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ANO 15 – Nº 2378 – SÃO PAULO, 12 A 18 DE JULHO DE 2012 – R$ 2,50 www.nippak.com.br A comunidade okinawana, em especial os jovens re- sidentes no Brasil, já estão em contagem regressiva para o 1º Sekai Wakamono Uchinanchu Taikai (En- contro Mundial de Jovens Okinawanos), que será realizado de 25 a 29 de julho, com atividades na Associação Okinawa Ken- jin do Brasil (AOKB), no bairro da Liberdade, e no Centro Cultural Okinawa do Brasil, em Diadema. O objetivo do evento, cuja se- gunda edição está marcada para o Havaí, é promover o intercâmbio entre os jovens uchinanchus do mundo e Okinawa, e passar a identi- dade uchina para as novas gerações. Devem participar jovens da Argentina, Peru, Bolívia, Estados Unidos, Havaí, Inglaterra, França, Japão, Taiwan e China. Apenas de Okinawa, são aguardados 30 represen- tantes. O Brasil, país sede, deve mobilizar todas as 44 subsedes espalhadas pelo território brasileiro, sendo 20 em São Paulo. —————————–——————––––––––––——| Pág. 03 DIVULGAÇÃO 53ª Festa do Ovo de Bastos espera 200 mil visitantes A Associação Cultural e Esportiva Nikkey de Bas- tos e Sindicato Rural de Bastos realizam nos dias 13, 14 e 15 de julho a 53ª Edição da Festa do Ovo de Bastos, com muitas atrações e exposições, no Recinto de Exposições Kisuke Watanabe, no inte- rior paulista. A cidade de Bastos que é considerada a capital do ovo comemora também 84 anos de funda- ção. A 53ª Festa do Ovo de Bastos terá a colaboração financeira do governo do Estado, como resultado do trabalho do deputado fede- ral Junji Abe (PSD-SP). ——————————––———————————| Pág. 05 ——————————––————–——————————––—————————————––—————————| Pág. 03 FESTIVAL DO JAPÃO Com expectativa de rece- ber um público de cerca de 180 mil visitantes, acon- tece nesta sexta, sábado e domingo (13, 14 e 15), no Centro de Exposições Imigrantes, o 15º Festival do Japão. Realizado desde 1998 pelo Kenren (Federa- ção das Associações de Pro- víncias do Japão no Brasil), o Festival do Japão é con- siderado o maior evento do gênero da América Latina. Durante os três dias são re- alizados workshops, expo- sições e apresentações que manifestam a cultura japo- nesa - como o Miss Nikkey Brasil - e também contam com diversos estandes de comidas típicas das diver- sas províncias do Japão. O Centro Esportivo Koku- shikan Daigaku, no muni- cípio de São Roque (SP), sediou neste fim de semana (7 e 8), o 16º Sakura Ma- tsuri – Festival das Cerejei- ALDO SHIGUI ras. A expectativa do Bun- kyo era receber cerca de 25 mil pessoas nos dois dias. Por causa do mau tempo, porém, o público ficou aquém do esperado. ——————————––———————————| Pág. 02 ————————| Pág. 07 Letícia Yabiku lança livro sobre Furoshiki em Campinas Uma moda chega de forma prática e charmo- sa em Campinas, numa tentativa de substituir as poluidoras sacolas plásti- cas. Letícia Yabiku, com apenas um pedaço de pano quadrado transforma em sacolas e bolsas, de uma maneira simples e assim vem conquistando um pú- blico diversificado, com demonstrações públicas e bem divertidas. E ela levou a sério este trabalho que se transformou no livro “Fu- roshiki simples, divertido e bonito”, da editora Komedi. São Paulo sediará 1º Encontro Mundial de Jovens Okinawanos No 16º Festival das Cerejeiras, nem tudo foram flores

JORNAL NIPPAK 12/07 a 18/07/2012

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Page 1: JORNAL NIPPAK 12/07 a 18/07/2012

ANO 15 – Nº 2378 – SÃO PAULO, 12 A 18 DE JULHO DE 2012 – R$ 2,50www.nippak.com.br

A comunidade okinawana, em especial os jovens re-sidentes no Brasil, já estão em contagem regressiva para o 1º Sekai Wakamono Uchinanchu Taikai (En-contro Mundial de Jovens Okinawanos), que será realizado de 25 a 29 de julho, com atividades na Associação Okinawa Ken-jin do Brasil (AOKB), no bairro da Liberdade, e no Centro Cultural Okinawa do Brasil, em Diadema. O objetivo do evento, cuja se-gunda edição está marcada

para o Havaí, é promover o intercâmbio entre os jovens uchinanchus do mundo e Okinawa, e passar a identi-dade uchina para as novas gerações. Devem participar jovens da Argentina, Peru, Bolívia, Estados Unidos, Havaí, Inglaterra, França, Japão, Taiwan e China. Apenas de Okinawa, são aguardados 30 represen-tantes. O Brasil, país sede, deve mobilizar todas as 44 subsedes espalhadas pelo território brasileiro, sendo 20 em São Paulo.

