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MULTIMODAL EDIÇÃO Nº45— NOVEMBRO 2005 Publicação integrante do portal www.logweb.com.br A multimídia a serviço da logística Logística Transportes Movimentação e Armazenagem Embalagem Automação Supply Chain Management LogWeb LogWeb J O R N A L Este jornal e outras informações também estão no portal www.logweb.com.br A multimídia a serviço da logística J O R N A L J O R N A L Armazenagem e Distribuição As tendências em termos de operações, sistemas e equipamentos Alguns profissionais do setor fazem uma interessante análise, procurando mostrar as tendências nestas duas áreas. E, também, o que é esperado destes setores em razão do final de ano. (Página 18) NESTE NÚMERO, A MAIS NOVA SEÇÃO DO JORNAL LOGWEB ENFOCA O TRANSPORTE AÉREO, COM A ABSA CARGO AIRLAINE, O RODOVIÁRIO, COM A 5 ESTRELAS, E O MARÍTIMO, COM A WILSON, SONS. (PÁGINA 12) Em detalhes, a complexa logística do Carrefour no varejo Em entrevista especial para o jornal LogWeb, o diretor de logística do Carrefour fala, entre outros assuntos, da infra-estrutura usada pela rede de supermercados para aten- der as suas várias unidades espalhadas pelo país e dos problemas enfrentados. (Página 4) A logística nas áreas de saúde humana e animal na Bayer HealthCare No segmento de saúde humana, a Bayer HealthCare é responsável apenas pela armazenagem dos produtos. O trans- porte é terceirizado. No segmento de saú- de animal, a logística de armazenagem e distribuição é tercei- rizada. (Página 6) Operadores Logísticos Ainda são muitos os problemas. Mas, também, as soluções Os grandes problemas do setor são externos às empresas – conjunturais, de infra-estrutura, econômicos. Mas, as soluções existem. (Página 24) Rede de varejo de eletrodomésticos e móveis Colombo investe em CDs A rede de varejo de móveis e eletrodomés- ticos Colombo, com forte atuação na região Sul, investiu R$ 10 milhões na modernização e ampliação dos seus centros de distribuição instalados nas cidades de Porto Alegre, RS, e Curitiba, PR. (Página 8)

JORNAL LogWeb€¦ · JORNAL Os artigos assinados não expressam, necessariamente, a opinião do jornal. Expediente Palavra do Leitor Sobre a entrevista “Samir Keedi, uma análise

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Page 1: JORNAL LogWeb€¦ · JORNAL Os artigos assinados não expressam, necessariamente, a opinião do jornal. Expediente Palavra do Leitor Sobre a entrevista “Samir Keedi, uma análise

M U LT I M O D A L

EDIÇÃO Nº45—NOVEMBRO—2005 Publicação integrante do portal www.logweb.com.br A multimídia a serviço da logística

Logística ❚❚❚❚❚ Transportes ❚❚❚❚❚ Movimentação e Armazenagem ❚❚❚❚❚ Embalagem ❚❚❚❚❚ Automação ❚❚❚❚❚ Supply Chain Management

LogWebLogWebJ O R N A L

Este jornal e outrasinformações também estão no portalwww.logweb.com.br

A multimídia a serviço da logística

J O R N A LJ O R N A L

Armazenagem e Distribuição

As tendências emtermos de operações,

sistemas eequipamentos

Alguns profissionais do setor fazem umainteressante análise, procurando mostrar astendências nestas duas áreas. E, também, oque é esperado destes setores em razão do

final de ano. (Página 18)

NESTE NÚMERO, A MAIS NOVASEÇÃO DO JORNAL LOGWEBENFOCA O TRANSPORTE AÉREO,COM A ABSA CARGO AIRLAINE,O RODOVIÁRIO, COM A 5ESTRELAS, E O MARÍTIMO, COMA WILSON, SONS. (PÁGINA 12)

Em detalhes,a complexa logísticado Carrefourno varejo

Em entrevista especial para o jornalLogWeb, o diretor de logística do Carrefourfala, entre outros assuntos, da infra-estruturausada pela rede de supermercados para aten-der as suas várias unidades espalhadas pelopaís e dos problemas enfrentados. (Página 4)

A logística nasáreas de saúdehumana e animalna Bayer HealthCare

No segmento desaúde humana, aBayer HealthCare éresponsável apenaspela armazenagemdos produtos. O trans-porte é terceirizado.No segmento de saú-de animal, a logísticade armazenagem edistribuição é tercei-rizada. (Página 6)

Operadores Logísticos

Ainda são muitosos problemas.Mas, também,

as soluçõesOs grandes problemas do setor são externos às

empresas – conjunturais, de infra-estrutura,econômicos. Mas, as soluções existem. (Página 24)

Rede de varejode eletrodomésticose móveis Colomboinveste em CDs

A rede de varejo de móveis e eletrodomés-ticos Colombo, com forte atuação na regiãoSul, investiu R$ 10 milhões na modernizaçãoe ampliação dos seus centros de distribuiçãoinstalados nas cidades de Porto Alegre, RS, eCuritiba, PR. (Página 8)

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2 LogWeb EDIÇÃO 45 — NOVEMBRO — 2005 www.logweb.com.br

LogWebLogWeb

Editor (MTB/SP 12068)Wanderley Gonelli Gonç[email protected]

MarketingJosé Luíz Nammur

[email protected]

Diretoria ExecutivaValeria Lima

[email protected]

Diretoria ComercialDeivid Roberto Santos

[email protected]

Representante ComercialRJ: [email protected]

Administração/FinançasLuís Cláudio R. Ferreira

[email protected]

Direção de ArteFátima Rosa Pereira

Redação, Publicidade,Circulação e Administração:

Rua dos Pinheiros, 234 - 05422-000São Paulo - SP

Fone/Fax: 11 3081.2772Nextel: 11 7714.5379 ID: 15*7582

Redação:Nextel: 11 7714.5381 - ID: 15*7949

Comercial:Nextel: 11 7714.5380 - ID: 15*7583

Publicação mensal, especializadaem logística, da LogWeb EditoraLtda. Parte integrante do portal

www.logweb.com.br

J O R N A L

Os artigos assinados nãoexpressam, necessariamente,

a opinião do jornal.

Expediente

Palavra do Leitor

Sobre a entrevista “Samir Keedi,uma análise da atuaçãobrasileira no mercado externo”,publicada à página 4 da edição44 (outubro/2005) do jornalLogWeb:“Caro Prof. Samir, parabénspela entrevista. Concisa esincera, principalmente quandoposiciona o governo Lula no seudevido lugar, na ‘colaboração’ao comércio exterior. Concordototalmente: ‘nenhuma’ foi amelhor expressão para qualificaro desempenho. Temos mesmoque dar um ‘viva’ ao mercadointernacional e aos empresáriosbrasileiros que, apesar dasdificuldades e de todo o tipo deassalto que toma diariamente dogoverno, continua fazendo, ebem, a sua parte.”

Aguinaldo RodriguesUnicarrier Ltda.

“Wanderley, gostaria deparabenizar você e sua equipepelo excelente material com quevocês nos brindam mensalmen-te... está cada dia melhor.Acompanho como assinante, hámuito tempo, a qualidade doLogWeb... e portanto, possoatestar que esta qualidade nãoocorreu agora.... pelo contrário,ela vem de muito tempo....portanto, mais uma vez, seguemos nossos parabéns.”

Anderson Silva SalmazoGrupo TPC

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EDIÇÃO 45 — NOVEMBRO — 2005 LogWeb 3www.logweb.com.br

S

Wanderley GonelliGonçalves - [email protected]

Editorial

Maisnovidades

e, a partir daúltima edição dojornal, passamos

a incluir a nova seção -“Multimodal” – nestaagora temos mais umanovidade.

Em todas as matériasestamos incluindo, apartir deste número, otelefone das empresascitadas. Com isto,visamos proporcionaraos nossos leitores umcontato mais rápido comas empresas participantesdo jornal e, conseqüente-mente, mais negócios.

Quanto às matériasdesta edição, valedestacar que, na“Multimodal”, sãodestacados o transporteaéreo, o rodoviário e omarítimo.

Em se tratando dematérias especiais, temosuma sobre as tendênciasem termos de operações,sistemas e equipamentosnas áreas de armazena-gem e distribuição. Eoutra sobre os problemasenfrentados pelosoperadores logísticos e aspossíveis soluções.

Outras matériasatualíssimas tambémintegram esta edição,incluindo uma entrevistacom o diretor de logísticado Carrefour e matériassobre a logística na BayerHealtCare e a Blockbustere a sua nova loja virtual.

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4 LogWeb EDIÇÃO 45 — NOVEMBRO — 2005 www.logweb.com.br

Entrevista

Túlio Renato Bolzoni explica acomplexa logística do CarrefourNesta entrevista, o diretor de logística fala, entre outrosassuntos, da infra-estrutura usada pela rede de supermercadospara atender as suas várias unidades espalhadas pelo país edos problemas enfrentados.

B olzoni é diretor delogística do Carrefour.Ele é engenheiro agrôno-

mo, formado pela UniversidadeFederal do Rio Grande do Sul, dePorto Alegre, com especializaçãoem marketing pela mesma univer-sidade e em Gestão Empresarial,pela FGV. Já atuou no Grupo Joa-quim Oliveira em fazendas de pro-dução de arroz irrigado (arroz TioJoão) e no Supermercado Real, domesmo grupo. Após a aquisiçãopelo Grupo Sonae, atuou como di-retor de operações, diretor de abas-tecimento e de logística. Tambémfoi diretor comercial de perecíveisdo Grupo.

Logweb: Como é feita a logísticado Carrefour? Quantos CDs sãousados?

Bolzoni: A logística doCarrefour é bastante complexa, so-bretudo em função da dispersão daslojas em nível de Brasil, desde oRio Grande do Sul até Manaus.Temos vários CDs, sendo o prin-cipal o de São Paulo, onde faze-mos toda a logística de produtosalimentares secos e de não-alimen-tares. Este CD está localizado emOsasco, SP. Temos outro CD, parahortigranjeiros, peixaria, refrigera-dos e congelados, também emOsasco, SP, junto à loja; um na ci-dade do Rio de Janeiro, completo,multitemperatura (em uma únicaunidade é feita a armazenagem dosprodutos “temperatura ambiente”,refrigerados e congelados); outroem Brasília, também multitem-peratura; outro em Belo Horizon-te, MG, também uma unidademultitemperatura; e um CD avan-çado, de menor porte, no Rio Gran-de do Sul - só para produtos secosalimentares e alguma coisa não ali-mentar de alto giro. No EspíritoSanto temos um CD que chama-mos de “plataforma” (para produ-

tos perecíveis – hortigranjeiros,refrigerados e congelados) junto auma loja e inaugurado recentemen-te, que também opera com produ-tos alimentares da gama regional.Há, também, uma unidade de se-cos em Manaus, AM, e estamosconcluindo estudos para a instala-ção de uma unidade no Nordeste.

LogWeb: E a frota, é própria outerceirizada?

Bolzoni: A nossa frota é todaterceirizada. Várias empresas nosatendem. Conforme a região, te-mos dois ou três prestadores de ser-viços por unidade, principalmentenas grandes, como São Paulo, Riode Janeiro, Brasília e Minas Ge-rais. Atuamos com parte dos nos-sos contratados em regime de “fro-ta dedicada” – locamos os veícu-los e nós próprios os administra-mos - e também contamos comoutros 40% a 50% do volume defretes utilizando “frete avulsos” -na realidade, também de forma per-manente, mas contratados por diaou por viagem, conforme a sazona-lidade. É importante destacar quetodo o gerenciamento da frota, queé rastreada, é feito por nós.

LogWeb: Como é feito o abasteci-mento das lojas?

Bolzoni: Uma loja é abaste-cida através dos CDs e diretamen-te pelo fornecedor. Pelos CDs, éfeita a geração de pedido de repo-sição conforme a venda da loja, quefaz todo o dia o cálculo da reposi-ção e envia este pedido para o CD.No CD, este pedido é jogado con-tra a disponibilidade de estoque eseparado - vale destacar uma ca-racterística própria do Carrefour:em três unidades, quem faz esta se-paração é o operador logístico(uma equipe terceirizada). Nos CDde secos de São Paulo e do Rio deJaneiro, temos a ID Logistics comooperador logístico dentro das uni-

dades, e, em Brasília, a ExelLogística. Nos CDs refrigerados,a operação é própria. Bem, feita aseparação, os produtos são entre-gues nas lojas diariamente. Aindano caso do abastecimento de loja,é importante destacar que o fluxopromocional não segue um siste-ma automático. Neste caso, sãofeitas estimativas de venda confor-me o evento, a duração do eventoe o tipo de mídia, e as lojas suge-rem, ou indicam, quanto vão ven-der, após o que é feita a compra e adistribuição para as lojas. Por ou-tro lado, bebidas, verduras e pãescontinuam sendo entregues pelosfornecedores diretamente em loja,uma prática comum no varejo, ecada loja tem uma freqüência deentrega. A maior parte dos pedi-dos das lojas e dos CDs para osfornecedores segue via Intercâm-bio Eletrônico de Dados. Temospraticamente 60% do abastecimen-to centralizado, com tendência a umaumento deste percentual, para che-gar a 70, 75% já no início de 2006.

LogWeb: Quais as vantagens des-te abastecimento centralizado?

Bolzoni: O abastecimentocentralizado traz um maior bene-fício, já que a loja consegue serabastecida diariamente em peque-nas quantidades, exatamente a ven-da do dia. Com isso, se busca a re-dução de estoques na cadeialogística. Outro ganho com o abas-tecimento centralizado está na re-dução, nas lojas, da recepção dire-tamente dos fornecedores, umaoperação que exige cuidados gran-des com segurança e conferênciadas mercadorias. No caso da en-trega via CD, a carga chega lacra-da, o que dispensa o manuseio deconferência.

LogWeb: Quais os problemas en-frentados?

Bolzoni: Acho que a sazona-

lidade ainda é uma das grandes di-ficuldades da cadeia de abasteci-mento que resulta na dificuldadeda boa previsão no planejamentode volumes a serem manipuladosa cada semana, a cada dia, a cadamês. Ainda há concentrações devendas no início do mês, aindaexiste concentração enorme nosdias de “feirão” - terça e quarta-feira. Outra dificuldade está no ní-vel de serviços dos fornecedores,já que ainda há muitas falhas deentrega nos centros de distribuição,à medida que os fornecedores dei-xam de cumprir a agenda definida– entre 10% e 20% do planejamen-to de entrega nos CDS não sãocumpridos, tanto por pequenosquanto por grandes fornecedores.No caso específico de São Paulo,o trânsito também é um problema.Muitas lojas do Carrefour foramenquadradas na entrega noturna, oque acabou pressionando aindamais a cadeia logística. Tivemosque aumentar a frota em 20% paracumprir a entrega noturna nas 24lojas que ficaram incluídas nestasáreas. Houve um aumento de cus-to, pois não se consegue fazer to-das as entregas dentro da noite,sendo preciso partir para o uso deveículos menores, que acabam pre-judicando ainda mais o trânsito eaumentando o custo da cadeialogística. As distâncias tambémconstituem dificuldades. Algumaslojas requerem entrega em dois outrês dias, dependendo do CD. Porisso estamos organizando nossamalha logística na busca de redu-ção de custo e melhoria de nívelde serviços para as lojas.

