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Jornal da SBD - Nº 3 Maio / Junho 2005

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Maio / Junho - 2005JSBD l Ano IX no 3 1

DI R E T O R I A 2005 - 2006

P r e s i d e n t eSinésio Ta l h a r i

V i c e - P r e s i d e n t eGerson O. Pe n n aS e c r e t á r i o - G e r a l

Celso T. SodréT e s o u r e i r o

Abdiel Figueira Lima1a S e c r e t á r i a

Andréa M. C. Ramos2o S e c r e t á r i o

Heitor S. GonçalvesDiretor de Biblioteca

Paulo R. Cunha

Sociedade Brasileirade Dermatologia

Afiliada à Associação Médica Brasileir a

Esta é uma publicação da SociedadeBrasileira de Dermatologia, dirigidaaos seus associados e órgãos de

imprensa.

Publicação bimestral - Ano IX – nº 3 Maio / Junho - 2005

Coordenador Médico: Alberto E. Cox Cardoso (AL) Coordenadora Associada: Francisca Regina O. Carneiro (PA)Jornalista responsável: Tatiana Gentil- Reg. MT no 2 2 . 3 7 5Redação: Tatiana Gentil, Andréa Fantoni e Renata Po rto Conselho editorial: Sinésio Talhari (AM), Gerson O.Penna (DF), Celso T. Sodré (RJ), Abdiel FigueiraLima (RJ), Andréa M. C. Ramos (MG), Heitor S.Gonçalves (CE), Paulo R. Cunha (SP)

Editoração eletrônica: Nazareno Nogueira de Souza e Tatiana GentilContatos Publicitários: Tatiana Gentil e Priscila RudgeSimões

A equipe editorial do Jornal da SBD e a Sociedade Brasilei-ra de Dermatologia não garantem nem endossam os pro d u-tos ou serviços anunciados, sendo as propagandas de r e s-ponsabilidade única e exclusiva dos anunciantes. As matérias e textos assinados são de inteira r e s p o n s a b i l i-dade de seus autore s .

Correspondência para a redação do Jornal da SBDAv. Rio Branco, 39/18º andar Rio de Janeiro – RJ - CEP: 20090-003E-mail: [email protected]

Assinatura anual: R$ 100,00Número avulso: R$ 20,00Tiragem: 5500 exemplares

2 4Painel 4Calendário

3 4Coluna da DiretoriaColuna do Tesoureiro

4 4Coluna do Ombudsman5 460º Congresso da SBD

8 4Ações corporativas: justa briga por espaço

9 4Participação nas entidadesmédicas Entrevista: Dr. Eleuses Paiva

10 4Prós e contras do uso daflutamida

4II Simpósio Latino-Americano de AlergiaCutânea

11 4Melhores trabalhos em2004 dos Anais são premiados

12 4Clube de Revistas 4XXVII Curso Intern a c i o n a l

de DermatologiaTropical e Meio Ambiente

13 4Dermatologia na luta contra as DSTs

14 4Revalidação do Título deEspecialista

15 4Artigo: Antônio Marinho

16 4Coluna Em Pauta

17 4Unidos por uma gestão profícua

4Departamentos4Coluna Ética em Questão

18 4Serviços Credenciados4Regionais

20 4E x p ressões da Derm a t o l o g i a :D r. Ruy Miranda

S u m á r i o

E d i t o r i a lE X P E D I E N T E

SBDSBD

Vem à luz mais um número do nosso jornal, no qual há umaampla cobertura sobre o Congresso do SBD. O pre s i d e n t edo Congresso, Gerson Penna, e toda sua equipe estão de

parabéns. Várias inovações estão sendo instituídas tanto na partecientífica como na social. Leiam as novidades e pre p a rem suasmalas para ir a Brasília. Antes do Congresso, será realizado nosdias 11, 12 e 13 de agosto, em Maceió, o XXVII Curso Intern a-cional de Dermatologia Tropical e Meio Ambiente. Será excelenteoportunidade para atualização em dermatologia tropical.

O JSBD traz ainda interessante matéria intitulada "Ações cor-porativas: justa briga por espaço", deve ser lida, pois a luta parap reservação da área de atuação está no auge e há mobilização paraa p rovação da Lei do Ato Médico. O presidente da AMB, Dr. EleusesPaiva é o entrevistado. Também trata sobre a importância da par-ticipação do dermatologista na direção da AMB, CRMs, CFM e sin-dicatos médicos. Os doutores Paulo Machado e Iphis Campbell,C o o rd e n a d o res da EMC-D da SBD, elaboraram relatório em nomeda Sociedade e enviaram à Comissão Nacional de Acreditação comsugestões sobre as normas de revalidação do Título de Especialista.

Também nessa edição, o jornalista Antônio Marinho, do jorn a lO Globo, publica artigo intitulado "A delicada relação médicos xj o rnalistas". Você poderá ler ainda que o professor Márcio LoboJ a rdim, recentemente homenageado na Assembléia Legislativa deP e rnambuco com o Título de Cidadão Pernambucano, é entre v i s-tado na coluna Expressão da Dermatologia. Outros assuntos dei n t e resse dos colegas são encontrados na publicação.

Alberto Cardoso

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S B DJSBD l Ano IX no 32

J u l h o09 Sábado Reunião Mensal - SBD Reg. FL13 Quarta-feira Reunião Científica - SBD Reg. SE16 Sábado Curso de Reumaderm no Serv.Dermatologia

Sta.Casa de Curitiba - SBD Reg. PR25 Segunda-feira Reunião Administrativa - SBD Reg. SE25 Segunda-feira Reunião Mensal - Endocrinologia e Dermatologia Influência

da glândula tireóide sobre a pele - Avaliação clínica e laboratorial do hiperandrogenismo - SBD Reg. AM

27 Quarta-feira Reunião Mensal - CBC - SBD Reg. RJ27 Quarta-feira Reunião de Casos Clínicos - SBD Reg. MA27 Quarta-feira Reunião Mensal de Dermatologia - Casos Clínicos

Palestra - SBD Reg. AL27 Quarta-feira AIDS - SBD Reg. PE30 Sábado Sessão Clínica - SBD Reg. CE30 Sábado Reunião Cientifica Mensal – CMV - SBD Reg. ES30 Sábado Workshops de Peeling - SBD Reg. FL

P a i n e l

TalidomidaOs doutores Gerson Penna e Andréa Ramos,

re p resentando a SBD em conjunto com seis especia-lidades e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária(Anvisa), vêm atuando desde 2001 na revisão daResolução sobre o uso da talidomida. O texto estáem fase final e deve ser publicado até o final do ano.

Simpósio da SBD no 14º Congresso da EADVA SBD foi convidada para apresentar um sim-

pósio no 14º Congresso da Academia Euro p é i ade Dermatologia Ve n é rea (EADV), que acontecee n t re os dias 12 e 15 de outubro, em Londre s .C o o rdenados pelos pro f e s s o res Sinésio Talhari ePaulo Cunha, o tema dos pro f e s s o res no segun-do mais importante congresso mundial serádoenças tropicais infecciosas. Irão conduzirpalestras os profs. Evandro Rivitti, Márc i aRamos e Silva, Paulo Cunha, Silvio Marques eSinésio Talhari. Os conferencistas não vão re c e-ber qualquer patrocínio da SBD.

Associados são premiados na RadlaOs professores Mirian Nacagami Sotto e Carlos

Barcaui, e a técnica Ana Maria Gonçalves daSilva, foram os primeiros colocados na categoriapôster da Reunião Anual de Derm a t o l o g i s t a sLatino-Americanos (Radla), que aconteceu emBuenos Aires, com o trabalho “Células-tronco foli-c u l a res na alopecia difusa não cicatricial depacientes HIV-1 positivos”. Os autores são mem-b ros do Departamento de Dermatologia daUniversidade de São Paulo.

O Dr. Márcio Lobo Jardim recebeu o Título deCidadão Pernambucano, na Assembléia Legisla-tiva do Estado, no dia 12 de abril de 2005. Osdoutores Alberto Cardoso e Gerson Penna partici-param da cerimônia representando a SBD.

P rofessor Márcio Lobo Jardim é homenageado

DermacampO Dermacamp, projeto que reúne crianças entre

nove e 13 anos de idade com problemas derm a t o l ó-gicos graves, está rendendo frutos em sua quintaedição. Adolescentes entre 14 e 18 anos ganharãouma versão desenhada nos mesmos moldes: oD e rmacamp Teen. Segundo o coordenador do pro j e-to, Dr. Samuel Mandelbaum, o acampamento dosadolescentes funcionará como treinamento para queeles se tornem monitores mirins na edição para ospequenos, em novembro. Para receber inform a ç õ e se fichas de inscrição basta entrar em contato pelo e-mail: [email protected] ou acessar apágina da Internet www.derm a c a m p . h p g . c o m . b r.

ObituárioA SBD comunica com consternação o faleci-

mento da Dra. Cláudia Defaveri Georges, em 30de abril, no Rio de Janeiro.

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Maio / Junho - 2005

3JSBD l Ano IX no 3

Coluna da Dire t o r i a Coluna do Te s o u re i r oAbdiel Figueira Lima

Foi exce-p c i o n a lo encon-

tro desta dire-toria com as23 pre s i d ê n-cias das Re-gionais daSBD no do-

mingo, 24 de abril, em SãoPaulo. Cada representante tevea oportunidade de apresentarseus problemas locais e forne-cer melhores condições para aoperacionalidade da nossa ins-tituição. Discutiu-se a dificul-dade de patrocínios da indús-tria farmacêutica para algunseventos nacionais, ainda quere p resentem importante con-teúdo científico, abrangendo asdiversas áreas de atuação dod e rmatologista. Concluiu-sepela elaboração de uma listaque seria noticiada atravésdeste jornal, estabelecendo oranking dos verdadeiros parcei-ros da SBD de modo semelhan-te ao que já está previsto noregulamento dos nossos con-gressos. Em relação ao CNPJpróprio, ainda se esbarra emdificuldades pelas pendênciasde algumas regionais que,quando resolvidas e com seusnovos estatutos apro v a d o s ,poderemos alcançar a liberdadefiscal necessária para se conse-guir patrocínios de órg ã o sgovernamentais.

