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FERNANDO CORREIA E GIANNI CIACCIA Portugal colheboasafra nos CampeonatosEuropeus Depois de já apresentarem no currículo os títulos nacionais de iniciados, José Maria Moya e Daniela Silva sagraram-se cam- peões nacionais de infantis no Clube de Té- nis do Porto. Daniela Silva, filha do cam- peão golfista Daniel Silva, fez mesmo a dobradinha graças ao título de pares. Nacional de Sub-14 com campeõesconsagrados Francisco Dias e Maria João Koehler foram se- mifinalistas no Campeonato Eu- ropeu de Juniores e a dupla formada por Frederico Sil- va e Vasco Men- surado sagrou-se campeã europeia de cadetes: à conta dos quatro, a prestação lusa nas competições de Sub-16 e Sub-18 do Ve- lho Continente foi das melhores de sempre. D.R. PRÓXIMA EDIÇÃO 3 de setembro Este número do Jornal do Ténis/Record faz parte integrante do n.º 11.440 de 6 de agosto de 2.010 e não pode ser vendido separadamente Osuperagente deRafael Nadal OempresárioeantigobicampeãodoEstoril Open concede raraentrevistacom confissõessobreonúmero1 mundial PUBLICIDADE

Jornal do Ténis - 6/08/2010

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Jornal do Ténis - 6/08/2010

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Portugalcolheboasafranos CampeonatosEuropeus

Depois de já apresentarem no currículo ostítulos nacionais de iniciados, José MariaMoya e Daniela Silva sagraram-se cam-peões nacionais de infantis no Clube de Té-nis do Porto. Daniela Silva, filha do cam-peão golfista Daniel Silva, fez mesmo adobradinha graças ao título de pares.

NacionaldeSub-14comcampeõesconsagrados

Francisco DiaseMariaJoãoKoehlerforam se-mifinalistasnoCampeonato Eu-ropeu deJunioreseaduplaformadaporFrederico Sil-vaeVasco Men-surado sagrou-secampeãeuropeiadecadetes: àcontadosquatro,aprestação lusanascompetiçõesdeSub-16 eSub-18 do Ve-lho Continente foi dasmelhoresdesempre.

D.R.

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02 Sexta-feira, 6deagostode2010

TÉNISNATV

Mecenatodesportivo

Match-point JOÃO LAGOS

UNIVERSIDADE. MelanieOudin revelou esta semanaque optou por não prosseguiros estudos e competir nocampeonato universitárioamericano (à semelhança dasua irmã gémea) porque nãoadmitiria que a sua equipaperdesse por os outros ele-mentos beberem na vésperae arranjarem desculpas paraos desaires. A atitude da jo-vem promessa americana,

atual 45.ª do ranking WTAaos 18 anos, dá que pensar –sobretudo sabendo-se que osNCAA (campeonatos univer-sitários americanos) são maisexigentes do que os Euro-peus. E confesso: cheguei aser campeão nacional univer-sitário com a Associação Aca-démica de Coimbra e a nos-sa intenção na altura quaseque era andar mais na pânde-ga do que propriamente com-

petir (juntámos o útil ao agra-dável, mas com alguma sor-te…). Agora, os tempos sãooutros e o desporto universi-tário é fundamental para aelevação do nível médio dodesporto de um país. E nota-se que um país é evoluídonão só pelo nível académicocomo pela legislação que per-mite conjugar os estudos e aalta competição. Eu queroque Portugal evolua.

LIVREARBÍTRIO

MIGUELSEABRA

Director: João Lagos. Director adjunto: Rui Oliveira. Editores: Miguel Seabra (JT) e Norberto Santos (Record). Redacção: Manuel Perez, Pedro Carvalho e Carlos Figueiredo.Fotografia: Fernando Correia (editor JT), Paulo César (editor Record) e Gianni Ciaccia. Departamento Gráfico Record: Eduardo de Sousa (director de arte), João Henrique,José Fonseca e Pedro Almeida (coordenadores gráficos), Cristiano Aguilar (editor Infografia) e Nuno Ferreira (coordenador digitalização).Redacção e Publicidade: Rua da Barruncheira, 6, 2790-034 Carnaxide Telefone: +351 21 303 49 00. Fax: +351 21 303 49 30. E-mail: [email protected]

A lei do mecenato, que não nosparece – infelizmente – que te-nha o sucesso de adesões quesirvam com a desejada eficá-

cia a missão para que foi criada, abran-ge exclusivamente as atividades e ini-ciativas promovidas por entidades comestatuto de utilidade pública, IPSS ouafins. Nesse sentido, ficam inevitavel-mente excluídos de tal regime de in-centivos muitos dos grandes eventosdesportivos que integram o próprioprograma do Governo e cuja impor-tância estratégica para o país é por de-mais reconhecida, já que são normal-mente organizados por entidades quenão se enquadram no âmbito da lei domecenato.

Ora, da mesma forma que se criou (emuito bem) a figura do mecenato, quevisa estabelecer condições de incentivoao apoio a atividades culturais e despor-tivas em determinado enquadramento,não se deveria igualmente desenhar umfigurino especial para eventos que fossemoficialmente considerados de “significa-tivo interesse nacional”? Se o próprio Es-tado por vezes investe diretamente emtais eventos e envolve-se em parcerias pú-

blico-privadas de candidatura a compe-tições de projeção mundial, por os con-siderar de interesse estratégico para a pro-moção e economia do País, não fará sen-tido ir ainda mais longe nesse esforço decaptação e fidelização de tais eventos?