LogWeb: O que o Carrefour vai ofe-recer para incrementar suas ven-das neste final de ano? Qual é opapel da logística neste processoe particularmente neste período doano?

Bolzoni: A expectativa é

incrementar as vendas em 10 a15% sobre o mesmo período doano passado em se falando de pro-dutos natalinos. Em geral, dezem-bro representa um aumento de ven-das sobre novembro da ordem de30%. Isto realmente acaba causan-do, em termos de logística, um au-mento de demanda e um aumentode pressão nos centros de distribui-ção e na frota. Por outro lado, oabastecimento das lojas neste pe-ríodo ocorre de uma forma nãomuito concentrada - desde a segun-da quinzena de novembro até o fi-nal de dezembro, as lojas vão sen-do abastecidas de produtos natali-nos. A campanha de brinquedoscomeça no final de novembro, ouseja, no início de dezembro eles jáestão na loja. As bebidas começama chegar nas lojas em grandesquantidades na primeira quinzenade dezembro. Ou seja, embora asvendas se concentrem mais na se-gunda quinzena de dezembro, aslojas já estão abastecidas desde ofinal de novembro, início de de-zembro, para diluir a pressão nacadeia logística, embora esta estra-tégia acabe carregando os estoquesnas lojas. Embora movimentemosmuito mais mercadorias, os lotesde compra são maiores, permitindo amovimentação em paletes completos,o que gera muita produtividade nosCDs e no transporte, como porexemplo nos brinquedos, pane-tones, filtrados, cestas de Natal, etc.

LogWeb: O que o Carrefour usapara enfrentar a grande concorrên-cia na área de supermercados, emtermos de logística?

Bolzoni: A concorrência égrande, e o que temos hoje busca-do, em primeiro lugar, é aumentaro nível de centralização, ou seja,queremos elevar de 80% a 85%,em 2 anos,os volumes de abasteci-mento das lojas através dos CDS.Isto vale também para perecíveis,onde temos desenvolvido sistemasde controle de qualidade. Estamosdesenvolvendo muitas melhoriase buscando dar mais automa-tização e produtividade nos CDspara reduzir custos. A grande ba-talha do Carrefour, hoje, em ter-mos de logística, é para melhorara competitividade, é para a redu-ção de custo, com uma melhorredefinição da malha logística emaior centralização. ■

Fone: 11 3035.2683

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EDIÇÃO 45 — NOVEMBRO — 2005 LogWeb 5www.logweb.com.br

Ituran passa aoperar em todoBrasil

A Ituran do Brasil,multinacional israelensede monitoramento deveículos, já estáoperando em todoterritório nacional, ondehá cobertura celular. Aexpansão no atendi-mento se deve à adesãoda tecnologia GSM/GPRS pela companhia.Segundo a diretora demarketing da empresa,Elaine Vilela, o sistemaé compatível com asprincipais operadorasde celulares GSM-GPRSdo país, o que permiteao cliente eleger aoperadora de celularque melhor atende àsua área de operação.Nesse primeiro momen-to, a empresa vai focarprincipalmente nossegmentos frotistas etransportadoras.Fone: 0800-105566

Mais Logísticaprestaserviços deagenciamentode freteinternacionalLocalizada em Limeira,SP, a Mais Logísticaoferece serviços deagenciamento de freteinternacional, nosmodais marítimo, aéreoe rodoviário; preparaçãode documentosespecíficos ao comércioexterior; desembaraçoaduaneiro com aReceita Federal (emportos, aeroportos elocais alfandegados); econsultoria em comér-cio exterior. Tambémrealiza transporterodoviário, seguro,cabotagem e armazena-gem de cargas emSantos (ArmazénsPacific).Fone: 19 3444.7910

Cabotagem

Aracruz substitui carretaspor navios-barcaças e reduzcustos com logística

o substituir o uso de carre-tas por navios-barcaças emmar aberto para o trans-

porte de madeira entre suas planta-ções do sul da Bahia e o TerminalPortocel, no Espírito Santo, a Ara-cruz Celulose (Fone: 11 3301.4131)concretizou um de seus planoslogísticos mais ambiciosos.

Por outro lado, ela, juntamentecom a Companhia de NavegaçãoNorsul (Fone: 21 2508.0505) - sub-sidiária do grupo norueguês Lorent-zen e responsável pela operação -,se tornaram as primeiras empresasbrasileiras a operar no sistema em-purrador e navio-barcaça articula-do em mar aberto.

A companhia de navegação in-vestiu US$ 32,6 milhões na constru-ção das embarcações, dos quais cer-ca de US$ 23 milhões financiadospelo BNDES, com recursos do Fun-do de Marinha Mercante, sendo orestante recursos próprios da Norsul.A primeira fase do projeto foi con-cluída em novembro de 2002, quan-do foram entregues três barcaças eum empurrador, e a segunda etapa,em agosto último, com a entrega daquarta barcaça e do segundo empur-rador, finalizando assim o projeto.

EconomiaSão quatro barcaças e dois em-

purradores, que permitiram a redu-ção de 50 caminhões, de 26 metros,por dia na BR-101. Desta maneira,50% da carga passa a ser transpor-tada por cabotagem, 40% por ca-minhões e 10% via ferrovia.

“O sistema tem capacidade paratransportar cerca de 5,2 mil tonela-das de toras de eucalipto por via-gem. O volume total de 3,4 milhõesde m3/ano de madeira a ser trans-portado pelos dois empurradores eas quatro barcaças equivale a cercade 63 mil viagens por ano de cami-nhões ultrapesados de 54 m3, ou

A Novos ProjetosAlém do contrato com a

Aracruz, a Norsul está finalizandooutros dois projetos de navios-bar-caças, um para a Veracel Celulose eoutro para a Companhia Siderúrgi-ca de Tubarão (CST) e a Vega doSul. Em ambos, o estaleiro EISA,do Rio de Janeiro, RJ, está cons-truindo os navios-barcaças e o esta-leiro Promar, os empurradores.

O primeiro projeto teve suas ope-rações iniciadas em julho último e écomposto por três barcaças oceâni-cas e um empurrador, que fazem otransporte de celulose em fardos des-de o Terminal Marítimo de Belmonte,no Sul da Bahia, até Portocel, no Es-pírito Santo. Este transporte tem ca-pacidade para levar até 7,3 mil tone-ladas de celulose por viagem e per-mitirá à Veracel exportar toda a suaprodução através daquele terminal es-pecializado. O investimento foi deaproximadamente US$ 28,4 milhões.

No final deste ano, a Norsul ini-ciará o transporte de bobinas de açofabricadas pela CST para a Vega doSul, utilizando-se de 4 navios-barcaças de 10 mil toneladas cadaum e de 2 empurradores semelhan-tes aos demais. ■

seja, um caminhão a cada oito mi-nutos, 24 horas por dia, 365 dias porano”, diz o diretor de operações daAracruz, Walter Lídio Nunes, des-tacando que cada barcaça tem ca-pacidade para transportar 5 milmetros cúbicos de madeira, o equi-valente a 100 carretas.

Ainda de acordo com ele, a uti-lização das barcaças vai permitiruma redução de até 20% nos gastoscom logística. Com toda a frota emoperação, o tempo de carregamen-to no terminal de Caravelas, BA, eo tempo de descarga no terminal doPortocel, no Espírito Santo, foi re-duzido de 24 para 12 horas.

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6 LogWeb EDIÇÃO 45 — NOVEMBRO — 2005 www.logweb.com.br

Bayer HealthCare (Fo-ne: 11 5694.5031) atuanas áreas de saúde hu-

mana e animal. Para cada um des-tes segmentos há uma estruturaespecífica de logística de produtos.No segmento de saúde humana,somos responsáveis apenas pela ar-mazenagem dos produtos. O trans-porte é terceirizado. Operamoscom apenas um CD que está loca-lizado em São Paulo, SP, junto àsede administrativa da empresa. Édele que sai a distribuição para todoo Brasil e para os países para osquais exportamos. No segmento desaúde animal, a logística de arma-zenagem e distribuição é tercei-rizada com a AGV Logística (Fone:19 3876.9000), localizada em Vi-nhedo, SP, ”, diz Mônica Garcia,gerente da área de Procurement -BPA – Business Planning andAdministration e responsável pelalogística de produtos para saúde

humana e saúde animal da BayerHealthCare.

Ela também destaca que alogística de uma empresa farma-cêutica é bastante complexa. Issoporque se trabalha com produtosperecíveis, com diferentes níveisde manutenção de temperatura,produtos perigosos, com clas-sificações diversas, e ainda comuma série de equipamentos sen-síveis que exigem uma análisecriteriosa para o transporte aéreoou rodoviário.

“Estes são apenas alguns fato-res, entre tantos outros, que temosque administrar no nosso dia-a-dia.Na distribuição de produtos, porexemplo, trabalhamos com entre-gas programadas e também comentregas de emergência de produ-tos hospitalares. Não classificariaestes fatores como ‘problemas’,mas como desafios do nosso mer-cado”, diz Mônica.

A

TerceirizaçãoA gerente lembra que, para fun-

cionar bem, independente de serterceirizada ou não, a logística dequalquer empresa depende do ali-nhamento e da organização de pro-cessos. Isso acontece de forma na-tural quando feito internamente,porque os colaboradores conhecem

e entendem a empresa. Quando oserviço é terceirizado, há um tra-balho mais intenso para alinharprocedimentos e capacitar as pes-soas que estarão envolvidas em de-terminada atividade.

Ela também informa que o trei-namento é uma peça importantepara o sucesso na terceirização dos

serviços de logística. Além dis-so, no caso de operações terceiri-zadas, é fundamental acompanharos processos de perto e monitorara qualidade do serviço que estásendo prestado. “Estes são os prin-cipais pontos que devem ser leva-dos em conta para a contratação deum fornecedor para esta atividade”,alerta ela.

DiferenciaisReferindo-se aos diferenciais

da logística da Bayer HealthCareem relação às outras empresas domercado, Mônica informa que elase diferencia pela diversidade doportfólio de produtos. “Essa diver-sidade gerou a necessidade dalogística ter uma flexibilidade mui-to grande. Tivemos que desenvol-ver procedimentos para atender to-das as condições de armazenageme entrega, sem colocar nenhumgrupo de produtos como prioritário- todos são prioritários. Nossos pro-dutos se dividem nas seguintes ca-tegorias: produtos não perecíveise não-perigosos; produtos não pe-recíveis e perigosos; produtos pe-recíveis e não-perigosos; produtosperecíveis e perigosos; e produtosperecíveis com manutenção detemperaturas diferentes (algunscom –70º C).

Quando prospectamos um for-necedor logístico no mercado, sãopouquíssimos os que apresentamcondições de abranger todos osnossos produtos. Portanto, temosque ter uma gama de fornecedorespara que a empresa apresente omesmo padrão de qualidade, inde-pendente do tipo de produto”, com-pleta.

GrupoO Grupo Bayer atua em três

áreas de negócio no Brasil e nomundo. As três divisões, BayerHealthCare (cuidados com a saú-de), Bayer CropScience (alimen-tos) e Bayer MaterialScience (ma-teriais inovadores) atuam de formaindependente e, por isso, têmlogísticas diferentes. ■

Logística Setorial

A logística nas áreas desaúde humana e animal naBayer HealthCare

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EDIÇÃO 45 — NOVEMBRO — 2005 LogWeb 7www.logweb.com.br

L.A. Conectoresatende aosveículos de CCA L.A. Conectores éespecializada emconectores e contatorespara empilhadeiras eveículos de correntecontínua. À frente dosnegócios da empresa estáo empresário Alipio Nunesde Araújo. Com mais de 30anos de experiência naárea, ele ficou conhecidopor integrar o time deprofissionais que revo-lucionou o mercado nadécada de 80 ao criar osprimeiros contatos planos,evitando, assim, osuperaquecimento daspeças.Fone: 11 4655.4470

Safe Elétricaadquire dezempilhadeirasClarkA Mapel, distribuidor Clarkem Campinas, SP, acabade vender a Safe Elétricadez empilhadeiras Clarkmodelo CMP25, a GLP,para 2500 kg, todasequipadas com torretriplex, descolador lateral,kit de iluminação desegurança e pneussuperelásticos. Atuamcom elevação 4,5 e 4,8 m eestão sendo empregadasem diversas empresas, jáque a Safe é uma locadorade equipamentos.“Estamos direcionandotodo os equipamentos quelocamos para determina-das marcas. Assim, nocaso das máquinaselétricas, estamostrabalhando com a Hystere a Skam e, das máquinasa combustão, com a Clarke a Hyster”, diz AdelmoLuiz Moriconi, diretor daempresa. Ele informaainda que a Safe, especi-alizada em movimentaçãode materiais, fabrica,também, equipamentosespeciais – como máqui-nas sob encomenda, comelevações diferentes,transpaleteiras parabobinas, etc. - , além dereformar equipamentos dediversos tipos.Fone: 19 3278.1822

Logística Internacional

Indaiá assinacontrato com aOrey Shipping

Importação e Exportação

Termares oferecenovo serviço para FreightForwarders e NVOCC

A lém de oferecer a redestinaçãode cargas por DTA - Declaraçãode Trânsito Aduaneiro na impor-

tação, a Termares (Fone: 13 3213.3000)está colocando à disposição do mercadoum novo serviço: o de redestinação de car-gas de exportação por DTA (DTA-E).

“O processo é simples: o exportador(ou NVOCC) envia suas cargas para ter-minais localizados em outros estados e, emseguida, é aberto um processo de trânsitoaduaneiro daqueles terminais para aTermares, onde as cargas serão unitizadasem contêineres, estando preparadas paraserem enviadas ao exterior”, explica o ge-rente comercial da Termares, HenriqueOliveira.

A DTA-E foi implantada em marçodeste ano e, ainda segundo o gerente, ovolume de exportação vem crescendo deforma consistente. “Na exportação jáestamos transportando um volume consi-derável e na importação obtivemos aumen-to de 40% no volume total.”

