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Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 25 de Abril de 2011. [email protected] Pág. 1 Jornal Nacional da Umbanda Edição nº 13 Índice de Matérias EDITORIAL Miscigenação Religiosa (Rubens Saraceni) pág 02 DOUTRINA Desenvolvimento Mediunico (Rubens Saraceni) pág 03 O significado da Incorporação (Walmir Pereira) pág 05 Respeito, o segredo do Sucesso (José Torquatto) pág 06 Umbanda de Paz ou Umbanda de Guerra? (Nondas Okiama) pág 07 Opções e caminhos do livre arbitrio (Nelson Junior) pág 08 A Ilusão das Caravelas (André Monteiro Olieira) pág 10 A Grande Teia Refletora (André Monteiro Oliveira) pág 10 BALUARTES DA UMBANDA Pai Antônio Baggio- Ribeirão Preto (J.N.U.) pág 11 Pai Sergio Fontes (J.N.U.) pág 13 OFERENDAS, MAGIAS E TRABALHOS DE UMBANDA A Receita de Defumador do Pai George (Pai George) pág 14 A Luz de Cristal- O planeta azul Zhethoryann (Delma Fernandes Muniz) pág 15 PRECES E ORAÇÕES UMBANDISTAS Orações aos Pretos Velhos (Rubens Saraceni) pág 16 CADERNO DO LEITOR Email (Junior Pereira) pág 17 Nenem sentado no toco (Marcelo Ferrari) pág 18 Magia auxilia tratamento contra o Cancêr (Rozi Frye) pág 19 EVENTOS UMBANDISTAS Pretos Velhos na Umbanda (JNU) pág 21 LAZER E CULTURA O “Quinto dos Infernos” (Andrei VinicovKallazans) pág 22 40 anos Louvando Ogum (Sandra Santos) pág 22 Magia contra as Trevas – Entrevista de Rubens Saraceni à revista Isto É (Luiza Pastor e Mário Chimanovitch) pág 23 Inversão dos Pólos nos Jornais Ingleses (José Carlos) pág 26 ÚLTIMA PÁGINA Igreja Católica Reconhece Comunicação com os Espiritos (Sandra Santos) pág 29 IMPORTANTE: O programa Magia da Vida, apresentado por Rubens Saraceni, às segundas feiras transmitido pela Rádio Mundial FM 95,7 à partir do dia 03 de Maio, passará a ser transmitido às terças feiras no horário das 11h00 às 11h30. Pai Antônio Baggio - Ribeirão Preto Pai Antonio Baggio foi também iniciado por Pai Rubens como Sacerdote de Umbanda Sagrada no curso concluído em 2005, juntamente com mais de duas centenas de pessoas...pág.11 Casa de Caridade Legião de Oxóssi e Ogum. Rua Ilhéus do Prata, nº 26. Bairro do Imirim. Dirigente Espiritual: Pai Sergio Fontes. Engiras Abertas ao Público: Sextas Feiras a partir das 20h30min. Pai Sérgio

Jornal Nacional da Umbanda Edição 13

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Jornal Nacional da Umbanda Edição nº 13

Índice de Matérias EDITORIAL

Miscigenação Religiosa (Rubens Saraceni) pág 02 DOUTRINA

Desenvolvimento Mediunico (Rubens Saraceni) pág 03 O significado da Incorporação (Walmir Pereira) pág 05

Respeito, o segredo do Sucesso (José Torquatto) pág 06 Umbanda de Paz ou Umbanda de Guerra? (Nondas Okiama)

pág 07 Opções e caminhos do livre arbitrio (Nelson Junior) pág 08

A Ilusão das Caravelas (André Monteiro Olieira) pág 10 A Grande Teia Refletora (André Monteiro Oliveira) pág 10

BALUARTES DA UMBANDA Pai Antônio Baggio- Ribeirão Preto (J.N.U.) pág 11

Pai Sergio Fontes (J.N.U.) pág 13 OFERENDAS, MAGIAS E TRABALHOS DE UMBANDA

A Receita de Defumador do Pai George (Pai George) pág 14 A Luz de Cristal- O planeta azul Zhethoryann (Delma

Fernandes Muniz) pág 15 PRECES E ORAÇÕES UMBANDISTAS

Orações aos Pretos Velhos (Rubens Saraceni) pág 16 CADERNO DO LEITOR

Email (Junior Pereira) pág 17 Nenem sentado no toco (Marcelo Ferrari) pág 18

Magia auxilia tratamento contra o Cancêr (Rozi Frye) pág 19 EVENTOS UMBANDISTAS

Pretos Velhos na Umbanda (JNU) pág 21 LAZER E CULTURA

O “Quinto dos Infernos” (Andrei VinicovKallazans) pág 22 40 anos Louvando Ogum (Sandra Santos) pág 22

Magia contra as Trevas – Entrevista de Rubens Saraceni à revista Isto É (Luiza Pastor e Mário Chimanovitch) pág 23

Inversão dos Pólos nos Jornais Ingleses (José Carlos) pág 26 ÚLTIMA PÁGINA

Igreja Católica Reconhece Comunicação com os Espiritos (Sandra Santos) pág 29

IMPORTANTE: O programa Magia da Vida, apresentado por Rubens

Saraceni, às segundas feiras transmitido pela Rádio Mundial FM 95,7 à

partir do dia 03 de Maio, passará a ser transmitido às terças feiras no

horário das 11h00 às 11h30.

Pai Antônio Baggio - Ribeirão Preto

Pai Antonio Baggio foi também iniciado por Pai Rubens como Sacerdote de Umbanda Sagrada no curso concluído em 2005, juntamente com mais de duas centenas de pessoas...pág.11

Casa de Caridade Legião de Oxóssi e Ogum.

Rua Ilhéus do Prata, nº 26.

Bairro do Imirim.

Dirigente Espiritual: Pai Sergio Fontes.

Engiras Abertas ao Público:

Sextas Feiras a partir das 20h30min.

Pai Sérgio

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MISCIGENAÇÃO RELIGIOSA

No decorrer do século, em pleno centro da África onde hoje se localiza a Nigéria, um dos grandes países da África, varias tribos unidas pelo yoruba, a língua comum de todas, o culto aos Orixás floresceu e firmou-se como a religião dos povos ―nagôs‖ ou ―yorubanos‖.

Durante a colonização das Américas as potencias colonialistas europeias, que também começavam a ocupar a África, realizaram uma das maiores transposições de povos já vistas na historia da humanidade, trazendo de forma degradante para as Américas milhões de pessoas das tais variadas etnias africanas.

Essa transposição forçada não trouxe pessoas e sim trouxe os seres humanos, possuidores de culturas e religiões nacionais, de cada um dos povos que por aqui apontaram.

Toda uma riqueza cultural e religiosa veio junto e foi sufocada a ferros e fogo devido sua força, poder e atratividade obrigando os ―cristãos‖ senhores de ―escravos‖ a vigiarem esses povos tão místicos de forças e poderes invisíveis e desconhecidos dentro da cultura e da religião cristã.

O fato é que não adiantou nada a perseguição e a proibição dos cultos dos povos africanos, porque se mesclando com os cultos indígenas aqui existentes mais o culto dos católicos aos seus santos milagreiros, surgiram novos cultos ―sincréticos‖, onde os limites de uma cultura e religião interagem com os das outras, criando uma cadeia humana através da qual todos transitam de uma para outra de uma forma que surpreende quem estuda as religiões brasileiras da atualidade.

Nessa teia cultural e religiosa cabem todos os brasileiros. E hoje vemos ―evangélicos‖ incorporando seus ―espíritos santos‖, receitando banhos de arruda, descarrego com sal grosso, etc.

Sem que muitos se apercebam que essas praticas pertencem a outras culturas e religiões, condenadas por eles.

Poucos já perceberam que a Miscigenação racial entre europeus, indígenas, africanos e asiáticos também miscigenou praticas religiosas antes exclusivas de cada uma das religiões originais, não ficando de fora nem o judaísmo e o islamismo, aqui estabelecidos, que também deram suas contribuições com os seus ritos mágicos religiosos (a KABALAH e o SUFISMO), que perderam suas originalidades e também transitam livre e espontaneamente nessa teia humana impar, única mesmo!

Que se adapte quem puder a essa Miscigenação religiosa, porque ela esta fluindo por dentro das religiões aqui existente devido o deslocamento dos brasileiros que transitam de uma para outra sem a menor cerimônia, pois o que importa é que cada um encontre e se encontre com Deus da forma que mais o atrair e o faça se sentir amparado por ele, o nosso Divino Criador. Que a todos o divino criador Olorum abençoe!

Pai Rubens Saraceni.

FINALMENTE! AGORA SIM. IMPERDÍVEL. O Colégio de Umbanda, atendendo a vários pedidos de pessoas que não tem como

fazer o curso a noite, decidiu abrir excepcionalmente, um curso de Doutrina, Teologia

e Sacerdócio de Umbanda às quartas-feiras na parte da manhã, no horário das

10h00 às 12h00. O curso é voltado somente para médiuns incorporantes.

Faça sua reserva através do telefone (11) 4221-4288 ou pelo e-mail: [email protected]

Data prevista para inicio: 06 de Julho de 2011.

EDITORIAL

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Escolas Umbandistas de

DESENVOLVIMENTO MEDIÚNICO

Por Rubens Saraceni

Há muitos anos atrás, Pai Benedito de Aruanda, em um dos livros psicografados por mim, revelou-nos isso: ―De cada 100 crianças que nascem, 30 delas já trazem alguma faculdade mediúnica (ou várias) já madura e que precisarão ser orientadas corretamente para colocá-la a serviço dos seus semelhantes e auxiliá-los‖.

As faculdades mediúnicas mais ostensivas são as de incorporação, de clarividência, de intuição e de sensitividade, que também são as mais difíceis de dominar, porque se não forem devidamente colocadas sob controle consciente dos seus possuidores acabarão prejudicando-os e atrapalhando-os em vários aspectos de suas vidas, e mesmo, segregando-os do seio de suas famílias, sendo que muitos se tornam frequentadores de consultórios médicos (psicólogos, psiquiatras, neurologistas, etc) ou dependentes de drogas e bebidas ainda na juventude porque se sentem diferentes das outras crianças ou dos outros jovens.

Faculdade mediúnica fora de controle em uma criança, em um jovem ou adulto torna-o infeliz, perturbado espiritualmente e desequilibrando psicologicamente, atrapalhando seu desempenho no estudo e no trabalho, podendo, em muitos casos, levar a pessoa à perda da razão e da capacidade de separar o lado espiritual de sua vida do lado material. Não são poucos os relatos na literatura espírita de pessoas que foram internadas como ―loucas‖ ou ―desajustadas‖. Não que existam casos como esse devido a desequilíbrios bioquímicos e psicológicos, estes últimos devido à má formação e má orientação quando na mais tenra idade (de 1 a 7 anos de idade).

Sobre isso há farta literatura, tanto espírita quanto médica e só me servi do muito que já li sobre o assunto. Pois bem, baseado no que eu já sabia e na informação de Pai Benedito de que 30% da população possui alguma faculdade mediúnica já amadurecida em vidas passadas e no período em que o espírito viveu no astral, cerca de 15 anos comecei a estimular os dirigentes de Umbanda a abrirem seus centros em um dia específico só para acolherem essas pessoas com faculdades mediúnicas ostensivas para orientá-las e auxiliá-las no domínio consciente delas, e também ajudá-las a incorporar a mediunidade religiosamente às suas vidas, como um dom do espírito que deve ser colocado a serviço do próximo de forma correta para, aí sim, essas pessoas estarem sendo úteis com algo que possuem ou que demorou muito tempo para adquirirem: o dom mediúnico.

Ensinei isso, ensino e sempre ensinarei e sempre lembrarei aos dirigentes dos centros de Umbanda que uma semana tem sete dias e que podem usar um dia só para o estudo da Umbanda e do desenvolvimento mediúnico das pessoas, principalmente dos que tem a faculdade de incorporar os espíritos. Eu me baseei no que é feito regularmente no espiritismo e em muitos centros de Umbanda, onde o desenvolvimento da faculdade de incorporar espíritos é feito em dias específicos, quando o centro não recebe consulentes e suas cargas espirituais que de alguma forma perturbam os médiuns iniciantes, ainda vulneráveis à presença de espíritos trevosos ou sofredores que interferem e bloqueiam suas incorporações, deixando-os mal, com tonturas, dores de cabeça ou no corpo, náuseas, etc.

Não inventei escolas de desenvolvimento mediúnico, apenas tenho estimulado os dirigentes umbandistas a darem a mediunidade o mesmo valor que sempre deram a ela os nossos irmãos espíritas com suas escolas de desenvolvimento mediúnico criadas há 150 anos pelos semeadores do espiritismo, e tendo à frente deles Allan Kardec que, para mim, é um dos maiores luminares da humanidade.

O desenvolvimento mediúnico organizado e bem conduzido tem o apoio da espiri-tualidade superior e tanto nos centros espíritas quanto nos de Umbanda as aulas e práticas mediúnicas são assistidas e orientadas por espíritos mentores, muitos deles ligados aos médiuns

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que estão começando a desenvolver um método consciente de dominar suas faculdades e colocá-las em ordem para que, posteriormente, possam participar com firmeza e segurança das sessões de atendimento espiritual aos consulentes do centro que frequentam. Como eu já escrevi linhas atrás, não inventei as escolas de desenvolvimento mediúnico, pois já existem no seguimento Espírita, que segue a doutrina de Allan Kardec.

Eu não inventei o desenvolvimento na Umbanda porque foi nosso querido e saudoso Pai Zelio de Morais que fundou a Umbanda e alicerçou-a na faculdade de incorporação ao incorporar o espírito mensageiro de Deus que, incorporado nele abriu o primeiro trabalho espiritual de Umbanda, oficializando no plano material mais uma religião. Eu fui beneficiário do legado deles e os reverencio sempre pelo bem que criaram e beneficiou-me quando precisei desenvolver-me na Umbanda e fui acolhido por dirigentes que tinham um dia à parte só para o desenvolvimento mediúnico.

Mas, como já vi e já passei por centros que desenvolvem os médiuns nos dias de atendimento público e o guia-chefe tem pouco tempo para eles, e muitos saem das giras piores do que quando chegaram, tenho recomendado a todos os sacerdotes umbandistas que estudaram comigo que adotem nos seus centros um dia só para o desenvolvimento mediúnico.

Mas não tenho feito essa recomendação só aos que estudaram comigo e que abriram seus centros.

