelos dedos para verificar se ela é suave e desliza bem ou se pelo contrário é aspra. Ponha o monofilamento em contraluz para se assegurar se é opaco ou translúcido.Verifique se a linha tem a sua coloração preferida, as linhas vão desdo o negro opaco ao branco cristalino.

MONOFILAMENTOS DE PESCA, COMO ESCOLHER?

A cor do Surf Tech permite um excelente control da direcção de lançamento e posterior posicionamento da nossa montagem

BANCO ENSÁIO

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Se desejar ser um pouco mais preciso no seu teste, adquira um micrómetro e poderá testar o diâmetro dos monofilamen-tos. Ficará surpreso ao verificar, que muitos monofilamentos do mercado não correspondem às indicações especificadas nas bobines (o diâmetro da linha é sempre superior, e às vezes bas-tante superior!).

NOVA LINHA DA VEGA, SURF TECH POTENZAA linha que se usa no carreto deve ser flexível,sem memória, com pouca elasticidade e re-sistente à abrasão e à ruptura. Flexível para deslizar bem nos passadores, sem grande atrito; sem memória para não ganhar vícios na bobine do carreto, que vão diminuindo os lança-

mentos; com pouca elasticida-de para se sentir bem o toque dos peixes; resistente à abra-são para durar mais tempo no carreto. Não é fácil encontrar a linha que reuna todas estas condições. Algumas destas ca-racterística são incompatíveis. Ora a nova linha da Vega, SURF TECH POTENZA, consegue reunir uma série de caracteristi-cas que a tornam um caso sério para a pesca. De cor laranja opa-ca e com pouco brilho, apresenta uma flexibilidade razoavel, elas-ticidade quase nula e resistência bastante elevada. Em acção de pesca apresenta boa visibilidade fora de água permitindo contro-lar com facilidade a direção dos nossos lançamentos. O facto de ser isenta de memória mecânica ajuda-nos a realizar maiores lan-

çamentos. Na água, assinala bem os toques de peixe pois apresenta reduzida elasticidade. Testámo-la eu e o Carlos André na prova de Quiaios da 1ª divisão de clubes e temos pescado com ela desde aí. Com bobines de 1000 metros nos diametros de 0.16; 0.18; 0.205; 0.225 e 0.250 mm e 300 metros

nos diametros 0.300; 0.350 e 0.400 mm. Estas dimensões cor-respondem exatamente às exi-gências que os pescadores, princi-palmente os de competição, vêm pedindo às marcas nacionais. Concluindo esta é uma linha de excelencia para carretos na pesca de surfcasting.

A reduzida elasticidade do Surf Tech permite que os toques sejam assinalados de forma evidente.

BANCO ENSÁIO

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152013 1º TRIMESTRE INVERNO

nto the wave” é o lema da Sunset, marca de prestígio internacional pertencente ao gru-po Sert. Na realidade

Sunset começou por ser a desig-nação das canas de surf casting topo de gama da Sert á cerca de vinte anos. Essa designação foi ganhando prestígio e reco-nhecimento ao longo dos anos ao ponto de começar a ser identificada como submarca. A evolução natural da então submarca e do seu prestígio levou então a uma forte aposta na sua imagem internacional e consequente “promoção” a mar-ca do grupo Sert. Marca com es-pecial enfoque no surf casting, mas que também dá especial atenção a técnicas como o Bul-do e mesmo a pesca embarcada.“Estar na onda”, lema da marca, quer então dizer no caso espe-cífico, que a escolha correcta do material que usamos é a garantia do sucesso das nossas jornadas de pesca. Com efeito, para além do pesqueiro, estado do mar, frenesim do peixe, etc. a selecção adequada do seu equi-pamento é fundamental para se poder tirar o melhor rendimen-to dos elementos naturais que encontramos nas nossas jorna-das e que amiúde são adversos às nossas pretensões. É por esse motivo que o departamento de pesquisa e desenvolvimento da Sunset se orgulha de apresen-tar uma grande quantidade de

novidades para a pesca de mar, que vão das canas aos carretos passando por uma vasta gama de acessórios indispensáveis á maioria das técnicas de pesca. Todos estes produtos se enqua-dram nos segmentos médio alto ou alto, sendo na sua maioria

produzidos no Japão ou utili-zando componentes japoneses.Expoente máximo do esforço e conhecimento deste departa-mento é a cana de Surfcasting de três secções Sunset Hispex, topo de gama desta marca, re-ferência internacional no surf casting de competição. Fora de comum, a Hispex é a cana re-velação da Sunset. Com efeito, desde a decoração até às per-formances, nada foi deixado ao acaso na sua concepção. O blank construído em carbono de alto módulo “Technifibre”, reforçado com uma nova napa de grafite a que se deu o nome “snake” pelo seu aspecto, é ex-tremamente fino, apresentando um diâmetro de 21mm na sec-ção do cabo da versão de 4,5m. A secção do meio apresenta 17mm de diâmetro na zona inferior e 12mm no encaixe su-perior. Já a secção de ponteira, que é tubular, apresenta um di-âmetro de 10,5mm ao nível do

encaixe e 2,6mm na ponteira. Apesar de muito fina é extrema-mente potente nas duas secções inferiores e no primeiro terço da ponteira. Esta característica mecânica permite elevadíssi-mas performances de lança-mento sem prejudicar a preser-vação dos iscos mais frágeis durante a fase de “explosão” do lançamento e mantém também uma assinalável sensibilidade aos toques. A capacidade de lançamento da Hispex atinge as

250g, sendo o seu desempenho óptimo encontrado com chum-badas entre as 120g e as 170g.Ao nível dos acabamentos e com-ponentes, a Hispex é irrepreen-sível, montando seis passadores Fuji k com anilhas em Alconite e armação em negro, conhecidos pela sua resistência adicional á corrosão. O porta carretos, igual-mente da marca de componen-tes japonesa Fuji, está colocado a 73cm da extremidade inferior da cana em posição invertida. Este posicionamento revelou-se perfeito relativamente às carac-terísticas mecânicas do blank que associadas às performances as-seguradas pelos passadores, per-mitem atingir distâncias de lan-çamento superiores a 140/150m utilizando chumbadas de 150g.Estamos pois na presença da cana “bandeira” da marca Sun-set e que representa o que de melhor se produz mundial-mente para o surf casting, seja de laser ou competição.

INTOTHE WAVE

TEXTO E IMAGENSRedação

“I

Passadores Fuji Alconite com armação negra. Pormenor do punho e do carbono Snake Technifibre.

