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Jornal da SBD Ano XII n. 3 1 Diretoria 2007-2008 Presidente - Alice de Oliveira de Avelar Alchorne Vice-presidente - Omar Lupi Secretária-geral - Ryssia Florião Tesoureira - Claudia Pires Amaral Maia 1 a secretária - Célia Kalil 2 o secretário - Josemir Belo Jornal da SBD Esta é uma publicação da Sociedade Brasileira de Dermatologia, dirigida a seus associados e órgãos de imprensa. Publicação bimestral - Ano XII - n o 3 - maio-junho - 2008 Coordenador médico - Paulo R. Cunha Conselho editorial - Alice Alchorne, Omar Lupi, Ryssia Florião, Claudia Pires Amaral Maia, Célia Kalil, e Josemir Belo Jornalista responsável - Andréa Fantoni - Reg. MTB/RJ n 0 22.217 JP Redação - Andréa Fantoni Editoração eletrônica - Nazareno N. de Souza Estagiária - Ana Luíza Reyes Contato publicitário - Priscila Rudge Simões A equipe editorial do Jornal da SBD e a Sociedade Brasileira de Dermatologia não garantem nem endossam os produtos ou serviços anunciados, sendo as propagandas de responsabilidade única e exclusiva dos anunciantes. As matérias e textos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores. Correspondência para a redação do Jornal da SBD Av. Rio Branco, 39/18 o andar - Centro - Rio de Janeiro – RJ CEP: 20090-003 E-mail: [email protected] Assinatura anual: R$ 100,00 Número avulso: R$ 20,00 Tiragem: 6.000 exemplares Impressão: Sol Gráfica Teledermatologia em expansão na SBD Sociedade Brasileira de Dermatologia Afiliada à Associação Médica Brasileira www.sbd.org.br Editorial Sumário Continuamos com nosso propósito de dar créditos aos indivíduos que criaram e continuam a construir nossa sociedade, levando ao público informações de interesse e leitura prazerosa. Nossa coluna Linha do Tempo, iniciada em 1888, segue rumo ao tempo presente.Vale a pena lembrar alguns fatos ocorridos nos últimos anos da década de 1980 e início da seguinte, entre eles, a primeira cam- panha de combate ao câncer de pele, o elevado nível de inflação anual que atingiu o Brasil e a simbólica queda do Muro de Berlim. Construído pela URSS para separar duas ideologias políticas inimigas, o comunismo e o liberalismo econômico, sua queda foi emblema de uma importante transformação para a humanidade. É gratificante a notícia de que brevemente teremos mais conforto e agilidade para aten- der a nossos associados. A reforma e ampliação da sede da SBD já tiveram início, e as obras têm previsão de entrega antes do final do ano. Na página 11, vale a pena conferir as informações sobre os aparelhos de laser e, de maneira objetiva, as vantagens e desvantagens de se investir em um. Na coluna “Fronteiras da Dermatologia”, a dra. Neuza Valente relata os avanços da imuno- histoquímica, realçando a importância do seu emprego na dermopatologia. Conheça também a influência dos hormônios na pele. A dermatologista dra. Denise Steiner e o ginecologista dr. Rogério Bonassi, de forma sucinta porém profunda, explicam o que há de novo nessa área do conhecimento. Notícias também sobre a realização do primeiro TED Especial, que teve grande adesão e foi um marco nas conquistas de nossa sociedade. Não deixem de ler na página 13 pérolas publicadas nos meses de fevereiro, março e abril de 2008 no Journal of Investigative Dermatology.Trata-se de resumos dos artigos “Eficácia a longo prazo do infliximab na hidradenite supurativa”, “Auto-anticorpos transglutaminase na Dermatite Herpetiforme” e “Metotrexate x ciclosporina na psoríase”. Nosso objetivo é, atra- vés dessas traduções, oferecer publicação de pesquisas originais de alta qualidade e informa- ções novas de todos os aspectos da biologia cutânea e doenças da pele. Gostaria de aproveitar para recomendar a leitura da reportagem sobre as peculiaridades da dermatologia na Coréia do Sul, país que será sede do Congresso Mundial de Dermatologia em 2011. Nossa matéria de capa aborda a teledermatologia, assunto atual com tendência a signifi- cativa expansão, e por isso mesmo selecionado para o destaque. Não percam e, principalmente, não deixem de aproveitar as dicas da coluna "Recomende", preparada por Ana Luíza. E, para concluir, ainda no embalo do clima romântico do mês dos namorados que pas- sou, sugiro que façam uma viagem lendo a matéria sobre os casais de dermatologistas. Boa leitura! Prof. Dr. Paulo R. Cunha - Coordenador Médico do Jornal da SBD 14 02 Palavra da Presidente 03 Começam as obras na sede 04 SBD no Dia Mundial do Meio Ambiente 05 O dermatologista na luta contra o tabagismo 06 Dermatologia na Coréia do Sul 08 A influência dos hormônios na pele 09 AMB: finalidade e ações 11 Investir em aparelhos de laser: vantagens e desvantagens 12 Primeira etapa do TED Especial foi um sucesso 13 Pérolas do Journal of Investigative Dermatology 17 Participação de associados em eventos médicos Painel 18 Amor à flor da pele 21 Tudo pronto para o 63 o Congresso da SBD 22 Fronteiras da Dermatologia 23 Vultos da Dermatologia: dr. Edson Virgilio Martins 24 Linha do Tempo Serviços Credenciados 25 Recomende Departamentos 26 Regionais Matéria de capa Paulo R. Cunha - Coordenador médico do Jornal da SBD Prof. Dr. Paulo R. Cunha

Jornal da SBD - Nº 3 Maio / Junho 2008

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Page 1: Jornal da SBD - Nº 3 Maio / Junho 2008

Jornal da SBD � Ano XII n. 3 � 1

Diretoria 2007-2008

Presidente - Alice de Oliveira de Avelar Alchorne

Vice-presidente - Omar Lupi

Secretária-geral - Ryssia Florião

Tesoureira - Claudia Pires Amaral Maia

1a secretária - Célia Kalil

2o secretário - Josemir Belo

Jornal da SBDEEssttaa éé uummaa ppuubblliiccaaççããoo ddaa SSoocciieeddaaddee BBrraassiilleeiirraa ddee DDeerrmmaattoollooggiiaa,,

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PPuubblliiccaaççããoo bbiimmeessttrraall -- AAnnoo XXIIII -- nnoo 33 -- mmaaiioo--jjuunnhhoo -- 22000088

Coordenador médico - Paulo R. Cunha

Conselho editorial - Alice Alchorne, Omar Lupi, Ryssia

Florião, Claudia Pires Amaral Maia, Célia Kalil, e Josemir Belo

Jornalista responsável - Andréa Fantoni - Reg.MTB/RJ n022.217 JP

Redação - Andréa Fantoni

Editoração eletrônica - Nazareno N. de Souza

Estagiária - Ana Luíza Reyes

Contato publicitário - Priscila Rudge Simões

A equipe editorial do Jornal da SBD e a Sociedade Brasileira de

Dermatologia não garantem nem endossam os produtos ou

serviços anunciados, sendo as propagandas de responsabilidade

única e exclusiva dos anunciantes.

As matérias e textos assinados são de inteira responsabilidade

de seus autores.

Correspondência para a redação do Jornal da SBDAv. Rio Branco, 39/18o andar - Centro - Rio de Janeiro – RJ

CEP: 20090-003

E-mail: [email protected]

Assinatura anual: R$ 100,00Número avulso: R$ 20,00Tiragem: 6.000 exemplaresImpressão: Sol Gráfica

Teledermatologia em expansão na SBD

Sociedade Brasileira de DermatologiaAfiliada à Associação Médica Brasileirawww.sbd.org.br

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Continuamos com nosso propósito de dar créditos aos indivíduosque criaram e continuam a construir nossa sociedade, levando aopúblico informações de interesse e leitura prazerosa.

Nossa coluna Linha do Tempo, iniciada em 1888, segue rumo aotempo presente.Vale a pena lembrar alguns fatos ocorridos nos últimosanos da década de 1980 e início da seguinte, entre eles, a primeira cam-panha de combate ao câncer de pele, o elevado nível de inflação anualque atingiu o Brasil e a simbólica queda do Muro de Berlim. Construídopela URSS para separar duas ideologias políticas inimigas, o comunismo eo liberalismo econômico, sua queda foi emblema de uma importantetransformação para a humanidade.

É gratificante a notícia de que brevemente teremos mais conforto e agilidade para aten-der a nossos associados. A reforma e ampliação da sede da SBD já tiveram início, e as obrastêm previsão de entrega antes do final do ano.

Na página 11, vale a pena conferir as informações sobre os aparelhos de laser e, demaneira objetiva, as vantagens e desvantagens de se investir em um.

Na coluna “Fronteiras da Dermatologia”, a dra. Neuza Valente relata os avanços da imuno-histoquímica, realçando a importância do seu emprego na dermopatologia.

Conheça também a influência dos hormônios na pele. A dermatologista dra. DeniseSteiner e o ginecologista dr. Rogério Bonassi, de forma sucinta porém profunda, explicam oque há de novo nessa área do conhecimento.

Notícias também sobre a realização do primeiro TED Especial, que teve grande adesão efoi um marco nas conquistas de nossa sociedade.

Não deixem de ler na página 13 pérolas publicadas nos meses de fevereiro, março e abrilde 2008 no Journal of Investigative Dermatology.Trata-se de resumos dos artigos “Eficácia alongo prazo do infliximab na hidradenite supurativa”, “Auto-anticorpos transglutaminase naDermatite Herpetiforme” e “Metotrexate x ciclosporina na psoríase”. Nosso objetivo é, atra-vés dessas traduções, oferecer publicação de pesquisas originais de alta qualidade e informa-ções novas de todos os aspectos da biologia cutânea e doenças da pele.

Gostaria de aproveitar para recomendar a leitura da reportagem sobre as peculiaridadesda dermatologia na Coréia do Sul, país que será sede do Congresso Mundial deDermatologia em 2011.

Nossa matéria de capa aborda a teledermatologia, assunto atual com tendência a signifi-cativa expansão, e por isso mesmo selecionado para o destaque.

Não percam e, principalmente, não deixem de aproveitar as dicas da coluna"Recomende", preparada por Ana Luíza.

E, para concluir, ainda no embalo do clima romântico do mês dos namorados que pas-sou, sugiro que façam uma viagem lendo a matéria sobre os casais de dermatologistas.

