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MIGUEL BARREIRA PUBLICIDADE MédisCopa Ibérica agita Vilamouraténis Uma radiografia aos problemas atuais do ténis nacional, numa altura em que a Federação Por- tuguesa de Ténis se viu forçada a adiar a realização do Campeonato Nacional Absolu- to – mesmo que não distribuísse quaisquer prize- money... A terceira e última etapa regular da Médis Copa Ibérica de 2011 joga-se dentro de duas semanas no Vilamouraténis e será pre- ponderante na definição do elenco de elite que irá discutir o Masters em dezembro. PRÓXIMA EDIÇÃO 18 de novembro ARQUIVO JT Nacional adiado e as váriasrazõesda crise RUI PAULO OLIVEIRA Rei dosChallengers colocaPortugal pelaprimeiravez notop60mundial Rei dosChallengers colocaPortugal pelaprimeiravez notop60mundial Este número do Jornal do Ténis/Record faz parte integrante do n.º 11.872 de 14 de outubro de 2011 e não pode ser vendido separadamente

Jornal do Ténis 14 Outubro 2011

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Jornal do Ténis 14 Outubro 2011

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MédisCopaIbéricaagitaVilamouraténis

Umaradiografiaaos problemasatuais do ténisnacional, numaalturaem que aFederação Por-tuguesade Ténisse viu forçadaaadiara realizaçãodo CampeonatoNacional Absolu-to – mesmo quenão distribuíssequaisquerprize-money...

A terceirae últimaetaparegulardaMédisCopa Ibéricade 2011 joga-se dentro deduas semanas no Vilamouraténis e serápre-ponderante nadefinição do elenco de eliteque irádiscutiro Masters em dezembro.

PRÓXIMAEDIÇÃO

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SEXTA-FEIRA14 DE OUTUBRO DE 201102 �

Podemosfazermelhor

Match-point JOÃO LAGOS

Olé.A escolha da sede da fi-nal da Taça Davis entre a Es-panha e a Argentina não po-deria ter sido melhor para…os portugueses. A opção porSevilha coloca uma aliciantecimeira ao alcance de umaviagem de automóvel e deveser aproveitada pelos adep-tos nacionais – sobretudo osque desperdiçaram esse en-sejo em 2004, também nacapital da Andaluzia, quan-

do a Armada destruiu osEUA com a colaboração deum rapazola chamado Ra-fael Nadal. Marcelo Rebelode Sousa esteve presente evibrou com a “fiesta” mon-tada no topo norte do Está-dio Olímpico através de umainfraestrutura provisóriaavaliada em um milhão deeuros; o investimento permi-tiu uma lotação diária à vol-ta de 26.000 aficionados.

«Uma demonstração ao vivoda vocação imperial espa-nhola», disse-me então oProfessor, que estabeleceuuma comparação entre agarra espanhola e o fado lu-sitano: “Somos como o dia ea noite. Eles são otimistas,voluntariosos e determina-dos; nós somos pessimistas,resignados e rezingões.” Emtempo de crise, um parecerque dá que pensar…

LIVREARBÍTRIO

MIGUELSEABRA

NOTA: a programação é fornecida pelos respectivos canais, pelo que quaisquer alte-rações de última hora são da inteira responsabilidade dos emissores. Mais informa-ções em http://tv.eurosport.pt e www.sporttv.pt

Director: João Lagos. Editores Record: Miguel Seabra e Norberto Santos. Redacção: Manuel Perez, Pedro Carvalho e Carlos Figueiredo (Jornal do Ténis).Fotografia: Paulo César (editor Record), Arquivo Record e Arquivo Jornal do Ténis. Departamento Gráfico Record: Eduardo de Sousa (director de arte),João Henrique, José Fonseca e Pedro Almeida (editores gráficos), Cristiano Aguilar (editor Infografia) e Nuno Ferreira (coordenador digitalização).Redacção e Publicidade: Rua da Barruncheira, 6, 2790-034 Carnaxide Telefone: +351 21 303 49 00. Fax: +351 21 303 49 30. E-mail: [email protected]

Muitos portugueses sentirãoque o facto de Portugal terdois jogadores no top 100,apesar de constituir feito iné-

dito, saberá a pouco. No entanto, há quesaber reconhecer que semelhante situa-ção até ultrapassará as melhores estima-tivas estatísticas, se tivermos em linha deconta que a base de matéria prima emque se trabalha, já de si limitada, nemsequer assenta em nenhum estudo pré-vio das potencialidades e aptidões ina-tas desses mesmos jovens.

