Jornal de Umbanda Sagrada Jan 2016

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    Página - 2 JORNAL DE UMBANDA  S AGRADA  - JANEIRO/2016

    No livro “Código de Umbanda”,Rubens Saraceni, Ed. Madras, pg. 380,existe um capítulo chamado “UmbandaNatural”, no qual podemos ler:

    Umbanda Natural = Umbanda Astrológi ca, Umbanda Filosóca,Umbanda Analógica, UmbandaNumerológica, Umbanda Oculta,Umbanda Aberta, Umbanda Po- pular, Umbanda Branca, UmbandaIniciática, Umbanda Teosófica,Umbanda Esotérica.* 

    Natural é a Umbanda regidapelos Orixás, que são senhores dosmistérios naturais, os quais regemtodos os polos umbandistas aquidescritos. Muitos optam por substi- 

    Diretor Responsável:  Alexandre Cumino - Tel.: (11) 5072-2112E-Mail: [email protected]ço: Av. Dr. Gentil de Moura, 380Ipiranga São Paulo - SP 

    Diagramação e Editoração:Laura Carreta - Tel.: (11) 9-8820-7972E-Mail: [email protected]

    Revisão: Equipe Umbanda, eu curto!Site: www.umbandaeucurto.com

    Diretor Fundador: Rodrigo Queiróz

    Tel.: (14) 3019-4155E-mail: [email protected]

    Consultora Jurídica: Dra. Mirian Soares de LimaTel.: (11) 2796-9059

    Jornalista Responsável:Wagner Veneziani Costa - MTB:35032

    EXPEDIENTE:

    É uma obra flantrópica, cuja missãoé contribuir para o engrandecimentoda religião, divulgando material teo-lógico e unifcando a comunidadeUmbandista.

    Os artigos assinados são de in-teira responsabilidade dos auto-res, não refetindo necessaria-mente a opinião deste jornal. 

     As matérias e artigos deste jornalpodem e devem ser reproduzidas emqualquer veículo de comunicação.Favor citar o autor e a fonte (J.U.S.).

    Produzida por: UMBANDA EU CURTO

    www.facebook.com/umbandaeucurto

    O JORNAL DE UMBANDA SAGRADA não vende anúncios ou assinaturas

     A PALAVRA DO EDITOR

    Por ALEXANDRE CUMINO Contatos: [email protected]

    Umbanda Sagrada 

    Nossa capa:

     A “UMBANDA SAGRADA” se tornou umavertente dentro da grande UMBANDA.Mas antes que se vaticine e dê por encer-rado o assunto é importante esclareceralguns pontos.

    O termo “Umbanda Sagrada” se po-pularizou por meio da obra de Pai Rubens

    Saraceni. No entanto, nunca houve inten-ção de criar uma vertente ou seguimentodentro da Umbanda e, ainda assim, issoaconteceu de forma bem natural.

     A partir da década de 1980, RubensSaraceni começou a psicografar roman-ces e livros doutrinários de Umbanda.O autor espiritual que mais se destacoufoi Pai Benedito de Aruanda, um “Preto

     Velho”, e este esp íri to, ao escr ever,sempre se referia à religião desta forma:

     “Umbanda Sagrada”.

    Pai Benedito não estava se referindo,em suas obras, a uma nova vertente esim a toda a Umbanda. Para Ele, toda aUmbanda é Sagrada.

    Para Rubens Saraceni e Pai Beneditode Aruanda, caso alguém perguntasse dequal Umbanda eles faziam parte ou sereferem, a resposta seria, com certeza,

     “Umbanda Natural”, não por se tratar deuma outra vertente e sim pelo fato de queconsideram a Umbanda, como um todo,uma “Religião Natural” o que, na obra deRubens, se opõe à “Religião Abstrata”.

    Na “Religião Natural” é possível verDeus na Natureza, por meio dos Orixás;na “Religião Abstrata” a relação comDeus faz parte de um processo abstratoe intelectual.

    tuir a designação de “Ritual de Um- banda Sagrada”, dada à UmbandaNatural, porque lhes falta uma visãomais ampla do que sejam os OrixásNaturais, regentes divinos de todosos processos religiosos.

    Então que fque bem claro que,em essência, para Rubens Saracenie Pai Benedito de Aruanda, toda aUmbanda é Sagrada, toda a Um-banda é Natural e toda a Umbandaé Divina.

    Não houve intenção de criar umanova vertente. No entanto, identicar--se com a “Umbanda Sagrada” passoua ser um processo muito simples enatural a quem lê, estuda e pratica a

    Umbanda com base na obra de RubensSaraceni.

    Obs.: Todos os livros de Rubens Sara-ceni foram publicados pela Editora Madrase podem ser consultados no site www.madras.com.br - Especialmente sobreesta introdução ao conceito de “UmbandaSagrada”, recomendo os títulos: “Um-banda Sagrada” , “Codigo de Umbanda”,

     “Fundamentos Doutrinarios de Umbanda”e “Tratado Geral de Umbanda”. Todos deRubens Saraceni e Ed. Madras.

