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J o r n a l Mensal Jornal Nacional da Umbanda São Paulo, Abril de 2013. Edição: 54 Ano: 03 [email protected] Jornal Nacional da Umbanda página 1 Expediente: Pai Rubens Saraceni Pai Alan Levasseur 28 DE ABRIL,VAMOS SARAVÁ OGUM NO PARQUE DA MOOCA- SP AS 16:00.

Jornal nacional da Umbanda Edição 54

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Jornal de Umbanda

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J o r n a lM e n s a l

Jornal Nacional da Umbanda São Paulo, Abril de 2013. Edição: 54 Ano: 03 [email protected]

Jornal Nacional da Umbanda ● página 1

Expediente:Pai Rubens SaraceniPai Alan Levasseur

28 de Abril,vAmos sArAvá ogum no pArque dA moocA- spAs 16:00.

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EDITORIALorisA oroinA – A deusA do Fogo universAl

No principio do mundo, só

reinavam Orisas Olokun, o deus do oceano e Nanã, a deusa dos pântanos e só água cobrindo tudo. Olo-dumare o deus supremo, aborrecido com a monoto-nia, então ordenou a deusa do fogo universal, matéria de origem do sol, a força da lava vulcânica contida nas entranhas da terra, a fazer surgir com a força vital da existência do fundo do mar que cresceu em forma de erupção vulcão com a ajuda

de Orisas Aganju, deus da erupção vulcânica. Logo Olodumare, reuniu com todos os demais orisas e determinou a cada um o seu domínio na criação da vida. Olodumare novamente deu ordens as Orisas Oroina e Aganju, para que fizes-sem uma cadeia de montanhas que isolasse Orisa Olokun em seu espaço, e assim com a força destes orisas as montanhas isolaram Okun – mar, mas Olokun insistia em invadir a terra desafiando assim as ordens de Olodumare. Após muito tempo nesta situação, já com a terra e a criação reconstruída, Olokun pediu a Olodumare que os seres humanos que viviam na terra deveriam lhe fazer oferenda diária de cada ser humano em troca do espaço perdido e que lhe pertencia. Olodumare julgou justo e concordou, mas ela deveria permanecer no fundo de Okun e ape-nas de tempos em tempos poderia vir à superfície. É por isto que até hoje todos os dias o mar leva um ser humano, mantendo assim Olokun apaziguado. Texto enviado por Baba Rotimi E-mail: [email protected] http://www.casadocriador.org.br/os-401-orisas-irunmoles/

Citação sobre Orisa Oroina, em vermelho:Fonte: http://obajakuta.blogspot.com.br/2013_01_01_archive.html

O Desconhecido Orisá Okê (Olooke, Olo-roke) O Orisá do Monte, das Montanhas... E sobre o monte a vida do homem é possível entre os Orisás, existe um chamado Orisá Okê. Entre todos os Okê, existe um mestre muito importante de nome Olooke, o dono e senhor das montanhas. Anteriormente existiam vários outros Okê junto com ele. Eles também são muito importantes e não se deve brincar com eles, já que representam a justiça acima de qualquer coisa. Sua importância se deve muito ao fato de que todos os Orisás que chegaram no tempo da criação, desceram à Terra por intermédio de Olooke. Okê foi a primeira ligação entre Orun e Aiye (Céu e Terra), sendo que ele foi a primeira terra firme, uma montanha que se elevou do fundo do mar a pedido de Olodumare e com a ajuda de Oroina e resfriada por Olokun.

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Conta o mito dos tempos da criação que no principio do mundo, só reinava Yeye Olokun, a deusa do oceano avó de Ya Olokun e bisavó de Yamoja, e Olodumare. O Deus supremo estava aborrecido com tanta monotonia de só haver água cobrindo tudo, então ordenou a Oroina, o Fogo Universal, matéria de origem do sol, a lava vulcânica contida nas entranhas da terra, a fazer surgir com a força vital da existência que lhe deu Olodumare, a primeira colina do fundo do mar que cresceu em forma de um vulcão em erupção lançando lava que ela (Oroina), com a ajuda de Olooke, Aganju, e Igbona, traziam das profundezas da terra e que eram resfriadas por Olokun. Foi assim que nasceu Okê, a montanha, divindade que também é conhecida como Olooke, o dono e senhor da montanha. Logo Olodumare, o universo com todos os seus elementos, reuniu todos os demais Orisás Funfun em Okê e determinou a cada um, o seu domínio na criação da vida. Chegaram primeiro Obatala e Yemu (Oduaremu). Após a chegada de Obatala e sua esposa Yemu, chegaram os outros Orisás Funfun, sendo um muito especial: Akafojiyan que com seu irmão Danko (ou Ndako) encabe-çou os demais, vindo à frente e este último passou a habitar os bambuzais brancos. Chegaram Ogiyan, Olufon, Osafuru, Baba Ajala, Olufande, Orisá Ikere e todos os demais Orisás Funfun. Após a chegada dos Orisás, era a vez dos Ebora e a cada um foi dada por Olodu-mare uma função na terra. Sem Olooke nenhuma divindade teria chegado à Terra e sendo ele a primeira terra firme, sempre se deve recorda-lo e fazer-lhe oferendas, pois o que aconteceria se ele resolvesse voltar para Okun. Epa mole.Olooke é a colina, tudo que é elevado e alto, a lava vulcânica também lhe pertence e é a divindade de todas as montanhas da terra, sendo ainda a força e o guardião de todos os Orisás. É inseparável de Obatala. A árvore Ose (Baobá) é também sua representação e seu arbusto de culto, pois a grandio-sidade do Baobá, sua altura, sua magnitude, a idade de até 6000 anos que pode viver, sua soli-dez faz dela a árvore escolhida por Olooke para seu culto. No Brasil por existirem poucos Baoba passou-se a cultuar Olooke ao pé da gameleira branca que serve de culto também para Iroko, mas um Orisá não tem nada a ver com o outro. Na África, até os dias atuais, este Orisá é tido como de muita importância, sendo temido e seus festivais anuais, os “Semuregede”, atraem grande número de fiéis que acreditam que Olooke trará prosperidade e paz pelo ano todo. Seus ritos são sete e dois deles são os pontos culminantes que é a oferenda no arbusto na floresta sagrada e sua saída à rua, acompanhado de seus adoradores, onde as pessoas prostram--se com a cabeça no chão em sinal de grande respeito e temor perante um Orisá tão poderoso. Os não iniciados escondem-se dentro das casas, assim como as mulheres grávidas e crian-ças que não fazem parte do Egbe. Aquele que pode dirigir-se a Oloke e conversar, fazer pedidos a ele, chama-se Baba Elejoka. Olooke é o guardião de muitos povos no Ekiti (Nigéria), e lá estão localizadas as maiores rochas onde se praticam seu culto. E o mito continua: Quando tudo já estava funcionando com cada Orisá e Ebora com suas funções sendo executadas, eis que Olokun julgou que havia sido prejudicada perdendo espaço para as outras divindades e então Olokun resolveu retomar o espaço que ocupava anteriormente invadindo as terras. Muitos seres que já haviam sido criados morreram com ira de Olokun. Olodumare vendo o que estava acontecendo novamente deu ordens a Oroina, Aganju, Ig-bona e Olooke para que fizessem uma cadeia de montanhas que isolasse Olokun em seu espaço e assim com a força destes Orisás, as montanhas isolaram Okun, mas Olokun insistia em invadir desafiando assim as ordens de Olodumare, que, enfurecido condenou Olokun a viver nas partes mais profundas do Oceano e ainda a acorrentou dando a ela um mensageiro que era uma grande serpente marinha de tamanho nunca antes visto. E deu a Olokun uma Ilha, aonde sua mensageira viria receber as oferendas para levar até Olokun. Após muito tempo nesta situação, já com a terra e a criação reconstruída, Olokun pediu a Olodumare que a deixasse livre, mas os seres que viviam na terra deveriam lhe fazer uma oferenda diária de um ser humano em troca do espaço perdido e que lhe pertencia. Olodumare concordou, mas ela deveria permanecer no fundo de Okun e apenas de tempos em

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os Anciãos do Tempo e da Terra A linha da evolução na Teologia Tolteca

Por Ariel Folly Henriques Este mito atribui a invenção do calendário a Sipaktonal e Oshomoko, Pai e Mãe de todos os Deuses. Diz que sua codificação ocorreu numa caverna nas terras próximas a Cuernavaca, no estado de Morelos, encruzilhada entre os territórios olmeca, zapoteca, maia e nahua. E afirma que a linhagem de Quetzalcoatl foi quem herdou esta Sabedoria. Sipaktonal e Oshomoko aparecem nos códices como os patronos do Quinto Sol e criadores da conta do tempo e da adivinhação. Os nahuas lhes chamavam Tonacatecuhtli-Tonacacíhuatl, Senhor e Senhora de nosso sustento e de nossa carne. Os maias lhes diziam Itzamná, Dragão do Oceano, e Ixchel, Deusa do Céu. Os toltecas lhe rezavam: “Ti Tatah”, Tu Que És Pai, “Ti Nanah”, Tu Que És Mãe. Sipaktonal é um nome nahuatl, mas suas raízes aparecem em muitas línguas antigas. O termo Sipaktli, comer ou desgarrar, foi aplicado ao dragão, animal que representa ao tempo como devorador das idades. Os maias o chamaram Itzamná, Dragão do Oceano, e os nahuas Sipaktonal, Dragão da Luz. Em nahuatl o céu e o oceano têm o mesmo nome: Teoatl, agua divina, por isso talvez Sipaktli fosse traduzido também como crocodilo ou jacaré. No Popol Vuh, livro sagrado dos maias, Ele aparece como Zipacná, sendo seu símbolo uma pegada. Diz-se que ele criou o calen-dário e a escritura e foi conhecido como Hunaliê, Semente Única de Milho. Os egípcios diziam Sibac ao dragão, Tano ao sol poente e Aton ao sol nascente; os fenícios chamaram ao sol Adon e os hebreus, Adão, sempre com o significado de luminoso e vermelho. No

tempos poderia vir à superfície em sua ilha e quanto às oferendas diárias, seria a grande serpente, sua mensageira quem lhe entregaria. Com a invasão de Olokun os primeiros seres que haviam sido criados foram todos tragados pelas águas, mas estes primeiros seres eram defeituosos e mal acabados, pois eram as primeiras experiências dos Orisás que puderam então fazer seres mais aprimorados que desenvolveram as civilizações. Olooke criou vários lugares para sua adoração, mas sua cidade principal foi Okiti Ikole onde era adorado em um grande Ose (baoba). Ekiti é seu grande celeiro. Olooke também é uma criatura branca complexa e sendo assim veste branco e seu rosto não deve ser encarado por nenhum mor-tal. O Orisá também não quer ver os olhos das pessoas, pois não confia nelas e assim reserva-se debaixo de um Ala.Olooke esta sempre presente nos festivais de Yeye Olokun e de Obatala. Seu toque principal no tambor “D’Água” lembra muito o Aluja tocado para Sangò, porém mais cadenciado. A dança é muito valorizada pela beleza, e os movimentos tornam-se mais lentos para que possam ser executados com muito mais graça. Ele dança também o ritmo Ijesá, isto tanto na África quanto no Brasil. No festival de Olooke em todo Ekiti, na semana que antecede o festival o Egun de Olooke é quem sai à rua para dançar. Na semana seguinte é o festival do Orisá, que reúne grande número de fiéis e em alguns ritos é proibido a presença de mulheres e crianças, pois, as mulheres não podem sequer tocar no Igbá do Orisá. Elas são consideradas escravas de Olooke e podem apenas cantar para ele (e neste momento quem deve cantar são apenas as mulheres). Elas podem também ser iniciadas para Olooke, porém não podem por a mão no próprio as-sento de seu Orisá, tendo que imediatamente ser confirmado um homem que fará as funções. Um Orisá acompanha muito Olooke ao ponto de levar em seu nome o nome do Orisá: Ogun Olooke ou Ogun Oke pouco conhecido no Brasil. Este Ogun viveu ao lado de Olooke e é quem dá caminhos a Olooke. Ogun foi quem abriu os caminhos para Olooke vir para as terras baixas e par-ticipar do convívio das pessoas.