Em boa verdade, seria interessante in-troduzir no sistema de ensino nacionalum teste obrigatório sobre as aptidõesinatas de cada jovem para a atividadedesportiva, criando-se assim uma basede dados e de informação individual devalor incalculável. De facto, se na via es-colar são cada vez mais os jovens que re-correm a testes psicotécnicos que os aju-dem a fazer as suas opções escolares ten-do em vista uma futura via profissional,porque não fazer o mesmo para as po-tencialidades físicas? Não será igualmen-te importante conhecermos em tempooportuno as potencialidades desportivasdos nossos filhos, para os podermos (ou

não) encaminhar para uma prática des-portiva mais séria? Quantos jovens nãodesperdiçarão tempo em demasia naprática intensiva de uma qualquer mo-dalidade, quando não dispõem de apti-dões físicas para ir mais além da media-nia? E quantos grandes atletas se perde-rão, em detrimento de carreiras profis-sionais frustrantes, só porque nunca ti-veram conhecimento do seu potencial?

Ora, não tendo qualquer possibilida-de de alguma vez virmos a beneficiar dosorçamentos milionários de que algunspaíses beneficiam, designadamente (enão só) os anfitriões dos quatro torneiosdo Grand Slam que reinvestem milhõesdos seus lucros em prol da modalidade,temos de ser criativos no encontrar desoluções que nos ajudem a identificar osnossos talentos, para neles podermos in-vestir e melhor rentabilizar os parcos re-cursos de que dispomos.

Rui Machado e Frederico Gil acabamassim por ser quase como um lance desorte, um acumular de coincidências(orientação dos pais, capacidade financei-ra familiar para suportar uma aposta pro-fissional, aptidão natural e capacidade desacrifício dos próprios, etc.), iguais a mi-

lhares de outros casos e tentativas que saí-ram frustradas, num esforço inglório paraos jovens em causa e seus familiares. Éque existem tantos fatores imponderáveis(ex: lesões) que podem sentenciar prema-turamente o futuro de um atleta. De fac-to, enquanto por exemplo Gastão Eliassofre os efeitos de lesões que o têm impe-dido de confirmar o seu potencial, o Ruibem pode agradecer aos deuses e ao en-quadramento técnico e terapêutico queconnosco beneficiou quando trocou Bar-celona por Portugal, que lhe evitaramuma intervenção cirúrgica que poderia tercomprometido a sua carreira.

Temos insistido em afirmar que os te-nistas nacionais já beneficiam em Portu-gal de ótimas condições de treino parauma aposta profissional. Nem todos osnossos atletas assim o entendem e mui-tos deles continuam emigrados por essemundo fora, mas a verdade é que os doisexemplos referenciais do ténis português– Machado e Gil – têm assente a suaorientação técnica a partir de solo e pro-fissionais lusos… sem esquecer que con-seguiram irmais longe do que nunca numevento ATP precisamente em territórionacional, no Estoril Open. �

RUI MACHADO - é um dos maiores exemplos de sempredo ténis português, potenciando as suas características e

chegando ao top 60 após lesões gravíssimas na sua carreira

ÁS

6/08 18h30ATÉ 16 DE OUTUBRO: WTA DE LINZ, ÁUSTRIADE 17 A 23 DE OUTUBRO: WTA DE MOSCOVO, RÚSSIA (KREMLIN CUP)DE 25 A 30 DE OUTUBRO: WTA CHAMPIONSHIPS, TURQUIA

ATÉ 16 DE OUTUBRO: ATP MASTERS 1.000 DE XANGAIDE 17 A 23 DE OUTUBRO: ATP 250 DE ESTOCOLMO E MOSCOVODE 24 A 30 DE OUTUBRO: ATP 250 DE VIENA E S. PETERSBURGODE 31 OUTUBRO A 6 NOVEMBRO: ATP 500 DE BASILEIA E VIENADE 7 A 13 DE NOVEMBRO: ATP MASTERS 1.000 DE PARIS-BERCY

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ARQUIVO DIGITAL: lagossports.com » ténis » Jornal do Ténis

O Jornal do Ténis de há 30 anos mantinha-se na senda de as-sociar artigos do circuito profissional e nacional a peças deinstrução técnica e material especializado. O foco da edição deOutubro de 1981 centra-se no período pós US Open e a passa-gem dos circuitos ATP e WTA para os recintos cobertos; o de-saparecimento de Bjorn Borg após a sua derrota na final doOpen dos Estados Unidos começa a suscitar perplexidade eperspetiva-se a final da Taça Davis entre os EUA de JohnMcEnroe e a Argentina de Guillermo Vilas e Jose Luis Clerc.