Também tenho divulgado essa iniciativa para que no futuro, a Umbanda tenha muitos médiuns, todos conscientes dos seus deveres com Deus e com a espiritualidade superior, mas também equilibrados intimamente e felizes por possuírem dons espirituais e poderem colocá-los caritativamente a serviço dos seus semelhantes.

Nos nossos centros, os médiuns iniciantes têm um dia de estudos e práticas mediúnicas só para eles e quando já dominam conscientemente suas faculdades, aí são conduzidos ao trabalho de atendimento ao público, cambonando os guias de trabalho, fazendo transportes, descarregos e de-sobsessões, aprendendo também de forma consciente e racional toda a dinâmica de trabalho da Umbanda.

Com o passar do tempo e após terem auxiliado os guias e aprendido o mínimo indispensável para o exercício de sua mediunidade de incorporação, ficam auxiliando até que seus próprios guias espirituais, incorporados neles comecem a pedir seus colares, confirmarem seus nomes e a solicitarem ao Guia chefe que querem trabalhar no atendimento às pessoas necessitadas.

Em alguns casos é o Guia chefe, que acompanhou todo o desenvolvimento do médium que o avisa de que ele já está pronto e que seus Guias querem trabalhar nos atendimentos incorporados nele.

Alguns, mais tímidos ou inseguros relutam. Mas quando seus Guias incorporam e passam atender as pessoas ajudando-as, todos se soltam, se descontraem e tornam-se ótimos médiuns umbandistas.

Em todo o período de tempo que passou desenvolvendo-se, o médium submeteu-se a uma disciplina íntima, a uma doutrinação religiosa e espiritualizadora da sua mediunidade, integrando-se à Umbanda e sentindo-se de fato e de direito um umbandista, orgulhoso de ser médium.

Isto fizeram por mim, isso tenho feito desde que abri meu centro em 1983 e o Guia Chefe, devido ao grande número de pessoas na assistência com problemas devido à mediunidade, ordenou que abríssemos uma vez por semana só para que ele pudesse assisti-las e desenvolvê-las, pois não adiantava aplicar-lhes um passe, uma vez que eram médiuns e viviam em desequilíbrio por causa de suas mediunidades. Só se desenvolvendo essas pessoas recuperariam seus equilíbrios.

Desde então já desenvolvi milhares de médiuns e muitos hoje dirigem seus centros, também desenvolvendo muitos médiuns novos para a Umbanda, expandindo a nossa religião e beneficiando outras pessoas que, como eles, chegam desequilibradas diante dos seus Guias e estes vão logo as alertando com estas palavras: ―-Filho (a) o seu problema é de mediunidade e só desenvolvendo-a você melhorará!‖.

Quantos Guias espirituais, incorporados em seus médiuns já disseram isso a algum consulente? Todos os Guias de Umbanda já disseram, dizem e sempre dirão isso quando se depararem com pessoas possuidoras do dom da mediunidade de incorporação, e todos tem recomendado a elas que só desenvolvendo-se poderão recuperar o seu equilíbrio. Isto não sou eu que estou afirmando aqui e sim, todos os Guias espirituais que fazem essas recomendações às pessoas com mediunidade.

E-mail: [email protected]

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O SIGNIFICADO DA INCORPORAÇÃO

Incorporação; ação de incorporar; 1. dar forma corpórea a: 2. juntar num só corpo: 3.

unir, ligar, reunir (em um só todo): 4 agregar (pessoa física ou jurídica) sob a forma de

companhia ou sociedade por ações, cotas, com um fim de construir edifícios, etc; 5 tomar

corpo, 6 ingressar em; reunir-se, juntar-se. Eis toda definições contidas no dicionário, mas

falando no sentido espiritual qual seria seu real significado?

Muitos têm uma visão ou concepção errada do verdadeiro sentido de incorporar nos dias

de trabalhos espirituais, tendo em vista a falta de informações, pois existe um dogma muito

antigo que o médium é simplesmente um cavalo ou como alguns guias costumam chamar seus

médiuns de meus burros, alguns até tem outras concepções bem melhores como que médiuns

são canais de comunicação do plano espiritual para com o plano físico, que em termos estão

corretos, mas incorporar não é somente ser um canal de comunicação, existe um propósito

muito maior por trás desta faculdade mental que muitos praticam dentro dos templos.

A incorporação de nossos guias espirituais em nosso corpo físico além de ser uma troca

contínua de fatores, tem como sentido principal fazer com que assimilemos e comecemos a

manifestar em nossas vidas e para o nosso semelhante o que chamamos de sete linhas da

umbanda que são as sete vontades de Deus (fé, amor, conhecimento, razão, lei, sabedoria e a

vida).

Portanto, não é certo vestir o branco, que para nós representa a pureza, a fé e ser visto

como um cavalo ou simplesmente só como um canal de comunicação do espiritual para o

material, ai estaremos dando sentido ao termo querido que alguns exus se referem a nós. Temos

que nos conscientizar que em se tratando de plano espiritual ainda estamos engatinhando com

relação ao conhecimento, mas por outro lado muito já foi aberto para nós através de psicografia

de mestres espirituais, alguns talvez não aceitem o evoluir das coisas, (pois se tratando de Deus

nada é estático tudo é movimento) simplesmente por causa de seus egos dominadores, pois se

acreditam senhores do conhecimento Divino, e não pretendem dividir ou até mesmo perder seus

discípulos para aqueles quem trazem algo diferente do que eles pregam, pois fazem da religião

um verdadeiro mercado de seres humanos que inocentemente ou talvez ignorantemente fechem

os olhos para as coisas que muitos fundamentam (dão fundamentos) que nos chegam para

melhorar e caminhar de forma sábia naquilo que estamos praticando.

Hoje temos a nossa disposição vários livros fundamentando tudo aquilo que era oculto,

ou talvez desconhecido, mas era conveniente falar oculto, pois não tinham que explicar

minuciosamente, aonde poderiam se complicar ou complicar mais ainda em nossas cabeças,

mas isso é passado hoje em dia não tem conhecimento quem não quer, pois os livros estão

todos aí à nossa disposição, basta querer ler. Vou citar apenas alguns dos muitos de autoria de

Rubens Saraceni para estudos;

-Umbanda Sagrada

-Tratado Geral de Umbanda

-Orixás Ancestrais

-Orixá Exu

-Orixá Pomba gira

-Orixá Exu Mirim

-Livro de Exu

-Doutrina e Teologia de Umbanda

-Teogonia de Umbanda

Como diz o Mestre: Nenhuma religião é melhor do que seu pior praticante, cada um é responsável por

todos e vice versa, portanto quando a base da pirâmide é firme, nossas raízes nos levarão de volta as estrelas. E na espiritualidade de uma forma geral, todas as vias de crescimento para o ser humano, colocadas por Deus à nossa disposição, são boas.

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Procure não desenvolver dentro de si algum preconceito de que a minha é melhor, a do fulano é pior, pois todas são boas. Então, as pessoas que queiram se iniciar ou estão se iniciando, que façam sua caminhada sem temor. Confie que tudo está sendo conduzido pelo Superior. Mas procure se instruir, procure aprender e não colocar bloqueios dentro de si mesmo, contra isso ou aquilo, mas sim ir até cada coisa e aprender sobre ela e delas extrair o seu juízo, a sua experiência, porque isso é que vai contar.

Enviado por: Walmir Pereira E-mail: [email protected]

RESPEITO, O SEGREDO DO SUCESSO

O que eu acho mais engraçado no ser, dito ―vivo‖, é quanto a sua capacidade de julgamento. Às vezes penso que a Terra foi criada para ser o tribunal do mundo. Mas, não creio nisso. Muito é falado sobre demanda, macumba, reza forte, feitiçaria, quimbanda, ou, seja lá o nome

que quiserem dar. Vejam, o ser não pode ter uma ―dor de barriga‖ que logo vem os sabichões e mandam ver: ―- Tá vendo, é castigo!‖ ou pior: ―Olha ai, viu, mexeu comigo!‖. Na maioria das vezes, esses pobres ―poderosos‖ não têm uma mão nem para acender uma vela, mas pensam ter poderes. Ignoram um processo de carma e evolução humana. Prepotência pura.

Confesso, que amo minha posição (Exú), me divirto vendo certas passagens. São escolhas. Dizem que somos sarcásticos e que adoramos brincar com o perigo, então, se o perigo se

chama Ser Humano, eu concordo. É o nosso papel. Mas, não surpreso, percebo a cada dia quem realmente brinca perigosamente com vidas e

com o divino. Pessoas, que em sua ignorância, saem, dedilhando a vida dos outros, ―fuxicando‖ o que há de mais sagrado nesse mundo, a privacidade de cada um.

Vejo que muitos sempre têm uma ―receitinha mágica‖ para os problemas, dos OUTROS, claro! Fico impressionado, como colocam o outro como mais importante. Sendo que não vejo, em muitos, a mesma atenção com sua própria vida, seus próprios problemas, que não são poucos.

Acredito que todos tenham uma linha de atuação nesse campo terreno, poucos se dão chances de poderem observar o que realmente precisam fazer por aqui. Tempo é perdido vislumbrando a vida alheia e muitos se sentem no privilégio de assuntar algo que não lhes pertence. Alimentam-se dessa energia grotesca, a famigerada falta de atenção em si. Seres vazios. Obsoletos. Seria muito mais fácil, ir pela receita básica da vida: Respeito por si próprio. Respeito ao próximo. Responsabilidade pelas suas ações.

Poucos conhecem esse caminho. Tenho a esperança de ser uma entidade que consiga elucidar pessoas para seu papel principal: Amar a si próprio. Mesmo que através de métodos nada convencionais, até porque é o meu meio de atuação. Mas nem tudo está perdido, consigo assistir: crescimento de pessoas, desprendimento de apegos, vontade de se melhorar, busca de amor próprio. Observem isso, não é nada fácil. Por isso a fuga de muitos em olhar para o externo, olhar o ―rabo‖ dos outros, e assim, se fecham para seus problemas.

Regozijo-me ao ver pessoas próximas a mim, em busca de seu lugar, em busca de um caminho para se tornarem mais vivos, maduros e inteiros. Percebam que eu não falo em felicidade, mas sim, em crescimento, maturidade, evolução humana.

A felicidade é um estado e não uma condição. Acreditem, ninguém é feliz 24 horas por dia. Ao menos aqui. Então o: Eu estou feliz! É bem diferente do: Eu sou feliz. Existe, uma linha ínfima entre SER e ESTAR.

Sendo assim, esse estado de felicidade vem de encontro com suas atitudes, posições, escolhas. A postura do ―só por hoje‖ deve fazer parte da vida de todos, com intuito de equilibrar o bem e o mal de cada um. Somos energias, portanto, temos dois polos que precisam entrar em equilíbrio. Não almejem a perfeição, o certinho, o bonzinho. Porcaria nenhuma, isso não existe também. Queiram o seu melhor, queiram ser vocês acima de tudo. Dignos de serem chamados de ―Seres Humanos‖. Axé. Exú Senhor 7 Esquinas.

Médium: José Torquatto E-mail: [email protected]

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UMBANDA DE PAZ OU UMBANDA DE GUERRA?

Com todo o respeito que tenho por todos os que escolheram o caminha da Umbanda para trilhar, venho compartilhar um pensamento/sentimento, e também desabafar, na esperança que ao menos alguns se identifiquem com as ideias que discorrerei.

Sou um médium iniciante da Umbanda, tenho 24 anos, e fui iniciado na vida espiritual por minha avó que dirige um centro espírita Kardecista. Há quase três anos conheci a Umbanda por intermédio de um amigo e encontrei meu lugar. Costumo dizer que no Kardecismo encontrei minha Alma e na Umbanda meu coração.

Hoje me sinto muito realizado com tudo o que a espiritualidade tem me proporcionado de aprendizado e crescimento dentro da Umbanda, e me sinto cada vez mais feliz em poder aprender mais e mais sobre esses mistérios que nos amparam e nos fazem crescer em todos os sentidos.

Entretanto, algo me entristece e deixa meu coração inquieto. Tenho percebido que há uma ideia geral que domina muitos umbandistas, seja de onde for e como for sempre há o vício das ―demandas‖. Quando o irmão passa por qualquer dificuldade, seja financeira, profissional, familiar, por se desentender com alguém ou simplesmente por tropeçar na rua, ele corre para o terreiro e passa em consulta porque está com ―demanda‖, pois tem certeza de que alguém parou seus afazeres e foi numa encruzilhada a meia-noite pra acabar com a vida dele.

A vizinha o odeia, certamente está fazendo ―macumba‖ pra fechar os caminhos dele, a (o) ex-mulher (marido) quer ele (a) na ―lama‖, o outro quer tomar o lugar dele porque ele é importante e por aí vai. Pensamentos e ―demandas‖ afetam muitos e só tendem a piorar quando as supostas ―demandas‖ tornam-se guerras astrais entre terreiros, Pais e Mães de Santo e médiuns, então tudo vira uma grande guerra! Temos que ser guerreiros! Temos que nos armarmos contra tudo e todos ou cairemos! Sempre alertas! Guardiões, Exus, espadas, garfos e egos! Tudo numa grande Guerra!

Nisso tudo tento encontrar onde ficou a Luz da Umbanda e dos Guias Espirituais que sempre falam de Fé, Amor, Caridade, Evolução, Respeito ao próximo e principalmente, sobre HUMILDADE. Onde fica tudo isso? Onde estamos colocando esses ensinamentos? Será que realmente estamos ouvindo com o coração os ensinamentos de nossos Guias e mentores espirituais?

Será mesmo que tudo é ―demanda‖? Será mesmo que todos os problemas e dificuldades que enfrentamos em nossa caminhada, seja ela material ou espiritual, são ―demandas‖? Será mesmo que somos tão importantes e ameaçadores uns aos outros que nada acontece se não for por uma ―demanda‖? Ou será que é nosso o Pai Maior nos dando meios para perseverar, crescer e aprender com as dificuldades da vida, nos melhorar, exercitar e reforçar nossa fé em tudo que acreditamos e aprendemos? Porque é preferível culpar outros por nossas próprias debilidades e falhas ao invés de nos avaliarmos e corrigirmos nossos defeitos e vícios de personalidade, assim como, nosso comodismo diante dos acontecimentos terrenos?

Qual a verdadeira função do intercâmbio entre os planos? Para essa pergunta, com certeza, muitos têm explicações e diferentes pontos de vista e, eu não saberia como abordar tal complexidade. Mas o que sinto em meu íntimo é que essa dádiva que nosso amado Pai Olorum nos dá, a de permitir nossa comunicação com espíritos amigos e com os Orixás, certamente, não é para que nos sintamos especiais, poderosos e muito menos Senhores perante nada e nem ninguém, mas sim, para que sejamos responsáveis por nossa melhora própria e para ajudarmos ao próximo com desprendimento.