    * Nota de Alexandre Cumino: Poderíamos citar ainda muitas outras Um-bandas como: Umbanda Eclética, UmbandaCristã, Umbanda Omolocô, Umbanda Tradi-cional, Umbanda Almas e Angola, Umbanda

    Cruzada, Umbanda Traçada e etc.

    DECLARAÇÃO

    Flhagáca Unidade de Negócis d GrUpoFOLHA, lcalizada na A lameda Baã deLimeia, 425 - 70  anda - Cams Elíses -Sã paul/Sp - CEp 01202-900, inscitan Cadast Nacinal de pessa Juídica -CNpJ 60.579.703/0001-48, declaa aa sdevids ns que executu em seu aquegác seviç de imessã d JnalUmbanda Sagada Ediçã n0  188 ndia 19/01/16 cm tiagem de 22.000exemlaes cm ael imensa fnecid esta Gáca, cm eidicidade Mensalde iedade d Clégi de UmbandaSagada pena Banca, tend cm seu dietesnsável S. Alexande Cumin.

    Sã paul, 19 de Janei de 2016

      Sidney Silva

      Flhagáca

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    • Na Umbanda, tirando aparte prática ou os traba-lhos espirituais, tudo mais

    ainda está para ser uni-formizado e normatizado.

    • Batizados, casamen-tos, funerais, iniciações,etc., cada corrente dou-trinária tem seus ritos eninguém abdica do seumodo e prática particularem benefício do geral oucoletivo.

    Eu mesmo, orientadopelos mentores espirituais,

    desenvolvi ritos de batismo, de casamento,de funeral e de iniciação fundamentais e pos-síveis de serem ensinados em aulas coletivase de serem realizados com grande aceitaçãopor quem a eles se submetesse, já que sãomuito bem fundamentados. Mas, não parasurpresa minha, já que não esperava quefossem aceitos, foram recusados por muitose admitidos só por uma minoria.

    E mais uma vez os umbandistas des-denharam ritos fundamentais em pé deigualdade com os das outras religiões econtinuaram casando-se em outras religiões

    e batizando seus lhos fora da Umbanda. Sóuma minoria é el aos seus ritos! Com isso,perde a religião e perdem os umbandistas.

    Pressa e oportunismo não são bonscompanheiros de quem deseja semear algoduradouro no tempo e na mente das pes-soas, principalmente entre os umbandistas,tão refratários a mudanças. Eu, com muitoslivros teológicos e doutrinários já escritos hámuito tempo, não me animei em publicá-losantes de ter iniciado o meu curso em 1996,e só anos após ministra-lo a centenas depessoas e ser aprovado por elas, ousei co-

    locar ao público livros de Doutrina e Teologia

    ESCREVER SOBRE Teologia de Umbandanão é tarefa fácil porque antes precisamosdenir o que é Teologia e o que é Doutrinade Umbanda.

    • Teologia: tratado de Deus; doutrinaque trata das coisas divinas; ciênciaque tem por objeto o dogma e a moral.

    • Doutrina:  conjunto de princípiosbásicos em que se fundamenta umsistema religioso, losóco e político;opinião, em assuntos cientícos; norma(do latim doctrina).

    Pelas denições acima, teologia e dou-trina acabam se entrecruzando e se mistu-

    rando, tornando difícil separar os aspectosdoutrinários dos teológicos, principalmenteem uma religião nova como é a Umbandaque, para dicultar ainda mais esses camposdistintos, está compartimentada em váriascorrentes doutrinárias.

    Panteões formados pelas mesmasdivindades, mas com nomes diferentes, con-fundem quem deseja aprofundar-se no seuestudo. Autores umbandistas temos muitos,mas as linhas doutrinárias os separam e,em um século de Umbanda, ainda não foipossível uma uniformização teogônica ou

    doutrinária. Então, imaginem a diculdadeem tentar algo no campo teológico.

    Quando iniciei um curso nomeado pormim “Curso de Teologia de Umbanda”, istono ano de 1996, foram tantas as reaçõescontrárias que esse meu pioneirismo gerouaté um certo autoisolamento, que me impuspara preservar-me e ao meu trabalho nocampo da mediunidade, da psicograa edo ensino doutrinário.

    Ser pioneiro e iniciar algo até entãonão pensado por nenhum outro umbandista

    gerou para mim uma certeza inabalável:

     A Teologia de Umbanda Por RUBENS SARACENI – Contato: [email protected]

    de Umbanda Sagrada. Masantes, tomei a precauçãode testar minha teoria deque havia criado um novo

    campo de estudo para osumbandistas já que, sem aaprovação deles, de nadaadiantaria lançá-lo, poiscairia no vazio e no esque-cimento.

    Quem tenta se apro-priar das ideias e das cria-ções alheias corre o risco deser tachado com a pecha deoportunista e deve tentardestruir a todo custo quemteve a ideia primeiro e criou

    algo de bom. Caso contrário, este alguémsempre os acusará e mostrará a todos queoportunismo e esperteza em religião têmvida curta porque não prosperam no tempo,além de não contarem com a aprovaçãoda espiritualidade e dos sagrados Orixás,que não delegaram a ninguém o grau dereformador da Umbanda, pois ela ainda nãoultrapassou a sua fase de implantação noplano material.