SURF CASTING

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omo é do conhecimen-to geral dos pescadores mais experimentados,

os engodos e a sua Correcta utilização revestem-se de es-pecial importância no sucesso de algumas técnicas por nós utilizadas, porquanto podem aproximar o peixe do nosso pesqueiro, com objectivos de alimentação. No entanto exis-tem algumas “regras” e conhe-cimentos básicos que devemos ter na sua confecção e poste-rior utilização para que possa-mos comprovar os seus efeitos.

O QUE é O ENGODOO engodo é uma “oferta” de alimento em maior percenta-gem que a encontrada no am-biente natural, seja ele qual for, a sua finalidade é apenas uma, proporcionar tranquilidade na fase de alimentação ao Sargo e concentra-lo num determina-do local ou área, de modo a que concentremos a acção de pesca naquele local, uma vez que é lá que o peixe se encontra.

QUE TIPOS DE ENGODO SE PODEM UTILIZARGostaria de salientar um factor que acho de uma importância relevante. Atendendo à não destruição de espécies como ouriço, caranguejo, mexilhão ou perceves, eu pessoalmente não utilizo estas espécies no engodo, uma vez que considero que as mesmas podem perfei-tamente ser substituídas, e até superadas, quando comparadas com a sardinha, senão vejamos: 

- A sardinha congelada é rela-tivamente barata;

- Não é uma espécie em vias de extinção (apesar da sobrepesca e da acção que a cadeia trófica exerce sobre a mesma: preda-dores do meio marinho);

- Não é uma espécie que te-nhamos de capturar, viva, para utilização no engodo;

- É biodegradável, incluindo as espinhas que são comidas pelas gaivotas e caranguejos;

- Tem um enorme poder atrativo;- Tem a particularidade de se

poder utilizar como isca, engo-do mais líquido ou mais sólido; 

Entre outros factores e caracte-rísticas: Mencionar uma espécie marinha que não coma ou não goste de sardinha, não é uma tarefa fácil, para não dizer im-possível, isto diz tudo, aquando da sua utilização. Sei que existem alguns tipos de engodo natural que podem ser capturados na baixa-mar, mas sacrificar estas espécies (caran-guejos, mexilhões, ouriços, per-ceves, etc), em vez de, adquirir sardinha congelada, não me parece boa prática.  Por exem-plo sempre que vou á pesca do sargo levo entre os 6 kg a 8 kg de sardinha inteira congelada, estar a fazer o mesmo com os exemplos que dei, para além de destruir essas espécies, duvido que tenham maior poder cha-mativo do que a sardinha tem. A sardinha é o meu isco/engo-do de eleição, pois utilizo-o todo o ano, seja como isca ou engo-do. Como já referi a sardinha é uma espécie cobiçada por todas

as espécies de peixes marinhos pelo seu poder atractivo e quali-dades enquanto alimento.

COMO ENGODARA minha experiência demons-trou-me que devo engodar pouco de cada vez mas conti-nuamente. O pouco de cada vez é definido pelo mar, cor-rente, tipo de maré e pesqueiro.Já a cadência deve ser contí-nua, de forma a não vermos o

peixe a afastar-se em vez de se aproximar do pesqueiro, isto acontece quando estamos al-gum tempo sem engodar.Com o pesqueiro “feito” é con-veniente ir lançando de vez em quando engodo levemente aguado ou pequenos pedaços de sardinha para cima da pe-dra, de forma a ser o mar atra-vés da ondulação a vir buscar esses pedaços de sardinha.

TEXTO E IMAGENSFernando Encarnação DA SARDINHATIRE PARTIdO

C

UTILIZADA COMO ENGODO

MOIDOLIQUÍDO COM ÁGUAPASTABOLASÀ MÃO (BELISCO)

FILETELOMBORABOTRIPAINTEIRA

UTILIZADA COMO ISCO

ISCOS ENGODOS

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172013 1º TRIMESTRE INVERNO

Normalmente faço a engoda-gem à mão (belisco) e somente por vezes levo o pisa sardinhas e faço o engodo no pesqueiro.Gosto de pescar em locais com pouca profundidade, uma vez que são aqueles que me dispo-nibilizam boa aguagem e oxi-genação, condições propícias a “fazer” um bom pesqueiro.Se existe algum segredo na pesca do sargo, ele será muito provavelmente o engodo mais do que a forma de iscar ou a utilização do próprio isco, é claro que existem outras nor-mas, conhecimento da espé-cie, hábitos, locais, marés, etc.Dica:  Conserve o óleo das la-tas de conserva de sardinha, cavala e atum que consome em casa. Este óleo para além de conter pequenos pedaços de peixe, contem a gordura e o cheiro mais que suficiente para dar aquelas magras sardinhas um “upgrade” de sucesso.

ENGODO MOíDO +/- AGUADO Ao utilizarmos engodo moído ou aguado em excesso e/ou mais do que necessário, não estaremos apenas a chamar aquelas espécies que deseja-mos, mas também aquelas que não desejamos. Por ser um en-godo mais líquido tem a capa-cidade de se expandir na água de uma forma mais rápida e concentrada que por exemplo o engodo ao belisco. E isto por vezes é de tal forma prejudicial que o melhor que temos a fazer

é abandonar o local. Em dias de forte corrente, com maré em fase descendente de baixa--mar, estarmos a engodar só fará com que o peixe se afaste, ou permaneça em locais mais afastados, onde essa corrente perde a força, a não ser que, o pesqueiro escolhido tenha ca-racterísticas que lhe permitam conservar o engodo na água num determinada área, que pelos movimentos de ondula-ção o mantenha no pesqueiro. Quando a maré dá a volta, do baixa-mar e inicia o enchente, existe uma técnica de engodo automático, consiste em engo-dar no pesqueiro mas em cima da pedra, locais onde o mar vira com uma hora, duas ho-ras, três horas, etc. Desta forma estaremos descansados da en-godagem e poderemos pescar concentrados e sem essa preo-cupação. Pessoalmente utilizo esta engodagem esporadica-mente, uma vez que as gaivo-tas já não têm vergonha nem medo de nós e poderá o engo-do ser consumido por elas. 