O u t ro assunto contempladofoi o Programa Nacional deC o n t role do Câncer da Pele, quese destaca como a mais impor-tante atividade social que a SBDpode pro p o rcionar à população,e que cada vez mais deve des-pertar o espírito de cidadania donosso associado, contribuindode alguma maneira para a suaconsagração, sobretudo sendovoluntário no dia da Campanha4

Logo que assu-mimos a ad-m i n i s t r a ç ã oda SBD, sem-

p re ouvia comentá-rios de como seriadifícil viajar tanto, odesgaste, as perd a sf i n a n c e i r a s . . .Realmente dá traba-lho, mas muita satis-fação também. Por exemplo, foiexcelente a Reunião com osPresidentes das Regionais daSBD, dia 24 de abril, umdomingo inteiro. Todas asregionais re p resentadas. Osaspectos relativos ao nossoplano de gestão foram exausti-vamente discutidos, as mudan-ças que pretendemos fazer emrelação à Campanha Nacionalde Prevenção ao Câncer daPele, as pendências financeirasde algumas regionais – quepoderiam inviabilizar o repassede quase R$ 500 mil peloMinistério da Saúde (Programade DST/AIDS). As responsabili-dades de todos, da SBD nacio-nal e suas regionais, foramanalisadas em clima de absolu-ta cordialidade. Os resultadosjá começam a surgir. São pou-cos os inadimplentes em rela-ção ao CNPJ.

Quando se fala em CNPJirregular e não recebimento derecursos públicos para a SBD,gostaria de ressaltar que essessão fatos diretamente relacio-nados aos nossos associados.Parte desses recursos permiti-ram, por exemplo, que oDepartamento de DST/AIDSrealizasse o I Simpósio Nacio-nalde DST/AIDS da SociedadeBrasileira de Dermatologia, em11 de junho, no Rio de Janeiro.Esses recursos públicos estão,em parte, viabilizando as cam-panhas regionais de hansenía-se e o Curso de Dermatopa-

tologia Tropical, queserá realizado emagosto. Como sabe-mos, os laboratóriosnão têm grandes inte-resses (ou nenhum)por temas como estes.

D e n t ro do nossoplano de gestão, aparceria com as regio-nais é vital para que

se mantenha o que já foi cons-truído nas gestões anteriores efortaleça, ainda mais, a ima-gem do dermatologista, comoprofissional que, além do con-sultório, está preocupado comparcela significativa da socie-dade que sofre de doenças rela-cionadas ao meio ambiente e,principalmente, ao descaso dosnossos governantes com asaúde.

Há desgastes, também. Odocumento recente do Con-selho Federal de Medicina, naprática, proibindo o dermatolo-gista de realizar procedimentosde lipoaspiração. Esta é umadiscussão que se arrasta hátempos, desde a gestão passa-da e a nossa. A SBD participoude reuniões com o CFM e expli-cou através de documento oque é feito, por quem e com quecapacitação. O CFM entendeuque esta é área exclusiva dacirurgia plástica e fechou ques-tão em documento responden-do às consultas da SBD – der-matologista não pode. A dis-cussão atual é: entrar na justi-ça ou tentar reverter a decisãodo CFM?

Para terminar esta coluna,gostaria de lembrar que a dire-toria da SBD não é somente ogrupo que se reúne no Rio deJaneiro todos os meses - sãotodos os seus associados. Aparticipação de todos é funda-mental. Sugestões e críticasserão sempre importantes. q

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S B DJSBD l Ano IX no 34

em 10/12/2005. Procurando au-mentar a receita financeira para asua execução, estamos re a l i z a n d oalterações para que os patro c í n i o sregionais possam ser incorpora-dos, mantendo a fidelidade dostradicionais parc e i ros nacionais.Estamos seguros e confiantes notrabalho integrado SBD Nacional -R e g i o n a i s .

No dia 30/04 venceu a últimadas três parcelas da anuidadedemonstrando um pequeno nú-mero de inadimplentes, a quemsolicitamos estarem atentos aoestatuto, que prevê a exclusão doquadro associativo após dois anosnesta condição. Lembramos anecessidade de atualização doseu cadastro na SBD ainda quetenha feito alterações na suaregional; lamentavelmente nemtodas enviam as mudanças deendereços em tempo hábil. A SBDnão publica nenhuma lista deinadimplentes e apenas solicitaàs Regionais intermediar o conta-to individual com o nosso depar-tamento financeiro para resolveras pendências. As Regionaisdependem do número de associa-dos efetivos, quites para podercompor o numero de delegados noConselho Deliberativo.

Em relação ao 60o. Congressode Brasília, é necessário quetodos os chefes de serviços cre-denciados atualizem na SBD arelação dos seus residentes deacordo com o número de vagaspara as quais recebeu o creden-ciamento pela nossa instituição;isto aumentaria a visibilidade,bem como agilizaria o processo deinscrições dos residentes, respei-tando as datas limites da tabelavigente. Mantida esta atualizaçãotorna-se mais fácil o cumprimen-to do Regimento do Congresso daSBD que, lembrado neste mo-mento, permite mencionar que oCongresso de 2006 já deu a suaarrancada inicial com a reservado local e escolha por licitaçãodas empresas organizadoras e detransporte. q

Coluna do Ombudsman

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David Azulay

Tr i a n g u l a r, Su-deste, Jorn a d aCapixaba, Ra-

deco, Jornada Sul,Simpósio de DST etc,por enquanto... eassim será o ano.Pleno de atividadescientíficas de elevadaqualidade. A excelente org a n i-zação de grande número dedisciplinas de Derm a t o l o g i a ,de Serviços e de Regionais, emais a busca da beleza ou dae t e rna juventude pelas pes-soas que acompanhados deum exagero também fomenta-do pela mídia, colocam a der-matologia em evidência.A c rescenta-se a isto umafalência do sistema de saúde,quase que generalizada, in-clusive com baixíssimos salá-rios e uma proliferação pori n t e resse exclusivamente pe-cuniário de faculdades demedicina, cujo resultado aca-ba sendo uma demandaa b s u rdamente grande pelanossa especialidade. Se istotudo já não fosse mais do quesuficiente, surgem, oportuna-mente, vários cursos de pós-graduação cujo objetivo pri-mário é simplesmente o lucroeconômico e que aviltam anossa prática médica.

A c reditem, a diretoria danossa SBD está atenta a todoeste processo. Mas o quê fazer?Devemos reconhecer primeira-mente, de forma madura, quegrande parte do problema éestrutural e está fora da alçadada SBD. É o MEC que é o re s-ponsável pela autorização deabertura de novos cursos médi-cos, que, muitas vezes, come-çam a funcionar mesmo sem adevida autorização. Pro v a v e l-mente, a certeza da impunida-de é uma forte mola pro p u l s o-ra, pois, depois, antes de se for-mar a primeira turma, semprese consegue regularizar a situa-ção. E o já decantado “Pro v ã o ” ,

deu em alguma cassa-ção efetiva de algumafaculdade? É o MECque também autoriza ofuncionamento de no-vos cursos de pós-gra-d u a ç ã o .

Como cidadãosm a d u ros devemos ser

capazes de discern i r, com cla-reza, a diferença entre o ético eo legal. Muitas vezes re v o l t a ,mas a democracia tem estanuança. Seguir e respeitar alei, atuar dentro dos atributosestatutariamente designados eestar atenta a fatos que pos-sam agre d i r, de alguma form a ,a nossa especialidade e sercapaz de defender, de maneiraadequada, sempre dentro doslimites da lei, este é o alcanceda SBD.

A nossa atual dire t o r i adeixa claro no seu plano degestão que pretende se fazerouvir em todos os foros emque a dermatologia estiverenvolvida: Ministério daSaúde, Educação, Legislativoe órgãos de classe. É nítido oesforço e o estímulo dadopara ocuparmos e re o c u p a r-mos espaços deixados comoas DST, Hanseníase, Cola-genoses, Cosmética e em tudoque for concernente à derm a-tologia. As campanhas devalorização do derm a t o l o g i s t aque vem sendo pro m o v i d a spor várias regionais, e quecontam sempre com o apoioda nacional, é uma das for-mas de ensinar a população ai d e n t i f i c a r, de fato, quem sãoos profissionais do ramo.

E talvez mais importante detudo, é desejarmos que todos osnossos sócios sejam capazes dep e rceber a gravidade da situa-ção e que tenham a consciênciae a coerência de identificar emque situações profissionais nãodevem se deixar envolver, poise n t re o Legal e o Ético há umagrande diferença. q

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Maio / Junho - 2005JSBD l Ano IX no 3 5

O6 0o C o n g resso da So-ciedade Brasileira deD e rmatologia terámuitas novidades, não

só na área científica, na qual on ú m e ro de atividades chega a 42por dia, quase o dobro do anopassado, mas também na form ade apresentação dos trabalhos,quando os melhores serão mos-trados oralmente, e em horárioexclusivo. A programação socialserá repleta de festas e ativida-des para os acompanhantes.

E n t re os dias 10 e 14 de se-t e m b ro, Brasília receberá maisde 3 mil médicos, durante asatividades que serão desenvolvi-das no Centro de ConvençõesUlysses Guimarães. Este ano, on ú m e ro de simpósios do Con-g resso é re c o rde, com até 21 ati-vidades sendo desenvolvidassimultaneamente, durante osq u a t ro dias de evento. A quanti-dade de simpósios faz parte deum plano ousado dos org a n i z a-d o res, para pro p o rcionar aosparticipantes toda a gama deassuntos de interesse da derm a-tologia nacional e internacional.

A maior procura por infor-mações tem sido dos cursos detransmissão ao vivo, nos quaisos participantes do auditórioprincipal do Centro de Con-venções assistirão, através deum telão, procedimentos deToxina Botulínica, Pre e n c h i-mento e Peeling, feitos ao vivo,em uma sala isolada, mas compossibilidade de perguntas si-multâneas aos médicos.

Outra novidade é a seção“ Ti re Suas Dúvidas com oDepartamento”, sempre no pri-meiro horário da manhã, paraque o associado tenha maiscontato com os departamentosespecializados da SociedadeBrasileira de Dermatologia. Ostemas serão Alergia, BiologiaM o l e c u l a r, Cosmiatria, Laser,Dermatologia Integrativa, Der-matopatologia, Doenças Bolho-sas, Oncologia Cutânea, Cabe-los e Unhas, Cirurgia, Aids,Micologia, Alergia, Derm a-tologia Pediátrica, Doenças In-fecciosas e Parasitárias, Foto-biologia, Hanseníase, Imagem eMedicinas Cutânea e Interna.