Fonte: Axé Oloroke

CADERNO DO LEITOR

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calendário tolteca o signo Sipaktli foi traduzido como Crocodilo, animal de terra e água, e significa Origem ou Fundamento. Sipaktli revela a presença de Ometeotl, o Criador, em todos os planos da consciência, Ele habita na região dos desencarnados, no interior do Céu e no umbigo da Terra. Nas tribos da Amazônia o Clã do Jacaré têm o poder de abrir as passagens e de ser ponte entre diferentes dimensões. Na Umbanda Sagrada Ele é o Papai Velho Atotô Obaluaê, Senhor da Terra e do Sol, dos Grãos e das Colheitas, das Passagens do Tempo e da Cura, conhecido na África como Shapanã. Quando ainda não tinha despertado o mundo, nasceram os tempos e começaram a cami-nhar. Então chegaram ao Oriente e disseram: “Alguém passou por aqui; olha as pegadas dos seus pés”. -“¡Mede seu pé!”, lhe ordenou a Senhora do Mundo. Assim foi como Deus desceu e mediu Seu Pé. Por isso dizemos em maia: “Xoc Lahcab oclae lahcaoc”; O Precioso Dragão da Medida do Tempo deixou sua pegada sobre a Terra. (Chilam Balam, Livro do Tempo). Oshomoko é o nome náhuatl da primeira Mulher Mítica, ela é a Deusa Lua, Reitora das Medidas e Senhora da Terra. Seu nome vem da raiz Osh, gotejar, e Shomo, ângulo, e significa Se-nhora do Movimento e da Medida. Por sua relação com a medida do tempo e com os fenômenos biológicos a Lua foi consi-derada a deusa dos partos e da purificação. Conhecida como Naná Kueraperi, Deusa Criadora que Desata no Ventre, e como Temazcaltoci, Senhora da Purificação, Ela é a protetora das parteiras, dos curandeiros e dos adivinhos. Deusa da Terra e do Céu, Ela é a criadora das nu-vens, sua casa está no Oriente, e de lá Ela e suas quatro filhas enviam as chuvas para a Terra. Seu santuário são as cavernas, fontes, poços e lagos, lugares de nascimento das águas e de entrada ao mundo dos mortos. Na Umbanda Ela é a Mamãe Velha Nanã Buruquê, Senhora das Eras, da Terra e da Chu-va, Ela representa a abundância das águas que caem na terra, a fecundam e fazem nascerem os grãos. Na África um dos seus santuários mais antigos é uma caverna no Daomé. No México desde tempos antigos o temazcal teve um papel muito importante na vida social e religiosa. Temazcalli, do nahuatl, temaz, vapor e calli, casa, é a casa do banho de vapor conhecido na tradição indígena como Cabana das Pedras Anciãs. O ritual do temazcal é um rito de purificação que representa o retorno ao ventre da Terra (a caverna), onde nos purificamos com o auxílio dos quatro elementos, Terra, Fogo, Água e Ar. Dentro da cabana se colocam pedras vulcânicas aquecidas numa fogueira até estarem vermelhas, elas são as Pedras Anciãs, as Avozinhas que trazem a memória do coração da Terra e nos ajudam a purificar nosso corpo, mente, emoções e espírito. A Deusa Toci, Nossa Avó, é a Deusa dos Temaz-cais, por isso também conhecida como Temazcaltoci. No calendário sagrado a festa de Sipaktonal e Oshomoko se chamava Oshpaniztli, a festa da plantação antes da temporada das chuvas, quando os agricultores preparavam a terra para se-mear o milho. Ochpaniztli significa varrida, era a festa da varrida durante o primeiro mês do ano, quando se varria, se pintava os templos e se renovava tudo para o início de um novo ciclo ritual. A temporada seca terminava e o Sol e as Estrelas penetravam a Terra para fecundá-la. A vegetação renascia e era o princípio da temporada de chuvas. Ochpaniztli era uma festa de renovação, de princípio e de plantação. Assim, da Terra nascia Senteotl, Milho Divino, filho de Tatá Sipaktonal e Naná Oshomoko e integrador dos poderes da Natureza. Esta festa estava dedicada a três Deusas: a Toci, Nossa Avó, a Chicomecoatl, deusa que rege a germinação e a Atlan Tonan, Nossa Mãe Água. Um dos principais símbolos que representa as divindades da Terra e do Tempo é a Santa Cruz. Ligada à fertilidade da Terra, ela representa Nossa Senhora e Nosso Senhor da Terra que semeamos. Colocada em cima das montanhas, os grandes reservatórios da água, e próxima das alturas, onde está o Divino e onde se formam as nuvens, a Santa Cruz representa a essas divinda-des, as quais se apresentam petições de chuva e rituais para proteger a colheita. A cruz se asso-ciava também com a árvore, Kuauhtli, também nome da Águia, formado pela raiz Kau, alongado, e que dá origem ao nome da serpente, Koatl. A cruz representa, portanto o coração, o centro ou intersecção das quatro direções do Uni-verso com o Céu e a Terra, como consequência desta integração de sentidos, a cruz foi o emblema dos profetas mesoamericanos.

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É O Orixá Da Lei e seu caMpO De atuaçãO É a Linha Divisória entre a razãO e a eMOçãO. É O trOnO regente Das MiLícias ceLestes, guarDiãs DOs prOceDi-

MentOs DOs seres eM tODOs Os sentiDOs.

Ogum é sinônimo de lei e ordem e seu campo de atuação é a ordenação dos processos e dos procedimentos. O Trono da Lei é eólico e, ao projetar-se, cria a linha pura do ar elemental, já com dois pólos magnéticos ocupados por Orixás diferenciados em todos os aspectos. O pólo magnético positivo é ocupado por Ogum e o pólo negativo é ocupado por Iansã. Esta linha eólica pura dá sustentação a milhões de seres elementais do ar, até que eles estejam aptos a entrar em contato com um segundo elemento. Uns têm como segundo elemento o fogo, outros têm na água seu segundo elemento, etc. Portanto, na linha pura do “ar elemental” só temos Ogum e Iansã como regentes. Mas se estes dois Orixás são aplicadores da Lei (porque sua natureza é ordenadora), então eles se projetam e dão início às suas hierarquias naturais, que são as que nos chegam através da Umbanda. Os Orixás regentes destas hierarquias de Ogum e Iansã são Orixás Intermediários ou regentes dos níveis vibratórios da linha de forças da Lei. Saibam que Oxalá tem sete Orixás Intermediários positivos e tem outros sete negativos, que são seus opostos, e tem sete Orixás neutros; Oxum tem sete Orixás intermediárias positivas e tem outras sete negativas, que são suas opostas; Oxóssi tem sete Orixás intermediários positivos, sete negativos, que são seus opostos, e tem sete outros que formam uma hierarquia vegetal neutra e fechada ao conhecimento humano material; Xangô tem sete Orixás intermediários positivos e tem sete negativos, que são seus opostos. E o mesmo acontece com Obaluayê e Yemanjá. Agora, Ogum e Iansã são os regentes do mistério “Guardião” e suas hierarquias não são formadas por Orixás opostos em níveis vibratórios e pólos magnéticos opostos, como acontece com outros. Não, senhores! Ogum e Iansã formam hierarquias verticais retas ou seqüenciais, sem quebra de “estilo” , pois todos os Oguns, sejam os regentes dos pólos positivos, dos neutros ou tripolares, ou dos negativos, todos atuam da mesma forma e movidos por um único sentido: aplicadores da Lei! Todo Ogum é aplicador natural da Lei e todos agem com a mesma inflexibilidade, rigidez e firmeza, pois mão se permitem uma conduta alternativa. Onde estiver um Ogum, lá estarão os olhos da Lei, mesmo que seja um “caboclo” de Ogum, avesso às condutas liberais dos freqüenta-dores das tendas de Umbanda, sempre atento ao desenrolar dos trabalhos realizados, tanto pelos médiuns quanto pelos espíritos incorporadores. Dizemos que Ogum é, em si mesmo, os atentos olhos da Lei, sempre vigilante, marcial e pronto para agir onde lhe for ordenado.

OFerenDa: Velas brancas, azuis e vermelhas; cerveja, vinho tinto licoroso; flores diversas e cra-vos, depositados nos campos, caminhos, encruzilhadas, etc.

orAÇÕes pArA ogum

As orações para Orixás têm muita força, mas são pouco conhecidas. Poucos sabem que orar para Ogum é orar para São Jorge e vice versa. Veja duas orações para Ogum e São Jorge para abrir caminhos e quebra de demandas.

Oração para são Jorge

Ó São Jorge, meu Santo Guerreiro e protetor, invencível na fé em Deus, que por ele sacrifi-cou-se, traga em vosso rosto a esperança e abri os meus caminhos. Com sua couraça, sua espada e seu escudo, que representam a fé, a esperança e a carida-de, eu andarei vestido, para que meus inimigos tendo pés não me alcancem, tendo mãos não me peguem, tendo olhos não me enxerguem e nem pensamentos possam ter, para me fazerem mal.

ORIXÁ OGUM

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lendA 1 Ogum decidiu, depois de numerosos anos ausente de Irê, voltar para visitar seu filho (infor-mação pessoal do Oníìré em 1952). Infelizmente, as pessoas da cidade celebravam, no dia da sua chegada, uma cerimônia em que os participantes não podiam falar sob nenhum pretexto.

Armas de fogo ao meu corpo não alcançarão, facas e lanças se quebrarão sem ao meu cor-po chegar, cordas e correntes se arrebentarão sem o meu corpo tocar. Ó Glorioso nobre cavaleiro da cruz vermelha, vós que com a sua lança em punho derrotaste o dragão do mal, derrote também todos os problemas que por ora estou passando. Ó Glorioso São Jorge, em nome de Deus e de Nosso Senhor Jesus Cristo estendei-me seu escudo e as suas poderosas armas, defendendo-me com a vossa força e grandeza dos meus ini-migos carnais e espirituais. Ó Glorioso São Jorge, ajudai-me a superar todo o desânimo e a alcançar a graça que agora vos peço (faça agora seu pedido justo). Ó Glorioso São Jorge, neste momento tão difícil da minha vida eu te suplico para que o meu pedido seja atendido e que com a sua espada, a sua força e o seu poder de defesa eu possa cortar todo o mal que se encontra em meu caminho. Ó Glorioso São Jorge, dai-me coragem e esperança, fortalecei minha fé, meu ânimo de vida e auxiliai-me em meu pedido. Ó Glorioso São Jorge, traga a paz, amor e a harmonia ao meu coração, ao meu lar e a todos que estão em minha volta. Ó Glorioso São Jorge, pela fé que em vós deposito: guiai-me, defendei-me e protegei-me de todo o mal. Amém.