Boa leitura!Prof. Dr. Paulo R. Cunha - Coordenador Médico do Jornal da SBD

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02 � Palavra da Presidente03 � Começam as obras na sede04 � SBD no Dia Mundial do Meio Ambiente05 � O dermatologista na luta contra o tabagismo06 � Dermatologia na Coréia do Sul08 � A influência dos hormônios na pele09 � AMB: finalidade e ações11 � Investir em aparelhos de laser: vantagens e desvantagens12 � Primeira etapa do TED Especial foi um sucesso13 � Pérolas do Journal of Investigative Dermatology17 � Participação de associados em eventos médicos

� Painel18 � Amor à flor da pele21 � Tudo pronto para o 63o Congresso da SBD22 � Fronteiras da Dermatologia23 � Vultos da Dermatologia: dr. Edson Virgilio Martins24 � Linha do Tempo

� Serviços Credenciados25 � Recomende

� Departamentos26 � Regionais

Matéria de capa

Paulo R. Cunha - Coordenador médico do Jornal da SBD

Prof. Dr. Paulo R. Cunha

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2 � Jornal da SBD � Ano XII n. 3

�� Palavra da Presidente Alice de Oliveira de Avelar Alchorne

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Na nossa gestão, a Educação MédicaContinuada em Dermatologia é menina-dos-olhos. Nesses 18 meses de trabalho na SBDrealizamos inúmeros eventos, com a colabora-ção dos coordenadores dos departamentos, aseguir relacionados:

� Alergia dermatológica – 2 eventos (RS e MG)� Alergia dermatológica e Dermatoses ocupacionais (GO)� Geriatria (GO)� Dermatoscopia e Fotografia dermatológica digital (PE)� Laser (RJ)� Cosmiatria (SP)� Cosmiatria itinerante (PI, ES e BA)� Doenças infecciosas e parasitárias e DST (SP)� Unhas (RJ)� Psicodermatoses (RJ e SP)� Dermatologia tropical e meio ambiente (SP)

O Conselho Deliberativo criou o Departamento deTeledermatologia em setembro de 2007. Para desenvolver

as atividades desse Departamento, nossa Diretoria, com acolaboração incansável do coordenador Ivan Semenovitch,montou uma estrutura na sede da SBD para transmissão depalestras on-line. Já foram realizados quatro eventos (Laser,Novidades do Meeting da AAD, O fumo e a pele eCosméticos para cabelo).

Para o segundo semestre já estão programados outroseventos: Cosmiatria e Laser (SP), mais quatro de Cosmiatriaitinerante (RS, PA, SE, AM), Geriatria (PR), Imagem (GO),Alergia (PE), Hanseníase (BA), IV Jornada de Câncer de Pele(SP) e diversas palestras on-line.

Gostaria de agradecer aqui a grande colaboração detodos os que trabalham para a realização desses eventos:funcionários da SBD, coordenadores dos Departamentos,palestrantes e toda a Diretoria, mas dar destaque à atuaçãodo nosso coordenador dos Departamentos, dr. Josemir Belo(PE), que é segundo secretário da SBD.

Aos associados peço que prestigiem nossos eventoscom sua presença e desejo que os conhecimentos adquiri-dos lhes possam ajudar a desempenhar a Dermatologiacom embasamento científico.

Regionais - Agosto de 2008

� 2 47o Jornada Paranaense de Dermatologia - Curitiba - PR SBD Regional PR� 2 4o Curso EMC-D - Simpósio: Como eu trato? - Jornada HC-FMUSP SBD Regional SP� 2 X Jornada de Dermatologia Cosmiátrica da Policlínica Geral do RJ SBD Regional RJ� 7 Quinta Dermatológica - Maceió - AL SBD Regional AL� 8 Reunião Ordinária - ADS / Curso Teórico e Prático de Preenchimento SBD Regional RS

com Ácido Hialurônico - Porto Alegre - RS� 8 XLIX Jornada Goiana de Dermatologia - Goiânia - GO SBD Regional GO� 9 Reunião Clínica Dermatológica - Cuiabá - MT SBD Regional MT� 9 6a Reunião Ordinária Mensal - Niterói - RJ SBD Regional Flum.� 15 e 16 II Jornada Catarinense de Dermatologia - Terapêutica - Balneário Camboriú - SC SBD Regional SC� 16 Reunião Científica mensal - AMMG / Curso prático - Serviço Cred. da SBD - Belo Horizonte - MG SBD Regional MG� 16 Curso de Hanseníase - Hotel Blue Tree - Salvador - BA SBD Regional BA� 22 Curso Teórico-prático de Toxina Botulínica e Preenchimento - Recife - PE SBD Regional PE� 22 III Jornada Mato-Grossense de Cosmiatria - Cuiabá - MT SBD Regional MT� 23 Reunião Científica - João Pessoa - PB SBD Regional PB� 23 DermaSábado - Recife - PE SBD Regional PE� 23 Curso de Cirurgia Avançada - Niterói - RJ SBD Regional Flum.� 23 4a Reunião Dermatológica do DF - Dermatologia Pediátrica - Brasília - DF SBD Regional DF� 23 Curso de Alergia Dermatológica - Belém - PA SBD Regional PA� 27 Reunião Mensal - Rio de Janeiro - RJ SBD Regional RJ� 27 Reunião Científica - São Luís - MA SBD Regional MA� 30 Reunião Clínica Mensal - SDHUCAM - Vitória - ES SBD Regional ES

Internacional� 30-7 à 3-8 Academy 2008- Academia Americana de Dermatologia - Hyatt Regency Chicago - EUA

Alice de Oliveira de AvelarAlchorne

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tando perda de energia”, comenta Neuza Mar tinez.Para as janelas da entidade, estão previstas cor tinastipo persiana, visando impedir que a entrada do solaqueça os ambientes e aumente a necessidade docondicionamento de ar.

A diretoria planeja para o segundo andar a biblioteca,salas de reuniões, auditório, sala de espera, recepção e ba-nheiros para visitantes e convidados. Nesse espaço aconte-cerão diversas atividades voltadas para o associado.

Começam as obras na

sede

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Sexta-feira 13 não foi dia de azar, nem de gato preto,muito menos de espelho quebrado. Foi, sim, dia de SantoAntônio e, mais, aconteceu a primeira martelada da obra danova sede da SBD. Durante esse final de semana de junho,todas as paredes do 17o andar foram quebradas para con-figurar o grande salão que vai abrigar a administração daentidade. Essa primeira etapa está prevista para acabar emsetembro. A aquisição desse andar, pela atual diretoria,duplicará as instalações da SBD, que passa a ter 760m2, emdois pavimentos.

O projeto considera soluções ajustadas à preser-vação ambiental, segundo a arquiteta Neuza Mar tinez.A iluminação utilizará lâmpadas econômicas, com luzfria e alógena. O sistema de ar condicionado será tiposplit, que proporciona melhor confor to ambiental como mínino de gasto energético, além de os modernosaparelhos não utilizarem gases prejudiciais à camada deozônio.

“Os móveis e as marcenarias em geral utilizarãomadeiras com cer tificado e madeiras de refloresta-mento. Todos os circuitos elétricos serão projetadospara permitir o uso da iluminação setorizada erefeitos com nova fiação e quadros de luz e força, evi-

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causa. Foi criada a campanha“SBD é branca, parda, preta, amare-la e VERDE”, que incluiu a distribuiçãode folhetos educativos e cartazes, além deaula em slides.Também foi feito hotsite, no site voltado parao público da entidade, sobre proteção solar, enfatizando aimportância da preservação da camada de ozônio.

A SBD comemorou o Dia Mundial do MeioAmbiente, no último dia 5 de junho. No mundo todo, essadata é aproveitada para chamar a atenção para os proble-mas e para a necessidade urgente de medidas na área depreservação ambiental. Preocupada com os resultados daatividade humana sobre a camada de ozônio e os conse-qüentes danos à pele, a entidade também abraçou essa

5 de junho

Dia Mundial doMeio Ambiente

A dra. Michele Monteiroem palestra na EscolaMunicipal Professora Zuleika de Alencar

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Distribuição de folhetos na praia da Barra, com a participação de alunos da rede municipal

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Segundo o coordenador da campanha e vice-presiden-te da entidade, dr. Omar Lupi, esse evento agora faz partedo calendário oficial da sociedade.“Como cidadãos e repre-sentantes de uma sociedade médica, nós devemos nosengajar na causa da preservação ambiental e em políticasecologicamente sustentáveis. Essa campanha é de importân-cia fundamental”, afirma.

Como parte das atividades, a dra. Michele Monteiro, resi-dente da Policlínica do Rio de Janeiro, voluntariamente reali-zou palestra para alunos da Escola Municipal ProfessoraZuleika de Alencar, na Barra, no Rio de Janeiro. O tema prin-cipal era proteção solar e preservação da camada de ozônio,mas as crianças fizeram perguntas desde como cuidar daacne até sobre doenças sexualmente transmissíveis.

“Através dessas ações, podemos divulgar a importânciada nossa especialidade e o devido valor da prevenção dedoenças.A experiência de participar desse projeto foi muitogratificante, principalmente pela oportunidade de levarinformações a crianças, lembrando que elas, além de divul-garem os conhecimentos recebidos a outros colegas, tam-bém o fazem no seu círculo familiar, dando dimensão aindamaior à nossa ação”, ressalta a dra. Michele Monteiro.

Também foram encaminhados materiais educativos paraas escolas públicas do Estado do Rio de Janeiro cadastradasno projeto Amigos da Escola, bem como para os Serviços eas Regionais da SBD.

O dermatologista naluta contra o tabagismo

Para celebrar o Dia Nacional de Combate ao Fumo, 29de agosto de 2008, a SBD realizará a campanha “Pare defumar ou sinta na pele”. A meta é prestar esclarecimentossobre o fumo e suas conseqüências na pele. Serão distribuí-dos cartazes para as Regionais e os Serviços Credenciados,criado um espaço no site da entidade para o público leigo,além de promovida ampla divulgação do tema na mídia.

Para a atualização dos médicos, está disponível no site daSBD a palestra “O tabagismo e suas consequências na pele”,pro-ferida via internet pelo dr. Marcus Maia, que faz consideraçõessobre os danos do cigarro na pele, destacando, entre outrospontos, que os fumantes apresentam envelhecimento facial maisevidente e maior quantidade de rugas do que não fumantes.

Segundo o dr. Marcus Maia, os efeitos do tabagismo napele, apesar de intensos, são pouco divulgados e mesmodesconhecidos dos médicos. Ele sugere que esses proble-mas sirvam como elemento de combate ao hábito defumar. “A preocupação com a beleza e com o aspecto dapele pode ser mais importante para o indivíduo do quecom os efeitos internos da nicotina. Os argumentos der-matológicos colocam o dermatologista na luta contra otabagismo, fato que até hoje não foi explorado”, explica.

Ele afirma ainda que, além das rugas profundas, verdadei-ras dobras da pele, a nicotina provoca alterações cutâneasque dificultam a cicatrização, como alargamento de cicatri-zes e resultados precários nas cirurgias plásticas, principal-mente na face.“O efeito da nicotina está centrado nas fibrasde colágeno e elástico, ou seja, as mesmas fibras que com-põem o pulmão. Portanto, as conseqüências do hábito defumar ocorrem paralelamente na pele e no pulmão. Dessaforma, a pele pode ser significante marcador da doença pul-monar obstrutiva crônica”, afirma.

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A Associação Coreana de Dermatologia (KDA) foi fundadaem outubro de 1945. Na primeira assembléia geral, em 1947,havia o total de 48 membros.Atualmente contamos com 1.641membros ativos.A KDA realiza dois encontros anuais, o da pri-mavera, em abril, e o do outono, em outubro.A 60a edição doencontro anual da primavera ocorreu em abril passado.

A Sociedade Coreana para Dermatologia Investigativa(KSID), que conta com 300 membros, foi fundada em 23 demarço de 1991, com o propósito de promover a pesquisaem dermatologia.