    Os meus livros também se inserem nes-sa fase e espero que este meu comentáriosirva de estímulo a outros umbandistas (não

    apressados e não oportunistas) e que ve-nham a contribuir para que seja criada umaverdadeira “literatura teológica umbandista”,tão fundamental quanto indispensável àdoutrina de Umbanda.

    Eu sei que isso demorará muito tempopara acontecer, mas sou obstinado e con-tinuarei a contribuir com o calçamento docaminho que conduzirá as gerações futuras,à concentração dessa nossa necessidade.

    Texto extraído do livro “Tratado Geralde Umbanda - As chaves interpretativas

    teológicas” – Editora Madras.

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    Por MAGNUS QUANDT: Contato: [email protected]

    O Médium X-MEN

    PARA ENTENDER o conteúdo dotexto, farei um breve relato de meuinício na Umbanda de uma maneirabem simples e sem poesia vamosdizer assim.

    Bom, eu fui na primeira Gira deUmbanda apenas para acompanharuma pessoa que trabalhava com

     “isso”. Então, como eu estava deférias da faculdade resolvi ir emuma Gira e ver o que era “isso”. Naprimeira sessão foi tranquilo, nor-mal e acabei até gostando daquele

     “negócio” chamado Umbanda. Jána segunda sessão tive a sorte deser uma Gira que chamavam de Es-querda; gostei do clima e tudo mais.

    Porém, acabou que incorporei umExu (o mesmo que trabalha ao meulado hoje) e, após isso, eu decidique queria ser umbandista e assimcomeçou minha jornada.

    Por eu ter incorporado de ma-neira “rme” em minha segundavez na Umbanda eu já me achavauma pessoa diferente e especial porisso. Eu já sabia o nome deste Guiaespiritual, então isso me fez acharque eu era melhor que as pessoasque já trabalhavam lá há anos e

    nunca tinham incorporado e atémesmo alguns não sabiam o nomede seus Guias ou não tinham rmezana incorporação.

     Aí então eu me tornei o MédiumX-MEN: eu tinha superpoderes, eramelhor que os outros irmãos, meusGuias eram os melhores, eu queriacomprar um chapéu de cangaceiropara o Baiano, queria comprar acapa para Exu, queria comprar o

    chapéu do Sr. Zé Pelintra e z tudoisso! Anal eu estava pronto, euincorporei, sabia os nomes, fumavacharuto, cigarro de palha, fui auto-rizado a consumir (incorporado) be-bidas alcoólicas (porque lá isso nãoera para todos) e eu passava para aspessoas humildade, gratidão e since-ridade, mas, por dentro, eu estavacheio de orgulho, de autoestima,

    de “poder” e julgamento para comos outros que eu não considerava “evoluídos” como eu.

    Sim, eu tinha superpoderes euera o escolhido o Médium X-MEN ecom certeza eu tinha todo o conhe-cimento e rmeza de abrir minhaprópria Casa e ela seria melhor queaquela que me iniciou e se abriu paraeu entrar pela primeira vez; anal, euestava coberto com o manto negroda razão…

    Resolvi então estudar, porqueme disseram que estudar era o ca-minho e a Casa que eu frequentavanão dava “valor” para o estudo ounão incentivava. Resolvi virar umMAGO, então eu iria ser o MAGOMÉDIUM X-MEN!

    Fiz cursos de magia e com issoeu já me sentia innitamente superior

    aos outros irmãos que chegavam,atendiam as pessoas e iam emboracom sensação de trabalho realizado eeu não: era o incansável estudioso daUmbanda e da Magia Divina!

    Eu sabia todos os tronos, cores,nomes, Orixás, suas lendas, li livros(não pelo prazer de aprendizado),mas sim para dizer que eu tinhaconhecimento e sabia muito sobrea Umbanda; anal, eu era o MAGOMÉDIUM X-MEN e tinha que fazerpor valer. Com isso eu acabava

     “desprezando” os irmãos que esta-vam iniciando e lutando com suasdificuldades internas e eu nuncatinha passado por isso.

    Sabe por que?Porque eu era oMAGO MÉDIUM X-MEN!

    Mesmo com tudo isso eu tinha

    o respeito devido com a Casa, comas pessoas, com a espiritualidade,porque eu fazia tudo correto (comonão fazer correto se eu era o ME-DIUM X-MEN?)

    Eu não fazia nada do que a Casanao autorizava, não desrespeitavaas pessoas, cava no meu lugar e sóintervia ou fazia algo quando eu erachamado, isso sicamente falando,porque o meu interior observava otrabalho alheio e julgava, achandoque meu Guia faria diferente ou

    meu Guia JAMAIS faria um absurdodaquele. Eu achava que a maneiracomo a Gira era tocada naquela Casaestava errada: o médium “X” nãotinha condição de estar atendendo

    um consulente, tudo era um absur-do! E sabe por que? Porque eu eraO MASTER MAGO MÉDIUM X-MEN!