Oração para Ogum

Ogum, meu Pai - Vencedor de demanda, Poderoso guardião das Leis, Chamá-lo de Pai é honra, esperança, é vida. Vós sois meu aliado no combate às minhas inferioridades. Mensageiro de Oxalá - Filho de OLORUN. Senhor, Vós sois o domador dos sentimentos espúrios, depurai com Vossa espada e lança, Minha consciente e inconsciente baixeza de caráter. Ogum, irmão, amigo e companheiro, Continuai em Vossa ronda e na perseguição aosdefeitos que nos assaltam a cada instante. Ogum, glorioso Orixá, reinai com Vossa falangede milhões de guerreiros vermelhos emostrai por piedade o bom caminhopara o nosso coração, consciência e espírito. Despedaçai, Ogum, os monstros que habitam nosso ser, Expulsai-os da cidadela inferior. Ogum, Senhor da noite e do diae de mãe de todas as horas boas e más, livrai-nos da tentação e apontai o caminhodo nosso Eu. Vencedor contigo, descasaremosna paz e na Glória de OLORUN. Ogumhiê OgumGlória a OLORUN!

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Ogum tinha fome e sede; viu vários potes de vinho de palma, mas ignorava que estivessem vazios. Ninguém o havia saudado ou respondido às suas perguntas. Ele não era reconhecido no local por ter ficado ausente durante muito tempo. Ogum, cuja paciência é pequena, enfureceu-se com o silêncio geral, por ele considerado ofensivo. Começou a quebrar com golpes de sabre os potes e, logo depois, sem poder se conter, passou a cortar as cabeças das pessoas mais próximas, até que seu filho apareceu, oferecendo--lhe as suas comidas prediletas, como cães e caramujos, feijão regado com azeite-de-dendê e potes de vinho de palma. Enquanto saciava a sua fome e a sua sede, os habitantes de Irê cantavam louvores onde não faltava a menção a Ògúnjajá, que vem da frase ògún je ajá (Ogum come cachorro), o que lhe valeu o nome de ògúnjá. Satisfeito e acalmado, Ogum lamentou seus atos de violência e declarou que já vivera bas-tante. Baixou a ponta de seu sabre em direção ao chão e desapareceu pela terra adentro com uma barulheira assustadora. Antes de desaparecer, entretanto, ele pronunciou algumas palavras. A es-sas palavras, ditas durante uma batalha, Ogum aparece imediatamente em socorro daquele que o evocou. OGUM — Orixá das Guerras e da Tecnologia !!!

lenda 2

Outra versãO para esta LenDa

Ogum lutava sem cessar contra os reinos vizinhos. Ele trazia sempre um rico espólio em suas expedições, além de numerosos escravos. Todos estes bens conquistados, ele entregava a Odúduá, seu pai, rei de Ifé. Ogum continuou suas guerras. Durante uma delas, ele tomou Irê. Antigamente, esta cidade era formada por sete aldeias. Por isto chamam-no, ainda hoje, Ogum mejejê lodê Irê - “Ogum das sete partes de Irê”. Ogum matou o rei, Onirê e o substituiu pelo próprio filho, conservando para si o título de Rei. Ele é saudado como Ogum Onirê! - “Ogum Rei de Irê!” Entretanto, ele foi autorizado a usar apenas uma pequena coroa, “akorô”. Daí ser chamado, também, de Ogum Alakorô - “Ogum dono da pequena coroa”. Após instalar seu filho no trono de Irê, Ogum voltou a guerrear por muitos anos. Quando voltou a Irê, após longa ausência, ele não reconheceu o lugar. Por infelicidade, no dia de sua che-gada, celebrava-se uma cerimônia, na qual todo mundo devia guardar silêncio completo. Ogum tinha fome e sede. Ele viu as jarras de vinho de palma, mas não sabia que elas estavam vazias. O silêncio geral pareceu-lhe sinal de desprezo. Ogum, cuja paciência é curta, encolerizou-se. Quebrou as jarras com golpes de espada e cortou a cabeça das pessoas. A cerimônia tendo acabado, apareceu, finalmente, o filho de Ogum e ofereceu-lhe seus pratos prediletos: caracóis e feijão, regados com dendê, tudo acompanhado de muito vinho de palma. Ogum, arrependido e calmo, lamentou seus atos de violência, e disse que já vivera bastante, que viera agora o tempo de repousar. Ele baixou, então, sua espada e desapareceu sob a terra. Ogum tornara-se um Orixá.

ogum - lenda 3

Oyá vivia com Ogum antes de ser mulher de Xangô. Ela ajudava Ogum no seu trabalho, carregava seus instrumentos, manejava o fole para ativar o fogo da forja. Um dia Ogum deu a Oyá uma vara de ferro igual a que lhe pertencia que tinha o poder de dividir os homens em sete partes e as mulheres em nove partes, caso estas as tocassem em uma briga. Xangô gostava de sentar-se perto da forja para apreciar Ogum bater o ferro, e sempre lan-çava olhares a Oyá; ela por sua vez, também lançava olhares a Xangô.

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Xangô era muito elegante, seus cabelos eram trançados, usava brincos, colares e pulseira. Sua imponência e seu poder impressionaram Oyá. Um dia Oyá e Xangô fugiram e Ogum lançou-se em perseguição deles. Encontrando os fugitivos, brandiu sua vara mágica, Oyá fez o mesmo e eles se tocaram ao mesmo tempo. E assim que Ogum foi dividido em sete partes e Oyá em nove partes, recebeu ele o nome de Ogum Mejé e ela o de Iansã, cuja origem vem de Iyámésàn a mãe transformada em nove.

lendA 4

Ogum tem estreita relação com o número sete, o que é explicado por duas lendas ioruba-nas. Na primeira, ele aparece como o guerreiro - filho de Odudua, rei de Ifé - que conquista a cidade de Irê e assume o título de Oni (senhor ou rei). Em torno de Irê havia sete aldeias, hoje desaparecidas. Por essa razão, acreditava-se que Ogum fosse composto por sete partes, uma para cada aldeia conquistada. Em iorubano, sete é mejê, de onde resultou a expressão Ogum Mejê (O Ogum que são sete, ou o Ogum composto de sete partes). É a ele, portanto, que o ponto é dedicado. A outra lenda fala do casamento entre Ogum e Oiá. Ogum tinha uma vara mágica, feita de ferro (metal que lhe está associado), que tinha a pro-priedade de dividir em sete partes os homens e em nove partes as mulheres que tocasse. Em sua oficina de ferreiro, Ogum confeccionou uma vara igual e deu-a de presente a Oiá. Algum tempo depois, porém, Oiá fugiu com Xangô e foi perseguida pelo furioso marido traído. Quando se encontraram, entraram em combate com suas varas mágicas, dividindo-se Ogum em sete parte e Oiá em nove. Por isso ela é chamada de Iansã, termo composto de duas palavras iorubanas: Iá ou Inhá (mãe) e messan (nove).

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TATA e nAnA - deuses dA TerrA e AvÓs do Tempo.

Ariel Folly Henriques E-mail: [email protected] “Dando relato do princípio do seu calen-dário... os índios dizem que, como seus deuses viram que já havia homem no mundo e não pos-suía um livro no qual guiarem-se, estando em certa caverna de Cuernavaca um casal de An-ciãos chamados Oshomoko e Sipaktonal, lhes pareceu boa ideia dar conselho ao seu neto Quetzalcoatl.” (J. Mendieta, História Eclesiásti-ca Indiana). Este mito atribui a invenção do calendário a Sipaktonal e Oshomoko, Pai e Mãe de todos os Deuses. Diz que sua codificação ocorreu numa caverna nas terras próximas a Cuernava-ca, no estado de Morelos, encruzilhada entre os territórios olmeca, zapoteca, maia e nahua. E afirma que a linhagem de Quetzalcoatl foi quem herdou esta Sabedoria. Sipaktonal e Oshomoko aparecem nos códices como os patronos do Quinto Sol e cria-dores da conta do tempo e da adivinhação. Os nahuas lhes chamavam Tonacatecuhtli-Tonaca-cíhuatl, Senhor e Senhora de nosso sustento e de nossa carne. Os maias lhes diziam Itzamná, Dragão do Oceano, e Ixchel, Deusa do Céu. Os toltecas lhe rezavam: “Ti Tatah”, Tu Que És Pai, “Ti Nanah”, Tu Que És Mãe. Sipaktonal é um nome nahuatl, mas suas raízes aparecem em muitas línguas antigas. O termo Sipaktli, comer ou desgarrar, foi aplica-do ao dragão, animal que representa ao tempo como devorador das idades. Os maias o chama-ram Itzamná, Dragão do Oceano, e os nahuas Sipaktonal, Dragão da Luz. Os egípcios também diziam Sibac ao dragão, Tano ao sol poente e Aton ao sol nas-cente; os fenícios chamaram ao sol Adon e os hebreus, Adão, sempre com o significado de lu-minoso e vermelho. No Popol Vuh, livro sagrado dos maias, Ele aparece como Zipacná (dragão), sendo seu símbolo uma pegada. Diz-se que ele criou o calendário e a es-critura e foi conhecido como Hunaliê, Semente Única de Milho. No calendário tolteca o signo Sipaktli foi traduzido como Crocodilo, animal de terra e água, e significa a Origem ou Fundamen-to. Sipaktli revela a presença de Ometeotl em todos os planos da consciência, Ele habita na região dos desencarnados, no interior do Céu e no umbigo da Terra. Nas tribos da Amazônia o Clã do Jaca-ré têm o poder de abrir as passagens e de ser

ponte entre diferentes dimensões e diferentes mundos. Na Umbanda Sagrada Ele é o Papai Velho Atotô Obaluaê, Senhor da Terra e do Sol, dos Grãos e das Colheitas, das Passagens do Tempo e da Cura, conhecido na África como Xa-panã. Quando ainda não tinha despertado o mundo, nasceram os tempos e começaram a caminhar. Então chegaram ao Oriente e disse-ram: “Alguém passou por aqui; olha as pegadas dos seus pés”. -“¡Mede seu pé!”, lhe ordenou a Senhora do Mundo. Assim foi como Deus des-ceu e mediu Seu Pé. Por isso dizemos em maia: “Xoc Lahcab oclae lahcaoc”; O Precioso Dragão da Medida do Tempo deixou sua pegada sobre a Terra. (Chilam Balam, Livro do Tempo). Oshomoko é o nome náhuatl da primeira Mulher Mítica, ela é a Deusa Lua, Reitora das Medidas e Senhora da Terra. Seu nome vem da raiz Osh, gotejar, e Shomo, ângulo, e significa Senhora do Movimento e da Medida. Por sua relação com a medida do tempo e com os fenô-menos biológicos a Lua foi considerada a deusa dos partos e da purificação. Conhecida como Naná Kueraperi, Deusa Criadora que Desata no Ventre, e como Temaz-caltoci, Senhora da Purificação, Ela é a protetora das parteiras, dos curandeiros e dos adivinhos. Deusa da Terra e do Céu, Ela é a criadora das nuvens, sua casa está no Oriente, e de lá Ela e suas quatro filhas enviam as chuvas para a Ter-ra. Seu santuário são as cavernas, fontes, po-ços e lagos, lugares de nascimento das águas e de entrada ao mundo dos mortos. Na Umbanda Ela é a Mamãe Velha Nanã Buruquê, Senhora das Eras, da Terra e da Chu-va, Ela representa a abundância das águas que caem na terra, a fecundam e fazem nascerem os grãos. Na África um dos seus santuários mais antigos é uma caverna no Daomé.No México, desde tempos antigos o temazcal teve um papel muito importante na vida social e religiosa. Temazcalli, do nahuatl, temaz, vapor e calli, casa, é a casa do banho de vapor co-nhecido na tradição indígena como Cabana das Pedras Anciãs. O ritual do temazcal é um rito de purifica-ção que representa o retorno ao ventre da Terra (a caverna), onde nos purificamos com o auxílio dos quatro elementos, Terra, Fogo, Água e Ar. Dentro da cabana se colocam pedras vulcâni-