ENGODO SARDINHAO engodo feito à base de sar-dinha é o mais utilizado para o mar devido sobretudo à sua eficácia e capacidade de atrair espécies. Tenho preferência por sardinha gorda, sendo a mes-ma congelada, por exemplo, ao adquirir sete quilogramas de sardinha congelada a uma sexta-feira à tarde, coloco as mesmas num balde de plásti-

co, que no início da manha se-guinte estará descongelado, ou quando ainda não totalmente descongelada, uma pequena porção de água do mar fará o seu trabalho no processo de descongelamento mais rápido, isto quando engodo ao belisco.Já quando piso sardinha a mes-ma se estiver congelada não será problema, é um pouco mais difícil que o normal mas consegue fazer-se um bom engodo moído acrescentando pequenas porções de água à medida que se vai pisando. Por vezes gosto de colocar o engodo em determinados lo-cais, pois o estado do mar não me permite uma aproximação para engodar um determina-do local, recorro ao engodo por belisco e faço uma bola com duas ou três sardinhas sem espinhas, essas bolas de-vem de ser jogadas quando

a onda lava o local já na fase de recuo, para que a sardinha recue com a mesma, entre no processo de centrifugação na fase entre ondas e na próxima onda engode a área. Uma nota para quem prefira fazer o engodo no dia anterior à jornada, convêm adicionar sal ao engodo, de forma que o mesmo não fermente. 

ENGODAR à MãO/BELISCOA forma de engodo utilizada por mim em 80% das jorna-das, consiste basicamente em ir retirando pequenos pedaços de sardinha e ir jogando essas pequenas porções para a rocha, onde a ondulação os virá buscar. Não utilizo as cabeças e espi-nhas para engodar, assim tento sempre lança-las para um local ao alcance das gaivotas (estas agradecem), não deixando no entanto os pesqueiros sujos.

Estes são os meus iscos de eleição, sardinha e camarão.

Os sargos entram bem no engodo de sardinha A engodagem ao belisco atrai o peixe grande.

ISCOS ENGODOS

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INVERNO 1º TRIMESTRE 201218

eguramente são mui-tas as bóias, os fios e os anzóis que se encon-

tram nas lojas de pesca, mas a questão que se coloca muitas das vezes, principalmente por quem tem menos experiência é: como utilizar? Sempre que se aposte num determinado tipo de pesca, a montagem é feita em função desse tipo. Pos-to isto, teremos de ter especial atenção na escolha dos mate-riais a utilizar, de modo a con-seguir um equilíbrio na prepa-ração do nosso equipamento. Geralmente, um dos procedi-mentos mais importantes na pesca à bóia é a sensibilidade da mesma, no entanto tem de exis-tir um equilíbrio entre sensibili-dade e visibilidade. No caso de se ter uma calibragem excessiva, a bóia irá entrar na água desconti-nuadamente, e induzir-nos-á em erro. Ferraremos a todo o mo-mento, mas em vão. No caso de sub calibragem, esta dificultará a sensibilidade da bóia, o que não permite ter a verdadeira noção dos toques. Durante a calibra-gem deveremos ter presente que o tamanho do anzol e o isco que nele iremos colocar terão influ-ência na calibragem e equilíbrio da bóia, sobretudo em pescas mais técnicas.

PESCA à SUPERFíCIENa pesca com peixe á superfície e quando este é visível, refiro--me naturalmente à tainha, o formato ideal da bóia é o oval e sem antena. Este é um volu-

me apropriado para esta técni-ca devido à forma de calibrar a bóia. O fio deve passar pelo interior da bóia e a quilha deve ser o mais curta possível. A ca-libragem da bóia deverá ser na própria quilha com uma olivete (chumbo furado, ver figura 1). As bóias variam entre os 2 e os 5 gramas, de acordo com as con-dições presentes no local, como por exemplo, a altura do pes-queiro, a velocidade do vento e o diâmetro do fio no carreto. Esta técnica é muito eficaz quando se pesca em pesquei-ros situados três ou mais me-tros acima do nível do mar, em posição vertical, porque temos visibilidade sobre o pei-xe e qualquer movimento de ataque que este faça sobre o isco será observado por nós. Assim, se pescássemos ao nível do mar, em posição horizontal, não teríamos este ângulo de vi-são sobre o peixe. A anulação da antena serve precisamente para que a linha entre a bóia e o anzol não se enleie à antena, porque entre a quilha e o anzol não existe chumbo e o espaço entre estes (estralho ou termi-nal) será de 10 a 30 cm. As canas para esta técnica têm de ter uma acção forte de le-vantamento para que possam içar o peixe com alguma fa-cilidade, sendo relativo o seu comprimento. Ainda outro as-pecto relevante é o movimento que o peixe realiza quando ata-ca o isco. Muitas vezes é com-preendido de maneira errada

pelo pescador no momento de ferrar, sendo este gesto falha-do. Portanto é uma técnica que requer muito treino por quem a pratica. Contudo, a tainha também tem formas de atacar o isco, que quase sempre resul-tam na sua ferragem de ime-diato. Quando estas atacam o isco de rabo para o pescador, ou atacam noutra posição, mas depois fazem o mesmo movi-mento, é fatal, e permite uma maior rapidez na ferragem e consequente rendimento.

PESCA A MEIA áGUACompreende-se pesca a meia água quando se pesca sensi-velmente com um metro en-tre a bóia e o anzol indepen-dentemente da profundidade do pesqueiro. Devemos optar por esta modalidade com con-dições de mar calmo, fraca corrente, ausência de vento e

quando o peixe (as tainhas) não está visível aos nossos olhos. As bóias ideais são as de formato lapiseira, (bóias finas e alongadas ver figura 2) por se-rem mais sensíveis ao toque e não devem ultrapassar a grama e meia. A calibragem deve ser com chumbo fendido macio para que não danifique a linha, bem distribuído, pois sabemos que os bons resultados estão di-rectamente relacionados com a melhor apresentação do isco, e este está relacionado com a posição correcta do chumbo. Uma bóia montada com estas características para pescar a meia água não será indicada para situações de mar agitado e vento. Nesta técnica de pesca será aconselhável apostar em pesqueiros ao nível da água. A distância da ponteira à bóia (chamada bandeira) deverá ser tão curta quanto possível, sem

TEXTO E IMAGENSCarlos André PARA A PESCA À BÓIA NO MARTÉcNIcAS E SOlUÇÕES

S

2660 - King Sword

3641 - Furiozza

BÓIA

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192013 1º TRIMESTRE INVERNO

que no entanto se incorra no risco de embrulhar a monta-gem, fruto de um comprimen-to excessivamente reduzido. O comprimento da cana é deve-ras importante, sendo os 5 ou 6 metros o mais indicado. Tendo em conta que os pesqueiros em que utilizamos nos permitem habitualmente, retirar o peixe com o auxílio de um camaroei-ro, devemos utilizar uma cana com acção ligeira e que pro-porcione leveza e facilidade de manuseamento para trabalhar com bóias de calibre baixo. A cana King Sword da Vega que habitualmente uso é ideal para esta técnica pois além de ligei-ra e leve é muito equilibrada. É construída em carbono de alto módulo radial C5 o que lhe confere uma acção bastante rá-pida e ainda assim progressiva. A qualidade dos componentes e o cuidado nos acabamentos é irrepreensível. Tem capacidade de lançamento até 30g, 6 sec-ções e pesa somente 310g aos 6m. Está também disponível em 7m, neste caso com 330g.