Todos os palestrantesinternacionais que participa-rão do evento estão em evi-dência na produção científi-ca mundial, trazendo assun-tos de grande interesse dacategoria e novas técnicasdesenvolvidas no exterior.Eles falarão desde terapiasbiológicas – um novo grupode medicamentos da biologiamolecular, assunto que temsido muito discutido pelaclasse médica no exterior –até atualização nas doençaspróprias do Brasil. Os pales-trantes internacionais tam-bém falarão de atualizaçãoem acne, novidades em der-matite atópica, terapias gêni-cas e novas perspectivas emsaúde pública.

E s t r a n g e i ro s : C a r l o sFernando Gatti (Argentina),Adrián Pierini (Arg e n t i n a ) ,Roberto Arenas (México),Diana Lockwood (Inglaterra),Alan Menter (EUA), AnaKaminsky (Argentina), AntonStuetz (Áustria), GérardL o rette (França), JamesPhilip Harnisch (EUA), Jean-François Nicolas (França),J e ff rey Bryant Tr a v e r s(EUA), John AlexanderMcGrath (Inglaterra), Law-rence Schachner (EUA),P e rcy Lehman (Alemanha),Robin Marks (Austrália) eThomas Ruzicka (Alemanha).

Palestrantesinternacionais

Tudo pronto para o 60o Congresso da SBD

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Atividades sociais

Os participantes do Con-g resso da SociedadeBrasileira de Derm a t o l o g i a

têm uma agenda repleta de ativi-dades. Para cumpri-la, basta termuita disposição. O primeiro diado Congresso, 10 de setembro ,será marcado pelo coquetel deabertura, às 19h30, no Centro deConvenções Ulysses Guimarães.Fugindo aos padrões das soleni-dades, a noite não terá aberturaf o rmal, nem discurso dos org a n i-z a d o res. O encontro será animadopelo show de uma cantora deMPB de renome nacional.

Para os acompanhantes

também haverá uma grandep rogramação, que aconteceráno horário do Congresso. Alémdas atividades já incluídas nopacote de inscrição, que são oTour Cívico e as quatro festas,serão oferecidas atividadesopcionais, que podem ser con-tratadas de acordo com o inte-resse de cada acompanhante.

No domingo, às 18h, aconte-cerá a festa Parangolé, noC e n t ro de Convenções. A happyhour terá o tema "Brasileirinho",com comidas e bebidas típicasdo País, ao som de uma bandaque tocará chorinho e samba,para animar os participantes eseus acompanhantes, depois deum dia de muito trabalho.

A Festa de Confratern i z a ç ã odo Congresso será um grandeevento realizado num dos maisbelos espaços à beira do LagoParanoá. Embalada pela banda

Satisfaction, pelo DJ Fábio Pro-fessor e pela cantora Indiana, oevento começará com a contem-plação do inesquecível pôr- d o -sol do cerrado, às 18h, na beirado Lago. O ônibus sairá dire t odo Centro de Convenções, às17h30, para o Marina Hall, localonde se realizará a grande festa.Para quem quiser mais tranqüi-lidade, outra novidade. Na partee x t e rna do local haverá umatenda com MPB e Jazz.

No dia 13 de setembro, aconte-cerá outra happy hour. O tema dafesta será jazz, com o som dabanda Affinity Quintet Jazz. Aambientação do local tambémremeterá para esse estilo musical,com muita comida típica da cidadenorte-americana de Nova Orleans,berço do jazz, assim como os drin-ques que serão servidos. Tudo issono próprio Centro de Convenções,a partir das 17h40.

Um novo curso: Media Training

Um novo curso está sendo especialmenteelaborado e será uma das inovações do próximoCongresso da Sociedade Brasileira de Der-matologia: o Media Training, que pretende dardicas e treinar os médicos sobre como se apre-sentar na imprensa de forma ética, produtiva evantajosa. O curso está sob a responsabilidadeda Dra. Doris Hexsel e da jornalista TatianaGentil, e acontecerá no dia 11 de setembro, às

9h, na sala 5 do Centro de Convenções UlyssesGuimarães.

O curso foi elaborado tendo em vista o cres-cente interesse da mídia pelos profissionais dasaúde, principalmente os dermatologistas, cadavez mais procurados pela imprensa. O progra-ma vai abordar as principais recomendações doCFM sobre entrevistas e publicidade médica,técnicas para relacionamento com a imprensa ea apresentação de casos de entrevistas positi-vas e negativas.

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Maio / Junho - 20057JSBD l Ano IX no 3

S i m p ó s i o dos A n a i s

Melhores trabalhos científicos

Para o 60º Congresso daSBD, os editores dos Anais Bra-sileiros de Dermatologia prepa-ram um simpósio no dia 13 des e t e m b ro, entre 14h40 e16h40. O objetivo é discutir te-mas relevantes que envolvem apublicação científica, como asdificuldades habituais na ela-boração do trabalho científico eo processo de publicação; im-portância da redação na quali-dade do trabalho científico; dodesenho metodológico na quali-dade final do trabalho de inves-tigação; descritores na área dasaúde; autoria e ética na publi-

cação científica; avaliação doCAPES, a produção científica ea qualidade dos periódicosmédicos brasileiros.

Como palestrantes estãoc o n f i rmados membros da Asso-ciação Brasileira de Editore sCientíficos (ABEC), pro f e s s o re sde metodologia científica e oD r. Silvio Marques, um dos edi-t o res dos Anais. Segundo o edi-tor científico associado dosAnais, o curso é ideal parap a recerista ou autor intere s s a-do em publicar seus trabalhosna revista científica da SBD.“Esses são os convidadosi m p rescindíveis para o sucessodo evento”, afirma.

Os trabalhos científicos se-rão apresentados este ano def o rma diferente e ousada. Pelaprimeira vez foi formada umacomissão julgadora, que sele-cionou os 300 melhores, entre772 trabalhos inscritos, dentrode critérios técnicos, sem quenenhum dos julgadores tivesseacesso ao nome dos autores oude suas instituições. Poste-r i o rmente, foi feita uma novaseleção, que escolheu 22 entreos 300 melhores, que serãoa p resentados em palestras aovivo, no domingo, em horárioe x c l u s i v o .

Outra novidade será a pre-miação dos seis melhores tra-balhos, dentre os 22 aceitos.Eles concorrerão a R$ 18 milem prêmios, divididos em trêscategorias, elegendo primeiro esegundo lugar para cada umadelas. A eleição dos melhore sserá feita através dos votos deuma comissão de pro f e s s o res eda platéia presente às 22 apre-sentações. São trabalhos vin-dos de todo País, sendo umaexcelente amostra da pro-dução científica dos jovensd e rmatologistas brasileiro s ,uma vez que a maioria dos tra-

balhos foi feita por re s i d e n t e se pós-graduandos.

A entrega dos prêmiosacontecerá no dia 14 des e t e m b ro, ao meio-dia, noC e n t ro de Convenções, quan-do também será sorteada umapassagem aérea para oMeeting da ADD/2006, e ocor-rerá o encerramento do Con-g re s s o .

Dermatologia Solidária

A medicina não teria sen-tido se não pudesse chegar atodas as camadas sociais.Por isso, o evento terá nova-mente o momento dedicadoà Dermatologia Solidária,dia 11 de setembro, pelamanhã, uma das atividadesmais importantes do Con-g resso. O lugar escolhido foio Parque da Cidade, localonde costumam circ u l a r,aos domingos, cerca de 3 milpessoas. Será uma grandeoportunidade para que aclasse médica presente aoevento oriente os fre q ü e n t a-d o res, por meio de palestrass o b re dermatoses, envelhe-cimento cutâneo, pre v e n ç ã ode doenças como câncer depele, entre outro s . q

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Ao falarmos em corpora-tivismo a primeira idéiaque nos vem à cabeça éa Era Va rgas, quando o

Estado controlava todas as esfe-ras da sociedade. Hoje, algunsgrupos ainda atuam de form acorporativista, mas na ro u p a-gem atual, servem ao re c o n h e c i-mento de segmentos sociais porparte do Estado. O diretor deDefesa Profissional da Asso-ciação Médica Brasileira, Dr.E d u a rdo Vaz, afirma que o queera um mecanismo para legiti-mar a interferência direta doEstado em organismos como ossindicatos é agora entendidocomo um caminho para atuaçãoe defesa dos órgãos re p re s e n t a t i-vos de classe. “As sociedadesmédicas são um bom exemplo.Elas exercem um papel impor-tante frente à sociedade civil”,a f i rma. Para Roberto D´Av i l l a ,c o r regedor do Conselho Federalde Medicina, o Conselho quere p resenta é um órgão corporati-vo que defende a sociedade dosmaus profissionais, “punindo-osquando necessário e emitindon o rmativas para o exercício daboa prática médica”, explica.

A Associação Médica Bra-sileira, o Conselho Federal deMedicina e a Federação Nacionaldos Médicos têm desenvolvidoações conjuntas em várias fre n-tes, com o objetivo de garantirum ambiente de trabalho digno,assim como assistência de quali-dade para os pacientes. Sim-plificando, as corporações ser-vem para proteger os médicos daconcorrência desleal e, aomesmo tempo, buscam melhorqualidade no atendimento da po-pulação. Nesse sentido, brig a mpela implantação da CBHPM,uma hierarquização que além degarantir bom atendimento aousuário dos planos de saúde,t o rnará mais justa a re m u n e r a-ção da classe. Mediante ações,em especial as conjuntas com a

S B DJSBD l Ano IX no 38

F rente Parlamentar de Saúde doC o n g resso Nacional, defendema assistência médica pública eprivada. Brigam, entre outrasquestões, por um ensino médicode melhor qualidade e contra aabertura indiscriminada de cur-sos de medicina.

Toda essa organização e lutapode vir por terra frente ao surg i-mento de diversos novos gruposassociativos, mesmo sem o re c o-nhecimento “oficial”. Na visão doD r. Eduardo Vaz, a concorrência

pode até ser salutar. No entanto,ele se contradiz ao dizer que “ap roliferação de várias associaçõescom uma mesma função dentrode um mesmo Estado levaria àa n a rquia, dificultando a imple-mentação de políticas que garan-tam qualidade da assistência e doambiente de trabalho do médico”.