Não quero aqui dizer que não acredito que as demandas e trabalhos de feitiçaria existam. Tenho plena consciência da ação desastrosa que isso trás a vida de muitos, no entanto, nossas dificuldades não se resumem a isso. Acredito menos ainda, que vivemos em uma guerra astral contra tudo e contra todos, ao menos, não é isso que a Umbanda deve ser, penso eu.

A consciência se faz necessária, para que não sejamos vítimas de nós mesmos, de nossas próprias demandas mentais, para que não sejamos nossos próprios obsessores, e que com tudo isso, não deturpemos nossa amada e sagrada Umbanda. Para sermos respeitados, precisamos nos respeitar e a Umbanda é uma religião linda de amor e não de guerra. Desejo de coração que quando cada irmão de fé cantar o Hino de Umbanda reflita bastante, principalmente na parte em que diz: ―A Umbanda é Paz e Amor, é um mundo cheio de Luz, é a Força que nos da Vida e à Grandeza nos conduz...‖.

Escuto muito sobre guerreiros e não discordo que devemos ser guerreiros nessa vida, e principalmente, na espiritualidade. Mas nesse momento, onde meu coração está pesado de tanto

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ouvir e sentir a disputa entre irmãos de Umbanda, eu não quero ser um guerreiro de Umbanda, quero ser um DISCÍPULO DE OXALÁ, praticando a Umbanda sem guerras astrais, demandas incansáveis entre tudo e todos e muito menos com disputa de poder e status. Quero poder sentir a Luz de Aruanda guiando meus passos por esses muitos caminhos que ainda preciso percorrer e não me cegar com essa Luz. Quero poder ser digno de incorporar um Orixá que venha trazer a espada da Paz, do Equilíbrio e do Amor, não da guerra.

A Umbanda evoluiu e nós precisamos seguir essa evolução também, deixando de tratá-la como uma ferramenta para nos armar uns contra os outros. Precisamos sim, tratá-la como uma benção Divina que nos uni com Verdade e Respeito, conservando a individualidade de cada um, mas unificados em uma imensa corrente de Fé nos Orixás e em Olorum.

Que nosso Pai Oxalá abençoe cada um de nós com seu manto sagrado e que nos dê o conhecimento que precisamos, para sermos menos errôneos no caminho da espiritualidade e que abençoe também, a nossa Umbanda Sagrada, para que seja cada vez mais iluminada por Olorum e pelos Orixás.

Nondas Okiama E-mail: [email protected]

OPÇÕES E CAMINHOS DO LIVRE ARBÍTRIO

Caro Leitor Umbandista e Mago, como esse assunto me pareceu adequado, resolvi usar uma analogia bem simples par5a a compreensão do mesmo em toda a sua extensão. Imagine que você esta num farol vermelho, num cruzamento movimentado, com o carro parado, e mesmo assim andasse com o carro, e num outro exemplo, estivesse com o carro parado num farol vermelho, à noite numa rua deserta onde você avista um individuo, aparentemente armado vindo em sua direção.

No primeiro caso, se você optar por passar o farol vermelho, você e outras pessoas serão imensamente prejudicadas num grave acidente, e no segundo caso, se você não colocar o carro em movimento estará pondo sua vida em risco por causa desse perigo eminente de assalto, e o estará fazendo por simplesmente respeitar uma regra que numa rua deserta perde o significado, uma vez que não causa danos salvar-se.

O livre arbítrio em si é nosso direito de escolha, a cada cruzamento, encruzilhada, caminho, curva, mas que na verdade, em muitas localidades não nos deixam escolhas, pois o bom senso nos gera as respostas do que fazer.

Pode-se até passar pelo farol movimentado intacto, mas podemos prejudicar os nossos irmãos que frearam indevidamente para não nos machucar, mas cedo ou tarde nosso comportamento acaba por nos ferir gravemente acidentando-nos.

Na verdade o livre arbítrio existe como um direito de escolha de como faremos nossa jornada, procurando nos colocar sem riscos, e nem arriscar nossos semelhantes em suas jornadas individuais.

Às vezes temos o livre arbítrio de avisar sobre um pneu furado, ou sobre um assaltante no caminho, entre outras coisas, ou calar e deixar que as coisas caminhem sem interferir, ou ainda como alguns, agir em beneficio próprio no que lhe convêm, porem as consequências devem ser sempre pesadas, pois para cada ação existe uma reação, e o maior desafio desse mundo de pisar em ovos e sair dele sem quebrar nenhum, o que nos leva a doutrinar-nos a ficar ―leves‖ ao pisar nas frágeis cascas, e não ―pesados‖ que tornem nosso tapete um omelete.

A Pior coisa sobre a matéria, é que oscilamos tanto que a tendência de uma ou outra casca partir-se é imensa, e poucos são aqueles que optam ficar mais leves e evitar as cascas quebrando.

Hora somos ovo frágil, hora somos pés pesados, o que nos deixa em situações inusitadas de decepção, tristeza e superação, mas sempre aprendizagem. O Ovo com a casca mais dura de romper, que seja o pé com o caminhar de pluma, estará mais perto de um objetivo elevado, optando em suas escolhas a caminhar em linha reta, e sempre ordenada, sabendo que na oscilação da matéria, às vezes as cascas racham e às vezes os pés pesam.

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Aí vem a analogia do farol, pois existem horas em que parar nele é necessário e outras que é perigoso, e outras ainda em que é indiferente, e embora seja uma regra clara de transito respeitar as cores, ela é genérica e não respeita as situações.

As escolhas devem ser feitas com base no que se desenvolveu em seu intimo, e sempre embasadas nas situações que vivemos, mas em todos os exemplos simbólicos usados, respeita-se uma coisa em primeiro lugar, a Vida.

Sim, a liberdade de escolha faz também parte da vida, assim como as punições da Lei Divina e da Justiça de Deus, são as escolhas que fazemos que trazem até nós, bem como o esvaziamento nos domínios de Exu, mas sempre são escolhas humanas do individuo que o afundam.

Agora, quando princípios de injustiça são tomados, quebra-se a Lei, cometem-se desequilíbrios nos campos da Justiça, e interfere-se no arbítrio e liberdade individual dos seres, gerando um crime contra o livre arbítrio, que um dia tirará de nós mesmos o nosso direito de escolha, ate que aptos a isso sejamos encaminhados a um reinicio.

A vida é o principio máximo que nunca se finda, e nela são possíveis todos os outros princípios Divinos, pois sem vida, nada existiria. Agradeçamos a Deus estarmos todos nós na senda de através de nossas escolhas pessoais, trazer paz e felicidade aos nossos irmãos, e que possamos fazê-lo sempre em nosso todo e não só da boca pra fora. Sejamos luz e vida, não nos tentando nunca a ser o oposto, e como disse em um perfil de site de relacionamentos, um amigo advogado que tenho, que a justiça sempre prevaleça, mesmo que o prejudicado seja eu mesmo.

Bela frase, que um dia podemos ter toda a coragem de levar a risca, se compreendermos que é o caminho natural das coisas, pois deus é misericordioso, e sua Justiça é equilibradora, não cabendo nela o caos e desordem opostos a Lei que a aplica.

Um guia espiritual esta também num outro nível, no mesmo ciclo de livre opção, mas ligado a uma Hierarquia, na qual se orienta e é regido, e do alto até o embaixo, tudo tem uma função, um propósito e um lugar.

Todos nós temos um grande desafio com nosso maior antagonista das regras, que somos nós mesmos, nossos velhos vícios, pseudo necessidades, e ego pessoal. Cabe sim em nossa reflexão, a morada da bondade, retidão, e correção, para que sejamos felizes individualmente e no todo, e não sermos novamente desesperados pedintes de uma chance de retificação na fila da reencarnação, pois o que não se resolve hoje, um dia será resolvido, independente do que hoje achamos, e ai é a chave da coisa.

Existe a opção do caminhar, mas entre o arbítrio individual e as regras da Lei e Justiça, sempre prevalece a vontade de Deus, a Vida, e a Evolução dos sentidos humanos.

Por: Nelson Junior

E-mail: [email protected]

A ILUSÃO DAS CARAVELAS

Tudo começou no ano de 1500, havia centenas de aldeias e todos viviam muito bem, cada aldeia tinha seus costumes e tradições que eram passadas de geração em geração. Os índios viviam de sua pesca e caça e cada um tinha o seu papel na aldeia.

Havia muito contato com a natureza e muitos rituais, onde eles entravam em contato com seus Deuses, naquela época os mais comuns eram Jaci a Lua, Guaraci o Sol e Tupã o Deus supremo.

Foi então nesse período que os portugueses chegaram com suas imensas caravelas, e nós os índios ficamos admirados com tanta beleza, com tantas coisas novas, éramos presenteados com coisas que nem sabíamos para que serviam, mas gostávamos e fomos sendo conquistados aos poucos até sermos aprisionados pela nossa ignorância.

Junto com os portugueses vieram também as doenças físicas e mentais, aos poucos foram corrompendo as leis e regras sagradas, destruíram os costumes, as famílias e uma grande parte da floresta.

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Mães tiveram seus filhos arrancados, maridos foram separados de suas esposas, as mulheres eram abusadas e humilhadas diante dos seus companheiros, os idosos foram massacrados, pois não tinham serventia, e o que restou daquela aldeia que vivia muito bem, foi a dor, a tristeza e o ódio, ódio esse que os levaram e os levam a fazer coisas que jamais pensaram em fazer...

Esse ódio é responsável pelo sofrimento de vocês até os dias de hoje, pois muitos de vocês viveram esses momentos, mas foram os algozes e hoje talvez sejam as vitimas dos ataques espirituais e materiais desses antigos amigos do passado, que ainda vivem sobre o ódio e querem se vingar, querem destruir a sua família, querem tirar todos os seus bens, se possível tirar o ar que vocês respiram, querem ver vocês destruídos e doentes para verem como é sentir o que eles sentiram.

Por isso meus filhos, é chegada a hora de perdoar nossos irmãos do passado, para não prejudica-los mais, pois do contrario estaremos levando esse ódio adiante, até que chegue o fim.

Caboclo Pena Verde

Texto enviado por André Monteiro de Oliveira. E-mail: [email protected]

A Grande Teia Refletora

Visualize uma pequena teia de aranha, observe as linhas que se formam e perceba que todas as linhas são exatamente do mesmo tamanho, da mesma forma geométrica, repare que cada retângulo da teia tem a mesma altura da linha que ela esta, se uma determinada linha tem 0,005 cm de altura, todos os quadrados da linha vão ter a mesma altura.

As linhas representam as faixas vibratórias e os quadrados de cada linha representam situações das faixas vibratórias, ou melhor, são ciclos, e você é o centro da teia.

Tudo que você faz, pensa ou tenta fazer, todas as suas ações são transferidas para a primeira linha da teia, essa por sua vez transfere para a segunda, a segunda para a terceira e assim sucessivamente aquela informação alcança todas as linhas da teia.

Essa pequena observação é importante, pois fará você entender o quanto você representa no universo.

Pois da mesma forma que funciona para você, funciona para sua família, para o seu trabalho, para os seus Pais, Estado, Cidade, etc..

Entenda que você esta em algum lugar da grande teia da vida, e que você já é o resultado de ações do passado e esta interferindo nas linhas futuras.

Se em algum lugar do passado na sua teia da vida, houve algo negativo, esse negativo vira até você, se for algo positivo o mesmo irá acontecer.

Por isso temos que iluminar nossos antepassados, para que essa luz chegue até nós através da nossa teia sagrada da vida.

Se não modificarmos os padrões de nossa teia, apenas vamos transferir o que já existe, e a historia se repetirá entre os ciclos e linhas da teia.

Modifique seus pensamentos, altere seus padrões ilumine sua vida e você ajudará não somente a você e sua família, mas com certeza você ajudará o Universo.

Guardião da Meia Noite. Texto enviado por: André Monteiro de Oliveira

E-mail: [email protected]

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PAI ANTÔNIO BAGGIO, DE RIBEIRÃO PRETO

Filho de pais católicos, fui batizado, crismado, fiz catecismo e primeira comunhão na igreja católica. Com nove anos de idade fui coroinha na paróquia de Bonfim Paulista, próximo a Ribeirão Preto, até que, com 11 anos, ingressei como aspirante em regime de internato, no Colégio da Congregação dos Padres Estigmatinos na cidade de Rio Claro. No segundo ano de internato fui transferido para o Seminário da Fazenda Santana, situada próxima a ―Serra dos Padres‖, na Rodovia Washington Luiz e nesse mesmo ano abandonei o seminário.

Por volta de 1962, meu pai, comprou um sítio em Bonfim Paulista do senhor João Alves, muito conhecido por realizar trabalhos familiares de Mesa Branca em sua residência, também na zona rural de Bonfim Paulista. Comecei então a frequentar essas reuniões com minha mãe e irmãos, onde comecei a conhecer um pouco mais sobre o mundo espiritual. Em 1968 ingressei como soldado na Força Pública do Estado de São Paulo, e fui fazer escola, na cidade de Sorocaba. Ao término da minha formação, fui classificado no Batalhão da Polícia Ferroviária, sediado na Estação Júlio Prestes, na capital. Nessa carreira, aposentei-me como 1º Sargento, no ano de 1995, no Batalhão de Corpo de Bombeiros, sediado em Ribeirão Preto, a última unidade em que servi. Em 1969, conheci a Umbanda através de Tio Zezinho, já falecido, e que teve um terreiro em Ribeirão Preto na Rua Luiz Barreto; também frequentava outras casas de Umbanda nas cidades que servia na minha corporação, até que, quando fui classificado para trabalhar na cidade de Araraquara, no ano de 1972, conheci minha esposa Nanci, que juntamente com sua irmã Darci frequentava o Terreiro Caboclo Pedra Preta de Pai Toninho, no bairro Furlan. Após o falecimento de Pai Toninho o seu terreiro foi desfeito, e, no ano 1973, a família de

minha esposa começou frequentar a Tenda Espírita de Umbanda Mãe Bertina e Caboclo Rola-Rola, na Vila Xavier em Araraquara, dirigida pela Madrinha Maria Adélia Telarolli que me recebeu como filho no ano de 1974 (passei a frequentar a casa como médium tardiamente por conta de um acidente grave que havia sofrido em junho deste mesmo ano). Recebi muitas graças através dos guias nessa Tenda. Naquela época, eu corria risco de ter uma das pernas amputada, por conta do acidente citado, mas estou com ela até hoje. - Graças a Deus e aos Guias - Serei eternamente grato à minha Madrinha

Maria Adélia, aos meus irmãos médiuns daquela Tenda e a toda sua espiritualidade. Com as Suas licenças, agradeço também à Mãe Bertina, Pai Rola-Rola, ao Boiadeiro Pai

Sebastião, ao Seu Afunda-Chão, à Filó minha Rainha, as Crianças e a todos os demais guias que tanto me auxiliaram, e que continuam me auxiliando até hoje. Em 1975 comecei a frequentar assiduamente a Tenda de Mãe Bertina e Caboclo Rola-Rola, no qual permaneci compondo a corrente mediúnica até o ano de 2002, quando então, abrimos nossa casa que permanece até hoje em atividade em Ribeirão Preto, no distrito de Bonfim Paulista. No ano de 1997, a convite de Pai Laerte Nogiri e sua esposa, Mãe Cristina da cidade de São Carlos, através de meu cunhado, de minha irmã Tereza e de outros familiares, que frequentavam um centro na cidade de Santa Rita do Passa Quatro, tive oportunidade de conhecer Pai Rubens Saraceni.