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inTolerÂnciA religiosA!Por Carla Real. E-mail: [email protected]

cas aquecidas numa fogueira até estarem vermelhas, elas são as Pedras Anciãs, as Avozinhas que trazem a memória do coração da Terra e nos ajudam a purificar nosso corpo, mente, emoções e espírito. A Deusa Toci, Nossa Avó, é a Deusa dos Temazcais, por isso também conhecida como Te-mazcaltoci. No calendário sagrado a festa de Sipaktonal e Oshomoko se chamava Oshpaniztli, a festa da plantação antes da temporada das chuvas, quando os agricultores preparavam a terra para se-mear o milho. Ochpaniztli significa varrida, era a festa da varrida durante o primeiro mês do ano, quando se varria, se pintava os templos e se renovava tudo para o início de um novo ciclo ritual. A temporada seca terminava e o Sol e as Estrelas penetravam a Terra para fecundá-la. A vegetação renascia e era o princípio da temporada de chuvas. Ochpaniztli era uma festa de renovação, de princípio e de plantação. Assim, da Terra nascia Senteotl, Milho Divino, filho de Tatá Sipaktonal e Naná Oshomoko e integrador dos poderes da Na-tureza. Esta festa estava dedicada a três Deusas: a Toci, Nossa Avó, a Chicomecoatl, deusa que rege a germinação e a Atlan Tonan, Nossa Mãe Água. Um dos principais símbolos que representa hoje as divindades da Terra e do Tempo é a Santa Cruz. Ligada à fertilidade da Terra, ela representa Nossa Senhora e Nosso Senhor da Terra que semeamos. Colocada em cima das montanhas, os grandes reservatórios da água, e próxima das alturas, onde está o Divino e onde se formam as nuvens, a Santa Cruz representa a essas divinda-des, as quais se apresentam petições de chuva e rituais para proteger a colheita.

Hoje eu resolvi compartilhar esta mensa-gem, novamente, para um público específico:OS UMBANDISTAS.- Algumas pessoas vão dizer: - Você está louca!- Não, eu não estou louca e explico:- O Respeito começa dentro de casa, se nós não aprendermos a nos respeitarmos como ir-mãos em Oxalá, onde cada Casa, cada Terreiro, cada Templo, Cada Centro segue aquilo que lhe é determinado pela espiritualidade, não podere-mos exigir o respeito de ninguém.

- Devemos aprender de uma vez por to-das: O que é certo e o que é errado? O que é certo para mim não será para outra pessoa, portanto vai depender do ponto de vista, do co-nhecimento e da evolução de cada um. - Não devemos cuspir no prato que co-memos. Devemos ser gratos aos mestres en-carnados e desencarnados que nos ensinaram e nos ensinam, nos ajudaram e ajudam e nos orientaram e nos orientam. Devemos ser gratos ao Sacerdote e a todas as forças de uma casa que frequentamos, frequento ou frequentare-mos e NUNCA sair dessa casa falando mal ou ofendendo as pessoas que nos acolheram com amor e carinho, pois assim agindo, estaremos também ofendendo e faltando com o respeito para com as forças Divinas da casa. - De uma vez por todas, vamos respei-

tar a metodologia de cada um, de cada casa. Quem não gosta de estudar, não estude e fique aí com as suas limitações e impedindo os seus próprios guias de lhe transmitirem mais ensina-mentos porque sua mente limitadora não permi-te. Aprendi em uma aula com meu mestre e Pai espiritual Rubens Saraceni que quando o vaso é de barro. Não adianta passar muita informação porque ele vai transbordar, rachar e se esvair. Não querem aprender, estudar, tudo bem, mas não critiquem quem quer e quem ensina. Nenhum dirigente te obriga a estudar, a tirar o dinheiro do leite do seu filho para pagar um curso de Teologia, Magia ou Sacerdócio. Curso na Umbanda faz quem quer e se pode pagar, muitas vezes já vi casos de pes-soas que não podiam pagar, mas precisavam fazer o curso, e o mesmo foi dado pelo mestre Gratuitamente, assim como já ouvi isso de ou-tros irmãos que ministram cursos. A Umbanda é uma religião livre e plural com várias vertentes, siga a quem você sentir no seu coração que deve seguir e fica quietinho, faça o seu melhor dentro da vertente que esco-lher, sem criticar os outros porque se criticar não estará fazendo o seu melhor. Isso tudo também serve para as pesso-as que só sabem criticar e falar da vida alheia. Que coisa feia! Pare de reparar no seu irmão e comece a reparar em você.

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A ignorÂnciA Pai Fabio Marques E-mail: [email protected]

Nossa religião, ultimamente, vem tendo uma expansão forte e coesa, mas ainda temos mui-tos problemas a serem resolvidos. Nos cursos que ministro de nossa religião muitas vezes fico feliz em responder algumas perguntas que as pessoas costumam fazer em relação a nossa religião. Fico triste em perceber que um médium que tem décadas de trabalhos realizados com seus guias, a serviço da humanidade através da caridade, procede de uma forma “mecânica”, sem o co-nhecimento devido dos fundamentos do que ela pratica, mas ao mesmo tempo fico feliz em poder esclarecer às duvidas e “dar sentido” àquele ato. Mas se esse fosse o único problema, seria fácil de resolver, afinal de contas, Deus nos pre-parou pra isso. Temos que nos preparar para lidar com pessoas, para cuidar de pessoas. O Maior problema dentro de nossa religião ainda é o egocentrismo, o egoísmo, a falta total de caridade e de amor ao

Na Terapia Naturopata nós aprendemos que o outro é nosso espelho, se eu estou muito in-comodado com alguém, ou com o modo de viver de alguém, eu devo parar e me observar e fazer as seguintes perguntas: O que aquela pessoa tem igual a mim que eu não quero enxergar em mim? O que aquela pessoa faz, e que eu gostaria de fazer igual, mas não tenho coragem ou não tenho capacidade e me incomoda? Ou seja, tudo aquilo que me incomodar no outro eu tenho em mim e não quero enxergar ou eu gostaria de ser igual e não tenho coragem ou não tenho capaci-dade, então a minha reação será criticar. Pessoas assim, que só criticam, só conseguem ver o lado ruim da vida, das coisas e das pessoas: Comecem a pedir para os Orixás, guias, mestres e mentores espirituais que os envolvam no Amor Divino e que esse amor seja estimulado de dentro para fora, para que possam enxergar as coisas com mais beleza, suavidade e amor, muito amor. Como diz um velho ditado “Quando apontar o dedo para alguém tem três voltados para você”. Quando entrarem em terreiros, entrem com respeito, aproveitem para sentir as energias, o axé e não para ficarem olhando o lado material, ou seja, a roupa, o cabelo, o congá, o chão, etc. Se for a uma casa e achar que ela não está limpa o suficiente, seja útil, pegue uma vassoura e limpe o local, mas não critique. Receba o axé e seja grato à casa, ao Sacerdote, aos médiuns e as forças espirituais que ali estiveram e enxergaram toda a sujeira da sua alma e não deixam de te atender com respeito e com amor. Foi em uma casa e não gostou dos trabalhos, é um direito seu. Simplesmente não apareça mais, mas não critique. Respeitem os nossos Terreiros! Como diz no Ponto Umbanda Conselho: -Entrando em um templo de Umbanda, -Com muito respeito, faça sua prece, -Não mexa em coisas sagradas, -E não se intromete no que não conhece, -Concentre os seus pensamentos, -Nas coisas divinas, em frente ao congá, -Não mexa em coisas sagradas, -Respeite a umbanda de pai oxalá, -Quem quiser chegar a Zâmbi, -Tem que ser da nossa Umbanda, -Tratar sempre com respeito, -Todo o Povo de Aruanda, -A Mansão de Zâmbi é grande, -Para todos tem lugar. -Suas portas são abertas para quem quiser entrar.

Portanto: - Não mexam, não toquem em nossos terreiros. Respeitem a Umbanda de pai Oxalá e de todos nós, os seus filhos!

os mAndAmenTos do mÉdium.

Leia na Última Página os Man-damentos do Médium e aju-de-nos a completar ele com novas sugestões e idéias, en-viando-as através do e-mail :[email protected]

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próximo. Muitos médiuns se utilizam de nossa religião para beneficio próprio e acreditam pia-mente que estão agindo de forma correta. Acreditam que a espiritualidade está aos seus serviços, que tudo o que for feito para o próximo, mesmo que este próximo seja muito próximo, teria que ocorrer primeiro pra ele, por-que ele é o centro das atenções, pelo menos ele pensa assim. Fico abismado com tanta ignorância. Tenho alguns adjetivos para pessoas que pensam desta forma: egoístas, hipócritas, Infi-éis, aproveitadores, ignorantes. Estes adjetivos são o mínimo que eu lembro agora. Quando será que as pessoas vão acordar e entender as maiores leis de nossa re-ligião? A Partilha; o dar sem esperar receber; a caridade pura; a fé; a razão; o amor; Como uma pessoa que se diz Umbandis-ta, que acredita nos sagrados Orixás, que são as maiores dádivas que Olorum nos deu, pensa apenas no próprio umbigo? Você está na reli-gião errada. A Umbanda é uma religião que compar-tilha, que espalha, que planta nesta terra para colher no futuro, na própria terra ou, o que eu espero conseguir e é meu objetivo final, na es-piritualidade. Como diria o proverbio chinês: - O Plan-tio é opcional, mas a colheita é obrigatória. O que você está plantando irmão (ã)?Irmãos e Irmãs na fé de Oxalá, precisamos nos educar espiritualmente. Precisamos lembrar que todos somos filhos de um mesmo Pai, inde-pendente da religião que seguimos. Talvez este texto seja Utópico, pois es-tamos falando de seres humanos em constante evolução, mas talvez também, sirva a algum ir-mão ou irmã nosso que está passando por um problema de individualismo extremo, que se en-tende com sendo “a ultima bolachinha do paco-te” e não esteja enxergando o real motivo de ele ter sido encaminhado a uma religião naturalista, pluralista e caritativa, que é a doação. Muitas vezes, e as pessoas que me acompanham no terreiro sabem, eu deixei mi-nha família de lado, meus afazeres, minha vida profissional para ajudar irmãos e irmãs que es-tavam necessitados, sem nunca negar-me a nada. Não me arrependo disso, pois hoje vejo estas mesmas pessoas acendendo na vida es-piritual e material. Esta mudança na vida das pessoas aconteceu porque elas mudaram internamente, passaram a doar, sem esperar nada em troca.

Melhoraram suas vidas espirituais e, por conse-guinte, melhoraram suas vidas pessoais, seus trabalhos, suas amizades. Aprenderam a identificar os amigos, os irmãos desvirtuados, os irmãos necessitados e aprenderam também que o mundo não gira em torno delas e sim, em um compasso próprio, de-terminado pelo nosso Criador, e se nós não nos adaptarmos ao compasso Dele, ficaremos para trás, porque a vida não para, o tempo não para, não perdoa. Algumas pessoas, mesmo com conheci-mento adquirido a duras penas, deixando suas famílias nos finais de semana para aprender um pouco sobre o espiritual, fazendo parte de um grupo espiritual, em certos momentos se esque-cem de que somos parte de um todo. Somos irmãos perante Deus, e que se ajudarmos o próximo estaremos ajudando a nós mesmos, pois fazemos parte de um único ser: - Deus! Quando ajudamos aos nossos irmãos, sem esperar nada em troca, sem fazer aquilo para aparecer ou para tentarmos ser melhores que os outros, desinteressadamente, Deus nos beneficia com suas bênçãos, nos protegendo e nos iluminando em nossas decisões e em nos-sos caminhos. Somos servos de Deus e, como servos, estaremos sempre prontos a servi-Lo, servindo aos nossos semelhantes e Ele nos dará força para continuarmos sempre sendo bons servos, servos à altura dos guias espirituais que atuam através de nós. Amigos e Amigas, Irmãos e Irmãs, vamos repensar nossas atitudes dentro e fora dos tem-plos, terreiros e roças. Vamos procurar entender que nunca devemos negar uma mão estendida, pois aquele que a está estendendo-a esta a serviço de Deus. Não somos melhores nem piores que ninguém, portanto, não merecemos destaques nem tampouco primazia em nada, somos huma-nos aprendizes e servos de Deus.