PESCA NO FUNDOA pesca à bóia no fundo está desde logo relacionada com grandes exemplares, pois é mais comum pescarem-se no fundo do que a meia água ou na superfície. Se vamos pes-car a 5 ou 6 metros de pro-fundidade temos desde logo a percepção das condições que o pesqueiro nos apresenta, como por exemplo, corrente,

mar calmo ou agitado, vento moderado a forte ou sem ven-to, altura do pesqueiro, etc. A montagem da bóia nesta téc-nica de pesca é mais complexa: pode ir de 3 ou 4 gramas a 40 ou 50 gramas de calibre. Podemos dividir esta técnica em duas partes: calibre pesado e calibre mais reduzido para podermos assim simplificar melhor o nos-so contexto. Com gramagem pesada as bóias devem estar calibradas no seu interior com 80% ou 90% do seu peso de flutuação, o restante deve ser descarregado com uma olivete (chumbo furado) junto ao an-zol a bater no próprio isco (ver figura 3).Esta montagem é mui-to eficaz para pesqueiros com fundo de pedra, cujos obstácu-los sejam inconstantes. Com bóias de calibre mais re-duzido estas devem ser de for-mato tipo pêra ou gota (figura 4), sendo estas calibradas com uma olivete travada com dois stoppers de silicone ou dois nós feitos com linha própria para o efeito, ou ainda dois pe-quenos chumbos, um de cada lado da olivete, a dois palmos do anzol. Porém, as mesmas bóias podem ser calibradas com chumbo fendido macio. Esta forma de calibre é mais indicada para mares mais cal-mos e corrente nula ou reduzi-da levando o isco na descida o mais natural possível ao peixe. As canas têm de ter acção for-te não só para poderem lançar bóias de calibre pesado como também para içarem peixe de bom porte. Nestes casos utilizo as canas Samurai e as novas Furiozza. Esta ultima é fabricada em carbono de alto módulo com tecnologia “Na-

noflex”. Esta tecnologia per-mite uma resistência e rigidez mais elevadas face ao reduzi-do peso. O porta-carretos é apoiado sobre manga retráctil por forma a preservar o blank de contacto directo com o metal do porta-carretos. Tem capacidade de lançamento até 120g e de elevação até 4kg, no entanto é extremamente equilibrada e leve. Aconselho vivamente a quem necessite de uma cana de elevada qualidade e com estas características.

PARA A PESCA À BÓIA NO MARTÉcNIcAS E SOlUÇÕES

Figura 1

Figura 2

Figura 3

Figura 4

BÓIA

Page 20: Jornal da Pesca Nº 014

INVERNO 1º TRIMESTRE 201220

No trabalho ou em casa

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pesca ao achigã com iscos artificiais com-preende uma grande

variedade de técnicas de spin-ning e de casting. Adaptadas a todas essas técnicas, podemos encontrar uma infinidade de canas que pelas suas caracte-rísticas quer de acção quer de comprimento, poderão deixar baralhados os pescadores mais inexperientes que pretendam adquirir uma cana com o in-tuito de se iniciarem nestas téc-nicas de pesca com amostras.A vega acaba de apresentar al-gumas canas para entrada de gama da sua marca e uma para a gama Akada. Todas estas no-vas ofertas me parecem bastan-te interessantes considerando a relação entre as prestações oferecidas por cada uma delas, os componentes utilizados nas suas montagens e o preço a que são comercializadas.A Veloce é uma cana de duas secções de gama média que

passa a englobar a gama Aka-da. Tem um comprimento de 6’8’’ (2,03m), está fabricada em carbono de alto módulo C5 e monta oito passadores monopata com anilhas SIC da marca SeaGuide®. Estes

passadores são caracteriza-dos pela qualidade das suas armações muito resistentes á corrosão e pela resistência das suas anilhas á abrasão, resistindo com facilidade aos fios entrançados. Como o seu

próprio nome Veloce indica, esta é uma cana muito rápida, com acção Medium Heavy in-dicada para lançar e trabalhar amostras entre ¼ oz (7g) e 1oz (28g), fazendo uso de fios en-tre 10lb e 20lbs de resistência,

habitualmente com diâme-tros situados entre 0,20mm e 0,35mm. O punho está divi-dido em duas peças de corti-ça, estando o porta-carretos posicionado a 28 cm do limite inferior da cana que está aca-

bado com uma peça em metal e borracha rígida. Este posi-cionamento do porta-carretos, aliado ao formato anatómico do punho, proporciona uma “pega” muito confortável e equilibrada, permitindo várias

horas de pesca sem os incó-modos sintomas dolorosos na mão e pulso. A Akada Veloce é pelo seu tamanho e acção, uma cana bastante versátil e por isso aconselhada para os pescadores de margem que pe-

las suas deslocações, preferem fazer-se acompanhar de uma só cana. Esta versatilidade per-mite-lhe desempenhos muito positivos com amostras de superfície como passeantes e poppers de dimensões médias

como a Naja 85F e a Pop’nDog 70F, ambas da Sakura, peque-nos cranks como o Golem 100 ou vinis como o Slit Shad de 3’’, 4’’ ou mesmo 5’’, montados com cabeçote fixo ou montado á Texas. Experimentei-a tam-

bém com um pequeno spin-nerbait e surpreendeu-me bas-tante o seu desempenho pois não esperava que lidasse tão bem com este tipo de amos-tra. A Akada Veloce revela-se muito rápida e poderosa nas

ferragens e “mandona” em relação aos peixes, mesmo na presença de obstáculos como vegetação.A Urika S1 é uma cana de uma só secção, está disponível em 6’ (1,83m) e 6’6’’ (1,98m) e foi construída recorrendo a

carbono de alto módulo C3. Ambas as versões apresentam uma acção Fast Medium He-avy indicada para utilização com fios entre as 10lb e as 20lb e amostras entre ¼ oz e 1 oz. Esta é uma cana de entrada

TEXTO E IMAGENSJoaquim Moio E NÃO SÓ…cANAS PARA INIcIAdOS

A

ISCOS ENGODOS

3257 - Akada Veloce

3131 - Urika S1

NOVIDADES

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de gama no preço mas que se revela nitidamente acima no que a prestações diz respei-to. Efectivamente a Urika S1 apresenta um backbone muito sólido nos seus dois terços in-feriores, permitindo lidar com muita facilidade com amostras de dimensões consideráveis e é bastante sensível no terço su-perior permitindo a detecção de toques muito subtis. Esse backbone permite-lhe ferra-gens muito fortes sem peri-go de rupturas e controlar os peixes, não permitindo que se refugiem em qualquer cober-tura. O punho tem um com-primento de 27 cm, incluindo o porta-carretos, o que permite um excelente apoio da cana no antebraço, diminuindo o can-saço do pulso e mão.