Pai Rubens abriu, neste centro em Santa Rita do Passa Quatro, um curso (gratuito) de Teologia e Sacerdócio de Umbanda, e trouxe para nós os seus ensinamentos que era, sem dúvida alguma o que faltava para preencher a lacuna existente no universo umbandista em que vivíamos.

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Eu e muitos outros irmãos nos identificamos com o conteúdo elucidativo do curso ministrado por Pai Rubens, pois, particularmente, eu havia encontrado o que me faltava de explicações sobre minha religião. Eu praticava a Umbanda com muita fé e com dedicação, tendo sempre alcançado resultados positivos mim e para as pessoas que procuravam os nossos guias para consultas, mas, sempre instigado pelos ―porquês‖. Era tudo muito vago e faltavam explicações e foram dadas então por Pai Rubens, a respeito dos Orixás e de todo o contexto umbandista que se eu, de um lado, praticava com muita fé, por outro, desconhecia fundamentos não revelados por outros. Eu sempre confiei e tenho muita Fé nos nossos Guias e na Umbanda; também nas pessoas que me acolheram com amor nessa religião, mas, o que nos era ensinado, até então, gerava mais carências do que esclarecimentos.

Pai Rubens descortinou com suas explicações o universo da Umbanda, dos Orixás, dos Guias, dos Mistérios de Deus e de forma muito simples e elucidativa facilitando o entendimento da nossa religião. A partir de então passei a frequentar e continuo nos cursos de Pai Rubens Saraceni, no Colégio de Umbanda Sagrada em São Paulo, e por ele já fui iniciado em várias magias. Somando os novos conhecimentos aos velhos, não em desprezo aos valores anteriores, mas, enriquecendo-os. Fui também iniciado por Pai Rubens como Sacerdote de Umbanda Sagrada no curso concluído em 2005, juntamente com mais de duas centenas de pessoas. Ao Pai Rubens e a todas as pessoas que estão com ele nesse trabalho, ouso dizer que ―Redentor da Umbanda e da Magia‖, muito tenho que agradecer e procuro honrá-los sempre através das minhas ações. No Núcleo de Umbanda Sagrada Flecha Dourada fazemos trabalhos espirituais de atendimento público às sextas-feiras; às terças-feiras atendimento espiritual para os filhos da casa e giras de desenvolvimento de médiuns; às quintas-feiras, atendimento aberto as pessoas com a Magia Divina, nos outros dias da semana, atendemos por agendamento. Estamos com Cursos de Magia em andamento: das ―Sete Chamas Sagradas‖, dos ―Sete Raios Sagrados‖, das ―Sete Ervas Sagradas‖, e o curso de ―Doutrina, Teologia e Sacerdócio de Umbanda Sagrada‖. Quanto as Magias das ―Sete Chamas‖, dos ―Sete Raios‖ e das ―Sete Pedras Sagradas‖, estamos formando novas turmas ainda para este semestre. Pertencemos à diretoria da AUEESP – Associação Umbandista e Espiritualista do Estado de São Paulo, desde a sua fundação. Rua Doutor Marciano, 20, Centro, Distrito de Bonfim Paulista, Ribeirão Preto SP, Fones: (16) 3441- 4457 / 9104- 4606

A.U.E.E.S.P.

Você pode se cadastrar na A.U.E.E.S.P., sendo pessoa física ou jurídica. Pode ser associado individual, núcleo (centro, associação), colaborador jurídico ou colaborador físico.

Se você acredita que vale a pena lutar por nossa religião, venha juntar-se a nós, que nada mais queremos além de ver a Umbanda crescer e de valorizar nossas práticas religiosas e nosso sacerdócio.

Falar com Sandra Santos Fone: (11) 2954-7014

E-mail: [email protected]

Enviado por Pai Antônio Baggio

E-mail: [email protected]

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Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 25 de Abril de 2011. [email protected] Pág. 13

PAI SÉRGIO FONTES

Na minha adolescência, comecei a ter problemas para

dormir, quando ia começar a pegar no sono, tinha sonhos

horríveis, estava sempre caindo de um precipício ou correndo

de algum animal, já estava ficando com trauma da noite.

Meus pais eram evangélicos e colocavam água em cima

do rádio na hora da prece para benzer, levavam lençol, fronha e

lencinhos para o Pastor David Miranda abençoar para ser

colocada em minha cama, isso tinha efeito no máximo dois a

três dias e tudo voltava como antes, e com mais força. Com

medo de ir para a cama eu ficava até altas horas da noite

acordado, só dormia quando não aguentava mais, e foi assim

até que um dia me levaram em um terreiro, exatamente naquele dia estavam indo fazer os trabalhos na mata, e

lá fomos nós.

Achei tudo estranho, pois não conhecia nada da Umbanda, mas tinha muito medo. Quando me

chamaram para falar com o Guia Chefe da Casa, algo estranho aconteceu, e eu só me lembro de que depois

“acordei” segurando uma árvore, e uma entidade, um Caboclo veio, se

identificou e falou que passaria a trabalhar comigo, que eu deveria me

desenvolver em todas as outras linhas e me aprimorar.

Depois de uns 30 dias naquele terreiro, o dirigente avisou que teria

uma prova no físico para os médiuns novos poderem trabalhar (e as provas

daquele tempo nem devem ser divulgadas, pois algumas pessoas podem

causar danos físicos às outras), quem não passasse naquelas provas não

estariam prontos para trabalhar, caso passassem entravam na corrente de

desobsessão e após algum tempo começariam a dar passes. Isso foi há 40 anos.

Em 2005 me tornei Sacerdote de Umbanda Sagrada, pelas mãos de Pai Rubens Saraceni, onde também

fui iniciado em vários graus de Magia Divina.

Hoje dirijo a Casa de Caridade Legião de Oxóssi e Ogum que está localizada em São Paulo, à Rua

Ilhéus do Prata, 26 no bairro do Imirim, com trabalhos caritativos às sextas-feiras, a partir das 20h30min, e com

desenvolvimento mediúnico as terças, no mesmo horário.

Contamos com 65 pessoas entre médiuns de trabalho e desenvolvimento, atendemos semanalmente em

torno de 130 pessoas, temos em nossa Casa os cursos de Magia Divina das Sete Chamas Sagradas, Ervas,

Pedras e dos Sete Raios

Sagrados, além de Doutrina,

Teologia e Sacerdócio de

Umbanda.

Sou também um dos

diretores da AUEESP –

Associação Umbandista e

Espiritualista do Estado de

São Paulo.

Casa de Caridade Legião de

Oxóssi e Ogum.

Rua Ilhéus do Prata, nº 26.

Bairro do Imirim.

Dirigente Espiritual: Pai

Sergio Fontes.

Engiras Abertas ao Público:

Sextas Feiras a partir das

20h30min.

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OFERENDAS, MAGIAS E TRABALHOS.

A RECEITA DE DEFUMADOR DO PAI GEORGE

No decorrer dos últimos sete anos, todos os visitantes e membros participantes dos trabalhos espirituais realizados no Colégio de Umbanda Sagrada ―Pai Benedito de Aruanda‖, durante ato litúrgico da Defumação do ambiente e dos presentes, deparam-se com a fumaça branca, densa, e profundamente aromática exalada pelos turíbulos. A formulação em sua constituição exata sempre foi um mistério até mesmo para os membros da corrente mediúnica, pois por respeito a preceitos litúrgicos não umbandistas, outrora praticados por este filho de fé que ateve-se à disciplina beneditina de observância ao silêncio. Ocorre que a receita foi adaptada ao Culto de Umbanda Sagrada, deixando de se utilizar somente do recurso de resinas vegetais aromáticas largamente utilizadas desde a Antiguidade por praticamente todas as ordens monásticas ortodoxas e romanas, passando a incorporar em sua composição, a floração de Alfazema e o Alecrim brasileiro, adequados e largamente utilizados no Culto umbandista. Em inúmeras ocasiões durante anos, irmãos de fé procuraram-me no intuito de obter a receita de produção deste defumador, e gentil e respeitosamente neguei pelos motivos já descritos. Anualmente e geralmente sem prévio aviso, forneço este ao meu amado Colégio de Umbanda Sagrada ―Pai Benedito de Aruanda‖, num ato simbólico de fé e gratidão; principalmente de gratidão, por ter sido acolhido e conduzido à senda da Umbanda por meus pais, Rubens e Alzira Saraceni, que pacientemente, mas muito pacientemente acompanharam as etapas desde o meu desenvolvimento de dom mediúnico; como médium de trabalho; durante o sacerdócio, até a inesperada e recente coroação como sacerdote umbandista. Descrevo aqui todos os utensílios a serem utilizados na preparação, os componentes do defumador propriamente dito, e o processo relativamente simples de produzi-lo. Utensílios necessários: Um recipiente grande (forma de bolo grande retangular, ou travessa grande de plástico). Liquidificador (Utilize um copo de liquidificador de preferência já bastante usado, e mantenha-o somente para este fim, pois ficará impregnado após o uso). Luvas de látex ou descartáveis de procedimento (a utilização de luvas é importante, devido ao fato de que durante o processo, as resinas aromáticas podem aderir às mãos, causando certo desconforto). Colher de pau, plástico, ou espátula. Recipiente de vidro ou plástico de boca larga, com tampa de rosca, ou boa vedação, para se preservar as qualidades aromáticas do defumador por tempo indeterminado.

Componentes da receita: Obs.: As proporções aqui descritas são relativas à produção de aproximadamente dois quilos e meio do defumador. Para quantidades maiores ou menores, basta se multiplicar ou dividir proporcionalmente as medidas. Todos os componentes do defumador são facilmente encontrados em lojas de artigos religiosos e etc., não sendo necessária a utlização de resinas aromáticas importadas, pois as que se produzem em nosso país, suprem com qualidade esta necessidade. 1 Quilo de Alfazema nacional seca, de boa procedência.

1/2 Quilo de Alecrim nacional seco, de boa procedência. 100 Gramas de resina de Incenso granulado nacional. 200 Gramas de resina de Benjoim granulado nacional. 200 Gramas de resina de Mirra granulada nacional. Modo de fazer:

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Deposite na forma ou travessa, a Alfazema e o Alecrim. A moagem das resinas aromáticas (pulverização): Adicione a seco no liquidificador os primeiros 200 Gramas de resina aromática, e rapidamente acione-o no modo pulsar, ou na velocidade máxima por alguns segundos (Esta técnica é semelhante ao antigo modo pelo qual nossas mães ou avós produziam no lar, pequenas quantidades de açúcar de confeiteiro ultrafino, a partir do açúcar refinado comum). Desligue o liquidificador e observe se restaram grânulos da resina aromática inteiros, e repita rapidamente a operação. É importante que se proceda rapidamente a moagem, para que se evite o empastamento das resinas no fundo do copo do liquidificador por ação do calor gerado. Feito isso, deposite a resina pulverizada sobre as ervas, e proceda a moagem das demais resinas aromáticas, sempre muito rapidamente, também depositando-as do mesmo modo, sobre as ervas dispostas no recipiente. Decorrida a moagem das resinas aromáticas já depositadas sobre a Alfazema e o Alecrim, misture lentamente para não se levantar o pó fino resultante da pulverização, agregando assim todo o conteúdo, impregnando as ervas aromáticas com as respectivas resinas (Essa mistura bem distribuída, e agregada à Alfazema e ao Alecrim é que promoverão a uniformidade do aroma ao serem queimadas, e a densidade da fumaça branca intensa e duradoura, durante o ato da Defumação). A limpeza dos utensílios utilizados pode ser feita com água quente e, posteriormente, lavados normalmente. Lembre-se de manter o copo de liquidificador unicamente para este fim, pois o teor aromático das resinas o impregnará definitivamente, mesmo após a limpeza. Espero sinceramente que esta receita seja do agrado de todos os irmãos de fé, e que seja disseminada em nossa rica cultura litúrgica umbandista, e inclusive agradeço a paciência a todos os irmãos que outrora vieram à busca desta.

Fraternalmente, Enviado por: Pai George de Aguiar.

Nesta obra reveladora transmitida pelo anjo de

Glória Whyschynna trazemos mais essa verdade para

você a respeito da existência de uma classe de

divindades: “ os Anjos”. Eles já vêm sendo descritos e

comentados há milênios e são conhecidos da humanidade

antes mesmo das diversas religiões hoje existentes. São

classes de Divindades de Deus e regem e atuam sobre

inúmeros aspectos da obra divina e dentre elas

auxiliando na demanda evolutiva da humanidade.

Aqui você conhecerá sobre um dos planetas dos

Anjos: Zhethornyann, já que existem inúmeros outros,

pois o universo é imenso e também saberá sobre o

momento que o planeta Terra esta passando, a

preparação para dias melhores, a transição para a nova

era: a Era do Ouro ou do despertar da consciência

cristisca. Esta obra foi transmitida pela médium Marise

Aparecida de Souza e discutida e fundamentada pela

autora Professora Doutora Delma F. Muniz. Um

verdadeiro convite e reflexão quanto a nossa existência e

ligação com o universo, com o Uno, o Criador. A

chamada para os Anjos humanos que estão adormecidos,

devido a nevoa do tempo pelas inúmeras encarnações

neste planeta vividas há milênios e que agora chegou o

momento de despertar.