Oliveira informa que a DTA-E tempontos em comum com a importação. Porexemplo, em um mesmo contêiner podemser colocadas cargas de diversos embarca-dores. O contêiner que chega do exterior édesovado. As cargas de Santos permane-cem na Termares e cargas de outras regiõessão enviadas por meio da DTA. Segundo

o gerente, a DTA-E permite, simultanea-mente, que em um mesmo veículo sejamtransportadas cargas de um ou maisembarcadores, agilizando o processo deredestinação.

“Com a DTA-E, o cliente é favorecidoeconomicamente, pois não precisa espe-rar até que determinado volume de cargasseja atingido para preencher um contêiner.Num futuro breve acredito que transpor-taremos, em um mesmo veículo, cargasde vários clientes para destinos distintos.Apesar de já existir base legal para isso, aSecretaria da Receita Federal não implan-tou procedimento que permita a relacraçãodos veículos transportadores, o que seriafundamental quando mais de um destinofinal estiver envolvido”, diz o gerente.

ParceriasA Termares firmou parcerias em di-

versos portos e EADI´s (portos secos) emlocalidades diversas, como Itajaí, Betim,Vitória, Salvador, Novo Hamburgo,Paranaguá, Curitiba e Rio de Janeiro, paraas quais são oferecidas saídas semanais.De acordo com Oliveira, a empresa estáaberta para considerar convênios com ou-tros destinos, desde que haja volume decarga suficiente que justifique a regulari-dade na redestinação. ■

A Indaiá Logística In-ternacional (Fone: 133211.4000) acaba de

assinar um acordo de coopera-ção com a Orey Shipping – em-presa do grupo português Oreyque atua na área de navegaçãoe transporte internacionais,agrupando várias empresas que,em Portugal, desenvolvem asatividades de agenciamento ecomercialização de serviços emnavios de linha regular, organi-zação de transportes interna-cionais e prestação de serviçoscomplementares, organizaçãode operações portuárias e assis-tência a navios e tripulações.

O objetivo do acordo é ofe-recer soluções logísticas sobmedida para as empresas brasi-leiras e portuguesas. Entre osserviços oferecidos estão geren-ciamento completo da operaçãode logística internacional de

importação (inbound) e expor-tação (outbond), incluindo todoo transporte nacional e interna-cional, bem como o desemba-raço e a documentação no Bra-sil e em Portugal.

A empresa – que acaba deabrir uma filial em Miami, nosEstados Unidos, e de ser habili-tada como OTM, ou Operadorde Transporte Multimodal, –também fechou novos contratoscom a Solvay Indupa do Brasile Solvay Polietileno, visando aadministração de pedidos e de-sembaraço aduaneiro na impor-tação e exportação, com a TheValspar Corporation, na área defretes internacional e draw-back, com a Vesúvio Refratá-rios, envolvendo serviços de de-sembaraço e importação, e coma Thermit, para o setor de fre-tes, documentação e desemba-raço de exportação. ■

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8 LogWeb EDIÇÃO 45 — NOVEMBRO — 2005 www.logweb.com.br

N

Distribuição

Rede de varejo de móveis eeletrodomésticos Colomboinveste em CDs

os últimos dois anos, arede de varejo de mó-veis e eletrodomésticos

Colombo (Fone: 054 268.8544),com forte atuação na região Sul,instalou 70 lojas nos Estados deSão Paulo e Minas Gerais.

E, continuando a sua políticaagressiva de penetração no mer-cado, investiu R$ 10 milhões namodernização e na ampliação dosseus centros de distribuição ins-talados nas cidades de Porto Ale-gre, RS, e Curitiba, PR.

Segundo conta Marcos Dutra,gerente geral de operações, a redetem hoje três CDs próprios: um nacidade de Farroupilha, RS, comárea de 25.000 m²; um em PortoAlegre, RS, de 24.000 m² (antestinha 11.000 m2); e outro emCuritiba, PR, com 18.000 m² (an-tes da ampliação, tinha 15.000 m²).O quarto CD, alugado, está locali-

zado na cidade de Sumaré, SP, epossui área de 11.500 m².

Segundo Dutra, após as am-pliações, a área total dos CDschegou a 78.500 m², com 30 milposições-paletes, o suficiente paraabastecer as 365 lojas da rede naRegião Sudeste e nos três Esta-dos da Região Sul.

AntesReferindo-se ao período ante-

rior à modernização e ampliação,o gerente conta que antes os pro-dutos eram armazenados e acon-dicionados em racks – cujoempilhamento máximo era de qua-tro unidades -, enquanto que amovimentação era feita porempilhadeiras a gás e as opera-ções de picking e armazenagemrealizadas por meio de carrinhosde prancha. “Tínhamos, na verda-de, um layout ultrapassado, sem

produtividade, e os custos eramaltos”, afirma o gerente.

A primeira medida para melho-rar esta situação foi elaborar umnovo layout obedecendo a umacurva ABC dos produtos. Tambémforam instaladas estruturas porta-paletes e empilhadeiras elétricas

para altura de até 8,2 m, aprovei-tando todo o pé direito, o que nãoacontecia anteriormente. As novasestruturas para o CD de Porto Ale-gre, RS, oferecem dez mil posiçõespara paletes, enquanto as instala-das no CD de Curitiba, PR, possu-em cinco mil endereços. Ambas as

instalações foram fornecidas pelaBertolini Sistema de Armazena-gem (Fone: 54 2102.4999).

Além disso, foram adquiridasdez empilhadeiras elétricas daToyota (Fone: 11 3511.0400) edivididas entre os quatro CDs.Também foi realizada a padroni-zação dos paletes (PBR) e adqui-ridos carrinhos hidráulicos parao picking.

“Com as mudanças, a alocaçãodos produtos começou a ser feitada seguinte forma: os produtosclasse A (com grande rotatividade)foram alocados próximos a expe-dição; os produtos classe B (derotatividade média) foram alocadosna seqüência; e os produtos clas-se C (com baixa rotatividade) fo-ram alocados nos endereços pró-ximos ao recebimento. Os CDsforam divididos em espaços es-pecíficos para cada linha comer-cializada. Assim, foi possívelaproveitar os racks já existentespara armazenar produtos de gran-des volumes e com quantidadeselevadas. A separação dos produ-tos passou a ser feita com maisagilidade, já que os produtos clas-se A foram alocados em locais defácil acesso e rápido manuseio”,explica Dutra.

O gerente também destacaque a movimentação das empilha-deiras ficou mais rápida e fácildevido aos túneis de acesso entreos corredores, com um melhoraproveitamento dos percursos efacilidade para as operações depicking. Aliás, em termos deempilhadeiras, a economia comcombustíveis para as máquinas agás foi de aproximadamente 80%.

ResultadosCom o novo layout e com a

mudança dos turnos de trabalho, aempresa obteve uma redução defluxo de operações de 20 horas porsemana e chegou a uma diminui-ção de mais de 60% em gastos comhoras extras, energia elétrica e adi-cionais noturnos.

Por outro lado, continuandocom os investimentos, em 2006, aempresa planeja investir nos siste-mas de gerenciamento e buscaruma melhoria no WMS, para ob-ter ainda mais ganhos em produti-vidade. “Já possuímos todo umprocesso de endereçamento e se-paração por meio de códigos debarras e leitura óptica”, completaDutra. ■

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EDIÇÃO 45 — NOVEMBRO — 2005 LogWeb 9www.logweb.com.br

Inconylon lançarodízios paraportas traseirasde caminhõesAtuando na área deimplementos rodoviários,a Inconylon está fazendoo lançamento de rodízioscom rolamento para portatraseira - “Roll up”.A empresa tambémfornece rodízios paracarrocerias de lona tiposider e de alumínio comportas verticais.Fone: 11 6341.3322

OmniLinkfornecerastreador autô-nomo de carretaalimentado porenergia solarA OmniLink está lançandoo rastreador autônomo RISolar, próprio para uso emcarretas e alimentado porenergia solar. Seu grandediferencial é a possibilida-de de rastrear carretasindependente do cavaloque esteja rebocando,além da utilização depainéis solaresassociados a bateriasrecarregáveis, o quepermite captar e armaze-nar a energia necessáriapara seu próprio funciona-mento. É composto porum receptor GPS, quedetermina a latitude e alongitude do veículo, combase nos sinais enviadospelo sistema de satélitesGPS. E está disponível emduas versões, RI 1550Solar e RI 1560 MAX Solar.A primeira utiliza comocanal de comunicação arede celular digital GSM/GPRS, sendo ideal parauso urbano e curtas emédias distâncias. Já o RI1560 Max Solar tem duplocanal de comunicação,que permite a comunica-ção de dados tanto pormeio da rede GSM/GPRSquanto via satélite(Inmarsat D+). Esta versãotambém conta comControle de LocalizaçãoInteligente de Cobertura(CLIC), que favorece acomunicação por celular.Fone: 11 4196.1100

Entregas

Exato recebe premiaçãoda L´Oréal pelo sexto anoconsecutivo

Exato TransportesUrgentes (Fone: 116409.8909) recebeu, no

último dia 11 de outubro, da dire-toria da L’Oréal do Brasil, um tro-féu e o certificado de “MelhorTransportadora de 2004”, por teratingido, pelo sexto ano consecu-tivo, a performance de 100% depontualidade em todas as entregasefetuadas para o cliente.

Distribuição“A L’Oréal concede os seus prê-

mios anuais com base na mediçãodo índice de pontualidade das en-tregas efetuadas pelas transportado-ras que distribuem os seus produ-tos pelas diversas regiões do Bra-sil”, explica Rubens Luiz Pereira,diretor comercial da Exato.

Ele também informa que a suaempresa é a transportadora que dis-tribui, com total exclusividade, naCapital e em todos os outros muni-cípios localizados na Grande SãoPaulo, todas as linhas de produtos(públicos e profissionais) fabricadospela L’Oréal.

As vendas na Grande São Pau-lo representam cerca de 30% detodo o volume da L’Oréal no Brasil.

“Além disso, a Grande São Paulo é aregião mais problemática do país, emtermos logísticos: o trânsito é caóti-co, temos o rodízio de veículos naCapital, os recebedores são demora-dos e problemáticos, entre inúmerosoutros empecilhos. Das 2.500 entre-gas, em média, que a Exato realizamensalmente para a L’Oréal, grandeparte é destinada a supermercadosque, como é sabido, são os recebe-dores mais difíceis que existem - al-guns demoram mais de cinco horas

para receber duas ou três caixas ape-nas”, diz. O diretor também destacaque o prazo de entrega é muito curto,“basicamente D+0, se formos levarem conta o momento da chegada dosprodutos em nosso armazém.”

São centenas de entregas por dia,sendo que algumas ainda exigem queos volumes sejam preparados logisti-camente, ou seja, o pessoal da Exatatem que retirar os produtos das cai-xas, colocá-los em contentores plás-ticos, paletizá-los e “filmá-los”.

Para agilizar a desova, há equi-pes definidas de funcionários paracada uma das duas grandes linhas deprodutos: a destinada a supermerca-dos e atacadistas e a que será entre-gue em lojas de shoppings ou salõesde cabeleireiros.

“No processo de descarga, sepa-ração, preparação e carregamento,temos 70 colaboradores dedicadosexclusivamente a L’Oréal. E mante-mos mais de 50 veículos de entregas

que também só operam com aL’Oréal. Todos os veículos utiliza-dos nesse trabalho são rastreados emonitorados por funcionários daprópria Exato. No total, incluindoos setores administrativos, o de pen-dências, o SAC, etc., são quase 140colaboradores que vestem a cami-sa da L’Oréal sobre a da Exato”,explica Pereira.

Manutenção 100%Sobre como a Exato conseguiu

receber o prêmio durante seis anosseguidos, o diretor comercial achaque, realmente, a manutenção de100% de pontualidade, em milharesde entregas difíceis, realizadas todosos meses e durante seis longos anos,é um feito inédito.

“Pelo menos, não temos conhe-cimento de fato semelhante. Acredi-tamos que tudo se deveu a um plane-jamento bem elaborado e realista, tra-çado sem pressa, no prazo necessá-rio.” Durante as negociações que con-duziram à contratação da Exato pelaL’Oréal, ficou decidido que, além deum ótimo nível geral de serviço, apontualidade deveria merecer umaatenção preponderante. “Dessa for-ma, tivemos que elaborar o projetode trabalho tendo a pontualidadecomo ponto de partida e foco máxi-mo de atenção. A excelência nessequesito estendeu-se naturalmente aoutros fatores não menos importan-tes, como a precisão e agilidade dasinformações, a experiência e o bomnível dos entregadores, a correçãodos faturamentos, a ausência de ava-rias e outras não-conformidades, en-tre outros processos”, completa. ■

A

Da esquerda para direita: InácioLuizon, diretor de logística daL’Oréal (divisões de produtos Luxoe Profissional); Pereira, da Exato;Philippe Reale, diretor administrati-vo/operacional da L’Oréal; eGiovanni Prisinzano, diretor delogística da L’Oréal (divisão deprodutos Grande Público)

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10 LogWeb EDIÇÃO 45 — NOVEMBRO — 2005 www.logweb.com.br

Distribuição

Blockbuster inaugura loja virtuale contrata a Total Express paraos serviços de entrega

C onsiderada a maior redede videolocadoras dopaís, a Blockbuster

(Fone 11 3254.2535) acaba de en-trar no mercado de e-commerce.“Pretendemos ser um dos grandesplayers do mercado on-line”, afir-ma Marcos Vignal, vice-presiden-te da Blockbuster.

Os produtos que estão dispo-níveis para venda são DVDs, ele-trônicos, games, TVs convencio-nal, tela plana, LCD e plasma,DVD player, Home Theater,câmeras fotográficas digitais,games e acessórios de games paraPC, como volante, joystick egamepad. Na parte de áudio, estãosendo comercializados MP3, CDplayer, minisystem, discman emicrosystem, além de acessóriospara áudio e vídeo, como carrega-dor de pilhas e fone de ouvido. Naseção de Informática, mouseóptico, mouse sem fio e teclado.

DistribuiçãoA Total Express (Fone 11

2168.3200) - empresa do segmen-to de logística de distribuição es-pecializada na entrega de produtoscomercializados via Internet –seráuma das empresas de distribuiçãoresponsáveis pela entrega dos pro-dutos vendidos pela loja virtual dalocadora. A empresa fará tambéma armazenagem e o controle de es-toque dos produtos, o empaco-tamento dos itens que serão entre-gues e a emissão de notas fiscais.

O diretor de tecnologia da To-tal Express, Sergio Monteiro Jr, in-forma que as entregas serão porta-a-porta em todo o território nacionale que a Total Express controla todo oprocesso de fulfillment, desde orecebimento de mercadorias até aemissão da nota fiscal de venda.

