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Ano II - Nº 24 - Março de 2007 Saco de São Francisco Charitas - Jurujuba - Pendotiba www.jornaldaenseada.com.br [email protected] ARTE CARLOS JR/FOTO LYGIA FREITAS/VERSO DUDU FALCÃO

Jornal Minuano edição 60

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jornal minuano de terça feira

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Ano II - Nº 24 - Março de 2007Saco de São FranciscoCharitas - Jurujuba - Pendotibawww.jornaldaenseada.com.brcontato@jornaldaenseada.com.br

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2 março 2007

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32007 março

Delegacia Legal de Jurujuba de portas abertas

Após cinco anos de espera, foi inaugurada, em dezembro de 2006, a Delegacia Legal de Juru-juba. Sob o comando do Delegado Luiz Carlos Sarmet, a 79ª DP está pronta para atender a população de toda a região da Enseada.

Com um contingente de 27 ofi -ciais e agindo de forma integrada

com o Policiamento Comunitário, Luiz Carlos Sarmet acredita que a Delegacia será capaz de manter a região em crescente seguran-ça, como afirma: “Estamos em constante interação. Dessa forma, poderemos diminuir signifi cativa-mente o índice criminal da região. Contamos com uma boa equipe, além de excelentes instalações e infra-estrutura”.

Diferentemente de uma De-legacia convencional, as Delega-cias Legais contam com moderno equipamento de informática, que permite interação e troca de infor-mações com outras Delegacias em todo o estado. Além disso, também é feito um trabalho de atendimento social realizado por profi ssionais da área de humanas, o que per-mite que os policias atuem apenas em suas tarefas específi cas.

Outro diferencial das Delega-cias Legais é que nelas não há carceragem. Existe apenas uma cela masculina e uma feminina, em que os presos são mantidos no máximo por uma noite, antes da transferência para outra unidade.

Na 79ª DP também podem ser encontrados banheiros e telefones públicos, além de conforto e mo-dernidade para os visitantes.

O delegado Luiz Carlos Sarmet conclui: “Nosso trabalho permite que os atendimentos sejam feitos

de forma rápida, o que agiliza a resolução do problema. Estamos prontos para receber adequada-mente as pessoas que nos pro-curam”.

Por Lygia Freitas

O Delegado Luiz Carlos Sarmet

FOTOS ARTBIO/LYGIA FREITAS

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4 março 2007

Dando continuidade à apresen-tação de alguns dos célebres per-sonagens que dão nome às nossas ruas, o Jornal da Enseada conta, nesta edição, um pouco da história de Rui Barbosa, um h o m e m d e grande expres-são no passa-do de nosso país.

Rui Barbo-sa de Oliveira, nasceu na ci-dade de Salva-dor, em cinco de novembro de 1849.

Desde a in-fância desta-cou-se por sua genialidade, causando espanto até mesmo entre seus professo-res da escola. Em 1864, concluiu o curso ginasial e, aos 21 anos, graduou-se Bacharel em Direito, pela Faculdade de Direito de São Paulo.

De volta à Bahia, no início da carrei-ra, engajou-se numa campanha em de-fesa das eleições diretas e da aboli-ção da escravatura. Em 1876 casou-se com a baiana Ma-ria Augusta Viana Bandeira e, no ano seguinte, eleito de-putado provincial, Rui Barbosa atuou na elaboração da reforma eleitoral, na reforma do ensino, emancipação dos escravos, no apoio ao federalismo e na nova Constituição.

Com seu enor-

me prestígio, candidatou-se duas vezes a Presidente da República - contra Hermes da Fonseca e con-tra Epitácio Pessoa - entretanto, foi

derrotado. Como jornalista, escre-veu para diversos jornais, principal-mente para A Im-prensa, Jornal do Brasil e o Diário de Notícias, jornal o qual presidia.