TÉNISNAREDE

HÁ30ANOS

TENDÊNCIAS

GASTÃO ELIAS - mais vale tarde do que nunca, sendo queno caso dele (20 anos) ainda vai muito a tempo: vai inte-

grar o top 200 mundial pela primeira vez no próximo ranking

CLUBES - os clubes têm assegurado os principaiscampeonatos nacionais; é o caso do Carcavelos Ténis

nos cadetes e juvenis e Mesão Frio recebe o Absoluto

CARLOS SANCHES - não aparece nos écrãs como CarlosRamos ou Mariana Alves, mas é o mais destacado ofi-

cial do ténis português: será supervisor no Masters ATP

CRAQUES - lideraram críticas ao calendário, mas são osprimeiros a receber chorudos cachês para jogarem mais

semanas: Nadal embolsa 1 milhão para jogar Halle em 2012

DUPLAFALTA

VERDASCO - a presença na final do Estoril Open foi dospoucos resultados interessantes que o madrileno que tem

tantos adetos em Portugal se pode gabar na época em curso

TÉNISNATV

SEGUNDOSERVIÇO

MASTERS 1000 SHANGHAI. na Sport TV

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SEXTA-FEIRA14 DE OUTUBRO DE 2011 �03

PROPOSTAS– Aproveitar ao máximo oefeito do Estoril Open comopotenciador da modalidade– Criação de um circuitonacional juvenil a culminar numMasters e perspetivar atransferência para os seniores– Cada associação regionaldeve ter um ponto alto natemporada nos escalõesjovens e seniores– Organizar ações paralelas(temáticas) a par dosCampeonatos Nacionais– Concentraçõesregulares/estágios para os 8melhores jogadores nacionais(grupo de elite)– Reavaliar o quadro depresenças internacionais dasSeleções Nacionais em faceda relação investimento-resultados– Sensibilizar clubes eassociações para a realizaçãode torneios sem prize-money,de forma a cativar maisadeptos e federados– Aproveitar as condições deinfraestruturas no EstádioNacional para criar um polo deenquadramento técnico aquem queira dar os primeirospassos na modalidade– A área do fomento deve serarticulada com os clubes eassociações de forma a teroutra visibilidade para suscitara adesão de jovens praticantes– Entrada de um diretor-técnico nacional

SITUAÇÃO– Saber aproveitar nospróximos tempos amediatização da presença notop 100 mundial de RuiMachado (27 anos) eFrederico Gil (26 anos)– Apesar de tudo, Portugal édos poucos países de nívelmédio europeu com duasfiguras de topo. Depois deNuno Marques e Cunha eSilva, surgiram Emanuel Coutoe Bernardo Mota e maisrecentemente e em simultâneoRui Machado e Frederico Gil– Esta situação poderá ajudara explicar o aparecimento cadavez mais firme e sustentado deoutras fornadas (João Sousa,Gastão Elias e Pedro Sousa), oque não tem acontecido nosfemininos na mesma proporção– Num desarticulado e poucoexpressivo ténis feminino éimportante abrir portas paraoutra jogadora portuguesavisualizar a entrada no top 100,depois de Michelle Brito– Os Campeonatos Nacionais,as provas de maior visibilidadeda Federação Portuguesa deTénis, devem ser um modelo dereferência do organismo quedirige o ténis em Portugal e,como tal, devem estar bemenquadrados no calendário. Aprópria FPT e as associaçõesdevem ter uma envolvência maisativa e dinâmica ao longo detoda a semana dos Nacionais

NORBERTO SANTOS

�No atual contexto de crise financei-ra em que mergulha a Federação Por-tuguesa de Ténis começa a ser verda-deiramente preocupante a falta deperspetiva de uma situação risonha,a curto prazo, para os jovens talentosseguirem as mesmas pisadas de joga-dores – todos eles com menos de 24anos, – e que já estão bem identifica-dos com o circuito profissional.

Ao cabo e ao resto, na mente deJoão Sousa, Gastão Elias e PedroSousa não está outro pensamentoque não seja um dia mais tarde in-gressarem no top 100 mundial e atémelhorarem os rankings de Rui Ma-chado e Frederico Gil. É a ordem na-tural das coisas e se aquele triunvira-to já conseguiu de alguma forma ex-primir o seu potencial, seria tambémnormal que daqui a algum tempo

houvesse uma outra geração que qui-sesse ser até mais audaz nesses mes-mos objetivos. A evolução de qual-quer modalidade pauta-se por prin-cípios muito básicos e se não houverum bom quadro competitivo e reno-vação de valores o progresso está lon-ge de ser alcançado.

Adiamento.A situação complica-sequando se chega ao ponto de adiar oCampeonato Nacional Absoluto porrazões técnicas e financeiras. Em pou-co palavras: não há dinheiro parauma prova… mesmo que não tenhaprize-money! Trata-se de uma maté-ria demasiado séria e que já deveriater merecido a reflexão de muitosagentes, muito antes até de o assun-to ser eventualmente abordado numaassembleia geral.

O problema não radica nesta dire-ção presidida por José Corrêa Sam-paio – nem na anterior. Nasceu hámais de uma década, quando as asso-ciações regionais pretenderam rece-ber uma maior percentagem para assuas atividades. Em vez dos 50 porcento, fizeram finca-pé nos 60 porcento e levaram a que um presidentepedisse a demissão. Depois houveuma Comissão de Gestão de tristememória (a sugerir que numa deslo-cação da Taça Davis fossem apenastrês jogadores sem médico ou fisiote-rapeuta, provocando a demissão doentão selecionador nacional) e o pas-sivo a aumentar ao ponto de numa al-tura ter sido afirmado publicamenteque o défice era de 60 mil contos.