Poder-se-á argumentar “a contrario”que organizações como essas, por vezesaltamente rentáveis e que visam o lucrodos promotores privados que as mobili-zam, não se enquadrarão no espírito de“mecenato” supra referido. Há contudoeventos de inquestionável valor mediáti-co e económico para o país (ex: vela, gol-fe) que, pela menor expressão mediáticaaquém-fronteiras, enfrentam enormes di-ficuldades na angariação de patrocíniosprivados, nunca chegando a conhecer aluz do dia ou vendo-se obrigados a sub-sistir quase exclusivamente de apoios ofi-ciais, o que não é desejável nem saudá-vel. Mas não só. Em tempos de crisecomo a atual, onde os orçamentos em co-municação e publicidade são os primei-ros a ser afetados, qual o evento despor-tivo que vive desafogado? Quantos pro-jetos desportivos não sucumbiram já àsadversidades? E quais os que, mesmo en-tre os mais nucleares na promoção do

país, conseguirão sobreviver à travessiade semelhante deserto?

Poderá um país com a dimensão dePortugal, com um mercado limitado e emclara desvantagem perante a concorrên-cia de economias mais fortes, dar-se aoluxo de perder os (poucos) eventos des-portivos de relevo que possui? Precisa-mos de encontrar fórmulas que compen-sem o crescente desinvestimento do Es-tado e das empresas patrocinadoras. Por-que não criar um formato de incentivosa empresas que patrocinem eventos des-portivos considerados de “significativointeresse nacional”?

Esta não é matéria tabu, pois existemexemplos disso noutros países e em Por-tugal já se criaram regimes especiais…mas somente para acontecimentos pon-tuais (ex: Euro’2004), ficando de fora osque provavelmente mais precisam e jus-tificam – os eventos regulares. O objeti-vo é criar condições que favoreçam a “an-coragem” de eventos considerados nu-cleares na promoção do país, não neces-sariamente com incentivos dirigidos aosseus promotores, mas sim às entidadesque neles invistam.

A palavra a quem nos governa. �

6/08 20:00h-23:45h WTA Tour San Diego: ¼ Final7/08 11:45h-13:00h WTA Tour San Diego: ¼ Final

20:15h-22:45h WTA Tour San Diego: Meias-finais8/08 10:00h-11:30h WTA Tour San Diego: Meias-finais

22:00h-23:45h WTA Tour San Diego: Final9/08 12:00h-13:30h WTA Tour San Diego: Final12/08 20:00h-21:55h WTA Tour Cincinnati: 1/8 Final13/08 19:00h-21:45h WTA Tour CIncinnati: ¼ Final14/08 19:00h-20:00h WTA Tour Cincinnati: ½ Finais15/08 19:00h-20:00h WTA Tour CIncinnati: ½ Finais

20:00h-22:00h WTA Tour Cincinnati: Final16/08 8:30h-9:30h WTA Tour Cincinnati: Final

21:30h-0:00h WTA Tour Montreal: 1ª Dia17/08 11:00h-12:30h WTA Tour Montreal: 1º Dia

16:00h-20:00h WTA Tour Montreal: 2º Dia18/08 11:00h-13:30h WTA Tour Montreal: 2º Dia

15:30h-21:45h WTA Tour Montreal: 3º Dia19/08 11:00h-13:30h WTA Tour Montreal: 3º Dia

15:30h-21:55h WTA Tour Montreal: 1/8 Final20/08 12:00h-13:30h WTA Tour Montreal: 1/8 Final

16:30h-18:00h WTA Tour Montreal: 1/8 Final18:10h-19:45h WTA Tour Montreal: ¼ Final21:15h-22:15h WTA Tour Montreal: ¼ Final

21/08 18:15h-20:00h WTA Tour Montreal: ¼ Final20:00h-21:45h WTA Tour Montreal: ½ Finais

22/08 10:30h-11:30h WTA Tour Montreal: ½ Finais17:30h-18:30h WTA Tour Montreal: ½ Finais18:30h-20:30h WTA Tour Montreal: Final

23/08 11:40h-13:00h WTA Tour Montreal: Final15:30h-17:00h WTA Tour Montreal: Final

26/08 18:10h-19:45h WTA Tour New Haven: ¼ Final27/08 17:00h-18:45h WTA Tour New Haven: ½ Finais28/08 17:00h-18:00h WTA Tour New Haven: ½ Finais

18:00h-20:00h WTA Tour New Haven: Final29/08 13:15h-14:00h WTA Tour New Haven: Final

A PARTIR DE DIA 30 DE AGOSTO: US OPEN

7/08 11:00h-13:00h ATP500Washington:¼Final–MelhorEncontro9/08 9:40h-11:40h ATP 500 Washington: Final

0:30h-4:00h ATP Masters 1000 Toronto12/08 0:30h-4:00h ATP Masters 1000 Toronto13/08 9:10h-9:40h ATP World Tour Uncovered

6/08 13:30h-14:00h ATP World Tour Uncovered17:00h-20:30h ATP 500 Washington: ¼ Final0:00h-3:00h ATP 500 Washington: ¼ Final

7/08 17:30h-18:00h ATP World Tour Uncovered18:00h-19:40h ATP 500 Washington: ½ Final0:00h-2:00h ATP 500 Washington: ½ Final

8/08 12:00h-14:00h ATP500Washington:¼Final–MelhorEncontro20:00h-21:30h ATP 500 Washington: Final

9/08 16:00h-21:30h ATP Masters 1000 Toronto10/08 16:00h-20:00h ATP Masters 1000 Toronto

21:00h-0:00h Vale do Lobo Grand Champions0:30h-4:00h ATP Masters 1000 Toronto

11/08 13:30h-15:00h Vale do Lobo Grand Champions15:00h-16:00h ATP 500 Washington: Resumo16:00h-20:00h ATP Masters 1000 Toronto21:00h-0:00h Vale do Lobo Grand Champions0:00h-0:30h ATP World Tour Uncovered0:30h-2:30h ATP Masters 1000 Toronto

Nota: a programação é fornecida pelos respetivos canais, pelo que quaisquer altera-ções de última hora são da inteira responsabilidade dos emissores.