Em julho de 1922 sofreu mui-to com um grave edema pulmo-nar. Meses de-pois, em fevereiro de 1923, sofre paralisia bulbar, vindo a falecer no dia1 de março

de 1923, em Petrópolis, à tarde, tendo como últimas palavras: “Deus tende compaixão de meus padecimentos”.

Origem dos nomesAs ruas por onde você passa

FOTO ARTBIO/LYGIA FREITAS

Início da Av. Rui Barbosa

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52007 março

Após longa espera os alunos da Escola Municipal Helena Anti-poff enfi m receberam boas notí-cias: foram iniciadas as obras no antigo prédio em que funcionava a instituição. Depois de serem transferidos para um local onde funcionava uma lavanderia, alunos e funcionários viram sua antiga sede, condenada pela Defesa Civil, transformar-se em abrigo para dezenas de famílias que perderam suas casas em enchentes.

A Diretora Adjunta Graça Fernandes comenta as perdas que a escola sofreu com a trans-ferência: “O número de alunos diminuiu consideravelmente devido ao tamanho das salas e outras questões estruturais. Principalmente no turno da noite, temos muitos alunos com idade avançada; sendo assim, a grande escada que leva às salas é um empecilho para que ve-

nham estudar aqui. Além disso, sofre-mos constantemen-te com a falta de ventilação. Como o prédio foi adaptado, muitas salas não possuem janelas o que causa uma grande sensação de desconforto”.

O u t r o p o n t o abordado pela dire-tora foram os pro-blemas de saúde causados pela pro-ximidade da esco-la com o posto de gasolina. Segundo a funcionária, mui-tas pessoas sofrem com alergia quan-do o combustível é colocado dentro das bombas. “O cheiro forte já fez com que, inúmeras vezes, alunos tivesses que procurar

um médico”. No entanto a Diretora admite

que o pior já passou: “Não havia

mesmo condições de continuar-mos no outro prédio. Era arrisca-do para todos nós. Havia muitas infi ltrações e outros problemas de estrutura. Nosso maior problema era a falta de previsão para remo-ção dos desabrigados e o início dos trabalhos”.

Os alunos e funcionários mos-tram-se otimistas com o início da obra, que deverá ser entregue até o mês de junho. Mesmo diante das diversas promessas não cumpridas de entrega do antigo prédio, Graça comenta: “Não sei se o prazo será cumprido. Pelo menos agora já podemos observar a entrada de material para a obra no local e isso já é uma boa notícia. Não vemos a hora de voltar para lá”.

Por Lygia Freitas

Dilema com data prevista para terminar

Lavanderia que abriga a E. M. Helena Antipoff

FOTO ARTBIO/LYGIA FREITAS

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6 março 2007

e outros

Com a chegada da ‘melhor idade’, muitos cães começam a mostrar sinais do envelhecimento, entre eles uma difi culdade cada vez maior de locomoção, a cha-mada “manqueira”, um sintoma muito comum das enfermidades articulares que acometem os cães, sendo mais frequentemente obser-vada no inverno.

Uma das possíveis causas para o sintoma é a artrose, que tem um caráter crônico, e está definida como sendo o processo dege-nerativo da articulação. Em geral é menos lesiva quando comparada à artrite, até porque teoricamente possui uma evolução mais lenta, porém requer o mesmo tratamen-to, com a diminuição do processo infl amatório e a reconstrução do tecido lesado.

Desta maneira, o principal

tratamento de enfermidades arti-culares em cães consiste na dimi-nuição da infl amação estabele-w

cida, através da administração de compostos antiinfl amatórios, e na suplementação com princípios que tenham a capacidade de re-compor o tecido cartilaginoso.

