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Jornal da SBD - Nº 3 Maio / Junho 2004

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Page 1: Jornal da SBD - Nº 3 Maio / Junho 2004
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Maio / Junho - 2004JSBD l Ano VIII no 3 1

DIRETORIA 2003 - 2004

PresidenteMárcio Santos Rutowitsch (RJ)

Vice-PresidenteSérgio Talarico Filho (SP)

Secretário-GeralJosé Ramon Varela Blanco (RJ)

TesoureiroCelso Tavares Sodré (RJ)

1o SecretárioSamuel Henrique Mandelbaum (SP)

2a SecretáriaLúcia Helena F. Arruda (SP)Diretora de Biblioteca

Ivonise Follador (BA)

Diretor Geral e OperacionalMarco Antônio S. Abreu Rocha

Sociedade Brasileirade Dermatologia

Afiliada à Associação Médica Brasileira

Esta é uma publicação da SociedadeBrasileira de Dermatologia, dirigida

aos seus associados e órgãos deimprensa.

Publicação bimestral - Ano VIII – nº 3 Maio / Junho - 2004

Coordenador Médico: Jackson Machado-Pinto (MG)Jornalista responsável: Tatiana Gentil- Reg. no 2 2 . 3 7 5Redação: Tatiana Gentil e Andréa Fantoni Conselho editorial: Márcio Santos Rutowitsch (RJ),Sérgio Talarico Filho (SP), José Ramon Varela Blanco (RJ),Celso Tavares Sodré (RJ), Samuel Henrique Mandelbaum(SP), Lúcia Helena F. Arruda (SP), Ivonise Follador (BA)

Editoração eletrônica: Nazareno Nogueira de Souza e Tatiana GentilContatos Publicitários: Marco Antônio S. Abreu Rochae Tatiana Gentil

A equipe editorial do Jornal da SBD e a Sociedade Brasi-leira de Dermatologia não garantem nem endossam osp rodutos ou serviços anunciados, sendo as pro p a g a n d a sde responsabilidade única e exclusiva dos anunciantes. As matérias e textos assinados são de inteira re s p o n s a b i l i-dade de seus autore s .

Correspondência para a redação do Jornal da SBDAv. Rio Branco, 39/18º andar Rio de Janeiro – RJ - CEP: 20090-003E-mail: [email protected]

Assinatura anual: R$ 100,00Número avulso: R$ 20,00Tiragem: 5000 exemplares

S B D

2 4Calendário4Cartas

3 4Coluna da Diretoria4Coluna da Tesouraria

4 4Painel4Coluna Ombudswoman

5 4Simpósio Internacional de Dermatite de Contato

6 4I Curso de Cosmiatria da SBD

7 4Oferta de Produtos Dermatológicos

8 4Artigo sobre EMC-D: Dr. Silvio M a rques e Dr. Bern a rdo Gontijo

9 4Entrevista com o presidente do CFM: Edson Andrade

10 4Novidades no site da SBDCurso de Atualização em Psoríase

11 4Título de Especialista da SBD4Revalidação do Título de

Especialista pela AMB

12 4Curso de Dermatologia Tropical e Meio Ambiente

13 4Dr. Paulo R. L. Machado fala sobre Leishimaniose

14 4Clube de Revistas

15 4F o rmação de Distritos Regionais4Médicos proibidos de ensinar a

o u t ros pro f i s s i o n a i s

16 4Coluna Departamentos

17 4Coluna Serviços Credenciados

18 4Regionais

20 4Expressões da Dermatologia: Dr. Luiz Henrique Paschoal

S u m á r i o

Caros colegas,

Apresentamos mais uma edição do Jornal da SBD. Neste número,demos destaque aos eventos realizados pela Sociedade Brasileirade Dermatologia. É com grande satisfação que acompanhamos a

evolução das atividades dos departamentos especializados: no ano pas-sado, com a produção de folders para nossos pacientes e, neste ano, coma realização de eventos relacionados à sua área de atuação. Já tivemosum Simpósio Internacional de Dermatite de Contato, em São Paulo. Atéo fim do ano, outros dois cursos serão realizados: um sobre Cosmiatria,o outro sobre Cabelos e Unhas. Além dos eventos dos departamentosespecializados, gostaria de chamar a atenção para a próxima edição doCurso de Dermatopatologia Tropical e Meio Ambiente, que será realiza-do no Rio de Janeiro. É uma boa oportunidade para fazer uma atualiza-ção em doenças tropicais, tão esquecidas nesses tempos em que osganhos com a estética fazem com que nos esqueçamos de nos atualizarnaquelas doenças que afligem grande parte da população brasileiracarente de recursos.

Para encerrar, esta edição traz ainda a entrevista com o Dr. EdsonAndrade, presidente do Conselho Federal de Medicina. A entrevista foirealizada dias após a reunião entre ele e a comissão da SBD, conformenoticiamos no último número. No entanto, as respostas do presidente doCFM sobre a defesa da nossa especialidade e da nossa instituição deixa-ram a desejar, conforme vocês poderão ler. Resta saber se as ações doConselho Federal serão mais efetivas.

Tenham uma boa leitura!Jackson Machado-Pinto

E d i t o r i a lE X P E D I E N T E

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S B DJSBD l Ano VIII no 32

0 5 S e g u n d a - f e i r a E n c o n t ro Ação Magistral - Amrigs - Reg. RS1 0 S á b a d o Reunião Mensal - Anfiteatro Arg e m i ro de Oliveira no HUAP - Reg. Flum.15 a 17 Quinta a sábado Curso de Cosmiatria - Hospital Sírio Libanês - SP1 7 S á b a d o Workshop de Peeling - Reg. Flum1 7 S á b a d o J o rnada HC de Porto Alegre - Reg. RS1 7 S á b a d o 18º Congresso dos Ex-Alunos do Prof. Azulay R J23 e 24 Sexta e sábado Curso Teórico - Reg. RS2 8 Q u a r t a - f e i r a Reunião Mensal - Reg. - Rio de Janeiro - Colégio Brasileiro de Cirurg i õ e s R J2 8 Q u a r t a - f e i r a Reunião de Casos Clínicos ao Vivo - Reg. MA2 8 Q u a r t a - f e i r a Reunião Científica mensal - Reg. PE2 8 Q u a r t a - f e i r a Reunião Mensal de Dermatologia - Casos Clínicos - Reg. AL3 0 S e x t a - f e i r a Reunião Mensal Casos Clínicos - Reg. AM3 1 S á b a d o Reunião de Casos Clínicos - Reg. CE3 1 S á b a d o Reunião Mensal - Reg. PI

0 4 Q u a r t a - f e i r a Reunião Mensal - Reg. MG0 6 S e x t a - f e i r a 4ª Reunião Dermatológica Ordinária - Reg. SP0 7 S á b a d o Workshop - Reg. RN0 7 S á b a d o Eleições + Ecos do Congresso Médico - Amazônico - Regional Pará PA R Á0 7 S á b a d o 118ª Jornada - Hospital das Clínicas de São Paulo S P1 3 S e x t a - f e i r a Reunião Ordinária de Dermatologia - Sta.Casa P. A l e g re - Reg. RS13 e 14 Sexta e sábado D e rmatopatologia Tropical e Meio Ambiente R J1 4 S á b a d o Reunião Mensal - Anfiteatro Arg e m i ro de Oliveira no HUAP - Reg. Flum.1 4 S á b a d o XXXVI Jornada Goiana de Dermatologia - Reg. GO1 4 S á b a d o Curso Prático de Peelings Quimicos - Reg. MG20 e 21 Sexta e sábado IX Jornada Interiorana de Dermatologia - Caxias do Sul - Reg. RS2 0 S e x t a - f e i r a Cursos de Cirurgia de Consultório - Reg. CE2 1 S á b a d o R a d i o e l e t ro c i r u rgia - Reg. CE2 1 S á b a d o I Jornada Paranaense de Dermatologia - Curitiba - P R2 5 Q u a r t a - f e i r a Reunião Mensal de Dermatologia - Casos Clínicos - palestra - Reg. AL2 5 Q u a r t a - f e i r a Reunião Científica mensal - Reg. PE2 5 Q u a r t a - f e i r a Reunião Mensal - Reg. - Rio de Janeiro - Colégio Brasileiro de Cirurg i õ e s R J2 7 S e x t a - f e i r a Reunião Mensal Casos Clínicos - Reg. AM27 e 28 Sexta e sábado Reunião Científica - Reg. DF2 8 S á b a d o Reunião Científica Mensal - SDSCMV - Reg. ES2 8 S á b a d o Reunião de Casos Clínicos - Reg. CE2 8 S á b a d o Curso de Dermatoscopia Teórico e Prático - Reg. PI2 8 S á b a d o Reunião Científica Mensal - Reg. MT3 1 Te r ç a - f e i r a Reunião de Casos Clínicos ao Vivo - Reg. MA

Julho - 2004

Agosto - 2004

“Ao Editor chefe da SBD,Solicito a Vª Sª a gentileza de fazer a modifica-

ção sobre a matéria publicada no último númerodo Jornal da SBD, referente à minha “renúncia”como Diretora dos Anais, em março. A data foi nodia 28 de Janeiro de 2004”.

Atenciosamente,Profª Drª Leninha Valério do Nascimento

O Jornal da SBD esclarece que a referida notanão informa a data da renúncia, e sim, que o atualc o o rdenador médico dos Anais Brasileiros deDermatologia, Dr. Bernardo Gontijo, assumiu ocargo em março.

C a r t a s a o J S B D

“Foi objeto de várias comunicações, em vários jor-nais, o alto percentual de câncer de pele verificado em Brasília,na última Campanha de Prevenção ao Câncer de Pele re a l i z a-da pela SBD. Coordenei várias campanhas de câncer de peleem Brasília, em anos anteriores, e, este fato não foi verificadoa p resentando-se a prevalência semelhante à maioria dos esta-dos brasileiros (8,11%) (SAMPAIO, R e CARDOSO, N - RevistaBrasília Médica, 1999). Acredito tratar-se de um viés no qualdeve ser considerada a possibilidade da demanda reprimida depacientes que aguardavam a campanha do câncer de pelepara serem operados. É necessário, portanto, estudos quee s c l a reçam isto”.

Raimuinda Nonata Ribeiro SampaioProfessora de Dermatologia da Universidade de Brasília (UnB) -

Pesquisadora do CNPq; Chefe de Serviço Credenciado pela SBD – HUB - UnB

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Ação dos Departamentos ˆ OsDepartamentos de Cosmia-tria e de Cabelos e Unhas

promoverão, em julho e outubropróximos, cursos em São Paulo,sobre a área de atuação dos respec-tivos departamentos. A iniciativa émais um passo, após a confecçãodos folderes dirigidos ao públicoleigo e à elaboração de diretrizesre f e rentes a cada departamento.Essas últimas ações sob a coorde-nação da Dr.ª Ivonise Folador, ecom a efetiva coordenação dos res-ponsáveis por cada departamento.