PARA ADIQUIRIR ENTRE EM CONTATO COM

A AUTORA

WWW.DELMAFMUNIZ.COM.BR

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Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 25 de Abril de 2011. [email protected] Pág. 16

“Oração aos Pretos Velhos“

Inspirada por Pai Benedito de Aruanda após acender uma vela branca e colocar um copo com

água ao seu lado, a pessoa posiciona as mais espalmadas na direção desses dois elementos e diz isto: - Consagro essa vela e esse copo com água a Deus e a corrente espirituais dos Pretos Velhos da Umbanda e peço-lhes que se sirvam desses elementos e da minha prece para auxiliarem-me e os meus familiares, purificando-nos de todos os negativismos de todas as perseguições e perturbações espirituais e/ou magisticas AMÉM!

“Oração aos Pretos Velhos”

(façam ela ajoelhados) - Benditos Pretos Velhos, eu clamo-lhes em nome de Deus e dos sagrados Orixás que venham em meu auxilio, no dos meus familiares e da nossa casa. Livrem-nos de todas as obsessões e perseguição espirituais, afastando de nossa vida todos os espíritos desequilibrados que nos atormentam! - Livrem-nos de todas as demandas, vodus, bruxedos, feitiçarias, rezas bravas e magias negativas recolhendo-as com vossos poderes e mistérios, anulando-as redirecionando todos os espíritos e seres malignos que estejam atuando por traz dessas ações mágicas negativas. - Descarreguem, limpem e purifiquem nossos espíritos de todos os negativismos projetados contra nos. - Devolvam-nos a paz, a saúde, a harmonia, o equilíbrio e a prosperidade para que possamos seguir em frente com nossa evolução e amadurecimento na fé e no amor a Deus e a toda sua criação. - Benditos Pretos Velhos da Umbanda, eu vos agradeço em nome de Deus. Que ele vos abençoe e que os senhores me abençoem em nome dele. AMÉM!

Após a Oração a pessoa deve levantar-se e permanecer 15 minutos diante da vela e do copo com água podendo ficar sentado durante esse tempo. No dia seguinte a água do copo deve ser jogada na rua com a pessoa de costas para ela e com a mão esquerda.

Se sobrar algum resíduo da vela ele devera ser colocado dentro do copo e ser jogado fora junto com a água.

PAI RUBENS SARACENI E-mail: [email protected]

Texto constante no documento da Lei Aurea assinada pela Princesa

Isabel, 1888.

A Princesa Imperial Regente, em nome de Sua Majestade o Imperador, o senhor D. Pedro II faz saber a todos os súditos do Império que a Assembleia Geral decretou e Ela sancionou a Lei seguinte: Art 1º - É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil. Art 2º - Revogam-se as disposições em contrário. Manda portanto a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução da referida Lei pertencer, que a cumpram e façam cumprir e guardar tão inteiramente como nela se contém. O Secretário de Estado dos Negócios da Arquitetura, Comércio e Obras Públicas e interino dos Negócios Estrangeiros, bacharel Rodrigo Augusto da Silva, do Conselho de Sua Majestade o Imperador, a faça imprimir e correr. Dada no palácio do Rio de Janeiro, em 13 de Maio de 1888, 67 da Independência e do Império. Princesa Regente Imperial - Rodrigo Augusto da Silva.

ACESSE WWW.COLEGIODEUMBANDA.COM.BR E VEJA A REPLICA DA LEI

AUREA E OUTROS DOCUMENTOS HISTORICOS.

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Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 25 de Abril de 2011. [email protected] Pág. 17

Olá a todos, Estava ansioso para escrever esse e-

mail, digamos que estou precisando disso nesse momento...

Hoje, pude estar presente no trabalho organizado pela AUEESP (Associação Umbandista e Espiritualista do Estado de São Paulo) realizado na Rua Taquari nº 635 na Mooca, homenageando nosso amado Pai Ogum.

Mesmo ficando apenas para o início do trabalho, devido alguns compromissos que havia assumido, pude sentir por alguns instantes, aquele ―vulcão― energético subindo pelas minhas veias. Tive a sensação de estar flutuando entre o som da música umbandista, o ―rufar― dos atabaques, da preparação do ambiente com a defumação.... Era ela: era UMBANDA...

Por alguns instantes, voltei a anos atrás quando me deparei pela primeira vez com essa sensação... As mãos frias, o coração palpitante, um frio na barriga...

Era Umbanda... Talvez naquele momento, a sensação de

medo pelo desconhecido se misturava com uma alegria imensa de sentir esse calafrio... E não entender ao certo o aquilo significava, de não achar algumas explicações que eu queria naquele momento...

Mas pra que essa explicação? Será que eu iria entender?

Uns dizem que, ou a conhecemos pela dor, ou pelo amor, ou pela curiosidade...

Digamos que 95 % a conhece pela dor e os outros 5% pela curiosidade... Até porque esses 100% acabam ficando pelo amor! E assim foi comigo...

Conheci Umbanda 1 ano após o falecimento do meu pai, algo meio que ―traumático― em minha vida. Um ano antes, conhecia aquela que seria a mulher de minha vida, mesmo não a tendo por perto nesse momento... Quanta coisa ao mesmo tempo né...? Bom, após esse 1 ano turbulento, estive cada vez mais próximo dela, Umbanda... Mais próximo de algo que muitas pessoas não sabiam ao certo como explicá-la, ainda existiam segredos e mais segredo pelo tal desconhecido...

Mas eu seguia a diante, ―consumia‖ cada informação como alguém que tenta saciar sua sede em épocas de calor...

Fui sendo agraciado dia a dia, e ao mesmo tempo fui sendo criticado, difamado e muitas vezes taxado como ―o louco― por atitudes e situações que acabam se criando...

Mas eu decidi mudar isso e fui à busca daquilo que me completava!

Ao longo desses anos, perdi algumas coisas, acabei ganhando outras... Mas uma coisa ninguém tirou e nem irá tirar de mim...

A sensação de vencer, de acreditar em um propósito e ver La na frente que valeu a pena...

Isso é bom! E bom mesmo e saber que seu coração, muitas vezes ferido, apenas quer mostrar-lhe que vale a penas acreditar não naquilo que os outros irão falar de ti, mas sim nas graças de Deus, um Deus que não vê cor, raça ou credo...

Um Deus que vê somente você como deve ser visto: igualmente a qualquer outro, pois se ―arrancarmos ― nossas roupas, perdermos o raciocino e nossa condição de vida...

O que sobrará? Fui embora desse evento com meu

coração apertado, mas de alegria! Fui embora emocionado, pois vejo que

essa Umbanda que eu tanto acredito e me enche de alegria, a cada momento ganha mais e mais espaço...

Não estou aqui discutindo religião, até porque religião não se discute, se crê!

E não existe um Deus maior que o outro. Existe Deus!

E Deus é tão perfeito que ele lhe dá opção para que nós o achemos em uma missa, em um culto, em uma gira...

Em nossos corações... Isso é Deus e isso é Umbanda!

Algo que está dento de nós e que de dentro de nós, ―só‖ pelos ares através da música, do toque, da ginga...

Por isso, quero aqui registrar a graciosidade de Deus por me possibilitar ―pisar― meus pés em um solo tão sagrado que é... Umbanda...

Mesmo eu nesse momento, não estando 100% em minhas atividades espirituais e estando em grande dificuldade de me relacionar com meus sentimentos e meu coração.

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Mesmo sentindo esse ―vazio― nesse momento, eu agradeço a essa Umbanda que está aqui ao meu lado, dentro de mim e onde eu estiver...

E quando alguém entrar no seu terreiro ou lhe perguntar o que é ―esse trabalho―, mesmo você não tendo base em suas palavras, apenas diga: É Umbanda, somente Umbanda!

Onde existir o bem, a alegria e principalmente o intuito de ajudar, não importa a quem, apenas diga: É Umbanda, somente Umbanda!

Somente Umbanda meus irmãos e irmãs, somente Umbanda...

Desculpem tomar esse tempo de vocês, espero que tenham apreciado essas palavras tanto quanto eu... Mas a emoção toma conta de mim nesse momento...

Porque isso que me emociona, é Umbanda, somente Umbanda!

Junior Pereira

E-mail: [email protected] Twitter: http://twitter.com/otuca

NENÉM SENTADO NO TOCO

O velho sentado no toco me diz: — Pai veio já andô muito pela estada, fiu. Tudo que é veio hoje, já foi novo ontem. No começo da caminhada era ânsia de chegar no pote de ouro. Mas quanto mais pai veio corria pra frente, pra se

aproxima do holizonte, mas o holizonte corria pra trás, pra se distanciar de pai veio. Eê! Coisa doida, né fiu? — Bem doido! — respondo. Ele continua: — Depois de leva muita chibatada desta estada que nunca termina porque sempre recomeça, pai veio desistiu de volta pra casa. — Desistiu! — exclamo. — Ixo, fiu! Pai veio desitiu. Mas o veio não desitiu por covardia. Não tem chibata que dobre o valor de um filho de pemba. — Então porque desistiu? O veio desitiu poque entendeu que nunca ia chega em casa, por mais força que veio pudesse fazê. Era como varrê as folhas do chão contra o vento. — Você perdeu a esperança? — pergunto. — Ixo! Pedeu a espelança.

— A estrada, o caminho... Tudo perdeu o sentido? — Ixo! Tudo pedeu o sentido! Mas daí o veio chegô em casa! — Como assim? — pergunto — Você não disse que tinha desistido? — O veio desistiu de volta pra casa porque descobriu que já estava em casa. — Já estava em casa! — Ixo! A estrada é a casa do veio. Uma casa viva. — É mesmo! E o que mudou? — pergunto. — O veio virou neném. — Como assim, virou neném? — eu pergunto. — Nem-Nem — diz o velho sereno, soltando uma pitada — Apendi o caminho da sabedolia. O memo que aquele outo veio de oio puxado chamô de caminho du meio. — Ainda não entendi — eu digo. — Na casa-estada, fiu, tudo é vivo. Uma coisa que ucê acha que é ceto hoje, ucê acha errado amanhã, e vice-veso. Quando ucê caminha no nem-nem, ucê pode caminha pelo casa toda sem pecisa fica peso em nenhum canto. — Como eu faço isto? — NEM certo, NEM errado. — Mas vou acreditar no que, então? — Pecisa aquedita em alguma coisa, fiu? Quanco ucê era neném, ucê acreditava em alguma coisa?

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Jornalnacionaldaumbanda.com.br São Paulo, 25 de Abril de 2011. [email protected] Pág. 19

Achava alguma coisa ceta ou errada. — Não. — E era bem menos estessado do que ucê é hoje, num é? — Isto mesmo! — Então, pra que ceto e errado, fiu? Se ucê acredita que o ceto é ir pra direita, só vai consegui sofrer quando a estada fizer curva pra esquerda. — Bem observado! — Sabe por que os veio senta em cima de um toco? — ele me pergunta. —Não! Boa pergunta! — eu digo. — É ximbolismo, fiu. Tudo nois aprende do memo jeito: com os toco que a gente leva da vida. Toco é quando a gente aquedita num ceto e a vida mosta pra gente como isto é besteira, passando uma daquelas rasteiras de capoeira na gente, derrubando a gente nu chão, dando um toco. E quando a gente aprende a sabedoria do Nem-Nem, daí tem este ximboismo de senta em cima do toco. — Mas se não posso por o pé Nem aqui, Nem Ali, como andar? — Pelo contrário, fiu? Ucê pode pô o pé em qualquê lugâ, pois Nem aqui e Nm ali é o luga ceto. Num tem luga ceto. O caminho do Nem-Nem não é pra rende ucê no cativeiro, mas pra dá libedade. Ucê só vai fica peso no cativeiro quando acredita que ali e ceto e acolá é errado.” — Grato pai veio! — Eu que agadeço ducê praticar esta sabedoria. O fiu de hoje, lá na fente da estada, nada mais é do que o veio de amanhã.

Autor: Marcelo Ferrari http://ferrarinanet.blogspot.com/

E-mail enviado por um praticante da Magia Divina (nos EUA), no auxilio ao tratamento de cancêr:

De: Rozi Frye [mailto:[email protected]] Enviada em: segunda-feira, 16 de maio de 2011 00:06 Para: Dra. Miriam Cc: colégio de Assunto: A Magia já curou até câncer....

Oi Dra. Miriam, estamos por aqui super felizes, com boas noticias a respeito da aplicação da magia divina. Meus alunos ficam cada vez mais empolgados e conhecer a magia e estão usando cada vez mais e com alegria, pois estão vendo resultados fantásticos.

O mês passado, tivemos noticias de que uma aluna, aplicou a Magia Divina das 7 Ervas, em um homem que estava com câncer da próstata. Ele voltou no medico e foi detectado que ele não tinha mais o câncer. Essa semana, uma outra aluna, fez a mandala de cura, para uma irmã que mora em outro estado, que estava com um tipo de câncer raro, que fica entre os nervos das costas. Os médicos ha meses, vinham discutindo a possibilidade de uma cirurgia, mas que era impossível de fazer, pois estava em um local de difícil alcance para os médicos. Então decidiram não fazer a cirurgia. Minha aluna, me telefonou desesperada, pois tinha a certeza de que algo poderia ser feito, antes da irmã morrer. Orientei uma mandala de cura, a qual poderia amenizar o sofrimento da irmã. Ela fez e manteve a mandala por duas semanas. Sexta feira, dia 13 de maio, ela me deu a boa noticia. A irmã esta curada, inexplicavelmente. Os médicos falaram que o câncer sumiu de onde estava, que ate aparece nos exames, como se ela tivesse feito uma cirurgia no local , que era impossível de se alcançar. Não é incrível, Dra. Miriam?

Agora mais do que nunca, eles querem continuar estudando a Magia Divina, sabia? porque estão vendo resultados maravilhosos e compreendendo melhor qual a função da Magia Divina em nossa vida.

Bem, agora preciso saber se você nos enviou os certificados dos alunos de Magia das Pedras e Magia do fogo. Eles estão me cobrando isso, e loucos para iniciarem outra magia, risos. Fico muito feliz em poder ensina-los, não é pelo dinheiro, porque não vivo do dinheiro da magia, mas pelo prazer em vê-los acreditando na magia Divina e usando com fé, respeito e determinação., exatamente do jeito que Sr. Rubens, me ensinou. Por isso, quero muito que você dê meu recado, para ele, que a Magia aqui, esta tendo resultados maravilhosos , mesmo que são poucos alunos , mas que nós todos só temos a agradecer ele, por todo esse conhecimento. Abraços.