JSBD - Quantos centros de treinamentos emdermatologia há atualmente na Coréia?Como é feito o treinamento de um dermato-logista? Quantos especialistas há no país?SCK - Hoje temos 42 faculdades de medicina, 63 hospi-tais-escola com treinamento em dermatologia e 211 profes-sores na Coréia. Em 2008, somos 1.641 especialistas emdermatologia. Para se tornar dermatologista são necessáriosum ano de internato e mais quatro anos de residência.

JSBD - Quais os principais desafios dos dermato-logistas e das sociedades médicas na Coréia?SCK - Temos um sistema nacional de seguro-saúde admi-nistrado pelo governo coreano, que procura manter o custobaixo. Por isso, os médicos coreanos estão cada vez maisinteressados em tipos de tratamento médico que não são

Entrevista com o prof. Soo-Chan Kim feita pelo prof. Paulo Cunha

JSBD - Fale brevementesobre sua trajetória profis-sional.Soo-Chan Kim - Formei-mepela Yonsei University College ofMedicine, de Seul, em 1978, e con-cluí a residência no Departamentode Dermatologia do Hospital

Severance, em 1983.Terminei meu doutorado em 1986, naYonsei University Graduate School of Medicine. Fiz meupós-doutorado como pesquisador visitante noDepartamento de Dermatologia da Johns HopkinsUniversity, em Baltimore, de 1988 a 1990. Atualmente souprofessor titular do Departamento de Dermatologia daYonsei University College of Medicine. Meu principal inte-resse são as doenças bolhosas. Fui nomeado secretário-geral da Comissão Organizadora do 22o Congresso Mundialde Dermatologia, que será realizado em Seul, de 24 a 29 demaio de 2011.

JSBD - Poderia nos dar um panorama geral dadermatologia em seu país?SCK - Na Coréia a dermatologia começou no final doséculo XIX, quando a medicina ocidental chegou aopaís por intermédio de médicos missionários america-nos. Desde então a dermatologia coreana muito sedesenvolveu.

Dermatologia na Coréia do Sul

Coréia do Sul apresenta diversidades:prédios modernos e templos

A capital da Coréia do Sul, Seul, é uma cidade cosmopolitacom seus templos, monumentos, parques e praias, às margensdo rio Han. Abriga luxuosos palácios como o deGyeongbokgung e o de Changdeokgung. Como nos grandescentros, o turista pode encontrar bairros como o Daehangno,onde artistas circulam pelas ruas e que guarda simpáticascasas de espetáculos e bares. Há também o elegante bairrode Apgujeong, com várias lojas de departamentos.

Prof. Soo-Chan Kim

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cobertos pelo seguro-saúde, como a dermatologia cosmé-tica e a cirurgia – e essa situação de alguma maneira inter-fere na confiabilidade do serviço médico. Apesar de essacondição ser uma tendência mundial, devemos encará-lacomo uma crise bastante eminente. Outro grande proble-ma é que há muitos médicos na Coréia, dermatologistasincluídos, e a concorrência intensa torna-se inevitável.

JSBD - Como é o atendimento público e pri-vado da dermatologia?SCK - Nosso sistema de assistência à saúde é parecido como dos Estados Unidos.Todo paciente pode utilizar os serviçospúblicos e privados sem limitação e pode escolher os médicos.

JSBD - Fale um pouco sobre suas expectativasem relação ao 22o Congresso Mundial deDermatologia, que ocorrerá na Coréia.SCK - O 22o Congresso Mundial de Dermatologia (WCD)será realizado no Centro de Convenções Coex, em Seul, de24 a 29 de maio de 2011. É o local ideal para esse impor-tante evento internacional, e a estação do ano também émuito apropriada. Os membros da Comissão Organizadoraestão empenhando os melhores esforços, em cooperaçãocom a Ilds, para propiciar aos dermatologistas do mundotodo as melhores oportunidades para aprender, comparti-lhar conhecimentos e estreitar os laços de amizade. O sitedo Congresso já está em operação — www.wcd2011.org— e contém informações atualizadas. Desde o primeiroCongresso Mundial de Dermatologia, realizado em Paris, em1889, esta será a segunda vez que o evento ocorre na Ásia,depois do encontro de Tóquio, em 1982. Esperamos rece-ber cerca de 20 mil participantes e mais da metade deve virde países asiáticos. Esse congresso será uma grande oportu-nidade para os dermatologistas asiáticos, os da Coréia tam-bém, naturalmente, no sentido de mostrar seus resultadosde pesquisa e trocar conhecimentos e experiência comcolegas do mundo todo.Atualmente somos testemunhas daonda colossal da globalização em várias áreas, e a dermato-logia não é exceção. Sem dúvida, o 22o WCD em Seul seráum campo dinâmico e intenso para intercâmbios.

Paraíso das compras, duas ótimas opções de consumosão o mercado de Dongdaemun, ponto forte em roupas, eo Yongsan Eletronics Market, com diversificação emeletrônicos e produtos high-tech.

Outra cidade importante é Daegu, a quarta maior do país,centro político, econômico e artístico, situada no sudoeste daCoréia do Sul. Para quem visitar a cidade, vale a pena seguir atéGyeongju. Lá está o maior templo de Bulguksa e a grutaSeokguam, com um belíssimo buda, guardião do mar.O excep-cional complexo arquitetônico religioso foi eleito pela Unesco(Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência ea Cultura), em 1995, patrimônio da humanidade.

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A influência dos hormônios na pele

Durante a menopausa, o corpo da mulher passa pordiversas transformações. A diminuição dos níveis de estro-gênio é acompanhada por ondas de calor, perda de massaóssea, atrofia dos tecidos genitais e diminuição da libido. Napele, os principais efeitos do hipoestrogenismo são desidra-tação, afinamento, diminuição do colágeno e aumento daflacidez.

Segundo o ginecologista dr. Rogério Bonassi Machado,professor adjunto da Faculdade de Medicina de Jundiaí (SP)e secretário-geral da Sociedade Brasileira de Climatério,após a menopausa as fibras de colágeno diminuem noritmo de 2,1% ao ano, mas essa velocidade pode variardependendo da coexistência de fatores de risco, como aexposição solar e o tabagismo. Além disso, as alteraçõesvasculares características do climatérico reduzem significati-vamente a capacidade de retenção de água pelas células ediminuem a atividade das glândulas sebáceas e sudoríparas.“A soma desses efeitos torna a pele fina, seca, enrugada, flá-

cida e quebradiça”, explica. Na opinião da dra. DeniseSteiner, coordenadora do Departamento de Cosmiatria daSBD, o hipoestrogenismo tende a acelerar o envelhecimen-to cutâneo.

Hoje, com o aumento da expectativa de vida, a mulherpassa grande parte de sua existência no período pós-meno-pausa. Por isso, as modalidades terapêuticas que aumentama qualidade de vida das mulheres nessa fase têm adquiridocada vez mais importância. A terapia de reposição hormo-nal (TRH) é utilizada, entre outras funções, para eliminar ossintomas do hipoestrogenismo. Os efeitos dessa reposiçãosobre as alterações cutâneas da menopausa vêm sendoestudados há tempos. De acordo com o dr. Bonassi, existem

evidências mostrando que a TRH pode limitar oenvelhecimento da pele, mantendo o tônus elás-tico.“Em estudo duplo-cego e placebo controla-do, o uso da terapêutica de reposição hormo-nal sistêmica associou-se a aumento da espes-sura cutânea. O declínio dos níveis de coláge-no que acompanha a menopausa é revertidopela administração tópica ou sistêmica deestrogênios”, observa.

“Uma vez que várias são as associaçõeshormonais disponíveis em TRH, os resulta-dos dos estudos mais recentes podemapresentar diferenças.Avaliando a pele pormeio de biópsia, o uso de estrogênios

“”

Com a TRH, a pele fica maishidratada e a perda de coláge-no é minimizada, mas existemoutros recursos disponíveispara o tratamento cutâneo,como hidratantes e ácidosantioxidantes. Cabe ao médi-co avaliar

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Presidente da AMB, dr. JoséLuiz Gomes do Amaral

AAssociação Médica Brasileira (AMB), fundada em 1951, tem amissão de defender a dignidade profissional do médico e a assistênciade qualidade à saúde da população brasileira. É formada por 27Associações Médicas Estaduais e 396 Associações Regionais.Compõem o seu Conselho Científico as 48 Sociedades Médicas, querepresentam as 53 Especialidades reconhecidas no Brasil. A AMBintegra o Conselho da Associação Médica Mundial e é fundadora daComunidade Médica de Língua Portuguesa.

Buscando o aprimoramento científico e a valorização profissional domédico, desde 1971, a AMB concede Títulos de Especialista eCertificados de Área de Atuação aos médicos aprovados em rigorosasavaliações. Por meio da Comissão Nacional de Acreditação, a AMB tam-bém administra os créditos necessários para atualização dos Títulos deEspecialista.

A Associação tem atuado junto ao Ministério da Educação e noCongresso Nacional pela regulamentação da criação e renovação dasautorizações de funcionamento de cursos de Medicina. As escolasmédicas devem atender a requisitos básicos como: corpo docentecapacitado na área médica, oferta de vagas de residência médica, uni-dades próprias de internação, ambulatorial e de emergência, centroscirúrgicos e obstétricos.

Desde 2000, a AMB elabora diretrizes médicas baseadas em evi-dências científicas para auxiliar o médico nas decisões clínicas. AsSociedades de Especialidade afiliadas à AMB são responsáveis peloconteúdo informativo e pela produção de diretrizes em sua respecti-va área de atuação, que podem ser acessadas pelo sitewww.projetodiretrizes.org.br.

O Programa de Educação Médica Continuada (EMC) atualiza oconhecimento científico. Desenvolvido em parceria com o ConselhoFederal de Medicina, o programa é gratuito, a distância e aberto à parti-cipação de todos os médicos brasileiros.

A Classificação Brasileira Hierarquizada de Procedimentos Médicos(CBHPM) define a integralidade dos procedimentos que compõem aassistência médica, ordenando, a partir da hierarquização, a valorizaçãodo profissional.

Com objetivo de permitir uma distribuição de profissionais desaúde que possam melhor atender às necessidades da população bra-sileira, a AMB defende o Plano de Carreira, Cargos e Salários para oSistema Único de Saúde.

AMB:finalidade e ações

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conjugados via oral ou de 17 beta estradiol transdérmicoassociou-se a aumento de 1,8% a 5,1% no colágeno após12 meses de TRH. Em outro estudo, utilizando a medida daespessura da pele por ultra-sonografia, pôde-se demonstrarque o uso de 17 beta estradiol em adesivo ou gel propiciouaumento de 7% a 15% na espessura da pele, igual ao encon-trado com o uso de estrogênios conjugados por via oral,também utilizado por 12 meses consecutivos. Marcadoresindiretos de ação sobre o colágeno também foram avalia-dos, sendo que a aplicação tópica de 17 beta estradioldeterminou aumento da hidroxiprolina em 38% após trêsmeses”, complementa o dr. Bonassi.

Apesar dos evidentes benefícios da reposição hormo-nal para a pele, a dra. Denise Steiner lembra que devemser levados em conta os riscos de cada paciente. “Por setratar de terapia individual, em cada situação haverárisco/benefício correspondente. Com a TRH, a pele ficamais hidratada e a perda de colágeno é minimizada, masexistem outros recursos disponíveis para o tratamentocutâneo, como hidratantes e ácidos antioxidantes. Cabe aomédico avaliar”, diz.