    Sim, eu já tinha evoluído nessetempo de trabalho, mesmo quietono meu canto enquanto os Guias es-talavam os dedos, em meu espíritoachava que o meu estalava certo e odos outros estalavam errado.

     EU CONHECIA a maneira corre-ta de fazer oferenda, de fazer uma

     “mandala”, de fazer um ponto risca-do; eu já colecionava alguns grausde magia, eu já tinha no currículoespiritual alguns cursos e palestras,eu já tinha uma bagagem de visi-tas a Terreiros alheios e grandes,muito maior do que aquele que eutrabalhava; eu já conhecia pessoas

     “famosas” no meio umbandista.

    Sim, eu era o MASTER MAGOMÉDIUM X-MEN que teve seu iníciorápido como a echa de um Caboclo,rme como os soldados de OGUM,

     justo e racional como Xangô, amoro-so e doce como Oxum. Então, eu erao MELHOR MÉDIUM QUE AQUELACASA JÁ TEVE, eu era dedicado (nãofaltava em nenhuma sessão), eu eraesperto, eu respeitava as regras, euestudava (até além do que pediam),eu estava em todos eventos quer oTerreiro participasse ou não, porqueeu era o MAGNÍFICO MASTER MAGOMÉDIUM X-MEN…

    Ei, e você, também é um MÉ-DIUM X-MEN?

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    Por MARCOS RAFAEL SOUZA - Contato: [email protected]

     A Verdade de Exu e a Lenda de Satã 

    TODOS NÓS JÁ SABEMOS que Exu não éo diabo e que a gura de Satã está mortadentro de muitos cultos e religiosidadesbrasileiras. Acredito que seria bom quesatã estivesse “vivo” ainda, não essedemônio de hoje, mas sim o medieval,temido, e até respeitado por muitos.Calma! Todos irão entender!

    Exu virou brincadeira na boca de mui-tos e até sinônimo de muita libertinagem.Hoje, essa entidade é gura de euforia,diversão, carnalidade, companheirismo eoutros tantos exemplos. É tudo, menos oque realmente se propõem a ser.

    Satã, em sua forma histórica, o sermaligno, encarnação do mal e anticristoestá morto, mas, em si, Satã nunca mor-reu. Não, eu não acredito em Belzebu oucomo queiram chamar, mas acredito naforça da negatividade que nos induz auma consciência distorcida da realidadee, isso sim, chamo de “Demônio”. Naverdade, o mundo não sobreviveria sem

    os seus extremos, não haveria razão parao “bem” sem o “mal”.

    Na atualidade, Satã esta diluído emtudo e concordo com a escritura sagradaquando o denomina como “Príncipe destemundo”.

    Ele é tudo aquilo que nos leva àilusão, à crença de um poder mesquinhosobre as pessoas e objetos. Acreditamosque somos deuses na Terra e que tudonos pertence, e esse egocentrismo nosfaz esquecer a realidade, levando à

    loucura e distorção, ou melhor, ao nãoaproveitamento do mundo como ele é.

     As trevas reinam em nossas mentesporque mundos paralelos são criados emnosso ser e, aí sim, mora Satã. E Exu, oque tem a ver com isso?

    Exu é aquele que se veste com umaroupagem mais “humana” e rústica natentativa de nos tirar das prisões do en-gano e tortura, coisa que seria mais difícilde conseguir com linguagem ou roupagem

     “superior”.

    Esse guardião, que usa a treva semser ela, para despertar em pessoas que láestão um pingo de realidade e salvação,é Exu! Ele não é o Satã descrito acima,mas usa dele nas pessoas que estão comSatã para despertar nelas um extinto demudança; mesmo que mínima já é umgrande passo.

    O guardião não está preocupado comos seus relacionamentos, o seu dinheiro,

    a sua família ou a sua espiritualidade: eleestá preocupado com a forma que vocêvê e entende todas essas questões e é porisso que em suas consultas para, escuta equebra a presença da ilusão e demandas.Ele quer despertar em nós a necessidadede evoluir e neutralizar a consequência denossos erros passados. Exu quer trazera felicidade a nossas vidas! Talvez se odiabo antigo estivesse vivo e Exu fossevinculado a ele as pessoas o respeitariammais do que hoje.

    Não brincariam tanto com a gura de

    um ser assim e não distorceriam o seualcance; mas felizmente o diabo antigonão passa de lenda e Exu nada tem a vercom ele. Mas quem atentos: o guardiãonada vai fazer com tanta distorção do seureal fundamento ou com brincadeira deinúmeras formas aí afora. O próprio serhumano é que se destroi e regride comações mal pensadas e dominadas pelosseus egos contaminados com a vaidadede “ser e poder”.

    Espero que Exu se faça mais presenteem nossas vidas, nos ajudando sempre

    no despertar de um novo caminho. Quesua gura de Luz desperte naqueles quenão acreditam ou que estão perdidosna ilusão; uma real chance de se rea-rmarem e progredirem rumo à paz efelicidade.

    Graças a Exu eu escrevo agora, e aele o meu obrigado; se eu estiver errado,saberá em seu momento certo consertare se estiver certo saberá em seu momen-to armar que deles, Exus, vieram e a elesvoltaram as palavras. Mojubá!