O Dr. Roberto D´Avilla expli-ca que o CFM e os CRMs sãoó rgãos legalmente constituí-dos, que só podem agir estrita-mente dentro do previsto pelalei de sua criação. Já as asso-ciações são livres, criadas pelodesejo daqueles que têm algoem comum, querem associar-se e podem fazer o que a lei nãop roíbe. “Como os homens sãomovidos pela vaidade e pelop o d e r, é possível o surg i m e n t ode muitas associações com o

mesmo objetivo. Às vezes, bas-ta uma derrota eleitoral paras u rgir uma nova associação.Outras vezes, elas se originamde sentimentos genuínos demelhoria e pro g resso, a partirda inoperância de algumas so-ciedades”, conclui.

Para as sociedades médicasse protegerem de “invasões”, omelhor caminho é a construçãode políticas organizacionais quepermitam a seus associados opleno exercício de direitos e de-v e res, pautado pelo cumpri-mento dos estatutos, cabendo àentidade contribuir para a qualificação dos associados.“Quando a associação médicatrabalha em beneficio do asso-ciado e da sociedade está cum-prindo seu objetivo e, ao mes-mo tempo, se protegendo con-tra as agressões extern a s ” ,finaliza Dr. Eduardo Vaz. q

Ações corporativas:

Eleuses Paiva

Qual o papel da AMB?D r. Eleuses Paiva – Em

linhas gerais, o papel da AMBpode ser resumido na defesa daclasse médica nos campos cien-tífico, ético, social, econômico ecultural, além de contribuir naelaboração de uma política desaúde voltada ao aperf e i ç o a m e n-to do sistema médico assisten-cial do nosso país. As principaisações da AMB têm objetivado umsistema de saúde mais digno,tanto na qualidade da assistên-

E n t re v i s t a

Presidente daAssociaçãoMédica Brasileira

“Como os homens

são movidos pela

vaidade e pelo poder,

é possível o surgimen-

t o de muitas associa-

ções com o mesmo

objetivo”

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Maio / Junho - 2005JSBD l Ano IX no 3 9

Participação nas entidades médicas

As atividades médicasnão se restringem aatender e tratar doen-tes; elas vão muito

além. A classe luta por melhore scondições de trabalho, de re m u-neração, por uma política desaúde pública competente eigualitária. Para realizar essasmetas, uma das formas é oengajamento do médico nas en-tidades re p resentativas. O dire-tor da AMB, Dr. AlexandreSittart, considera essa participa-ção fundamental: “Muito emespecial nos dias de hoje, osmédicos precisam defender seusi n t e resses e direitos, assimcomo os de sua especialidade, eé por isso que deveria haveruma grande atuação dos médi-cos nas entidades, form a n d ouma imensa barreira pro t e t o r apara a classe”.

A maior participação dos der-matologistas também é defendi-da pela diretoria da SBD. Se-gundo o Dr. Celso Sodré, as inú-meras pressões políticas e eco-

defende o Dr. Celso.O Dr. Sittart ressalta que são

poucos os que têm se dedicadoao trabalho político, apontandoa preocupação com a vida pes-soal ou a vaidade como algunsmotivos que levariam ao desin-teresse. “Infelizmente, em meus35 anos de formado, não vi tan-tos ocupados com o papel polí-tico”, observa. Dado que mereceatenção do re p resentante daAMB é o fato de que atualmen-te são 140 faculdades de medi-cina abertas, havendo aindaoutras em processo de abertu-ra. Para ele, não resta dúvidada necessidade de os colegas secandidatarem para auxiliar nadefesa da classe médica.

“A vaidade pessoal e a ganân-cia não nos levarão de form aalguma a um futuro pro m i s s o r ” ,a f i rma o Dr. Sittar, cuja dedica-ção à vida profissional é mode-lar: iniciou sua atividade naAMB, em 1982, por indicação dop rofessor Nelson Proença, e láparticipou praticamente detodos as diretorias até hoje.

E como atuar na SBD? De acordo com o Dr. Celso

Sodré, está determinado noEstatuto da Sociedade quetodos os associados quitespodem votar. Estão aptos paracandidatar-se a cargos de dele-gados regionais, os associadosefetivos quites com suas obriga-ções. Para concorrer aos cargosde presidente e vice-presidente,o associado deve ser efetivo hámais de 10 anos, estar quite eter participado de cargo diretivona SBD ou em uma de suasRegionais. A diretoria eleitaescolhe seus membros, seguin-do as normas do Estatuto.Estarão aptos para as Comis-sões de Ensino, Títulos deEspecialista e Cientifica os por-tadores dos títulos de professo-res titulares, livre-docentes oudoutores. q

cia como na valorização e motiva-ção do profissional médico.

Quais as principais a t iv id ad e sem prol do médico da AMB?

D r. Eleuses Paiva – Sãovárias: a regulamentação dap rofissão médica, através daaprovação da Lei do Ato Médico(PLS 25/02); aprovação doProjeto de Lei 3466, que refe-rencia a Classificação Brasilei-ra Hierarquizada de Pro c e-dimentos Médicos no sistemasuplementar de saúde; a im-plantação da própria CBHPM; aluta contra a abertura de novoscursos de medicina e o plano decarreira, cargos e salários paraos profissionais que trabalhamno Sistema Único de Saúde,inclusive no Programa de Saúdeda Família. Na área de educa-

ção médica, poderíamos citar arevalidação dos Títulos deEspecialista e a participação daentidade na Comissão Nacionalde Residência Médica.

Qual a importância do médicoparticipar de entidades repre-sentativas como a AMB?

Dr. Eleuses Paiva – É devital importância para o fortale-cimento da classe, pois só tere-mos um classe forte e represen-tativa se igualmente tivermosentidades fortes e representati-vas. Por isso, passa a ser muitoimportante que todo o profissio-nal integre suas entidadesre p resentativas, colaborandoassim na luta pela abertura denovos horizontes e perspectivasem prol da sociedade e da clas-se médica brasileira. q

nômicas fizeram com que are p resentação formal, por inter-médio de entidades fortes e legí-timas, se tornasse obrigatóriano destino da classe médica e dapopulação. Para ele, a SBD deveestar re p resentada, via a partici-pação dos associados, no CFM,na AMB e na Fenan.

“É importante defender osi n t e resses da boa Derm a t o l o g i a .Nossa ausência permite que co-legas não dermatologistas, socie-dades de outras especialidadese, mesmo as não re c o n h e c i d a s ,se aventurem em nossa área deatuação. Também há risco deque as instituições acabem deci-dindo por nós, optando pelo queelas consideram melhor ou pior”,

“É importante

defender os

interesses da boa

Dermatologia.

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S B DJSBD l Ano IX no 310

II Simpósio Latino-Americano de AlergiaCutânea

Segue a todo vapora organização do IISimpósio Latino-

Americano de Alerg i aCutânea que será re a l i-zado pela SBD, comapoio da Regional SP,nos dias 14 e 15 de ou-t u b ro na Federação doC o m é rcio, em São Paulo.Supervisionado pela co-o rdenadora do Depar-tamento de Alergia daSBD, Dra. Alice Al-

Prós e contras do uso da flutamidaquando aplicada nos trata-mentos de algumas formas dealopécia e de acne. Com o in-tuito de discutir essas ques-tões, foi iniciada uma série dereuniões com a participaçãodos dire t o res da SBD, Dr.Abdiel Figueira e Dr. CelsoSodré, a secretária do Depar-tamento de Cosmiatria, Dra.Ana Maria Pinheiro, e a con-sultora técnica-médica daAnvisa, Dra. Patrícia Mandalide Figueiredo. O primeiro en-c o n t ro aconteceu no dia 25 demaio, na sede da Sociedade.

O Dr. Celso Sodré consideralouvável a atitude da Anvisa aop rocurar à Sociedade paradebater o uso da flutamidapelas mulheres. “Seus efeitos

terapêuticos são muito bons.Porém, a gravidade da hepato-xicidade que parece ocorre ridiossincraticamente, raramen-te em pacientes, mesmo toman-do as doses usuais, nos leva aalgumas precauções”, afirma.

Ficou a cargo da Dra. AnaMaria Pinheiro elaborar umap roposta de prescrição contro-lada, com consentimentoi n f o rmado. O documento seráa p resentado para apre c i a ç ã oda Agência. “Também pro p o-mos à Dra. Patrícia Figueire d oum projeto de estudo duplo-cego, randomizado e sob rigo-roso controle a ser implemen-tado nos serviços cre d e n c i a-dos que se intere s s a s s e m ” ,a f i rma Dr. Celso. q

Autilização da flutamida foitema de alerta pela AgênciaNacional de Vigilância Sa-

nitária (Anvisa), devido a notifica-ções de letalidades ocasionadaspelo uso da substância. Este fatoreduziu a prescrição off - l a b e lpelos dermatologistas, segundoa f i rmação do tesoure i ro da SBD,D r. Abdiel Lima. “Alguns médicosdesconheciam os seus efeitoscolaterais e, principalmente, osmecanismos de ação da droga, ouainda, usavam indiscriminada-mente sem nenhum pro t o c o l o ” ,a f i rma.

Para o Dr. Abdiel é impor-tante ressaltar os perigos douso indiscriminado da subs-tância, mas também cabe des-tacar os vários benefícios

c h o rne, o evento abordará osprincipais tópicos relacionados àa l e rgia dermatológica. Destina-se também a diferentes especia-lidades, como Alergia, Medicinado Trabalho e Clínica Médica.

De acordo com a Dra. AliceA l c h o rne, as palestras serãop roferidas pelos principais espe-cialistas brasileiros e do exte-r i o r. O simpósio está divididoem quatro módulos: fisiopatoge-nia e bases terapêuticas dasd e rmatoses alérgicas; pruridos,

urticária e angioedema; ecze-mas e farm a c o d e rmias. O even-to terá ainda dois cursos práti-cos sobre teste de contato, queserão realizados na Escola Pau-lista de Medicina (Unifesp) e nasede da Regional São Paulo.