Mas o mais importante é a pre-venção ao longo da vida do animal, que evita o sofrimento e é compro-vadamente menos custoso. Além do frio, outros fatores predispõem ao aparecimento de dor e sensibi-lidade articular nos cães: caráter hereditário de algumas enfermi-dades, como a displasia coxo-fe-mural, em raças de grande porte (muito comum no Pastor Alemão e no Rottweiler); ambientes com piso liso, que levam a um sobre-esforço da articulação coxo-femural; obe-sidade (dados recentes estimam que 25 a 35% dos cães estejam acima do peso); idade, (animais idosos são mais predispostos à artrose), e a alimentação.

fonte: www.conteudoanimal.com.br

Artrose em cães

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72007 março

Dança e InteligênciaDesenvolver atividades físicas

desde a infância é extremamente importante para um crescimento saudável. Também é essencial que adultos não deixem de praticar exercícios, evitando os vícios de uma vida sedentária, que preju-dicam a qualidade de vida de muitas pessoas. Quando o exercício físico é as-sociado a um desen-volvimento racional, fugindo da mera re-petição, os resulta-dos são excelentes para pessoas de to-das as idades. Esta técnica é conhecida como psicomotrici-dade e é o principal diferencial da WM Escola de Dança, em São Francisco.

Através de muito estudo e especiali-zações, a responsável Wanessa Motta prepara sua equipe para ofe-recer aulas de dança que vão além

de passos e movimentos mecani-zados: “Evitamos fazer com que as crianças apenas copiem; nas aulas estimulamos participação. Acreditamos na aprendizagem da dança de forma lúdica, afi nal, a preocupação não é só com o

A professora Wanessa e seus alunos durante apresentações

Crianças e adolescentes mostram seu tal-ento no palco do Teatro Abel

corpo; é necessário desenvolver a saúde mental de nossos alunos”, diz Wanessa, que atua no ramo há 15 anos.

Portanto, pessoas de todas as idades que se preocupam com sua saúde e bem-estar não podem deixar de conhecer a WM Escola de Dança, que, contando com oito profi ssionais e turmas de no má-ximo doze alunos, garante atendi-mento individualizado e resultados surpreendentes.

Na WM Escola de Dança, você encontra aulas de Ballet Clássico

(infantil e adulto), Baby Class, Jazz, Sapateado, Dança Espanhola, Dança de Salão, Psicomotricidade e Dança de Rua (HIP-HOP).

WM Escola de Dança fi ca na Av. Quintino Bocaiuva, 325- Sl 314, Lido Center – São Francisco - Tel 2714-3106

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8 março 2007

O QUE ESTÁ ACONTECENDO

A Miss Niterói 2007, Aiana Soares, foi apresen-tada na noite do último dia 14, em uma festa cheia de glamour que reuniu gente bonita e elegante na Maison Cascade, em Charitas. Este ano não houve concurso, Aiana foi escolhida por uma comissão formada por produtores, jornalistas, fotógrafos e profi ssionais do setor de beleza.

O evento, organizado por Ricardo Domingues, teve a presença de belíssimas misses de outros

Aiana Soares é a nova Miss Niterói

municípios do estado, que fizeram brilhar os salões da Maison. Mas o ponto alto da noite foi a apresentação da cantora Eliana Pittman, que animou os presentes e deu ao acontecimento um brilho ainda maior.

Aiana representará a cidade no concurso Miss Rio de Janeiro, marcado para o dia 23 de março, às 22h, no Teatro Odylo Costa Filho, da UERJ, e que será transmitido ao vivo pela CNT.

PAIOL GRANDE

O Acampamento Paiol Grande comemora seu 60º aniversário com evento na praia de Icaraí. O Projeto Paiol na Praia apresentará diversas atividades para todas as idades. Haverá música, gincanas, batucadas, jogos e lições de edu-cação ambiental. O evento, que será aberto ao público, acontece-rá no sábado, dia 24 de março, a partir das 13:00, em frente à Av. Ari Parreiras. Os participantes poderão contribuir com um quilo de alimento não perecível que será encaminhado para doação. Maiores informações: [email protected] ou pelo tele-fone 3119-5755. Apoio: Jornal da Enseada e Nippon Importadora.

À MINEIRA

O renomado cantor Zé Tobias, autor de obras memoráveis como a “Balada da Solidão”, comemo-rou seus 80 anos com almoço no restaurante À Mineira, no sábado, dia 11 de março. Acompanhado por 40 convidados, o artista não escondia a alegria por celebrar a data ao lado dos amigos.