Rozi Frye (408) 289-1631

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PERGUNTAS E RESPOSTAS

FÓRUM DO COLEGIO DE UMBANDA

Tema: TER O SANTO Pergunta: Bom dia pessoal Poderiam me esclarecer uma dúvida? O que significa quando se diz que uma pessoa "tem o santo"? Acredito que é algo relacionado ao pai de santo. Mas significa que a pessoa nasceu com uma energia ou algum propósito ligado á umbanda? Nesse assunto tenho um ponto de interrogação na cabeça, agradeço muito se alguém puder me ajudar. Obrigado Flavio Machado. RESPOSTA: Bom dia, Irmão

Ter o santo não esta relacionado ao pai de santo, E sim você ter uma origem divina que é ligada a uma das forças de Deus, por exemplo "teu santo é Ogum", Significa que o orixá que lhe rege é ogum que é uma divindade ou uma força de Deus ligado ao sentido da Lei.

Essa origem tem a ver com nossa essência, todos independente de religião tem essa ligação ancestral com uma das sete forças de Deus, se estamos na Umbanda chamamos essa força de Ogum e se estamos na Igreja chamamos essa força de São Jorge ou anjo Gabriel, Muda-se o nome mas a força é a mesma. então resumindo, quando lhe disseram que "você tem o santo" disseram na verdade que você como todos nós temos uma origem divina ligada a uma força de Deus Fé (Oxalá) Amor (oxum)

Conhecimento (Oxóssi) etc. Porem oque ira dizer se você tem ou nasceu com uma energia ou propósito ligado a Umbanda, será o seu amor e se você sente no coração que deve adota-la como religião. Todos nascemos com o propósito de servirmos Deus através da religião que mais nos for afim, se for a Umbanda, seja bem vinda a religião mais tolerante e amorosa do mundo, mas se não for na Umbanda e for em outra religião , não importa , pois oque importa é estarmos servindo Deus da melhor maneira possível e sendo benção na vida dos nossos semelhantes Espero ter ajudado Um abraço fraternal em nome de Oxalá Pablo.Lokal.

PARTICIPE VOCÊ TAMBÉM DO FÓRUM DO

COLEGIO DE UMBANDA, ACESSE MENU FÓRUM NO

SITE WWW.COLEGIODEUMBANDA.COM.BR CRIE

TEMAS, RESPONDA, PERGUNTE, INICIE TÓPICOS DE

DISCUÇÃO, ENFIM, VENHA FAZER PARTE DE

DEBATES E TROCA DE INFORMAÇÕES

RELACIONADOS A RELIGIÃO.

PARA BREVE ESTAREMOS CRIANDO UMA

SALA DE BATE PAPO ON LINE, ASSIM TEREMOS UM

CANAL ON INE 24 HORAS POR DIA E 7 DIAS POR

SEMANA, LIVRE E ABERTO PARA CONVERSAS,

TROCAS DE INFORMAÇÕES E CONHECIMENTOS, OU

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COLETIVAS....PARTICIPE VOCÊ TAMBÉM,

CADASTRE-SE .

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PRETOS VELHOS NA UMBANDA

Mais uma vez homenageamos a Linha dos

Pretos e Pretas Velhas, como já é tradição na Umbanda no mês de maio.

Em quase todos os centros são realizadas festas em homenagem a essas queridas entidades, amadas e respeitadas por todos nós, seus filhos encarnados e seus médiuns.

Raros são os que não prestam homenagem aos espíritos abnegados que sempre têm uma palavra de consolo, conforto e esclarecimento para as pessoas que os consultam nas giras de Umbanda.

Sabemos muito pouco sobre as linhas de trabalhos espirituais umbandistas devido ao silencio dos próprios guias quanto às suas vidas terrenas e aos mistérios que manifestam em benéfico das pessoas que procuram.

O simbolismo de Umbanda, tal qual quanto todos os outros simbolismos, mais oculta que revela.

Mas, graças ao incansável trabalho desenvolvido por Pai Benedito de Aruanda em prol de uma literatura umbandista, já temos muitas informações sobre o que está oculto por traz dos nomes simbólicos dos guias espirituais.

Hoje sabemos que os Pretos Velhos (as) são regidos por um mistério denominado ―Mistério Ancião‖, e que os caboclos são regidos pelo ―Mistério Guardião‖.

O Mistério Ancião acolhe sob sua irradiação divina todos os espíritos já ―amadurecidos‖ no tempo e na vida.

Na Umbanda esses espíritos se manifestam como sábios e humildes Pretos e Pretas Velhas. Também temos a filha dos Pajés Velhos, que foram índios brasileiros nas suas ultimas encarnações. Para as pessoas que não conhecem o ―lado interno‖ da umbanda, pode parecer que os guias

espirituais, tanto os da direita quanto da esquerda atuam individualmente ou por conta própria.

Mas a verdade é outra e todos são ligados a mistérios divinos que os regem e que sustentam suas ações religiosas.

Os mistérios divinos da Umbanda são regidos pelos Orixás. Logo, os guias espirituais são regidos pelos Orixás. No dia 10 de maio o Colégio de Umbanda Sagrada Pai Benedito de Aruanda comemorou seus doze anos de existência com uma festa em homenagem aos nossos queridos Pretos velhos e a Pai Benedito de Aruanda, seu mentor.

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LAZER E CULTURA

O "QUINTO DOS INFERNOS"

Durante o século 18, o Brasil Colônia pagava um alto tributo para seu colonizador, Portugal. Esse tributo incidia sobre tudo o que fosse produzido em nosso país e correspondia a 20% (ou seja, 1/5) da produção. Essa taxação altíssima e absurda era chamada de "O Quinto". Esse imposto recaía principalmente sobre a nossa produção de ouro.

O "Quinto" era tão odiado pelos brasileiros, que quando se referiam a ele, diziam ... "O Quinto dos Infernos". E isso virou sinônimo de tudo que é ruim. A Coroa Portuguesa quis, em determinado momento, cobrar os "quintos atrasados" de uma única vez, no episódio conhecido como "Derrama". Isso revoltou a população, gerando o incidente chamado de "Inconfidência Mineira", que teve seu ponto culminante na prisão e julgamento de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário IBPT, a carga tributária brasileira chegou ao final ano de 2010 a 38% ou, praticamente, 2/5 (dois quintos) de nossa produção.

Ou seja, a carga tributária que nos aflige é praticamente o dobro daquela exigida por Portugal à época da Inconfidência Mineira, o que significa que pagamos hoje literalmente "dois quintos dos infernos" de impostos...

Para quê? Para sustentar a corrupção?? os Mensaleiros?? o Senado com sua legião de "diretores", a

festa das passagens, o bacanal (literalmente) com o dinheiro público, as comissões e jetons, a farra familiar nos 3 poderes (executivo/legislativo e judiciário). Nosso dinheiro é confiscado no dobro do valor do "quinto dos infernos" para sustentar essa corja, que nos custa (já feitas as atualizações) o dobro do que custava toda a Corte Portuguesa.

E pensar que Tiradentes foi enforcado porque se insurgiu contra a metade dos impostos que pagamos atualmente!

Enviado por Andrei Vinicov Kallazans E-mail: [email protected]

40 anos louvando Ogum

* por Sandra Santos

A União Regional Umbandista da Zona Oeste da Grande São Paulo - U.R.U.Z.O.G.S.P., promoveu no último dia 15 de maio, sua 40ª. Festa ―Vamos Saravá Ogum‖, em comemoração aos 40 anos de trabalhos prestados em nome da Umbanda.

O evento ocorreu no Ginásio Municipal de Esportes Professor José Liberatti, em Presidente Altino, na cidade de Osasco, São Paulo, contando com a presença dos terreiros filiados à UNIÃO, do Secretário Municipal de Cultura da cidade, Luciano Jurcovichi Costa, do jovem vereador Fábio Yuiti Yamato, de Sandra Santos, Sérgio e Regiane Perine da AUEESP – Associação Umbandista e Espiritualista do Estado de São Paulo, Iyá Ekedji Ogunlade representando o Primado do Brasil, Pai Milton Aguirre da União de Tendas, Marcelo Nascimento, entre outros convidados.

Mensagens de congratulações foram enviadas pelo Pai Rubens Saraceni e pelos decanos Pais Jamil Rachid e Ronaldo Linares.

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As festividades iniciaram-se com a carreata e procissão da sede da UNIÃO até o Ginásio, a entrada triunfal do andor com a imagem do Senhor Ogum, a entoação dos Hinos Nacional, da Umbanda e da UNIÃO, seguida de gira especial a Ogum, aos Caboclos e Pretos-Velhos.

A UNIÃO é presidida pelo sacerdote, o grande guerreiro, Pai Cláudio Franco, que conta com o apoio da Prefeitura do Município de Osasco, neste grandioso evento.

ENTREVISTA DADA POR RUBENS SARACENI, REVISTA ISTOÉ, 27 DE

MARÇO DE 2002, Nº1695.

MAGIA CONTRA AS TREVAS

POR LUIZA PASTOR E MÁRIO CHIMANOVITCH

UM NÚMERO CADA VEZ MAIOR DE PESSOAS BUSCA AJUDA DOS

MAGOS PARA DAR FIM AOS PROBLEMAS E ANGÚSTIAS DOS TEMPOS

ATUAIS

Na véspera do vestibular, o adolescente A.L. fez tudo como manda a

cartilha da boa prova: deixou os livros de lado, pegou um cinema com os amigos, optou pela água-de-coco no lugar do chope e foi para casa dormir cedo para estar descansado no dia seguinte. Antes de deitar, porém, A. foi convencido pela mãe a entrar num círculo de giz traçado no chão do quintal onde, à luz de algumas velas coloridas, passou por um ritual de limpeza de todas as energias negativas que pudessem perturbar-lhe a concentração necessária à prova tão temida. ―Eu sabia que estava bem preparado, havia estudado o ano inteiro, mas tanta gente estuda tanto quanto eu e na hora vem o branco, que não custava nada dar uma forcinha extra para a sorte‖, conta A., que prefere não dar o nome ―para não pagar mico na faculdade‖.

A mãe de A., a dona-de-casa C., de classe média alta e católica de formação, ―mas afastada da Igreja há anos‖, diz que usou a magia como aliada ao esforço do filho. E que lança mão de suas velas e mandalas sempre que algo começa a fugir do controle na rotina familiar. ―Os problemas ainda surgem, mas os enfrentamos com mais serenidade e as soluções parecem mais fáceis‖, garante.

C. fez o curso do Colégio de Tradição de Magia Divina, fundado em 1999 pelo escritor e Mago da Luz, Rubens Saraceni, que vem atraindo um número cada vez maior de interessados em um assunto que, até pouco tempo atrás, era visto como superstição de gente ignorante: a prática da magia.

Restrita ao longo dos séculos às sociedades secretas e escolas iniciáticas, privilégio de poucos e quase sempre associada pelo imaginário popular à prática de bruxarias, a magia começa agora a abrir suas portas e mistérios ao comum dos mortais. Uma abertura, dizem os iniciados, que ocorre como consequência dos tempos sombrios em que vivemos, nos quais a violência, a corrupção e o egoísmo parecem estar levando vantagem no embate tão velho quanto a própria magia, o do Bem contra o Mal. Centenas de pessoas têm acorrido nos últimos três anos a uns poucos núcleos de magia, como são chamados, para mergulhar no aprendizado que até pouco tempo era reservado a raros, ricos e poderosos.

Respostas – O que as leva em busca desse aprendizado oscila entre a mera curiosidade, o desejo de adquirir novos conhecimentos ou então de encontrar novas e mais eficazes formas de

lidar com velhos problemas, como a angústia gerada pela insegurança, o medo de sortilégios ou a cura de doenças. Quase todos os que foram ouvidos por ISTOÉ admitiram estar cansados de serem explorados por falsos curandeiros, adivinhos da sorte ou fabricantes de horóscopos, e acreditam ter encontrado na prática da magia a resposta para muitos dos males que as afligiam.

Os empresários Luís Antônio Baptista e Adriano Camargo, sócios da New World Computadores e Sistemas, refletem

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perfeitamente esse novo perfil. Especialistas em tecnologia da informação, uma área profissional voltada para a alta tecnologia e, como explica Baptista, ―totalmente fundamentada na lógica‖, adotam a magia que aprenderam no colégio não só em suas vidas privadas, mas no dia-a-dia do trabalho. ―Claro que não se trata de acender vela na hora em que um computador pifa‖, comenta, com bom humor, o empresário.

Ele explica que, muitas vezes, uma pessoa carregada de energias negativas, de preocupações e problemas em sua vida particular, não consegue enxergar os problemas que estão à sua frente. ―Ao limparmos essa carga da pessoa, com ações sutis de magia que às vezes ela nem percebe, é como se as coisas ficassem mais claras e as soluções vêm mais rápido‖, explica. Os clientes, acrescenta o sócio Camargo, percebem que há alguma diferença: ―Como sua escala de valores muda quando você começa a praticar a magia, todo mundo percebe que há algo em você mais confortável, mais confiável, e isso se reflete nos resultados.‖

O fato de a magia, nos moldes atuais, poder ser praticada sem espalhafato tem sido um dos seus principais atrativos, em um mundo dominado pela razão e o ceticismo. Segundo explicou o mago Saraceni a ISTOÉ, ―a magia, ao contrário da crença geral, não necessita de locais especiais ou aparatos suntuosos para ser praticada. O mago pode exercê-la no interior de sua casa, de seu trabalho ou na residência de alguma pessoa que esteja necessitando de sua atuação. Também ao contrário do que se imagina, não são necessários instrumentos complicados para a sua prática, mas sim determinadas pedras, giz mineral, eventualmente o azeite virgem, flores, velas, em suma, objetos muito fáceis de ser encontrados. Ela pode ser praticada também ao ar livre, nas margens de rios, matas, mar e montanhas, e não utiliza nem sacrifica animais.‖ Austeridade – O Colégio de Tradição de Magia Divina, o mais procurado e respeitado desses núcleos, funciona num local discreto e sem nenhuma placa que o identifique no velho bairro operário do Belenzinho, na zona leste de São Paulo. Entre as velhas casas do bairro, um prédio acinzentado de dois andares abriga a escola. Trata-se de um local austero, sem nada que demonstre suas reais finalidades. O colégio é dirigido por Saraceni, 50 anos, que se dedica ao estudo da magia desde o início da década de 80. Pessoa discreta e afável, Saraceni recebeu a reportagem com receio, confessando temer publicidade sensacionalista sobre algo tão complexo de se abordar. Ele explicou que o colégio, ou núcleo de magia, reúne semanalmente pessoas de todos os níveis sociais e categorias profissionais que se encontram para trocar informações, novas descobertas e também para se auxiliar mutuamente diante do desconhecido. ―Trata-se de uma nova forma de lidar com os velhos problemas que afligem as pessoas, tais como obsessões, magias negras, fobias e até doenças que a medicina convencional tem dificuldade em abordar‖, explica Saraceni, que conta já ter formado mais de dois mil magos.