Por muita boa vontade que a Fe-deração tenha em ajudar as associa-ções não é possível conferir algumaestabilidade a uma direção. E, ao fimdeste tempo, as associações estãomelhores financeiramente? O queconseguiram fazer para orgulho dosseus clubes e atletas nas suas re-

giões? Para mais, nos últimos anosassistimos ao desaparecimento doCircuito TMN, depois do CircuitoCIMA e, por fim, ao School Events.Subsistem meia dúzia de torneios deprize-money. Dura e triste realidade!

Solução.Tentando ultrapassar essaquestão de fundo, eis a que se che-ga a um momento particularmente

delicado. A Federação quer mantera mesma filosofia de há anos e sequiser introduzir algo de novo nãotem dinheiro. Com os cortes de 15por cento do IDP, torna-se aindamais complicado manter o mesmoquadro de apoios e enquadramentotécnico. A ordem é para cortar. Qualé então a solução?

Primeiro que tudo credibilizar a Fe-

deração. A questão de imagem é im-portante. Critérios de competência,apoios aos melhores e enriquecer oquadro competitivo e tornar as coisasmais práticas, objetivas e simples.

DTNprecisa-se.Tal como já tinha de-fendido há um ano é imprescindívelhaver um diretor-técnico nacional atempo inteiro. É incompreensível queuma Federação que tem um CAR, ca-pitães para todas as Seleções Nacio-nais, selecionadores regionais e qua-se duas dezenas de associações regio-nais não tenha um diretor-técnico na-cional que dê suporte e coordene todaa atividade nacional. De que vale apena lançar projetos se não há depoisum diretor técnico nacional?

Os objetivos não são todos iguais ea diferença faz-se ao apostar em pro-jetos credíveis e que possam rapida-mente inverter a tendência do déficedo nosso ténis. �

Subsistemmeiadúziadetorneioscom

prémios.Estaéaduraetristerealidade

COMOARECESSÃOAFECTAOAPARECIMENTODEJOVENSTALENTOSECONDICIONAOFUTURO

Nolimiardodéfice

ESTREIAEM...MESÃOFRIO!

Nacionalseráemnovembro�O Campeonato Nacional reali-za-se entre 28 de novembro e 3 dedezembro num novo clube cons-truído em Mesão Frio, na área deGuimarães. De 24 a 27 de no-vembro tem lugar no mesmo lo-cal o Nacional de Clubes.

NACIONAIS.Dos trêsCampeonatosNacionaisagendados emsemanasconsecutivas,jogaram-se osde cadetes ejuniores. Nãohouve verbapara oAbsoluto

SENHORAS.Um ano após a

“reforma” deNeuza Silva,

Magali deLattre tambémabdica e deixa

a SeleçãoNacional maisempobrecida VI

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TénisNacionaleaCrise

04 � SEXT14 DE

MIGUEL SEABRA

� Numa dialética muito semelhanteà verificada entre João Cunha e Silvae Nuno Marques há cerca de duas dé-cadas, Rui Machado e Frederico Giltêm beneficiado da concorrência di-reta para estabelecerem novos mar-cos para o ténis português – e depoisde o sintrense ter chegado ao 62.º lu-gar na primavera foi a vez de o algar-vio atingir a 59.ª posição no outono.Aos 27 anos, Rui Machado é tambémo mais “velho” tenista nacional a con-seguir a respetiva melhor classifica-ção na hierarquia mundial, pertencen-do o recorde de precocidade a Mi-chelle Brito: aos 16 anos foi 76ª.

O caso de Rui Machado é peculiarporque premeia a perseverança de umtenista que passou por três graves pro-blemasfísicos (umacidentedemotona

juventude, uma lesão no joelho e umalesão no pulso) que lhe terão custadoquasedoisanosdecarreira;osquatrotí-tulos Challenger conseguidos em 2011colocam-nomesmonaliderançadeumaclassificação mundial alternativa refe-renteaesseescalão(tem511pontosem14torneios,àfrentedofrancêsÉricPro-doncom481em22),qualificando-oan-tecipadamente para um Masters queeste ano, em São Paulo e de 14 a 20 deNovembro, acolhe pela primeira vez osoito melhores do circuito Challenger.

Proezas.Rui Machado está prestesa partir para a América do Sul,onde defende uma importante ma-quia pontual (a que, há um ano eentão sob a batuta de BernardoMota, lhe permitiu integrar pela pri-meira vez o top 100) antes de com-petir no elitista ATP Challenger Fi-nals. O próximo passo é estabilizar-se nos torneios ATP e a sua classi-ficação permitir-lhe-á aceder aosquadros principais de alguns dosmelhores eventos do início de 2012,incluindo o Open da Austrália.