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DivULgAçÃO

53ª Festa do Ovo de Bastos espera 200 mil visitantesA Associação Cultural e Esportiva Nikkey de Bas-tos e Sindicato Rural de Bastos realizam nos dias 13, 14 e 15 de julho a 53ª Edição da Festa do Ovo de Bastos, com muitas atrações e exposições, no Recinto de Exposições Kisuke Watanabe, no inte-

rior paulista. A cidade de Bastos que é considerada a capital do ovo comemora também 84 anos de funda-ção. A 53ª Festa do Ovo de Bastos terá a colaboração financeira do governo do Estado, como resultado do trabalho do deputado fede-ral Junji Abe (PSD-SP).

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FESTIVAL DO JAPÃO Com expectativa de rece-ber um público de cerca de 180 mil visitantes, acon-tece nesta sexta, sábado e domingo (13, 14 e 15),

no Centro de Exposições Imigrantes, o 15º Festival do Japão. Realizado desde 1998 pelo Kenren (Federa-ção das Associações de Pro-víncias do Japão no Brasil),

o Festival do Japão é con-siderado o maior evento do gênero da América Latina. Durante os três dias são re-alizados workshops, expo-sições e apresentações que

manifestam a cultura japo-nesa - como o Miss Nikkey Brasil - e também contam com diversos estandes de comidas típicas das diver-sas províncias do Japão.

O Centro Esportivo Koku-shikan Daigaku, no muni-cípio de São Roque (SP), sediou neste fim de semana (7 e 8), o 16º Sakura Ma-tsuri – Festival das Cerejei-

ALDO SHigUi

ras. A expectativa do Bun-kyo era receber cerca de 25 mil pessoas nos dois dias. Por causa do mau tempo, porém, o público ficou aquém do esperado.

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Letícia Yabiku lança livro sobre Furoshiki em Campinas

Uma moda chega de forma prática e charmo-sa em Campinas, numa tentativa de substituir as poluidoras sacolas plásti-cas. Letícia Yabiku, com apenas um pedaço de pano quadrado transforma em sacolas e bolsas, de uma maneira simples e assim vem conquistando um pú-blico diversificado, com demonstrações públicas e bem divertidas. E ela levou a sério este trabalho que se transformou no livro “Fu-roshiki simples, divertido e bonito”, da editora Komedi.

São Paulo sediará 1º Encontro Mundial de Jovens Okinawanos

No 16º Festival das Cerejeiras, nem tudo foram flores

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2 São Paulo, 12 a 18 de julho de 2012JORNAL NIPPAK

sakura matsuri

Para o presidente do Bunkyo, nem tudo foram flores no 16º Festival das Cerejeiras Bunkyos

ALDO SHigUti

O Centro Esportivo Ko-kushikan Daigaku, no município de São

Roque (SP), sediou neste fim de semana (7 e 8), o 16º Sakura Matsuri – Festival das Cerejeiras. No domingo, apesar do tempo chuvoso, uma longa fila de carros se formou logo que os portões se abriram. Embora não haja uma estatística oficial por parte do Bunkyo (Sociedade Brasileira de Cultura Japo-nesa e de Assistência Social) – a expectativa inicial era re-ceber cerca de 25 mil pessoas nos dois dias – o público fi-cou aquém do esperado.

As raras aberturas de sol até animou o clima, mas predominou mesmo o frio que parecia mais intenso com a chuva fina. Com isso, as obras de terraplanagem aca-baram dificultando um pouco o acesso do público entre uma tenda e outra, no esta-cionamento e na via para as novas áreas do Sakura Ma-tsuri – uma Praça de Alimen-tação e um palco para shows artísticos e demonstrações es-portivas – a novidade deste ano do Bunkyo com o in-tuito de atrair patrocinadores para a implantação do Cen-tro de Cultura Nipo-Brasilei-ra Bunkyo-Kokushikan, cuja maquete ficou exposta na tenda VIP.

Mas nada que tirasse o ânimo dos visitantes diante da beleza dos pés de cerejei-ras floridos.