A Prime S2 é em tudo seme-lhante á Urika S1, com a par-ticularidade de ter 2 secções que em nada alteram ou pre-

judicam as suas característi-cas de acção. Está também disponível em dois tamanhos,

6’ e 6’6’’, montando passadores SIC á imagem da Urika S1.Aconselho vivamente estas duas canas, a Urika S1 para

quem se pretenda iniciar com uma cana de qualidade a um preço muito acessível e que

não tenha dificuldades no seu transporte e a Prime para quem por razão dessas mes-mas dificuldades, necessite de

uma cana de duas secções.A Akada Veloce é uma cana que aconselho vivamente aos

pescadores mais evoluídos ou a um principiante que preten-da adquirir uma cana que o satisfaça inteiramente após a evolução inicial.

cANAS PARA INIcIAdOSISCOS ENGODOS

3249 - Prime S2

NOVIDADES

Page 22: Jornal da Pesca Nº 014

INVERNO 1º TRIMESTRE 201222

o catálogo de 2013 es-tão disponíveis novos modelos de amostras

AKADA para a pesca do achi-gã. Neste número do jornal analisamos alguns desses mo-delos fazendo uma apreciação geral das suas principais carac-terísticas e potencialidade de seduzir bons exemplares.

AKADA KILLER MINNOW 95SU95mm 14g 0-0,4mCores disponíveisT121; T122; T124; T125; T128

Uma das novidades surge no campo dos jerkbaits rígidos, o novo AKADA Killer Minnow 95SU. Com 95mm de com-primento e um perfil corporal ligeiramente mais alto e encor-

pado do que é habitual na categoria dos

jerkbaits minnow, possui o ta-manho e o aspeto ideal para despertar a atenção de qualquer achigã, desde os peixes de ta-manho médio até aos maiores exemplares que nunca recusam uma refeição fácil. Os seus 14 gramas de peso permitem lançamentos fáceis e precisos, mesmo com ventos mais for-tes. Esta amostra possui uma apresentação cuidada com atenção ao detalhe. Os olhos grandes e realistas permitem centrar a atenção do predador e contribuem para uma maior naturalidade do artificial. O revestimento exterior possui uma coloração natural na face dorsal e ventral e é parcial-mente transparente em quase todas as cores disponíveis. Esta estratégia permite visualizar os elementos refletores coloridos internos, colocados nas faces

laterais, e que adicionam um fator atrativo adicional, pois refletem a luz solar como as es-camas de um peixe. A amostra possui várias esferas metálicas internas estrategicamente colo-cadas na cavidade interna o que

contribui para uma atitude em repouso com a ca-

beça inclinada para o fundo e adicio-

na um ruí-do discreto,

mas atrativo, durante a oscilação.Tipo de utilização / animação recomendada - Como a maio-ria dos jerkbaits, esta amostra possui um movimento natató-

rio vibratório in-tenso durante a recuperação,

podendo ex-plorar a camada c ompre e n d i d a entre a superfície

e o meio metro de profun-didade dependendo da espes-sura e flutuabilidade da linha utilizada. Esta oscilação e as vi-brações que produz atraem os predadores que não resistem ao que parece ser uma presa fácil. No entanto, com peixes mais difíceis ou mais inativos, recomenda-se a interrupção da animação com pausas mais ou menos prolongadas, entre-cortadas com pequenos toques de ponteira. Aliás, esta estra-tégia de animação aos sacões (jerks) dá o nome a esta cate-

goria de amostras e é extrema-mente produtiva. No caso do Killer Minnow, uma amostra desenhada para ser suspending, isto é, apresentar uma flutuabi-lidade quase neutra na maioria das situações, as pausas podem ser mais prolongadas porque a amostra mantem-se mais tem-po na zona onde se encontram os achigãs.Material adequado - Não sen-do demasiado leve, o Killer Minnow pode ser utilizado com um leque alargado de equipamento, desde as ca-nas de spinning às de casting de ação média e com uma

ponteira rápida. Os modelos X-Cast Viper em casting e Aka-da S-Force ou equivalente em spinning são boas escolhas para trabalhar esta amostra.

AKADA KYM CRANK 60F60mm 12g 0-2,0mCores disponíveisA1; CR86, DK03; ME01; G12-12; HC02

No campo dos crankbaits, a inovação é o novo KYM Crank 60F. O corpo comprimido la-teralmente denuncia o tipo de vibração intensa e curta que esta amostra é capaz de pro-duzir e que envia vibrações altamente atrativas em todas as direções. As cores disponí-veis são realistas e atrativas e o aspeto global seduz graças ao bom acabamento. Com 60mm de comprimento (sem a pale-ta) e 12 gramas de peso, esta amostra é fácil de lançar gra-ças ao sistema de transferên-cia de peso que possui. Com efeito, nos modelos de cor

TEXTO E IMAGENSJaime Sacadura AKADA 2013NOVAS AmOSTRAS

N

ACHIGÃ

T125

T122

T128

T124

T121

G12-12

dK03

A1

Hc02

mE01

cR86

2157 - Akada S-Force

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232013 1º TRIMESTRE INVERNO

translúcida é possível ver duas esferas metálicas no interior em compartimentos diferen-tes. Se a primeira esfera é fixa e está situada imediatamente atrás do olho da amostra, a se-gunda pode deslocar-se livre-mente no interior da cavidade interna até à extremidade pos-terior. Assim, parte do peso é transferido durante o lança-

mento, o que permite atingir maiores distâncias e mantêm a amostra na posição correta durante todo o trajeto, o que reduz as hipóteses dos anzóis apanharem a linha. Assim que o artifi-

cial cai na água, a esfera re-gressa à sua posição original, na zona frontal da amostra, contribuindo para uma atitu-de mais natural em repouso, com a cabeça ligeiramente in-clinada para baixo. Tipo de utilização / animação recomendada - O desenho e forma da paleta permitem ao KYM Crank afundar até cerca

de 2 metros de profundidade, o que o coloca na categoria dos crankbaits shallow divers. As extremidades angulosas da

paleta ajudam à de-flexão dos

obstáculos, dificultando as pri-sões, mesmo em zonas com muita lenha submersa. Aliás, como é um modelo floating, se o pescador parar de recuperar quando a amostra choca com um obstáculo sub-merso, esta sobe rapidamente, libertando-se da zona obs-

truída. A oscilação curta e rá-pida proporcionada pelo corpo achatado dorso-ventralmente é mais ou menos intensa con-soante a velocidade de recupe-ração. Isso não quer dizer que este crankbait se deva, obriga-toriamente, recuperar à veloci-dade máxima, pois, por vezes, um ritmo de recuperação mais lento pode levar peixes mais inativos a atacar. Apesar disso, este crankbait suporta elevadas velocidades de recuperação sem perder o equilíbrio e pode, assim, ser utilizado para produ-zir violentos ataques de reação em peixes mais ativos.