“Fazemos diversos cortes depedidos, processando durante odia as atividades logísticas sem que

haja um acúmulo em um únicohorário ou período. Atualmente, oúltimo processamento se faz às 19horas. Para todo processo utiliza-mos tecnologia de código de bar-ras e sistema RF para recebimen-to, endereçamento e picking. O sis-tema já está controlando mais de4.000 SKU’s e tem possibilidadeilimitada de capacidade. Utiliza-mos na operação estantes com ca-sulos para pequenas quantidades,

estantes com maior capacidade dearmazenamento e porta-paletespara grandes quantidades de DVDse a linha de eletroeletrônicos.”

O diretor de tecnologia tam-bém explica que o sistema permitearmazenar e controlar estoque dediversos SKUs em um único en-dereço, o que otimiza o espaço deocupação.

O WMS foi desenvolvido pelaTotal Express em PHP e usa ban-co de dados My SQL, o que o tor-na totalmente ”Web based”, ouseja, todas as informações estãodisponíveis na internet em temporeal. “O WMS está contempladocom várias interfaces gráficas, oque permite a Blockbuster avisualização e a movimentação emtempo real de seu estoque, além deatualizar o site de vendas tambémem tempo real, com toda movi-mentação de produtos - entradas esaídas”, completa Monteiro Jr. ■

DEZEMBRO 2005

Técnicas e Métodos deInventário de Materiais

1 de dezembroLocal: São Paulo – SP

Realização: IMAMInformações:

[email protected]: (11) 5575.1400

13° Simpósio Ciclo - SupplyChain e Logística na Gestão

dos NegóciosPeríodo: 5 e 6 de dezembro

Local: São Paulo – SPRealização:

Ciclo Marketing & ComunicaçãoInformações:

www.ciclo.srv.brcí[email protected]

Fone: (11) 6941.7072

Operador Logístico5, 7, 12 e 14 de dezembro

Local: São Paulo – SPRealização: SETCESP

Informações:www.setcesp.org.br

[email protected]: (11) 6632.1088

Logística Avançada6 e 7 de dezembro

Local: São Paulo – SPRealização: Ceteal

Informações:www.ceteal.com

[email protected]: (11) 5581.7326

A Indústria do Transportee de Operadores Logísticos

no Brasil e Perspectivaspara 2006 a 2010

7 de dezembroLocal: São Paulo – SPRealização: Tigerlog

Informações:www.tigerlog.com.br

[email protected]: (11) 6694.1381

Gestão de Estoques8 de dezembro

Local: São Paulo – SPRealização: Tigerlog

Informações:www.tigerlog.com.br

[email protected]: (11) 6694.1381

Introdução à LogísticaPeríodo: 12 de dezembro.

Local: São Paulo – SPRealização: Ceteal

Informações:www.ceteal.com

[email protected]: (11) 5581.7326

Já estamos preparandoa agenda 2006 do portal e do

jornal LogWeb.As empresas que irão

promover eventos nas áreas delogística e comércio exteriorem 2006 podem nos mandar

informações pelo [email protected]

Monteiro Jr.: as entregas serãoporta-a-porta em todo o territórionacional

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EDIÇÃO 45 — NOVEMBRO — 2005 LogWeb 11www.logweb.com.br

Elgitread fabricaborracha pararecapagem erecauchutagemde pneusA linha de produtosfabricados pela Elgitreadinclui bandas pré-moldadas para recauchu-tagem de pneus paracaminhão, ligações paraprocesso de recauchuta-gem de pneus paracaminhão e camelbackspara processo derecauchutagem de pneuOTR. “As novidades sãoos desenhos da novabanda de pré-moldadopara ônibus urbanochamada EZU2”, informaGeorge Morgan, gerentede marketing e venda daempresa.Fone: 12 3157.1000

RodobensCorretora deSeguros atuacom veículos ecargasA Rodobens Corretora deSeguros e RodobensGerenciamento de Riscosoferecem uma ampla linhade seguros, como oSuperauto, Seguro deCargas, Seguro Conces-sionário, Seguro Viagemde Entrega, SeguroEmpresarial, DireçãoPremiada Rodobens,Proteção PremiadaRodobens e Gerencia-mento de Riscos, queenvolve um conjunto deestratégias que, entreoutros benefícioslogísticos, visa reduzir osriscos inerentes àsoperações de transportes.Para complementar osserviços de Gerencia-mento de RiscosRodobens, são oferecidasações preventivas como:roteirização; monitora-mento e controle deparadas; monitoramento erastreamento; pesquisa econsulta de motoristas/veículos, cadastro demotorista/veículos demotoristas; treinamentode motoristas; central deapoio 24 horas; prontaresposta 24 horas.Fone: 17 2136.3777

Frotas

CarrierWeb chega ao Brasilpara oferecer gerenciamentoà distância

A CarrierWeb (Fone: 212527.8685), que atua emgerenciamento de ativos

móveis em tempo real, soluções emtelemetria, comunicação móvel esoftware de gestão de frotas e cargas,está trazendo para o mercado brasi-leiro de transportes duas novidadesem termos de sistemas de segurançae gerenciamento à distância de frotase veículos. Tratam-se do CWS –CarrierWeb Segurança e do CWSL– CarrierWeb Segurança e Logística.

O sistema da CarrierWeb utilizaas tecnologias GPRS, GPS e GIS, asquais também são fundidas com autilização do RFID.

SegurançaO CWS disponibiliza um conjun-

to de soluções capaz de monitorar emtempo real, minuto a minuto, a con-dição dos ativos móveis, como veí-culo, motorista e carga. Ainda segun-do a empresa, o sistema tem, entreseus recursos, alarme que disparaquando o veículo foge dos limites de“cercas eletrônicas” e outros parâ-metros e condições estipu-lados pelo cliente, indican-do o seu desvio na rotatraçada ou mudanças de

temperatura não-aceitáveis. Tambéminforma se a porta ou o baú estão tra-vados e sinaliza as mudanças de statusna medida em que ocorrem.

LogísticaO CWSL é uma solução que

agrega recursos de logística e gestãoàs funções de segurança. Ele permitemonitorar as horas trabalhadas domotorista, controlar previamente odespacho de ordem de serviço decada corrida, monitorar o tempo gastopara fazer determinada entrega, au-torizar novos despachos ou alterarmudanças de rotas.

O terminal móvel de dados doveículo realizada a troca de mensa-gens escritas, permitindo que o mo-torista reporte as ações ou ocorrênci-as, em tempo real, à base.

O sistema também pode comu-nicar diretamente ao software de ges-tão da empresa informações sobre aentrega de mercadoria, tempo estipu-lado de chegada, disponibilidade deveículos ou trailers e proximidade apontos de referências, entre outrasaplicações.

Através da EAI, ouInterface Externa de Apli-cação, permite a integração

da plataforma CarrierWeb com ossistemas administrativos da empresa– ERP ou TMS.

O CWSL também compreendeaplicações incorporadas pela tecno-logia RFID. Através de sensores ins-talados no veículo, no trailer ou nocontêiner, é possível obter instanta-neamente informações detalhadassobre o status da carga. O RFID tam-bém permite que, a partir de disposi-tivos eletrônicos instalados no pátioda empresa, nas carretas e nos trailers,seja possível fazer a leitura de qual-quer tipo de informações úteis, comoa localização de carretas em um pá-tio de carga e descarga. ■

Seguro

Motoristase ajudantescadastrados

Royal & SunAlliance(Fone: 11 3443.2565),seguradora de origem

inglesa, está lançando o RoyalConsult, sistema de cadastro demotorista e ajudantes que realizamtransporte de cargas.

O sistema já está disponível paraos clientes interessados, sejam pro-prietários de cargas ou empresastransportadoras, e o banco de da-dos conta com informações de apro-ximadamente 1 milhão de profis-sionais. “Os descontos para acontratação do Royal Consult po-dem chegar a 50% em relação aospreços praticados no mercado e sãoválidos tanto para as empresas quejá possuem seguro com a RoyalSunAlliance como para as queadquirirem uma apólice de trans-porte da empresa”, diz AdailtonDias, diretor de transportes.

Ele também destaca que estaferramenta foi desenvolvida paraagilizar os processos dos clientes,já que eles obtêm dados de moto-ristas e ajudantes imediatamenteapós a solicitação da consulta,minimizando a probabilidade deque haja riscos para o transporte decarga. ■

A

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12 LogWeb EDIÇÃO 45 — NOVEMBRO — 2005 www.logweb.com.br

MULTIMODAL MULTIMODAL MULTIMODAL MULTIMODAL MULTIMODAL M

TRANSPORTE AÉREO

ABSA ADQUIREMAIS UMA AERONAVE

A Absa Cargo Airlaine (Fone: 212215.8972) acaba de incorpo-rar à sua frota a segunda ae-

ronave cargueira de grande porte B767-300F, original de fábrica, aumentando,assim, a participação no mercado decarga aérea.

“Em nosso planejamento a longoprazo fixamos como meta estar ope-rando no mercado brasileiro até 2008com pelo menos quatro aeronaves ex-clusivamente cargueiras de grande por-te”, destaca Norberto M. Jochmann, di-retor-presidente da empresa.

Além disso, por intermédio de umacordo de vôos em regime de códigocompartilhado entre Brasil/Alemanhaoperado pela Lufthansa Cargo, em vigordesde outubro de 2002, paulatinamen-te a Absa está ganhando experiência naconquista do mercado europeu.

Jochmann também informa que aAbsa faz parte de uma aliança estraté-gica com as empresas aéreas carguei-ras Florida West, Lan Cargo e Mas Air,comercializando e operando comexclusividade os produtos das quatrointegrantes deste acordo de coopera-ção no Brasil, o que possibilita ofere-cer um enorme número de freqüênciasregulares de vôo para o mais extensoleque de destinos. “Em virtude das qua-tro empresas aéreas utilizarem, de for-ma uniforme, os mesmos elevados‘standards’ operacionais desenvolvidospela Lan Cargo, é possível obter um altograu de eficiência e agilidade na pres-tação dos serviços oferecidos pela Absaem nome de todos os membros dessaaliança estratégica no Brasil”, diz ele.

TENDÊNCIASFalando especificamente sobre as

tendências em termos de transporte aé-reo de cargas no Brasil, o diretor-pre-sidente da Absa diz que, no segmentodoméstico, as tendências certamentenão são tão positivas como no interna-cional.

Segundo ele, o transporte aéreo do-méstico brasileiro se caracteriza, de umlado, pelo transporte de carga expres-sa, geralmente de pequeno porte, masque apresenta uma boa expectativa decrescimento no futuro próximo. “No en-tanto, há falta de produtos de grande

porte, pois os mesmos no Brasil, viade regra, são transportados por outrosmodais, principalmente pelo rodoviá-rio. A grande exceção constitui o tre-cho de Manaus para São Paulo, conhe-cido pela alta demanda de espaço decarga aérea para os produtos manufatu-rados na Zona Franca daquela cidade.”

Já no transporte de carga aérea in-ternacional no Brasil, tanto na exporta-ção como na importação, as perspecti-vas de um aumento estável e continua-do podem ser consideradas boas, se-gundo Jochmann.

Já sobre os problemas enfrentadosno setor, ele salienta que dois aspectoscausam preocupação. O primeiro mui-tas vezes ocorre pelo desequilíbrio dademanda por espaço nas rotas de ida-e-volta entre dois pontos. O segundoestá na necessidade de o setor criar ins-trumentos eficazes para atrair produ-tos de grande porte para o modal aé-reo de carga. Também há o agravantede que muitas dessas “commodities”formadas por produtos primários (fru-tas, legumes, pescados, etc.) são sa-zonais. “As soluções para esses pro-blemas inerentes do transporte aéreode carga virão através de uma tremen-da dose de inventividade por parte dasempresas aéreas e do trabalho conse-qüente de catequese do empresariadobrasileiro, com o firme propósitode persuadi-los das vantagens que acarga aérea efetivamente oferece emcomparação com outros modais,visando compensar o seu valor maiorde frete.”

CUSTOSRealmente, outro aspecto que pode

ser considerado um problema no trans-porte aéreo é o custo praticado nestemodal.

Para o diretor-presidente da Absa,o encarecimento do transporte de car-

ga aérea ocorre em grande parte pelosseguintes motivos: os altos investimen-tos exigidos, representados pela aqui-sição das aeronaves e peças de reposi-ção, bem como necessidade de traba-lhos sofisticados de manutenção dosequipamentos; as tripulações de vôorequerem um nível superior de contí-nuo treinamento e têm um alto pata-mar de remuneração; as elevadas ta-xas aeroportuárias e de aeronavegação;a cobrança de preços de armazena-mento demasiadamente exageradosnos aeroportos; e o preço crescente docombustível de aviação e de derivadosde petróleo.

“Em virtude das empresas aéreaspouco poderem fazer para obter umquadro mais favorável no que diz res-peito ao impacto dos custos mencio-nados, apenas existe a possibilidade detentarem um incremento da eficiênciae produtividade para tentar contraba-lançar, em parte, os efeitos negativosdos altos gastos de produção envolvi-dos”, explica Jochmann.

Referindo-se ao que poderia ser fei-to para incentivar o uso deste modal,ele alega que, como em todos os ne-gócios, também no transporte o preçodo frete é o fator mais determinantepara um maior uso de um certo modal.Nesse terreno, o modal aéreo está ob-viamente em desvantagem. No entan-to, há outros aspectos relevantes queservem para estimular e difundir commais vigor o transporte por carga aé-rea no Brasil. “Sem sombra de dúvidaque o modal aéreo é o parceiro ideal,oferecendo condições mais propíciaspara os nossos grandes aliados, con-siderando, de um lado, a crescente im-portância da logística na cadeia dotransporte e, de outro lado, a maiorconscientização da modalidade produ-tiva just-in-time junto ao empresariadobrasileiro”, completa. ●

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EDIÇÃO 45 — NOVEMBRO — 2005 LogWeb 13www.logweb.com.br

A

TRANSPORTE RODOVIÁRIO

5 ESTRELAS PARTICIPA DA LOGÍSTICADO RALLY DOS SERTÕES

5 Estrelas Logística (Fone: 112142.5819), contando com oapoio da Autotrac (Fone: 11

3604.5600) e da Rodobens (Fone: 112104.1388), prestou serviços delogística à equipe Troller (Fone: 112163.1252), formada por 21Jeeps, durante o último Rally dos Ser-tões.

Tendo como cenário o interior doBrasil, o Rally Internacional dos Ser-tões é a maior prova off road da Amé-rica Latina e uma das maiores do mun-do em número de participantes. Pilo-tos das categorias carros, motos, ca-minhões e quadriciclos, além da regu-laridade e da expedition, enfrentam cer-ca de 4.000 quilômetros por difíceistrilhas e estradas do país.

A 13ª edição do evento teve a sualargada no dia 30 de julho em Goiânia,GO. A prova terminou dia 9 de agosto,também na capital de Goiás. No casoda Troller, os pilotos tiveram à sua dis-posição dois caminhões baús nos quaisforam transportados mecânicos, aces-sórios, bagagens e peças de reposição,entre outros.