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    Por RODRIGO UBARANA (Mensagem de Pai Raimundo de Angola)Contato: [email protected] Ciclo da Vida 

     VIVEMOS EM UMA conexão muitogrande uns com os outros, encar-nados e desencarnados.

     A vida, no plano espiritual , éa vida eterna e nossa verdadeiramorada.

     A vida no plano material é avida de experiências na carne, épassageira, porém muito importantepara o desenvolvimento espiritual.

    É no plano espiritual que enten-demos a magnitude da obra Divina.

    É no plano material que enten-

    demos porque Deus é tão perfeitopor nos dar oportunidades deaprendizado e desenvolvimentoque só encontramos quando en-carnados.

    Durante a vida no plano mate-rial, há dois momentos de grande

    importância: o nascimento e odesencarne.

    Estes dois momentos, vistosaos olhos do plano espiritual (queé a vida propriamente dita), são,respectivamente, a partida para umaexperiência de provas e oportuni-dades materiais e a volta ao lugarde origem.

     Assim como na Terra há felici-dade no nascimento de criança ea tristeza no desencarne, no planoespiritual há a tristeza e a saudade

    quando um espírito vem para nascerna Terra, e a felicidade da volta desteespírito após uma missão bem--sucedida na matéria.

    Pois sim, meus lhos, enten-dam que sua felicidade de receberuma criança como um lho é uma

    oportunidade de viver um pouco dosentimento que o Pai Maior tem pornós, ou seja, de ter um lho comouma criação sua.

    Saiba que sua responsabilidadeé ainda maior pois este seu lhodeixou uma família espiritual emsaudade e agora vem para vivercom você as oportunidades da vidaTerrena.

    Da mesma maneira, entendamque a partida de uma pessoa pelodesencarne da matéria, apesar detriste e de deixar saudade no mun-do material, leva felicidade à suafamília espiritual, que agora serãoos responsáveis pela sua readequa-ção ao mundo espiritual, semprerespeitando o merecimento destapessoa por suas atitudes enquantoencarnado.

    E entre o nascimento e o de-sencarne, no plano material, existea vida passageira no plano terrestre.Entendam que cada vida de cadaespírito encarnado é uma oportu-nidade concedida pela Lei Maior epela Justiça Divina para evoluírem ese redimirem de possíveis erros emoutras vidas.

    Entendam que nada mais é seue nada te pertence. Tudo está em-prestado, inclusive o seu corpo, paraque progrida rumo à Luz. Cuide bemdo que lhe foi emprestado e saiba

    que a única coisa que lhe pertenceé o seu espírito, com sua essência,seus sentimentos, suas atitudes esuas responsabilidades.

     Viva o que lhe foi dado comopresente para conseguir evoluir ecrescer espiritualmente, mas sempre

    sabendo que, por estar encarnado,também deve crescer e evoluirmaterialmente, pois faz parte dodesenvolvimento espiritual. Casocontrário não haveria necessidadeda matéria.

    Cuide bem do que lhe foiemprestado: seu corpo, sua casa,seu chão, seu dinheiro, seus bensmateriais. Mas sem apego, pois nãosão seus e nunca serão.

    Saiba entender que cada vidade cada criança que nasce segue as

    mesmas leis. E saiba compreenderque cada vida de cada pessoa quedesencarna continua, pois aquiestamos apenas de passagem.

    Este é o ciclo da vida, que tantopode ser visto pela ótica materialquanto pela ótica espiritual.

    Por PAULO LUDOGERO – Contato: : [email protected] que estudar Umbanda?

    É UMA PERGUNTA e tanto e sempreouço pessoas falarem que os guiase entidades já vem prontos e nãoprecisamos de estudo.

    É verdade: os guias realmentesão prontos em tudo, pois sãoentidades de Luz e como guiasLuzeiros já trazem toda a bagagemnecessária para praticar a caridadeatravés de seu médium e, por seremde Luz, trazem em si a humildadee não precisam de adornos paratrabalhar. No entanto, é necessáriocompreender que as entidades sãode luz e nós espíritos em evolução.

    Beijamim Figueiredo, através do

    Caboclo Mirim, fundou a 1ª EscolaIniciática de Umbanda, fundamen-tando todo um ritual de Umbanda

    que até os dias de hoje é seguidopor muitos terreiros de Umbanda emSão Paulo e no Rio de Janeiro. Como passar dos anos, novos médiuns

    através de seus mentores, come-çaram a dar novos fundamentos auma religião ainda crescente e nova.

    Muito foi mudado desde a 1ªEscola de Umbanda, fundada emmeados das décadas de 1940 e1950 e essas mudanças gradativas

     já acontecem há um século.

    É necessário entender que osnossos médiuns de hoje não sãocomo nossos decanos. Os médiunsde hoje são questionadores e, com

    a globalização, precisam entenderà luz da razão; os de antigamentefaziam cegamente o que as enti-

    dades pediam. É verdade tambémque muitos sacerdotes dominavampessoas com o seu conhecimento,ocultando informações reveladas

    pelas entidades de luz ao seu belprazer. É claro que existem cursose “cursos”, dirigentes e “dirigen-tes” e não estou aqui para julgarninguém.