Depois de somar sete títulos Fu-ture em 12 finais, acumulou já oitotroféus Challenger em nove finaismas o seu melhor resultado numtorneio ATP é a presença nos quar-tos-de-final do Estoril Open de2010 – sendo então derrotado por

Frederico Gil, que apresenta melho-res índices na Taça Davis e no esca-lão ATP com uma final (EstorilOpen 2010), duas meias-finais(2009) e quartos-de-final num Mas-ters 1000 (Monte-Carlo 2011). János torneios do Grand Slam, Ma-chado venceu dois de seis encontrosenquanto Gil ganhou apenas umem 14. Nuno Marques previu, noEstoril Open de 2006, que a entãonova geração do ténis português se-ria melhor do que a dele – e acer-tou. Na mais recente leva, João Sou-sa já passou pelo top 200 este anoe Gastão Elias tem a garantia de oimitar na próxima semana, enquan-to Pedro Sousa promete melhorar.Pena é que a fulgurante ascensão deMichelle Brito não tenha tido con-sequência (ainda)... �

Portuguesesno ranking

Maisumabarreiraquefoiquebrada

Oalgarviovaipoderjogaroquadro

principaldoOpendaAustrália

RUIMACHADOELEVAAFASQUIANACIONALNACLASSIFICAÇÃOMUNDIALEÉNÚMEROUMDOCIRCUITOCHALLENGER

2011. Novo máximo português no ranking, quatro títulos e qualificação para o Masters do circuito Challenger: Rui Machado está em grande

RECORDESLUSOSNORANKINGOS PICOS DOS MELHORES TENISTAS PORTUGUESESDAS ÚLTIMAS DÉCADAS NAS HIERARQUIAS MUNDIAIS»»» RANKING MASCULINO (ATP):

59.º Rui Machado, a 5 de Outubro 2011 (27 anos)*62.º Frederico Gil, a 25 de Abril de 2011 (26 anos)*86.º Nuno Marques, a 25 de Setembro 1995 (25 anos)108.º João Cunha e Silva, a 15 de Abril 1991 (23 anos)174.º Emanuel Couto, a 26 de Fevereiro 1996 (22 anos)186.º Leonardo Tavares, a 16 de Agosto 2010 (26 anos)*190.º João Sousa, a 6 de Junho 2011 (22 anos)*194.º Bernardo Mota, a 31 de Março 1997 (25 anos)214.º Gastão Elias, a 10 de Outubro 2011 (20 anos)*»»» RANKING FEMININO (WTA):76.ª Michelle Larcherde Brito, a 6 de Julho 2009 (16 anos)*133.ª Neuza Silva, a 6 de Julho 2009 (25 anos)142.ª Frederica Piedade, a 15 de Maio 2006 (23 anos)152.ª Sofia Prazeres, a 9 de Junho 1997 (22 anos)227.ªMaria João Koehler, a 12 de Setembro 2011 (19 anos)*334.ª Magali de Lattre, a 20 de Junho 2011 (24 anos)

EPA

LUSA

� 05TA-FEIRAE OUTUBRO DE 2011

�Desde que decidiu abandonar Bar-celona e regressar a Portugal em 2007,Rui Machado teve diversos enquadra-mentos técnicos. Primeiro no LagosTeam durante uma complicada fase delesões, depois no núcleo de João Cu-nha e Silva, seguidamente com Bernar-do Mota no acesso ao top 100 em fi-nais de 2010 e atualmente com AndréLopes para um novo recorde. Comuma ressalva: “Nunca irei despedir umtreinador se acreditar na maneiracomo estou a trabalhar e não são os re-sultados que me irão influenciar: os re-sultados são uma consequência”, refe-re o algarvio. “Escolhi o André porquetínhamos pontos em comum, já queele também viveu e treinou em Espa-nha, porque tinha disponibilidade to-tal para viajar com capacidade de ges-tão ao longo da época e abertura men-tal para poder crescer comigo. E con-firmou-se que foi uma boa escolha;num circuito profissional como o té-nis, com 25 a 30 semanas de viagem,torna-se tudo muito mais difícil se nãoexistir cumplicidade com o treinador”.

Sortudo.Aos 33 anos, o leiriense An-dré Lopes deixou para trás um currí-culo de jogadoresquerdino abrilhanta-

docomtítulosnacionaisde infantis, ca-detes e juniores – embora nunca fossemais longe do que um 888.º lugar nahierarquia ATP, alcançado em Marçode 1998. “O Rui nem se lembrava determos jogado um contra o outro nosAçores, mas recordo-me porque ‘leveina pá’. Sempre foi um atleta que admi-rei; ele queria um trabalho mais perso-nalizado, alguém que o compreendes-se e estivesse do lado dele –considero-me um sortudo pela oportunidade detrabalhar com alguém com as suas ca-racterísticas.Parti paraodesafio saben-do que não tinha de inventar muito,porque ele teve uma formação muitoboa em Espanha e fez um bom traba-lho com os últimos técnicos”.