Os cursos duram em média quatro meses e abrangem 21 áreas diferentes, tais como a Magia do Fogo, a Magia das Pedras, a Magia da Água, dos Vegetais, dos Gênios, da Espada, entre outras. O primeiro curso, o de Magia Divina das Sete Chamas, é fundamentado no elemento fogo e é praticado com velas que funcionam como condensadores ou irradiadores da chamada energia da chama. A Magia das Pedras trabalha com cristais e outros minerais no mesmo processo de condensação de energias. A Magia dos Vegetais cuida da regeneração e cura do espírito e a dos Gênios opera com os chamados elementais ou seres da natureza para combater forças do mal. Já a da Espada serve como elemento de ruptura das chamadas energias negativas. Ela rompe cordões invisíveis que estariam ligando o ser humano a essas energias ruins.

Carga pesada – O professor de educação física Gilberto Sérgio Munhoz é outro mago formado por Saraceni, que adota o que aprendeu nos cursos na rotina de seu negócio, uma loja de material esportivo. ―Não dá para separar as coisas, quando você começa a sentir que alguém que entrou na sua loja chega com uma carga pesada, ruim, automaticamente você já começa a invocar uma limpeza, que o ajuda e também a essa outra pessoa‖, explica. Ele conta que nunca foi muito ligado às coisas do espírito, mas que a magia ―é diferente‖: ―Sou e sempre fui muito cético, não sou do tipo que acha que tudo o que acontece na vida tem causa espiritual, mas a magia me conquistou porque é essencialmente simples, ela lida com energias, reequilibra a mim e as pessoas ao meu redor. Isso é incontestável, é algo que você sente.‖

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Essa atração de pessoas nem sempre religiosas pelo universo da magia é considerada normal por Saraceni, que faz questão de lembrar que a magia ―nasceu antes das religiões, antes que as religiões se apossassem do domínio dos mistérios e dele fizessem instrumento de poder‖. ―Há uma curiosidade natural no homem de aprender, é algo típico do ser humano e de suas necessidades: pessoas que têm problemas de fundo espiritual, pessoas que sofrem perseguições de espíritos do passado, outras que sofrem projeções mentais de seus desafetos, enfim, pessoas que têm medo ou insegurança em razão do próprio momento em que vivemos, que é de muitas transformações, e muitos não conseguem acompanhá-las. Tudo isso, associado à situação da violência, ao desemprego, à insegurança em relação ao amanhã, leva as pessoas à magia, para se defenderem.‖

Saraceni acredita que é justamente o mundo moderno como ele é que tem levado as pessoas a procurar a magia, sem medo de serem ridicularizadas: ―Se você vai ao cinema, lá está a magia.

Você entra na internet e acessa sites que falam de coisas extraterrestres. A literatura está quase toda recheada de magia. Veja o fenômeno atual do Harry Potter. Você entra nos games das crianças e vê seres fantásticos, seres dotados de superpoderes, os comics mais vendidos são aqueles dos super-heróis. Na verdade, estamos vivendo um tempo mágico, em que a magia está no ar envolvendo toda a humanidade. É um fato mundial. E nos deparamos também com os absurdos, as ordens negras voltadas para o Mal, para o culto de forças desconhecidas da humanidade Ele defende que a magia vai se universalizar dentro em breve, deixando de ser hermética para se tornar algo comum a toda a humanidade. ―Quem quiser praticar a magia só precisará se iniciar. Nós a mantemos controlada para que não aconteça a ela o que ocorreu com outras através dos tempos, ou seja, acabaram se desvirtuando e perdendo sua pureza e simplicidade, tornando-se complexa e ao mesmo tempo distorcida‖, conclui.

RECEITAS SIMPLES E EFICAZES

Magia para auxiliar nos casos de doença 1º - Acendam no chão sete velas coloridas, em círculo e nesta ordem: branca, azul-claro, verde, rosa, roxa, violeta e lilás. 2º - Coloque o nome ou uma fotografia da pessoa enferma dentro do círculo de velas, já acesas. 3º - Ajoelhe-se, concentre-se em Deus e em seus Divinos Tronos e faça a oração evocativa abaixo: Eu evoco Deus, evoco seus Divinos Tronos, evoco a sua Lei Maior e a sua Justiça Divina, assim como evoco seus Tronos Medicinais e peço que auxiliem na cama da doença de (nome da pessoa doente), sempre de acordo com o seu merecimento. Peço também que, caso seja necessário o auxílio de algum profissional (médico, etc.), então que este seja inspirado para o maior benefício deste (a) meu (minha) irmão (a). Amém.

Magia para anular o negativismo ou a antipatia de alguém que não tem afinidade conosco 1º - Risque no solo, com giz, uma estrela de seis pontas (estrela-de-davi). 2º - Coloque sobre ela um prato de louça ou vidro. 3º - Coloque dentro dele num papel o nome do desafeto. 4º - Cubra o papel com o nome com azeite virgem de oliva. 5º - Acenda uma vela vermelha de sete dias e a coloque sobre o nome do papel 6º - Faça a seguinte evocação: Eu evoco Deus, evoco seus Divinos Tronos, evoco sua Lei Maior e sua Justiça Divina, assim como evoco seu Trono da Justiça aqui firmado nesta vela e peço que sejam anulados todos os sentimentos negativos vibrados contra mim por esta pessoa, e os meus, vibrados por ela, pois só assim deixaremos de nos odiar. Mas, caso não seja possível, no momento, a nossa harmonização, então que ela seja afastada de minha vida até que isto seja possível. Amém. Magia para tirar a energia ruim de casas ou ambientes de trabalho 1º - Pegue um prato de louça ou de vidro e derrame dentro dele cerca de um centímetro de azeite virgem de oliva.

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2º - Acenda uma vela branca de sete dias e, após consagrá-la ao Trono da Fé, coloque-a dentro do prato com azeite. 3º - Faça a evocação: Eu evoco Deus, evoco seus Divinos Tronos, evoco sua Lei Maior e sua Justiça Divina e evoco o Trono da Fé aqui firmado e peço que todas as energias negativas acumuladas dentro desta casa ou deste ambiente sejam absorvidas pela chama desta vela consagrada e sejam anuladas neste azeite. Amém. Obs.: Você pode repetir esta magia sempre que desejar

INVERSÃO DOS PÓLOS NOS JORNAIS INGLESES

Buracos no campo magnético do planeta sugerem que os pólos podem ''trocar'' de lugar Jonathan Leake - The Sunday Times LONDRES - O Pólo Norte está de mudança. Cientistas encontraram grandes buracos no campo magnético da Terra, sugerindo que os Pólos Norte e Sul estão se preparando para trocar de posição, numa guinada magnética. Há muitos anos se sabe que o pólo norte muda de lugar, mas achava-se que era um movimento pendular, conhecido pelos físicos e geodésicos como "Declinação Magnética", também levada em consideração em levantamentos topográficos e mais recentemente em geo-referenciamentos, porém o que se tem visto é que o Polo Norte já se deslocou mais de 400 km ao sul desde os anos 80 e não retornado à sua posição original, como se pensava no "movimento pendular". Um período de caos poderia ser iminente,

no qual as bússolas não mais apontariam para o Norte, animais migratórios tomariam o rumo errado e satélites seriam queimados pela radiação solar. Os buracos estão sobre o sul do Atlântico e do Ártico. As mudanças foram divulgadas depois da análise de dados detalhados do satélite dinamarquês Orsted, cujos resultados foram comparados com dados coletados antes por outros satélites. A velocidade da mudança surpreendeu os cientistas. Nils Olsen, do Centro para a Ciência Planetária da Dinamarca, um dos vários institutos que analisam os dados, afirmou que o núcleo da Terra parece estar passando por mudanças dramáticas. ''Esta poderia ser a situação na qual o geodínamo da Terra opera antes de se reverter'', diz o pesquisador. O geodínamo é o processo pelo qual o campo magnético é produzido: por correntes de ferro derretido fluindo em torno de um núcleo sólido. Às vezes, turbilhões gigantes formam-se no metal líquido, com o poder de mudar ou mesmo reverter os campos magnéticos acima deles. A equipe de Olson acredita que turbilhões se formaram sob o Pólo Norte e o sul do Atlântico. Se eles se tornarem fortes o bastante, poderão reverter todas as outras correntes, levando os pólos Norte e Sul a trocar seus lugares. Andy Jackson, especialista em geomagnetismo da Universidade de Leeds, Inglaterra, disse que a mudança está atrasada: ''Tais guinadas normalmente acontecem a cada 500 mil anos, mas já se passaram 750 mil desde a última.''

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A mudança poderia afetar tanto os seres humanos quanto a vida selvagem. A magnetosfera fornece proteção vital contra a radiação solar abrasadora, que de outro modo esterilizaria a Terra. A magnetosfera é a extensão do campo magnético do planeta no espaço. Ela forma uma espécie de bolha magnética protetora, que protege a Terra das partículas e radiação trazidas pelo ''vento solar''.Outra hipótese é a de que a mudança nos pólos teria influência nos terremotos e tsunamis cada vez mais frequentes de algum tempo para cá.

O campo magnético provavelmente não desapareceria de uma vez, mas ele poderia enfraquecer enquanto os pólos trocam de posições. A onda de radiação resultante poderia causar câncer, reduzir as colheitas e confundir animais migratórios, das baleias aos pingüins. Muitas aves e animais marinhos se guiam pelo campo magnético da Terra para viajar de um lugar para outro. A navegação por bússola se tornaria muito difícil. E os satélites - ferramentas alternativas de navegação e vitais para as redes de comunicação - seriam rapidamente danificados pela radiação.

O PONTO ZERO E A MUDANÇA DAS ERAS DO CALENDÁRIO MAIA

Profecias ancestrais e diversas tradições indígenas anteviram o fenômeno. Mas agora para surpresa de muita gente, é a própria ciência que começa a reconhecer importantes mudanças no campo magnético e na freqüência vibratória da Terra O ápice do processo, que segundo alguns especialistas, deverá ocorrer em alguns anos provavelmente provocará a inversão do sentido da rotação do nosso planeta e também a inversão dos pólos magnéticos. O texto que o Guia Lótus agora veicula é baseado nas informações que enfoca o trabalho do geólogo norte-americano Greg Braden, maior estudioso do fenômeno. Braden trabalha a partir da interface ciência-esoterismo e é autor do livro "Awakening to Zero Point " (Despertando para o

Ponto Zero – ainda não traduzido para o português) e de um vídeo de quatro horas sobre o fenômeno e suas possíveis conseqüências para a humanidade. Greg Braden está constantemente viajando pelos Estados Unidos e marcando presença na mídia demonstrando com provas científicas que a Terra vem passando pelo Cinturão de Fótons e que há uma desaceleração na rotação do planeta. Ao mesmo tempo, ocorre um aumento na freqüência ressonante da Terra (a chamada Ressonância de Schumann). Quando a Terra perder por completo a sua rotação e a freqüência ressonante alcançar o índice de 13 ciclos, nós estaremos no que Braden chama de Ponto Zero do campo magnético. A Terra ficará parada e, após dois ou três dias, recomeçará a girar só que na direção oposta. Isto produzirá uma total reversão nos campos magnéticos terrestres. Freqüência de base crescente

A freqüência de base da Terra, ou ''pulsação'' (chamada Ressonância de Schumann, ou RS), está aumentando drasticamente. Embora varie entre regiões geográficas, durante décadas a média foi de 7 e 8 ciclos por segundo. Esta medida já foi considerada uma constante; comunicações globais militares foram desenvolvidas a partir do valor desta freqüência. Recentes relatórios estabeleceram a taxa num índice superior a 11 ciclos. A ciência não sabe porque isso acontece – nem o que fazer com essa situação. Greg Baden encontrou dados coletados por pesquisadores

noruegueses e russos sobre o assunto – que, por sinal, não é amplamente tratado nos Estados

IMPACTO

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Unidos. A única referência à RS encontrada na Biblioteca de Seattle está relacionada à meteorologia: a ciência reconhece a RS como um sensível indicador de variações de temperatura e condições amplas de clima.

Braden acredita que a RS flutuante pode ser fator importante no desencadeamento das severas tempestades e enchentes dos últimos anos.

Campo magnético decrescente

Enquanto a taxa de ''pulsação'' está crescendo, seu campo de força magnético está declinando. De acordo com professor Banerjee, da Universidade do Novo México – EUA, o campo reduziu sua intensidade à metade, nos últimos quatro (4) mil anos. E como um dos fenômenos que costuma preceder a inversão do magnetismo polar é a redução deste campo de força, ele acredita que outra inversão deve estar acontecendo.

Braden afirma, em função disso, que os registros geológicos da Terra que indicam inversões magnéticas também assinalam mudanças cíclicas ocorridas anteriormente. E, considerando a enorme escala de tempo representada por todo o processo, devem ter ocorrido muito poucas dessas mudanças ao longo da história do planeta. Greg Braden costuma afirmar que estas informações não devem ser usadas com o objetivo de amedrontar as pessoas. Ele acredita que devemos estar preparados para

as mudanças planetárias, que irão introduzir uma Nova Era de Luz para a humanidade: iremos além do dinheiro e do tempo, com os conceitos baseados no medo sendo totalmente dissolvidos. Braden lembra que o Ponto Zero ou a Mudança das Eras vem sendo predito por povos ancestrais há milhares de anos. Têm acontecido ao longo da história do planeta muitas transformações geológicas importantes, incluindo aquelas que ocorrem a cada treze (13) mil anos, precisamente na metade dos vinte e seis (26) mil anos de Precessão dos Equinócios. O Ponto Zero ou uma inversão dos pólos magnéticos provavelmente acontecerá logo, acredita Braden. Poderia possivelmente sincronizar-se com o biorritmo de quatro (4) ciclos da Terra, que ocorre a cada vinte (20) anos, sempre no dia 12 de Agosto. A última ocorrência foi em 2003. Afirma-se que depois do Ponto Zero o sol nascerá no oeste e se porá no leste. Ocorrências passadas, deste mesmo tipo de mudança, foram encontradas em registros ancestrais.