Material adequado - Como acontece com a maioria dos crankbaits de tamanho médio ou superior, o material ade-quado para animar este tipo de amostras é uma cana específica, como o modelo X-Cast Meteor da Vega, um modelo conce-bido especificamente para pescar com crankbaits ou ou-tras amostras de fateixa e que “mata” o peixe graças à sua ação parabólica e menor rigidez, o que impede a rotura das frágeis cartilagens da boca do achigã e a fuga do peixe, uma situação muito frequente quando se pes-ca com crankbaits.

ACHIGÃ

Page 24: Jornal da Pesca Nº 014

INVERNO 1º TRIMESTRE 201224

ACHIGÃ

AKADA BUBBLE PENCIL 80F80mm 8g 0-0mCores A1, HA17, ME01, SP04-4

No campo das amostras de superfície, mais concretamen-te na categoria dos passeantes surge outra novidade, o Bubble Pencil 80F. Esta amostra de su-perfície de tamanho pequeno e forma terminal esguia não possui paleta e, por isso, não consegue afundar um único centímetro. No entanto, a dis-tribuição de peso interna faz

com que esta amostra repouse na superfície de for-ma algo diferente do normal. Após o lançamento, a amostra flutua com a parte terminal submersa, ficando apenas o terço superior acima da linha de água. O peso está delibe-radamente posicionado na parte final da amostra, o que

é essencial para permitir lançar, de forma eficaz, uma amostra que pesa apenas 8 gra-mas. Além da sua semelhança com uma presa viva, pois imita, na perfeição, um pequeno peixe, o seu po-der atrativo depende, quase exclusivamente, da animação proporcionada pelo pescador e da comoção que este artifi-cial provoca na superfície. O pequeno tamanho contribui para aumentar as hipóteses de ter ataques, mesmo em locais onde os achigãs estão muito pressionados. A redução do tamanho das amostras é um dos principais fatores para au-mentar as hipóteses de sucesso quando a pressão de pesca é muito intensa e o Bubble Pencil 80F pode responder perfeita-mente a essa necessidade.Tipo de utilização / animação

recomendada - Como qual-quer passeante, o Bubble Pencil 80F tem que ter a animação adequada para ser eficaz. A simples recuperação não pro-duz qualquer efeito e é alta-mente ineficaz, pois a amostra

é simplesmente arrastada na direção do pescador sem reali-zar qualquer ação. O pescador tem, assim, que fazer oscilar a amostra para a esquerda e para a direita, de forma alternada, graças a pequenos toques de ponteira, entrecortados com a recuperação pausada do ex-cesso de linha - uma animação conhecida por “walk-the-dog” (que significa “passear o cão”, na tradução literal). Produzir este tipo de animação requer alguma experiência, principal-mente com um passeante mais pequeno como o Bubble Pencil 80F. A estratégia mais correta passa por uma posição de cana baixa e ligeiramente para a es-querda (para pescadores des-tros), toques de ponteira muito ligeiros e quartos de volta da manivela do carreto, em simul-tâneo, de forma a recuperar o excesso de linha, a cada 2-3 toques. Implica algum treino, mas compensa em termos de resultados, pois os ataques a passeantes são dos mais vio-lentos que qualquer amostra de superfície costuma despertar.Material adequado - Embora passeantes de maior dimen-são e peso possam ser utiliza-dos com material de casting, o Bubble Pencil 80F, dado o seu peso ligeiro, requer material de spinning para ser utilizado

com o máximo conforto. Uma cana de ação de média ou mé-dia ligeira, entre os 6 e os 6,6 pés é a melhor opção, como as Akadas S-Force e LBS ou equivalentes, associada a um bom carreto como o Insignia e a uma boa linha de fluoro-carbono revestido, como o AKADA FC, em diâmetros não superiores a 0,25mm.

Da nova linha de amostras com interesse para o achigã podemos ainda destacar o novo AKADA DIVE CRANK 55F, com 55mm de comprimento e 15,5g de peso, que atinge 1 metro e 80 de profundidade e o novo popper AKADA BUBBLE WALKER 65F, com 65mm de comprimen-to e 7g de peso que serão objeto de análise detalhada numa futu-ra edição deste jornal.

Akada dive crank 55F

Akada bubble Walker 65F

mE01

A1

SP04-4

HA17

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INVERNO 1º TRIMESTRE 201226

BANCO ENSÁIO

omos experimentar a nova gama de canas de pesca à inglesa para competição da Vega e

comprovámos a sua versatili-dade e qualidade superior.Assente numa filosofia compe-titiva, a Vega desenhou esta sé-rie de canas de forma a permi-tir suprir algumas dificuldades que, todos nós pescadores, já enfrentámos quando em pistas ou condições de pesca diferen-tes, usamos as mesmas canas.

Efectivamente, é natural que as condições encontradas, sejam estas de vento, corrente ou mes-mo quantidade e dimensão dos peixes a capturar, difiram muito do verão para o inverno, ainda que na mesma pista de pesca. Encontramos também frequen-temente, situações em que nos vimos obrigados a alterar em poucos minutos, as opções que

fizemos, pescando mais per-to ou mais longe, mais leve ou mais pesado ou ainda mais fino ou mais grosso. Quando, como tantas vezes verificamos nas nossas pistas, temos uma “ba-teria” de canas iguais montadas com diferentes opções de mon-tagens, bóias, etc., não podemos

esperar tirar a mesma qualidade de desempenho dessas mesmas canas nas diferentes opções.A série Tricast pretende ultrapas-sar essas dificuldades, oferecen-do três canas de características mecânicas, equilíbrio dinâmico e concepção semelhantes, mas apresentando comprimentos, acções e potências de lança-mento diferentes e que cobrem

a maioria das situações de pes-ca que encontramos nas nossas águas. O equilíbrio que mencio-námos antes permite por exem-plo, trocarmos da cana de 4,20m para a de 4,50m sem sentirmos diferença na execução dos lança-mentos e mantendo assim a pre-cisão dos mesmos, de imediato.