JULIANA FARO

No fi nal do mês de março, Juliana Faro apresenta a nova coleção outono-inverno. As novidades da coleção serão apresenta-das em eventos multimídia, em todas as fi liais de Niterói – Estação do Catamarã de Charitas (Tel. 2611-7310), Shopping I Fashion, em Icaraí (Tel. 2714-3116) e nas do Rio de Janeiro.

O editor do Jornal da Enseada, Rafael Pimenta Francisco e Aiana, a Miss Niterói

Os colunistas Leonardo Rivera, da Tribuna e Gilson Monteiro, de O Globo Niterói

FOTOS ARTBIO/PAULO

O QUEIJÃO DE PENDOTIBA

O Queijão de Pendotiba apre-senta, todas as quintas-feiras, música com as cantoras Luzia e Glória acompanhadas pelo som do violão de Marcos Tatagiba, a partir das 20:30. O Queijão de Pen-dotiba: Estrada Caetano Monteiro, 818- Tel. 2616-2112.

ESCOLA ESPECIAL

No dia 23 de março, a Escola Especial Solange Dreux, que fun-ciona em São Francisco, completa seu 33° aniversário; mais um ano de total dedicação aos seus alunos. Parabéns para Mônica, Solange e Fernanda Dreux.

CLAUDIO SALLES

O músico, cantor, compositor, locutor e líder do Movimento Pop Goiaba, Cláudio Salles, acaba de assumir a Niterói Discos. Res-peitado por todos os artistas de Niterói, Cláudio dará, com certeza, sua marca de competência nesse novo desafi o. É esperar para ver. Parabéns do Jornal da Enseada.

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92007 março

O QUE ESTÁ ACONTECENDO

A população da Enseada po-derá conhecer de perto o mundo da fantasia. Isso porque, a partir do dia 25 de março, às 17:00h, a artista Daniela Fossaluza apre-sentará, na Maria do Poeta, o “Costurando Histórias”, eventos que marcarão a volta do projeto Paz e Poesia na Maria no Poeta, comandado pelo poeta e facili-tador cultural Rafael Pimenta Francisco.

Há 10 anos, a artista encon-trou, através da utilização da técnica de contar sagas através de tapetes, uma maneira de fa-zer com que as pessoas voltem a sonhar, fazendo com que fiquem alheias ao tempo e à correria do dia-a-dia durante al-gum tempo. Cada uma das peças utilizadas por Da-niela, apresenta, de forma criativa, contos, mitos e outras narrativas, que levam à refl e-xão e ao auto-co-nhecimento. Sen-tadas em rodas, pessoas conhe-cem uma realida-de diferente. São histórias que se confundem com sua própria vida, e trazem leveza e alegria a seu dia.

“As narrativas são um convite à imaginação. São formas de contar e recriar a realida-de, brincando com

Enseada do Faz-de-Contaela. Assim, as pessoas percebem que são, elas próprias, persona-gens ativas em cada história. Des-ta forma, se reconhecem e desco-brem uma maneira de conhecer melhor seus sentimentos. Diante do duro quadro mundial em que vivemos, o projeto visa acalentar os corações”, afi rma Daniela.

A artista ainda comenta a im-portância da proximidade com o público durante as apresentações: “É maravilhoso olhar nos olhos das crianças e perceber seu encanto. É como se entrassem na história. Mas isso só é possível através do encurtamento da distância entre

VELHO ARMAZÉM

O Restaurante Velho Armazém apresenta, toda terça-feira, o Projeto Armazém da Música, com Silvério Pontes e convidados. Nas quartas, tem show com Mauro Costa Júnior. As apresentações começam às 19:30. Velho Ar-mazém: Avenida Quintino Bocaiú-va, 06 – Tel. 2714-5424.