O II Simpósio Latino-Ame-ricano de Alergia Cutânea estáincluído no Programa de Edu-cação Médica Continuada daSBD. Os interessados podemobter informações pelo site daSociedade (www.sbd.org.br).

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Maio / Junho - 2005JSBD l Ano IX no 3 11

CATEGORIA: INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA

1º L U G A R - Melanoma hereditário: prevalência de fatores de risco em um grupo de pacientes no Sul do Brasil.Charles André Carvalho, Roberto Giugliani, Patrícia Ashton-Prolla, Maurício Estrela da Cunha e Lúcio Bako s .Serviços de Genética Médica e de Dermatologia do Hospital de Clínicas de Porto Alegre - UFRSPRÊMIO - 01 (uma) passagem, 01 (uma) hospedagem e 01 (uma) inscrição no Congresso Brasileiro deDermatologia de Brasília

2º L U G A R - Infecções cutâneas e acidentes por animais traumatizantes e venenosos ocorridos em aquários comerciais e domésticos no Brasil: descrição de 18 casos e revisão do tema.Vidal Haddad Jr.Faculdade de Medicina de Botucatu (UNESP) e Hospital Vital Brazil (Instituto Butantan)PRÊMIO - 01 (uma) passagem e 01 (uma) hospedagem no Congresso Brasileiro de Dermatologia de Brasília

CATEGORIA: CASO CLÍNICO

1º LUGAR - Fenômeno de Lúcio na gestaçãoKarin A. Helmer, Isabela Fleischfresser, Luciana D. Kucharski-Esmanhoto, José Fillus Neto, Jesus R.S a n t a m a r í aHospital de Clínicas da Universidade Federal do ParanáPrêmio - 01 (uma) passagem para o Congresso Brasileiro de Dermatologia de Brasília

2º L U G A R - Síndrome dos cabelos anágenos frouxos associada à distrofia macular – descrição de uma famíliaMário Terno Sato, Fabiane Mulinari Brennr, Rodrigo Marzagão, Fábio Sabbag, Gisele Bordignon, JoséFillus Neto, Daura R. Eiras-Stofella, Antônio Franco, Carlos Augusto Moreira Jr.Hospital de Clínicas da Universidade Federal do ParanáPRÊMIO - 01 (uma) passagem para o Congresso Brasileiro de Dermatologia de Brasília

Melhores trabalhos de 2004 dos Anais são premiadoste, o prêmio visa o incentivo àpublicação e tem apoio da dire-toria da Sociedade. A re c o m p e n-sa por trabalho premiado incluipacotes com inscrição, passa-gem e hospedagem para o Con-g resso da SBD.

Os trabalhos de 2004 foramjulgados, segundo Dr. Bern a rd oGontijo, levando em conta aadequação metodológica, re d a-ção, relevância do tema e quali-

No segundo semestre de2004, os editores científi-cos dos Anais Brasileiro s

de Dermatologia, os doutore sB e rn a rdo Gontijo, Silvio Mar-ques e Everton Vale, anuncia-ram através do editorial do volu-me 79, número 3, uma pre m i a-ção para os melhores trabalhosde investigação e caso clínicopublicados na revista científicada SBD. Concedido anualmen-

CursoO editor-

associado dosAnais Brasi-l e i ros de Der-matologia, Dr.Everton S. doVale, e a as-sistente editorial da SBD,Cibele Aviles, participaram do"Curso de Atualização sobreAvaliação do Trabalho Cien-tífico", promovido pela Asso-ciação Brasileira de Editore sCientíficos (ABEC), nos dias11, 12 e 13 de maio, no Labo-ratório Nacional de C o m-putação Científica (LNCC), e mPetrópolis (RJ). No curso, alémdo aprendizado de novos co-nhecimentos, foram tro c a d a sexperiências com os editore sde outras revistas científicas.

dade da documentação. Aindade acordo com ele, o prêmiocontempla o trabalho, e nãoautor principal ou co-autore s .“Cabe aos autores, de comuma c o rdo, decidirem sobre o parti-lhamento do prêmio. A idéia éque a premiação se estenda aostrabalhos dos anos seguintes, enão apenas os publicados em2004”, fala. Conheça os vence-d o re s :

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S B DJSBD l Ano IX no 312

As doenças tropicais até pouco tempoatrás eram pouco estudadas pelosmeios acadêmicos. Hoje, pro p a g a - s e

mais a importância de saber diagnosticá-las,tendo em vista a disseminação das doençasatravés dos infectados que viajam pelomundo afora. A SBD realiza anualmente umcurso voltado para esses temas. Esse ano, oXXVII Curso Internacional de Derm a t o l o g i aTropical e Meio Ambiente será nos dias 11,12, e 13 de agosto, em Maceió (AL). A coord e-nação está a cargo de autoridades no assun-to: os doutores René Garrido Neves, SinésioTalhari e Alberto Cardoso.

- Os temas da mais alta relevância serãotratados por pro f e s s o res de renome, comgrande experiência em Dermatologia Tro p i c a l- afirma o coordenador local, Dr. AlbertoC a rd o s o .

Entre os professores convidados está ovenezuelano Francisco Gonzalez, além demestres brasileiros. Estão incluídos no pro-grama dois cursos práticos: a Dra. ClarisseZaitz abordará o tema “Micologia” e o Dr.P o rfírio J. Soares Filho falará sobre“Histopatologia”. Serão objetos de estudotemas como: “O que há de novo: sífilis, can-croide, linfogranuloma inguinal e dobovano-se”, “Dermatoses causadas por plantas e ani-mais peçonhentos”, “Esporotricose/rinosporo-diase” e “HTLV1”. A participação no curso vaicontar pontos para o Programa de EducaçãoMédica Continuada da SBD. q

Estudo das DoençasTropicais

As inscrições são realizadas através do site daSociedade (www.sbd.org.br). Outras inform a-ções podem ser obtidas com Ailma Godoy, pelotelefone (82) 325.3468.

Garzon MC, Lucky AW,

Hawrot A, Frieden IJ. Ultra-

potent topical corticosteroid

treatment of hemangiomas

of infancy. J Am Acad

Dermatol. 2005; 52:281-6.

Clube de Revista Alberto Cardoso *

Hemagiomas cutâneos superficiais dainfância representam um desafio tera-pêutico. Duas pequenas séries de casos,usando corticoesteróides tópico, ultrapo-tente para hemagiomas perioculare sforam relatados na literatura oftamológi-ca. O uso desse tratamento para hema-giomas da infância, em outros locais docorpo não tinha sido publicado.

Os autores procuraram avaliar os efei-tos clínicos da aplicação por pouco tempode corticoesteróides ultrapotentes (pro-prionato de clobetasol 0,05% em creme)para o tratamento de hemagiomas dainfância.

O protocolo de 34 crianças com hema-giomas proliferantes da infância queforam tratados com corticoesteróidestópicos ultrapotente foram re v i s a d o sretrospectivamente. A resposta ao trata-mento foi baseada em: (1) parada do cres-cimento; (2) redução ou achatamento dalesão; e (3) clareamento da cor da super-fície. As lesões que demonstraram res-posta a dois ou três critérios foram julga-dos como tendo boa resposta; um critérioresposta parcial e nenhuma regressão,sem resposta.

Dos pacientes, 35% tiveram boa res-posta, 38% resposta parcial e 27% nãoresponderam.

Concluíram que 74% dos hemangio-mas das crianças responderam bemou parcialmente ao tratamento comc o r t i o s t e roides tópico ultrapotente.Dos que responderam a maioria re l a-tou a parada do crescimento antes daépoca esperada para idade. A re g re s-são foi mais evidente nos hemangio-mas superficiais mais delgadosdemostrando melhor resultado cosmé-tico que as lesões mais espessas.

* Coordenador médico do Jornal da SBD

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Dermatologia na luta contra as DSTs

Otradicional cinemaOdeon BR, no cen-t ro do Rio de Ja-n e i ro, foi palco de

um encontro raro: cerca de370 pessoas, entre palestran-tes, estudantes e pro f i s s i o n a i sda rede pública e dos serviçosda SBD, participaram do ISimpósio Nacional de DoençasSexualmente Tr a n s m i s s í v e i s ,no dia 11 de junho, que con-tou com o apoio do Ministérioda Saúde. De acordo com oc o o rdenador do Departamentode DST da SBD, Dr. JoãoCarlos Avelleira, o estudo dasdoenças venéreas sempreesteve associado à Derm a-tologia, daí a importância daação. “Fiquei feliz em re a l i z a ro evento em um lugar despoja-do, bonito e confortável, pro p o r-cionando o destaque que o temam e rece. Ao mesmo tempo,atraindo os jovens derm a t o l o g i s-tas. Afinal, as DSTs têm ficado areboque de outras doenças”,a f i rm a .

O Dr. Avelleira tambémacredita que o evento demons-trou a vontade dos dermatolo-gistas participarem do combateaos grandes problemas desaúde nacionais, o que valorizaa especialidade. Para o presi-dente da SBD, Dr. SinésioTalhari, o especialista é “umator importante nos diagnósti-

cos das doenças sexualmentetransmissíveis”. Entre os pales-trantes estavam os represen-tantes do Programa Nacionalde DST/Aids do Ministério daSaúde, Dr. Eduardo C. deOliveira e Dr. Valdir M. Pinto.Como parte da iniciativa, nosdias 9, 10 e 11 de junho umaequipe médica esteve em umatenda montada em frente aocinema para tirar dúvidas edistribuir material educativopara a população carioca.

“A contaminação por HIVpode ser aumentada 18 vezesem pacientes com úlceras geni-

tais”, diz o Dr. Eduardo deOliveira, do Pro g r a m aNacional de DST/Aids. Emrelação aos tratamentos, eleobservou que os pro f i s s i o n a i sdos postos de saúde têm tidoreceio de pre s c rever a penici-lina por causa das re a ç õ e sanafiláticas. Ele considera asubstância eficaz e barata.“Infelizmente não consegui-mos ainda no País umaqueda da morte por sífiliscongênita, uma contradiçãopelo fato de ser uma doençafácil de tratar”, afirma. O Dr.Sinésio Talhari lembro udurante sua palestra quetudo o que ocorre na pelepode acontecer também nosó rgãos genitais. Portanto,

defende atuação de equipesintegradas com derm a t o l o g i s t a se bons patologistas para evitardiagnósticos tardios, o que podelevar o paciente à morte.