A indicação do tempo de uso da terapia de reposiçãohormonal também deve levar em conta as especificidadesde cada caso. “Na atualidade, não existem recomendaçõespara se limitar o tempo de uso da TRH. As principais enti-dades internacionais, como a International MenopauseSociety e a North American Menopause Society e, noBrasil, a Sociedade Brasileira de Menopausa, apontam emsuas diretrizes para a avaliação constante dos benefícios emcontraposição aos riscos individuais”, esclarece o dr. RogérioBonassi. O tempo de cinco anos foi colocado em destaqueapós a publicação dos resultados do estudo Women´sHealth Initiative (WHI), que mostraram aumento no riscodo câncer de mama (RR = 1.26) e de infarto do miocárdio(RR = 1.29) após 5,2 anos de terapia. No entanto, o mesmoestudo envolvendo mulheres histerectomizadas, que usa-ram apenas estrogênios, não demonstrou aumento no riscodessas doenças, após sete anos. Outros estudos utilizandohormônios distintos também não apresentaram riscos equi-valentes.

Não havendo evidências consistentes que apontem paraum período limite de uso da TRH, a continuidade do trata-mento depende da manutenção dos benefícios e do apare-cimento de eventos adversos. “Leva-se em consideraçãofundamentalmente o impacto dessa modalidade terapêuti-ca sobre a qualidade de vida da mulher, por vezes suficien-te para o uso prolongado e seguro”, explica o dr. Bonassi. ATRH é geralmente instituída no início do climatério, quandoos riscos cardiovasculares são menores. Segundo a dra.Denise Steiner, não é conveniente iniciar a terapia hormo-nal muitos anos após instalada a menopausa.“Muitas mulhe-res realizam a reposição durante anos, com resultadosexcelentes para sua saúde como um todo”, conclui.

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Atecnologia do laser invadiu o mercado dermatológi-co, além de revelar nova perspectiva para o dermatologista.Esses aparelhos proporcionam tratamentos mais potentes erápida recuperação da pele dos pacientes. A dra. Célia Kalil,membro da Diretoria Executiva da SBD, tem observado ulti-mamente aumento de publicações referentes aos aparelhosque utilizam a tecnologia do laser fracionado, tais como CO2e erbium, com a finalidade de melhora nas rítides da face,com potencial de menos efeitos adversos, em comparaçãoaos aparelhos de laser não fracionados de CO2 e erbium, ecom o mínimo de tempo de recuperação. “Eles são indica-dos para fotorrejuvenescimento minimamente ablativo ouinvasivo da face”, exemplifica. E faz um alerta:“O uso de tec-nologia de ponta, como a desses aparelhos, requer constan-te aperfeiçoamento e estudo do dermatologista, em prol dodesenvolvimento de suas habilidades”.

O coordenador do Departamento de Laser da SBD,dr. Alexandre Filippo, considera o Pixel o aparelho deerbium mais utilizado. “No entanto, agora está entrandono mercado o Starlux, ponteira 2940nm fracionada, quepermite trabalhar ao mesmo tempo com pulsos longos ecur tos, proporcionando maior atuação no tecido”,comenta. “Os aparelhos de laser de CO2 fracionado sãoo Active FX e o Smartxide. Bastantes seguros, eles pro-porcionam recuperação em torno de sete dias, comresultados estéticos excelentes. Suas principais indicaçõessão para fotoenvelhecimento, de moderado a severo, ecicatrizes de acne.”

Segundo a dra.Célia Kalil, a tecnologia que abrange laser, luzintensa pulsada e afins, tem sofrido constantes atualizações.Deacordo com estudos,os aparelhos com radiofreqüência e infra-

vermelho melhoram a elasti-cidade da pele, assim como aflacidez. “Atualmente, porexemplo, já existem ponteiraspara aparelhos de radiofre-qüência que servem no trata-mento da lipodistrofia ginói-de”, comenta.

As vantagens e desvantagem dos aparelhos vão variar deacordo com os efeitos que os dermatologistas pretendematingir.“Os fracionados não ablativos causam microzonas tér-micas (MTZs) na pele, com necrose e coagulação do tecido.Por outro lado, poupam a epiderme causando efeito de estí-mulo do colágeno, com rápida recuperação”, explica o dr.Alexandre Filippo. Esse tipo de procedimento necessita emmédia de quatro sessões. Ainda segundo ele, os mais utiliza-dos são o Fraxel, que “está cada vez mais prático, necessitan-do de menos preparo pré-procedimento, e mais rápido naexecução do tratamento, além de ser o único aparelho delaser aprovado pelo FDA, liberado para tratamento domelasma”, afirma.

Outro equipamento de destaque, de acordo com o dr.Alexandre Filippo, é o Starlux, com ponteira 1540nm fracio-nada, que utiliza técnica de carimbo na pele, emitindo altasenergias.Conseqüentemente, há maior concentração de calorna derme, levando ao aumento do estímulo do colágeno.

Investir em aparelhos de laser: I n v e s t i m e n t oPara ambos os especialistas, é importante conhecer bem as necessidadespessoais para avaliar o quanto vale a pena investir nesses maquinários.“Sugiro muita calma para tomar essa decisão,além de fazer estudo de mer-cado, da relação custo/benefício. Outro fator fundamental é ter um bomtreinamento. O ideal é ter a máquina 24 horas disponível no consultório,mas isso é muito difícil, pois, além do grande investimento, quando termi-namos de pagá-la, outros aparelhos mais modernos surgem no mercado”,comenta o dr.Alexandre Filippo.

Para a dra. Célia Kalil, uma boa opção é partir para a locação ouparticipar de um grupo de consórcio de dermatologistas, repartindo ocusto, transporte e manutenção do aparelho.“O conselho que eu doué conversar com colegas que já tenham aparelhos. Observe como é arelação com a empresa na qual eles compraram e, principalmente,como é a assistência técnica. Não se deixe levar por propaganda, poismuitos resultados mostrados pelos representantes não condizem coma realidade. Caso, finalmente, compre uma máquina, solicite treinamen-to com um dermatologista especializado”, aconselha.

O dermatologista deve dispor de cerca de 150 mil dólares parainvestir nesses equipamentos. Esse valor vai variar de acordo com osrecursos oferecidos. Segundo o dr.Alexandre Filippo, vale a pena apos-tar nas máquinas plataformes.“É mais vantajoso, pois é possível adqui-rir as ponteiras de acordo com a necessidade e ir atualizando a máqui-na, sem a necessidade de fazer um novo investimento”, orienta. Em suaopinião, os preços ainda estão muito elevados para o mercado brasi-leiro. “Infelizmente poucos dermatologistas podem investir nessasnovas tecnologias”, conclui.

vantagens e desvantagens

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A prova do Título de Especialista em Dermatologia(TED) Categoria Especial foi realizada em cinco capitais –São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Bahia e PortoAlegre –, cada uma delas com mais de 20 inscritos.Candidatos oriundos de outras localidades foram alocadosno grupo da capital mais próxima de seu estado. Ao todoforam 373 inscrições.

Essa etapa da prova é eliminatória. Quem for aprovadoparticipará de prova prática oral no dia 29 de junho de2008, em São Paulo, quando serão avaliados por doutoresda comissão de ensino, da comissão do TED e doutoresconvidados de serviços credenciados da SBD.

Para o dr. Silvio A. Marques, que acompanhou o eventono Rio de Janeiro, tudo esteve superbem organizado.“Coma participação de vários senhores e senhoras, mas a maio-ria na faixa dos 40 anos”, ilustra. Em Porto Alegre, comen-tou o dr. José Hermênio Cavalcante Lima Filho, o eventotambém seguiu sem interferências, contabilizando seis can-didatos faltantes.Tanto em Belo Horizonte como na capital

baiana as provas transcorreram com tranqüilidade.“A provaem Salvador foi sem anormalidades, e dela participaram 82colegas dermatologistas”, comenta o dr. José Sanches.

A Comissão do TED da SBD é formada pelos professo-res Maria Denise Takahashi, Bernardo Gontijo, JacksonMachado-Pinto, Silvio Alencar Marques, Artur AntonioDuarte, José Antonio Sanches Júnior, Lia Cândida Mirandade Castro, José Hermênio Cavalcante Lima Filho e SilmaraCestari, a última, membro ad hoc.

Primeira etapa do

TED Especial foi um sucesso

Da esq. para dir.: os drs. Berenice Capra, Célia Kalil e José HermênioLima, na fase que aconteceu em Porto Alegre

Ao todo 373 pessoas participaram da prova

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Pérolas do Journal of Investigative DermatologyEdições de fevereiro, março e abril de 2008

�� Eficácia a longo prazo do infliximab na hidradenite supurativaVários estudos já demonstraram a eficácia de inibidores de fator de

necrose tumoral-α no tratamento da hidradenite supurativa (HS). Mekkese Bos investigaram por quanto tempo persiste o efeito positivo de umtratamento curto com infliximab. Dez pacientes foram tratados com trêsinfusões e acompanhados por um ano. Todos os pacientes melhoraramem período que variou de duas a seis semanas. Após um ano, foi obser-vada significativa redução no escore de acne e na proteína C-reativa, alémde melhora na qualidade e vida. O tempo médio até a recidiva das lesõesfoi de oito meses e meio, e três pacientes não tiveram qualquer recidivadurante dois anos de acompanhamento. Concluiu-se que o infliximab étratamento efetivo para HS grave, levando à redução dos sintomas porperíodo prolongado. Br J Dermatol. 2008;158:370-4.

�� Auto-anticorpos transglutaminase na DHPara descobrir onde e como imunoglobulinas A (IgA) auto-antígeno

específicas para transglutaminase epidérmica (TGe) e transglutaminase teci-dual (TGt) são geradas na dermatite herpetiforme (DH), Marietta et al. estu-daram nove pacientes em dieta com quantidades normais de glúten.Os níveisde IgA antiTGt e antiTGe circulantes mostraram correlação entre si e com aextensão da enteropatia, e cerca de cinco dos 15 pacientes com doença celía-ca não tratada mostraram níveis elevados de IgA antiTGe. Esses resultadosindicam que o dano intestinal está associado à produção de IgA antiTGt e IgAantiTGe em pacientes com DH. J Invest Dermatol. 2008;128:332-5.

�� Sensibilidade de monócitos na DA: a idade importaMandron et al. avaliaram a sensibilidade monocítica à enterotoxina B

de Staphylococcus aureus (SEB) e a lipopolissacarídeo em 15 adultos comdermatite atópica (DA) majoritariamente grave e 15 crianças com DAleve. Ao contrário dos controles, na maior parte desses adultos e emgrande parte dessas crianças os monócitos isolados mostraram-se hiper-ativados, liberando de forma espontânea grandes quantidades de IL-6,IL-10 e fator de necrose tumoral-·, e não responderam à estimulação comSEB. Algumas crianças responderam à exposição in vitro a lipopolis-sacarídeo. O monitoramento da sensibilidade monocítica a toxinas bacte-rianas poderia mostrar-se ferramenta útil na avaliação e prognóstico daDA. J Invest Dermatol. 2008;128:882-9.