JOÃO

TRIN

DADE

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03Sexta-feira, 6deagostode2010 CampeonatoNacionaldeInfantis

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MANUEL PEREZ

�Foi no momento da verdade, a par-tir dos quartos-de-final, que José Ma-ria Moya, nascido há 14 anos no Diadas Mentiras (1 de abril), embalourumo à conquista do seu segundo tí-tulo nacional, depois de já ter sidocampeão de iniciados, em 2008 –cu-riosamente, à semelhança do quetambém sucedeu com Daniela Silva,a campeã individual feminina.

O atleta do Ace Team, formado naboa escola do Ginásio Clube Portu-guês, pelas mãos do técnico Nuno Fa-

ria, não se incomodou com o facto deter sido colocado na metade maisdura do quadro de singulares de umcampeonato que se disputou no C. T.do Porto, pelo sétimo ano consecuti-vo, sob a chancela da Smashevents.

Concorrência. José Maria Moya en-carou o desafio de defrontar os dois

outros “internacionais” de Sub-14,Eduardo Paulo e Bernardo Lemos,nos “quartos” e nas meias-finais, do-minando ambos em apenas dois sets.Foi, por isso, com a confiança em altaque surgiu na discussão do títulodiante de Miguel Marreiros, o algar-vio orientado por Plínio Ferrão cujaevolução competitiva é uma realida-de, associada à saudável “rivalidade”que mantém com o seu irmão gémeoRicardo, teoricamente mais cotado,mas incapaz de prolongar para alémda segunda ronda o estatuto de pri-meiro cabeça-de-série.

O triunfo de José Maria Moya na fi-nal (6-1, 6-4) não sofre contestação,mas há ainda algum trabalho por fa-zer – outra coisa não seria de esperarneste escalão juvenil de Sub-14 –,principalmente anível de consistênciade jogo do meio campo para a frente,pois o facto de bater na bola bem ce-do poderá ser aproveitado como umaimportante arma em futuras açõesofensivas. Uma coisa é certa: o novocampeão nacional integra uma estru-tura capaz e capacidade de o tornarnum atleta mais maduro não falta aostécnicos que mais de perto o acompa-nham, como é o caso de Manuel Cos-ta Matos e Gonçalo Serra. �

MALAPATA. MiguelMarreiros perdeucom o vencedor

DIFÍCIL.Opositores

de montanum títulomerecido

Nomomentodaverdade

D.R.

TRIUNFOCLARODOATLETADOACETEAM

OrigensdavencedoradeSub-12SofiaSualehe

Na última edição do “Jornaldo Ténis” foi mencionada umasuposta origem paquistanesada campeã de iniciados, SofiaSualehe, revelada por um dosseus anteriores treinadores. Aretificação: nasceu em Portugale tem nacionalidade cem porcento portuguesa, tal como ospais, oriundos das ex-colóniasMoçambique e Angola.

JoséMariaeotalismãMiguelMarreiros

Se destavez ganhou aMiguelMarreiros narespetiva final, JoséMariaMoya já tinhavencido o al-garvio nacaminhadaparao seuprimeiro título nacional de singula-res. Naedição do campeonato deSub-12 que conquistou, hádoisanos, em Vilamoura, o lisboeta im-pôs-se aMarreiros nasegundaronda, por6-2, 6-3, cedendo pre-cisamente o mesmo número dejogos destarecente final.

DanielaSilvaconseguiucobiçada“dobradinha”

Foi das jogadoras mais baixasque disputou o campeonato,mas subiu duas vezes ao degraumais alto do pódio. Para além dotítulo individual, Daniela Silva sa-grou-se também campeã de pa-res, na companhia de MatildeFernandes, que com ela viajouno dia seguinte às finais para oEuropeu de Sub-14, em Pilzen,na República Checa.

�Quando em casa a cultura despor-tiva está na ordem do dia e a cons-ciência das dificuldades que acompa-nham uma aposta na alta competiçãoé levada muito a sério, as coisas tor-nam-se relativamente mais “fáceis”.É o que se passa com Daniela Silva,filha daquele que ainda hoje é apon-tado como o melhor golfista portu-guês de sempre – e foi bonito ver opai a apoiar a filha na segunda finalque disputou num campeonato na-cional, dois anos depois de ter sidocampeã de Sub-12. Daniel incentivousempre a sua filha nascida no Cana-dá e a treinar-se em Inglaterra.

Daniela soube reconhecer essa mo-tivação exterior e logo após o triunfo(6-4, 6-4) sobre Claudia Cianci, numafinal em que esteve a perder por 1-4,0-3, foi abraçar o pai, a mãe, a irmãmais nova e também a mais velha,Jessica, que com ela frequenta há umano um colégio, em Culford, perto deCambridge. É que para a família Sil-va a solução passa pelo estrangeiro...