No palco, se revezam atra-ções como cantores com gru-pos como o Tangue Setsuko Taiko Dojo. Dentro do giná-sio, as várias exposições – ikebana, bonsai, bonecos do Japão, coleção de fotogra-fias de locais considerados Patrimônios Mundiais no Ja-pão, coleção de quimonos do Museu Histórico da Imi-gração Japonesa no Brasil, coleção de objetos de makiê e omikoshi do Pavilhão Ja-ponês – despertavam a aten-ção do público tanto quanto o Espaço Criança, que reuniu uma série de atividades para a garotada, que aprendeu como fazer uma série de brin-quedos de material recicla-do, bonecos de alpiste, vaso ecológico e origami, além de palestras sobre etiqueta japo-nesa com a professora Lumi Toyoda.

Na Praça de Alimenta-ção, entre um yakissoba e um udon, os visitantes tam-bém puderam apreciar a culi-nária de outras nacionalida-des, como a da barraca que ostentava o nome e a ban-deira da Alemanha, mas co-mandada pela simpática Do-na Carmen, do grupo de dan-ça austríaco (!!!) Tirol. A ex-

plicação foi dada pelo filho de Dona Carmen, Gustavo Schulz. Segundo ele, como a Áustria faz fronteira com a Alemanha, muitos pratos são comuns nos dois países.

Dada a explicação “geo-gráfica”, partimos para o car­dápio. O que chamou a aten-ção da reportagem do Jor­nal Nippak (e que ficamos sabendo o nome depois), foi o Eisben (joelho de porco cozido, defumado, grelhado e assado na manteiga servido com batata soutê e chucrute), além dos famosos salsichões. Com chopp para acompanhar.

Enfim, foi um domingo agradável. Apesar do mau tempo – e do barro nos sapatos.

Lamentações – Para o pre-sidente do Bunkyo, no en-tanto, nem tudo foram flo-res. “Recebemos um público maior que no ano passado, estimado entre 10 e 12 mil pessoas, mas bem menor do que o esperado”, disse Ki-hatiro Kita, que “culpou”, principalmente, a chuva que caiu na noite de sábado e se estendeu até a madrugada de domingo. “Pernoitei num

Público enfrentou chuva e frio no domingo: expectiva era receber entre 20 e 25 mil visitantes

Praça de Alimentação ficou lotada no sábado e domingo

Orquídeas tambem marcaram presença no Sakura Matsuri

As cerejeiras fizeram sua parte e coloriram o Kokushikan

gustavo Schulz, Dona Carmen e o famoso Eisben (joelho de porco)Oficinas atrairam a atenção da garotada

Percussionistas do tangue Setsuko taiko

Para esquentar o frio, só mesmo chá e café quentes

Para Kihatiro Kita: “Apesar de tudo, foi excelente”

hotel em Ibiúna de sábado para domingo e fiquei preo-cupado porque choveu real-mente forte. Não digo que foi um fracasso, mas em virtude do tempo posso dizer que a presença de público foi exce-lente”, amenizou Kita, admi-tindo que o Espaço Empresa-rial – dedicado às empresas – deixou a desejar.

“Tivemos a participa-ção de umas seis empre-sas quando o esperado eram umas 20. Era uma receita extra que estávamos con-tando como superávit e que, infelizmente, não veio”, lamentou Kita, acrescen-tando que, “de qualquer forma, foi uma experiência”. “No ano que vem, se formos levar essa ideia adiante, va-mos precisar de mais divul-gação e de mais tempo para captarmos recursos””, ex-

plicou Kita, que espera não fechar no vermelho. “De forma geral, não tenho do que me queixar”, resumiu.

O 16º Sakura Matsuri - Festival das Cerejeiras Bun-kyos foi uma realização do Instituto Brasil-Japão de Inte-gração Cultural e Social e Pre-feitura da Estância Turística de São Roque, com apoio do Ministério do Turismo, Go-verno do Estado de São Pau-lo – Secretaria da Cultura. O evento contou com apoio do Consulado Geral do Japão em São Paulo, Jica, Fundação Ja-pão, Fundação Kunito Miya-saka e Sansuy e coordenação do Bunkyo, Associação Cul-tural e Esportiva de Vargem Grande Paulista, Associação Cultural de Mairinque, Centro Cultural de Ibiúna e Associa-ção Mallet Golf Kokushikan.

(Aldo Shiguti)

Parte 2Sobre o macarrão e a sopa

A culinária baseia-se em um tripé. Por mais habilidoso que seja o cozinheiro, não se pode fazer um prato bom se os ingredientes forem ruins. Por melhores que sejam os ingredientes, não se pode fa-zer um prato bom sem uma tecnologia de boa qualidade. Por melhores que sejam os ingredientes e a tecnologia, o resultado muda conforme a qualidade do atendimento e do espírito de quem atende.