OS REFLEXOS NA VIDA HUMANA

Greg Braden assinala que as mudanças na Terra estarão afetando cada vez mais nossos padrões de sono, relacionamentos, a habilidade de regular o sistema imunológico e a percepção do tempo. Tudo isso pode envolver sintomas como enxaquecas, cansaço, sensações elétricas na coluna, dores no sistema muscular, sinais de gripe e sonhos intensos. Ele associa uma série de conceitos de ordem esotéricos aos processos geológicos e cosmológicos relacionados ao Ponto Zero. Para Braden, cada ser humano está vivendo um intenso processo de iniciação. O tempo parecerá acelerar-se à medida que nos aproximarmos do Ponto Zero, em função do aumento da freqüência vibratória do planeta: 16 horas agora equivaleriam a um dia inteiro, ou seja, 24 horas.Durante o fenômeno da mudança, aponta ele, a maior parte de ecnologia que conhecemos deverá parar de operar. Possíveis exceções poderiam ser em aparelhos com tecnologia baseada no ''Ponto Zero'' ou Energia Livre.

Enviado por: José Carlos E-mail: [email protected] CONTINUA...

Impacto sobre o Planeta

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ULTIMA PÁGINA

IGREJA CATÓLICA RECONHECE COMUNICAÇÃO COM OS ESPÍRITOS

Enviado por: Sandra Santos

Recentemente foi lançado no mercado cultural um livro mediúnico trazendo as reflexões de um padre depois da morte, atribuído, justamente, ao Espírito Dom Helder Camara, bispo católico, arcebispo emérito de Olinda e Recife, desencarnado no dia 28 de agosto de 1999, em Recife (PE).

O livro psicografado pelo médium Carlos Pereira, da Sociedade Espírita Ermance Dufaux, de Belo Horizonte, causou muita surpresa no meio espírita e grande polêmica entre os católicos. O que causou mais espanto entre todos foi a participação de Marcelo Barros, monge beneditino e teólogo, que durante nove anos foi secretário de Dom Helder Câmara, para a relação ecumênica com as igrejas cristãs e as outras religiões.

Marcelo Barros secretariou Dom Helder Câmara no período de 1966 a 1975 e tem 30 livros publicados. Ao prefaciar o livro Novas Utopias, do espírito Dom Helder, reconhecendo a autenticidade do comunicante, pela originalidade de suas idéias e, também, pela linguagem, é como se a Igreja Católica viesse a público reconhecer o erro no qual incorreu muitas vezes, ao negar a veracidade do fenômeno da comunicação entre vivos e mortos, e desse ao livro de Carlos Pereira, toda a fé necessária como o Imprimátur do Vaticano.

É importante destacar, ainda, que os direitos autorais do livro foram divididos em partes iguais, na doação feita pelo médium, à Sociedade Espírita Ermance Dufaux e ao Instituto Dom Helder Câmara, de Recife, o que, aliás, foi aceito pela instituição católica, sem qualquer constrangimento.

No prefácio do livro aparece também o aval do filósofo e teólogo Inácio Strieder e a opinião favorável da historiadora e pesquisadora Jordana Gonçalves Leão, ambos ligados à Igreja Católica. Conforme eles mesmos disseram, essa obra talvez não seja uma produção direcionada aos espíritas, que já convivem com o fenômeno da comunicação, desde a codificação do Espiritismo; mas, para uma grandiosa parcela da população dentro da militância católica, que é chamada a conhecer a verdade espiritual, porque "os tempos são chegados", estes ensinamentos pertencem à natureza e, conseqüentemente, a todos os filhos de Deus.

A verdade espiritual não é propriedade dos espíritas ou de outros que professam estes ensinamentos e, talvez, porque, tenha chegado o momento da Igreja Católica admitir, publicamente, a existência espiritual, a vida depois da morte e a comunicação entre os dois mundos.

Na entrevista com Dom Helder Câmara, realizada pelos editores, o Espírito comunicante

respondeu as seguintes perguntas sobre a vida espiritual: Dom Helder, mesmo na vida espiritual, o senhor se sente um padre? Não poderia deixar de me sentir padre, porque minha alma, mesmo antes de voltar, já se sentia padre. Ao deixar a existência no corpo físico, continuo como padre porque penso e ajo como padre. Minha convicção à Igreja Católica permanece a mesma, ampliada, é claro, com os ensinamentos que aqui recebo, mas continuo firme junto aos meus irmãos de Clero a contribuir, naquilo que me seja possível, para o bem da humanidade. Do outro lado da vida o senhor tem alguma facilidade a mais para realizar seu trabalho e exprimir seu pensamento, ou ainda encontra muitas barreiras com o preconceito religioso? Encontramos muitas barreiras. As pessoas que estão do lado de cá reproduzem o que existe na Terra. Os mesmos agrupamentos que se formam aqui se reproduzem na Terra. Nós temos as mesmas dificuldades de relacionamento, porque os pensamentos continuam firmados, cristalizados em crenças em determinados pontos que não levam a nada. Resistem a ideia de evolução dos conceitos. Mas, a grande diferença é que por estarmos com a vestimenta do espírito, tendo uma consciência mais ampliada das coisas podemos dirigir os nossos pensamentos de outra maneira e assim influenciar aqueles que estão na Terra e que vibram na mesma sintonia.

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Como o senhor está auxiliando nossa sociedade na condição de desencarnado? Do mesmo jeito. Nós temos as mesmas preocupações com aqueles que passam fome, que estão nos hospitais, que são injustiçados pelo sistema que subtrai liberdades, enriquece a poucos e colocam na pobreza e na miséria muitos; todos aqueles desvalidos pela sorte. Nós juntamos a todos que pensam semelhantemente a nós, em tarefas enobrecedoras, tentando colaborar para o melhoramento da humanidade. Como é sua rotina de trabalho? A minha rotina de trabalho é, mais ou menos, a mesma.. Levanto-me, porque aqui também se descansa um pouco, e vamos desenvolver atividades para as quais nos colocamos à disposição. Há grupos que trabalham e que são organizados para o meio católico, para aqueles que precisam de alguma colaboração. Dividimo-nos em grupos e me enquadro em algumas atividades que faço com muito prazer. Qual foi a sua maior tristeza depois de desencarnado? E qual foi a sua maior alegria? Eu já tinha a convicção de que estaria no seio do Senhor e que não deixaria de existir. Poder reencontrar os amigos, os parentes, aqueles aos quais devotamos o máximo de nosso apreço e consideração e continuar a trabalhar, é uma grande alegria. A alegria do trabalho para o Nosso Senhor Jesus Cristo. O senhor, depois de desencarnado, tem estado com freqüência nos Centros Espíritas? Não. Os lugares mais comuns que visito no plano físico são os hospitais; as casas de saúde; são lugares onde o sofrimento humano se faz presente. Naturalmente vou à igreja, a conventos, a seminários, reencontro com amigos, principalmente em sonhos, mas minha permanência mais freqüente não é na casa espírita. O senhor já era reencarnacionista antes de morrer? Nunca fui reencarnacionista, diga-se de passagem. Não tenho sobre este ponto um trabalho mais desenvolvido porque esse é um assunto delicado, tanto é que o pontuei bem pouco no livro. O que posso dizer é que Deus age conforme a sua sabedoria sobre as nossas vidas e que o nosso grande objetivo é buscarmos a felicidade mediante a prática do amor. Se for preciso voltar a ter novas experiências, isso será um processo natural. Qual é o seu objetivo em escrever mediunicamente? Mudar, ou pelo menos contribuir para mudar, a visão que as pessoas têm da vida, para que elas percebam que continuamos a existir e que essa nova visão possa mudar profundamente a nossa maneira de viver. Qual foi a sensação com a experiência da escrita mediúnica? Minha tentativa de adaptação a essa nova forma de escrever foi muito interessante, porque, de início, não sabia exatamente como me adaptar ao médium para poder escrever. É necessário que haja uma aproximação muito grande entre o pensamento que nós temos com o pensamento do médium. É esse o grande de todos nós porque o médium precisa expressar aquilo que estamos intuindo a ele. No início foi difícil, mas aos poucos começamos a criar uma mesma forma de expressão e de pensamento, aí as coisas melhoraram. Outros (médiuns) pelos quais tento me comunicar enfrentam problemas semelhantes. Foi uma surpresa saber que poderia se comunicar pela escrita mediúnica? Não. Porque eu já sabia que muitas pessoas portadoras da mediunidade faziam isso. Eu apenas não me especializei, não procurei mais detalhes, deixei isso para depois, quando houvesse tempo e oportunidade. Imaginamos que haja outros padres que também queiram escrever mediunicamente, relatarem suas impressões da vida espiritual. Por que Dom Helder é quem está escrevendo?

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Porque eu pedi. Via-me com a necessidade de expressar aos meus irmãos da Terra que a vida continua e que não paramos simplesmente quando nos colocam dentro de um caixão e nos dizem "acabou-se". Eu já pensava que continuaria a existir, sabia que haveria algo depois da vida física. Falei isso muitas vezes. Então, senti a necessidade de me expressar por um médium quando estivesse em condições e me fossem dadas as possibilidades. É isto que eu estou fazendo. Outros padres, então, querem escrever mediunicamente em nosso País? Sim. E não poucos. São muitos aqueles que querem usar a pena mediúnica para poder expressar a sobrevivência após a vida física. Não o fazem por puro preconceito de serem ridicularizados, de não serem aceitos, e resguardam as suas sensibilidades espirituais para não serem colocados numa situação de desconforto. Muitos padres, cardeais até, sentem a proteção espiritual nas suas reflexões, nas suas prédicas, que acreditam ser o Espírito Santo, que na verdade são os irmãos que têm com eles algum tipo de apreço e colaboram nas suas atividades. Como o senhor se sentiu em interação com o médium Carlos Pereira? Muito à vontade, pois havia afinidade, e porque ele se colocou à disposição para o trabalho. No princípio foi difícil juntar-me a ele por conta de seus interesses e de seu trabalho. Quando acertamos a forma de atuar, foi muito fácil, até porque, num outro momento, ele começou a pesquisar sobre a minha última vida física. Então ficou mais fácil transmitir-lhe as informações que fizeram o livro. O senhor acredita que a Igreja Católica irá aceitar suas palavras pela mediunidade? Não tenho esta pretensão. Sabemos que tudo vai evoluir e que um dia, inevitavelmente, todos aceitarão a imortalidade com naturalidade, mas é demais imaginar que um livro possa revolucionar o pensamento da nossa Igreja. Acho que teremos críticas, veementes até, mas outros mais sensíveis admitirão as comunicações. Este é o nosso propósito. É verdade que o senhor já tinha alguns pensamentos espíritas quando na vida física? Eu não diria espírita; diria espiritualista, pois a nossa Igreja, por si só, já prega a sobrevivência após a morte. Logo, fazermos contato com o plano físico depois da morte seria uma conseqüência natural. Pensamentos espíritas não eram, porque não sou espírita. Sem nenhum tipo de constrangimento em ter negado alguns pensamentos espíritas, digo que cheguei a ter, de vez em quando, experiências íntimas espirituais. Igreja - Há as mesmas hierarquias no mundo espiritual? Não exatamente, mas nós reconhecemos os nossos irmãos que tiveram responsabilidades maiores e que notoriamente tem um grau evolutivo moral muito grande. Seres do lado de cá se reconhecem rapidamente pela sua hombridade, pela sua lucidez, pela sua moralidade. Não quero dizer que na Terra isto não ocorra, mas do lado de cá da vida isto é tudo mais transparente; nós captamos a realidade com mais intensidade. Autoridade aqui não se faz somente com um cargo transitório que se teve na vida terrena, mas, sobretudo, pelo avanço moral. Qual seu pensamento sobre o papado na atualidade? Muito controverso esse assunto. Estar na cadeira de Pedro, representando o pensamento maior de Nosso Senhor Jesus Cristo, é uma responsabilidade enorme para qualquer ser humano. Então fica muito fácil, para nós que estamos de fora, atribuirmos para quem está ali sentado, algum tipo de consideração. Não é fácil. Quem está ali tem inúmeras responsabilidades, não apenas materiais, mas descobri que as espirituais ainda em maior grau. Eu posso ter uma visão ideológica de como poderia ser a organização da Igreja; defendi isso durante minha vida. Mas tenho que admitir, embora acredite nesta visão ideal da Santa Igreja, que as transformações pelas quais devemos passar merecem cuidado, porque não podemos dar sobressaltos na evolução. Queira Deus que o atual Papa Ratzinger (Bento XVI) possa ter a lucidez necessária para poder conduzir a Igreja ao destino que ela merece. O senhor teria alguma sugestão a fazer para que a Igreja cumpra seu papel?

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Não preciso dizer mais nada. O que disse em vida física, reforço. Quero apenas dizer que quando estamos do lado de cá da vida, possuímos uma visão mais ampliada das coisas. Determinados posicionamentos que tomamos, podem não estar em seu melhor momento de implantação, principalmente por uma conjuntura de fatores que daqui percebemos. Isto não quer dizer que não devamos ter como referência os nossos principais ideais e, sempre que possível, colocá-los em prática. Espíritas no futuro? Não tenho a menor dúvida. Não pertencem estes ensinamentos a nossa Igreja, ou de outros que professam estes ensinamentos espirituais. Portanto, mais cedo ou mais tarde, a nossa Igreja terá que admitir a existência espiritual, a vida depois da morte, a comunicação entre os dois mundos e todos os outros princípios que naturalmente decorrem da vida espiritual. Quais são os nomes mais conhecidos da Igreja que estão cooperando com o progresso do Brasil no mundo espiritual? Enumerá-los seria uma injustiça, pois há base em todas as localidades. Então, dizer um nome ou outro seria uma referência pontual porque há muitos, que são poucos conhecidos, mas que desenvolvem do lado de cá da vida um trabalho fenomenal e nós nos engajamos nestas iniciativas de amor ao próximo. Amor - Que mensagem o senhor daria especificamente aos católicos agora, depois da morte? Que amem, amem muito, porque somente através do amor vai ser possível trazer um pouco mais de tranqüilidade à alma. Se nós não tentarmos amar do fundo dos nossos corações, tudo se transformará numa angústia profunda. O amor, conforme nos ensinou o Nosso Senhor Jesus Cristo, é a grande mola salvadora da humanidade. Que mensagem o senhor deixaria para nós, espíritas? Que amem também, porque não há divisão entre espíritas e católicos ou qualquer outra crença no seio do Senhor. Não há. Essa divisão é feita por nós, não pelo Criador. São aceitáveis porque demonstram diferenças de pontos de vista, no entanto, a convergência é única, aqui simbolizada pela prática do amor, pois devemos unir os nossos esforços. Que mensagem o senhor deixaria para os religiosos de uma maneira geral? Que amem. Não há outra mensagem senão a mensagem do amor. Ela é a única e principal mensagem que se pode deixar.

Livro: Novas Utopias Autor: Dom Helder Câmara (espírito) Médium: Carlos Pereira Editora: Dufaux Site: wwe.editoradufaux.com.br