Defora.A opção dos Silva por Ingla-terra está associada ao facto de por cáser muito complicado conciliar o té-nis com os estudos. Mas esse já é umproblema que ultrapassa a FPTe é daresponsabilidade do Estado portu-

guês que ainda não percebeu quan-tos talentos deixaram de fazer carrei-ra no ténis, enquanto alguns semgrandes qualidades se aproveitaramdo estatuto de alta competição paraentrarem nas universidades.

O evento fica marcado por uma si-tuação de que não há memória: Da-niela nasceu no Canadá e Claudia emItália, se bem que esta tenha vindopara o nosso país com apenas doismeses de vida... M.P. �

INÉDITO:NÃOHÁMEMÓRIADEASDUASFINALISTASDEUMCAMPEONATONACIONALTEREMNASCIDONOESTRANGEIRO!

JoséMariaMoyaeDanielaSilvaforamcampeõesdeSub-14doisanosapósSub-12

CAMPEÃ.Daniela Silva

PALMARÉSSINGULARES MASCULINOSJosé Maria Moya (Ace Team) v. MiguelMarreiros (CTPortimão e Rocha), 6-1, 6-4SINGULARES FEMININOSDaniela Silva (Tavira RC) v. ClaudiaCianci (Carcavelos Ténis), 6-4, 6-4PARES MASCULINOSTiago Eusébio (CIF)/António Sabugueiro(CDM Sintra) v. Henrique Baptista/José Maria Moya (Ace Team),6-4, 6-7 (5/7), 1-0 (10/7)PARES FEMININOSMatilde Fernandes (AACoimbra)/DanielaSilva (Tavira RC) v. Ivone Álvaro(AACoimbra)/Ana Filipa Santos(CTSanto André), 6-2, 6-1PARES MISTOSAna Filipa Santos (CTSanto André)/Eduardo Paulo (CTEstoril) v. SofiaMendes (Ace Team)/AntónioSabugueiro (CDM Sintra), 6-2, 6-1

CulturadequemtreinaemInglaterraD.

R.

FINALISTA.Claudia

Cianci

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04 Sexta-feiEntrevista:CarlosCosta

�Não gosta de falarpara a imprensa eopta sempre por semanter longe dos ho-lofotes ou na sombrade Rafael Nadal, maslá acedeu falarpara o“Jornal do Ténis” –afinal de contas, Por-tugal não é um paísqualquer para ele,queganhouoseupri-

meiro título ATP no Estoril Open em1992 e que, pouco depois, acedia aotop 10 mundial para, em 1994, tornar-se no primeiro bicampeão do torneiograças a um segundo triunfo no Jamor.A entrevista com Carlos Costa decor-reu na varanda/esplanada que serve aárea restritadestinadaaos jogadoresnoAll England Club, depois de um treinode Rafael Nadal na véspera das meias-finais com AndyMurrayno torneio deWimbledon – que o maiorquino aca-

baria por vencer, somando o oitavo tí-tulo do Grand Slam e cimentando asua liderança na hierarquia mundial.JORNAL DO TÉNIS – A sua passa-gem de jogador a empresário do Ra-fael Nadal foi natural?CARLOS COSTA – O polo da IMGem Barcelona andava atrás dele há jáalgum tempo; quando comecei a tra-balhar para a IMG as coisas estavam adefinir-se e faltava decidir alguns por-menores equemseriaapessoaaacom-panhar mais de perto a carreira do Ra-fa. Eu fui essa pessoa que foi fecharcontrato com ele e que começou aacompanhá-lo mais de perto.JT – Diz-se que Rafael Nadal tem umestilo unidimensional, demasiado físi-co e não tão ofensivo – mas ele encar-rega-se de desmistificar tal ideia. Oque faz dele o campeão que é?CC – O Rafa é um jogador muito frio,no modo como encara os momentosimportantesdeumencontro.Claroqueé muito quente e temperamental, bas-ta vê-lo em campo, mas mentalmenteé muito frio – há momentos dos quaisnão damos bem conta por estarmosmuito cansados ou fragilizados pelapressãoe,nummomentocrucialdeumtorneio importante deixamo-nos ir enão prestamos adevidaatenção… per-demos esse encontro e a carreira nãotoma o rumo certo, mas o Rafa, nessesmomentos, epormais esgotadoquees-teja e por muita pressão que sinta, estásempre consciente e dá sempre tudo.Para mais, é um jogador que sabe lermuito bem os encontros dentro docampo. É algo de inato, é uma forçamental; claro que há um trabalho mui-to forte e o apoio de uma família dedesportistas edoseu tio,masele é tam-

bém alguém muito humilde, trabalha-dor e lutador.JT–Entreascamadasmais jovenssen-te-se que o Nadal é mais popular e oFederer apela a um público mais so-fisticado. E a IMG tem os dois!