SERVIÇOS“Este apoio técnico envolveu as ati-

vidades relacionadas à manutenção,socorro, alimentação e combustível,

MULTIMODAL MULTIMODAL MULTIMODAL MULTIMODAL MULTIMODAL MULTIMODAL

entre outras. Durante o evento, dois ca-minhões trucks baús transportaram porestradas asfaltadas paralelas às dacompetição todo o suprimento neces-sário para essas atividades. Os cami-nhões foram carregados em Vinhedo,SP, no CD da Troller, e partiram paraGoiânia dois dias antes da largada. En-tre os profissionais da 5 EstrelasLogística envolvidos na operação esta-vam dois motoristas e um coordena-dor logístico, que ficou responsávelpelo monitoramento e rastreamento daequipe 24 horas/dia”, explica VanderleiCardoso, gerente de logística da 5 Es-trelas.

Sobre o porque de a 5 Estrelas tersido escolhida, Cardoso diz que a suaempresa é, hoje, responsável pelalogística de transporte e distribuição dafábrica da Troller no Ceará. O abasteci-mento de suprimentos da fábrica é fei-to a partir de São Paulo.

“Como resultados desta parceria,podemos citar a consolidação do tra-balho entre a 5 Estrelas Logística e aTroller. A empresa já foi convidada aparticipar da logística de apoio da pró-xima edição do Rally dos Sertões, em2006. Além disso, também fomosconvidados, e já estamos participan-do do suporte logístico, para o de-senvolvimento da infra-estrutura

da Copa Troller da etapa de Fortale-za, CE, que acontece em novembro,e da Feira Ceará Off Road, que foi re-alizada no nordeste nos dias 20 e 23de outubro. Por fim, também ouve oaprimoramento do know-how emoperações especificas e dedicadascom elevado grau de competitividadee dificuldade”, completa o gerente delogística.

MAIS PARCERIASSobre as parcerias com as outras

empresas, Cardoso diz que a Autotracviabilizou a comunicação com os veí-culos, bem como a localização dosmesmos durante todo o rally.

Os veículos da 5 Estrelas estavamequipados com o Sistema Autotrac decomunicação móvel de dados, rastrea-mento e monitoramento de frotas viaSatélite. “Por ser via satélite e bidire-cional, não existem áreas de sombra,o que torna a comunicação efetiva emtodos os pontos do percurso. Além dis-so, a Autotrac tem um canal exclusivono satélite, que proporciona maior ve-locidade no envio e recebimento demensagens”, explica o gerente.

A Rodobens, por sua vez, foi co-patrocinadora e responsável pelogerenciamento de risco dos caminhõesda 5 Estrelas Logística. ●

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C om a crescente moder-nização dos terminaisde container, cada vez

mais no Brasil o transportemarítimo passa a ser umaalternativa interessante econô-mica e logisticamente para dis-tâncias superiores a 600 km.Econômica porque apresentacustos totais na ordem de 20%inferiores aos do transporterodoviário. Logisticamente,porque se tiver um projeto bemconstruído diminui sensivel-mente os problemas comoroubo, prazo, avarias, etc.” Aavaliação é de Adriana Pedrei-ra, gerente de marketing daWilson, Sons Logística

PROBLEMASAinda segundo ela, os maiores problemas

no setor de logística acontecem quando osembarcadores decidem apenas substituir osmodais, ao invés de desenhar um projeto quepreveja freqüências e transit times diferentespara cada modal, contingência, estoques,sazonalidades, operadores com expertise nosnovos modais (marítimo e ferroviário), etc. “Ositens estoques e armazenagem também sãousualmente desconsiderados, dai a principalocorrência é a demurrage. O embarcador seescalda e passa a considerar o multimodalismouma alternativa inviável, quando na verdade éplenamente viável. É importante considerar quemesmo o mais simples projeto de transportemultimodal tem muitas variáveis, normalmen-te sem solução analítica. Nos casos em que de-senvolvemos esses projetos utilizamos forte-mente tecnologia de simulação e muita estatís-tica aplicada, principalmente envolvendo am-biente de incertezas.” Adriana lembra que a Wil-son, Sons desenvolve e opera projetos de trans-porte multimodal, redesenhando a matriz detransportes do cliente. “Esses projetos invaria-velmente impactam na política de estoques ede armazenagem do cliente, porque este sai deum modal 100% rodoviário (casos mais fre-qüentes) e passa para uma matriz que envolvenormalmente três modais (rodoviário, maríti-

M U LT I M O D A L M U LT I M O D A L M U LT I M O D A L M U LT I M O D A L

mo e ferroviário), quandomenos, dois (rodoviário emarítimo).”

A gerente de marketingtambém informa que a Wil-son, Sons é o maior opera-dor portuário no segmentode contêiner (operando, em2004, mais de 1,1 milhão deTEUS, destes 40 mil contêi-neres via rodoviária e 8 milem operações de multimo-dalismo) e, ainda, executagrandes operações de ges-tão de estoques e de arma-zenagem. “Além de projetosde transporte multimodal,desenhamos e operamosprojetos de armazenagem(geral e alfandegada), ges-tão de estoques e movimen-

tação interna de plantas industriais. Realiza-mos transporte rodoviário de cargas conteine-rizadas ou não, em transito aduaneiro ou jánacionalizadas, e também realizamos o trans-porte de distribuição de produtos fracio-nados. Além disso, na logística, a empresapossui uma estrutura única no mercadonacional, que inclui terminais portuários pri-vados, operações portuárias em portos públi-cos, terminais alfandegados primários esecundários, transporte rodoviário, transpor-te marítimo internacional, gestão e operaçãode centros de distribuição e operação de en-trega expressa de cargas”, relaciona Adriana.

Para mostrar o potencial da empresa,Adriana cita a operação da Monsanto (Vale doParaíba, SP), com a qual a Wilson, Sons rece-beu o prêmio “Reconhecimento Monsanto deLogística”, na categoria “Transporte de Maté-ria-Prima”. “A Wilson, Sons desenvolveu umprojeto multimodal que contou com a utiliza-ção da cabotagem, ferrovia e rodovia. Essainovadora atuação significou uma redução sig-nificativa nos custos com o transporte dessaoperação”, completa. Ela também informa quea Wilson Sons Logística cresceu 450% nosúltimos três anos e tem como principais desa-fios para os próximos anos crescer pelo menostrês vezes mais em relação ao que é hoje. ●

“OS MAIORES PROBLEMAS NO

SETOR DE LOGÍSTICA

ACONTECEM QUANDO OS

EMBARCADORES DECIDEM

APENAS SUBSTITUIR OS

MODAIS, AO INVÉS DE

DESENHAR UM PROJETO QUE

PREVEJA FREQÜÊNCIAS E

TRANSIT TIMES DIFERENTES

PARA CADA MODAL,

CONTINGÊNCIA, ESTOQUES,

SAZONALIDADES, ETC.”

TRANSPORTE MARÍTIMO

PARA A WILSON, SONS,MODERNIZAÇÃO DOSTERMINAIS INCENTIVAO USO DO MODAL

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EDIÇÃO 45 — NOVEMBRO — 2005 LogWeb 15www.logweb.com.br

GFMI lançasoftware paracriar escalas detrabalho demotoristasA GFMI Software estáanunciando o lançamento dosoftware “Escalas”, que rodaem conjunto com osroteirizadores Standard ouPremium e é responsávelpor criar rotas de viagem,baseando-se em informa-ções preliminares comoorigem/destino, data e horade início/fim e jornada detrabalho. Após construir arota, o Delivery indicará, sehouver, a região para criaçãodos pontos de paradas paratroca de motoristas,conforme jornada jáestabelecida, ajudando naescolha do local decontratação do mesmo. Feitoisto, é só iniciar o software,que se responsabilizará porcriar o número de motoristasnecessários para aquela(s)rota(s) e o calendário detrabalho no período definidopara cada motorista por rota.Fone: 16 3911.3500

InternacionalAraçatuba fazparceria com aAMD Logística, daArgentinaO Internacional Araçatubafechou uma parceria com aAMD Logística, empresaargentina que tem como umdos sócios a AgênciaMarítima Dulce, comatividades em comércioexterior. Com isso, otransporte de cargas entreBrasil e Argentina tambémserá comercializado eoperacionalizado pela AMDLogística, atuando emBuenos Aires e nas princi-pais cidades do país, comoCórdoba, Rosário eMendoza. “Atualmente sãorealizadas 80 viagens/mêspara Argentina e, com essaparceria, a previsão é de queesse número suba para 250ao final de 2006, represen-tando um crescimento demais de 200% no país”,informa o gerente de vendasinternacional, Jorge MárioFerreira Leite.Fone: 11 2108.2971

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Incentivo

Vencedor do PrêmioEsmena 2005 visitaa Espanha

A lexandre Clemente, Li-quid Operation Coor-dinator da AGA (Fone:

11 4197.3499) de Alphaville, SãoPaulo, SP, foi o vencedor do “Prê-mio Esmena de Melhor SoluçãoLogística”, versão 2005, com o tra-balho “Otimização em Compras/Manutenção” (veja o projeto no sitewww.perfilcorp.com.br).

Como prêmio, Clemente ga-nhou uma viagem de ida e volta aAstúrias, na Espanha, com hospe-dagem de sete em hotel 4 estrelase uma visita a Esmena, em Gijon.

Segundo ele, a viagem foi re-almente foi gratificante, “por tertido a oportunidade de visitar aEsmena Gijon, na Espanha, ondeestava sendo esperado por RaulAntolin Leyva, Product Manager,e por Enrique Trapiella, da Divi-são Internacional, que me recebe-

ram de maneira muito cordial eatenciosa para uma visita técnicapelas três fábricas do grupo(Metalpoint, Esmena e Esmena-Star). A visita, guiada por Leyva,envolveu todas as etapas do pro-cesso de fabricação/construção dosarmazéns e porta-paletes/estan-terias que a empresa produz”.

Ainda segundo Clemente, foiinteressante poder ver de pertocomo funciona todo o processo defabricação, desde o projeto na telado computador (Autocad) até a li-nha de montagem final dos dife-

rentes tipos de peças. “Também foipossível verificar diferentes tiposde produção (manual e automa-tizada), onde, através de robôs deúltima geração, são feitas diversassoldas em peças de porta-paletes,em frações de segundo, com altaprecisão e economia de tempo etotal segurança.” Ele também re-lata que foi possível perceber umenxuto processo de pintura e aca-bamento de peças, que despertoumuito a atenção pelo baixo nívelde perda (desperdício) durante oprocesso de pintura, através deequipamentos modernos.

“A impressão que tive de todoo sistema de produção, desde o iní-cio até o fim, foi de uma organiza-ção impecável e muita transparên-cia em todas as etapas do produto,desde o processo de planejamentoaté a fabricação”, completa. ■

Transporte Marítimo

Battistella e Aliançavão construir portoem Santa Catarina

grupo catarinenseBattistella (Fone: 113257.9833) e o grupo

Aliança Navegação/Hamburg Süd(Fone: 11 5185.5600) assinaramum acordo para investimentos naconstrução de um novo porto emSanta Catarina - o Porto de Itapoá.

Serão aplicados US$ 100 mi-lhões na primeira fase do projeto,que terá, a princípio, um terminalde contêineres, voltado, principal-mente, para as exportações dos se-tores madeireiro, metal-mecânicoe de carnes. A operação será feitapor oito portêineres.

O novo porto terá profundida-de natural de 16 m e poderá operarnavios de até 9 mil TEUs, já quecontará com um cais com exten-são de 1 km, para atracação simul-tânea de três navios. A previsão éde que no primeiro ano de opera-

ções sejam movimentados US$ 20milhões.

Este será o primeiro terminalportuário totalmente construído eoperado pelo setor privado no país,sendo que o local de construção éuma área privada, comprada pelosempreendedores - por isso, seu sis-tema de operação não será por con-cessão. O grupo Battistella vai en-trar com US$ 30,8 milhões dos re-cursos, enquanto a Aliança inves-tirá US$ 13,2 milhões. O restantedo investimento, US$ 56 milhões,será financiado junto ao BancoInteramericano de Desenvolvi-mento (BID). A construção deve-rá ter início em dois meses e a pre-visão é que o porto entre em ope-ração em 2007, sendo que a obrajá foi autorizada pela Agência Na-cional de Transportes Aquaviários(Antaq) e pelo Ibama. ■

OClemente, à direita, com Levya,da Esmena

Anuário

Logística no Brasil 2005/6Edição: Aslog e Transporte ModernoNº Páginas: 152Informações: 11 5096.8104

O anuário da Asloge da TransporteModerno faz umaradiografia dalogística em vintesetores da

economia brasileira, além deincluir artigos e textos analíticos,dados sobre investimentos eperspectivas, desempenho dossetores, cases de empresas eíndices macroeconômicos. Aofinal está inserido um glossário delogística. Está incluso, ainda, umguia de ensino e pesquisa, comdados sobre entidades destessetores em todo o país, além deuma ampla relação, com dadossobre diretoria, área de atuação,tipo de frota, CD, serviçosoferecidos e principais clientes,entre outros tópicos, de operado-res logísticos e transportadoresde todos os modais. Tambémdestaque é o guia de serviços delogística, bastante abrangente emtermos do setor.

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EDIÇÃO 45 — NOVEMBRO — 2005 LogWeb 17www.logweb.com.br

Tópico atua no setorde coberturas

Há 24 anos no mercado, a Tópicoé especializada em locações evendas de coberturas em lonapara armazenagem e paraeventos. Para locação, os vãoslivres variam entre 10, 15, 30 , 40e 50 m, podendo ser acopladosuns aos outros e recebervedação por sistemas de calhase tapadeiras. “Os módulos sãomúltiplos de 5 m, o pé direitovaria de 4,5 a 6,0 m e a alturacentral é de 7,0 a 14,85m”, dizSimone Milano, gerentecomercial da empresa. Paravenda, são atendidas solicita-ções sob medida. Estãodisponíveis, para locação evendas, galpões duas águasnacionais, em sistema modular,revestidos em lona de PVCflexível com tecido de poliéster,impermeável, auto-extingüível ecom tratamento antimofo. Nocaso dos galpões duas águasimportados da Alemanha, estãodisponíveis apenas para locaçãoe possuem estrutura de alumínioanodizado e revestimento emlona de laminado de PVC comtramas de poliéster, tratada comretardante de chamas.Fone: 11 3846.2510

Elgin AutomaçãoComercial lançaleitor de códigode barrasA Elgin Automação Comercialacaba de anunciar o lançamentodo Long Range SG100, leitor decódigo de barras que realizaleitura dos códigos há 20 cm dedistância e pode ser aplicado emtodos os tipos de varejo. Édisponível nas versões RS232,teclado wedge e USB e incluisuporte ajustável, que possibilitaa leitura de códigos sem que ogatilho seja pressionado.Também permite rápidaconfiguração via download PC-Leitor, através do software EazyConfig. Assim, o usuário podesalvar as configurações ereplicá-las para vários check-outs via rede.Fone: 0800-7707007

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uais são as tendências em arma-zenagem e distribuição, em ter-mos de operações, de equipamen-

tos, de sistemas e do próprio mercado em si?Alguns profissionais do setor, ouvidos

por LogWeb, fazem uma análise destes doissegmentos.