Apoiado pelo preparador físico Pau-lo Figueiredo, acrescenta: “Quando co-meçámos havia três aspetos onde euacreditava poder fazer diferença: daruma base mais sólida à esquerda e es-quematizar o que poderia fazer com

ela, criando hábitos de mudança detrajetória e maior utilização da esquer-da paralela; maior eficácia na movi-mentação para que chegasse melhorapoiado à execução e recuperasse de-pois mais rapidamente de modo a per-

manecer mais dentro da jogada e amanter a intensidade que ele traz parao jogo, porque tinha altos e baixos; etrabalhar a concentração de modo aprolongar os momentos bons e a dimi-nuir os menos bons, poupando-o”. �

Portuguesesno ranking

Fraternidadeetranquilidade

OpreparadorfísicoPauloFigueiredo

éooutroelementodaequipatécnica

QUEBRADORECORDE

«Ummarcoeumgrandeorgulho»�O inédito acesso ao top 60 susci-ta emoções mistas a Rui Machado:“É um marco que fica para a minhacarreira,porqueafinalpensamosnoranking o ano inteiro e o rankingnão mente porque os pontos não secompram no supermercado –cons-tituem a análise mais justa do nos-so valor e na contabilização dos 18melhores resultados não há lugarpara a sorte, habituamo-nos a ter oranking como objetivo e como re-gulador. Por isso ser o portuguêsque atingiu a melhor classificaçãoenche-medeorgulho, apesardenãoquerer ser somente o melhor domeu país; na minha geração fui euquem comecei a quebrar barreiras,indo para Espanha, ganhando osprimeiros pontos ATP e vencendoo primeiro Future até me lesionar.Depois o Frederico conseguiu ou-tros marcos importantes e agora te-nho este melhor registo. Mas possosubir ainda mais.” �

UMPISCARDEOLHOALESTE

Asmaisbelassãoaseslavas�Um jovem jogador e um jovemtreinador sempre em viagem têmopinião abalizada sobre as mulhe-resmaisbonitasdoplaneta. “Quan-do fui pela primeira vez à Polónianem queria acreditar”, desabafouAndré Lopes. Rui Machado elegeuas croatas de Umag: “Não admira,eles fazem um casting para contra-tar as hospedeiras do torneio!” �

NAVÉSPERADACONSUMAÇÃO

Umalonganoiteemsuspenso...�O destino quis que Rui Macha-do tivesse de penar duplamentepara concretizar o melhor rankingde sempre de um português na se-quência do título em Sczecin, omais recente e cotado dos quatroChallengers que já ganhou em2011. “Não se notou tanto nervo-sismo antes da final, mas o facto deter sido suspensa até ao dia seguin-te tornou tudo mais complicado de

gerir”, revela André Lopes.“O Rui tinha recuperado nomarcador, adquirido vanta-gem e ficado tão perto da vi-tória até que houve a tal in-terrupção aos 4-1 no tercei-ro set para voltar no dia se-guinte em circunstânciasque se poderiam revelarcompletamente diferentes.Foi uma espera complicadade gerir e ainda bem quetudo correu bem, mas hou-ve uma ressaca física e emo-cional que teve proporçõesmaiores pelo estabelecimen-to de um recorde que signi-ficava mais do que um mar-co pessoal e tornou-se mui-to difícil ter de jogar um diadepois em Bucareste...” �

ANDRÉLOPESANALISAASBASESDOTRABALHOFEITOCOMOSEUPUPILO

�“Quando abordei o André não que-ria sair muito da linha em que tinhavindo a trabalhar porque acreditavaque ainda podia evoluir muito nessalinha e continuo a achar que ainda te-nho margem”, refere Rui Machado re-lativamente ao seu estilo dinâmico decomandar o jogo no fundo do campocom a sua poderosa pancada de direi-ta. “E o que temos feito é potenciar oque tenho de melhor e aperfeiçoar aspancadas menos boas, especialmentea esquerda a duas mãos e sobretudoa esquerda paralela – no geral, evoluímuito na esquerda e já não existe umadiferença tão significativa relativamen-te à direita”; o algarvio acrescenta que“a direita cruzada é a minha melhorpancada pela facilidade em abrir o ân-gulo e em criar problemas aos adver-

sários. No serviço também melhoreiem termos percentuais”. O encontrocom Roger Federer para a Taça Da-vis, conquistando o primeiro set egranjeando muitos pontos de break,despoletou algo: “Foi o desafio maisimportante da minha carreira – esta-va a defrontar o melhor de todos ostempos. Tudo o que envolveu aqueleencontro deu-me confiança e fez-meacreditar ainda mais”. E destacoutambém a vitória sobre Albert Mon-tañes nas meias-finais de Sczecin.