CC – É muito bom cliente, muito boapessoa. É fácil trabalhar com ele. Não étão fácil trabalhar para ele, porque hásempreoverbookingdevidoàsinúmerassolicitações e requer demasiadas horasde trabalho – mas ele torna tudo fácil,mesmoqueporvezesassituaçõessejamcomplicadas.ORafaeoFederersãodis-tintos e complementam-se; a IMG temmuita sorte: cada um tem o seu públicoe target, e pode serque o Rafa sejamaisquerido pela criançada, mas não há umque seja pior ou outro que seja melhor.JT – Como é possível que o Rafa semantenha tãonormal comtodaaadu-lação, a fama e a fortuna?CC – Bom, o normal é… ser normal.O anormal é o que se passa com certagente famosa. O Rafa separa é muitobem o ténis da sua vida privada. Vaipara Maiorca e está com a sua gente; éapenas mais um rapaz normal. Numtorneio sabe que está a trabalhar, quetemde treinar-se, competir, atenderaospatrocinadores, atender-me a mim,atender à imprensa, atender ao seu re-lações públicas, ao fisioterapeuta. Di-ferencia as coisas muito bem e há umgrande trabalho de educação feito peloseu tioToni,pelopai,pelamãe, atépelotio Miguel Angel que foi um futebolis-ta famoso do Barcelona. O Federertambéménormal.Aimprensaestáem-penhada em vê-los como rapazes quenão são normais, mas a verdade é quesão normais e tem sido ótimo para oténis tê-los em finais do Grand Slamdurante cinco anos consecutivos! �

OEX-BICAMPEÃODOESTORILOPENEANTIGOTOP10DORANKINGATPÉQUEMGEREOSCONTRATOSMULTIMILIONÁRIOSDONÚMERO1MUNDIAL

“Pormaiscansadoqueeleestejaepormais

pressãoquehaja,estásempreconsciente”

ENVIADOS

MIGUEL SEABRAE GIANNI CIACCIA,EN WIMBLEDON

«Gostodonegócio»�Depois de concluir a sua carreiracomo jogador, Carlos Costa prepa-rou calmamente a carreira de empre-sário – numa transição suave. “Nosúltimos três anos da minha carreira,em vez de ser cliente da IMG já meocupava das minhas próprias coisasporque gostava de tratar de negóciose quando deixei o circuito optei porficar tranquilo em casa durante umano e meio, com a minha mulher e afilha que havia acabado de nascer;fui-me formando, estudei, fui para auniversidade fazer um Masters e, na

altura, o computador e o telemóvelcomeçavam a ser instrumentos detrabalho. Fui-me situando no mun-do real e, dois anos depois, fui tercom a IMG, começando aí a traba-lhar com eles. Tinham um escritórioem Barcelona e David Ferraima es-tava com o Juan Carlos Ferrero, quenecessitava de muita atenção e nãopodia dispensar tempo para outrosjogadores como o Feliciano Lopezoua Maria Antónia Sanchez, nem paraassinar várias promessas. Era preci-so mais gente e... entrei eu.” �

NADALNOESTORILOPEN?

«É impossível...»• Háum grupo no Facebookque

estáareunirassinaturasparaconvencerRafael Nadal are-gressarao Estoril Open – eleque jogou o torneio umaúnicavez, em 2004, qualificando-separaosquartos-de-final apóstriunfossobreGoran IvaniseviceRichard Gasquet, massendodepois forçado aabdicardevidoaumafraturadeesforço no péqueatéo impediu de jogarRo-land Garrosnesseano. Poderáum diaRafavoltarao Jamor?“Impossível. O calendário não opermite. Não tenho nadacontrao Estoril Open, queéum torneioqueaprecio eatémedizmuitopelo quesignificou paraaminhacarreira, maséabsolutamenteimpossível porestarentredoistorneiosem Espanhaqueo Ra-fatem de jogar; háoseventosMasters1000 eaindaBarcelo-na, eeleprecisadedescansar,não pode jogarconsecutiva-mente todasassemanas…”

«ORafaéumjogadorfrio»

ENTOURAGE. Carlos Costa ao lado do tio Toni e do fisioterapeuta

COMUM.Apesar dafama e da

fortuna, Nadalmantém-se um

rapaz normal

FGIA

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GIAN

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TRANSIÇÃODEJOGADORPARAAGENTEATRAVÉSDEESTUDOS

Page 5: Jornal do Ténis - 6/08/2010

05ra, 6deagostode2010

�Carlos Costa recordabem as suas duas vitóriasno Estoril Open, a primei-ra das quais inesperada –mas exibindo um ténis ins-pirado, comumaexcelen-te esquerdabatidaaumamão e vóleis-amortiemortíferos – e a segun-da já com um currículode respeito, esconju-rando a derrota diante

de Andrei Medvedev.“Foramduasvitóriasmui-

to distintas e recordo-meperfeitamente de ambas. A pri-

meira, em 1992, foi uma surpresa. OEstorilOpeneraumdosprimeiros tor-neiosgrandesparamim,quenoanoan-terior tinha jogado sobretudo Challen-

gers, e lembro-me de jogar a primeiraronda contra o Goran Prpic num doscampossecundários,peranteumaven-tania impressionante. Ao vencer essesprimeirosencontros fuiganhandocon-fiançae,depois,nasfasesdecisivasmediforçascontragentequeconheciaecomquem estava habituado a jogar e a trei-nar–oEmílioSancheznasmeias-finais,tendo salvado match-points, e o SergiBrugueranafinal.Aminhamenteesta-va preparada para bater jogadores dotop 10 com que eu me treinava.”