E, no caso dos ligados às operações dearmazenagem e distribuição, também sãoanalisadas as mudanças que ocorrem nomercado, com relação às áreas citadas, emfunção das festas de final de ano.

Operações“Em termos armazenagem, a tendência parao próximo ano é um aumento na busca poráreas nos CD’s, principalmente naquelesestrategicamente colocados nos grandespólos consumidores e com acesso fácil aosmodais de transporte (aéreo, marítimo erodoviário). Quanto à distribuição, o Brasilpassa por um grande problema estrutural notransporte que se reflete na competitividadedas empresas. A falta de investimentos eminfra-estrutura nacional nos portos, ferroviase estradas afeta diretamente o desempenhodas empresas. Houve um aumento nosvolumes distribuídos pelo modal ferroviário,na cabotagem, mas o potencial de oportuni-dade ainda é muito grande frente ao que jáfoi explorado. O uso de novas tecnologias degestão de frotas com roteirizadores maisevoluídos e combinações modais fazem adiferença. O mercado ainda é muitodependente do modal rodoviário e atendência é continuar se não forem realiza-dos projetos de infra-estrutura nos demaismodais. Sobre as mudanças que ocorrem nomercado, com relação às áreas citadas, emfunção das festas de final de ano, podemosdizer que a procura por áreas disponíveispara armazenagem no final do ano aumentasensivelmente em virtude do crescimento dasproduções e vendas destinados ao consumono Natal. Algumas empresas estão ementressafra produtiva e mantêm elevadosestoques para atender ao mercado. Adistribuição, também em virtude das festasde final de ano, sofre incremento considerá-vel. A preocupação, neste caso, se dá com osprazos de entrega, pois em alguns mercados,como no caso de cestas de final de ano oucompras pela internet, definem com quem ocliente fará a compra.”

Marcelo Follador Murta, gerente de logística daAbrange Logística (Fone: 19 3429.1000)

Armazenagem e Distribuição

As tendências em termosde operações, sistemas eequipamentosAlguns profissionais do setor fazem uma interessante análise, procurandomostrar as tendências nestas duas áreas. E, também, o que é esperadodestes setores em razão do final de ano.

Q

“Vivemos neste último trimestre, atransformação e concentração deconsumo, cujo volume aponta umcrescimento na ordem de 40%, somado aocrescimento comercial em nossa carteirade clientes, o que faz com que amensuração de nossas estruturas alterem-se substancialmente. Dificuldades à parte,temos que manter, além da estrutura,mão-de-obra e equipamentos disponíveisa esta demanda, tarefa difícil, pois nossas margens, com raras exceções, são muitoapertadas. A demanda aqui citada tem sua ligação ao perfil de clientes em quemais atuamos, vinculados ao mercado confeccionista, de cosméticos, venda direta,das empresas ponto.com e suprimentos de informática, entre outros, que nesteperíodo indicam movimentos bastante concentrados.”

Luiz Carlos Lopes, diretor de operações da Braspress (Fone: 11 6224.3333)

‘Hoje temos uma grande velocidade deentrada e saída de mercadorias, provasdisso são as tendências dos armazéns queantigamente tinham fluxo em U e, hoje,têm fluxo contínuo. O ideal seria terarmazéns segmentados, cada um para umdeterminado fim. Por exemplo, farmacêu-ticos, alimentícios, tecnologia etc, porém,para isso, a demanda teria que ser maior.No caso da distribuição, a tendência é ainformatização do processo. Cada vezmais é preciso saber onde está o seuproduto, o que aconteceu com ele. Para isso, é preciso integrar a comunicação doarmazém com a distribuição. No que se refere às mudanças que ocorrem nomercado, com relação às áreas citadas, em função das festas de final de ano,podemos dizer que no mercado de logística, 40% das vendas ocorrem no últimotrimestre do ano, o que acarreta gargalos em todos os modais de transporte.”

José Magalhães - Country-manager da DHL Solutions no Brasil (Fone: 11 3618.3200)

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EDIÇÃO 45 — NOVEMBRO — 2005 LogWeb 19www.logweb.com.br

“Nos anos 70 e 80, os processos produtivos sofreram grande transformação com aintrodução do conceito Kanban. A redução nos tempos de setup das linhas deprodução passou a ser de fundamental importância. A economia obtida pelaprodução de lotes econômicos, com grande parte sendo produzida para estoque,com base em projeções de demanda, passou a ser olhada como uma decisão derisco. Este conceito evoluiu muito nos anos 90, com a introdução de máquinas cujaoperação passou a ser assistida e comandada por equipamentos eletrônicosprogramáveis. Porém, o que se verificou é que este conceito parou na porta dafabrica. Os processos logísticos de estoque e distribuição continuaram sendo geridosda mesma forma que nas décadas de 70 e 80. Nos últimos 5 anos, verifica-se que arevolução que ocorreu no final do século passado está saindo da porta da fábrica echegando aos processos logísticos. Não por uma decisão dos gestores desta área,mas por uma pressão do mercado. Verificou-se, neste mesmo período, um crescimen-to do Mercado de Carga Fracionada na ordem de 30% ao ano. Este crescimento nãopode ser explicado pelo crescimento do mercado de transporte, mas, sim, pelamigração da Carga Consolidada para a Carga Fracionada. Alguns princípiosbásicos usados por operadores logísticos foram alterados. A seqüência de decisão dedisponibilizar um recurso em uma rota foi revista. Os conceitos de taxas mínimas deembarque também foram revistos. Os fracionamentos de peso para efeito detarifação estão sofrendo forte pressão vinda do mercado. Estamos verificando umprocesso muito semelhante ao ocorrido com o Kanban, com a diferença que, no casodo Kanban, as pressões eram mais de ordem interna do que as pressões externas demercado. No caso da distribuição, a pressão mais visível é a que vem do mercado.Empresas que reduziram seu Ciclo Logístico (Prazo Médio de Entrega), em relaçãoà concorrência, aumentaram sua participação no mercado. Estas empresaspassaram a olhar os custos de distribuição como Valor Agregado ao produto, e nãomeramente como vilões da matriz de custos da empresa. A redução do CicloLogístico está sendo tratada como diferencial competitivo. As práticas antigas deLote Econômico e Consolidação estão perdendo seu espaço. Isto fez com quedistribuição centralizada em um único CD, em conjunto com o fracionamento dacarga, tenha se apresentado como uma alternativa bastante vantajosa. Podemosconcluir que, cada vez mais, o diretor comercial passa a ter papel tão importantequanto o responsável pela área de logística da empresa, no que se refere aoplanejamento da função de distribuição.”

Eduardo Meirelles, diretor de planejamento e sistemas da Pacto (Fone: 11 6012.4200)

Equipamentos e sistemas

“De uma maneira geral, a armazenagemestá se direcionando para a automatização,e o processo como um todo para saída dogeneralismo, de solução para ação, embusca das soluções personalizadas,buscando o desenvolvimento de umasolução de armazenagem e logísticaespecífica e metodologicamente estudadapara cada caso específico. Os armazéns têmque ser ágeis, ecléticos e de muita versatili-dade, acabou aquele tipo de armazém ousolução específica para determinada coisa,porque a criatividade e a soluçãomultiversátil oneram menos e dão apossibilidade de ter uma solução maiseficiente e com as vantagens de múltiplasaplicações, pois no mercado como um todo,as mudanças são rápidas, e o sistema dearmazenagem e logística tem que acompa-nhar este processo, dando para o próprioinvestidor a flexibilidade de disponibilizar asolução para diferentes clientes comdiferentes soluções ao mesmo tempo. Porisso que sistemas automatizados e deflexibilidade interna dos armazénsfavorecem as empresas modernas de umamaneira geral. As tendências de movimen-tação e armazenagem estão flexibilizadas,se voltando aos poucos para as soluções deracks especiais, para movimentação demateriais e logística, onde estes sistemas seadequam aos espaços disponíveis nosarmazéns e no processo logístico como umtodo.”Norberto Antonio Marcolin, diretor da Brasil550 - Sis-temas e Soluções de Armazenagem (Fone: 54 453.7775)

“Com a busca contínua na redução de custosoperacionais, as empresas tendem adesenvolver várias formas de otimização desuas cadeias de suprimento. A ID Logistics doBrasil recentemente trouxe a tecnologia VoicePicking, uma ferramenta moderna na buscade produtividade para grandes operaçõeslogísticas. A ID Logistics vem desenvolvendoe aprimorando processos como cross-dockinge de preparação por unidade (picking by unit)para atender uma necessidade real dosclientes, com a otimização dos estoques, e ademanda ao longo da cadeia de suprimentos.Já o aumento na demanda por produtos degrande consumo no último trimestre do anoprovoca algumas adaptações necessárias nasoperações de varejo que operacionalizamosem algumas partes no mundo. A ID Logisticsdo Brasil, em conjunto com seus clientes,planeja e flexibiliza suas operações paraatender a demanda do momento, tornando osfluxos dos processos reativos e otimizados,trazendo soluções de armazenagem epreparação de produtos que possam vir a serintegrados de acordo com as necessidadesdos clientes.”Nicolas Derouin, diretor geral, e Rodrigo Bacelar, geren-te comercial da ID Logistics do Brasil (Fone: 11 3601.1080)

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Armazenagem e Distribuição

“Tanto em armazenagem como paradistribuição, as tendências mundiaissinalizam um crescimento do mercadodas embalagens plásticas retornáveis.E, embora as festas de final de anoestejam próximas, para nós o setorcontinua aquecido, impulsionado porempresas do mercado automobilístico,como as montadoras, que exportampeças e produtos para outros países.Até o momento não há previsão deinterrupção em função das festas.” ■

Paulo Tulim, gerente comercial da Unipac (Fone: 11 4166.4260)

“Os armazéns gerais e centros dedistribuição, bem como os especialistasem armazenagem, controle e distribuiçãode produtos, conhecidos como operadoreslogísticos, estão se modernizando,implantando processos mais eficazes comuma sensível redução no custo deoperação e o aumento da qualidade dosprodutos com maior velocidade dedistribuição. Os equipamentos para oarmazenamento de materiais se transfor-mam em uma ferramenta fundamentalque consolida este quadro, fazendo comque os fabricantes de sistemas dearmazenagem se atenham a produzirprodutos versáteis que permitam oremanejamento do layout e aadaptação rapidamente a novas formasde produtos estocados. As formas dearmazenagem devem ser inspiradas nosistema de controle e distribuição dosprodutos e, assim sendo, a tendência dotipo de equipamento paraarmazenamento de materiais passa a sertodos os que promovam eficácia,segurança, baixo custo operacional,flexibilidade e adaptação às mudançasrápidas de consumo.”

Durval Martins - gerente comercial - Sistemas deArmazenagem – da Fiel (Fone: 11 6693.0511)

“No que diz respeito às tendências daarmazenagem, elas são: terceirização damão-de-obra usada na logística interna,em função da fuga dos rigores da CLT, dacontínua redução do custo da mão-de-obra, da segmentação e normatizaçãocrescentes do trabalho e da inclusão dasregras de negócio nos sistemas, a fim deretirar dos operadores qualquerpossibilidade de decisão;responsabilidade compartilhada, já que aforma de gestão decorrente daterceirização, agora em seu estado maisavançado, é implicar a empresacontratada no atingimento de índices dedesempenho preestabelecidos e suainclusão nas discussões sobre melhoriascontínuas do processo - a empresacontratada não apenas cumpre ordens,passa também a oferecer serviços de sub-gerência -; e baixo custo da mão-de-obra,considerando que a contínua redução daremuneração do trabalho com baixaqualificação inviabiliza a automação dosprocessos de armazenagem e picking. Nocaso das tendências da distribuição, estãoincluídas: integração transportadora-embarcador, considerando que novastecnologias de comunicação estãoviabilizando o tracking das entregas a umcusto cada vez mais baixo; e crescimentodo delivery, pois o aumento da violência,a dificuldade de locomoção nos grandescentros urbanos, a expansão do uso dabanda larga e a facilidade na compara-ção de preço têm sido as principaisrazões do explosivo aumento das vendas docomércio eletrônico, o que implica nocrescimento do transporte de encomendas.

Fernando Di Giorgi,sócio-diretor da Uniconsult Sistemas e Serviços

(Fone: 11 5535.0885)

“Na área de software, as empresas do setorde operação logística e armazenagem estãoexigindo cada vez mais sofisticações noscontroles, envolvendo regras de armazena-gem, rastreabilidade e faturamento comflexibilidade. Tudo isso para atender seusexigentes clientes. Estão investindo aindamais em software competentes e tecnologiade radiofreqüência como garantia de obterqualidade nos serviços. No caso dasindústrias, é crescente a necessidade daexcelência na armazenagem e distribuição,setores em que elas ainda não exploraram eé um fator de ganhos consideráveis.Algumas optam por operadores logísticos eoutras preferem gerir internamente, onde ademanda por software especialista, comoWMS e TMS, proporciona às indústrias umsalto muito grande na qualidade dosserviços ao cliente. As indústrias de grandeporte já têm procurado soluções com RFIDoferecida pelo mercado. Na área dedistribuição, a exigência por melhorias naqualidade, envolvendo redução de tempo,rastreabilidade e assertividade, é fator deseleção e garantia para atrair e/ou manterbons clientes. Na distribuição, tão importan-te como entregar o produto ou serviço, é ainformação, por isso, a tecnologia asso-ciada a um bom software é fundamentalpara garantir que desvios sejam corrigidosa tempo. As transportadoras já estão usandoos recursos GSM para agilizar a informaçãode entrega em tempo real e disponibilizandoaos clientes, via Web, informações derastreabilidade de seus pedidos. Estesserviços trazem redução de custo noacompanhamento em duplicidade na cadeiade distribuição (indústria, transportadora ecliente).”Tarcisio Tito Salgado, diretor daUnidade de Negócios Logísticos da Store Automação(Fone: 11 3083.3058)

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EDIÇÃO 45 — NOVEMBRO — 2005 LogWeb 21www.logweb.com.br

Supply Chain Management

Benefícios da implantação dossoftwares de Supply ChainManagement

O contínuo crescimento na complexidade dos sistemasindustriais e na dimensão das cadeias de abastecimentoexige cada vez mais a utilização de ferramentas quantitati-vas para otimizar as decisões. Os benefícios econômicosderivados do uso dos modelos matemáticos não são des-prezíveis.