ESPAÇO D DEPILAÇÃO

Foi inaugurado, no dia 13 de março, o Espaço D Depilação em São Francisco. Durante o coquetel, a proprietária Sonia Castro não disfarçou sua alegria com a nova conquista. Espaço D Depilação: Av. Rui Barbosa, 274 lj.106- Tel. 2610-2582.

ALLIGHT DESIGN

No dia 13 de março aconteceu a inauguração da Allight Design, loja especializada em luminárias, que, comandada pela arquiteta Adriana Rangel, apresenta um novo conceito em iluminação. Allight Design: Av. Rui Barbosa, 29 lj. 111, Lido Business – Tel. 2611-9172.

platéia e apresentador”, diz.Daniela Fossaluza, acom-

panhada por músicos e outros artistas, estará na Marina do Po-eta, no último domingo de cada mês, provando que o faz-de-conta pode marcar e infl uenciar nossas histórias. Mais informa-ções sobre o projeto e a artista podem ser encontradas no site www.costurandohistorias.com . Não deixe de embarcar nessa viagem.

Danilela Fossaluza com as crianças Lucas, Diana, Alex e Maria Fernanda

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10 março 2007

Prestigie o Comércio do Seu Bairro

Sugestão de matéria e publicidade: [email protected]

Mais de 50 000 leitoresDistribuição gratuita nas residências, clubes, academias, shop-pings, estação do Catamarã e pontos estratégicos da Enseada; residências em condomínios, shoppings e pontos estratégicos de Pendotiba.

Colaboradores: Rodolpho Martins (reportagem), Paulo Chaffi n (fotografi a), Flávia Pretti e Vierci KatanaEstagiários: Jornalismo - Lygia Freitas(reportagem e assistente de edição) / Publicidade e Design - Carlos Junior e Gracinieli Antunes

Produção: ArtBio -Assessoria e TrabalhosOs colaboradores, efetivos ou eventuais, o fazem de forma espontânea, sem ter nenhum vínculo empregatício.

Editor: Rafael Pimenta Francisco MTb-14.687

Fundado há pouco mais de seis anos por um grupo de amigos que se reunia para jogar em bares de Icaraí, o Núcleo de Xadrez de Niterói, que funciona em São Francisco, vem representando a cidade com grande sucesso em torneios e campeonatos estaduais.

Filiado a Federação de Xadrez do Estado do Rio desde 2001, no ano seguinte o Núcleo já conquistava o 3º lugar no Campeonato Estadual Interclubes, sen-do o campeão nos dois anos posteriores. Em 2005, conquistou o Troféu Efi ciência, o segundo título mais importante do Rio, vencendo tradicionais clubes cari-ocas, e ano passado fi cou com a segunda colocação no Interclubes, título mais importante do estado.

O Núcleo também realiza, desde 2003, o projeto Xadrez nas Escolas, em parceria com a Prefeitura, levando o xadrez aos alunos das escolas municipais

de Niterói.É u m a b o a

opção para quem quer começar ou se aprofundar na arte do tabuleiro, já que o Núcleo organiza torneios mensais e oferece aulas para jogadores iniciantes e avançados, uma forma de descobrir novos talentos e estabelecer uma tradição vitoriosa para o grupo.

“O atual presidente Jorge Sixel vem empreenden-do esforços para que o Clube ganhe mais títulos a cada ano”, afi rma Cristiano Porto, diretor técnico desde julho de 2006 e um dos fundadores do Nú-cleo.

O Núcleo de Xadrez de Niterói funciona de se-gunda a sábado, das 18 às 22 h, na sobreloja do Lido Center, na Praia de São Francisco. O telefone é 26106208.

Xeque-mate

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112007 março

VelejarA trajetória vitoriosa da família

Grael teve início com Erick e Axel Schmidt, responsáveis pela primeira vitória do país em um Mundial de Vela, ao sagrarem-se campeões em 61, na classe Snipe. O feito foi repetido em 63 e 65, fazendo dos irmãos gêmeos os primeiros brasileiros tri-campeões mundiais de vela.