�� Metotrexate x ciclosporina na psoríase: efetividade,qualidade de vida e segurançaO objetivo desse estudo foi comparar a efetividade, qualidade de vida

e efeitos colaterais dos tratamentos com metotrexate e cilcosporina emum contexto refletindo a prática clínica normal.A mudança média de Pasicom relação à linha de base após 12 semanas foi de 58% no grupo dometotrexate e 72% no grupo da ciclosporina, mostrando ser a ciclospo-rina mais efetiva do que o metotrexate. Entretanto, o tratamento commetotrexate ou ciclosporina para a psoríase crônica em placas resultouem controle satisfatório da doença e melhora da qualidade de vida, comefeitos colaterais toleráveis. Br J Dermatol. 2008; 158:116-21

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Atelemedicina começou a ser desenvolvida em mea-dos do século XX, em função dos desafios impostos pelaguerra fria. A corrida espacial e os enfrentamentos bélicosexigiram que as grandes potências encontrassem meios degarantir assistência à saúde dos astronautas e soldados, loca-lizados a milhares de quilômetros dos centros médicos. Apartir de então, o setor não parou mais de crescer.

Sua popularização teve início na década de 1990, em vir-tude dos custos mais acessíveis das novas tecnologias e dosserviços de telecomunicação. Segundo o dr. Ivan Semenovitch,coordenador do Departamento de Teledermatologia da SBD,a telemedicina está atualmente bastante desenvolvida nos paí-ses considerados de primeiro mundo, em especial nos EUA.No Brasil, sua utilização ainda é pequena se considerarmos otamanho de nosso país. “A telemedicina brasileira está hojerestrita a alguns centros universitários, principalmente em SãoPaulo e Rio Grande do Sul”, explica.

Nesse meio, cabe destacar a Rute (Rede Universitária deTelemedicina), iniciativa do Ministério da Ciência eTecnologia, apoiada pela Financiadora de Estudos e Projetos(Finep) e pela Associação Brasileira de HospitaisUniversitários (Abrahue), sob a coordenação da RedeNacional de Ensino e Pesquisa (RNP). O projeto, que visa àintegração e ao aprimoramento das ações de telemedicinaexistentes, além de incentivar o surgimento de futuros tra-balhos, já reúne cerca de 60 instituições, entre hospitais ecentros universitários.

Para o dr. Ivan Semenovitch, um dos principais benefíciostrazidos pela telemedicina é a maior facilidade na divulgaçãodo conhecimento científico.“Em um país de dimensões con-tinentais como o Brasil, a existência de um canal de fácilacesso a grande parte da população médica permite queprofissionais que não têm condições de se deslocar para osgrandes centros se mantenham atualizados sem dispêndiode tempo ou dinheiro”, observa.

Pensando nisso, foi criado o Departamento deTeledermatologia da SBD, uma das principais realizações daatual presidência da entidade e que atende às inúmeras soli-citações dos associados nos últimos anos. “Com a criaçãodo novo Departamento de Teledermatologia, a SBD mos-trou estar antenada com as novas tecnologias que estãosurgindo e preocupada com a divulgação de conhecimento

científico para todos os seus sócios, principalmente aquelesque residem longe das capitais”, afirma o coordenador.

Formado pelos drs. Ivan Semenovitch, Carlos RobertoAntônio, Francisco George Barros Leal Jr. e Andréa MirandaGodoy, o departamento vem realizando periodicamente video-conferências que podem ser assistidas ao vivo,por associados dequalquer parte do país, através do site www.sbd.org.br/medicos.As palestras acontecem sempre na última segunda-feira de cadamês, às 21h, e abordam assuntos do momento, assim comotemas de interesse geral dos dermatologistas, os quais podemdirimir suas dúvidas de forma rápida e econômica.

As atividades do departamento foram inauguradas emjaneiro, com a videoconferência “Ecos do 2o SimpósioInternacional de Laser”, proferida pelo dr. Alexandre Filippo.Em abril, o dr. Omar Lupi apresentou as novidades do AnnualMeeting da AAD, palestra que foi assistida por mais de 300sócios. No mês seguinte, integrando os eventos do DiaMundial sem Tabaco — comemorado em 31 de maio — odr.Marcus Maia falou sobre as conseqüências do tabagismo napele. Em junho, foi a vez da profa. Maria Fernanda Gavazzoniesclarecer as principais dúvidas sobre cosméticos para cabe-los. “Entre os temas escolhidos para as próximas palestras

em expansão na SBDTeledermatologia

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Em um país de dimensões continen-

tais como o Brasil, a existência de um

canal de fácil acesso a grande parte da

população médica permite que profis-

sionais que não têm condições de se

deslocar para os grandes centros se

mantenham atualizados sem dispêndio

de tempo ou dinheiro

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estão ‘Atualização no tratamento da psoríase’, ‘Cosméticos nagravidez’ e ‘Alopecia androgenética feminina’”, informa o dr.Ivan.As conferências já realizadas podem ser assistidas na ínte-gra através da página da SBD na internet, bastando acessar olink “Palestra On-Line” no espaço reservado aos sócios.

Outra possibilidade aberta pela telemedicina é a discus-são a distância de casos clínicos, serviço já disponível no siteda SBD. Através dessa ferramenta, o associado pode divul-gar seus casos clínicos e compartilhar suas dúvidas com osdemais profissionais da dermatologia. “O objetivo desseespaço é criar um fórum de discussão sobre o diagnósticoe a terapêutica de moléstias observadas no consultório,ambulatório ou enfermaria em que o associado atua”, expli-ca o coordenador da mídia eletrônica da SBD, dr. PauloRicardo Criado. “Esse tipo de ferramenta permite, porexemplo, que um médico no Rio de Janeiro consulte umcolega da Região Norte sobre um caso suspeito de algumadoença tropical rara”, complementa o dr. Ivan Semenovitch.

Além de sua aplicabilidade na educação e na pesquisa, atelemedicina pode também ser utilizada na prática médica,

campo em que a dermatologia desfruta de vantagens sobreoutras especialidades.“No caso da dermatologia, a telemedicinaé bastante interessante, pois a maior parte dos diagnósticospode ser feita pela simples visualização das lesões, sem necessi-dade de contato com o doente”, observa o dr. Ivan.

Apesar de recentes, as ações de teledermatologia daSBD têm recebido atenção crescente por parte da dire-toria. Com a construção da nova sede da entidade, maiorespaço será destinado às atividades do departamento. Osequipamentos também serão aprimorados, havendoampliação do software que viabiliza as palestras on-line.“No futuro, pensamos em utilizar a estrutura da teleder-matologia da SBD para transmissão de aulas e cursos,integrando a Educação Médica Continuada emDermatologia”, explica o coordenador. “Vivemos em umpaís cujas distâncias dificultam e encarecem o contatocontínuo entre colegas e instituições de ensino e pesqui-sa. Daí a grande importância de uma tecnologia queacabe com essas distâncias e estimule a troca de conhe-cimento dermatológico”, conclui.

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A SBD não recomenda que seus associados partici-pem de eventos sem a chancela do Conselho Federal deMedicina, da Associação Médica Brasileira ou da própriaentidade.

Segundo a secretária-geral, dra. Ryssia Alvarez Florião, osassociados já conhecem esse paradigma. “Antes, porém, nãohavia sido normatizado.Agora, após reunião, resolveu-se comu-nicar formalmente, através de carta, o que foi estabelecidodepois de estudo desenvolvido pela Diretoria”, afirma. O textofoi incluído no site da entidade, e, posteriormente, encaminha-do através do Jornal da SBD.“Ficou esclarecido e divulgado queos associados são orientados e estimulados a participar deeventos com a chancela da SBD, do CFM e da AMB”, ressalta.

“Noto que nós e a sociedade civil respeitamos a SBDporque através de seus membros é oferecido conhecimentoconfiável e ético. Também nos orgulhamos de pertencer àSBD, por essa incentivar o atendimento médico criterioso e

a preservação da lealdade paracom os pacientes que nos procu-ram. Essa união estabelece a ami-zade, a confiança e o respeitoentre colegas. Além disso, a SBDestá sempre a serviço do desen-volvimento da dermatologia, bemcomo fiel ao compromisso dezelar pela qualidade profissionalde seus associados. Sendo então

Participação de associados em eventos médicos

Dra. Ryssia Alvarez Florião, secretária-geral da SBD

�� PainelOmar Lupi no board do JAAD

O atual vice-presidente e presidente eleito para a próximagestão da SBD, Omar Lupi, a partir de primeiro de junho e peloperíodo de cinco anos integra o corpo editorial do Journal of theAmerican Academy of Dermatology.

17o Congresso da EADV – Paris 2008Entre os dias 17 e 21 de setembro, acontecerá em Paris o 17o

Congresso da Academia Européia de Dermatologia e Venereologia(EADV). As 129 sessões previstas abarcarão os diversos

campos da dermatologia, e grande espaço será destinado às novi-dades da área. São esperados debates interessantes, com a presen-ça maciça das delegações não européias. “A alta porcentagem deaceitação dos convites para participação nas sessões representaum sinal significativo da aprovação da programação pela comunida-de científica”, fala Alberto Giannetti, presidente da EADV.A progra-mação social inclui coquetel de boas-vindas e uma noite de atra-ções e música no Arts Forains Museum (100 euros por pessoa).Mais informações no site http://www.eadv2008.com.

reconhecida pelas entidades máximas da área médica, o CFMe a AMB, das quais recebe estimulante apoio. Portanto, faz-senecessário neste momento evidenciar para os colegas médi-cos de outras especialidades e para a população brasileira oreal potencial da nossa tão querida SBD”, exalta a dra. RyssiaAlvarez Florião.

A Tesoureira da SBD, dra. Cláudia

Maia, foi recentemente convidada para

participar como palestrante de evento

sobre medicina estética, promovido

por entidade afim, que aconteceu na

Bahia. Ela declinou do convite junto à

empresa organizadora. No entanto,

ficou surpresa ao saber que seu nome

constou no folheto de divulgação do congresso. Diante disso,

segundo a especialista, foi enviada carta para a entidade questio-

nando a inclusão indevida de seu nome e solicitando reparação.

“Quero deixar bem claro que, caso meu nome seja vinculado

a qualquer outra entidade que não seja a SBD, será de forma

indevida. Sempre trabalhei, trabalho e vou trabalhar para a SBD,

sociedade à qual sou fiel por atender plenamente a meus anseios

como dermatologista”, adverte a dra. Cláudia Maia.

Dra. Cláudia Maia, membro da Diretoria da SBD

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Em 1989, os dermatologistas Hermênio Lima e Rosilenede Souza venceram concurso promovido por um laboratóriomédico com apoio da SBD e tiveram de ir à sede da entida-de, no Rio de Janeiro, para receber o prêmio. Mal sabiam queo destino lhes reservava recompensa ainda maior.“Na fila nosconhecemos e nos interessamos mutuamente”, conta o dr.Hermênio sobre o estopim da união de quase 10 anos quegerou duas filhas.Assim como eles, muitos associados da SBDtambém tiveram a dermatologia como cupido.

Foi o caso de Sarita Martins e Márcio Lobo, que se conhe-ceram no Serviço Dermatológico da Universidade Federal dePernambuco, ele, professor titular da disciplina e ela, residente.O romance começou quatro anos depois. “A convivência dodia-a-dia foi aprofundando a amizade até o nascimento doamor”, diz a médica. O hospital foi também o local de origemdo amor de Maria Silvia Laborne e Jackson Machado-Pinto,quando ela começou a residência no prédio da clínica de DST,onde ele trabalhava.“Daí nasceu uma afinidade e uma sintoniaque se mantêm após 23 anos”, afirma Jackson.