Os cursos mencionados estãosendo coordenados pelos Drs Fran-cisco Le Voci e Nilton de Chiachio(Departamento de Cabelos e Unhas),e pela Dr.ª Dóris Hexsel (Cosmiatria).

A execução e promoção de cur-sos e ações envolvendo os departa-mentos da SBD vêm atender não sóa uma necessidade dos associados

Maio / Junho - 2004

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da Sociedade, bem como cumprirnossa proposta quando de nossaeleição para a direção da SBD.

Os departamentos são o segmen-to da Sociedade mais próximo doassociado, sendo esse o local maisa p ropriado para promover a integra-ção do dermatologista com o públicoleigo, e o foro ideal para que o espe-cialista se manifeste e produza.

Força Ta refa - Em setembro de2003, em Vitória, reuniram-se osChefes de Serviços Cre d e n c i a d o s ,os membros das Comissões Cien-tífica, Título de Especialista e de

Ensino, bem como membros daD i retoria da SBD, sob a coord e n a-ção do Vice presidente da Socie-dade, Sérgio Talarico. Nessa oca-sião decidiu-se pela criação deuma força tarefa, que caminhassena resposta às seguintes questões,que afetam a todos os der m a t o l o-gistas:

- Que dermatologista queremosformar?

- De que forma devemos atuar? - O que ensinar? - Como acompanhar o ensino

oferecido, e avaliar os serviços cre-denciados?

- Como avaliar o resultado obti-do e o Título de Especialista?

Para dar prosseguimento a esseprocesso, nos dias 9, 10 e 11 dejulho, os membros dessa força tare-fa reunir-se-ão em São Paulo, emprocesso de imersão, para exami-nar as propostas oferecidas.

JSBD l Ano VIII no 3

Palavra do Te s o u re i r o

Pela primeira vez na história daSBD, a anuidade foi parc e l a d aem até três vezes, o que com-

binado com a correção aplicada uti-lizando o menor índice inflacionáriodo ano, visou a dar maior facilidadede pagamento e menor ônus a todosnós. Isto foi possível, como jácomentamos anteriormente, graçasa uma política financeira austera,com contenção de gastos sem pre-juízo da qualidade de nossos servi-ços, pela maciça colaboração dosnossos associados ao cumprire mcom suas obrigações societárias,pelo apoio dos patro c i n a d o res, emespecial a Indústria Farmacêutica, epela busca de novas fontes de re c e i-ta. Esta situação também perm i t i uque a Comissão Organizadora dopróximo Congresso da SociedadeBrasileira de Dermatologia, pre s i d i-do pelo Dr. Arnóbio Pacheco, pudes-se estabelecer preços de inscriçãopara os associados nos mesmosv a l o res do Congresso de 2003.

Também parcelamos os débitosanteriores dos colegas inadimplen-tes em até dez vezes, tendo havidouma grande adesão por nossosassociados que se encontravamnaquela situação. Deste modo, onúmero de 240 inadimplentes nofinal de 2003, diminuiu para 155.

Apesar da satisfação que temospor ter podido oferecer essas medi-das aos nossos associados, nospreocupa o fato de que muitos dosque parcelaram suas anuidades edébitos estarem com parcelas emaberto. Sabíamos que havia o risco

disso acontecer, principalmentepelo valor relativamente baixo dealgumas parcelas; que favoreceria oesquecimento de alguns.

Gostaríamos de lembrar que onão pagamento de uma parcela sig-nifica inadimplência e o associadoque não esteja quite com a SBD nãopoderá participar dos eventos orga-nizados por ela ou por suas Re-gionais, a não ser como não asso-ciado. Lembrem-se que um percen-tual variável, de acordo com on ú m e ro de associados de cadauma, é transferido para as Regio-nais. Solicitamos, portanto, que oscolegas regularizem sua situaçãopara que não ocorram constrangi-mentos desnecessários, e para quepossamos continuar planejandouma política de preços favorávelaos nossos associados.

Até breve,Celso Tavares SodréTesoureiro da SBD

Márcio Rutowitsch

Celso Sodré

Coluna da Dire t o r i a

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S B DJSBD l Ano VIII no 34

Sinto que es-tou vivendo umasituação igual àdo ano passadologo após a pro v apara obtenção doTítulo de Espe-

cialista. Várias pessoas escre v e n d opara mim a propósito das dificuldadese n f rentadas, com sofrimento pessoal,além dos gastos objetivos que signifi-cam o deslocamento de diferentes par-tes do país para participar da prova. Asensação é de ir ao matadouro. Pare c eque o índice de aprovação foi abaixo de50%. Há algo de errado. Ou nossos ser-viços credenciados na sua maioria nãom e recem essa denominação, ou a pro v anão é adequada, seja pelo grau de difi-culdade ou pela maneira como é form u-lada. Já cansamos de tanto debater oassunto, ainda assim não vamos desis-tir da discussão. Entretanto, para ocolega que se submeteu ao sacrifício op roblema é real, não se trata de diletan-tismo. Por que sermos mais reais doque o rei? Aquela pergunta re p e t i d adezenas de vezes: qual o derm a t o l o g i s-ta que pretendemos? Em que ficou a talForça Ta refa que estaria centralizadapela diretoria da SBD e que colocaria aoredor da mesa todas as partes envolvi-das na questão (exceto o aluno).Quando disse que deveriam ser envia-das propostas concretas para modifica-ção da prova, deixei de considerar querealmente elas existiram. Entre t a n t o ,não foram discutidas no últimoConselho Deliberativo. Considerando-se que esta magna reunião só aconteceuma vez por ano, vejam a lentidão e adificuldade para mudança. Assim,tenho a sensação de que somos umaespécie de “parlamento” totalmentedecorativo. O que vai acontecer com aspessoas que se submetem a este tipo dep rova(ção)? Te rminarão engro s s a n d oas fileiras de sócios contribuintes e aíconseguimos completar o circ ( u l ) o .Rodamos em torno de nós mesmos,sem sair do lugar. Somos inoperantes.E pior do que tudo, ficamos com a sen-sação de que nossos destinos são deci-didos sem que possamos interf e r i r.Acho que chegando ao grau máximo decontradição a que nos apro x i m a m o s ,dialeticamente suponho que avançare-mos. Assim acredito.

Pa i n e l

✔ Programa de Residência MédicaO Ministério da Educação aprovou uma resolução no dia 16 de

junho que estabelece que a residência médica em Dermatologia pas-sará a ter como pré-requisito um ano de clínica médica, embutido noprograma de três anos. Mas isso só vigorará para os programas que seiniciarem no ano de 2006. Para os programas de residência médica deDermatologia em andamento, ou para aqueles que se iniciarem em2005, nada mudará.

✔ Ordem dos Médicos do BrasilEm reunião na sede da Associação Médica Brasileira, ocorrida no dia

20 de maio, as diretorias da Associação Médica Brasileira e do ConselhoFederal de Medicina discutiram a formatação da Ordem dos Médicos doBrasil, que deverá ser uma instituição única para re p re s e n t a t i v i d a d edos médicos. Ficou decidido que comissões estaduais mistas serão for-madas com o objetivo de ampliar o debate nacional sobre o tema.

✔ Manifesto contra bebidas alcoólicasEm 15 de maio foi lançado o movimento “Beba Cidadania”, com a

finalidade de restringir as propagandas de bebidas alcoólicas e fiscali-zar o cumprimento das leis que proíbem o consumo entre menores deidade e condutores de veículos. A campanha foi idealizada peloConselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) epela Unidade de Pesquisa em Álcool e Drogas da Universidade Federalde São Paulo.

✔ Saúde do MédicoO Conselho Federal de Medicina constituiu o “Grupo de Trabalho de

Atenção à Saúde e Qualidade de Vida do Médico”. O objetivo é encami-nhar os profissionais que enfrentam alteração de saúde mental e abusode drogas para a assistência especializada. O coordenador do progra-ma, Dr. Rubens dos Santos Silva, acredita que o trabalho contribuirápara a melhor qualidade de vida e, por conseqüência, uma melhor prá-tica médica.

✔ Homenagem ao Prof. Nelson ProençaO Professor Nelson Proença recebeu a mais alta condecoração da

Câmara Municipal de São Paulo. A “Medalha Anchieta e Diploma deGratidão da Cidade de São Paulo” foi entregue a ele no dia 7 de junho,por iniciativa do vereador paulista Rubens Calvo. O Jornal da SBDparabeniza o Prof. Nelson Proença pela homenagem.

Coluna da Ombudswoman

Luna Azulay

✔ ErrataErramos: na matéria sobre o congresso americano, publicada na última

edição do Jornal da SBD, o nome da médica que recebeu como prêmio a viagempara Washington é Janine Ribeiro França de Andrade.

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Nos dias 21 e 22 de maio, aSociedade Brasileira deDermatologia realizou, emSão Paulo, o I Simpósio

I n t e rnacional de Dermatite deContato. O evento foi organizadopelo Departamento de Alergia daSBD, e teve o apoio da SociedadeBrasileira de Alergia e Imunopa-tologia, da American ContactD e rmatitis Society e da Kore a nD e rmatological Association. Ac o o rdenadora do simpósio, Dra.Ida Duarte, considerou o eventoum sucesso. “A sala esteve lotada otempo todo, o que demonstrou oi n t e resse de todos. Recebemosvários cumprimentos pelo curso epela programação oferecida”, des-tacou.

Simpósio Internacional de Dermatite deContato inaugura realização de eventos

por departamentos especializados

Além dela, o Dr. Mario CezarPires e a Dra. Rosana Lazarini par-ticiparam da elaboração do evento,que contou com a participação decinco palestrantes estrangeiro s :Dr. David Cohen (EUA), Dra. AliciaCannavó (Argentina), Dra. Íris Ale(Uruguai), Dra. Margarida Gonçalo(Portugal) e Dr. Hee Chul Eun(Coréia). O evento foi dividido em 2partes: aulas práticas no dia 21, eteóricas no dia 22. Apesar de osimpósio ter sido realizado na capi-tal paulista, dos 302 inscritos, 180não residem na cidade.