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Este é um livro a respeito dos fundamentos doutrinários da Umban-da, uma religião fundada no Brasil em 16 de novembro de 1908, por Zélio Fernandino de Moraes, a partir de uma manifestação espiritual do Caboclo das Sete Encruzilhadas durante uma sessão espírita. Os umbandistas cul-tuam Deus e suas divindades, os Orixás, e, durante as suas giras, contam com a presença dos Guias espirituais incorporados em seus médiuns, para o cumprimento de uma das suas finalidades primordiais: a prática da Cari-dade. Nesta obra, Rubens Saraceni explica com desenvoltura fundamen-tos ritualísticos e doutrinários dessa religião centenária, com destaque para a cosmogênese umbandista e seus Orixás, discorrendo sobre suas firme-zas, irradiações, oferendas e seus assentamentos, bem como aborda de modo claro as Sete Linhas de Umbanda.

educAÇÃo e Amor denTro e ForA do Terreiro

Por PH Alves E-mail: [email protected]

Será que as pessoas sabem o que significam essas palavras? Ou melhor, será que elas sa-bem “ser” a prática delas? Vejo irmãos dentro de terreiros que quando estão lá colocam a máscara de “santo” e é educado e fingem amar o próximo, porém do lado de fora, não olham na cara do irmão do próprio terreiro, além de destratar ou ignorar outras pessoas que estão nas ruas. Sabemos que é muito comum principalmente nas grandes cidades encontrar pessoas sem o mínimo de respeito, ao andar pelas ruas você encontra pessoas nervosas, revoltadas, xingando e quase brigando com alguém que nunca viu. Passar o dia inteiro fora de casa é uma tarefa um tanto quanto difícil, mas não é por esse motivo que temos que ser iguais e manter o mesmo nível de vibração destas pessoas. A educação é algo que todos nós deveríamos ter e coloca-la em pratica todos os dias, prin-cipalmente aquele que trabalha a mediunidade e está disposto a fazer a caridade, vale lembrar que a caridade e a educação é um dos caminhos para o amor, logo, não é só na Umbanda que se deve praticar o amor e sim na sua vida particular, consigo e com todos em sua volta. Seja gentil com outro e respeite o próximo. “O que é ensinado em escolas e universidades não representa educação, mas são meios para obtê-la.” - Ralph Emerson. Encontrar um amor real e ser o amor parece ser tão difícil quanto encontrar uma pessoa educada, mas transmitir esta educação para o próximo é tão simples quanto parece. Quando ve-mos um gesto de gentileza na rua ou no terreiro, uma pessoa ajudando outra é além de educada, amorosa e lhe torna uma pessoa inteligente e com caráter. Para se tornar uma pessoa melhor, seja consigo ou com o próximo, olhe para dentro e bus-que a raiz do respeito, veja como gostaria que te tratasse como gostaria de ser amado, e transmita isso para todos em sua volta. Não coloque a máscara de “santo” dentro do terreiro agindo como se lá dentro fosse o único lugar onde se devem tratar bem as pessoas ou as entidades e Orixás, seja simplesmente você e procure fazer a educação e o amor serem parte de você todos os dias de sua vida, dentro e fora do terreiro. “A inteligência e o caráter é o objetivo da verdadeira educação.” - Martin Luther King.Vamos procurar fazer o melhor? Vamos tentar fazer um mundo melhor? Parecer algo alegórico né? Mas não é, acredite, o mundo é você quem cria, o seu mundo só você sabe como é, e cabe a você torna-lo melhor, ser educado, amar a si e a todos. Pense como você gostaria que fosse o seu dia, e transforme , sinta e faça, você pode não transformar vida de outros, mas sendo educado e amoroso se esforçando para ser feliz e um pes-soa melhor com certeza você ira transformar todos em sua volta.

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Amigos umbAndisTAs e AdmirAdores! Texto enviado por Nelson Luz E-mail: [email protected]

Neste último dia 25 estive no Vale dos Orixás, ao qual recomendo a todos que não o conhecem. A energia é maravilhosa e você se sente em casa, o amor se sente no “ar”. Várias tendas fazendo seus trabalhos, outros entregando suas oferendas, enfim, sem-pre alguém fazendo sua parte religiosa, indivi-dual ou coletiva. Neste dia levei comigo duas pessoas Um-bandista de carteirinha; minha Mãe de 84 anos (50 anos de trabalho na Umbanda) e o Carlinhos de 56 anos de idade (20 anos de trabalho na Umbanda), no meu caso basta dizer que nasci na Umbanda, por certo tempo fui cambone de minha mãe, estava eu com 11 anos de idade. Em todas as sessões, lá estava preocu-pado com o retorno de minha Mãe para nosso lado, segurava com minha pequena mão seu rosto e falava mãe, mãe, mãe! Até que ela me olhava e dizia: Esta tudo bem meu filho, estou bem! E começava a rezar o Pai nosso e Ave Maria. Neste momento sim minha Mãe estava com a gente, ai eu saia e a deixava conversar com os filhos de terreiro, como ela dizia. Foram vários anos desta forma, isso aconteceu na Praia, na Mata, na Cachoeira, enfim ondem fosse possível minha presença, lá estava ao lado de minha pequenina mãe, (de 1 metro e 50 cm de altura) mas com muita força espiritual (minha preferencia sempre foi o Cabo-clo Tamoio e o Preto Velho pai Joaquim). Isso tudo aconteceu nos meados dos anos 60 e 70, muita repressão, policia sempre aparecia, a descriminação era total, às vezes ouvia as mães de amigos meus dizerem: - Que ro vocês longe do filho de “macumbeira”! Isso era muito triste para mim na época, mas o que fazer? Mesmo assim, a maioria dos amigos permaneceu e teve uma vida de muita luta enquanto eu estudava e trabalhava para ajudar em casa. Nossa! Como foi complicado! Nesta épo-ca morava no Bairro de Itaim Paulista. Mamãe esta hoje com 84 anos de idade, já com muito esquecimento, não tem mais a in-corporação, mas não consegue ficar sem bater sua cabeça no Congá. Certa vez eu estava em uma sessão de

Ayahuasca, minha mãe esteve presente porque queria conhecer. Quando vi minha mãe deita-da pensei que ela estava passando mal, mas logo veio meu mentor e falou assim: - Hoje aqui estamos em festa com a presença desta filha, “uma verdadeira serva da espiritualidade”, ela esta bem, só esta pondo para fora toda ener-gia ruim que durante todo esse tempo ela vem absorvendo (fazia uns 15 anos que ela não ia a nenhum centro. Só ia a uma Igreja evangélica com minha irmã caçula que a obrigava a ir). Hoje ela diz que ia só para não chatear minha irmã e para evitar discussão. Mas, na verdade, quero falar mesmo é sobre descriminação religiosa, esse assunto li no JNU (Intolerância religiosa), isso me pertur-bou bastante, como pode isso estar acontecen-do, uma vez que durante todos esses anos es-tivemos brigando, no bom termo é claro, contra a descriminação racial, contra descriminação sexual, para liberdade sexual, liberdade de im-pressa, liberdade para votar, enfim foram anos de muitas lutas e em alguns itens tivemos su-cesso. Tivemos alguns aproveitadores que se infiltraram e só pensavam em si apenas, mas no balanço geral ficamos com saldo positivo. Quero dizer que muitas coisas melhoram, veja nas escolas, na Universidade, nos empre-gos, etc. Agora, saber que a nossa querida Um-banda vem sendo descriminada e sendo tratada com desrespeito por algumas autoridades e ou-tros mais, pensei: - Não, isso agora não! Temos que mostrar que isso esta nós incomodando, precisamos mostrar que temos um número grande de Umbandistas, que nas eleições fazem a diferença, somos um grande número de cidadãos em busca de “igualdade e Justiça” para todos, desde as classes mais pri-vilegiadas até os menos favorecidos. Então precisamos unir forças e mostrar, que, se tudo existe hoje é por força dos nossos irmãos do passado, que deram muito as suas caras para baterem e não deixaram que tudo fosse ao fim. Então ai esta o nosso momento de en-contrarmos forças e achar um caminho para mostrar quem somos. Temos sim, que sair da “toca” e mostrar nossa cara. Então, quando um dirigente, seja de um Centro, de uma Federação, de uma Associação precisar de alguma coisa e ter de falar com es-tas pessoas, eles já saberão que suas decisões irão pesar muito nas suas pretensões politicas

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eu sou eXu!Por Alexandre Cumino [email protected]

Sou um poder primordial, ancestral e divi-no. Sou anterior a tudo e a todos. Não sirvo aos fracos, apenas aos fortes, fortes de caráter, fortes em retidão, fortes no amor, fortes na guerra, fortes na fé, fortes em suas virtudes, fortes em virtuosismo, fortes em sua ética. Aos fracos, eu não sirvo, mas os deixo loucos, loucos em sua sede de poder, loucos em suas arrogâncias, loucos em sua soberba, loucos em seu ego, loucos em suas paixões e apegos desenfreados por tudo que é material. São fracos todos aqueles que não têm a coragem de assumir sua personalidade; são fracos todos aqueles que sustentam falsos mo-ralismos na tentativa de esconder seus desejos mais baixos; são fracos todos aqueles que vi-vem diminuindo aos outros na tentativa de se sentirem melhores ou maiores; são fracos os que só encontram diversão na ironia que agride; são fracos todos aqueles que, para se sentirem poderosos, querem controlar tudo e todos. Estes fracos me procuram, estes fracos me perseguem, estes fracos sempre acabam vindo a mim para me pedir tudo o que não se sentem capazes de realizar por si mesmos. Es-tes fracos sempre caem nas armadilhas do des-tino, se corrompem, se vendem por ninharias. E não estou falando de vender o corpo e sim daqueles que venderam suas almas, que têm suas consciências prostituídas, estou falan-do daqueles que prostituem seus sonhos, estou falando dos fracos que se cobrem de joias e per-fumes na intenção de disfarçar sua feiura inte-rior e sua podridão tão inevitavelmente exposta. Aos fracos, eu reservo as loucuras con-sideradas tão normais neste mundo de valores efêmeros. Aos fracos é permitido, por algum

futuras, pois religiosas, já se percebe que não têm. Mas, como se diz que temos que beijar a pedra por causa do Santo, vamos pensar nos pros e nos contra, mas temos que fazer nossa parte, além desta que já estamos fazendo há muito, o de levar o nome de nossa querida Umbanda à nossa frente. Espero não estar passando dos limites. É que esse “negocio” de discriminação, não deve-mos aceitar de forma nenhuma e devemos lutar com sabedoria e inteligência, pois além de sermos filho de apenas um “PAI” somos também apenas “UM”. Gosto de repreender quando dizem: - Hei macumbeiro! Digo logo que somos UMBANDIS-TAS. Após essa correção, continuo o diálogo e assim venho fazendo a minha parte, tipo serviço de formiguinha. Sem, mais para o momento agradeço antecipadamente sua atenção.