Com a presidente da SBD, dra. Alice Alchorne, o interessepela dermatologia surgiu por influência do namorado, Maurício.“Conheci melhor a especialidade através dele e dos amigos doServiço Dermatológico, e fiz então a escolha pela dermatologia”,conta ela.A aproximação dos dois se dera dois anos antes, quan-do Alice cursava a Faculdade de Medicina da USP e Maurícioestagiava no Hospital das Clínicas da Universidade.“Ele foi à festajunina que a minha turma promoveu para angariar fundos para aformatura e lá ficamos bastante tempo conversando. Após doismeses começamos a namorar”, lembra a médica.

Mais do que a especialidade, foi a própria SBD que uniu osdoutores Ricardo Lima e Rosane Alves.“Nos conhecemos estu-

dando dermatologia, no Hospital Universitário Gaffrée Guinle, daUNIRIO, e mantivemos o contato através dos eventos dermato-lógicos.Até que em uma reunião mensal da SBD-RJ, em outubrode 1996, começamos a namorar”, lembra Ricardo. Já a dermato-logista Mônica Azulay sempre disse que não se casaria com ummédico, muito menos de sua especialidade. Eros, contudo, tinhaoutros planos.No caso, foi o saudoso prof.Antônio Carlos PereiraJr. que tentou juntar sua assistente de consultório e David Azulay.“Ele veio bater no meu ouvido que ela estava descompromissa-da, mas aí já era tarde, porque já estávamos saindo. Mas valeu aintenção e, por isso, ele foi nosso padrinho de casamento”, recor-da David sobre o início da relação que gerou três filhos.

Além de ponto de partida, a especialidade constitui tam-bém pano de fundo de inúmeros relacionamentos. Caso dosdrs. Omar Lupi e Andréia Mateus, que se conheceram naenfermaria de Doenças Infecciosas do Hospital UniversitárioPedro Ernesto, da Uerj. “Nossa vida pessoal é, até certoponto, entrelaçada com a vida profissional e sempre tevecomo cenário a dermatologia, através da qual nos conhece-mos. Nossos filhos, que ainda são pequenos, já freqüentarammais congressos e jornadas dermatológicas do que muitosassociados da SBD”, brinca o vice-presidente da entidade.

A presença constante da dermatologia na vida dos casais évista geralmente como fator agregador. Para Ricardo eAlessandra Romiti, pais de Luísa e Gustavo, o fato de trabalha-rem na mesma área contribui para uma relação mais com-preensiva.“Fica mais fácil entendermos as dificuldades do dia-a-dia e as solicitações da profissão”,observam.“Dessa forma, tem-se uma dimensão melhor do mundo e dos personagens quepovoam o quotidiano de nossas práticas e nossos interesses nadermatologia, o que facilita o entendimento das situações”,

Drs. Sarita Martins e Márcio Lobo“A dermatologia foi o início de tudo. São26 anos de convivência de muita harmo-nia e amor.”

Drs. Tereza e Oswaldo Delfini“Estamos sempre discutindo, pesquisandoe estudando juntos, o que proporcionauma soma de experiências.”

Drs.Andréia Mateus e Omar Lupi “Nossa vida pessoal é, até certo ponto,entrelaçada com a vida profissional esempre teve como pano de fundo a der-matologia, através da qual nos conhece-mos.”

Drs.Alice e Maurício Alchorne“Facilita muito o fato de sermos damesma área, pois temos os mesmoseventos, mesmos materiais didáticos,mesmos colegas e amigos.”

Amor à flor da peleNo mês dos namorados, casais dermatologistas contam suas histórias

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endossa o dr.Azulay.A tolerância deve ser ainda maior quandoo fluxo de atividades profissionais é intenso, como acontececom o dr. Omar Lupi. “Além do consultório, me ocupo com adocência e o trabalho institucional na SBD. E a Andréia não sócompreende como também ajuda”, afirma o médico.

Outro ponto positivo é a maior facilidade para planejar aparticipação em reuniões, jornadas e congressos, e tambémpara programar as férias. “Temos a vantagem de poder via-jar sempre juntos para os encontros dermatológicos, poden-do dar uma 'esticadinha' para conhecer lugares novos e inte-ressantes”, apontam os drs. Ricardo e Alessandra Romiti.Ricardo Lima e Rosane compartilham dessa opinião:“Sempre participamos dos eventos juntos e aproveitamospara viajar, unindo o útil ao agradável. Ter companhia é umincentivo a mais para a atualização científica”.

Os benefícios não param por aí. Para Jackson e MariaSilvia, o interesse comum pela especialidade ajuda a manteruma relação de troca de experiências, tanto pessoais quantoprofissionais. “Estamos sempre discutindo casos difíceis oudividindo preocupações, dúvidas e sucessos.Além de diversasoutras coisas que temos em comum, a paixão pela dermato-logia nos aproxima mais!”, afirmam. Os doutores Oswaldo eTereza Delfini também aproveitam o trabalho comum parasomar experiências. “Estamos sempre discutindo, pesquisan-do e estudando juntos.” Para Alice e Maurício Alchorne, ofato de trabalharem na mesma área não só contribuiu, comocontinua colaborando com a aproximação do casal. “Facilitatermos os mesmos eventos, mesmos materiais didáticos,mesmos colegas e amigos, e ainda contarmos com a ajudamútua nas atividades profissionais”, observam.

A relação pessoal tende a facilitar a consulta profissio-nal, permitindo que as dúvidas sejam prontamente dirimi-das, o que é ainda melhor quando as áreas de atuação docasal são diferentes. “Contudo, é sempre bom tomar cuida-do para não exagerar na dose de conversas sobre pacien-tes e problemas com o consultório”, alerta Ricardo Romiti.Além disso, quando os casos clínicos são o assunto, e osargumentos giram em torno do diagnóstico e tratamento

Drs. Alessandra e Ricardo Romiti“Trabalhando na mesma área, fica maisfácil entendermos as dificuldades dodia-a-dia e as solicitações da profissão.”

Drs. Mônica e David Azulay“A dermatologia sem dúvida foi o quenos fez encontrar e aproximar. Daí parafrente, as coisas se sucederam de formaindependente do nosso interesse pelaespecialidade.”

Drs. Rosane Alves e Ricardo Lima “A dermatologia nos traz não apenas arealização profissional como tambémnos trouxe a realização afetiva.”

Drs. Maria Silvia Laborne eJackson Machado-Pinto“Além de diversas outras coisas quetemos em comum, a paixão pela der-matologia nos aproxima mais!”

de alguma doença, nem sempre reina o consenso. “Comoem tudo na vida, há coisas boas e ruins no fato de sermosda mesma área. Geralmente, consultamos um ao outro.Porém, algumas vezes condutas e abordagens terapêuticassão distintas e podem levar a uma bela discussão científica”,conta o dr. Hermênio. Para o dr. Jackson, esses embates pro-fissionais são bastante positivos. “Cada um tem sua maneirade ver as coisas, e discutir isso nos faz ver ângulos que deoutra maneira seriam ignorados”, observa.

Muitas vezes, a intercessão entre casamento e profissão vaialém da constante troca de idéias. Diversos casais de dermato-logistas compartilham o mesmo local de trabalho, seja o consul-tório particular, seja o serviço dermatológico.“Para tornar maisfácil o convívio profissional, eu e Tereza fazemos o possível paranão interferir em nossas individualidades”, explica OswaldoDelfini. Com 26 anos de união, Sarita e Márcio acreditam que ofato de conviverem 24 horas por dia — no hospital, no consul-tório e em casa — nunca atrapalhou a relação. “Nunca briga-mos por esse motivo,pelo contrário, nos tornamos mais amigose parceiros.Acho que quando existe um amor verdadeiro, nadaatrapalha”, declara a dermatologista. Na maior parte dos casos,porém, os horários de trabalho não coincidem, e a convivênciaprofissional durante a prática diária é pequena.

No início da amizade, no despertar da paixão, na conso-lidação do matrimônio. Em diversas histórias de amor,médicos dermatologistas viram sua especialidadeultrapassar os limites da carreira para interferirdiretamente nas decisões docoração. Os testemunhos aquiapresentados são apenasuma pequena amostra dasuniões construídas a par-tir da dermatologia.Pois, nessa área, maisdo que em qualqueroutra, o amor estáliteralmente àflor da pele.

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Jornal da SBD � Ano XII n. 3 � 21

A organização do 63o Congresso da SociedadeBrasileira de Dermatologia, a ser realizado entre 6 e 10 desetembro de 2008, no Centro de Convenções do Ceará,em Fortaleza, aguarda a participação de mais de três mildermatologistas. Segundo o dr. Heitor Gonçalves, o eventopromete contribuir de forma definitiva para a formaçãocientifica da dermatologia brasileira.

No conjunto de assuntos que serão abordados no 63o

CSBD estão novidades, tais como as relacionadas àhanseníase: os fármacos, usados principalmente no controledas reações imunológicas; haverá também palestras dosrenomados pesquisadores professor Marcelo Mira (PUCCuritiba) e professor Fernando Cunha (USP RibeirãoPreto). No campo da biotecnologia, serão apresentadostratamentos para psoríase, focalizando alguns produtosbiológicos que acabam de entrar no mercado.

Recém-lançados nos Estados Unidos, os equipamentosde alta complexidade no tratamento da pele, que unemlaserterapia, infravermelho e IPL (sigla da expressão luzintensa pulsada em inglês), bem como a terapia fotodinâmi-ca (PDT), integram as novidades tecnológicas que serãoapresentadas no evento.

Também serão realizados cursos práticos, com transmis-são ao vivo, sobre a combinação de tratamentos: toxinabotulínica, pellings, laser e preenchimento cutâneo. Segundoo dr. Heitor Gonçalves, essa atividade possibilitará a partici-

pação de maior número de dermatologistas. “Tambémserão ministrados simpósios teóricos, enfocando as últimasnovidades na área”, completa. A programação social tam-bém está excelente. Afinal, a cidade de Fortaleza oferecediversas atrações turísticas e culturais. Participe.

Tudo pronto para o 63o Congresso da SBD

�� Eventos

Participe!

Dermatologia SolidáriaA Comissão Organizadora do 63o CSBD vai

investir em ações de responsabilidade social.

“Vamos empregar nossos esforços como profissionais

médicos para contribuir com a sustentabilidade do

nosso país”, afirma o dr.Heitor Gonçalves. Entre os pro-

jetos está a “Campanha para a arrecadação de brinque-

dos educativos junto aos congressistas”.

Na área de exposição será montado um espaço

chamado “Cantinho dos Brinquedos”, para que o asso-

ciado deposite sua doação. Segundo a comissão, tudo o

que for arrecadado será distribuído para entidades que

prestam assistência a crianças carentes portadoras de

neoplasias malignas, como a Casa do Menino Jesus e a

Associação Peter Pan.