- Causou-nos surpresa o preen-chimento tão rápido das inscri-ções, o que nos deu uma grandesatisfação por estarmos realizandoeste encontro. Foi a primeira vez

também que a SBD e a SociedadeBrasileira de Alergia e Imuno-patologia se uniram e compartilha-ram conhecimentos. Esperamosque este seja o primeiro, de outrosa serem realizados – completou aDra. Ida.

O I Simpósio Internacional deDermatite de Contato foi o primei-ro evento internacional elaboradopor um departamento especializa-do da SBD. Ainda este ano, estãoprevistos outros dois eventos, peloDepartamento de Cosmiatria e peloDepartamento de Cabelos e Unhas.Ambos os cursos serão realizadosem São Paulo. Para maiores infor-mações, os associados devem con-sultar a home page da SBD:www.sbd.org.br.

O evento destacou o crescente aumento da incidênciada alergia de contato, o surgimento de novos

contactantes e novos tratamentos

Maio / Junho - 2004JSBD l Ano VIII no 3 5

C a p a

“ ”M. C. Pires Dra. Margarida Gonçalo, de Portugal.

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S B DJSBD l Ano VIII no 36

ASociedade Brasileira deD e rmatologia realizará nosdias 15, 16 e 17 de julho o ICurso de Cosmiatria, no

Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.O evento está sendo organizado pelaDra. Dóris Hexsel, coordenadora De-partamento de Cosmiatria da SBD.Serão cinco módulos, quatro delescom aulas práticas. O especialistaPeter Rullan dará aula prática sobreo uso do p e e l i n g de fenol atenuado.“Os temas estão abrangentes eatuais. Será uma grande oportunida-de para os sócios que têm intere s s epela cosmiatria. Estamos atendendoa inúmeros pedidos dos que buscama p e rfeiçoamento na área, e ao primei-ro artigo do Estatuto da Sociedade,que prevê o ensino como atributo dainstituição”, afirma a Dra. DórisH e x s e l .

- Os pro f e s s o res são pessoasqualificadas, que vão ensinar à luzdos conhecimentos da derm a t o l o g i a .Eles não receberão honorários e acei-taram com prazer dedicar seu tempoe conhecimento em benefício do tre i-namento dos associados da nossaSBD – declara a coordenadora. Ocurso será exclusivo aos associados.Todos receberão a pro g r a m a ç ã ocompleta através de mala-direta, queainda pode ser acessada pelo site daSBD (www.sbd.org . b r ) .

No primeiro módulo serão discu-tidos: o pre p a ro do consultório pararealização de procedimentos, atuali-zações terapêuticas e o emprego doslasers e radiofreqüência. O segundomódulo tratará dos principais pre e n-c h e d o res, e o terc e i ro bloco abord a r áa utilização dos diversos tipos depeelings. Ainda no quarto móduloserá vista a aplicação da toxina botu-línica nas suas diversas indicações e,por fim, o curso terá um módulo

Dia 15 de julho 8h às 8h30 Inscrições e entrega de material

MÓDULO I8h30 às 10h30Tratamento tópico emCosmiatriaCoordenadora: Dra. Flavia Addor11h às 12h30AtualizaçõesCoordenadora: Dra Eloísa Ayres13h30 às 15hFotorejuvenescimentoatravés do fenol atenuadoDr. Peter Rullan (Demonstração práticacom transmissão

simultânea)15h às 18hOutros procedimentosem CosmiatriaCoordenador: Dr. Alexandre Filippo

Dia 16 de julho MÓDULO IIPreenchedores8h às 12hCoordenadora: Dra. Taciana Dal'Forno

MÓDULO III Peelings químicos eabrasão mecânica14h às 18hCoordenadora: Lia Miranda de Castro

Dia 17 de julhoMÓDULO IVToxina Botulínica8h às 12hIndicações CosméticasC o o rdenador: Dr Sergio Ta l a r i c oH i p e r i d ro s eC o o rdenadora: Dra. Ada AlmeidaNovas Indicações daToxina BotulínicaCoordenadora: Dra. Dóris Hexsel

MÓDULO VCelulite e Estrias14h às 18hC o o rdenadora: Rosemari Mazzuco

P r o g r a m a

s o b re celulite e estrias. Com exceçãodo primeiro módulo, nos demais blo-cos acontecerão demonstrações prá-ticas ao vivo. A Dra. Dóris Hexseldestaca entre os assuntos a utiliza-ção do peeling de fenol atenuado,que requer um treinamento adequa-do. “É um procedimento que deveriaser quase exclusivo do derm a t o l o g i s-ta, mas ainda é pouco utilizado peloscolegas” – ilustra. Ela ressalta que oobjetivo é que todos os inscritos par-ticipem dos cinco módulos do curso,que deverá ter cerca de 250 partici-pantes.

As inscrições podem ser feitasaté o dia 9 de julho, através do sitew w w . c l c e v e n t o s . c o m . b r / c o s m i a-tria. Os interessados devem pagara taxa de inscrição por meio dedepósito para a SociedadeBrasileira de Dermatologia: Bancodo Brasil, agência 0435-9, o núme-ro da conta corrente é 33937-7.Depois enviar o comprovante dedepósito e, se for o caso, compro-vante da condição de residente ou

Sócios da SBD R$ 450,00 Residentes e estagiários R$ 350,00(com comprovação) Depois do dia 9/07/2004, somente no local do evento:Sócios da SBD R$ 600,00 Residentes e EstagiáriosR$ 500,00l Pagamento da Taxa: SociedadeBrasileira de Dermatologia Banco do Brasil: Agência 0435-9 C/C 33937-7 l Envio de comprovante: CLCEVENTOS - Rua Joaquim Nabuco,47 - sala 103 - São Paulo - SP ou através do fone/fax: (11) 5542-8216/5543-1141

SBD realizará em julho o I Curso de Cosmiatria

Inscrições pelo sitew w w . c l c e v e n t o s . c o m . b r /

c o s m i a t r i a

estagiário para a CLC EVENTOS(Rua Joaquim Nabuco, 47 - sala103 - São Paulo – SP ou através dofone/fax: (11) 5542-8216/5543-1141). Quem não se inscrever até odia 9 de julho poderá fazê-lo ape-nas no local do evento.

Programa do evento é dinâmico e atual

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Maio / Junho - 2004JSBD l Ano VIII no 3 7

Produtos dermatológicos:grande oferta exige atenção dos médicos

Classificados como medica-mentos ou cosméticos,uma gama enorme dep rodutos derm a t o l ó g i c o s

chega ao mercado mundial a cadaano. Para se ter uma idéia, foramlançados 69 novos medicamentosem 2003. Apenas os brasileiros,representam 2,9% dos consumido-res. E a Agência Nacional deVigilância Sanitária (Anvisa) recebemensalmente 2,5 mil solicitaçõesde registros para cosméticos. Comoos médicos devem lidar com essebombardeio industrial?

Sétimo no ranking mundial emexportação, conforme dados doInstituto Euromonitor, o Brasil é omaior da América Latina, vendendoos seus produtos para mais de 110países. O volume da pro d u ç ã oatende bem ao perfil do consumi-dor brasileiro, singular por termaior preocupação com a beleza. Ocliente busca mais por produtos deprevenção do que os que tratam de

doenças. A gerente geral de cosmé-ticos da Anvisa, Josineire Sallum,explica que as diferenças entre cos-méticos e medicamentos nem sem-pre são familiares ao público. “Osremédios têm ações terapêuticas esão indicados para doenças. Já oobjetivo principal do cosmético émanter o corpo, mudar a aparênciae deve ser aplicado na pele sadia” -declara. Segundo a Dra. DórisHexsel, coordenadora do Depar-tamento de Cosmiatria da SBD,“muitas vezes a imprensa apontaas novidades, atribuindo eficáciaexagerada e questionável a certosprodutos, o que desperta a curiosi-dade dos pacientes”.

Ela diz que costuma receber avisita de pelo menos dez re p re s e n-tantes de laboratórios por semana.“O lado positivo é que a indústriaestá suprindo as necessidades dom e rcado, hoje temos à disposiçãoofertas suficientes para atender atodas as necessidades dos pacien-tes”, explica. Para o Dr. Celso Sodré,t e s o u re i ro da SBD, há um certoexcesso nessa prática. Ele afirm aque são raras as vezes que desco-nhece algum medicamento. “Alémda literatura trazida pelos laborató-rios, me mantenho atualizado. Emgeral, quando não conheço, são pro-dutos importados”. A Dra. Dóris dizque alguns propagandistas deixamamostras nos consultórios e solici-tam que façam testes. “Ou cobramse já experimentamos, esquecendoque não é permitido ao médico tes-tar produtos em seus pacientes. Ocaminho certo é a indústria pesqui-s a r, testar as fórmulas e compro v a ros re s u l t a d o s ” .

Até o último mês de maio, outros 14 produtos chegaram aomercado nacional, segundo a IMS Health, entidade especializadaem colecionar e analisar informações farmacêuticas. Só no anopassado, o faturamento entre produtos éticos e populares foi deU$351.516.727, com 119.870.743 unidades vendidas. O primei-ro laboratório colocado nesse ranking é o Stiefel, seguido porSchering do Brasil, Schering Plough, Galderma, Roche, Aché,Bristol Myer Squib, Procter & Gamble, Pfizer e Medley.

O mercado brasileiro

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S B DJSBD l Ano VIII no 38

Opropósito da EducaçãoMédica Continuada emD e rmatologia (EMC-D) émanter e ampliar o conhe-

cimento teórico e a habilidade práti-ca do Médico Dermatologista comimpacto positivo sobre a atençãomédica. A pergunta que se coloca dizrespeito à melhor forma de alcançarestes objetivos. Davis (1998), define aEMC como “qualquer tentativa depersuadir médicos a que modifiquemsuas práticas através da comunica-ção de informações clínicas atuais”.Os métodos utilizados para atingirestes objetivos são variados: 1-Material educacional – impresso, emCDs, em fitas. 2- Programação for-mal – cursos, seminários, simpósios,workshop, teleconferência. 3- Inter-venções paciente-mediadas (situa-ções problemas) – jornadas, discus-são de caso on-line, chats, re u n i õ e sclínicas em pequenos grupos. 4-Combinações das acima listadas.E n t retanto há vozes que questionama eficácia na tentativa de mudarníveis de competência médica ou aobtenção de reais benefícios para opaciente. Este questionamento temlevado à busca de evidências sobre aefetividade da EMC e sobre quais asintervenções mais e menos eficazes(Davis, 1995; Oxman 1995; Davis,1998) . Questão preliminar básica écomo determinar qual deva ser ofoco, o tema ou o conteúdo pro g r a-mático da intervenção em planeja-mento. Kern (1998) sugere que oponto de partida deva ser a “difere n-ça entre a abordagem clinica (ouc i r ú rgica) corrente e a ideal”. Sobreitens relevantes, acre s c e n t a r í a m o s .O que seria abordagem ideal derivade consulta a diretrizes, consensosou opiniões de experts. Há obvia-mente que levarmos em conta ao pla-nejar: nível de treinamento ou expe-riência prévia do público alvo; perf o r-mance atual; deficiências e necessi-dades percebidas e assumidas; bar-reiras; motivação, recompensas pos-

* Coordenação da EMC-D

Reflexões sobre a EMC-D

síveis e recursos disponíveis. Em pla-nejamento a longo prazo, o vital é aidentificação de quais conhecimen-tos ou treinamentos são desejadospela comunidade, ou frações dela.