Em 1959, Erick e Axel conquistaram a medalha de ouro nos Jogos Pan-Ame-ricanos de Chicago, velejando na classe Lightining, ao lado de Antônio Barbosa. Quatro anos depois, nos jogos de São Paulo, tendo como companheiro Robi-son Hasselmann, fi caram com a prata, também na Lightining. A dupla ainda representou o Brasil nos Jogos Olím-picos de 68, no México, e em 72, na Alemanha, nas classes Star e Soling.

Erick conversou com o Jornal da Enseada a respeito de diversos assun-tos, como o Panamericano do Rio e a

poluição das águas da Baía. Para ele, tudo começou em um

Haggen Sharpie, classe local do Rio Yatch Club, em 1950. Já em 51 ganhou a primeira regata ao lado do irmão Axel. Erick também teve papel fundamental na formação de Torbem Grael, o vitorio-so sobrinho.

“A família toda sempre foi da vela. O Torbem começou mesmo sozinho lá em Brasília. Depois velejamos muito de Star, eu de timoneiro e ele de pro-eiro. Ganhamos até um campeonato brasileiro no início dos anos 80, com

um barco feito no Bra-sil competindo contra barcos importados”, conta.

Quanto ao Pan, que acontece em ju-lho, Erick acredita que, apesar de todos os pro-blemas, os Jogos serão realizados com suces-so. “Só acho uma pena que as regatas tenham que ser disputadas em águas poluídas como as da Baía da Guanabara. E pensar que antigamente era possível ver o fundo de areia e algas aqui na Enseada, que foi

transformado na lama negra de hoje”, lamenta.

Apesar disso, Erick acredita em boas colocações dos velejadores brasileiros. “Os velejadores que vão disputar as medalhas são realmente os melhores, o Brasil vai ser muito bem representado”, afi rma.

Erick Schmidt será o próximo per-sonagem a falar dos barcos na seção ‘Palavra de quem conhece’, comentan-do as classes Lightining, Snipe, Star e Soling.

Encerrando sua participação nes-sa série de matérias, o campeão mundial e olímpico Marcelo Ferreira fala do Pingüim, barco no qual tudo começou.

“Comecei nessa classe velejando na proa do Lula, isso em 1980. O sím-bolo, como não poderia ser diferente, é um pingüim. É um barco escola muito bom, por ter muitas regulagens de vela e mastro. Mas é uma “espécie” que está em extinção”, conta.

Marcelo explica que o sucesso de velejadores brasileiros em outras classes fez com que o barco, aos pou-cos, fosse perdendo espaço.

O Pingüim nasceu em 1939, nos Estados Unidos. Projetado por Philip Rhodes, mede 3,4 metros de compri-mento e leva dois tripulantes.

Na próxima edição, Marcelo encer-ra sua participação falando de um barco que vem ganhando espaço entre os velejadores, o brasileiro Dingue.

Erick e Axel Schmidt, primeiros brasileiros tri-campeões de vela

FOTO ARTBIO/ PAULO CHAFFIN

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12 março 2007

Sobre a nossa capa

Paciência

Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma / Até quando o corpo pede um pouco mais de alma / A vida não pára

Enquanto o tempo acelera e pede pressa / Eu me recuso faço hora vou na valsa / A vida é tão rara

Enquanto todo mundo espera a cura do mal / E a loucura fi nge que isso tudo é normal / Eu fi njo ter paciência

O mundo vai girando cada vez mais veloz / A gente espera do mundo e o mundo espera de nós / Um pouco mais de paciência

Será que é o tempo que lhe fal-ta pra perceber / Será que temos esse tempo pra perder / E quem quer saber / A vida é tão rara

Música: Lenine / Letra: Dudu Falcão

Será que é dado apenas aos artistas o tempo de perceber e sentir o lúdico da vida? Será que temos que reaprender a viver com as crianças?

Afi nal, como diz a letra da canção:A VIDA É TÃO RARA.