Page 19: Jornal da SBD - Nº 3 Maio / Junho 2008

22 � Jornal da SBD � Ano XII n. 3

Neusa Yuriko Sakai Valente Dermatopatologista e médica-pesquisadora do LIM-53 da Divisão/Departamento de Dermatologia do Hospital das Clínicas da

Faculdade de Medicina da USP e Dermatopatologista do Hospital do Servidor Publico Estadual – SP

Fronteiras da Dermatologia

Aimuno-histoquímica é atualmente, em certas situa-ções, indispensável para a correta prática da dermatopato-logia. Novos anticorpos vêm sendo lançados no mercado,melhorando ainda mais a acuidade diagnóstica ou, nocampo da pesquisa, abrindo novos caminhos. Abordaremossucintamente alguns desses avanços.

A caracterização imunofenotípica de infiltrados linfóides éuma das grandes aplicações da IMH, podendo auxiliar na dis-tinção dos linfomas e pseudolinfomas, e sendo indispensávelna classificação dos linfomas. Há anticorpos já incorporadosà rotina diagnóstica: para linfócitos T (CD3, CD45RO, CD43,CD2, CD5, CD7), subpopulação T helper (CD4) e T citotó-xico/supressor (CD8), dos quais destacamos o CD7, antíge-no cuja expressão é a mais precocemente perdida pelos lin-fócitos epidermotrópicos na micose fungóide. Quanto aoslinfócitos B, estão disponíveis o CD20 e CD79a. Este último,mais recentemente introduzido, tem a vantagem da positivi-dade em algumas proliferações B CD 20 negativas. Alémdisso, o CD79a marca também os plasmócitos, ao contráriodo CD20. Há também marcador específico de plasmócitos(CD138). No tocante aos linfomas B, alguns anticorposnovos vieram auxiliar sua classificação; assim, para o linfomaB de células do centro folicular, ao marcador disponível hábastante tempo, CD10, veio somar-se o Bcl 6, expresso tam-bém nas células normais do centro germinativo do folículolinfóide. Quanto ao linfoma B do manto, além do CD5,temos o mais recente ciclina D1; para o linfoma da zonamarginal, o anticorpo recentemente disponibilizado Irta-1(immunoglobulin superfamily receptor translocation associated 1),e para o linfoma B de grandes células difuso, tipo perna, alémdo Bcl2, temos o mais recente MUM 1 (myeloma associatedoncogene transcriptionally activated).Também recente, o anti-corpo CD123, positivo nas células dendríticas plasmocitói-des, proliferadas na hematodermia bastante agressiva, comfenótipo de linfócito natural killer (CD56 +), além de CD4+e CD123+, por vezes associado ao vírus Epstein-Barr.

Imuno-histoquímicaEm relação às lesões melanocíticas, há anticorpos mar-

cadores já disponíveis há tempos; são o S100, HMB-45,Melan-A, também conhecido como Mart-1 (melanocyteantigen recognized by T lymphocyte). De uso mais recentee não muito popular é o Ac contra tirosinase. Um dosmais recentes Ac é o Mift-1, proteína nuclear envolvidano desenvolvimento dos melanócitos e na regulação dasíntese de melanina. É positiva nos nevos e no melano-ma maligno, e usualmente negativa nos MM desmoplási-cos. Pode-se expressar também em macrófagos, fibro-blastos, linfócitos, células de Schwann e músculo liso.Talvez não se popularize por não ser vantajoso em rela-ção aos já disponíveis, nem em sensibilidade, nem emespecificidade.

No tocante aos agentes infecciosos, principalmente osvirais, ao lado dos anticorpos para citomegalovírus, vírus deEpstein-Barr, herpes vírus humano (HHV) 1 e 2, papiloma-vírus humano (HPV), temos atualmente o anticorpo para ovírus da varicela-zóster (antígeno de HHV-3) e para HHV-8do sarcoma de Kaposi, este último ajudando a distinguiressa entidade de outros processos vasculares neoplásicosou não. O HHV-8 também é positivo nos linfomas associa-dos ao HIV. Em relação a antígenos bacterianos, nada denovo de interesse dermatológico veio a se somar aos anti-corpos para micobactérias e para Bartonella henselae e B. quintana, ambas agentes da angiomatose bacilar e a pri-meira da doença da arranhadura do gato.

Em relação à pesquisa, anticorpos disponibilizadosmais recentemente para investigação dos receptoresToll-like, relacionados com a imunidade inata contraagentes infecciosos de todos os tipos, têm criado váriaslinhas de pesquisa. Vinculada a esses estudos, a expres-são do Inos (inducible nitric oxide synthase), de capitalimportância para o macrófago exercer a função dedefesa contra microorganismo invasores, tem sido ofoco de muitos estudos.

Page 20: Jornal da SBD - Nº 3 Maio / Junho 2008

Jornal da SBD � Ano XII n. 3 � 23

Apresentamoso dr. EdsonV i r g i l i oMartins, atual-mente tenen-t e - c o r o n e lmédico daReserva daPolícia Militar

(PM)/MT; cirurgião dermatológico doCentro de Referência de Alta e MédiaComplexidade (Cermac) da SecretariaEstadual de Saúde; e médico responsávelpelo Serviço Dermatológico do HospitalGeral Universitário da Faculdade deMedicina da Universidade de Cuiabá(Unic).

Nasceu em Cuiabá-MT, graduando-seem medicina em 1981, pela UniversidadeFederal de Juiz de Fora-MG, onde conhe-ceu o dr. Carlos Adolpho de CarvalhoPereira, que o incentivou a ingressar noCurso de Pós-Graduação em Der-matologia, fazendo vários amigos que con-tribuíram para sua formação: dr. Aloisio

Cury Gamonal, prof. dr. Jacy da Silva (inmemoriam), prof. dr. João Mansur (cirurgia),dra.Tereza Feital, dra.Maria Cristina Mansur(cosmiatria) e o dr. Milton Silas (micologia).

Retornou a Cuiabá-MT em 1993,ingressando no Ipemat, centro de refe-rência estadual, e na Polícia Militar.Incentivador e primeiro presidente daSBD Regional Mato Grosso, posterior-mente ocupou vários outros cargos. Foiprofessor substituto da UFMT, membroconselheiro do CRM-MT por vários anos,diretor de Saúde da Polícia Militar de MTe diretor de Saúde da Caixa dePreferência da PM/MT.

O dr. Edson Virgilio Martins represen-ta para nós, dermatologistas mato-gros-senses, além de excepcional profissional,um grande incentivador do crescimentode nossa Regional com sua humildadecaracterística e generosidade com seuscolegas, estudantes de medicina e pacien-tes. Companheiro, brincalhão (com ousem seu violão), solidário, de bom papo ecoração.

R e g i o n a l M a t o G r o s s o

Dr. Edson Virgilio Martinsu l t o sVd a D e r m a t o l o g i a Por dra. Débora Teresa da Silva Ormond, presidente da SBD-MT

Diretoria 2007-2008

PresidenteDra. Débora Teresa da Silva OrmondVice-Presidente Dr. Flávio Catarino Barbosa GarciaSecretário-Geral Dr. Renato Roberto Liberato RosteyTesoureiraDra. Sandra Franco de AssisDiretores Científicos Dra. Elizabeth Vaz de Figueiredo M. BatistaDra. Graciela Araújo do Espírito Santo

Coordenadores da CNPCPDr. Navantino Reiners BorbaDr. Roque Rafael de Oliveira Neto

Número de associados: 48

Fundação: 23 de setembro de 1992

Rua Barão de Melgaço, 2754 - Sala 203 78020-902 - Cuiabá - MT Tel.: (65) 3028-2579 / 3623-7753email: [email protected]

Dr. Edson Virgilio Martins

Page 21: Jornal da SBD - Nº 3 Maio / Junho 2008

1987

Prof. dr. Paulo Cunha�� LLiinnhhaa ddoo tteemmppoo

1988

1989

1990

1987 – Promovida no país aprimeira Campanha deCombate ao Câncer da Pele.Idealizada por Jarbas Portoquando este presidia a SBD-RJ.

1989 – Queda do Muro deBerlim.

1991 – Primeira Guerra doGolfo.

1988 – Promulgada a ConstituiçãoBrasileira, primeira após a redemocra-tização do país.

1988 – Aquisição da primeira sedeprópria da SBD, durante a presidênciado prof. René Garrido Neves. Endereço:Avenida Nilo Peçanha, 26, no Centro doRio de Janeiro.

1988 – A Inflação acumulada do ano de1988 foi de 1.037,56%.

1988 – 1a Reunião de CirurgiaDermatológica, promovida pela SBD-RESP sob a presidência do prof. dr.Maurício Alchorne.Coube a coordenaçãoao dr. Ival Peres Rosa, então chefe de clíni-ca dermatológica do Hospital do ServidorPúblico Municipal de São Paulo. Nestemesmo ano, foi criada a SBCD, tendo sidoseu primeiro presidente o prof. Sampaio.

1990 – Fernando Collor de Mello -primeiro Presidente da República eleitopor voto direito após a ditadura militar epromulgação da Constituição de 1988.

24 � Jornal da SBD � Ano XII n. 3

�� Serviços Credenciados

�� Universidade Federal do Estado do Riode Janeiro

O Serviço de Dermatologia da Universidade Federaldo Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO) realizará no dia26 de julho, no Colégio Brasileiro de Cirurgiões, a I Jornada de Dermatologia Pediátrica. O evento home-nageia a profa. Gabriela Lowy, dermatologista pioneira,reconhecida e respeitada internacionalmente, que setem dedicado obstinadamente ao estudo das doençasdermatológicas, sobretudo em crianças. Mais detalhes nosite www.sbdrj.org.br.

�� Universidade Federal de Ciências daSaúde de Porto Alegre

O Serviço de Dermatologia da Universidade Federalde Ciências da Saúde de Porto Alegre (UFCSPA) realizouno dia 14 de junho sua II Jornada Dermatológica. O even-to, coordenado pelo prof. dr. Renan Bonamigo, contoucom cerca de 150 participantes e abordou os seguintestemas: Pioderma gangrenoso, Banco de pele, Melanoma,Pele e obesidade, Estafilococcias, Micoses profundas,Particularidades das malassézias e Dengue, além de pro-mover uma sessão de casos clínicos. Os assuntos foramapresentados pela dra. Ligia Ruiz e por professores doRio Grande do Sul e São Paulo.

�� SantaCasa do Riode Janeiro

O Institutode Dermato-logia Prof.Azulay,da Santa Casado Rio deJaneiro, apoioua realização do XXII Congresso de Dermatologia daAssociação dos Ex-Alunos do Prof. Azulay, realizado nosdias 21 e 22 de junho. O evento contou com mais de 200inscritos. No primeiro dia, foram realizados 12 cursospráticos e, no segundo dia, diversas aulas teóricas foramministradas por alunos e ex-alunos do homenageado. Aofinal, além das merecidas homenagens ao prof. Azulay,houve um delicioso e tradicional churrasco de confrater-nização. A Associação convida todos os ex-alunos doprof. Azulay a participar do correio interno do serviçoque leva o nome do professor. Envie a solicitação de suainclusão para [email protected].

1991

Page 22: Jornal da SBD - Nº 3 Maio / Junho 2008

Exposições

RecomendeConfira nossas dicas culturais e dê também sua indicação, pelo e-mail [email protected]

�� Departamentos

A psicodermatologia ganhou espaço no 5o Simpósio dePrimavera da Academia Européia de Dermatologia e Vene-reologia (EADV), que aconteceu em Istambul, na Turquia,entre os dias 22 e 25 de maio de 2008. Durante o evento,foi promovido o encontro da Sociedade Européia deDermatologia e Psiquiatria (ESDaP).