Por conta de limitações orça-mentárias as intervenções de EMC-D da atual gestão tem se limitado,praticamente, aos espaços abertosnos eventos macro - regionais e nosgrandes eventos de determ i n a d a sregionais. Essa estratégia faz senti-do na medida em que alia a oportu-nidade da grande afluência de cole-gas ao compartilhar de custos.Porém há necessidade de aperf e i-çoa-la. Um aspecto diz respeito àdefinição do tema, conteúdos e con-vidados. Há que se trabalhar emconjunto, coordenação local e coor-denação da EMC-D e atenção àsnecessidades e motivações dacomunidade. E, na incorporação dap remissa de que EMC diz respeito aavanços e ampliações do conheci-mento, resolução de situações pro-blemas e não mera repetição do quejá se conhece. Entretanto, há quese reconhecer que a intervençãoideal, segundo os investigadore scitados acima, é o treinamento dehabilidades práticas com participa-ção ativa do interessado ou situa-ções problemas com ou sempaciente presencial, em discussõesem pequenos grupos com modera-d o r. E, mesmo as abordagens teóri-cas clássicas são úteis, porém comsuporte de material gráfico ou com-putacional enfatizando e exemplifi-cando questões chaves.

Em conclusão, atividades deEducação Médica Continuada têmseu papel na ampliação dos conheci-mentos e habilidades. E, que pode edeve ser enriquecido por maior apor-te de recursos, trabalho conjunto,identificação de necessidades, níveisc rescentes de complexidade e deadesão e motivação da comunidade.

Silvio Alencar Marques e Bernardo Gontijo *

AComissão Organizadora do59º Congresso da SociedadeBrasileira de Derm a t o l o g i a

está ultimando os pre p a r a t i v o spara oferecer um congresso deexcelente nível. A pro g r a m a ç ã ocientífica, cultural e social está cui-dadosamente elaborada. Espera-mos corresponder às expectativasde participação dos sócios da SBD.

A Dermatologia Brasileira naCidade dos Reis Magos será con-templada com uma cidade moder-na, de clima agradável, com ho-téis e restaurantes maravilhosos;um grande pólo turístico em as-censão, inclusive no âmbito inter-nacional e com a enorme hospita-lidade do povo potiguar.

Te remos um número re c o rde detrabalhos científicos. Tivemos in-clusive, a necessidade de ampliar aá rea de exposição para Pôster etambém um número re c o rde departicipantes nacionais e intern a-cionais. Já ultrapassamos o núme-ro de 2000 inscritos. Por motivosoperacionais, desde o início limita-mos em 3000 o número máximo deinscrições. A exposição das indús-trias farmacêuticas será grandiosa,ocupará uma área de 4600 m2.

Os acompanhantes terão espa-ço próprio no Centro de Con-venções e um tratamento difere n-ciado. Portanto, o ideal é anteciparas inscrições para o melhor plane-jamento das atividades sociais,confecção de bolsas e pro g r a m a ç ã ode cursos aos quais terão dire i t o .Contamos com a sua pre s e n ç a .R e c e b e remos a todos os congre s s i s-tas com muita atenção e carinho!

Arnóbio da Penha Pacheco, presidente do 59º Congresso da

Sociedade Brasileira de Dermatologia

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Maio / Junho - 2004JSBD l Ano VIII no 3 9

JSBD: Os médicos hoje lutampor melhor remuneração dos pla-nos de saúde. Recentemente, foidivulgado que a AMB deverá des-credenciar os planos Sul Américae Bradesco em todo o país. Comoo sr. vê esta luta?

Dr. Edson Andrade: A luta pelaimplantação da Classificação Bra-sileira Hierarquizada de Procedi-mentos continua em andamentopor todo o país. Já há acordos fir-mados com diversas operadoras,outros em estudos para a implan-tação, mas com intensa movimen-tação que precisa da adesão dassociedades especializadas.

J S B D : Dos derm a t o l o g i s t a s ,85,59% são credenciados porplanos de saúde. Existe algumaorientação do Conselho Federalde Medicina para ajudar aospacientes que pagam pelos pla-nos, mas que não poderão seratendidos pelos convênios quan-do os médicos suspenderem oatendimento ou cobrarem pelaconsulta diretamente a eles?

D r. Edson Andrade: C a d aComissão Regional de Implantaçãodeverá orientar o que fazer. A maio-ria já optou pela cobrança nos ter-mos da CBHPM, com recibo aopaciente que deverá solicitar res-sarcimento.

J S B D : Falando sobre a derm a-tologia, existem hoje cerca de5.000 associados à SBD em todoo território nacional. Desses,85% têm o Título de Especialista.Os médicos que não possuem o

Título de Especialista podem sep romover como derm a t o l o g i s t a s ?

Dr. Edson Andrade: Só títulode especialista ou da residênciamédica pelo MEC possibilita oanúncio ou publicidade da especia-lidade.

JSBD: Muitos dermatologistasvêm manifestando descontenta-mento com a propagação demédicos que se dizem especialis-tas em medicina estética, quenão é reconhecida oficialmentepelo CFM e AMB. O que os der-matologistas devem fazer parapreservar a sua especialidade?

D r. Edson Andrade: H áCâmara Técnica constituída noCFM que deve deliberar opiniãosobre este assunto para decisãofinal no plenário do CFM.

J S B D : E o que o ConselhoFederal de Medicina deverá fazerpara defender os derm a t o l o g i s t a s ?

JSBD: o entrevistado não res-pondeu essa pergunta.

JSBD: O número de processoséticos nos conselhos regionaismovidos contra dermatologistasainda é muito baixo. Um levanta-mento feito pela SBD indica queapenas 4,5% sofreram algum tipode processo nesta instância.Quais são as principais queixas, e

quais as punições para tais irre-gularidades?

D r. Edson Andrade: R e a l m e n t ea Dermatologia é uma especialida-de com pequeno número de deman-da nos CRMs, mas o advento dosp rocedimentos estéticos trouxe umaumento, principalmente em doisaspectos: promessa de resultados epublicidade fora dos padrões éticos.

JSBD: Qual a função e comoestá o andamento da CâmaraTécnica de Procedimentos Esté-ticos?

D r. Edson Andrade: E s t aCâmara Técnica deve orientar oplenário para possível Resoluçãoque discipline esta prática médica:critérios mínimos de conhecimen-to, requisitos para formação naárea, publicidade etc.

J S B D : A SBD apresentou aoCFM uma solicitação para re v i s ã ona Resolução 1711/2003, quedefine que somente médicoshabilitados em cirurgia plásticapoderão realizar pro c e d i m e n t o sde lipoaspiração. No entanto, osd e rmatologistas realizam alipoaspiração tumescente, desen-volvida pelo dermatologista J.Klein, e afirmam que são pre p a r a-dos para realizar o pro c e d i m e n t o .Haverá uma revisão da norm a ?Os dermatologistas poderão re a l i-zar o pro c e d i m e n t o ?

D r. Edson Andrade: OC o n s e l h e i ro Antonio Pinheiro quec o o rdenou a confecção da Resolução1711/03, foi designado para estudaro assunto e emitir pare c e r. q

Entrevista Edson de O. Andrade Presidente do CFM

Op residente do ConselhoFederal de Medicina, Dr.Edson de Oliveira Andra-

de, é médico pneumologista, for-mado pela Universidade Federal doAmazonas. Foi presidente doConselho Regional de Medicina do

mesmo estado, onde atualmenteacumula o cargo de conselheiro. Aúltima edição do Jornal da SBDtrouxe uma matéria sobre a reu-nião entre os presidentes da SBD eda AMB, sobre a qual realizamos aseguinte entrevista:

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S B DJSBD l Ano VIII no 310

www.sbd.org.br e clique no linkPrograma On-Line de Atualizaçãoem Psoríase. Em seguida seráaberta a página “O Associado”.Digite os seus dados do seguintemodo: na área do CRM, digitar oestado e o registro no ConselhoRegional de Medicina. Caso você

Osite da SBD tem novidades.Os internautas poderãoobservar dois novos ícones

do lado esquerdo da tela: o “EspaçoProfissional” e o “Oriente seu Pa-ciente”. O “Espaço Profissional” foidesenvolvido com o objetivo deaproximar o setor empresarial dacomunidade científica. Reúne lan-çamentos e informações sobre pro-dutos e serviços interessantes paraos dermatologistas.

Os sócios que navegarem pelolink “Oriente seu Paciente” terãoacesso aos 15 diferentes foldersexplicativos para leigos, pro d u z i d o spelos Departamentos da Sociedade.

Com esse recurso o médico ofere c eao paciente a possibilidade de levardo consultório um livreto sobrealgumas patologias. O material foitão bem aceito que 12,5 mil exem-p l a res já foram vendidos. Os inte-ressados em adquirir os folderspodem encomendar pelo própriolink disponível na home page.

A página da Biblioteca da SBD,disposta em “A Sociedade”, tam-bém ampliou a oferta de serviços. Are f o rmulação visa a melhorarainda mais a qualidade do atendi-mento. Agora, o usuário pode con-sultar bibliografias e teses, conhe-cer os sumários das principais

revistas internacionais e aindasaber sobre alguns lançamentoseditoriais. Além de ter acesso a umguia para o usuário. Está disponí-vel na home page, em “AAtualidade”, o clipping da entida-de. Nessa área, estão os recortes dematérias relacionadas à dermatolo-gia publicadas nos principais veí-culos do país. Acesse:www.sbd.org.br.

Novidades no site da SBD

Segue com ritmo o “CursoP rograma de Atualização emPsoríase”, um programa on-

line da Sociedade Brasileira deD e rmatologia em parceria com olaboratório Roche Brasil. É cre s c e n-te o número de médicos participan-tes (ver gráfico). Até agora são 109,e a maioria do grupo está nosEstados de São Paulo e do Rio deJ a n e i ro. Os principais conhecedo-res do país discutem pesquisas eopções de tratamento para a molés-tia. O curso é coordenado pelo Dr.B e rn a rdo Gontijo, de Minas Gerais.