“Alguns pacientes rodam nasmãos de médicos, conheçocasos em que passaram atéq u a t ro anos sem diagnósticos.A importância da derm a t o l o g i aé enorme nas DSTS e nas mani-festações cutâneas”, afirma. Eletambém aconselha que os espe-cialistas solicitem testes de HIVs e m p re que notarem úlceras oumoluscos, mesmo pequenos, napele dos pacientes. q

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S B DJSBD l Ano IX no 314

ASociedade Brasileira deD e rmatologia enviou para aComissão Nacional de Acre-

ditação um documento com diver-sas sugestões re f e rentes à Con-sulta Pública sobre as normas derevalidação do Título de Especia-lista, proposta pela AssociaçãoMédica Brasileira. O relatório foielaborado pelos coord e n a d o res daEducação Médica em Derm a-tologia da SBD, os doutores PauloMachado e Iphis Campbell.

De acordo com a nova re g u-lamentação da AMB, os médicosdeverão passar pelo processo derevalidação a cada cinco anos;para isso, necessitam obter apontuação participando de a-tualizações científicas. Está pre-visto que a partir de janeiro de2006 começarão as atividadesde acumulação de créditos.

A Comissão Nacional deAcreditação já iniciou o traba-lho de avaliação de todo o mate-rial que recebeu durante a con-sulta pública. As normas de-vem ser consolidadas no próxi-mo encontro, na sede da AMB.Em seguida, serão encaminha-das à plenária do CFM, que iráregulamentá-las em forma deresolução. O Jornal da SBDe n t revistou o Dr. Paulo Ma-chado. Leia a seguir:

JSBD - Quais os pontos dap roposta da SBD enviadapara a Comissão Nacionalde Acreditação?

D r. Paulo Machado - Nossap roposta aborda inicialmentediversas sugestões no sentidode descentralizar o que foi pro-posto na regulamentação daComissão Nacional de Acre-ditação. Lembramos que somosuma sociedade pioneira naimplantação do programa deEMC-D, portanto nossa experiên-cia é importante. Identificamosdiversos pontos no projeto deregulamentação que necessitamde re p a ros. Por exemplo, pelap roposta da CNA/AMB basta àp resença anual dos médicos emc o n g ressos nacionais da especia-lidade, durante cinco anos, paracompletar a pontuação necessá-ria à revalidação. A nossa re c o-nhece a importância dos congre s-sos brasileiros, porém quer tam-bém que as várias atividades daEMC sejam valorizadas. Final-mente, sugerimos alguns meca-nismos que facilitem o papel daCNA quanto a acreditação dosmédicos das diversas especialida-des. O projeto prevê que todos osmédicos encaminhem à CNAx e rox ou comprovantes de suas

participações para pontuação.Consideramos que isso implicaem burocracia e dificuldades adi-cionais para os associados.Sugerimos que este processo sejarealizado por cada sociedade queentão encaminha a CNA a pon-tuação de cada associado.

JSBD - Qual a sua opiniãosobre revalidação do Título?

D r. Paulo Machado - Acre-ditamos que a revalidação doTítulo é altamente positiva e cer-tamente terá re p e rcussão muitogrande na prática médica, aovalorizar o profissional que in-veste em reciclagem e conheci-mento, beneficiando dire t a m e n-te os nossos pacientes.

JSBD - O programa da SBD seráadequado às novas norm a s ?

Dr. Paulo Machado - A prin-cipal mudança será em relaçãoao Regimento da EMC-D daSBD, que terá que se adequaràs novas normas. q

Revalidação do Título de Especialista

Pagamento da Taxa:Valor: R$150,00

(cento e cinqüenta reais)Banco: Banco do Brasil

Agência: 0435-9Conta Corrente: 33937-7

C o m p rovante de pagamento:Enviar por fax para o

telefone (21) 2253-6747,ramais 208 e 206.

Ou para o endereço Av. Rio Branco, 39 - 18º -Centro - CEP 20090-003

Rio de Janeiro – RJ.

Aprovados no Título de Especialista da SBD Dos 398 candidatos que fize-

ram a prova de Título de Es-pecialista da Sociedade Bra-sileira de Dermatologia, 223 fo-ram aprovados. Os três primei-ros colocados são: ClarissaBacha Berti, da Santa Casa deM i s e r i c ó rdia de Porto Alegre ;Julio César Gomes Silveira, doHospital Universitário AntonioPedro da Universidade FederalFluminense; e Rodrigo PortilhoSilva Magalhães, da Faculdadede Medicina da Universidade

Federal de Minas Gerais. Para solicitar o Título de Espe-

cialista, emitido pela AssociaçãoMédica Brasileira (AMB), os espe-cialistas devem pagar uma taxa àAMB, efetuando o depósito novalor de R$150,00 (cento e cin-qüenta reais) na conta da Socie-dade Brasileira de Dermatologia, eencaminhar o recibo com o nomecompleto para a Sociedade por faxou pelo correio. O prazo para ae n t rega do Título varia entre três eq u a t ro meses.

Doutores Paulo Machado e Iphis Campbell

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Maio / Junho - 2005JSBD l Ano IX no 3 15

Certa vez, tive queescrever uma repor-tagem sobre umavirose que ameaçava

se tornar uma epidemia.Ainda iniciando no jornalismomédico e científico, procureium dos melhores especialistasno assunto, um virologista daUFRJ. Mal entrei na sala doprofessor, ele inverteu nossospapéis e passei a ser o entre-vistado. Antes que eu pudessefazer as primeiras anotações,o pesquisador me perguntou adiferença entre vírus e bacté-rias. Depois da minha respos-ta, pouco satisfatória, tive nahora uma aula de biologia. Apartir daí, pude assumir omeu papel de repórter.

Esse episódio mostra oquanto a relação entre jorn a l i s-tas e médicos é delicada,porém, imprescindível com osavanços na medicina e umpúblico leigo cada vez maisi n t e ressado em ciências.Portanto, para essa relação darcerto é preciso ética, confiançamútua e paciência entre osdois. Paciência por parte dosmédicos e dos cientistas, quemuitas vezes não têm tempopara explicar com clareza umadoença, um diagnóstico ou umtratamento. E esse tempo pare-ce mais curto quando o re p ó r-ter não é especializado na áre a ,o que acontece com a maioriados jornalistas.

Mas é preciso paciênciatambém por parte do repórter,pois nem sempre seu entrevis-tado tem todas as respostasou sabe tudo sobre o assunto.Até porque, em muitos casos,a medicina é a arte de entretera doença. E para complicarainda mais a relação médico-jornalista, há o prazo para a

entrega das reportagens. Issoaumenta o risco de erros deinformação ou de uma respos-ta ser mal compreendida.

Daí a importância de osdois estarem preparados paraa entrevista. O repórter fazen-do uma pesquisa prévia sobreo entrevistado e o tema queserá abordado. Já o médicodeve estar pronto para expli-car tudo de forma didática e,se possível, ilustrando a con-versa com gráficos, pesquisase fotos. Aliás, material queserá muito útil na hora de orepórter preparar o texto final.

Apesar de a maioria dos jor-nalistas fugirem de matemáti-ca e estatística, eles adoramn ú m e ros. Os editores, aquelesque dão o trato final à re p o r t a-gem, gostam mais ainda decomparações numéricas edados de pesquisas. Portanto,estudos recentes, com núme-ros confiáveis sobre uma doen-ça, sua evolução, casos re g i s-trados, resultados de pesqui-sas etc, são dados pre c i o s o s .

Por isso jornalistas tendem ap referir como fontes aquelesmédicos ou pesquisadore satualizados nos assuntos dassuas áreas.

Se por um lado o jorn a l i s t agosta de números, apreciamuito mais boas histórias. Sed e n t ro dos limites éticos o médi-co puder indicar bons persona-gens para ilustrar a re p o r t a g e m ,ele terá ainda mais crédito como re p ó r t e r. E ética é fundamen-tal nessa relação. O médicojamais deve usar o re p ó r t e rpara fazer autopropaganda oudivulgar tratamentos “milagro-sos” ou técnicas ainda nãoa p rovadas. Mas também o jor-nalista deve ter o cuidado de fil-trar as informações, apurandocom as associações ou socieda-des médicas o que vale ou não.

É claro que se o médicosentir que o repórter está inse-g u ro com relação ao temaabordado, pode e deve se colo-car à disposição para ler otexto final, por e-mail, fax etc.O médico, porém, não deveinterferir ou conduzir a entre-vista. Mesmo assim, se houvere r ro na publicação poderáenviar uma carta de retifica-ção. O ideal é que o jornalistatambém opte pela leitura finaldo especialista, pois temastécnicos muitas vezes ganhamum outro sentido quando éfeita a “tradução” para o pú-blico leigo. E, neste caso, épreciso corrigir.

O mais importante é que oleitor receba a inform a ç ã oexata. Conflitos de inform a ç ã oe de opinião fazem parte dodia-a-dia dos jornalistas. Oque deve ficar claro para omédico e o jornalista é que oúnico beneficiado com a re p o r-tagem tem que ser o leitor.

* Antônio Marinho

A delicada relação médicos x jornalistas

* Repórter do Jornal O Globo

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S B DJSBD l Ano IX no 316

a hemangiomas viscerais. Émuito importante o diagnósticod i f e rencial desses hemangiomascom outras malformações vas-c u l a res, tumores vasculares eo u t ros tumores (teratoma, neu-roblastoma, lipoblastoma eetc...). Um conceito recente é aassociação de grandes heman-giomas com hipotireoidismo. De-ve-se se pedir exames para ava-liação de função tireoidiana emtodas as crianças com heman-giomas de grandes dimensões.

Hemangioma visceral podeestar associado a poucas lesõesde pele, muitas lesões de pele, àangiomatose difusa neonatal e àhemangiomas gigantes. Os doistipos mais comuns de heman-gioma visceral são o hepático e osubglótico. Nos grandes heman-giomas e na suspeita de heman-gioma visceral deve-se fazerexame físico cuidadoso, princi-palmente card i o v a s c u l a r, re s p i-ratório e hepatoesplenico. La-boratorialmente devem-se pedir,em todos os casos, ultrassono-grafia, ressonância magnética,hemograma com difere n c i a lpara plaquetas e provas de fun-ção tire o i d i a n a .