Entardecer em Itacoatiara e Cachoeira do Tabuleiro - MG

FOTOS ARTBIO/RAFAEL PIMENTA FRANCISCO

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Suplemento / março de 2007

Com o objetivo de estar mais perto de nossos leitores e de trazer à tona seus elogios e críticas, a equipe do Jornal da Enseada foi até Pendotiba para ouvir o que os moradores tinham a dizer sobre sua região. Percorre-mos todo a região, desde o Largo da Batalha até o Trevo de Maria Paula, conversando com pessoas de diferentes idades, costumes e classes sociais, que fi zeram um retrato da atual situação do local.

Todos os entrevistados respon-deram à mesma pergunta: qual é a melhor e a pior característica de Pendotiba? E, suas respostas podem ser traduzidas, em grande parte, em pedidos de atenção por parte do poder público e, também, dos próprios moradores e freqüentadores do local.

Dentre os aspectos positivos, os mais citados foram as belezas naturais e a tranqüilidade da região. O ambiente com poucos prédios, onde predominam os condomínios residenciais repletos de jardins,

mostra-se, sem dúvida, convidativo a quem gosta de viver a calma de cidades do interior sem estar muito distante do centro da cidade. Além

disso, o comércio e a gastronomia receberam elogios e foram destaque entre os entrevistados.

No entanto, sérios problemas

foram levantados pelos moradores. Em coro, Pendotiba parece gritar por segurança. Muitos afi rmam que este é o pior problema do local, como diz Marcelo Braga, proprietário da Pizzaria e Chopperia Alquimia “Acontecem muitos assaltos por aqui, principalmente na parte da noite. Os bandidos aterrorizam as pessoas e todo o comércio. Precisamos de mais segurança”.

Além disso, muitos se mostraram insatisfeitos por não poder aproveitar a potencial tranqüilidade de um lugar tão bonito. V.C., moradora do local há 12 anos, traduz o pensamento de grande parte dos entrevistados: “Pen-dotiba é, sem dúvida, um local muito agradável para viver. Por aqui é fácil fazer amigos e o comércio nos atende de forma satisfatória. No entanto, a falta de segurança, o caos no trânsito, a falta de saneamento e a pequena quantidade de ônibus comprometem o prazer de viver aqui”, conclui.

Pendotiba por seus moradores

Rua das Árvores, na Vila Progresso: cenário bucólico de Pendotiba

FOTO PAULO CHAFFIN

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14 março 2007

Eliane Ganem (moradora de Pendotiba)

www.elianeganem.com

Havia uma mulher dentro de mim quando me despedi dele. Uma mulher insegura, perdida entre sentimentos que não cessavam de se debater por detrás dos sonhos que deixavam a casa. Ele sequer se virou na quina dos arvoredos que caminhavam diante dos meus olhos, como se os acenos dos galhos sinuosos, fossem mãos incertas, re-pletas de adeus. Nem sequer voltou os olhos, a cabeça, o corpo rígido de quem vai, ignorante das sensações descontroladas que me povoavam o coração, como se meu coração pen-sasse independente da minha mente que dizia com raiva, já vai tarde!, ain-da desejando que ele fi casse. E a dor da contração era tamanha no meio do meu peito, que meus pés oscila-vam levemente acima do chão como se eu não tivesse a cabeça sobre os ombros, mas apenas encostada no alisar da janela de mogno, pendente e cambaleante como um balão de gás. Estava apaixonada e não podia mais uma vez confessar tal abandono enamorado desse desejo que não cessava, das minhas veias que se agigantavam de prazer assim que eu o via. Tudo batia em mim demasiado, o coração, o sexo molhado, os ouvi-dos, a garganta, o centro da testa, enquanto as mãos úmidas de um suor frio e exagerado, se contorciam de um prazer covarde, escondido de mim, da minha razão, do meu tino, do meu discernimento, como se de soslaio eu olhasse o mundo e a mim mesma, com um medo exagerado de sentir mais uma vez aquilo que me sufocava e me impedia de viver em paz. E novamente adolescente, mulher vivida e subtraída da minha idade mais recente, me vejo nova-