As Tricast foram todas fabricadas em carbono de alto módulo C5, montam passadores Seaguide® com anilhas em SIC e porta--carretos tubular da mesma mar-ca. Os punhos são idênticos, só diferindo muito ligeiramente no seu comprimento. Esteticamente, para uma identificação mais rápi-da, foram diferenciadas nas cores das áreas imediatas ao punho.

A Tricast F1, decorada a verme-lho, tem 3,90m, acção parabólica e capacidade de lançamento até 14g. É ideal para pescas leves a curtas distâncias, para pesqueiros não muito profundos e permite a utilização de fios muito finos.A Tricast F2 está decorada em azul, tem 4,20m, potência de

lançamento até às 25g, sendo o melhor rendimento entre as 14g e as 20g e acção semi-parabóli-ca progressiva, parecendo “dar” sempre um pouco mais quando solicitada. É talvez a mais ver-sátil da série, permitindo lidar muito rapidamente com peixes de dimensões consideráveis.A Tricast F3 é a mais potente, com 4,50m e capacidade de lançamento até às 30g. Tem ac-ção rápida de ponta e é indicada para pescas a grandes distâncias, onde a sua potência faz a dife-rença. Está decorada em verde.Esta parece-nos pois uma sé-rie de canas que vem realmen-te fazer a diferença no nosso mercado, distanciando-se das suas concorrentes pela qua-lidade e complementaridade. As características são de gama alta e no entanto apresentam preços muito comedidos.

F

UMA NOVA ExPERIÊNCIA PARA A PESCA À INGLESA.

TRICAST

3349 - Tricast

TEXTO E IMAGENS José Calado e Márcio Rafael

Page 27: Jornal da Pesca Nº 014

NOVIDADES COMPETIÇÃO

restes a chegar ao mercado, a nova co-lecção de mangas para competição TeamVe-

ga comporta uma manga com malha de borracha, a Elite, e outras com malha anti-carpa de designação Carp.A Elite é quadrada, com boca de 50x50cm e comprimento de 4,0m. Apresenta a 1ª secção em Oxford impermeável e as

restantes em malha de 3mm anti-carpa revestida a borra-cha, o que se revela muito útil pois além de não reter água, seca muito rapidamente. O fundo é reforçado e todos os anéis têm protecção exterior em plástico para preservar a malha de contactos mais abrasivos. Inclui duas pegas internas para facilitar o manu-seamento com maiores quan-

tidades de peixe. A rosca é universal em latão e o sistema de afinação de inclinação é de ABS muito resistente.As mangas Carp, disponí-veis em 2,5m e 3,0m na ver-são redonda, com boca de 50cm de diâmetro e em 3,0m e 4,0m na versão quadrada com 50x50cm de boca, têm igualmente a primeira secção em Oxford impermeável e as

restantes em malha anti-carpa dupla de PVC. Esta malha de PVC é hidro repelente, per-mitindo uma secagem muito rápida da manga. O fundo é reforçado e os anéis metálicos são protegidos exteriormente por uma cobertura de cordu-ra. Inclui as pegas de susten-tação e o mesmo sistema de rosca/afinação utilizados na manga Elite.

NOVAS MANGASTEAm VEGA TEXTO E IMAGENS

Redação

P

mANGA QUAdRAdA cARP

mANGA QUAdRAdA ElITE

mANGA REdONdA cARP

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INVERNO 1º TRIMESTRE 201228

FEEDER

pesca com feeder está em franca expansão em Portugal, granje-

ando já um considerável núme-ro de praticantes no nosso país. Ao contrário do que muitos pescadores menos experientes possam pensar, a pesca com feeder é bastante técnica es-tando também por isso, muito dependente do melhor ou pior desempenho dos materiais utilizados.

Sendo a pesca de feeder muito popular no Reino Unido e es-tando o seu nível de desenvol-vimento técnico no ponto mais alto, chegámos á fala com um nome de referência no meio, Darren Cox, no sentido de conhecer quais seriam as ca-nas por si seleccionadas para a pesca em águas portuguesas. Representante das selecções de Inglaterra nos seus vários esca-lões, Darren venceu a maioria

dos eventos de topo neste país, incluindo o Cardean Masters e o British Open e participa acti-vamente no desenvolvimento dos produtos da marca Garbo-lino, referência mundial em ca-nas para o feeder. Conhecedor por via das suas participações em provas internacionais, das características da pesca prati-cada, das espécies capturadas e das condições encontradas em Portugal, Darren Cox mos-trou-se sempre bastante cola-borador e com muita vontade de explicar tecnicamente, aque-las que seriam as suas escolhas para pescar em Portugal.JdP – Darren, conhecendo as nossa águas e considerando que maioritariamente capturamos carpas e barbos, que canas de feeder nos podes sugerir?DC – De uma forma geral, para a pesca de carpas até aos 2,0kg, as melhores canas são as G-SYSTEM FEEDER de 3,60m e acção de lançamen-to até às 75g. Estas canas são perfeitas para pescar até aos 50/60m com fios de diâmetro até 0,14/0,16mm nos estralhos. Não são demasiado rijas e per-mitem lidar com os peixes com muita rapidez.Se pretendermos uma cana

para pescar mais longe, a dis-tâncias iguais ou superiores aos 70m e/ou em rios mais rápidos e com peixe de maio-res dimensões, aconselho a G-SYSTEM DISTANCE FE-EDER DE 3,90m. Está igual-mente fabricada em carbono HM e equipada com passado-res SIC e porta-carretos Fuji tubular. Esta versão DISTAN-CE da G-SYSTEM é muito po-tente e permite propulsionar grandes feeders carregados de iscos e engodos até às 150g e é uma cana essencialmente para pescar a distâncias grandes como de resto o nome indicia. JdP – Temos também algu-mas pistas ou rios onde não necessitamos de pescar longe ou pesado…DC – Sim, conheço Coruche e efectivamente para cenários como esse não são necessárias canas com estas características. Para condições como as de Co-ruche sugiro a G-SYSTEM MI-NICARP em 3,30m e 3,60m. São as melhores canas para pescar até aos 35m com feeders pequenos, até 35g. Sentem-se mais macias mas óptimas para “matar” o peixe rapidamente. São canas muito leves com 2 secções o que julgo por vezes

A

REFERÊNCIA INTERNACIONAL DA PESCA DE FEEDER

dARREN cOX

IMAGENSDarren Cox

TEXTO Darren Cox/redacção

As canas adequadas são fundamentais na luta com os peixes.

Aspecto de uma montagem pronta a utilizar.