    Uma entidade de luz manifestadaem um médium que obteve conhe-cimento sobre ervas, águas, cristaise etc, encontrará em seu mentalfacilidade para transmitir informaçõesnecessárias e através da psicofoniaconceder uma boa consulta.

    No Kardecismo, existe o curso demédiuns. Em outras religiões existemencontros para discussão de temas

    religiosos e cursos acadêmicos paraa formação de sacerdotes.

    Por que que na Umbanda existe

    esse dogma para o estudo? Não émelhor o médium estudar ao lado oucom a permissão de seu dirigente e

     juntos evoluírem?

    No lme Nosso Lar, pudemosver espíritos estudando e acreditorealmente ser assim. Mas essa éapenas minha opinião!

    Respondendo algumas pergun-tas e alguns comentários:

    Sim, é verdade: dou cursos deTeologia e Sacerdócio. No entanto,sempre informo a quem faz sacer-dócio que não formo sacerdotes,pois isso é um chamado Divino.

    Formo pessoas que podem simvirem a ser sacerdotes ou ajudarseus Pais e Mães em seus terreiros.Ser um sacerdote é um chamado

    divino.Não podemos nos comparar a

    médiuns como Zélio de Moraes, FelixNascente Pinto, Pai Jaú, Pai Benja-mim Figueiredo, Pai Durval José dosSantos, Pai Rubens Saraceni e mui-tos outros, pois estes vieram com opropósito de fundar, fundamentar ealavancar uma religião.

    Temos que ter o crivo do bomsenso. Existem sim muitos médiunsbons e muito capazes, mas não po-demos nos comparar com ninguém,pois cada pessoa é única tal comosua mediunidade.

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    Por JULIANA MOYA - Contato: [email protected]

    Me chamaram para entrarno Terreiro. E agora?

    Longe de mim saber a respostaideal ou correta para estas ou outrasquestões da nossa religião. Minha in-tenção é apenas incentivar a reexãoe, quem sabe, ajudar-vos a encontraruma resposta nos vossos corações.

     1 – Fui convidado/a para inte-grar a corrente mediúnica deum Terreiro. E agora?

    O primeiro conselho que euposso dar é: tenha calma! Quandoeste convite é feito, ninguém, emcircunstância nenhuma, é obrigadoa aceitar. Algumas pessoas não sesentem preparadas ainda ou nãose identicam com o Terreiro emquestão. Por isso a recusa é total-mente legítima e a vida delas nãovai desmoronar (não mesmo!) porcausa disso. Por isso, mesmo dianteda surpresa, da animação e da exci-tação pela possibilidade de integrar acorrente mediúnica, é importante tercalma e pensar muito bem nos próse contras de dar este passo, comcalma, com tempo, com o coração.

    2 – O que fazer parte de umTerreiro de Umbanda vai mu-dar na minha vida?

    Passar a fazer parte de umTerreiro de Umbanda não signicaque você vai ter que fazer dezenasde oferendas por semana, mudara forma como se veste no dia-a--dia, andar por aí com 50 guias nopescoço, deixar de ter vida socialou passar a incorporar espíritos semnenhum controle, em qualquer lugar.Não é nada disso. Quando fazemosparte de um Terreiro de Umbanda,temos a oportunidade de vivenciar

    mais intensamente os fundamentosdesta religião e o intercâmbio entre

    o mundo físico e o mundo espiritual,que nos proporciona uma enormeampliação da consciência.

    Fazer parte de um Terreiro deUmbanda é tentar, todos os dias,ir para o trabalho e não pensar maldo colega, é perdoar a ofensa queum amigo lhe dirigiu, é ir para a Girae não fazer fofoca dos irmãos deTerreiro, é compreender e respeitaros problemas que as pessoas daassistência trazem e para os quais

    pedem ajuda.

     

    3 – Como saber se o Terreiroque eu frequento é o certopara mim?

    Para entender o que é impor-tante num Terreiro de Umbanda, éfundamental saber o que é Umban-da. Por isso, estudar os fundamentosda Religião é fundamental e nosajuda a decidir se queremos seguir

    as práticas adotadas num ou noutroTerreiro.

     Apesar de haver muitas opiniõesdivergentes, vou enumerar algunsaspectos que, na minha opinião, sãocensuráveis e sobre os quais vocêdeve ter atenção:

    • Umbanda é a manifestação doespírito para a prática da caridade.Por isso, os trabalhos espirituais nãosão cobrados dos consulentes.

    • A Umbanda não realiza tra-balhos de amarração amorosa, demagia negativa, de fechamento de

    caminhos, de vingança ou similares.

    • Os médiuns são livres paraescolher entrar e permanecer numdeterminado Terreiro. Se no seuTerreiro existem histórias de pes-soas que sofreram represálias pormanifestarem a vontade de sair, ouque os médiuns ou dirigentes zeramtrabalhos de magia negativa contraas pessoas que saíram ou se recusa-ram a entrar, que alerta e ponderese quer fazer parte deste ambiente.