Gravadas em vídeo, as explana-ções estão disponíveis no site daSBD para os associados da entida-de. Com essa facilidade, o profis-sional pode decidir a melhor horade realizar os estudos. Dividido emseis módulos, o curso encerrará nodia 7 de outubro. Foram ministra-das as seguintes aulas: “ConceitoPsoríase, Epidemiologia e Pato-gêne”, “Clínica e Diagnóstico Dife-rencial” e “Tratamento Tópico”pelos professores Silvio Marques,Maria Denise Takahashi e CelsoSodré, respectivamente. Confira noquadro o programa completo.

Para participar, acesse o site

ainda não tenha a sua própriasenha, digite: 12345. Após realiza-do o primeiro acesso, o associadopode alterar a senha padrão parauma particular, na seção “Meucadastro”. Os que esqueceram asenha alterada, podem solicitar àSBD uma nova opção.

Curso de Atualização em Psoríase

MÓDULO 3: início 29/07/04 - Dr. Nilceo Michalani (SP) - Histopatologia

MÓDULO 4: início 01/09/04 - Dra. Ida Duarte (SP) - Fototerapia Dra. Gladys A. Martins (DF) - Tratamento sistêmico

MÓDULO 5: início 07/10/04 - Dra. Lúcia Arruda (SP) - Qualidade de vida em psoríase e Importância da relação médico-paciente

P r o g r a m a ç ã o

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Maio / Junho - 2004JSBD l Ano VIII no 3 11

Alista dos candidatos aprovados na prova de Título deEspecialista da Sociedade Brasileira de Derm a t o l o g i aestá disponível no site da SBD desde o dia 25 de

maio. Ao todo 141 candidatos foram aprovados, dos 351médicos que fizeram a prova no Rio de Janeiro. O médicoLuciano Ferreira Morgado (GO) foi o primeiro colocado nap rova, com o total de 121 pontos.

De acordo com as normas da Associação MédicaBrasileira (AMB), os novos especialistas devem fazer umdepósito de R$150,00 (cento e cinqüenta reais) na conta daSociedade Brasileira de Dermatologia. Esta taxa será repas-sada à AMB, para que o Título de Especialista seja confec-cionado e enviado ao médico pela instituição.

Após efetuar o depósito, o especialista deverá encaminharo recibo, com nome completo, para a SBD por fax ou pelocorreio. O prazo para a entrega do Título varia entre três equatro meses.

Título de Especialistaserá entregue a 141

dermatologistas

De acordo com o diretor científico daAssociação Médica Brasileira(AMB), Dr. Fábio Jatene, até o pró-ximo semestre estará formatado o

modelo de revalidação do Título deEspecialista da AMB. “Várias Sociedades jáfazem a revalidação de modo extra-oficial, ea idéia é regulamentar”, explica. Em abril, oConselho Científico aprovou as normas paraa revalidação, que foram encaminhadas aoConselho Federal de Medicina (CFM).“ P retendemos que o sistema altere total-mente os conceitos até agora existentes,pois será sinônimo de aperfeiçoamento con-tinuado. Ou seja, muito mais importanteque obter o Título, será revalidá-lo" – afirm aD r. Jatene.

Entre os princípios adotados para a efeti-vação do convênio firmado entre AMB e CFMestão: somente serão revalidados os títulosemitidos pela AMB; a adesão das sociedadesde Especialidades ao processo de revalidaçãoé obrigatória; a revalidação será baseada emsistema de créditos e o tempo máximo pararealizá-la será de cinco anos; o Título deEspecialista não será cancelado caso não sejarevalidado.

Ainda de acordo com o diretor será criadauma Comissão Nacional de Acreditação com afunção de controlar o processo. Terá a parti-cipação de membros do CFM, AMB e dassociedades de especialidades. A responsabili-dade da comissão será estabelecer as regrasgerais de funcionamento da acreditação. Àssociedades de especialidades caberá avaliaros cursos, os eventos e as atividades de suasrespectivas áreas envolvidas no programa.

A proposta prevê que o sistema serábaseado num total de 100 créditos, a seremacumulados ao longo de cinco anos. Caso nãosejam acumulados em cinco anos, haverá aopção de realizar uma prova. "Nossa intençãoprincipal é criar um mecanismo que incentiveo médico a estar constantemente atualizado”,encerra.

AMB aprova normas para

revalidação deTítulo de

Especialista

Valor: R$150,00 (cento e cinqüenta reais)Banco: Banco do BrasilAgência: 0435-9Conta Corrente: 33937-7

E para envio de comprovante identificador do depósitoda taxa para obtenção do Certificado do TED:Enviar por fax para o telefone (21) 2253-6747, ramais208 e 206. Ou, para o endereço Av. Rio Branco, 39 -18º Centro - CEP 20090-003 Rio de Janeiro – RJ.

Candidatos durante a prova do TED

Informações para depósito da taxa paraobtenção do Certificado do TED:

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S B DJSBD l Ano VIII no 312

Curso de Dermatopatologia Tropical eMeio Ambiente será no Rio de Janeiro

OXXVI Curso de Der-matopatologia Tropical eMeio Ambiente será reali-zado nos dias 13 e 14 de

agosto, no centro de ConvençõesMário Henrique Simonsen, no Riode Janeiro. A coordenação nacionalé do Dr. Sinésio Talhari, e a localdo Dr. Abdiel Figueira Lima e doDr. Antonio Carlos Francesconi doValle. “Este curso tem por principalobjetivo atualização nos temas dereal importância para a dermatolo-gia tropical, envolvendo a hanse-níase, as doenças sexualmentetransmissíveis, as micoses superfi-ciais e profundas e outras tantassituações comuns ao nosso país”,afirma Dr. Abdiel Lima. As inscri-ções poderão ser feitas pelo site daSBD (www.sbd.org.br).

P r o g r a m a ç ã o d o c u r s o7.30h INSCRIÇÕES / ENTREGAMATERIAL

8.00h às 8.20h ABERTURAOFICIALDO CURSO Dr. Sinésio Talhari / Dr. Marcio Rutowitsch

8.20h às 9.00h PALESTRA (IBAMA) Dr. Marcos Barros (DF)

9.00h às 9.30h SÍFILIS Dr. Silvio Alencar Marques (SP)

9.30h às 10.00h DONOVANOSE / CANCRO E Dr. José Augusto Nery (RJ)

LINFOGRANULOMAVENÉREO

10.00h às 10.10h perguntas

INTERVALO (20 minutos)

10.30h às 10.50h Manejo das reações hansenicas Dr. Heitor de Sá Gonçalves (CE)

10.50h às 11.10h Talidomida-atualização terapeutica Dr. Gerson Oliveira Penna (DF)

11.10h às 11.20h perguntas

11.20h às 11.40h Situação atual da Hanseníase no Brasil Dra. Maria L. Wan del Rey de Oliveira (RJ)

11.40h às 12.00h Hanseníase: diagnóstico diferencial Dra. Luna Azulay (RJ)

12.00h às 12.10h perguntas

ALMOÇO

14.00H às 14.30h VIROSES EMERGENTES Dr. Omar Luppi (RJ)

14.30H às 15.00h DERMATOVIROSES Dr. Carlos Adollpho Pereira (MG)

15.00H às 15.30h AIDS/HIV -MANIFESTAÇÕES Dr. Marcio Soares Serra (RJ)

DERMATOLÓGICAS

15.30H às 15.40h perguntas

15.40H às 16.00h INTERVALO (20 minutos)

16.00H às 16.30h TUBERCULOSE CUTÂNEA Dr. Celso Tavares Sodré (RJ)

16.30H às 17.00h LEISHMANIOSES Dr. Paulo Roberto L. Machado (BA)

17.00H às 17.30h MICOBACTÉRIAS CUTÂNEAS

AMBIENTAIS Dr. Sinésio Talhari (AM)

17.30H às 18.30h SESSÃO INTERATIVA

CURSO DE DERMATOPATOLOGIA TROPICAL E MEIO AMBIENTE - 13 e 14 de agosto

INSCRIÇÃO: Até dia 30/07/2004 - Sócios - R$ 100,00 / Não Sócios - R$ 140,00 / Residentes e estagiários - R$ 60,00.Após 30/07/2004 - Sócios - R$ 120,00 / Não Sócios - R$ 180,00 / Residentes e estagiários - R$ 80,00.

Informações para depósito da taxa: Banco: Banco do Brasil - Agência: 0435-9 Conta Corrente: 33937-7Os Residentes e estagiários deverão apresentar comprovantes. As inscrições serão feitas na SBD

Nacional, através do site www. s b d . o r g . b r. O recibo de pagamento da taxa deve ser enviado por fax para otelefax (21) 2253.6747, ramal 208.

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Maio / Junho - 2004JSBD l Ano VIII no 3 13

JSBD - A Leishmaniose estáem expansão em todo o país.Como explicar tal ocorrência?

Paulo Machado - Os dados doMinistério da Saúde com relaçãoaos casos notificados - muitosdeles não o são - mostram aumen-to da incidência em praticamentetodos os estados brasileiros. O pro-cesso predatório de colonização e odesmatamento são fatores impor-tantes e contribuintes para talocorrência. O número de casos deLeishmaniose disseminada (umadas formas de leishmaniose tegu-mentar) na área endêmica de Cortede Pedra, interior da Bahia, multi-plicou por dez quando compara-mos os números no período 1978-1984 com o 1992-1998.

JSBD - O sr. considera neces-sário um alerta epidemiológico?

Paulo Machado - Acredito queseja necessário haver uma campa-nha nacional para melhorar o diag-nóstico da doença na zona rural,aumentar a notificação e institui-ção de tratamento precoce. Além depriorizar medidas de contro l eambiental nessas regiões.

JSBD - Quais são os sintomasmais contundentes da doença?Quais as dificuldades no diagnós-tico e suas conseqüências?

Paulo Machado - A leishmanio-se tegumentar americana se mani-festa na maioria das vezes comouma ulceração (ou várias ulcera-ções) que atingem pre f e re n c i a l-mente pernas ou outras áre a sexpostas. No início, as lesõespequenas podem ser confundidascom ectima (um tipo de piodermi-te). A doença pode ter outras mani-festações e, dependendo do tipo deapresentação clínica (nódulos, pla-

cas, lesões vegetantes etc.), váriosdiagnósticos diferenciais podemser pensados.

Fale sobre a hipótese denovas cepas?