Ulceração - é sinal de involu-ção do hemangioma. Na grandemaioria dos casos o hemangiomaulcerado só requer cuidadoslocais, prevenção e tratamento dainfecção secundária (quando hou-ver). Só necessitam de intervençãoos hemangiomas ulcerados emgrande extensão e os de localiza-ção labial e anogenital, que geral-mente apresentam dor, sangra-mento, maior probabilidade deinfecção e de deform i d a d e s . *

baseados nos seguintes aspectos: Localização – atenção espe-

cial deve ser dada aos heman-giomas de localização:

periocular - leva à obstruçãovisual, deformidade da córn e a ,e r ro de refração, ambliopia (46%dos casos); nasal - (conhecidocomo nariz de Cyrano), pode levarà distorção dos ossos do nariz;labial - geralmente evolui comulceração e infecção, possibilitan-do a formação de cicatrizes quepoderão interferir na alimentaçãoe causar deformidades estéticas;cervico-facial grande - requer cui-dados e preocupações especiais,pois pode interferir com as fun-ções vitais. Hemangioma naregião cervico-facial com configu-ração em forma de barba (“beardhemangioma”) tem alta corre l a-ção com hemangioma sub-glóti-co, sendo sintomático em 63%dos casos (estridor pro g ressivo jácom seis a12 semanas de vida);pode também estar relacionado àvasculopatia do SNC. Além disso,pode significar Síndrome PHA-CES (Malformação da fossa pos-t e r i o r, hemangioma, anomaliaarterial, coarctação da aorta, alte-rações oculares, anorm a l i d a d e se s t e rnais); anogenital - geralmen-te ulcera e infecta, ocasionandodor para urinar e defecar; daregião lombosacra - pode estarassociado à malformação geni-tourinária (ânus imperfurado, fís-tulas, anormalidade renal) e mal-f o rmação de medula e - na re g i ã omamária pode ulcerar e/ou inter-ferir com o desenvolvimento nor-mal da mama. Mesmo após ainvolução deixam massas re s i-duais significativas, necessitandoc o r reção cirúrgica.

Tamanho - os hemangiomasde grandes dimensões são pre o-cupantes, pois além de defor-mantes podem interferir com asfunções vitais e estar associados

Hemangiomas – Quando intervir?

P o r Silmara C. P. CestariO diagnóstico correto é fun-

damental na conduta a sertomada e deve ser baseado fun-damentalmente no exame clíni-co acompanhado de investiga-ção quando necessário. É im-prescindível o diagnóstico dife-rencial entre: malform a ç õ e svasculares e hemangiomas; he-mangiomas infantis (tambémdenominados hemangiomas ca-pilares) e hemangiomas congê-nitos (RICH -rapidly involutingcongenital hemangioma e NICH- non-involuting congenitalhemangioma) e hemangiomas eoutros tumores - Hemangiomaslocalizados no segmento cefáli-co devem ser diferenciados deencefalocele, fibrohialinose eglioma, entre outros. Heman-giomas parotídeos podem serconfundidos com blastomas ehemangiopericitoma.

A importância da investiga-ção e certeza diagnóstica noscasos suspeitos de hemangiomaou malformação vascular está,principalmente, no difere n c i a lcom lesões malignas, quemetastatizam e levam ao óbitocrianças com conduta expec-tantes em lesões erro n e a m e n t ediagnosticadas como hemangio-mas. Após a certeza diagnósti-ca, três características princi-pais devem ser observadasquando se examina um heman-gioma: a localização, o tamanhoe a presença de ulceração.

A maioria dos hemangiomas(85%) não necessita tratamento.

Hemangiomas pequenos, loca-lizados longe dos orifícios naturaisgeralmente não apresentam com-plicações e não necessitam de tra-tamento, regridem espontanea-mente entre 2 e 10 anos e a melhorconduta é esperar que isso ocorra.Devemos intervir em apro x i m a d a-mente 15% dos hemangiomas,

A seção Em Pauta, coordenada pela Dra. Francisca Regina Carneiro, coloca emdiscussão um tema da d e rmatologia para a opinião de especialistas.

*Devido à extensão, tivemos quecortar as partes do texto que abordam:modalidades terapêuticas, outras con-dutas e tratamentos cirúrgicos. Leia aíntegra disponível no site da SBD(www.sbd.org.br).

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O tamanho da responsabili-dade moral se expande com osavanços da ciência e da tecno-logia médicas. Do mesmo mo-do, os conceitos de responsabi-lidade ética sofreram modifica-ções com a evolução humana,porém é certo que esta respon-sabilidade é intransferível epersonalíssima: o médico é au-tor único de seus próprios atos,não dividindo com terc e i ro s ,nem transferindo para eles aresponsabilidade.

A dermatologia está incluídadentro deste contexto: o desen-volvimento de novas técnicas etratamentos impõem ao derma-tologista, cada vez mais desa-

* José Roberto P. Pegas

Unidos por uma gestão pro f í c u aestá a implementação de ativi-dades que estejam relacionadasàs áreas em que os dermatolo-gistas vêm atuando mais inten-samente - como clínica, pesqui-sa, cirurgia e cosmética - e oresgate da importância do espe-cialista em doenças como han-seníase, DSTs e leishmaniose.

Além disso, a diretoria pre-tende realizar um censo quereunirá as informações neces-sárias para a realização de pro-jetos voltados para as princi-pais doenças derm a t o l ó g i c a s .“Assim podemos pleitear, juntoaos órgãos competentes, medi-cações específicas, como imu-n o s s u p re s s o res e antimicóti-cos, para os pacientes emambulatórios públicos. To d a sessas atividades têm por finali-dade mostrar à populaçãoquem somos e o que fazemos.Ao nosso ver, isso significa valo-rizar a dermatologia”, comple-tou o presidente.

Feriadão de intenso traba-lho. Assim os membros dad i retoria encerraram o do-

mingo, 24 de abril, no encontrorealizado em São Paulo com osp residentes das regionais da So-ciedade Brasileira de Der-matologia. O objetivo da re u n i ã ofoi mobilizar os re p re s e n t a n t e sda SBD para as propostas doplano de gestão, elaborado emconjunto com os coord e n a d o re sdos departamentos especializa-dos. As ações institucionaisi n t e rnas e externas da Sociedadeforam apresentadas pelos re s-ponsáveis pelos programas insti-tucionais, tesouraria e secre t a r i a .

“Sem a participação efetivados presidentes de regionais, éimpossível conseguirmos atin-gir as metas do plano de ges-tão”, disse o Dr. Sinésio Talhari,p residente da SBD. Segundoele, o plano foi elaborado paracontemplar os anseios do asso-ciados. Dentre os objetivos,

Departamentos

Cosmiatria derm a t o l ó g i c aO Chefe do Departamento de

Cosmiatria, Dr. Jayme de Oli-veira Filho, desenvolveu umapesquisa para conhecer os prin-cipais procedimentos cosmiátri-cos feitos pelos derm a t o l o g i s t a sem seus pacientes. O ques-tionário será enviado por e-mailpara todos os associados. Como resultado a SBD poderá criarum banco de dados, muito útiltambém para a divulgação daespecialidade na mídia.

- Peço a todos que see s f o rcem respondendo o ques-tionário, pois a partir dele tam-bém poderemos conhecer os ver-d a d e i ros anseios dos colegas emrelação a diversos subtemas. Aidéia é reforçar junto à opiniãopública que o especialista maisindicado para orientações cos-miátricas é o dermatologista -explica Dr. Jayme Filho. Elesolicita que todos os colegasi n t e ressados em colaborar comsugestões para o Departamento,que contribuam através do e-mail [email protected].

HanseníaseA coordenadora do Depar-

tamento de Hanseníase, Dra.Maria Leide de Oliveira, atravésda campanha apoiada pelaSBD, avança na luta contra ahanseníase. No dia 7 de maio,418 pessoas foram atendidasno município de Aparecida, naregião metropolitana de Goiâ-nia. Foram detectados 17 novoscasos. Os pacientes começaramo tratamento no mesmo dia.Além de dermatologistas atu-antes na própria Secre t a r i aMunicipal de Saúde, partici-param também residentes doHospital das Clínicas da Uni-versidade Federal de Goiânia.No estado, ainda estão agen-dadas campanhas nos municí-pios de Senador Trindade, em20 de junho e Lusiânia, nos dia15 e 16 de julho. As próximasações serão nos estados do Riode Janeiro, na Amazônia e noEspírito Santo.

Ética em questão

fios. É chegada a hora de nosunirmos em torno do tema eregulamentar os preceitos éti-cos que afetam diretamente anossa classe.

Por esse motivo, em bre v e ,e s t a remos elaborando o nosso“Manual de Defesa Pro f i s s i o n a l ”que terá um papel fundamentalnos atos dermatológicos futuro s .Serão abordados temas como o“ E r ro médico”, “Relação médico-paciente”, “Responsabilidadecivil e penal”, “Documentaçãomédica”, “Relacionamento com amídia” e etc. q

ResponsabilidadeMédica e o Manual de

Defesa Profissional

* Comissão de Ética e DefesaProfissional

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S B DJSBD l Ano IX no 218

Regionais

GoiásHospital Universitário Prof. Alberto Antunes/UfalOs membros do serviço da Ufal, doutores Martha Débora

L. Tenório, Claudia J. T. Mendes, Fernando Soares, ThiagoAntonio B. Pinto e o Professor Alberto Cardoso, obtiveram op r i m e i ro lugar na sessão mini-casos do evento Abril pra Pele,que aconteceu em Caruaru, Pernambuco. O trabalho“ E r i t ro q u e r a t o d e rmia variabilis de Mendes da Costa”, umrelato de sete casos familiares, concorreu com trabalhos ded e rmatologistas de várias cidades do Nord e s t e .

Hospital do IaserjSegundo informação do chefe do serviço, Dr. Sérg i o

Quinete, as quatro residentes do hospital inscritas na pro v ado TED da SBD foram aprovadas. São elas as doutoras AnaCristina Heluy Dantas, Heloisa Costa Carvalho, JuceleXavier Bettin e Luciane Guedes Junger. “Esse é um motivode satisfação e orgulho para toda a equipe”, afirma.