    • A Umbanda não determinaque os dirigentes espirituais (Pais eMães de Terreiro) guardem para si osseus conhecimentos sobre a religião.Dirigentes que se recusam a explicaros rituais, que exigem trabalhos e

    oferendas dos médiuns sem razãoaparente e que se colocam numaposição de superioridade adotamuma postura censurável.

    4 – Onde posso buscar infor-mação sobre a Umbanda?

    O estudo da Umbanda é funda-mental. Estando no Brasil ou fora, háuma série de cursos, livros, vídeosno Youtube, jornais e revistas onlinee uma série de outros recursos aos

    quais podemos recorrer. Procure, váatrás, hoje em dia não há desculpas!

    Deixo aqui algumas dicas deestudo:

    • “Curso de Teologia de Umban-da Sagrada” do Mestre AlexandreCumino, (tem uma turma come-çando agora no www.umbandaead.com.br) trazem um conhecimentomuitíssimo profundo sobre a religião;

    • Livros de Alexandre Cumino,são ótimos para quem esta come-çando um entendimento da religião:

     “Umbanda não é macumba”, “A Um-banda e o Umbandista” e “Médium

     – incorporação não é possessão”entre outros, Ed. Madras (www.madras.com.br)

    • Livros do Mestre Rubens Sara-ceni, todos, sem exceção. Podendocomeçar com romances como “OGuardião da Meia Noite” e “Cavaleiroda Estrela Guia”, livros doutrináriospode começar pelos menores de me-nos paginas e mais básicos. Todos daEd. Madras (www.madras.com.br)!

    Obs.: Os livros podem ser com-prados por um excelente site www.terramystica.com.br

    Estes recursos já têm infor-mação para uma vida inteira deaprendizado!

     5 – Não sei se queroincorporar, tenho algumreceio. Posso ser umbandista?

    Incorporar, incorporar, incorpo-rar. Esta é a grande questão paraquem quer fazer parte do mundoumbandista. Ou porque não querincorporar, ou porque quer incorpo-rar já, agora, sem demora, e quantomais melhor.

     A mediunidade de incorporação

    é fundamento e parte inseparável dareligião de Umbanda, mas não é oseu único recurso. Eu, por exemplo,tenho irmãos de Terreiro que nuncaincorporaram, não querem desenvol-ver a mediunidade de incorporação,e ainda assim realizam um trabalhoexemplar nas Giras. Como? Aqui vãoalguns exemplos:

    • Trabalhos de organização,que são absolutamente essenciais:limpeza, compra de materiais, or-ganização da agenda de trabalhos,

    organização da assistência e doatendimento dos consulentes.

    • Sustentação energética dostrabalhos espirituais.

    • Cambonar (auxiliar os médiunsque estão incorporados), que é umtrabalho indispensável. Os cambonosauxiliam os médiuns incorporadosprovidenciando aquilo que eles ne-cessitam para trabalhar.

    (Este texto foi editado por Alexandre Cumino para seadequar ao espaço no JUS) 

    S

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    JORNAL DE UMBANDA  S AGRADA  - JANEIRO/2016  Página -9

    Por Sacerdote Paulo Cesar de Omolu – Contato: [email protected]

    Umbanda não é Muleta!

     Você que está na Umbanda, Paree pense.

    Para que está na Umbanda? Oque ela te serve? O que você pede?

     A Umbanda não pode ser a suamuleta, a Umbanda quer que vocêcaminhe com suas pernas.

    Olorum, Orixás e Guias nos dãoo amparo necessário para a nossavida, a Umbanda é sua religião e nãoa muleta para você rastejar- se.

     A religião de Umbanda te ensinaa andar pelos caminhos tortos, com

    pedras nos caminhos, mas sempre commuitas exigências em suas condutas.

    Não adianta ficar reclamandode sua situação, não adianta selamentar. Mude seus pensamentos,se você não acredita na Umbanda,você está na religião errada, se nãoentende o que o Guia te fala, estána religião errada.

    Se seu trabalho está ruim, algovocê tem que fazer para aprender emelhorar, se o seu relacionamento

    está ruim, algo você tem que aprendere melhorar.

    Tire as muletas de sua vida ca-minhe com suas próprias pernas, nãoculpe o Orixá que não te ajuda, nãoculpe o Guia que não te ajuda, poistenho certeza que eles estão fazendode tudo para você deixar as muletas.

    Resolva a sua vida, de o dire-cionamento nos seus objetivos e váatrás com FÉ em Olorum, Fé na Um-banda como Religião que te amparee conforte o seu coração e permita seTRANSFORMAR.

    Só assim você entenderá o realmotivo da Umbanda.

    Por DAVID VERONEZI – Contato: [email protected]

    O Chamado da Umbanda 

    Não temos tempo a perder, aUmbanda nos chama.

    Um chamado para nos religarmoscom o sagrado que existe em nós.

    Um chamado para adorarmosa Deus através de suas divindades,os Orixás.

    Um chamado para melhorarmosa nós mesmos, para melhorarmos ouniverso ao nosso redor.

    Um chamado para praticarmos acaridade e estendermos todo o bemaos nossos semelhantes.