tempo, se deliciarem na mentira de seus egos e jogos de poder, que lhes causam um frenesi fútil e diminuto. A estes fracos, que considero mortos por não conseguirem viver sua essência verda-deira, que é também divina como a minha, um dia acompanharei em suas descidas nas trevas. Não no inferno católico ou de qualquer outra religião, mas em suas trevas interiores que conduzem aos abismos de suas dores mais profundas. São estes fracos que preferiram es-conder suas dores, que preferiram fingir que não carregam decepções. São estes fracos que não conseguiram forças para se olhar no espelho. Então, um dia, eu serei o vosso espelho e não precisarão mais continuar jogando sua podridão no semelhan-te, não precisarão mais continuar apontando o dedo para tudo e para todos, mostrando seus próprios vícios. Eu mesmo chegarei cheio de virtudes, eu mesmo chegarei cheio de alegria pela vida, eu mesmo chegarei com força e virilidade, eu che-garei grande em poder, chegarei com todas as qualidades que você gostaria de ter. Chegarei exultante em coragem absolu-ta, chegarei sem vacilar, chegarei com toda a impetuosidade que os seus medos mais profun-dos não lhe permitem ter ou possuir. Sou irreverente e é por isso que me di-virto com certas situações. Divirto-me ao me mostrar aos falsos moralistas, me divirto quando sentados em cima de sua podridão ou de cima do castelo de seus egos apontam o dedo e me chamam de demônio. Divirto-me por que sempre que me mos-tro para estes hipócritas vou vestido de espelho, vou plasmado e transfigurado com suas som-bras, cubro-me com seus vícios e coloco-me de

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frente para eles. Neste momento eu represento tudo que está reprimido em teu ser e lhe ofereço a oportu-nidade de limpar sua alma, lhe dou a chance de relaxar um pouco na vida para se despreocupar com tantas bobagens de um mundo frágil e in-consistente. Junto de Dionísio, eu lhes ofereço o vi-nho que inebria os sentidos e lhes convida a ver a vida com outros olhos. Mas ainda assim a grande maioria acor-da de uma ilusão apenas para cair dentro de ou-tra ilusão, acordam de um sonho dentro de outro sonho, em que abandonam o ego num sentido mais baixo e assumem o ego por sentidos mais nobres, mas ainda assim continuam apegados. São homens apegados nas virtudes. Estes me divertem mais ainda porque acreditam ser melhores do que os outros, por serem virtuosos, mas se esquecem de que o vir-tuosismo é algo, muito além disso este é o falso virtuosismo, o virtuosismo daqueles que se tor-naram orgulhosos de serem virtuosos. São ho-mens apegados ao desapego, são viciados na autoimagem de virtuosismo, fazem de tudo para sustentar esta imagem. Muitos são considerados santos, muitos sustentam esta imagem por uma vida inteira até que um dia vão se deparar com Caronte, o bar-queiro. Um dia passarão pelas portas de Oba-luayê, depositarão seus corações nas mãos de Maat, ao lado de Omulu. Verão que a pena de Oxóssi, empunha-da por Thot, anotou todas as suas ações e que tudo o que importa é quais sentimentos move-ram cada uma de suas ações, e não a ação em si. Descobrirão que cada situação da vida é uma encruzilhada e que eu estou em todas as encru-zilhadas. Eu, Exu, chego com um poder que não pode ser dominado, apenas compartilhado. Não posso ser controlado, apenas aceito. Não posso ser manipulado, apenas posso ser agradado. E a única forma de me agradar verdadeiramente é com suas virtudes. Nada me agrada mais que o virtuosismo humano, nada me agrada mais que atender a quem me chama para ajudar seu semelhante. A estes, eu sirvo com amor e satisfação, não faço nada por obrigação, não trabalho para resgatar dívidas, trabalho por prazer. Sim, é isto que me move: o desejo e o prazer, e coloco todo o meu poder, minha força e vitalidade na casa das virtudes. O virtuoso é sempre alguém de coração

tranquilo, pois não alimenta expectativas e nem espera recompensas. O virtuoso, de fato, é o for-te que não necessita de se afirmar. O virtuoso é o forte de fato. O virtuoso é alguém que simples-mente é o que é e não pretender ser nada além de mais um alguém realizado consigo mesmo. Sou um Deus antigo, por isso conheço todos os outros deuses, conheço todas as divin-dades, conheço todas as suas religiões, sou an-terior à criação deste mundo, eu assisti os sete dias da criação, que na verdade aconteceram num tempo em que o tempo não era contado ainda, pois não existia ainda o sol para brilhar sua luz. Por isso não sou trevas porque estas só foram cridas depois da luz, sou anterior a esta concepção tão humana de luz e trevas, apoiada no simples fato de que neste planeta existe o dia e a noite. Dia e noite foram cridos para o homem aprender a lidar com seu livre arbítrio e este logo associou os mesmos ao seu simbolismo metafísico de luz e trevas, mas eu sou anterior a isso tudo. Antes de ser criada a razão humana eu já existia, portanto nunca serei compreendido em minha totalidade, pois sua razão não dá conta de algo tão transcendente quanto eu. Sou maior que todos vocês juntos, porque cada um de vo-cês é apenas um indivíduo, cada um de vocês é apenas um ego manifesto. No dia em que conseguirem vencer de forma absoluta este ego, então seremos iguais, apenas mistérios de nosso criador, em que não existe um mistério maior ou melhor que o outro. Todos os mistérios são mistérios iguais em importância, eu e você seremos um quando aprender a se perder de si mesmo e se entregar a algo maior, ao seu eu essencial e divino. Abandone todo o medo da morte e junto dele abandone todos os outros medos. Então estaremos livres e descobriremos que a eterna luta entre vícios e virtudes é tão infantil quanto o apego das crianças por brinquedos, que inevita-velmente se tornarão velhos e desinteressantes assim que aparecer um brinquedo novo.

JNU - AGORA COM EDIÇÕES

MENSAIS

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mensAgem do cAboclo penA verde.Texto enviado por Ronaldo Figueira E-mail [email protected]

Caminhamos juntos rumo às verdades eternas. Sabemos que não é fácil estar sempre com o Cristo no dia a dia. Muitos estão com ele apenas nos templos. Nós sabemos como é a vida na Terra. Sabemos que se esforçam em resistir às tentações. Sim. Mas nesse esforço, muitas vezes o mal sai ganhando. Daí então, surgem os problemas e pessoas desesperadas nos procuram em busca da solução. Meus irmãos, a vida é simples de se viver. Os prazeres da carne são momentâneos. É preciso pensar a cada ação, no dia de amanhã, pois sempre há uma nova etapa a cumprir. Os justos serão recompensados. Mas não peçam para fazer justiça sobre seus desafetos. Julguem menos, pois ninguém tem o machado de Xangô para julgar. E se todos são dotados de virtudes e defeitos, quem poderia atirar a primeira pedra. Vivam na espiritualidade sem querer nada em troca. A recompensa não é desse mundo, mas logo tudo passa.

Cacique Pena Verde

prece Ao pAi oXossiEscrito por Cicera C. Neves E-mail: [email protected]

Divino Pai Oxossi, Rei das matas aldeias e florestas, Pai do conhecimento em todos os sen-tidos da vida. Nós vos pedimos meu Divino Pai Oxossi, que o Senhor esteja presente em todos os mo-mentos de nossas vidas e que expanda nosso mental para que possamos buscar o conhecimento e assim crescer, evoluir e cumprir nossa missão. Que o Senhor nos traga saúde, coragem, fartura, sabedoria, amor e alegria e nos traga também o alimento da fé e do saber, para que possamos buscar nossos objetivos por caminhos luminosos e caminhar rumo a nossa evolução. Também pedimos meu Divino Pai, que o Senhor nos livre das más intenções e dos maus pensamentos que nos impedem de seguir adiante e nos tiram a paz, nos livre da magoa que nos impede de sorrir e de buscar a alegria da vida, livre-nos de tudo que faz mal ao corpo, e ao nosso espírito. Que vossa sagrada flecha certeira caia à nossa frente, nos mostrando o caminho a seguir, que ela também caia a nossas costas, nossa direita e a nossa esquerda, nos livrando e nos prote-gendo dos espíritos e ações negativas enviadas a nós ou atraídas por nós. Nos livre também das sombras que aprisionam nossa alma e nos impedem de evoluir. Meu Divino Pai Oxossi, nos envie vossas irradiações sagradas e Divinas e que elas sejam o balsamo para nossas dores e aflições e que tragam paz, alegria e amor aos nossos corações. Nós vos pedimos a vossa Benção, Amém. Salve pai Oxossi, Salve nossa Umbanda Sagrada.

J N UO maior jornal umbandista, comunica:

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quAndo o TÉdio ApAreÇATexto enviado por Hirma Eliana E-mail: [email protected]

Por Emmanuel (Psicografia de Chico Xavier)

Quando o desalento te ameace o caminho pen¬sa nos outros, naqueles que não dis¬põem de tempo para qualquer entrevista com o tédio. Se te acreditas amargando lições demasiado severas no educandário da vida, frequenta de quando em quando, a escola das grandes prova¬ções, onde os aprendizes se acomodam na car-teira das lágrimas. Muitos jazem na rua, estendendo mãos fati¬gadas aos que passam com pressa... Em maioria, são doentes que a onda renovadora do grupo social atirou à praia da assis-tência pública ou mães aflitas a quem as exigências de filhos pequeninos ainda não permitem a liberalidade de uma pro¬fissão... Provavelmente, alguém dirá que entre eles se encontram oportunistas e malfeitores que se fan¬tasiam de enfermos para te assaltarem a bolsa em nome da piedade. Compreendemos semelhante alegação e justificamo-la porque o mal existe sem¬pre onde lhe queiramos destacar a presença e, conquanto te roguemos o benefício da prece, em favor dos que agem assim, mais por ignorância que por maldade, apelamos para que consultes ain¬da aque-las outras salas de aula que se enfi¬leiram no recinto dos hospitais e albergues esque¬cidos. Acompanha o estudo daqueles cujo corpo se carrega de feridas dolorosas para agradeceres a cartilha de agoniadas emoções dos que se recolhem nos manicômios, sorvendo angústia e de-sespero nos resvaladouros da loucura ou da obsessão, a fim de valorizares o cérebro tranquilo que te coroa a existência... Visita os asilos que resguardam a sucata do sofrimento humano e observa as disciplinas dos que foram entregues às meditações da penúria, para quem um simples sanduíche é um brinde raro e partilha os exercícios de saudade e de dor dos que foram abandonados pelos entes que mais amam, a fim de abençoares o pão de tua casa e os afetos que te enriquecem os dias. Quando o tédio te procure, vai à escola da caridade... Ela te acordará para as alegrias puras do bem e te fará luz no coração, livrando-te das trevas que costumam descer sobre as horas va-zias. “Coragem” de Francisco Cândido Xavier, pelo Espírito Emmanuel.