O programa do encontro incluía 13 cursos, 18 simpósiose quatro conferências, além de sessões sobre as novidadesda área. O destaque da programação foi a conferência doprof. dr. Stephen Katz, intitulada “Advances andOpportunities in Skin Biology and Skin Disease Research”.A dra. Márcia Senra, coordenadora do Departamento dePsicodermatologia da SBD, participou como palestrante,apresentando o tema “A utilização da psicoterapia brevedinâmica em transtorno de estresse pós-trauma empacientes dermatológicos”.

Psicodermatologia marca presença no 5o Simpósio de Primavera da EADV

Logo após o evento, a dra. Márcia seguiu paraGiessen, na Alemanha, a convite do prof. dr. UweGieler, a fim de conhecer o Serviço dePsicodermatologia da Universidade Justus-Liebig.“O prof. Uwe coordena um grupo de terapeutas que dãosuporte aos pacientes nas áreas de arteterapia, musicoterapia, te-rapia de grupo e terapia individual, tanto para os pacientes inter-nados como para os ambulatoriais, complementando o tratamen-to dermatológico”, explica a médica, que teve a oportunidade deapresentar a esse grupo a palestra “Transtorno de estresse pós-trauma em pacientes dermatológicos no Hospital Público Geralde Ipanema”.“Todo esse conhecimento compartilhado reforça aimportância de ampliar os estudos na área de psicodermatologia,já que a conexão pele-cérebro é a base da observação de que umenorme grupo de doenças dermatológicas é exacerbado peloestresse psicológico” aponta a dra. Márcia Senra.

Dra. Márcia Senra apresenta trabalho

Jornal da SBD � Ano XII n. 3 � 25

Brasília:Nippon –

100 anos dei n t e g r a ç ã oBra s i l - Japão :Entre samurais,quimonos, porce-lanas e origamis, a exposição apresenta a cultura nipôni-ca através dos seus aspectos ar tísticos, aliando elemen-tos tradicionais e modernos. Um módulo é dedicado àimigração japonesa no Brasil e à cultura nipo-brasileira.De 5 de agosto a 12 de outubro, no Centro CulturalBanco do Brasil Brasília (Tel.: 61 3310-7087), ter a dom,das 9h às 21h. Entrada gratuita.

Recife:Leonardo Da Vinci: Mostra de desenhos do artista

italiano, com mais de 300 esboços de botânica, arquiteturae grandes invenções.Também são exibidos documentáriossobre Da Vinci. Até dezembro de 2009, no Instituto deCultura Brasil-Itália (Tel.: 81 3221-4112). Seg, das 9h às 17h,ter a sex, das 9h às 21h, e sáb, das 9h às 13h. Entrada gratuita.

Alô alô,Terezinha (estréia 4 de julho)(Brasil, 2008) Documentário sobre o grande comunicador brasi-

leiro Abelardo Barbosa, o Chacrinha. O diretor Nelson Hoineff fezuma enorme pesquisa para contar a vida do apresentador no forma-to de um programa de TV. Além dos famosos bordões e da incon-fundível buzina de Chacrinha, o público assistirá aos ídolos da época,como Roberto Carlos e Gilberto Gil.

Meu irmão é filho único (estréia 4 de julho)(Mio Fratello è Figlio Único, França/Itália, 2007) O longa conta a

história de dois irmãos, um fascista, outro comunista, que se apaixo-nam pela mesma mulher. O filme acompanha 15 anos da vida dospersonagens, por meio da conturbada história sociopolítica da Itálianas décadas de 1960 e 70.

Os desafinados (estréia 15 de agosto)(Brasil, 2006) O filme de Walter

Lima Jr. narra a trajetória de cinco ami-gos que, na década de 60, formam umabanda de Bossa Nova e desembarcamem Nova York com o sonho de tocarno Carnegie Hall. De volta ao Brasil, eles acompanham o cenário políti-co e musical do país. Com Rodrigo Santoro,Alessandra Negrini, CláudiaAbreu, Selton Mello, Ângelo Paes Leme e Jair Oliveira.

Page 23: Jornal da SBD - Nº 3 Maio / Junho 2008

Piauí

Paraná

Bahia

Minas Gerais

Goiás

Rio de Janeiro

Rio Grande do Sul

Pernambuco

Regionais

26 � Jornal da SBD � Ano XII n. 3

Piauí

No último dia 31 de maio, foi realizado o I CursoItinerante de Cosmiatria, na cidade de Teresina, no Piauí.Patrocinado pelo Departamento de Cosmiatria da SBD, ocurso foi ministrado pelas médicas Bertha Tamura e LilianOdo, e contou com a participação ativa de vários derma-tologistas do estado.

O evento foi composto por aulas teóricas no períododa manhã e procedimentos práticos de toxina botulínica,preenchimentos e peelings durante a tarde. “Todos os par-ticipantes foram unânimes em afirmar a excelência docurso”, declarou o presidente da SBD-PI, dr. Lauro LourivalLopes Filho.

A SBD-PR realizou evento na área de cosmiatria, cons-tando de três módulos. O curso validou pontos noPrograma de Educação Médica Continuada emDermatologia. As atividades aconteceram nos dias 12 deabril, 17 de maio e 14 de junho, na Associação Médica doParaná, tendo a participação de médicos da capital e dointerior do estado, além de convidados de outras regionais.

No primeiro módulo, com 98 participantes, a coordena-dora do Departamento de Cosmiatria da SBD, dra. DeniseSteiner, trouxe sua grande experiência em toxina botulínicae tratamentos combinados no rejuvenescimento facial, tra-tamento clínico do envelhecimento e alopecia da mulher.No segundo módulo, a dra. Célia Kalil, secretária da SBD,demonstrou, para 75 participantes, as tecnologias com laser.No terceiro módulo, o dr. Jayme de Oliveira Filho falousobre preenchedores, cuidados com a pele durante meno-pausa, pré e pós-parto.

Paraná

No dia 27 de maio foi realizado o I Concurso deRedação da SBD-BA, com o tema “Pele, proteja quemnos protege”. Participaram alunos matriculados do sextoao nono ano do Ensino Fundamental de 27 escolas darede municipal de Salvador. “A maioria das escolas cor-respondeu às nossas expectativas. Disponibilizaram salaadequada e horário específico para que todos os inscri-tos pudessem participar do concurso”, observou a pro-fessora Gilda Cedraz, coordenadora do projeto.Participaram em média 30 alunos por escola. Segundo a

profa. Gilda Cedraz, o projeto recebeu total apoio daSecretaria Municipal de Educação, em especial do secre-tário, prof. Carlos Soares.

As cinco melhores redações de cada escola serãoenviadas para a coordenação do concurso e avaliadaspor comissão julgadora formada por três profissionaishabilitados. Serão premiados os autores das trêsmelhores redações. A entrega dos prêmios ocorreráno dia 16 de agosto, durante o I Simpósio Nacional deHanseníase.

Bahia

Page 24: Jornal da SBD - Nº 3 Maio / Junho 2008

Jornal da SBD � Ano XII n. 3 � 27

Rio Grande do Sul

A SBD-MG realizou, nos dias 30 e 31 de maio, aXVII Jornada Mineira de Dermatologia, com grandeparticipação dos associados. O evento foi marcado pelaexcelência das palestras, contando com inúmeros con-vidados, entre os quais o dr. Hector Cáceres, de Lima,Peru.A cidade de Ouro Preto, sede do evento, propor-cionou ambiente favorável à confraternização de todosos participantes.

Minas Gerais Rio de Janeiro

Entre os dias 19 e 21 de abril, foi realizado o 4o DermaRio,no Centro de Convenções do Hotel Windsor,na Barra da Tijuca.Segundo o presidente do evento,dr.Carlos Barcaui,o DermaRiose expandiu graças à credibilidade alcançada nas edições ante-riores e ao trabalho em equipe da atual diretoria da SBD-RJ.Noprimeiro dia, foram realizados diversos cursos teóricos e práti-cos, além do VI Encontro de Cirurgiões Dermatológicos do Riode Janeiro. Nos demais dias, os participantes puderam assistir apalestras sobre os mais variados temas, que foram divididos deforma a contemplar a dermatologia como um todo.

Além do elevado nível científico, o DermaRio tem comocaracterística marcante a descontração, cujo ponto alto foia festa de confraternização realizada no bairro mais cariocado Rio de Janeiro, a Lapa.

Da esq. para dir. os drs. Hector Cáceres e esposa, Katyuska Bailon,Maria Ester M. Café, Flávia Bittencourt e Bernardo Gontijo

Ocorreu de 24 a 26 de abril, em Goiânia-GO, a 10a

edição da Radeco (Reunião Anual dos Dermatologistasdo Centro-Oeste), organizada pela SBD-GO. O eventocontou com a par ticipação de grande número de der-matologistas da região. Foram discutidos temas relevan-tes da dermatologia por palestrantes do Centro-Oeste,São Paulo e Rio de Janeiro, e oferecidos cursos práticosno Serviço de Dermatologia do HC/UFG. O eventocontou com o prestígio da presidente da SBD, dra. AliceAlchorne.

Goiás

Drs. Marilene C. Silvestre (pres. SBD-GO), Carmélia M. S. Reis (pres. SBD-DF), Alice A. Alchorne (pres. SBD), Elza G.Silva (pres. SBD-MS)

No último dia 16 de maio, a SBD-RS ofereceu aseus associados workshop de Técnicas Avançadas dePreenchimento com Esthélis, ministrado pela dra.Denise Steiner. O encontro foi realizado em Por toAlegre e contou com 54 par ticipantes, que puderamobservar as demonstrações e tirar suas dúvidas com apalestrante.

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Jornal da SBD � Ano XII n. 3 � 28

A XVI Jornada Pernambucana de Dermatologia reuniucerca de 300 especialistas de todo o país, nos dias 12, 13e 14 de junho, no Recife antigo. O encontro foi marcadopela discussão de temas atuais e relevantes, apresentadospor 48 palestrantes, entre os quais o vice-presidente daSBD, dr. Omar Lupi, e os membros do Departamento deLaser, drs. Alexandre Filippo, Valéria Campos e RobertoMattos. O evento contou com 22 estandes da indústriafarmacêutica. Os cursos práticos, ministrados no Hospitalda Unimed Recife, tiveram todas as vagas preenchidas epermitiram a habilitação dos dermatologistas em proce-

Pernambuco

dimentos consagrados pela especialidade. Os ServiçosCredenciados apresentaram casos clínicos, os quais foramdiscutidos por professores e pela platéia, em formataçãoinovadora e produtiva, muito elogiada pelos presentes.No coquetel de abertura, o presidente da RegionalPernambuco e também da Jornada, dr. Emerson deAndrade Lima, e o dr. Omar Lupi falaram sobre aimportância dos eventos regionais para o aprimoramen-to científico dos dermatologistas brasileiros. No encerra-mento, foi oferecida aos par ticipantes a festa“Pernambuco de todos os ritmos”.

Da esq. para dir. os drs. Emerson de Andrade Lima,Mariana de Andrade Lima, Irene Espindola, Omar Lupi

e Andréia Mateus