     A Umbanda nos chama para a fé,e a fé faz o milagre acontecer.

     A Umbanda nos chama para oamor, e o amor faz o ódio desaparecer.

     A Umbanda nos chama para oconhecimento, e o conhecimentodestrói a ignorância.

     A Umbanda nos chama para vi-vermos e não apenas sobrevivermos.

     A Umbanda nos chama para noslembrar que se não damos o querecebemos, fatalmente perderemos oque temos.

     A Umbanda nos chama para sen-tirmos o que antes não se sentia, paranomearmos os nossos sentimentos.

    Sentir a calma, a paz, a vida, otempo, a luz, a força, a esperança.

     Viver com fé, com foco, com de-terminação, com coragem, com prazer.

    Um chamado para estarmos pró-ximos de Deus e Deus perto da gente.

    O chamado da Umbanda é paratodos que desejam ser plenos comoseres espirituais vivendo experiênciashumanas, para todos que queremrazão para viver, razão para ser, razãopara fazer.

     A Umbanda nos chama para “fora”da escuridão de nossas mentes doen-tes e de nossas almas feridas, para

     “fora” das perturbações, do orgulhoe do egoísmo.

    O chamado que a Umbanda fazé: “ Venha sentir o corpo arrepiar, ocoração acelerar, as lágrimas escor-rerem pelo seu rosto enquanto seusorriso mostra a felicidade interiorque sentes”.

    O chamado que a Umbanda faz é: “Venha como estás, e se permita sertransformado”.

    O chamado que a Umbanda fazé: “Venha, eu estava te aguardando,que bom que você chegou, esperoque você que. Bem-vindo à ‘mani-festação do espírito para a caridade”,bem-vindo ao meu colo e aos meusbraços, sou eu quem te chamo e mechamo Umbanda”.

    O JORNAL DE UMBANDA SAGRADA 

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    Por MICAELLA ESTEPHANI SERAFIM - Contato: https://www.facebook.com/mica.seram

    Depoimento de uma jovem umbandista 

    “Umbanda é uma religião brasileiraformada através de elementos de outrasreligiões como o Catolicismo ou Espiritismo

     juntando ainda elementos da cultura africa - 

    na e indígena.” 

    E esse é o signicado da religião que euconheci há um ano. Num primeiro momento,como qualquer ser humano, senti aquelemedo da famosa “macumba”, como dizempor aí, antes de ir a um Terreiro. Imagineique seria tudo aquilo que as pessoas hipó-critas ou ‘maria-vai-com-as-outras’ dizem:matanças, xingamentos, mortes, e tudode mal.

    Mesmo com todo aquele pacote de “conselhos” eu fui. Chegando lá, olhei todas

    aquelas pessoas “macumbando” de branco,aqueles santos vindo em Terra e, como nãoconhecia, quei em choque! Pensei em saircorrendo!

    Para piorar a situação, chegou minhavez de falar com aquele Preto Velho queestava ali usando uma mulher como umporta-voz, para me passar seus conselhos.Estava estampado meu medo em meu rosto,mas com quarenta minutos aquela entidademe fez ver que eu não precisaria ter medo,pois eles só estavam ali para me ajudar, mefazer crescer.

    Depois daquela consulta, cheguei emminha casa parei para pensar como tinhasido aquela descoberta e percebi que nãotinha sido aquele pacote de “conselhos”que tinha sido oferecido a mim e estava naminha cabeça que me fez mudar de ideia.

    Eu precisava ver se era aquilo mesmo que

    eu queria, se era aquele caminho que eu iriaseguir. Depois de muito analisar, decidi seguir,comparecer às Giras e seguir os conselhos decada entidade.

    Quero deixar claro que não estou aquipara criticar nenhuma outra religião e nemfalar que a minha é melhor que as outras; sóquero mostrar como essa religião me mudou,me ensinou a crescer, me mostrou uma outraperspectiva de vida.

    Hoje, eu só tenho que agradecer ao planoespiritual por ter colocado esse caminho em

    minha vida e por ter me mostrado que nemtudo é como dizem… agradeço por me fazernão desistir por qualquer motivo ou pelo pre-conceito que, infelizmente, ainda é grande.

     As pessoas de fora não sabem a energiaque tem um Orixá ou uma entidade, e nem

    sua força. Eu também não sabia, mas agora

    sei e percebi que esse caminho é o caminhoque pretendo seguir daqui para frente!

    Meu maior plano agora é um d ia traba-lhar com meus Guias ajudando cada pessoanecessitada e mostrando que a “Umbanda épaz e amor é um mundo cheio de luz…” e quesó porque a pessoa frequenta um Terreironão quer dizer que ela está indo lá para fazero mal a ninguém, pois em qualquer lugarpodemos fazer o mal: basta nos decidirmosse vale a pena ou não.

    Então nós, umbandistas, temos que

    agradecer por cada conquista almejada portudo que essa religião nos proporcionoue, como diz o nosso hino, “vamos levar aomundo inteiro a bandeira de Oxalá!” 

     Saravá Umbanda! Um mundo cheio depaz, luz e energias positivas!

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