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que possAmos!Texto repassado e enviado por Juliana Paim E-mail: [email protected]

Que possamos lembrar o quanto somos bem aventurados e sermos muito mais, muito gra-tos mesmo por tudo que temos! Que possamos orar mais, muito mais do que já oramos em puro sentimento de gratidão! Que possamos viver em união com nossas famílias e abraçá-los enquanto estão ao nosso lado ! Que possamos ser neste momento, menos consumistas e imediatistas! Que possamos ser mais humildes a partir deste momento! Que possamos exercitar o perdão, a compreensão e a caridades dentro dos nossos lares e vivermos assim em nosso cotidiano! Que possamos nos colocar mais vezes no lugar dos milhares de irmãos desafortunados de toda condição humana! Que possamos ter mais consciência dos nossos atos e palavras a cada dia pronunciados em tom de revolta, e pedir perdão sincero! Que possamos enviar muita energia de consciência humana, de coerência, honestidade para os dirigentes políticos deste planeta! Que possamos emanar consciência de equidade, igualdade social, politica e econômica para o nosso planeta! Que possamos a partir de nós mesmo em 2013, fazermos a diferença em nossos lares, am-biente de trabalho e por todos os lugares de nosso convívio! Que possamos todos juntos formar uma egrégora de pacificação, libertação e vida digna a todos os seres deste planeta! Que tenhamos consciência que o PLANETA TERRA É O NOSSO LAR, enquanto estivermos aqui aprendendo a ser humanos! Amai-vos uns aos outros sempre, em todos os momentos!

umbAndA, sÓ umbAndA!Enviado por Paulo Marcos Tavares E-mail: [email protected]

Sou dirigente de um terreiro de Umbanda no Rio de Janeiro e lendo o jornal Nacional de Umbanda, concordo com o Senhor quando diz que não devemos misturar Umbanda e Candomblé. Eu tenho minha feitura dentro da UMBANDA. Porque estou dizendo isso? Na minha casa os médiuns fazem suas obrigações para os seus orixás, não tem saída, nada dessas coisas e somente é feita a firmeza para seu orixá. Dentro da umbanda não existe sacrifício de animais, só oferendas secas e ervas, cada orixá tem seu otá, etc. Porque digo isso? Há uma corrente dentro da umbanda que prega que o UMBANDISTA não precisa fazer nada, somente AMACI e VELA para ANJO DA GUARDA. Desculpe-me, quem prega isso não conhece a UMBANDA e cada um tem sua individualida-de. Uns precisam, outros não. Realmente é um tal de raspa daqui, raspa de lá, como se essa pra-tica fosse uma coisa normal e banal. Mas, na verdade isso é muito serio, tem muita gente ficando louca ou desequilibrada e é muito complicado. Já recebi pessoas em minha casa que fizeram de tudo, gastou todo o dinheiro que tinha e o que não tinha só que a situação foi ficando cada vez mais complicado, Eu acho que temos que esclarecer que cada situação é uma situação, diferente das outras. “O indivíduo não realiza o sentido da sua vida se não conseguircolocar o seu “Eu” a serviço de uma ordem espiritual e sobre-humana” -

Carl Jung.

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resposTA A um evAngÉlico inTromeTido.Texto enviado por Luciana Mattos E-mail: [email protected]

Em uma postagem minha no facebook sobre a umbanda falando de mediunidade e espiri-tualidade, um evangélico intrometido, (amigo de um amigo!!!), disse: “Só existe um único mediador entre Deus e os homens se chama Jesus Cristo. Ele é o caminho, a Verdade e a Vida”. E eis a minha resposta a esse evangélico e a qualquer outro que queira me converter! “A espiritualidade só existe para quem existe para ela”. E só existe para a espiritualidade quem se mostra a ela. Se para você só existe Jesus é porque você só se mostra a ele. Isso não é errado é a sua escolha e faz parte do livre arbítrio de cada um. Não existe apenas um único mediador de Deus, porque somos todos filhos de Deus e seus mediadores. Quando eu ajudo alguém estou sendo mediadora de Deus, porque ele não vem pes-soalmente para ajudar, ele me inspira e eu faço. O médico quando salva vidas também é um mediador de Deus. Somos inspirados por Deus e somos mediadores quando fazemos algo de bom e positivo, para nós mesmos e para os nossos semelhantes. Eu continuarei a ser, mesmo após a minha morte. Você faz o seu caminho, caminho de humildade de fraternidade, de amor de verdade como Jesus fez o dele. Você deve percorrer o caminho que Jesus percorreu, não impor aos outros qual é o caminho correto. Só assim saberá realmente o que significa a vida! E se eu desse essa resposta hoje ainda diria mais: “Sou mediadora dos mediadores, que são mediadores de mediadores... de nosso pai Divino criador Olorum! Esse é meu crescimento evolutivo. Em que grau estou? Não sei! Mas sei que estou no caminho”. Muito axé a todos!

porque esTudAr A nossA religiÃo.Pai Fabio Marques E-mail: [email protected]

Muitas pessoas perguntaram a mim ao longo destes 07 anos de existência do terreiro, o porquê estudar a religião, sendo que nossa religião é mediúnica, magística por excelência e “as entidades ensinam o que nós precisamos saber”? Percebo ainda, muitas pessoas criticando aos muitos Irmãos que ministram cursos pre-senciais sobre a nossa religião, inclusive a mim, porque estamos “desvirtuando” o real sentido da nossa religião, que é o contato com o espiritual, com as entidades, com os mentores, etc. Depois de muito pensar em o porquê destas criticas, cheguei à seguinte conclusão: - Estas pessoas que criticam, estão criticando sem conhecer a real mudança que ocorre em todos os estu-dantes da religião. O quão importante é para todos os estudantes dos estudos teológicos livres saberem que todos os “segredos”, que os supostos “pais de santo” tanto escondem de seus seguidores são uma forma de serem respeitados, pelo medo imposto pela ignorância, fazendo que os seus “fiéis” sejam fiéis ao medo e ao receio de serem perseguidos pelos “espíritos”, pelos seus “orixás”, pelos seus “exus”, (isso mesmo, entre aspas). Os espíritos luzeiros citados anteriormente não ameaçam nem punem ninguém, ao bel pra-zer de encarnados, que, ao pedirem este tipo de coisa aos espíritos estão infringindo a maior das leis do universo, a Lei Maior. Devem saber que a aplicação dela cabe única e exclusivamente aos agentes do nosso Pai OLORUM. Ter de servir o suposto “Pai de Santo”, por medo de ele fazer alguma amarração para as coisas profissionais, pessoais e amorosas daquele seu seguidor que o desobedecer? Quando os estudantes entendem que tanto Deus quanto os Sagrados Orixás são puramente amor, que todos estão juntos para o bem da humanidade como um todo; que nós, como umban-distas somos agentes naturais e que a Umbanda é baseada na Ciência Divina, e parte dela pode ser comprovada cientificamente, estes supostos “pais de santo” são atingidos diretamente, não

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o “pAsse”:-nA umbAndA, como É reAliZAdo?

Texto enviado por Rodrigo Correia dos Santos. E-Mail: [email protected]

O “passe” é a forma mais famosa dentro da espiritualidade, é fundamentada na eletricidade, energia que nossos corpos possuem em relação a todo o sistema solar que vivemos. Nosso sistema solar é composto de eletricidade assim como todos os planetas dentro desse sistema. Dentro do corpo humano temos pequenos pontos geradores de energia, eletricidade que faz nossos corpos responderem a todos os estímulos. Nosso corpo é dividido em duas partes, onde a energia, a eletricidade, são captadas espiri-tualmente, são áreas onde os “passes” atuam diretamente, que são: corpo humano LaDO DireitO DO cOrpO - Composto por polos “positivos” distribuídos em toda a área do nosso corpo. LaDO esQuerDO DO cOrpO - Composto por polos “negativos” distribuídos em toda a área do nosso corpo. O passe é as transferências magnéticas em equilibrar todos os pontos (positivos, Negativos) do nosso corpo em colocar os polos positivos dentro da área do negativo e, vise versa, é isso que acontece durante o passe dentro dos Templos, Terreiros, Casas de Santos. O nosso corpo passa por um reequilíbrio energético dos polos magnéticos aonde conduzem eletri cidade. Dentro da Umbanda existem três formas de utilização do “passe” durante a sessão espiritu-al, que são:

• passe MagnÉticO - É quando se utiliza o fluido do próprio médium magnetizador, é o magnetismo propriamente dito, ou magnetismo humano, cuja ação é subordinada à potencia e so-bre tudo à qualidade do fluido. Este passe possui as qualidades físicas e morais do magnetizador

permitindo mais que seus seguidores sejam ameaçados por quem fala sem o devido conhecimento e usa de um “suposto poder” que lhe dá o direito de ser o algoz de alguém, apenas pelo vil metal. Eu pergunto aos meus irmãos que já se formaram nos estudos de teologia de Umbanda Sagrada, será que estes supostos “Pais de Santo” que criticam a mim e aos nossos irmãos que ministram os cursos de teologia nos criticam porque eles deixarão de ter “clientes” fiéis? É a única conclusão que eu consigo chegar, após 24 anos de Umbanda, muitos dos quais fui um desses enganados, até conhecer a Umbanda Sagrada e entender no mais profundo de meu ser, que Deus é benevolência pura e que os Sagrados Orixás são bênçãos de Deus para nós, seus filhos humanos encarnados e seus herdeiros diretos. Pensem um pouco irmãos antes de criticar os Mestres da Luz que instituíram o estudo teo-lógico livre da Umbanda. Nenhum espirito despreparado teria tanta imaginação para desmistificar com tantas minúcias de detalhes uma religião nascente, como tem sido feito com esses cursos livres. Nenhum outro espirito humano encarnado estaria preparado para arregimentar tantos ir-mãos perdidos na ignorância com sede de conhecimento e com tanta assertividade se não estives-se amparado por Mentores Espirituais. Nenhum outro espirito humano encarnado poderia criar termos técnicos e científicos tão precisos e possíveis de comprovação sem ser considerado um louco e alucinado. E tem mais! Qualquer Sacerdote, de qualquer religião, estuda no mínimo sete anos de sua vida, para poder defender o que acredita e deixar seus “combatentes” sem argumentos. Porque nós, Umbandistas, seríamos diferentes. Saia da ignorância e deixe de ter medo dos espíritos e de supostos “pais de santo”, que vi-vem proibindo-os de estudarem. Porque eles não ensinam também? Estude a sua religião!

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- CURSOS E OUTROS

(médium).

• passe espirituaL - É o passe transmitido pelo espirito e que atua diretamente e sem intermediário sobre o encarnado, seja para curar ou acalmar um sofrimento, seja para provocar o sono sonambúlico espontâneo, seja para exercer sobre o individuo uma influencia física ou moral qualquer. É o magnetismo espiritual, cuja qualidade está em razão das qualidades do Espirito.

• passe MistO - É o passe semi espiritual ou, se assim o quisermos, humano-espiritual. O fluido espiritual, combinado com o fluido humano, dá a este último as qualidades que lhe faltam. O auxilio dos espíritos em tais circunstâncias é por vezes espontânea, porém com mais frequência é provocado pelo apelo do magnetizador (médium), ou seja, ao iniciar o trabalho de passe, ele será assistido por uma entidade que lhe dará todo o suporte necessário durante o trabalho.

• OBservaçãO: o médium trabalha incorporado nesse processo de “passe-misto”.