Cepa é uma raça de uma espé-cie, sobretudo de microrganismos.As leishmanias podem possuirvárias cepas, mais ou menos agres-sivas, dependendo da espécie e daregião onde se desenvolveu.Portanto, novas cepas podem sur-gir ou prevalecer de acordo comseleção natural (meio ambiente) ouartificial (medicamentos, desmata-mento, etc).

JSBD - Em que casos a doen-ça pode ser fatal? Como proce-der?

Paulo Machado - Felizmente aleishmaniose tegumentar é rara-mente fatal. Quando a doença atin-ge a mucosa nasal, os casos gravespodem cursar com obstrução dasvias áreas superiores e causar amorte. Para evitar tal acontecimen-to, os casos de leishmaniose muco-sa devem ser tratados precocemen-te e acompanhados periodicamentepara haver a certeza de que opaciente está curado.

JSBD - Fale sobre o tratamen-to com Miltefosine. São aplica-dos no Brasil?

Paulo Machado - O miltefosineé uma droga de uso oral, já aprova-da para tratamento da leishmanio-se visceral na Índia, com índices decura perto de 100% nestes casos.Ainda não temos nenhum estudono Brasil para a leishmaniose vis-ceral ou tegumentar. Estudos nestesentido deverão ser iniciados nospróximos meses. O miltefosine éuma nova esperança, já que o tra-tamento atual é realizado com

medicamento injetável durante 20a 30 dias, o que dificulta o contro-le da doença no meio rural.

JSBD - Fale sobre imunomo-dulação?

Paulo Machado - É a manipula-ção da resposta imunológica nosentido de evitar atividade muitointensa ou muito fraca, procuran-do equilíbrio onde não há. Porexemplo, existem evidências de quena leishmaniose mucosa existauma produção exacerbada de umasubstância de propriedades infla-matórias chamada TNF-µ. Estasubstância é importante na defesanatural contra o parasita, porém oexcesso pode causar dano ao pró-prio hospedeiro. Assim sendo, adiminuição na produção do TNF-µna leishmaniose mucosa poderácontribuir para a cura.

JSBD - Fale sobre o uso datalidomida para tratamento?

Paulo Machado - A talidomida,assim como a pentoxifilina e outrasdrogas, são inibidores da produçãode TNFµµ. Portanto, talvez estesmedicamentos possam ser úteis notratamento da leishmaniose muco-sa, em associação com o medica-mento específico.

JSBD - Quais as perspectivasde haver uma vacina contra omal?

Paulo Machado - As perspecti-vas existem. Temos grupos no Brasiltrabalhando com essa questão háanos. Porém, devido à complexidadedas leishmanias e ao fato de existi-rem diversas espécies e cepas dife-rentes em nosso país, talvez sejadifícil desenvolver uma vacina re a l-mente efetiva. É uma pena, poisessa seria a maneira mais adequadade prevenir a doença. q

Entrevista Paulo Roberto L. MachadoCoord. do Depto. de Doenças Infecciosas e Parasitárias da SBD

ALeishmaniose está em expansão no Brasil. Asregiões com maiores prevalências são a Norte,a Nordeste e a Centro-Oeste. Um das palestras

do XXVI Curso de Dermatopatologia Tropical e MeioAmbiente será ministrada pelo Dr. Paulo Roberto

Lima Machado, coordenador do Departamento deDoenças Infecciosas e Parasitárias da SBD.Recentemente, ele coordenou um chat sobre omesmo tema, disponível no site www.sbd.org. Leia aentrevista a seguir:

Page 15: Jornal da SBD - Nº 3 Maio / Junho 2004

Objetivando estudar a eficácia de diferentes esque-mas de doses baixas de UVA, os autores administra-ram, a 63 pacientes com morféia e a 15 pacientes come s c l e rose sistêmica pro g ressiva, 20 sessões de UVA(320-400 nm). Os pacientes foram aleatoriamente divi-didos em três grupos que receberam 1, 10 e 20 J/cm2,com doses cumulativas de UVA de 100, 200 e 400J / c m2, respectivamente. O resultado do tratamento foiavaliado clinicamente por inspeção e palpação seqüen-cial e histopatologicamente nos casos de morf é i a .Tanto pacientes com morféia quanto os com esclero s esistêmica pro g ressiva tiveram benefício clínico eviden-te com doses baixas de UVA, sem diferenças óbviase n t re elas, com tendência à normalização do colágeno,ao exame histopatológico. Concluem que o estudos u g e re que, após 20 sessões, doses baixas de UVApodem ser tão benéficas quanto doses r e l a t i v a m e n t em a i o res usadas no tratamento da morféia e da escle-rose sistêmica pro g ressiva.

Coluna elaborada pelo diretor do Jornal daSociedade Brasileira deDermatologia, Dr. Jackson Machado-Pinto.

S B DJSBD l Ano VIII no 314

Trata-se de um estudo retrospectivo e cego da clas-sificação da hanseníase por citomorfologia, exame clí-nico e densidade bacteriana. Os autores estudaram100 aspirados consecutivos de lesões cutâneas de han-seníase, utilizando as colorações de May-Gruenwald-Giemsa (MGG) e Ziehl-Neelsen (ZN). Usaram a classi-ficação de Ridley e Jopling. Encontraram concordânciaclínica, bacteriológica e citológica em 88 pacientes.Encontraram um erro na classificação de 12 pacientescom hanseníase borderline-borderline. As característi-cas citomorfológicas de aspirados de lesões cutâneasde pacientes com hanseníase dimorfa-dimorfa devemalertar o citopatologista para o fato de que o index bac-teriológico pode ter ampla variabilidade.

El-Mofty M, Mostafa W, El-Darouty M et alli.Different low doses of broad band UVA in the treat-ment of morphea and systemic sclerosis.P h o t o d e rmatology, Photoimmunology a n dPhotomedicine, 2004;20(3): 148-56.

Singh N, Manucha V, Bhattacharya SN et alliPitfalls in the cytological classification of borderli-ne leprosy in the Ridley-Jopling scale. DiagnosticCytopathology 2004; 30 (6):386-8.

L i t e r a t u r a

O livro foi doado à SBD pelos autores

Considero primoro-sa a 3ª edição do livrode Dermatologia dosP ro f e s s o res Rubem eDavid Azulay. A obra,já consagrada no âmbi-to da especialidade,m e receu cuidadosaatualização com ainclusão de seis novoscapítulos. O leitorencontra inform a ç õ e sde grande intere s s e ,tais como: a cosmia-tria, a cirurgia derma-tológica e novos recur-sos semiotécnicos de diagnóstico, inclusive, a der-matoscopia. Os efeitos das radiações lumínicassão descritos e a sua utilização prática em diversasdermatoses.

Atenção especial foi dada aos diagnósticos dife-renciais e aos métodos laboratoriais mais adequa-dos e modernos. O capítulo de tratamento foiampliado com a relação das drogas de maior inte-resse pelo dermatologista. A ilustração com figurascoloridas de lesões e outras são de excelentepadrão. A bibliografia pertinente a cada assunto foiinserida logo após o término de cada capítulo.Incluíram ao final uma relação das contribuiçõesbrasileiras para a Medicina e em especial para aDermatologia. Representa o novo compêndio umacontribuição científica importante e útil que seequipara às publicações médicas dos países cha-mados Primeiro Mundo. Parabéns aos autores ecolaboradores.

Prof. Leninha Valério do Nascimento.

Clube de Revistas

Page 16: Jornal da SBD - Nº 3 Maio / Junho 2004

Maio / Junho - 2004JSBD l Ano VIII no 3 15

Em alguns estados brasilei-ros, a Sociedade Brasileirade Dermatologia está re-p resentada através de

regionais e distritais – re p re s e n t a n-tes de uma única ou um grupo decidades. A atribuição de autorizarou não a formação de distritos der-matológicos é das regionais da SBD.Está no estatuto: “As regionais daSBD poderão deliberar sobre a cria-ção de Distritos Derm a t o l ó g i c o s ,cujas normas, também não poderãocolidir com as do Estatuto da SBD”.Porém, poucas seções têm essasregulamentações. A presidente daRegional Minas Gerais, Dra. AnaCláudia de Brito Soares, acaba dee n f rentar o problema. “Temos umpedido de Uberlândia. Entrei emcontato com a Regional São Paulopara saber quais são os critériosadotados lá” – conta. Em Juiz deFora funciona um distrito com auto-nomia administrativa e CNPJ distin-to. “Eles não recebem repasses deverbas nem prestam contas à re g i o-nal. Acho oportuna a discussão egostaria que a SBD elaborasse nor-mas, uniformizando os critériospara a criação e gestão de distritais”- sugere .

A Regional São Paulo (Resp) temdez distritos formados com base

em seu estatuto. As regras especi-ficam, entre outros itens, quedevem ser constituídos por nomínimo dez dermatologistas efeti-vos, quites com suas obrigaçõesassociativas, atuantes em umamesma região geográfica do estado.De acordo com a presidente, Dra.Bogdana Kadunc, essas distritaistrabalham com regulamento pró-prio, aprovado pelo conselho deci-sório da Resp, além de ter umadiretoria eleita segundo própriasregras eleitorais. “São estimuladas,e não obrigadas, a ter CNPJ.Quando não, usam o da sede desdeque isto não implique em despesasde contabilidade que as distritaisnão suportem”, explica. Nessecaso, é necessário que pre s t e mcontas semestrais.

- Elas ainda têm autonomiafinanceira para gerar re c u r s o satravés de eventos e patro c í n i o s ,sem receber nem repassar qual-quer tipo de verba para a SBD-RESP – ressalta Dra. Bogdana.Para ela, uma das principais van-tagens para o associado na form a-ção de distritais é a descentraliza-ção dos eventos. “Isso perm i t eacesso à atualização científica dosassociados que residem longe daCapital”.

Restrições aoensino médico

Está vedado ao médico ensi-nar procedimentos privati-vos da sua profissão a pes-

soas sem formação em medic in a .A Resolução nº 1.718/2004, doConselho Federal de Medicina(CFM), foi publicada no DiárioOficial da União no dia 3 de abril.O texto determina proibição a“qualquer forma de transmissãode conhecimentos a profissionaisnão-médicos, inclusive àquelespertinentes ao suporte avançadode vida, exceto o atendimento deemergência à distância, até quesejam alcançados os re c u r s o sideais”. Apenas alunos médicosou estudantes de medicinapodem cursar tais matérias.