mente jogada às feras que habitam meu ser e secretamente ávidas lan-çam em meu corpo os hormônios que me tirarão do sério e me jogarão de volta ao eterno retorno dos amores desfeitos. E novamente conduzida pela vida, cansada e perturbada por esta conhecida sensação, permaneço imóvel em minha cama de pau mar-fi m, antiga e descrente, enquanto a noite se esvai silenciosa mais uma

vez. Me lembro dele ainda na mesa da sala, contando os casos mal resol-vidos da sua vida sem graça. Casos que se contam pros amigos, em mesa de bar ou nos cochichos das noites de inverno, entre dois copos de vinho, um aquecedor elétrico e algumas mantas no sofá. E ele sai quase madrugada, deixando o frio em minha casa, au-sente mesmo das ligeiras confi ssões enternecidas de nossas mãos que se tocaram dezenas de vezes. A televisão

do quarto penetra em minha vida pacata, e olho desatenta o quadrado que mostra tanta gente que fala e fala como se tivessem alguma coisa de importante que eu não soubesse, e o ar que ele havia deixado ainda por sobre a mesa entra agora pela porta entreaberta e briga com a luz metáli-ca, com o som metálico da tv. O chão é um companheiro reconfortante dos olhos deprimidos, dos ausentes

de si, impregnados dessa paixão pelo outro que não sente ou que sequer tem a sensibilidade de perceber a transformação, o suave despertar de um ardor que queima e que não se controla e que não se esmola e que empalidece de vergonha, de pavor, de falta de qualquer cuidado, de coisas ditas de maneira errada, do sem gra-ça, do sem jeito, dos defeitos que a gente passa a encontrar em nossas qualidades mais perfeitas, na vontade

de se melhorar, de ser mais bonita, mais atraente, mais complacente, mais amiga, mais aconchegante no toque, no abraço, no roçar dos cor-pos que se tocam sem querer, dos copos em que se bebe a presença do outro, a chama quente, o hálito morno dos confessionários ainda mal preparados, sem o confessor, apenas sussurros que alimentam as nossas lembranças, a nossa cumplicidade sacramentada, nosso delírio, o riso, a gargalhada, as piadas antigas e que sabemos de cor, as novidades, os fi lmes, as peças de teatro, o livro que não se pode deixar de ler. E aquele sentimento perturbador que encolhe meus dedos por debaixo da manta e a palma de minha mão esquerda quase esfaqueada pelas unhas cortantes da outra mão, denunciam o estado de tensão que me percorre enquanto imito outros dias em que isso não ocorreu, quando então era apenas a amiga de todos os tempos, quando ainda por capricho do meu olhar dis-traído, nada havia que não fosse uma honesta simpatia solidária. E esse mesmo olhar, agora inconveniente, encontrou dentro dele algo que me deixou nesse estado descontrolado, e se nem sei o que foi, o que aconte-ceu, o que deu em mim, talvez culpa da minha carência, da minha ado-lescência, da minha imaginação, da necessidade de me torturar mais do que posso suportar, da eterna mania de me apaixonar, da minha sofregui-dão pela vida, da minha necessidade endiabrada de me sentir amada e de amar ainda mais. Pena! Saudades do melhor amigo que virou paixão.

Mulher Amiga

Page 15: Jornal Minuano edição 60

152007 março

Page 16: Jornal Minuano edição 60

Charitas - Estação do Catamarã, Loja 4A - 2611-7310 - 2611-7820 / Shopping i Fashion - Rua Cel. Moreira César, 241, Lj. 23 - 2º piso - tel. 2714-3116 / Shopping Vertical 7 de Setembro, 48/1103 - Centro - Rio de Janeiro - tel. 2507-2069 / Ipanema - Rua Visconde de Pirajá, 611b, Lj. 7 - tel. 2294-4393 / Leblon - Av. Afrânio de Mello Franco, 290, Lj 102d