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Matérias para o Jornal não deixe de nos enviar suas matérias, textos e informa-ções sobre festas e cursos. colocaremos no jornal vir-tual e no site do jornal para con-sulta aberta a todos que visitarem a pagina. Lembrando que ao enviar sua matéria, não se esqueça de colocar seu nome, e autorização para divulgação.

mAgiA do FogoAulas de 2ª Feira - das 20:00 às 22:00 horasInício e inscrição - dia 11/03/2013Local - Rua Bucuituba, 704 - próximo ao Fórum da Vila Prudente

mAgiA do FogoAulas aos sábados - das 12:30 às 14:30 horasInício e inscrição - dia 16/03/2013Local - Travessa Trevo de Cheiro, 24 - altura do 6.000 da Estrada de Itapecerica

mAgiA dAs pedrAs (para quem já possui a Magia do Fogo)Aulas de 6ª Feira - das 20:00 às 22:00 horasInício e inscrição - dia 15/03/2013Local - Rua Bucuituba, 704 - próximo ao Fórum da Vila Prudente

mAgiA dAs pedrAs (para quem já possui a Magia do Fogo)Aulas aos sábados - das 10:00 às 12:00 horasInício e inscrição - dia 16/03/2013Local - Travessa Trevo de Cheiro, 24 - altura do 6.000 da Estada de Itapecerica

contato e informações com anitaFones: (11) 7856-2530 nextel (11) 9.9213.7196 claro

cursos e mAgiAsmAgiA do FogoAulas de 4ª Feira - das 20:00 às 22:00 horasInício e inscrição - dia 03 de AbrilLocal - Rua Padre Estevão Pernet, 258 - Tatuapé - próximo ao Shopping Metrô TatuapéDuração: 5 mesesCusto: R$ 250,00 ou (5 X 50,00)

benZimenTo - em 3 AulAsAulas de Sábado - das 10:00 às 12:00 horasInício e inscrição - dia 27 de AbrilLocal - Rua Padre Estevão Pernet, 258 - Tatuapé - próximo ao Shopping Metrô TatuapéDuração: 3 aulas (sabados consecutivos)Custo: R$ 25,00 (total, no ato da inscrição)

TeologiA de umbAndAAulas de 2ª Feira - das 20:00 às 22:00 horasInício e inscrição - dia 29 de AbrilLocal - Rua Padre Estevão Pernet, 258 - Tatuapé - próximo ao Shopping Metrô TatuapéDuração: 1 anoCusto: R$ 50,00 mensais

desenvolvimenTo mediunicoAulas de 5 Feira - das 20:00 às 22:00 horasInício e inscrição - dia 11 de AbrilAulas teóricas e praticas (doutrina) - Local - Rua Padre Estevão Pernet, 258 - Tatuapé - próximo ao Shopping Metrô Tatuapé

TeologiA, douTrinA e sAcerdÓcio de umbAndA

Aulas de Sábado - das 20:00 às 22:00 horasInício e inscrição - dia 06 de AbrilLocal - Rua Padre Estevão Pernet, 258 - Tatuapé - próximo ao Shopping Metrô TatuapéDuração: 1 ano e 8 mesesMensalidade: R$ 50,00

ATendimenTo - pAsseTodas as sextas-feiras as 20h.

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Colégio de MagiaRua IRmã CaRolIna, nº 272 - BelenzInho -

São PauloFone: (11) 2796-9059

e-maIl: [email protected]

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A.u.e.e.s.p.Você pode se cadastrar na

a.u.e.e.s.p., sendo pessoa física ou jurídica.

Pode ser associado individual, núcleo (centro, associação), colaborador jurídico ou colaborador físico.

Se você acredita que vale a pena lutar por nossa religião, venha juntar-se a nós, que nada mais queremos além de ver a Umbanda crescer e de valorizar nossas práticas religiosas e nosso sacerdócio.

Falar com sandra santosFone: (11) 2954-7014

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atenDiMentO espirituaL DOs pretOs veLhOs

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inscrições abertas!!!!Novas Turmas para o Desenvolvimento Mediúnico

Terreiro de Umbanda Iansã Guerreira e Baiano Zé PelintraQuintas Feiras das 20:00 ás 22:00 horas

Aulas teóricas e práticas!!Seguimos os ensinamentos do Mestre Rubens Saraceni.

Praça Pedro de Calazans, 59 Jardim Vila FormosaTel: (11) 2158-1730 ou (11) 97504-7601 (vivo)

Com Pai Ricardo e Mãe RoseliEmail: [email protected]

AulAs de ATAbAqueCom formação de Ogã - (Escola Mata Virgem)Aulas de 2ª Feira - das 20:00 às 22:00 horasInício e inscrição - ImediatoLocal - Av. General Ataliba Leonel, 1646 Carandiru - SP - Prox . Academia K@2 e 1000mts do Metro Parada Inglesa. email: [email protected]: R$ 250,00 ou (5 X 50,00)responsável: Marcus Vinicius e Gabriel

ATendimenTo com TrATAmenTo TerApÊuTico(Homeopatia, Fitoterapia , etc) para Obesidade , depressão e demais doenças.De Terça feira das 17:30 as 19:30hrs. – responsável AnabelaLocal - Av. General Ataliba Leonel, 1646 Carandiru - SP - Prox . Academia K@2 e 1000mts do Metro Parada Inglesa. email: [email protected]

desenvolvimenTo mediunicoAulas de 3ª Feira - das 20:00 às 22:00 horasInício e inscrição - ImediatoLocal - Av. General Ataliba Leonel, 1646 Carandiru - SP - Prox . Academia K@2 e 1000mts do Metro Parada Inglesa. email: [email protected]

ATendimenTo com mAgiA divinA Todas 5ª Feira - das 13:30 às 17:00 horasResponsável: DeboraLocal - Av. General Ataliba Leonel, 1646 Carandiru - SP - Prox . Academia K@2 e 1000mts do Metro Parada Inglesa. email: [email protected]

curso de mAgiA divinA dos 7 rAios Aulas de 5ª Feira - das 20:00 às 22:00 horasInício e inscrição - FOrManDO turMasLocal - Av. General Ataliba Leonel, 1646 Carandiru - SP - Prox . Academia K@2 e 1000mts do Metro Parada Inglesa. email: [email protected]

CURSOS E ATENDIMENTO NA ZONA NORTE DE SP

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Anti-inflamatório Natural ArTrose, ArTriTe, colunA...

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condiÇÃo pArA AnunciAr no Jnu:as cOnDiçÕes para anunciar nO Jnu sãO: 1- O anunciO Deve cOnter nOMe DO cursO/serviçO/prODutO Que sera anunciaDO. 2- LOcaL, FOne e eMaiL para cOntatO 3- respOnsaveL peLO MesMO. 4- nãO puBLicareMOs iMagens De anunciOs cOM MeDiDas DiFe-rentes De: aLtura De 13 cM. e Largura De 9 cM. a QuaLiDaDe Da iMa-geM eM px nãO pODe ser superiOr a 30 pixels. anunciOs FeitO cOM iMagens DeverãO estar DentrO Destes paDrÕes, Ou nãO serãO incLusOs na eDiçãO. anunciOs eM FOrMatO De textO nãO pODerãO ser FeitOs cOM textOs LOngOs. Desta FOrMa Fica Mais FaciL OrganizarMOs O caDernO De cur-sOs e anunciOs.

DICA DE SAÚDE

Só quem passa ou já passou por essas dores, sabe avaliar o valor dessa matéria. Repassem, tirem cópias e deem aos que não possuem Internet.Anti-inflamatório Natural ARTROSE, ARTRITE, COLUNA.... Anti-inflama-tório Natural.Isso é realmente algo assustador!Mas o Dr. Al Sears indica um analgésico que não tem efeitos colaterais.E o mais interessante é que provavelmente você já tenha esse analgésico aí na sua casa ! Plante num vaso, no quintal ou no jardim.Os pedaços de gengibre podem durar longo tempo fora ou dentro da geladeira.Pasme, mas esse analgésico se chama GENGI-BRE. Isso mesmo! Gengibre.Durante séculos o Gengibre tem sido usado em toda a Ásia para tratar dores nas articulações, resfriados e até mesmo indigestão. O Gengibre cru ou cozido pode ser um analgésico eficaz, mesmo para condições infla-matórias como a osteoartrite. Isso porque a inflamação é a causa raiz de todos os tipos de problemas como artrite, dor nas costas, dores musculares, etc. Ele contém 12 compostos diferentes que combate a inflamação. Um desses compostos abaixa os recep-tores da dor e atua nas terminações nervosas.

Juntos, eles trabalham quase o mesmo que as drogas anti-inflamatórias, tais como o ibuprofe-no e a aspirina, mas sem os efeitos colaterais. Assim, se a sua intenção é eliminar esses analgésicos, passe a consumir o Gengibre. Seguem algumas dicas para você ter uma boa dose diária de gengibre: Isso vai estimular a circulação sanguínea e aliviar dores nas articulações. Beber chá de gengibre: É barato. É muito fácil. O gosto é óptimo. E cura.

Aqui está uma receita usada pelo Dr. Al Sears:

Quatro copos de água;Um pedaço de aproximadamente 5 cm de Gen-gibre descascado e cortado em fatias;Limão e mel a gosto... Se preferir use laranja no lugar do limão. Fica óptimo!

procedimento:Ferva a água numa panela com fogo alto.Assim que começar a fervura adicione as fatias de Gengibre, deixe em fogo baixo, cubra a pa-nela para que os vapores não saiam e deixe fer-vendo por aproximadamente 15 minutos.O chá está pronto! Basta coar, e adicionar o mel com o limão ou laranja

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Jornal Nacional da Umbanda ● página 29

www.jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, Abril de 2013. Edição: 54 [email protected]

ÚLTIMA PÁGINAAulA de douTrinA.

os mAndAmenTos de um mÉdium umbAndisTA01 – Amar a Olorum acima de todas as coisas. Aos Orixás e a Umbanda acima de todas as outras religiões.02 – Vestir a roupa branca e incorporar seus guias só no seu centro.03 – Não ficar visitando outros centros em vão, ou seja, só por curiosidade.04 – Se visitar um centro, entrar em silencio, assistir aos trabalhos, tomar o passe e sair em silencio.05 – Não comentar ou criticar as práticas alheias, sejam elas do seu agrado ou não, concorde com elas ou não, porque elas não são as suas e sim, deles.06 – Não fazer comentários desairosos sobre os cultos e trabalhos realizados em outros centros de Umbanda.07 – Não copiar fundamentos alheios e manter-se fiel aos da Umbanda.08 – Não profanar o que é sagrado e não sacralizar o que é profano.09 – Cuidar da sua mediunidade e deixar a dos seus irmãos de fé, que os Pais ou Mães Espirituais e os guias deles cuidarão.10 – Não emitir opiniões sobre o assunto religioso que não conhece em profundidade ou sobre o qual sequer conhece.11 – Não imitar e não invejar os trabalhos e as forças espirituais dos seus irmãos de fé.12 – Se, por alguma razão, não se sentir satisfeito no centro que está frequentando, peça licença para se afastar dos trabalhos, mas guarde só para você as razões do seu afastamento.13 – Se saiu do centro que frequentava, não fique criticando-o ou ao seu dirigente porque, por certo tempo, tanto o centro quanto o seu dirigente lhe foram úteis e o ampararam.14 – Não faça comentários sobre os trabalhos realizados no seu centro para pessoas que não o conhecem ou não participam do dia a dia dele e do que nele é realizado.15 – Não fique procurando ou pondo defeitos em seus irmãos de fé, e sim, procure-os em si e tente livrar-se deles antes que descubram que não és o “ser perfeito” que aparentas ser.16 – Lembre-se disso: - Todos possuem defeitos e imperfeições, mas cada um só deve cuidar dos seus.17 – Trabalhe a favor e no benefício do crescimento do seu centro e no dos seus irmãos de corren-te, que toda a corrente trabalhará no seu benefício e no das suas forças espirituais.18 – Cada centro tem os seus fundamentos, e os do seu não são melhores ou mais poderosos que os dos outros. Apenas são diferentes!19 – Faça a caridade, seja ela espiritual ou material, sem esperar nenhum tipo de recompensa, pois fazê-la esperando algo em troca não é caridade, e sim, é troca de benefícios.20 – Se, o ato de auxiliar alguém caritativamente com o seu dom mediúnico e com a força dos seus Guias e dos seus Orixás não lhe for gratificante ou recompensador, pare enquanto é tempo, porque, de insatisfeitos e de exploradores do próximo, o inferno está cheio!21 – (Que outros irmãos de fé acrescentem aqui outras regras que acharem necessárias ao aper-feiçoamento doutrinário dos médiuns umbandistas)...22 –...., etc..

Pai Rubens Saraceni.