Segundo o CFM, a iniciativavisa a zelar pela saúde do serhumano, e definir os limites deação de agentes de outras pro f i s-sões. A Resolução foi baseada emp a re c e res do CFM e no Código deÉtica Médica, onde estão definidosque os atos de diagnósticos e indi-cações terapêuticas devem serrealizadas exclusivamente pormédicos. O ensino é perm i t i d oapenas para os casos envolvendoo atendimento de emergência àdistância, através de telemedicina,sob a orientação e supervisãomédica. Serão penalizados os dire-t o res técnicos de instituições desaúde que perm i t i rem o ensino deatos médicos privativos a pro f i s-sionais de outras categorias.

Distritos Regionais: como devem ser formados?

Regionais devem estabelecer normas

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S B DJSBD l Ano VIII no 316

Departamentos

Muito tem sido escrito e debatido sobreÉtica médica, e muito ainda precisa e deveser incorporado ao tema. A velocidade e aquantidade da produção científica, a agre-gação de modernas técnicas de diagnósti-co e procedimentos ao lado das constantese aceleradas transformações sociais estãoexigindo uma re f o rmulação do nossoCódigo de Ética Médica. Assim tem sidofeito desde sua implantação em 1931, naEra Getulista, até a versão atual inspiradanas reformas de estado que acompanha-ram a implantação da constituição de1988, sempre impulsionadas por marca-das fases políticas do país.

Os princípios da Bioética estão exigin-do de todos uma profunda reflexão e pre-sença incorporada em nossas decisões ecomportamentos. Seus quatro princípiosbásicos: beneficência, não-maleficência,autonomia e justiça permeiam o debateatual em qualquer campo da atividadehumana. A eutanásia, os transplantes, oaborto, a utilização de células tronco, aquem pertence o corpo após a morteenquanto se apura a causa mortis (famíliax Estado), são tópicos no conjunto ou cadaum de per si que falam da necessidade daacumulação do debate.

No século XXI, o ser humano e sua inte-ração com o ambiente norteiam o debate.E n t retanto, nada substituirá, a nosso ver, arelação com nossos pacientes, pedra angu-lar do exercício profissional, agora tendocomo substrato a maturação destes temasd e s a f i a d o res. Pois, se algo nos exige umolhar mais profundo é a alma humana, cujoestudo e conhecimento são tão necessáriosquanto o conhecimento técnico.

"Ninguém olha o Sol quando resplande-ce, mas todos percebem quando entra emeclipse" - B. Gracián (1601-1658).

José Ramon Varela Blanco *

* Membro da Comissão de Ética da SBD

Cabelos e UnhasO Departamento de Cabelos e Unhas está organizando um

evento para o próximo mês de outubro, segundo o coordenador Dr.Francisco Le Voci. “Esperamos contar com palestrantes internacio-nais e com as maiores autoridades nacionais sobre o assunto.Nossa idéia é que o evento seja realizado em dois dias, abordandotemas que com certeza proporcionarão excelente atualização.Esperamos em breve iniciar a divulgação oficial” - conta. “Alémdisso, gostaríamos de convocar todos os colegas que se interessampelo assunto que enviem sugestões, para que possamos estabele-cer um contato mais próximo e assim desenvolver outras ações emconjunto com o interesse dos sócios da SBD” – afirma.

Ética em questão

LaserA Educação Médica Dermatológica em Laser realizada no

D e rmaRio foi o maior sucesso. “Fizemos uma revisão do tema, coma b o rdagem desde os aspectos básicos até as técnicas emergentes” –contou o coordenador do departamento, Dr. Alexandre Filippo. Paraele, o número expressivo de 450 participantes mostra como o uso eo interesse por essa tecnologia são crescentes entre os derm a t o l o g i s-tas. “Por isto, o Departamento convoca os vários centros derm a t o l ó-gicos do Brasil, previamente acordados com a SBD, a realizar cur-sos de atualização teóricos e práticos, para podermos aumentarcada vez mais o número de usuários, e melhorar a formação dosque já realizam o procedimento” – conclui Alexandre Filippo.

Dermatologia Integrativa“É crescente o entendimento de que os mais diversos re c u r s o s

que beneficiam o ser humano na solução e na prevenção primáriadas doenças devem ser integrados, para obter-se um efeito sinérg i-co” - afirma o coordenador do Departamento, Dr. Roberto Azambuja.Ele diz que pesquisas em neurociências e em psiconeuro i m u n o l o g i aevidenciam cabalmente que o corpo, a mente e as emoções são fenô-menos integrados e não são passíveis de isolamento um dos outro s .“ E n t retanto, ainda que estejam cada vez mais freqüentes apre s e n t a-ções e relatos sobre esses fatos, muitos dermatologistas não adqui-riram conhecimento suficiente das bases científicas que sustentamessa mudança de rumo da medicina” - considera.

“ P rocuramos divulgar nos congressos brasileiros da especialida-de os avanços na área de medicina mente-corpo. Os que participamdesse trabalho têm especialidades complementares à derm a t o l o g i ae cada um faz a integração por métodos diferentes, buscando aten-der às diversas necessidades do paciente em variados níveis”. Paradar essa orientação e levar os mais novos pro g ressos na medicinamente-corpo, o departamento coloca à disposição dos colegas inte-ressados três propostas de cursos: Psiconeuroimunologia eD e rmatologia (origem e desenvolvimento da psiconeuro i m u n o l o g i ae como ela muda o paradigma da dermatologia), Psicofarm a c o l o g i ad e rmatológica (emprego dos psicofármacos nas doenças da pele) eTeoria e prática da Dermatologia Integrativa (o que é a derm a t o l o-gia integrativa e como praticá-la). O Dr. Roberto Azambuja afirm aque o departamento está pronto para corresponder a qualquer soli-citação de regionais ou de grupos de dermatologistas “propensos ai l u s t r a r-se ou a capacitar-se dentro da visão integrativa” - encerra.

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Serviços Credenciados

Hospital Naval Marcílio DiasDe acordo com o chefe do serviço do HNMD, Dr.

Cláudio Lerer, a VI Jornada de Dermatologia doHospital Naval Marcílio Dias que aconteceu no dia 15de maio foi um sucesso. “As palestras de alto nívelcientífico foram também consideradas de extremaaplicação prática pelos participantes. O apoio da SBDregional Rio de Janeiro foi fundamental na estrutura-ção do evento e tivemos a presença do presidente, Dr.Abdiel Figueira Lima. Pela primeira vez a jornadaaconteceu num sábado e teve os apoios dos laborató-rios Galderma, La Roche Posay, Stiefel, Schering-Plough e Theraskin” - afirma.

Hospital Heliópolis de São PauloA equipe do Serviço de Dermatologia do HHSP,

chefiada pelo Dr. Jacob Levites foi convidada paraparticipar do programa de pós-graduação Mutilação eQualidade de Vida em Cabeça e Pescoço do Hospital

Heliópolis de São Paulo. Também está organizando umnovo Curso de Micologia Médica teórico e prático para osresidentes e conveniados de outros serviços interessados,com a supervisão de micologistas da UNIFESP, os profes-sores Agenor M. Silvestre Jr e Patrício C. Godoy Martinez.“Continuamos com tradicional o programa deHistopatologia, sob a supervisão da prof. Wilma TrenchJunio, e, o Estágio em Enfermaria também com possíveladesão (como intercambio) de outros serviços credencia-dos interessados” – conta.

Faculdade de Medicina do ABCDe acordo com o chefe, Dr. Carlos Machado Filho, foi

implementada na disciplina de Dermatologia, daFaculdade de Medicina do ABC, o serviço de CirurgiaMicrográfica de Mohs, para atendimento de pacientesportadores de câncer de pele recidivantes que necessitamde controle microscopicamente monitorado de margenscirúrgicas intra-operatórias.

Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo Desde o segundo semestre de 2003 iniciou na

Clínica Dermatológica do HSPM uma agenda regularde workshops de cirurgia dermatológica “em respos-ta a inúmeros pedidos de colegas”, segundo a Dra.Bogdana Kadunc, chefe do serviço. “Os temas sãobem abrangentes e a procura tem sido muito grande,incluindo colegas de São Paulo e de outros estados”–declara. Como característica e tradição do serviço,

as abordagens são eminentemente práticas, didáticase embasadas na mais recente literatura médica e nagrande experiência dos coordenadores. Saiba como

qual será a progra-mação para os pró-ximos meses:

A Liga de Derm a-tologia da Faculdadede Medicina está empleno funcionamento. A chefe do serviço, Dra. LuciaArruda conta que o grupo foi refeito este ano e tem osseguintes integrantes: Maria Carolina T. Ticly, JulianaM a rm i roli, Marina R. Rocha, Andréa C. Furlan B.Nehemy, Juliana Pantaroto, Cynthia Ap. M. de Moura,Paula Mendes Alvarenga, Heloísa Helena Rocha,Amanda G. Maryama, Viviane Maciel N. Frange,Juliana Mancini Ruthes, Thais Marina H. SiquaraG a rcia, Camila Feola, Silvia A Malavolta, Daniela Ferrodos Santos, Larissa Santicchio Ferrarezi, Eliana A R.P e reira, Ana Carolina Ramos, Ana Carolina CondeAlmeida, Fernanda Lourenço Furigo, Rafaela Mare g aFrigério, Marina Linequi. Elas colaboram nos ambula-tórios de psoríase, dermatologia pediátrica, hansenía-se, acne, tumores entre outros.

A Liga foi fundada em 2002 pelos acadêmicos docurso de medicina com interesse na especialidade.Atualmente, coordenada pelas docentes Dra. LúciaArruda e Dra. Cláudia Issa, tem como objetivo pres-tar serviços à comunidade, incentivar a pesquisacientífica e promover eventos, assim como aumentaras relações entre a universidade e o serviço. “O grupoestá firmando uma parceria com a Liga de DST daEscola Paulista de Medicina para treinar os alunos daPUCCAMP, na montagem de uma liga de DST quefuncionará no 3o período para o atendimento dessapopulação de doentes” - conta a Dra. Lúcia Arruda.