Como ferramentas geradoras de conhecimento, em umaépoca que se denomina como a do “conhecimento intensi-vo”, os modelos matemáticos são fundamentais para garan-tir a competitividade das empresas e dos setores industriais.Neste ponto de vista os países desenvolvidos já incorpora-ram a sua cultura a aplicação intensiva de todas astecnologias associadas ao Planejamento de Operações paraa tomada de decisão. Os APS são manifestações disto.

APS x ERPsEconomicamente, as implicações de implementar um

APS são muito menores que as de implementar um ERP,seus benefícios não podem ser comparáveis. Como referên-cia podemos tomar a afirmação do professor da Universida-de da Califórnia, EUA, Arthur Geoffrion, que afirma: Infeliz-mente muitas empresas não têm encontrado nenhum “P” noERP. Estes sistemas enfocam as transações, e têm poucacapacidade para planejar e programar. Pior ainda, os ERPsfreqüentemente têm desprezado valiosas aplicaçõesdo Planejamento de Operações. O ”P” de Planning dosERPs tem se tornado a principal barreira que devem atra-vessar os APS, já que, para um investidor, é difícil compre-ender que a descrição resumida do produto que ele com-prou não corresponde àquilo que ele realmente faz.

O desconhecimento em relação ao benefício da mate-mática aplicada como geradora de valor agregado aos pro-cessos que devem fazer parte do uso industrial tem levadoas empresas latino-americanas a perderem oportunidadesde competitividade por não envolverem os APS em seus pro-cessos decisórios.

Freqüentemente, se pensa que os ERPs são o primeiropasso para se implantar um APS. No entanto, esta afirma-ção não está correta. Os APS requerem menosinvestimentos que os ERPs e não afetam a forma de atuardas organizações, nem requerem grandes períodos para suaimplementação. Para a implementação das bases de dados,devemos ter em conta que as fontes de informação jáexistem, pois de uma forma ou outra as organizações estãotomando decisões. Adicionalmente, os custos deimplementação são sensivelmente menores, pois não reque-rem grandes investimentos em hardware. Finalmente, quan-do se põe em funcionamento os APS, estes se tornam a fon-te principal de geração de ganhos da empresa.

Na literatura técnica encontramos experiências reais degrandes cadeias de abastecimento nas quais o primeiro pas-so para implementação de um ERP foi uma implantação deAPS amplamente consolidada. Em qualquer caso, a decisãoapropriada depende de um equilíbrio entre as capacidadesanalíticas do APS, os requisitos de otimização da organiza-ção e os planos de investimento.

No mercado latino-americano, os APS competem comos produtos originários dos países desenvolvidos e poucosfornecedores de origem local, devido à grande carência dessetipo de solução.

Colaboração técnica: Cristiano Cecatto, consultor da

Qualilog Consulting, que desenvolve atividades no aconselha-mento e implementação de soluções em logística e SupplyChain Management no nível estratégico e operacional.www.qualilog.com.br

Empilhadeiras

Jungheinrichinauguranova sede

ara atender à crescente demanda do mercado brasileirode movimentação de materiais, a Jungheinrich Liftruckdo Brasil (Fone: 11 4815.8200) acaba de inaugurar sua

nova sede, localizada no Distrito Industrial de Jundiaí, SP, com odobro da área da sede anterior.

São mais de 2 mil metrosde área, sendo 450 m2 paraa sede administrativa, numedifício de três andares e umgalpão com mais de1500 m2, onde estão o setorde armazenagem de máqui-nas, a oficina de manutençãoe o almoxarifado de peças dereposição.

Presente no Brasil desdeos anos 60, a Jungheinrichcomercializa e dá suportetécnico no país à linha deequipamentos que incluipaleteiras, selecionadoras depedidos, empilhadeiraspatoladas, retráteis e de con-trapeso. ■

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Pisos Industriais

Uma base sólidapara bons negóciosPodemos dizer que depende da qualidade dos pisos o bom desempenhodas empresas, principalmente em se tratando de logística.

s pisos industriais são funda-mentais para o desempenhooperacional das empresas, prin-

cipalmente quando se pensa em fluxologístico. Afinal, um piso que não supor-ta o tráfego de veículos como empilha-deiras e até paleteiras pode vir a apresen-tar defeitos e comprometer seriamente asoperações logísticas.

E, engana-se quem pensa que os pi-sos industriais são iguais aos pisos co-muns.

“Os pisos industriais monolíticosresinados possuem uma resistência me-cânica, química e térmica muito maior queos cimentícios e ainda possuem uma gran-de vantagem: a isenção de juntas deconcretagem”, diz a engenheira DeniseLeite Camargo, coordenadora de vendasda Ancobras (Fone: 11 6412.0011)

Pelo seu lado, Juarez Vieira, diretorcomercial da Quimatecnica Industrial(Fone: 11 4057.2425), destaca as diferen-ças entre os pisos industriais: piso altonivelante base epóxi e poliuretano comespessura que varia entre 2 a 5 mm, re-vestimento epóxi, poliuretano e acrílico,etc. “Para revestimento de pisos industri-ais aconselhamos o uso dos pisos emepóxi e poliuretano, com alta resistência

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ao trafego de empilhadeiras, paleteiras,carrinhos, caminhões, tratores e outrosequipamentos pesados”, informa.

Tipos disponíveisA propósito, Denise, da Ancobras,

diz, com relação aos tipos de pisos in-dustriais disponíveis, que podem ser

encontrados no mercado, hoje, os pisosespatulados, autonivelantes e multica-madas a base de diversos tipos de resi-na, epóxi, ester-vinílica e poliuretano,entre outras. “Na hora de escolher o pisoindustrial correto, as especificações sãofeitas levando em consideração as con-dições de trabalho - ações mecânicas,químicas e térmicas - presentes no lo-cal”, diz ela.

Já segundo Vieira, da Quimatecnica,para escolher o revestimento de piso cer-to é preciso certificar-se sobre o tipo demanutenção, verificar se é de fácil lim-peza, resistente ao desgaste (abrasão),se resiste a ataque químico e à flexão eo fator absorção de água.

“As conseqüências da escolha erra-da do piso incluem muito trabalho namanutenção (limpeza), ausência de bri-lho em pouco tempo, perda de aderên-cia e desplacamento, entre outros”, aler-ta o diretor comercial da Quimatecnica.

Denise, da Ancobras, aponta outrasconseqüências da escolha errada do piso:desagregação do piso industrial e dosubstrato, contaminação do substrato,paralisação da área para manutenção epossível perda total do investimento. ■

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EDIÇÃO 45 — NOVEMBRO — 2005 LogWeb 23www.logweb.com.br

ComércioExterior

Bysoft integraDD GIP-Lite asoftware quefornece alíquotasde impostosatualizadas

A Bysoft, empresaque desenvolve sistemaspara comércio exterior,acaba de firmar umaparceria com aInfoconsult Informática,consultoria especializadatambém em comércioexterior. O projeto visa aintegração de seusprodutos e serviços,trazendo mais facilidadesaos usuários de produtosBysoft.

“A consulta diária aoSistema Orientador daSRF para obter as taxas ealíquotas de impostosatualizadas retarda aconfecção de processosna importação, por issobuscamos a Infoconsultcomo um parceiro desoluções ”, informaEdneia Moura, diretora daBysoft.

Para a integração, aBysoft adaptou um deseus produtos, o DD GIP-Lite, sistema de controlede importação paracomissárias de despa-chos. “O DD GIP-Lite foidesenvolvido visandoproporcionar aautomatização decomissária de despachos,possibilitando váriasintegrações, como, porexemplo, junto aoSistema Orientador daReceita Federal nosMódulos de LI, LSI, DI eDSI e, agora, com aTECWEB da Infoconsult”,comenta Edneia.

A TECWEB é umanova concepção da TECconvencional, comacesso de qualquer pontode Internet, que detémuma avançada tecnologiapara o atendimento emcomércio exterior,proporcionando aosprestadores de serviçosde despacho umasolução rápida e segurapara consulta. Fones:Bysoft: 11 5583.3336 eInfoconsult: 21 2206.9500

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Operadores Logísticos

mbora o setor de ope-radores logísticos ve-nha apresentando um

significativo desempenho no Bra-sil – o que leva a um crescimentorelevante e a perspectivas otimis-tas -, ele enfrenta sérios problemas.

Pelo menos é o que dizem osrepresentantes das empresas queprestam serviços de operador logís-tico ouvidos nesta matéria especialde LogWeb. Na sua maioria, sãoproblemas externos às empresas.Mas, também há soluções.

Primeiros passos“Apesar da grande ênfase que

se tem dado à logística integrada eaos benefícios que as empresaspoderão ter com a sua utilização,no Brasil, mais especificamente, oconceito ainda encontra barreiraspara sua total implementação.Pode-se citar, de forma sintética,alguns desses obstáculos: a práticade utilização do operador logísticoainda está dando seus primeirospassos; poucas empresas têm ca-pacidade para dar um suporte glo-bal ou regional para seus clientes eque contemplem a avaliação, a cria-ção, o desenho, a implementaçãoe a operação do serviço logístico;

pouco se conhece o cliente; e hádificuldades para identificar e de-senvolver estratégias logísticas es-pecíficas. Não se deve esquecerque, por mais incrível que possaparecer, a maioria dos fornecedo-res não conhece, corretamente, asnecessidades de seus clientes e, porconseguinte, tem diferentes obje-tivos, faz avaliações por diferentesindicadores e, geralmente, temmetas menos agressivas - se vocênão se preocupa com o seu cliente,o seu cliente não se preocupa comvocê. Portanto, o fortalecimentodas relações entre fornecedores,distribuidores e clientes tem cará-ter primordial; os clientes têm mui-tas dificuldades para aceitar umprojeto logístico como uma revi-são da própria estratégia empre-sarial.”A avaliação é de PauloRoberto Guedes, superintendenteoperacional e administrativo daArmazéns Gerais Columbia (Fone:11 3305.9999).

Já para Cleber Carvalho, geren-te de planejamento estratégico daBinotto (Fone: 49 221.1906), umadas grandes dificuldades é a quali-ficação dos responsáveis pela de-cisão de contratar um operadorlogístico ou não. Segundo ele, amaioria ainda busca apenasa redução instantânea de custos eencara o operador logístico comoum inimigo, que quer arrancar di-nheiro da sua empresa ou fazê-loperder o emprego. “A solução édivulgar cada vez mais os cases desucesso, mostrando que o sucessodo operador logístico depende dosucesso do seu cliente, ou seja, eleé um valioso aliado. Lógico queexistem outros problemas, princi-palmente de infra-estrutura no país,mas o papel do operador logísticoé otimizar os processos dentro dascondições existentes”, destaca ogerente da Binotto.

Outros problemas apontadossão o despreparo do setor, que re-cebe a migração de empresas ain-da imaturas, e a competitividadeem constante ampliação. Outraquestão – ainda de acordo comEdson Depolito, diretor comercialda Brucai Logística (Fone: 113693.7288) -, seria lidar com certadificuldade nas soluções fiscais,que atendam adequadamente aosinteresses da clientela. Ter que cum-prir uma gama imensa de qualifi-cações e certificações técnicas nãoexigidas num passado recente edeparar-se com a tendência inicial,de que as empresas pretendentesprocurem com a contratação do“operador logístico” priorizar a re-dução de seus custos, comple-mentam algumas das problemáti-cas do setor.

“Como solução parcial, acredi-tamos que o foco do cliente usuá-rio deveria ser o de economizar suaprópria energia gerencial e,assim, todo e qualquer dos setoresque produzem ou comercializamprodutos de todo gênero poderia se

utilizar do operador logístico comganhos quantificados e qualitativosa médio e longo prazos, na certezade comprovados índices de produ-tividade, à medida que a interaçãová se concretizando”, avalia o di-retor comercial da Brucai.

Pelo seu lado, Oscar CesarBevilacqua, diretor geral da ExactTime (Fone: 11 4789.8200), dizque existe, atualmente, uma frotade distribuição muito velha, parti-cularmente em São Paulo, devidoa prestadores de serviços autôno-mos que oferecem preços imprati-cáveis porque não levam em contaa reposição do veículo.

“E as soluções? Deveria exis-tir uma vistoria através de um ór-gão publico das condições veicu-lar e dos equipamentos de refrige-ração do transporte de perecível.”

Guilherme Severino, gerentede desenvolvimento de negócios daMenlo Worldwide Logística (Fone:11 3841.4441), considera que osproblemas são muitos e conheci-dos. “Em especial no Brasil vive-se um paradoxo: de um lado fala-se em ‘apagão logístico’, eviden-ciando a grande carência que omercado local possui a cerca de ser-viços logísticos. Por outro lado,muito precisa ser feito para que omercado se desenvolva. Regula-mentação, fiscalização, investi-mentos públicos e privados preci-sam ser feitos urgentemente paraque o setor cresça ordenada e rapi-damente. O problema se agrava,pois uma vez vencida a ‘crise eco-nômica’ que congelava os inves-timentos e ocultava as necessida-des do setor, agora vivemos a ‘cri-se política’, que é tão nocivaquanto (ou até mais), pois pos-terga e congela decisões e açõesque precisam ser tomadas para‘destravar’ o nó logístico em queo país se encontra.”

Já Monica Canova Passos, ge-rente comercial da MetropolitanLogística Comercial (Fone: 116802.2116), faz uma ampla listados problemas do setor: pressõespara redução de custos e melhoresníveis de serviço, simultaneamen-te, e dificuldade em repassar parao cliente aumentos em seu custo;muito pouco é investido em infra-estrutura de transportes no Brasil;alto índice de roubo de cargas, oque leva o gerenciamento de riscoa representar 15 % dos custos deuma empresa; retornos vazios emfunção da concentração econômi-ca no Sul e Sudeste do país; con-centração das vendas no final demês; modais de transporte ferro-viário e aquaviário ainda em de-senvolvimento; disponibilidade dearmazéns e qualidade dos atual-mente existentes; estrutura tributá-ria. “De fato, a infra-estrutura e afalta de uma política nacional vol-tada à logística impedem que o de-sempenho do setor seja ainda me-lhor. Estradas esburacadas, portossaturados, aeroportos subdimen-sionados, ferrovias insuficientessão alguns exemplos dos entravesde infra-estrutura. Outro entraveimportante é a complexa legisla-ção tributária. Não há outra solu-ção para os problemas de infra-

Ainda são muitos os problemas.Mas, também, as soluçõesOs grandes problemas enfrentados pelo setor são externos às empresas que nele atuam – conjunturais, deinfra-estrutura, econômicos. Mas, as soluções existem.