Confirmação. “Essa vitória no Esto-ril Open, o meu primeiro título ATP,foi a confirmação de que eu podia serum profissional de ténis. Joguei mui-to bem, mas foi tudo muito sem pen-sar.” Na segunda ocasião, tudo se pas-sou de maneira bem diferente: “Em1994 já não seria uma surpresa se ga-

nhasse, estava preparado, era um tor-neio que eu podia ganhar. Mas, na fi-nal, estava quase a perder com o An-dreiMedvedev,que lideravaporumseta zero e ia servir para fechar o encon-tro quando reparei que o João Lagos eas outras pessoas já estavam a descerpara a entrega de prémios… então es-traguei-lhesosplanos, lixei-osbemeti-

veram de voltar a subir. Recordo-memuito desse episódio. O meu segundotítulo no Estoril Open foi uma vitóriamaismaduraeconsciente;naverdade,o meu pior adversário sempre fui eu –havia vezes que me levantava e sabiaque as coisas não iam correr bem!”Carlos Costa também começou a darnas vistas tarde por outros motivos:“Tiveumproblemadedesenvolvimen-to físico, só comecei verdadeiramentea crescer aos 18 anos quando os rapa-zes normalmente começam a ganharmaturidade aos 15. Eu, com 18 anos,tinha a estrutura óssea de um rapaz de14 anos. A partir dos 15 comecei a fi-

car para trás por causa do físico e es-queci-me um pouco do profissionalis-mo; comecei a estudar, pensei em irparaosEstadosUnidose, sódepois re-solvi investir no circuito – jogava mui-to em pares e isso impedia-me de dis-putar qualifyings dos torneios da se-mana seguinte até que, em 1991, re-solvi dedicar-me mais aos singularese a jogar qualifyings.” Outro aspetoque adiou a sua eclosão: “Os primei-ros campos rápidos que se construí-ram em Barcelona foi em 1992, ti-nha eu 24 anos. Só comecei a pres-tar-lhes mais atenção e a treinar-memais neles a partir daí…”. �

Entrevista:CarlosCosta

“Aos18anos,aindatinhaestruturafísicadeumrapazde14”

ARECORDAÇÃODEDOISTÍTULOSGANHOSNOJAMORDEMODOMUITODISTINTOECOMUMAANEDOTA

CARLOS COSTAIdade: 42 anos (22/04/1968),

Barcelona, EspanhaTítulos ATP: 6

1994. Vitóriade um jogadormais amadurecido

1992.Campeãoem puroestado degraça

VALEDOLOBOGRANDCHAMPIONS JOGA-SEPARAASEMANACOMALGUMASNOVIDADES

UmYevgeny...nadaingénuo!�Carlos Costa joga esporadicamen-te no ATP Champions Tour – conse-guindo bons resultados em Barcelo-na,no torneioquese realizaemsimul-tâneo com o tradicional evento Con-de de Godó que pertence à entidadepara quem trabalha, a IMG. Mas, pornorma, só joga esse evento e, por essarazão, e poropção do organizadorPe-dro Frazão, não estará para a semanana10.ª ediçãodoValedoLoboGrandChampions,quedecorreentre10e13de agosto. A grande novidade éYevgeny Kafelnikov – o russo ex-nú-

mero 1 mundial que logrou precisa-mente em território algarvio os pri-meiros pontos para a hierarquia quechegou a liderar. Foi num Circuito Sa-télite jogado em janeiro de 1992, emque vinha rotulado como uma vede-ta do circuito júnior e que no iníciofoi presa fácil para adversários maissabidos que tiravam partido do factode os qualifyings se realizarem semárbitros nem juízes-de-linha para en-ganar o promissor jogador em fasesmais apertadas... mas Yevgenydeixoude ser ingénuo: duas semanas depois

já era ele a induzir as equipas de ar-bitragem em erro nos quadros prin-cipais. Anos depois, granjeou a famade cínico – sobretudo para a impren-sa – numa carreira em que conquis-tou dois títulos do Grand Slam (Ro-land Garros em 1996, Open da Aus-trália em 1999), uma Taça Davis(2002) e a medalha de ouro nos Jo-gos Olímpicos (Sydney, 2000). Esta-rá acompanhado de Nuno Marques,Goran Ivanisevic, Thomas Muster,Thomas Enqvist, Henri Leconte,Greg Rusedski e Jeremy Bates. �

SÓSELHEPEDIREMOPINIÃO

«Nãoqueroimiscuir-menapartetécnica»�Apesar do seu currículo, da suaexperiência e até do seu virtuosis-mo técnico, Carlos Costa sublinhaque não gosta de dar palpites rela-cionados com a evolução de RafaelNadal enquanto jogador. “Não gos-to de dar a minha opinião sobre aparte técnica. Só falo quando mepedem, não sou pró-ativo nesse as-peto porque respeito muito o tra-balho que o tio, que é o seu treina-dor, está a fazer com ele. Mas háabertura a opiniões exteriores e porvezes ela é pedida; somos um gru-po muito democrático”. E acres-centa: “A crítica tem falado muitonas mudanças técnicas do seu jogopara proteger o físico, mas a únicaverdadeira mudança foi que, aos 18anos só corria e devolvia a bola por-que precisava de ser mais defensi-vo contra jogadores mais fortes emaduros, e o que se fez foi recupe-rar o estilo mais agressivo que eletinha quando era mais pequeno, fa-zê-lo entender que precisava demudar e que podia ganhar de ma-neira diferente porque se não me-lhorava seria ultrapassado –e quan-do alguém ganha de um modo, nãoé fácil convencê-lo a mudar pensan-do no médio prazo.” �

Rafael Nadal é um todo-terreno

«EstragueiosplanosaoJoãoLagos»

ESTORIL OPEN.Chegou aos

quartos-de-finalem 2003

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Page 6: Jornal do Ténis - 6/08/2010

06 Sexta-feira, 6deagostode2010CampeonatosEuropeusPEDRO CARVALHO

� Pelo segundo ano consecutivo oténis juvenil português voltou a des-tacar-se nos Campeonatos Europeusde verão. Com um título de pares emSub-16 em Moscovo, duas meias-fi-nais individuais no escalão Sub-18em Klosters, Suíça, e uma presençaem quartos-de-final de singulares decadetes, também na Rússia, o saldofinal foi claramente positivo para umgrupo que contou no total com a re-presentação de 12 atletas nacionais.