13 de Agosto de 2004l Peelings químicos, superficiais e médios

Coordenadora: Dra. Bogdana Victoria Kadunc l Peeligs químicos (profundos)

Coordenadora: Dra. Chinobu Chisaki10 de Setembrol Procedimentos de consultório

Coordenadores: Dra. Bogdana Victoria Kadunc ,Dra. Ada Regina T. de Almeida, Dra. Chinobu Chisakie Dr. Nilton Di Chiacchio

08 de Outubrol Correção das cicatrizes de acne- dermoabrasão

Coordenadora: Dra. Bogdana Victoria Kadunc08 de Outubrol Toxina botulínica (Técnicas avançadas)

Coordenadora: Dra. Ada Regina T. de Almeida12 de Novembrol Técnicas de Preenchimento

Coordenadora: Dra. Ada R T de Almeida12 de Novembrol Cirurgia de Mohs - Reconstrução

Coordenadora: Dra. Selma Cernea

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S B DJSBD l Ano VIII no 318

Minas Gerais

R e g i o n a i s

Em 15 de maio 2004, aconteceu o II Cursode Terapêutica Dermatológica, em BeloHorizonte, com a presença de 117 associados.“A programação abordou as várias áreas de

atuação da Dermatologia. Contamos com a participação de colegas de SãoPaulo, como o Dr. Sérgio Talarico Filho, e o Dr. Silvio Alencar Marques. DoRio de Janeiro, participou a Dra. Regina Schechtman” – declara a presi-dente da regional, Dra. Ana Cláudia de Brito Soares. “Planejamos um work-shop de peelings químicos que deverá ocorrer em agosto” – continua.

Ela adianta sobre os preparativos para a XIV Jornada Mineira deDermatologia que será nos dias 19 e 20 de novembro, em Ouro Preto.“Contaremos com as presenças de palestrantes estrangeiros. Em brevedivulgaremos o programa” – finaliza.

Nos dias 21 e 22 de maio ocorre uum encontro entre derm a t o l o g i s t a se pediatras que movimentou ambasas especialidades do Rio Grande doSul. “Este evento é bi-anual, umap romoção da SBD-RS em conjuntocom o curso de pós-graduação emPediatria da Universidade Federaldo Rio Grade do Sul. A Prof. Dra.Tânia Ferreira Cestari e a Dra.B e renice Capra Valentini, secre t á r i acientífica da regional, org a n i z a r a mcuidadosamente todo o pro g r a m a ,que abordou temas como acne eurticária na infância, derm a t o v i ro s-es, zoodermatoses, desafios na ter-apêutica dematológica na gestação

“Estamos mantendo nossasreuniões mensais de casos clí-nicos no ambulatório doServiço de Dermatologia doHospital Universitário, comuma freqüência dos sócios daRegional entre 70% e 80%”,a f i rma a presidente daRegional Alagoas, Maria JoséMedeiros. De acordo com ela,no 17 de junho houve umasessão interativa chamada"Como eu trato", com a parti-cipação de diversos colegas.Está programado para julhoum Curso de Imunoder-matologia. “Todos os membrosda SBD-AL aderiram à Cam-panha da Implantação daCBHPM. Estamos empenhadosna luta pela dignidade médica.Além disso, 23 dermatologis-tas alagoanos compareceram aJ o rnada Norte-Nordeste queaconteceu em João Pessoa” –declara.

Alagoas

Rio Grande do Sul

II Encontro Gaúcho deDermatologia Pediátrica

e outros assuntos de igualrelevância” – afirmou o vice-p residente da regional Dr.S e rgio Dornelles. Foram apre-sentados, em duas mesas re d o n d a s ,casos clínicos de doenças derm a t o -pediátricas, com discussão dasmedidas terapêuticas mais ade-quadas e atuais. “Foram as grandesnovidades, sendo consideradascomo um dos pontos altos doe n c o n t ro” - conta.

A Regional também comunicaque nos dias 15 e 16 de outubroserá promovida mais uma Jorn a d aGaúcha de Dermatologia, no HotelPlaza São Rafael. “O evento está

sendo minuciosamente elaboradopela diretoria, em especial pela Dra.B e renice C. Valentini, com base emlevantamentos realizados em pedi-dos feitos por nossos associados” –conta Dr. Dornelles. “Nesta ocasiãot e remos um número de cursos pré-j o rnada maior do que nos anosa n t e r i o res, para oportunizar ummaior detalhamento de assuntos.D e v e remos ter uma novidade nadinâmica das palestras do últimomódulo do evento, com a re a l i z a ç ã ode uma sessão interativa” – finaliza.

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Brasília

A presidente da regional, Dra. Lia de Castro, recebe re s i-dentes do Hospital das Clínicas da Universidade de Goiásdurante festa de confraternização. “A disciplina de derm a t o l o-gia e a SBD-GO estão orgulhosas e parabenizam o Dr. LucianoM o rgado pela sua aprovação em primeiro lugar no ExameNacional de Título de Especialista” – afirma Dra. Lia de Castro .

Da esq. p/ dir. os doutores: Alessandra Junqueira,Luciano Morgado, Jackeline Guerra, Marilene Silvestre,Hugo Junqueira, Maurício Barcelos, Aiçar Chaul, CamilaBorges, Vanessa Maciel e Lia de Castro.

O presidente da Regional CE, Dr. René Diógenes, destaca amobilização dos médicos pela Campanha da CBHPM. “Esta-mos atuando de maneira efetiva no movimento pela implanta-ção da tabela hierarquizada de procedimentos médicos. Aquitemos reuniões periódicas”, afirma. “Aproveitamos a ocasiãopara agradecer as Dras. Ida Duarte e Sílvia Marcondes quep roferiram, aqui, excelentes palestras” , concluiu.

E n t re os dias 24 e 28 de maio aconteceu a IIFeira de Saúde da Justiça Federal com o tema"Qualidade de Vida e Saúde: uma ação de justiçae cidadania", com participação dos membros daregional através de palestras, orientações e exam-es clínicos à comunidade presente. O pre s i d e n t eda regional, Dr. Gilvan F. Alves, e os médicos re s-identes Dr. Lucas Nogueira e Dr. Helbert Abe, doServiço de Dermatologia do Hospital Univer-sitário de Brasília, proferiram palestras sobrefotoenvelhecimento e câncer de pele. “Foram re g-istrados mais de mil visitantes ao evento” – contaD r. Gilvan Alves.

Santa Catarina

Goiás

Ceará

A II Jornada Catarinense de Dermatologia foi nos dias21 e 22 de maio, no hotel Parthenon Linda Cap, emFlorianópolis. Na mesma ocasião aconteceu a 1ª Jornadado Hospital Universitário de Santa Catarina. Na foto estãoos doutores Nilton Nasser (SC), Maria A. J. Sousa (RJ),Vicente P. Oliveira (SC), José A. Sanches Junior (SP), MariaDenise Takahashi (SP) e Jorge Luiz Battisti Archer (SC).

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S B DJSBD l Ano VIII no 120 JSBD l Ano VIII no 320

JSBD - O Sr. foi articuladorde estudos que foram base dodocumento sobre a form a ç ã odos médicos especialistas, dis-tribuído no 45º Congresso daSBD. Que avanços acontecerama partir dessa norm a t i z a ç ã o ?

D r. Paschoal - Ocorre r a malguns avanços: os serviçosc redenciados começaram a servisitados por membros daComissão de Ensino para veri-ficar as suas característicasno local. Isso é bom, poisalguns que não preenchiam osrequisitos mínimos tiveram oc redenciamento suspenso,tempo reduzido e diminuiçãodo número de vagas para af o rmação de especialistas. AAssociação Médica Brasileira eo Conselho Federal de Medi-cina credenciaram a SBDcomo a única entidade que fazparte de seu Conselho deEspecialidades, isto é impor-tante, pois outras entidadesnão podem falar em nome dosd e rm a t o l o g i s t a s .

JSBD - Como avalia a for-mação em residência dos der-matologistas?

Dr. Paschoal - A formação doresidente, com raras exceções, éboa. Uma vez terminado o está-gio e aprovados pela comissãodo Título de Especialista, elesestão aptos a exercerem a der-matologia.

JSBD - O que acha da reva-lidação do Título de Espe-cialista proposta pelo Con-selho Federal de Medicina?

Dr. Paschoal - Acredito serbenéfica, desde que realizadapela Sociedade Brasileira deDermatologia.

JSBD - Fale sobre as suasatividades profissionais nosúltimos tempos.

Dr. Paschoal - Atualmente,além da clínica privada, exerçoa diretoria da faculdade demedicina do ABC, fato paramim totalmente novo. Sem falsamodéstia, conheço razoavel-mente bem os segredos da der-matologia, mas na administra-ção de uma instituição de ensi-no estou aprendendo bastante.Ao meu ver, administrar é tra-balhar com as prioridades dainstituição. Tenho que traba-

lhar vaidades e o professor demedicina é extremamente vai-doso e inteligente, pois casocontrário, não teria alcançadoesse lugar. Isso dá muito traba-lho, além da crônica falta deverbas. Mas estou contente e,infelizmente, precisei me afastarda SBD, o que me entristeceu.

JSBD - Que conselhos o sr.pode dar aos dermatologistasjovens?

Dr. Paschoal - Exerça a der-matologia como um todo e nãosó a dermatologia estética, poisesta é perene, sofre concorrên-cia de outras especialidades enão tem uma anatomia deter-minada. Freqüentem congre s-sos, não só pelo aprendizado,pois hoje a web facilita muito,mas principalmente pelo conví-vio com os colegas de todas asidades e classes acadêmicas.

JSBD - O que o sr. gosta defazer em seu tempo livre?

Dr. Paschoal - Gosto de ficarem uma chácara que tenho emAtibaia, com meus netos, etento jogar tênis, pois sou per-sistente e não desisto. q

E x p r e s s õ e s d a D e r m a t o l o g i a

Dr. Luiz Henrique Paschoal

O Dr. Luiz Henrique Camargo Pas-choal se formou em normalista naEscola Caetano de Campos, “carinhosa-mente conhecida em São Paulo como aEscola Norma l da Praça”, conta o médi-co. Em 1955 ingressou na Faculdade deMedicina da Universidade de São Paulo.Nesse período participou da políticapela Juventude Universitária Católica,foi diretor do jornal acadêmico “OBisturi” e ainda participou de campeo-natos de xadrez. “Cheguei a ser vice-campeãouniversitário, apesar de nunca ter vencido umacompetição conhecida por “Mac-med” (Ma-ckenzie Engenharia e Medicina Usp), o que é umagrande mágoa”. Depois de formado, foi trabalhar

com o Prof. Ernesto Mendes, chefe dosetor de Alergia do HC-FMUS. “Ele que-ria alguém que conhecesse Alergia Der-matológica e, assim sendo, fui encami-nhado ao Prof. Sampaio que, por suavez, queria alguém que conhecessea l e rgia. Com essa comunhão fiquei naD e rmatologia”. Em 1974 prestou con-curso de docência livre na antigaEscola Paulista de Medicina, hoje,Unifesp. Em 1980 fez concurso para

P rofessor Titular da Faculdade de Medicina doABC, onde participou de todas as atividades aca-dêmicas e atualmente ocupa o cargo de dire t o r.Conheça melhor o Prof. Paschoal, que foi pr e s i-dente da SBD Nacional em 1989.