Centro de Ciências da Saúde da UniversidadeEstadual de Londrina

O Centro abrigará o Curso de Dermatologia Pediátrica, nodia 25 de junho, das 14h às 18h30, nas dependências daAssociação Médica de Londrina. De acordo com o Prof. Dr.Lorivaldo Minelli, chefe do serviço, o evento é patro c i n a d opela Seção do Paraná da SBD e desenvolverá a seguinte pro-gramação: a Dra. Nádia De Almeida abordará o temaZ o o d e rmatoses, Acne na Infância e Eczema Atópico (Clínicae fisiopatologia); o Dr. Alessandro Vieira, Condutas Práticasnos Hemangiomas da Infância; Dr. Marcelo Marcondes doPrado, Diferenciação dos Eczemas na Infância; Dr. Mauro F.Mendes, Dermatoses Comuns na Infância: como eu trato;Dra. Heloísa S. Delfino, Urticárias na Infância e a Dra.M a rcia Gon, Terapia de Grupo em Crianças comD e rmatoses Crônicas.

Serviço Universitário de Taubaté A próxima atividade do Serviço Universitário de Ta u b a t é ,

chefiado pelo Dr. Samuel Mandelbaum, será a “Jorn a d aD e rmatológica da Unitau”, no dia 25 de junho, a partir das8h30, no Hospital Universitário de Taubaté. Serão apre s e n t a-dos casos clínicos, ao vivo, com comentários do professor SilvioAlencar Marques, que também ministrará palestra. Os inter-essados em informações podem telefonar para (12) 3625-7533.

Hospital Heliópolis de São PauloO tema “Cuidados com o Idoso” será visto na semana de

29 de setembro a 1o de outubro, durante o ciclo anual depalestras das especialidades do Hospital Heliópolis de SãoPaulo. Segundo o chefe do serviço de dermatologia, Dr.Jacob Levites, a programação faz parte do Programa deResidência Médica da Comissão de Ensino do MEC. “Nossaapresentação será no dia 27, junto com o pessoal dareumatologia e ginecologia”, informa o Dr. Levites.

Serviços Credenciados

A XXXVIII Jornada de Dermatologia, aconteceudia 6 de maio, em Goiânia, abordando diversostemas. Segundo a presidente, Dra. Simone de

Paula e Silva, o evento teve bastante êxito. Na foto estão os doutores Regia Patriota,

A l e x a n d re Filippo, Maria Leide Oliveira, Simone de Paula e Silva, e a Dra. Ilma Mondanez.

A VII Radeco foi realizada nos dias 21,22 e 23 de abril, em Mato Grosso, coor-denada pela Dra. Débora Omond, pre s i-dente da Regional, que comenta não tersido simples montar um evento desseporte em local tão afastado dos grandesc e n t ros. Segundo ela, o que ouviu de boaparte dos 140 participantes foi o comen-tário de que a Radeco tomou a pro p o r ç ã ode um mini-congre s s o .

Alguns destaques da parte científicado evento foram: a palestra “Psoríase-terapia com agentes biológicos”, min-istrada pela Dra. Elizabeth Batista; ostemas de cosmiatria, coordenados peloDr. Jayme Filho, e ainda o workshops o b re dermatoscopia conduzido pelaDra. Rosilda. “Estamos muito satis-feitos, apesar do pouco tempo de ante-cedência para montar o evento, cercade três meses; conseguimos realizá-lode forma a agradar praticamente todosos participantes, tanto com relação àprogramação científica como ao lazer”,finaliza a Dra. Débora.

Mato Grosso

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Março / Abril - 2005JSBD l Ano IX no 2 19

A Regional São Paulo for-mulou uma aula sobre pre v e n-ção ao câncer da pele intitula-da: “O sol e a sua pele”, queserá enviada a todos os asso-ciados. O conteúdo foi desen-volvido pelo coordenador daCampanha do Câncer de Peleem São Paulo, Dr. Marc u sMaia, com a colaboração doD r. Hamilton Stolf. O materialengloba considerações impor-tantes sobre radiação ultravio-leta e seus efeitos, pro t e ç ã osolar (prevenção primária) ediagnóstico precoce (pre v e n ç ã osecundária).

A Campanha de Valorização do Derm a t o l o g i s t a(CVD), organizada pela Regional Rio de Janeiro, acon-teceu durante os meses de abril e maio, com grandeapoio dos dermatologistas cariocas. Foi feito um clipe,com a participação de várias personalidades, comoLuiza Brunet e a atriz Juliana Paes, para ser apre s e n-tado nas reuniões mensais e na Jornada Sudeste deD e rmatologia, que aconteceu em Búzios.

Segundo o presidente, Dr. Omar Lupi, a regional também promoveu aSemana da Acne, evento que coroou a CVD, realizada com o apoio de todosos serviços credenciados pela SBD no Rio de Janeiro. O atendimento foigratuito e previamente agendado com a participação de apro x i m a d a m e n-te 850 pacientes. Também aconteceram fóruns de discussão para a popu-lação em quatro hospitais: Santa Casa, Lagoa, Policlínica e UNIRIO.

A Regional do Rio Grandedo Norte tem nova diretoria,integrada, sob a presidênciada Dra. Ládia Betânia C . Fer-nandes, por Andréa Bezerra(vice-presidente), a Dra. Vir-gínia Cabral (secretária) eMaria do Carmo Queiro z(tesoureira). De acordo com aDra. Ládia Fernandes, a pri-meira ação da diretoria foielaborar um calendário deatividades para 2005. “Emmarço, tivemos um jantar deconfraternização para oficiali-zar a posse da nova diretoria,após a palestra ministradapelo Dr Pedro Trindade”, rela-ta. Outro evento aconteceuem abril, quando o Dr GeorgeD. de Azevedo, doutor emre p rodução humana, abor-dou o tema “Síndrome dosOvários Policísticos eResistência Insulínica”. “Oassunto é de grande interessepara nossa especialidade egerou uma discussão provei-tosa”, observa a Dra. LádiaFeranades.

Rio G. do Norte

Bahia São Paulo

O “II Encontro deTerapêutica Derm a-tológica”, que ocorreuno dia 16 de abril, foisucesso absoluto: salasempre lotada, com to-dos atentos até a últi-ma palestra. Partici-param os doutores Cyro Festa Neto, Omar Lupi, Alexandre Filippo,Neide Ferraz, Jussamara Brito, Paulo Machado, Ivonise Follador,Vitória Rego, o alergologista Dr. Manoel Medeiros e o infectologistaDr. José Ricardo.

Segundo a presidente da Regional, Dra. Ana Cristina Guerra, nodia 14 de maio aconteceu o “Simpósio da Mulher”. Durante o even-to, ainda foi prestada homenagem às sete novas portadoras doTítulo de Especialista da SBD, representadas pelas quatro quepuderam comparecer (foto): as doutoras Isabella de A. Martins, AnaLísia C. Nascimento, Milena S. Miranda e Angélica C. Pessanha. Asoutras médicas são Andréa B. Carneiro, Maria Elisa A. Rosa eÂngela Paula Lobato.

Rio de Janeiro

Rio Grande do Sul

O Dr. Sérgio Dornelles, presidente da Regional Rio Grande do Sul, engajou-se nacampanha de valorização do dermatologista. A Regional veiculou anúncios em

j o rnais, rádios e outdoors no Estado.

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S B DJSBD l Ano VIII n o 120 JSBD l Ano IX no 220

JSBD - Diga, por favor, emquais aspectos a Derm a t o-logia avança no país?

M á rcio Lobo Jard i m -Avança muito, principalmentena área da cirurgia dermatoló-gica que começou tímida e teveum crescimento extraordinário,com o uso de ferramentas comocriocirurgia, cirurgia de radio-freqüência e, mais moderna-mente, os lasers.

JSBD - Que lição o derma-tologista deve saber?

M á rcio Lobo Jard i m -

Procuro mostrar para os jovensdermatologistas que as especia-lidades médicas são integradas,uma depende da outra. A pele éum palco onde surgem váriasmanifestações próprias delas,ainda expressões das alteraçõesinternas, viscerais.

JSBD – O que acha da cam-panha de valorização do der-matologista promovida pelaSBD?

Márcio Lobo Jardim - Todaação que visa à valorização dodermatologista deve ser muito

bem-vinda. Principalmentequando é uma iniciativa daSBD, o órgão máximo e legítimoda especialidade.

JSBD - O que gosta de fazernos tempos livres?

Márcio Lobo Jardim - Gostode ouvir música, seja MPB ouclássica. Tenho uma casa decampo e passo os fins de sema-na lá. Além disso, moro emfrente ao mar. Adoro ficar emfrente, sentir a brisa, ouvir obarulho do mar. Ele é meugrande companheiro. q

O professor Márcio LoboJ a rdim colhe os louros da suabrilhante carreira re c e b e n d odiversos tributos. Ele é o“Homenageado Especial” do 60ºC o n g resso da SBD que aconteceráem setembro. Recentemente,recebeu o “Título de CidadãoP e rnambucano” da Assembléia Legislativado Estado. O professor participou da elabo-ração de inúmeros livros s o b re a especiali-dade no Brasil e no exterior. Uma dasm a i o res autoridades do país em DoençasSexualmente Transmissíveis, torn o u - s eespecialista em donovanose, designandouma classificação clínica própria para adoença. Ele difundiu seus conhecimentosatravés de palestras em todas as capitaisbrasileiras, nos Estados Unidos, Colômbia,

A rgentina, Chile, Peru e Quênia.Em 1990, foi indicado peloMinistério da Saúde para coor-denar a pesquisa e o ensino de DSTem todos os estados do Norte eN o rdeste. Na Universidade Federalde Pernambuco, fundou os únicoscursos de mestrado e doutorado da

região. Em 1956, foi admitido na UFPE, 48horas depois de formado, onde galgou todasas etapas da carreira. Ocupou vários carg o sna SBD, sendo por três vezes presidente daRegional Pernambuco. Em 1983, foi pre s i-dente da Nacional, quando fundou a Jorn a d aN o r t e - N o rdeste junto com os Dr. AlbertoC a rdoso (AL) e Antonio Brito (PB). Alémdisso, em 1992, presidiu a União Brasileiracontra as Doenças Ve n é reas. Leia a entre-vista a seguir:

E x p ressões da Dermatologia P rof. Márcio Lobo Jardim