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Artes_Toros_PH_200x140_C.pdf 1 2/12/13 5:12 PM

FEEDER

inibir alguns pescadores por-tugueses que preferem as de 3 secções. No entanto acho que é um caso de habituação, visto que no Reino Unido as usamos tanto ou mais que as de 3 sec-ções, com óptimos resultados.JdP – E a Garbolino tem algu-ma outra gama para o feeder?DC – A Garbolino tem mais 3 gamas para o feeder mas a que me parece mais adequada para Portugal além da G-SYS-TEM é a MAXIM FEEDER. É uma gama que embora seja mais acessível que a anterior, continua a ter uma qualidade muito elevada. É composta

por 7 canas entre os 3,30m e 3,90m, sendo que as que me parecem mais apetecíveis ao vosso mercado são a 3,60m de acção M (20/75g), a 3,90m ac-ção M (30/100g) e a 3,90m ac-ção P (Power 75/150g). Todas estas acções têm o mesmo en-quadramento que as de acção semelhante da gama G-SYS-TEM pelo que as aplicações serão também as mesmas.Esta série é toda fabricada em carbono de alto módulo e é fornecida com 3 ponteiras in-termutáveis de acções diferen-tes para melhor adaptação às condições de pesca.

Para além destas duas gamas a Garbolino tem a ROCKET CARP FEEDER, gama de en-trada e ainda assim de pres-

tações muito apreciáveis e a G-MAX FEEDER, topo de gama com 3 opções entre os 3,30m e os 3,90m.

REFERÊNCIA INTERNACIONAL DA PESCA DE FEEDER

GARbOlINO G-SYSTEm

GARbOlINO mAXIm FEEdER

O feeder permite capturas como estas.

Page 30: Jornal da Pesca Nº 014

INVERNO 1º TRIMESTRE 201230

corvina é sem dúvi-da uma das espécies mais apetecidas pelos

pescadores lúdicos na costa continental portuguesa, pois que com a capacidade de atingir pesos superiores a 40-50 quilos esta é sem dúvida a maior espécie passível de ser capturada na pesca apeada. No entanto, e apesar de a sua distribuição geográfica estar referenciada desde a Norue-ga ao Golfo da Guiné a sua captura na costa norte em profundidades mais baixas, é mais incomum. Ao invés disso, a sua preferência por águas mais quentes potencia a probabilidade de captura nas zonas costeiras do centro

e sul do pais. Mesmo assim, e por contingência da sua biolo-gia, a probabilidade de lograr uma captura não é idêntica em toda a extensão da costa, já que é mais incomum em zo-nas de fundo arenoso ou mis-to, quando comparado com as zonas próximas das barras, na zona interior dessas mesmas barras e em estuários. Ocorre preferencialmente em batimétricas situadas entre os 15 e os 300 metros de profun-didade pelo que a sua captura é mais provável na pesca em-barcada do que na pesca ape-ada. Faz a sua aproximação a terra em alturas determinadas do seu ciclo de vida. Indivídu-os sub-adultos aproveitam as

zonas interiores dos estuários para ai permanecerem duran-te algum tempo e crescerem fruto da maior abundância de presas (peixes, crustáceos e cefalópodes) enquanto que os indivíduos adultos podem também utilizar esses locais durante a época de reprodu-ção. Esta adaptação a zonas es-tuarinas faz com que a espécie tenha uma enorme tolerância a salinidade baixas, podendo mesmo ser encontrada em zo-nas onde a salinidade é quase nula. Ocorre normalmente perto do fundo, no entanto, em zonas de menor profun-didade adquire um compor-tamento predatório para com cardumes de outros peixes,

como seja cardumes de sardi-nhas, de cavalas e tainhas.Na pesca embarcada, as duas técnicas mais utilizadas para na sua captura com recurso a iscos artificiais, são o jigging com amostras duras (zagaias e jerbaits) ou com vinis e o trawling com amostras duras, por norma, jerkbaits. Na pes-ca com isco natural, são nor-malmente utilizadas técnicas de deriva utilizando isco vivo, normalmente peixe ou cefa-lópodes. Na procura da sua captura na pesca apeada, para além das técnicas referidas an-teriormente, junta-se também o surfcasting. No surfcasting, os indivíduos capturados são normalmente de menor tama-

TEXTO E IMAGENSJorge PalmaA CORVINA

A

ISCOS ENGODOSBIOLOGIA

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312013 1º TRIMESTRE INVERNO

nho, pois a menos que a pesca lhes seja dirigida com mate-rial adequado, o que aconte-ce pontualmente em locais específicos, os maiores exem-plares, quando presos e dado o seu grande vigor e força acabam quase invariavelmen-te por partir as montagens, ficando os pescadores tão so-mente com mais uma história para contar sobre “...um peixe grande que lhes partiu tudo.”.Tal como os outros peixes, o crescimento das corvinas está dependente entre outros fac-tores da temperatura da água, e por isso, dada a sua grande dispersão geográfica não é completamente claro com que idade as corvina cumprem a primeira maturação, podendo essa variar entre as populações que habitam mais a norte ou a sul da sua distribuição geográ-fica. Sabe-se no entanto, que a primeira maturação acontece quando os animais têm cerca de 80 cm. Em Portugal, o ta-manho mínimo de captura da corvina é de 42 cm, pelo que é fácil de entender que se tra-ta de um valor desadequado e que individuos capturados com esse tamanho, nunca se terão reproduzido, não po-dendo dessa forma contribuir para a perpetuação da espécie. Juntando a isto, o facto de gas-tronomicamnete, os individu-os mais pequenos terem uma qualidade de carne inferior aos pré-adultos e adultos (pro-vavelmente fruto de uma dife-rente dieta) torna-se por isso, aconselhável focar a captura ou em animais de maior porte ou de apenas reter um número limitado de individuos de me-nores dimensões.

ISCOS ENGODOSBIOLOGIA

Excelente exemplar com mais de 20kg.

NOME COMUMCorvina

OUtrOs NOMEs taMbéM UsadOsBurgata ou rabeta para indivíduos sub-adultos

OrdEMPerciformes

FaMÍLIaSciaenidae

NOME CIENtÍFICOArgyrosomus regius (Asso, 1801)

OUtrOs PEIXEs da MEsMa FaMÍLIaRoncador

dIstrIbUIÇÃO GEOGrÁFICaCosta Atlântica desde a Noruega à Republica do Congo, Mediterrâneo e Mar Negro.

aLIMENtaÇÃO Peixes, crustáceos e cefalópodes..

éPOCa dE rEPrOdUÇÃOPrimavera/Verão.

COMPrIMENtO MÁXIMO rEFErêNCIadO203 cm

rECOrd EFsaDependendo da classe de linha varia entre 9.170 gr e 41 kg.

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