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Guedes, da Columbia: “se vocênão se preocupa com o seucliente, o seu cliente não sepreocupa com você”

Lazzarin, da Servilog:terceirização das operaçõeslogísticas é uma opção muitoatraente

Pimentel Filho, da Ryder: infra-estrutura de transportes éfortemente concentrada nomodal rodoviário

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estrutura que não sejam pesados in-vestimentos do governo ou da ini-ciativa privada diretamente ou atra-vés das propostas PPPs. Em rela-ção à legislação tributária, o gover-no tem que avançar no programade operador multimodal, quedesburocratizaria o recolhimentode impostos do setor”, avalia, porsua vez, Paulo Augusto Vieira Ma-chado Sarti, diretor de Desenvol-vimento de Negócios PenskeLogistics (Fone: 11 3179.0603), noque concorda Adolfo Pimentel Fi-lho, gerente geral de Desenvolvi-mento de Negócios da RyderLogística (Fone: 11 5644.9644).“Sem duvida, o principal entraverefere-se à infra-estrutura de trans-portes do país, fortemente concen-trada no modal rodoviário e quecarece de manutenções, para nãofalar de ampliação da malha exis-tente. A frota de veículos de cargatambém é antiga e não tem se re-novado na medida necessária”,destaca o gerente geral da Ryder.

R. Leandro Pereira, gerente co-mercial da Expresso Nepomuceno(Fone: 35 3694.9909), resume osproblemas do setor à falta de mão-de-obra qualificada, aos impostoselevados e à elevação dos custosdos insumos. Segundo ele, a solu-ção passa pelo uso da tecnologia.“A necessidade de altos investi-mentos em tecnologia e estruturas,além de qualificação profissional,são, de fato, os problemas do se-tor. Assim, a terceirização, se tor-na uma opção muito atraente”, des-taca, por sua vez, o coordenadortécnico comercial da Servilog - Ar-mazéns Gerais e Logística, HelderJaime Lazzarin (Fone: 114707.1121). Para Vanderlei Cardosode Oliveira, gerente de logística daStarlog Operador Logístico (Fone: 112142.5825), o principal problemaenfrentado pelo setor é a falta deinvestimentos em infra-estrutura(má conservação das estradas)que acabam por onerar os custos.

Também podem ser destacadoso custo do combustível, a manu-tenção e o trânsito urbano. De acor-do com Oliveira, entre as soluçõesestão o aumento de investimentos nosetor e as privatizações das estradas.

“Nos últimos anos, com a ên-fase e o modismo gerado em tornoda palavra ‘logística’, fomos sur-preendidos com uma grande quan-tidade de empresas de transportes

e armazenagem, assim como deoutros segmentos de mercado, quese autodenominaram ‘operadoreslogísticos’. A partir daí a logísticapassou a ser vista como uma gran-de alternativa para melhoria dos ní-veis de serviços e para a busca deredução de despesas. Entretanto,esta migração de empresas de ou-tros segmentos e sem nenhumaespecialização em processos logís-ticos gerou sérios problemas parao segmento de operadores especia-lizados, que passaram a se confron-tar com ‘concorrentes’ que nãopossuíam o mesmo nível de quali-ficação e, conseqüentemente, deprestação de serviços.” A análise éde Anderson Salmazo, gerente deProjetos Especiais do Grupo TPC– Operador Logístico (Fone: 712108-9700). Ainda segundo ele,situações como as mencionadasanteriormente ainda são comuns,

apesar da sua menor freqüência,pois o próprio mercado consumidor,ou seja, indústrias e distribuidorespassaram a “escolher” melhor seusoperadores, levando em consideraçãocritérios técnicos e não somente omenor custo nas suas cotações.

Para o gerente do Grupo TPC,tal mudança nos critérios de avalia-ção dos futuros parceiros logís-ticos, levando-se em consideraçãoestes e outros, já pode ser conside-rada como uma solução para osproblemas ainda enfrentados pelosoperadores logísticos no Brasil.Entretanto, muito ainda tem que serfeito, a exemplo da consciência porparte dos mesmos, de que seuprincipal papel é prover soluçõeslogísticas.

“Falta de estrutura e incentivodo governo para o setor; gargalosem portos, aeroportos, ferrovias;frota muito antiga; e malha rodo-viária precária. A solução seria umplano de incentivo do governo vol-tado e viável para o setor, além deparcerias com iniciativas privadas,como o exemplo da PPP.” A aná-lise é de Patricia Centurião, do de-partamento comercial da TCMLogística & Transportes (Fone:11 6483-1000). ■

Carvalho, daBinotto:operadorlogístico éencarado comoum inimigo, quequer arrancardinheiro daempresa

Rastreamento

Motorola tambéminveste no setor

Motorola (Fone: 113847.6686) tambémvem investindo pesado

em sua estratégia de mobilidadetotal. Prova disto é o lançamentodo G24, um módulo de alta velo-cidade utilizado para transmissãode voz e dados por meio de redescelulares GSM/GPRS.

O novo módulo é quadriban-da, trabalhando nas freqüênciasGSM de 850, 900, 1 800 e 1 900MHz e GPRS classe 10, e tam-bém possui tecnologia MIDP 2.0e EDGE classe 10. Suas princi-pais aplicações são segurança erastreamento entre fronteiras,telemetria e medição com leituraautomática, unidades automotivasde controle e terminais POS.

Outra novidade da Motorola éo módulo G20, voltado para trans-missão de voz e dados por meiodas redes celulares GSM/GPRS.Ele é capaz de reconhecer freqüên-cia, canal de rádio e identidade da

célula principal e de cada uma dascélulas vizinhas. Também possibi-lita medir a intensidade do sinal,com uma variação de 62 níveis di-ferentes, de cada uma destas célu-las, o que permite calcular a posi-ção do veículo com um grau razoá-vel de precisão dentro das cidades.Agrega funções de reconhecimen-to de voz e oito portas seriais de I/O, que podem ser usadas para exe-cutar funções via comandos AT.

Por último, a outra novidadeé o módulo de comunicação semfio IO270, que compreende fun-cionalidade PTT, ou push-to-talk,que facilita a comunicação comequipamentos remotos, além decapacidade de despacho digital,enviando e realizando atualiza-ções de dados rapidamente. OGPS integrado com modo de ope-ração offline permite ao usuáriocapturar coordenadas GPS mes-mo em áreas sem cobertura decelular. ■

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Artigo

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A difícil transição no Brasilpara um cenárioSupply Chain ManagementApesar de toda exploração e divulgação do tema Supply Chain no Brasil, amaior parte das empresas ainda encontra dificuldades em se organizar paraum cenário focado diretamente em Logística Integrada, tornando a missãode evolução de gestão do negócio interna para gestão da cadeia deabastecimento um desafio “quase intransponível”.

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termo “quase in-transponível” é mui-to forte ou exagera-

do? Então, vejamos a seguiras origens desta conclusão.

Entre os maiores proble-mas podemos destacar ummuito básico, quase uma resis-tência coletiva entre os admi-nistradores. Trata-se do enten-dimento conceitual de Logís-tica Integrada, pois a grandemaioria dos executivos e diri-gentes ainda permanece com oconceito de que logística refe-re-se única e exclusivamente àsáreas de manuseio, expediçãoe transporte da empresa. Mas,seguramente, esta não é a prin-cipal resistência ou falta de in-teresse neste tema.

Com base em algumas ex-periências vivenciadas em vá-rios projetos nas empresas,além do que tenho dividido ediscutido com alguns mestrese consultores especialistas notema, estarei selecionando al-gumas observações derivadasde fatos que influenciam dire-tamente o resultado e as difi-culdades em implementar omodelo “Logística Integrada”,ou SCM.

O objetivo é propor uma re-flexão aos administradores eexecutivos das empresas e co-legas consultores, interessadosem entender as reais dificulda-des e motivos do mercado in-dustrial nacional em criar umnovo modelo de gestão sob aótica exclusivamente do cená-rio “Logística Integrada” ouSupply Chain Management.

Podemos concluir em umavisão geral de analise do mer-cado atual os seguintes aspec-

tos presentes no dia-a-dia dasempresas, independentementeda situação econômica e polí-tica nacional atual.● Forte competição● Complexidade para

elaboração de previsão dedemanda

● Margem de lucroreduzida

● Baixa qualidade deplanejamento

● Visão dos objetivosdistorcidos

● Insegurança para tomadade decisãoPortanto, a pergunta é por

que este modelo de gestão in-tegrada tem restrições e difi-culdades quanto a sua imple-mentação plena nas empresas?

Cabe ressaltar que, duran-te os projetos de implemen-tação, revisão ou adequação daárea de Logística Integradadentro das empresas, a quali-dade em relação a processos eprocedimentos, bem como aqualidade da informação (da-dos), nunca foram os elemen-tos de restrição ao sucesso daimplementação, o que reafir-ma a máxima de que os maio-res problemas não estão loca-lizados na base e, sim, nos ní-veis gerenciais e decisórios dasempresas.

Abaixo as observações ecomentários que devem seralvo de nossas análises, discus-sões e ponderações sobre o querepresentam e quanto contribu-em para a implementação den-tro das empresas de um novomodelo integrado de gestão.

Estas observações não estãoem ordem seqüencial, e sãoconsideradas como oito pontos.

1. Modelo hierárquicodepartamentalizado! Aindaresistem aos modelos de ges-tão atualizados, a subordinaçãode processos e as informaçõesreclusas a áreas ou departa-mentos, mesmo em ambientesque contemplam ERP MRPII,reforçando a tese de que aempresa mantém engessadosantigos conceitos de adminis-tração.

2. Área de logística atu-ando apenas como um velhoPCP! Muitas empresas esfor-çam-se na tentativa de criar edesenvolver uma área delogística, porém, na prática,continuam a operar como umPCP com as rotinas e proces-sos específicos e baixa inte-gração na empresa.

3. Área de logística cria-da nos depósitos, almoxa-rifados ou centro de distri-buição de forma isolada!Outro modelo de tentativa dacriação do conceito de logís-tica; como existe uma resistên-cia muito forte no agrupamen-to de atividades que compõema Logística Integrada, a empre-sa isola a “logística” dentro dasáreas de manuseio, controle emovimentação de seus produ-tos e passa a designar estas ati-vidades como “logística”.

4. Conveniência políticapara manutenção do mode-lo atual! Se a mudança impli-ca em disputas internas e pos-síveis desagregação e descon-forto entre as áreas, a melhoralternativa é evitar as mudan-ças, embora reconhecidamen-te necessárias para a implanta-ção de um modelo de Logística

Integrada (não mexa na minhaárea que eu não mexo na sua).

5. Disputa de poder edecisão! Por incrível que pos-sa parecer, existe estímulo, porvezes de forma involuntária,por parte da alta administração,no acirramento de poder de de-cisão entre as áreas da empre-sa, aumentando e distanciandoa integração e os objetivos deuma Logística integrada.

6. Isolamento da fabri-cação! Notoriamente as áreasde fabricação das empresasapresentam um isolamentomuito grande em relação à to-mada de decisões, tornando oprocesso de execução uma ati-vidade excluída dos proces-sos de planejamento estraté-gico e operacional, cabendosempre a obrigação de execu-tar o que foi decidido duranteo período em questão.

7. Compras e supri-mentos mantendo status!Por tratar-se de uma das áre-as mais importantes do negó-cio, ainda observamos no mer-cado áreas de compras e supri-mentos mantendo decisões epráticas de forma unilateral,reservando para si todas asatividades de relacionamentoe desenvolvimento interna eexternamente, dividindo ouintegrando apenas questõesmenos relevantes com as de-mais áreas da empresa.

8. Área comercial atuan-do de forma independente!Aqui se encontra um grandedesafio, com característicaspróprias. Observamos que estaé a área de menor integraçãoem relação à Logística Integra-

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da, processos e procedi-mentos em relação ao pla-nejamento de demanda.Caracteriza-se por ser au-tônoma e independente,propiciando novamenteum baixo nível de inte-gração na empresa, descar-tando conceitos e modelossobre previsão de deman-das e planejamento de ven-das e operações (S&OP).Reforça esta observação abaixa aplicação e utilizaçãode módulos e transações desistemas ERP ou mesmode Supply Chain Mana-gement focados na área co-mercial implementadosnas empresas.

Diante deste cenáriopodemos concluir que asomatória destes pontos eoutros tantos, de maior oumenor relevância em rela-ção ao nosso tema, justifi-ca a tímida evolução dosfornecedores de softwareSupply Chain no mercadonacional. É muito impor-tante salientar, também,que raríssimas empresasoptam pela solução com-pleta do software: as solu-ções Supply Chain sãoimplementadas de formalocalizada, invariavelmen-te em programação de ca-pacidade finita (FCS) ouplanejamento de cargas eroteiros (Deliver).

As empresas, de formageral, precisam rever seusmodelos e esforçarem-separa direcionar a estruturaorganizacional necessáriapara implementar com se-gurança e sucesso o con-ceito de Logística Integra-da ou Supply Chain Mana-gement, cabendo aos con-sultores e aos profissionaisdas áreas de gestão nas em-presas exercer, com maiorênfase, o papel de “agentede mudanças” junto aosexecutivos e administrado-res de negócios. ■

José Paulo de MacedoSoares Junior - Consultorem Gestão de Negócios –ERP/[email protected]

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Dbtrans lançaCartão Visa Vale-PedágioA Dbtrans está lançando ocartão Dbtrans Visa Vale-Pedágio - um cartão smart(com chip) utilizado comomeio de pagamento, onde oembarcador ou o transporta-dor adquire o vale-pedágio,com a finalidade derepassá-lo ao caminhoneiro,através do sistema Dbtrans.Este cartão é voltado paraas empresas e será operadono sistema pré-pago. Aempresa também oferece ocupom eletrônico de vale-pedágio, confeccionado empapel de segurança eimpresso com código debarras sob demanda peloembarcador/transportadorou pela rede credenciadaatravés do sistema Dbtrans.Ele é utilizado para paga-mento de pedágio eprocessado pelas Operado-ras de Rodovias. O sistemada Dbtrans é totalmenteinformatizado, via Internet, eemprega tecnologia deemissão e impressão decupons de vale-pedágio sobdemanda, em papel desegurança, diretamente nasinstalações do embarcadorou transportador.Fone: 0800.880.2000

Gaff apresentaprodutos depoliuretano parasuspensão decaminhões eônibus“Estamos introduzindo noBrasil produtoscomercializados no Méxicoque detêm 80% de market-share. São produtos depoliuretano para suspensãode caminhões e ônibus quetêm performance duas a trêsvezes maior que a borrachaem determinadas aplica-ções, e em outras até mais.Apresentam, também, maiorresistência a raiosultravioleta, componentesquímicos e deformação,entre outros.” A afirmação éde Carlos Alberto Basílio,gerente de vendas da Gaff –Brasil.Fone: 11 3672.9110