Sponsors. Apoiado pela TMN,transportado pela Air Berlin e equi-pado pela Yonex, não teve bónuspelo recorde luso no ranking – maspassa a ter argumentos para umarenegociação em alta... �

OAPERFEIÇOAMENTODEUMESTILOEONAIPEDESPONSORS

Maisequilibradonaspancadasdefundo

PARCERIA.Ao cabo deoito meses,

o saldoé muitopositivo

MELHORIA.Esquerda

paralela estámais afinada

e cria maisdesequilíbrio

na jogada

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SEXTA-FEIRA14 DE OUTUBRO DE 201106 �

MIGUEL SEABRA

�É já um hábito há décadas – a épo-ca regular da Médis Copa Ibéricaconclui-se em grande pompa no sulde Portugal com a realização da úl-tima das três etapas tradicionais. De-pois do lisboeta CIF e da Ciudad dela Raqueta madrilena, dá-se a tran-sição da terra batida para oshardcourts algarvios do Vilamoura-ténis e espera-se a participação demais de duas centenas de tenistasnos múltiplos escalões em compita,tanto em singulares como tambémem pares homens e pares mistos. Emjogo não estarão apenas troféus, paraalém de preciosos pontos para oranking mundial de veteranos daITF: estão em aberto quatro lugaresem cada escalão no Masters MédisCopa Ibérica que se realiza no iníciode Dezembro.

Alguns nomes já sobressaem nolote dos inscritos – a começar pelode André Mota, antigo número umdo ranking da Federação Portugue-sa de Ténis e claro vencedor do es-calão de menos de 35 anos no CIF;terá como concorrente, entre outros,o conhecido humorista Tiago Dores,que depois de várias incursões nospares optou por se estrear em singu-lares na etapa de Madrid para mos-trar toda a sua qualidade de jogo.Outro nome de créditos firmados nopanorama tenístico nacional é o deVasco Graça, que enquanto juvenilfoi dos melhores da sua geração eque tem estado sempre em destaquena Médis Copa Ibérica, ao lutar pe-los troféus de 40 anos: em 2011 foifinalista no CIF e venceu em Madrid.

Rivalidades. Com as inscriçõesainda em aberto, a organização, acargo da João Lagos Sports, prome-

� Para além de outras atrações na ci-meira de Vilamoura, um dos grandesdestaques na vertente feminina vaipara a campeoníssima portuguesaLuísa Gouveia no escalão dos 40anos – sobretudo na perspetiva de aver defrontar as irmãs Letícia e Cris-tina Almirall Garbayo. A popular“Nini” foi semifinalista no CIF e, apóster estado ausente em Madrid, re-gressa à Médis Copa Ibérica em sololuso para defender as cores nacionaisnaquele que será o mais competitivoescalão de senhoras, sendo que as

manas espanholas contribuem sobre-maneira para o elevar dessa qualida-de técnica. Jogaram duas finais esteano, com Letícia a impor-se em am-bas as ocasiões nos respetivos duelosfratricidas e a liderar confortavelmen-te o Ranking Médis Copa Ibérica.

No escalão dos 50 anos há uma in-teressante corrida e também anima-do despique entre a americana Veró-nica Lima de Angelis., Isabel Cunhade Eça e Marília Madeira Pinto. Tam-bém impossível de prever será a can-didatura ao troféu dos 60 anos. �

LUÍSAGOUVEIAÉAESPERANÇAFACEÀS IRMÃSESPANHOLAS

Concorrênciadupla

EXCELÊNCIA. Letícia AlmirallGarbayo já arrecadou dois títulos este ano

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MédisCopa Ibérica

RANKINGMÉDISCOPAIBÉRICAMASCULINOSMAIORES DE 35 ANOS1.º Tiago Vasques (Portugal), 80 pontos2.º André Mota (Portugal), 60 pontos3.º Tiago Dores (Portugal), 45 pontos4.º José Pereira Lopes (Portugal), 35 pontosMAIORES DE 40 ANOS1.º Vasco Graça (Portugal), 105 pontos2.º Fernando Granero Alameda (Espanha), 60 pontos3.º Juan Lopes Carne (Espanha), 45 pontos4.º Rui Carneiro (Portugal), 35 pontos4.º Angel Prado Rivero (Espanha), 35 pontos4.º Daniel Almeida (Portugal), 35 pontos4.º Gustavo Barreto (Portugal), 35 pontosMAIORES DE 45 ANOS1.º Eric Mampaey (Bélgica), 120 pontos2..º Jose Luis Villuendas-Ortiz (Espanha), 80 pontos3.º JavierLinares Corral (Espanha), 45 pontos4.º Miguel Angel Rascon (Espanha), 35 pontos4.º Fernando Pablo Benavides (Espanha), 35 pontos4.º Francisco Batista (Portugal), 35 pontosMAIORES DE 50 ANOS1.º Ramon Canosa Sendra (Espanha), 95 pontos2.º JavierJuanco-Martí(Espanha), 60 pontos3.º Manuel Bofill (Espanha), 45 pontos3.º Thorsten Kolbe (Alemanha), 45 pontosMAIORES DE 55 ANOS1.º Juan Arcones-Pastor(Espanha), 120 pontos2.º Jorge Haenelt (Espanha), 65 pontos3.º José Bóia (Portugal), 45 pontos4.º Rogério Matias (Portugal), 40 pontosMAIORES DE 60 ANOS1.º Buenaventura Velazquez (Espanha), 105 pontos2.º Frankvan Lerven (Holanda), 80 pontos3.º Pedro Ocaña-Zapatero (Espanha), 60 pontos4.º Vicente Pavón (Espanha), 40 pontosMAIORES DE 65 ANOS1.º Giuseppe Losego (Itália), 120 pontos2.º Nuno Allegro (Portugal), 65 pontos3.º Paul Abrahamse (Holanda), 55 pontos3.º Mário Videira (Portugal), 55 pontosMAIORES DE 70 ANOS1.º FelixCandella (Espanha), 120 pontos2.º António Trindade (Portugal), 80 pontos3.º Manfred Hagl (Alemanha), 70 pontos4.º JanekStankiewicz (Polónia), 45 pontosFEMININOSMAIORES DE 35 ANOS1.ªPaula Falcão (Portugal), 60 pontos2.ª Sandra Valente (Portugal), 45 pontos3.ª Iwona Domanska (Polónia), 35 pontos4.ª Marta Coelho (Portugal), 20 pontosMAIORES DE 40 ANOS1.ª Leticia Almirall Garbayo (Espanha), 120 pontos2.ª Cristina Almirall Garbayo (Espanha), 90 pontos3.ª Luísa Gouveia (Portugal), 35 pontos3.ª EditGronoset(Itália), 35 pontos3.ª Rosario Barea de Lara (ERspanha), 35 pontosMAIORES DE 50 ANOS1.ª Veronica Lima De Angelis (EUA), 105 pontos1.ª Isabel Cunha d’Eça (Portugal), 80 pontos3.ª Marília Madeira Pinto (Portugal), 70 pontos4.ª Carmen Lang Verdugo (Espanha), 60 pontosMAIORES DE 60 ANOS1.ª Vicky Mikolajczak(Bélgica), 60 pontos2.ª Brigitte Bocken Jacob (Bélgica), 45 pontos3.ªCarmen Alvarez Leal (Espanha), 35 pontos3.ªMaria teresa Morillo Solano (Espanha), 35 pontos

NOTA: Distribuição dos pontos – vencedor(a): 60pontos; finalista: 45 pontos; semifinalista: 35 pon-tos; quartos-de-final: 20 pontos.

SeleccionarmestresVILAMOURARECEBEADERRADEIRAETAPAREGULARDE2011ANTESDAREALIZAÇÃODOMASTERS

te mais um festival de ténis – e al-guns nomes auguram excelentesduelos nos escalões mais avança-dos, apimentados por rivalidadespessoais ou ibéricas. João Lagos vaiacompanhar o evento e competirdiante do rival portuense NunoAllegro e do italiano Giuseppe Lo-sego, que ganhou as duas anterio-res provas de 2011 nos 65 anos.

António Trindade, o portuguêsque passa por ser o mais laureado jo-gador na história da competição,terá a oportunidade de vingar, na suasuperfície preferida (os hardcourts),os êxitos que o espanhol Félix Can-dela vem registando nos últimostempos no escalão de 70 anos –parecem ambos destinados a digla-diarem-se para sempre!

Ilustres.Entre as restantes vedetasestrangeiras com títulos averbadosem 2011, e para além dos papõesespanhóis Buenaventura Velásqueze Juan Arcones-Pastor, salienta-se aparticipação do excelente belga Eric

Mampaey. Os principais nomes es-tão já garantidos no Masters de De-zembro; uma vitória numa etapavale 60 pontos e uma final 45, peloque dois bons resultados em duasetapas valem o acesso à elitistacompetição de final de ano.

Esperam-se grandes maratonascom entrada pela noite dentro,atendendo à maciça participação –e consequente programa carregado– que habitualmente se verifica naetapa algarvia. A par do torneiopropriamente dito não faltarão osfocos de interesse fora de campo,com o tradicional jantar de confra-ternização da família ibérica. �

Osduelosibéricosdeverãomarcarumtorneiojogadopor

maisde200tenistas

MARATONISTAS. André Mota e VascoGraça serão vedetas lusas num eventoem que a participação maciça força arealização de encontros pela noite fora!

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