Aumpasso.Começando pelos maisvelhos, tanto Maria João Koehlercomo Francisco Dias estiveram per-to de discutir as finais individuais dejuniores nas montanhas helvéticasde Klosters. No caso da campeã na-cional absoluta, pode dizer-se mes-mo que a portuense colocou um péna discussão do título, ou não tives-se estado por duas vezes a dois pon-

tos da vitória. Ficou o resultado emtrês renhidas partidas e um balançomais do que positivo da passagempela Suíça, apesar da dispensa ante-cipadamente solicitada à FederaçãoPortuguesa de Ténis. “Não foi umamá semana, mas soube a pouco, poistenho a certeza que se tivesse ganhoa meia-final, considerada por todosuma final antecipada, tinha boas hi-póteses de conquistar o título”, lem-brou a esquerdina.

Na variante masculina, FranciscoDias pretendia fechar da melhor for-ma o capítulo júnior da sua carrei-ra, mas acabou igualmente batidonas meias-finais. Todavia, o atletaorientado por André Ferreira (anti-go braço-direito de João Cunha e Sil-va) no Clube de Ténis Nova Mora-da, em Paço d’Arcos, deixou exce-lentes indicações para o futuro. “OFrancisco surpreendeu-me pela po-sitiva. No total venceu sete encon-tros, se contarmos com o torneio deGrupo I de preparação em Linz,triunfando quatro vezes sobre ad-versários do top 100 mundial, sen-do um o número 10 e outro o 38.ºdo ranking ITF”, resumiu o selecio-nador nacional Bernardo Mota. Anível técnico-tático, o timoneiro des-tacou “a direita e o serviço fortíssi-

mo de um atleta que se apresentacada vez mais maduro, sendo semdúvida um jogador a ter em contanos tempos mais próximos”.

Kikobisou. Em terras moscovitas,no Europeu de Sub-16, foi sobre Fre-derico Silva que recaíram as maio-res esperanças e não se pode dizerque o jovem das Caldas das Rainhatenha defraudado. Afinal, em 2009,o atual número cinco no ranking eu-

ropeu confirmara, então com Gon-çalo Loureiro, o título de pares in-fantis. Desta feita, com novo parcei-ro (Vasco Mensurado) e no escalãoacima, defendeu com sucesso esseestatuto. Individualmente, repetiu osquartos-de-final da última tempora-da, incapaz de justificar o estatutode quarto cabeça-de-série sobre umadversário menos cotado.

Mesmo à distância, e sendo VítorFerreira o selecionador de cadetes,

Bernardo Mota não deixou de res-salvar “o exemplo de profissionalis-mo, entrega e dedicação que o Fre-derico representa para a sua gera-ção”, daí ter solicitado em março asua integração na equipa nacionalde Sub-18, tendo a FPT defendidoa mais-valia do esquerdino para oesquadrão de Sub-16. Também asolo, Vasco Mensurado, 12.º classi-ficado do Velho Continente, ficou-se pela ronda anterior. �

RARIDADE. Francisco Dias e Maria João Koehler atingiram as meias-finais do Europeu de Juniores

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“Sim”forçadoàSeleção� Coincidindo com dois torneiosITF de 25.000 dólares, em Vigo eCorunha, Maria João Koehler so-licitou dispensa do CampeonatoEuropeu à FPT. Com o pedido in-deferido, não restou à jovem de 17anos outra hipótese senão repre-sentar o seu país com todo o pro-fissionalismo, como aliás, frisa,sempre fez desde os tempos de ini-ciados. “Não sendo os juniores aminha prioridade pedi dispensa,justificando-me com o facto denão terpontos WTAa defendernaaltura e ainda com a vantagem deter dois torneios a cerca de umahora de casa e aos quais poderia ircom o meu treinador Nuno Mar-ques. Não foi aceite e, a partir daí,concentrei-me para dar o meu me-lhor e por pouco não chegava à fi-nal. Se tivesse ganho, acredito quepoderia dar-me visibilidade em ter-mos de patrocínios. Com o tercei-ro lugar, já será mais difícil…” �

Campeões: Frederico e Vasco

D.R.

�Eliminado na primeira ronda indi-vidual, Francisco Ramos permaneceuem Klosters, fortalecendo-se assim deforma incrível o espírito de grupo,como enalteceu Bernardo Mota. Onortenho, acompanhado nos últimosanos por Nuno Marques e VascoGonçalves no C. T. do Porto masatualmente integrado na estrutura doCentro de Alto Rendimento em Lis-boa, contribuiu em grande parte paraanimar os colegas, especialmente àsrefeições, ou então utilizando a títulogratuito bicicletas alheias –e o seu es-

pírito brincalhão ajudou o contingen-te luso a relaxar fora do campo paramelhor competir dentro dele, comofoi o caso de Francisco Dias e MariaJoão Koehler. O “castigo” para o ga-lhofeiro surgiu através de uma pragade insetos que tornou a vida do cam-peão nacional de juniores um infer-no. Raquetadas no ar foram mais quemuitas e, conta quem viu, o atletaportuense mais parecia estar a prati-car airsoft (atividade lúdico-desporti-va a fazer lembrar o paintball), outradas grandes paixões de Kiko. �

PORTUENSEFOI OANIMADORDESERVIÇOEMKLOSTERS

FranciscoRamosatélutoucominsetos

OSRESULTADOSNACIONAISSUB-14 – PILZEN, REPÚBLICA CHECA3ª Ronda: Bernardo Lemosv. Daniel Windahl (Sué), 1-6, 4-63ª Ronda: José Maria Moyav. André Biro (Hun), 1-6, 0-62ª Ronda: Lemos/Moya v. Martin Blasko/OliverNagy (Svk), 4-6, 5-72ª Ronda: Matilde Fernandesv. Ilka Csoregi (Rom), 0-6, 1-62ª Ronda: Daniella Silvav. Belinda Bencic (Suí), 1-6, 3-63ª Ronda: Fernandes/Silva v. JuliaTerziyska/Vivian Zlatanova (Bul), 4-6, 5-7SUB-16 – MOSCOVO, RÚSSIA1/8 FINAL: Vasco Mensuradov. Filip Veger(Cro), 1-6, 4-61/4 FINAL: Frederico Silvav. Johan Skattum (Nor), 6-7(4), 5-7FINAL: Mensurado/Silva v. LukeBambridge/Kyle Edmund (Gbr), 7-6(4), 6-41ª Ronda: Sofia Araújov. Joana Eidukonyte (Lit), 2-6, 7-5, 3-62ª Ronda: Joana Vale Costav. Gaelle Rey (Suí), 6-1, 6-7(7), 3-61/4 FINAL: Araújo/Vale Costav. Elke Lemmens/Elise Mertens(Bél), 6-3, 6-7(5), 4-10SUB-18 – KLOSTERS, SUÍÇA1ª Ronda: Francisco Ramosv. Oystein Steiro (Nor), 3-6, 0-61/2 FINAIS: Francisco Diasv. Andres Martinavarr(Esp), 1-6, 4-61ª Ronda: Dias/Ramos v. Sam Barry/Ciaran Fitzgerald (Irl), 2-6, 1-61/2 FINAIS: Maria João Koehlerv. JanaCepelova(Svk), 7-5, 6-7(5), 4-62ª Ronda: Ana Clarov. Pia Konig (Aut), 6-2, 5-7, 2-62ª Ronda: Koehler/Claro v. LidziyaMarozava/Polina Pekhova (Bie), 3-6, 5-7CUMPLICIDADE. Francisco Dias, Bernardo Mota e Francisco Ramos

D.R.

Page 7: Jornal do Ténis - 6/08/2010

07Sexta-feira, 6deagostode2010

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Campeonato EuropeuUniversitário

COIMBRAACOLHEU ELITEESTUDANTILEM INFRAESTRUTURASRENOVADAS

OlímpionaLusaAtenasMIGUEL SEABRA

As renovadas instalações doEstádio Universitário, emCoimbra, foram palco demais uma edição dos Cam-peonatos Europeus Universi-tários – e, com a participaçãode mais de 150 jogadores de34 equipas provenientes de16 países do Velho Continen-te, a Universidade de Koz-

minski (Polónia) sagrou-secampeã no setor masculino ea Universidade Leonardo daVinci (França) foi a vencedo-ra na vertente feminina.

A equipa anfitriã da Secçãode Ténis da Associação Acadé-mica de Coimbra, compostapor Tiago Olímpio (que nãoperdeu qualquer encontro desingulares), José Gaspar e JoãoAmaral, alcançou a melhorclassificação portuguesa ao ter-

minar no 14º posto entre 21formações com acesso aos oi-tavos-de-final –enquanto a Fa-culdade de Motricidade Hu-mana e a Universidade Técni-ca de Lisboa quedaram-se pelafase de grupos.

Maratona. A participaçãomais cotada em prova foi a dacroata Jelena Kostanic-Tosic(32.ª do ranking mundial em2004!); no total, jogaram-semais de 200 encontros nos 9courts do complexo – não sódurante o dia mas também ànoite. “A opinião das delega-ções foi unânime: tratou-se domelhor Campeonato EuropeuUniversitário de ténis de sem-pre”, afirma Ricardo Duarte,presidente do Comité Organi-zador; “foi conseguido o maiornúmero de equipas e o quadromais competitivo de sempre.

O próprio Nick Grivas, daAssociação Desportiva dasUniversidades Europeias, reco-nheceu: “Aorganização elevouos padrões de qualidade paraníveis jamais vistos.” A próxi-ma edição joga-se em St.Gallen, na Suíça. �

AcadémicadeCoimbraaindalogrouatingirosoitavos-de-final

ParaacolheroCampeonatoUniversitárioEuropeu enãosó, oEstádioUniversitáriodeCoimbrainaugurou umain-teressanteeversátil infraes-truturadecoberturadecourtsmontadapelaempre-saSilvestreFestase inova-doraem Portugal enaEuro-pa–umacoberturamodulare transferível depreçomuitorazoável quepodeedeveseradotadaporváriosclu-besportuguesesnatentativadecontrariarainclemente

meteorologiade inverno(eoúltimo inverno, particularmen-techuvoso, arruinou muitosclubeseafetou escolasdeténiseequipasdecompeti-ção). Aconcorridacerimóniade inauguraçãocontou comoreitordaUniversidadedeCoimbraeospresidentesdaAssociaçãoAcadémicadeCoimbraedaSecçãodeTé-nisdaAAC–paraalém daex-campeãnacional Frederi-caPiedadeeJoãoLagos,quetrocaram algumasbolas.

Cobertura cabriolet exemplarIMBATÍVEL.TiagoOlímpiobeneficioudo “fatorcasa”

CARL

OSRO

DRIG

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