Um prato gostoso = “ingrediente x tecnologia de produção x coração (= filoso-fia)”. Isso me lembra muito a fórmula “resultado da vida e do trabalho = pensamento x es-forço x habilidade”, proposta

por KazuoInamori - fundador da Kyocera, presidente honorário da JAL e fundador da Seiwa-juku).

Men — macarrão — tem vida. O

Em busca da popularização da cultura do lámen no Brasil*Norihito Matsuda (presidente da MN Própolis)

estado da massa muda sem parar em função da temperatura e do tempo. Acredita-se que para se preparar um bom men é preciso saber profundamente as proprie-dades da farinha de trigo que é

sua composição predominante.A farinha de trigo é composta

de proteínas, amidos e água. O Japão classifica a farinha em função da quantidade de proteína contida, tendo então a kyôrikiko [farinha forte], a chûrikiko [fa-rinha média] e a hakurikiko [fa-rinha fraca]. A farinha exigida para um bom macarrão de lámen é a junkyôrikiko [semi-forte] e o segredo do sabor está no glúten e no amido, além de sofrer influ-ência da qualidade da água.

As receitas da sopa do lá-men costumam ser envoltas em um véu de mistério e seu sabor é resultado da experiência e do instinto de quem a prepara, segredo não revelado por ne-nhuma empresa ou restaurante. São cinco os principais sabores que nosso paladar sente: o doce, o amargo, o azedo, o salgado e

o umami.O ato de adicionar sabor

e aroma à comida é chamado de temperar. Sem o tempero, a comida se torna ordinária e indiferente, o prato perde o encanto e não estimula a nossa vontade de comer.

O clima e o meio influíram muito no paladar japonês e pode se dizer que o cultivo do arroz e a predileção por frutos do mar sejam sua base. Foi com este pano de fundo que os peixes e frutos do mar se estabeleceram como principal fonte de proteína animal dos japoneses. A cultura alimentar centrada em arroz, peixes e legumes se consolidou como sendo culinária japonesa no período Muromachi (1336-1573).

Os temperos mais popu-lares do Japão são o shoyu

(molho de soja), o missô (pasta fermentada de soja), o sal, o vinagre e o açúcar, além do saquê, mirin (um tipo de vi-nho de arroz com açúcar) e dashi (caldo a base de peixe ou algas).

A sopa do lámen é feito com legumes, carnes, peixes, algas e frutas. Para preparar a sopa sem utilizar temperos ar-tificiais, é preciso selecionar bem os ingredientes para de-pois cozinhá-los durante ho-ras para extrair seu sabor consistente. Para se conseguir um sabor que satisfaça a exi-gência dos clientes, é preciso pesquisar sempre pensando em preparar uma sopa com um paladar profundo e balanceado que aproveita ao máximo o sabor dos ingredientes.

(Continua)

Máquina de alta pressão

DivULgAçÃO

Máquina de cortar macarrão

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São Paulo, 12 a 18 de julho de 2012 3JORNAL NIPPAK

COLUNA DA ERIKA TAMURA

realidade brasileiraMorando aqui no Japão

há tanto tempo, consigo ter uma visão mais global so-bre o Brasil, em todos os aspectos.

O Brasil está num óti-mo momento de desenvol-vimento econômico, e dei-xou de ser subdesenvolvido e passou a fazer parte do BRIC, ou seja os países com verdadeiros potenciais de expansão, juntamente com a Rússia, a Índia e China. E isso tem atraído a atenção de diversos empresários in-ternacionais que buscam no-vos nichos comerciais.

E conversando com os meus chefes da firma onde trabalho, eles me pergunta-ram a minha opinião, se re-almente eu sinto esse óti-mo momento de crescimen-to econômico. A minha res-posta foi, depende! Depende do ponto de vista, para atrair investidores isso é exce-lente, os números são muito propícios, estatisticamente é um dos melhores países para um investimento capitalista, mas a minha visão vai além dessa área financeira, e olho para o lado social e humano. Será realmente que o Bra-sil está tão bem assim, se formos olhar por esse lado?

Acho que não há muito o que comemorar, se de um lado os dados estatísticos são animadores, por outro lado vejo tristemente que há um certo abandono para setores que não são priori-dades no mundo capitalista. Contraditório demais, ca-da vez mais vejo um abis-mo que separa as duas realidades.

A economia do Brasil é animadora no momento, mas alguém já parou para pensar na saúde pública? Na educação? Nas crianças que vivem nas ruas?

Acho que não, pois os capitalistas fecham os olhos para isso, porque não há um interesse nesse setor, nem a probabilidade de uma renta-bilidade se esse setor vier a ser sanado.

Aqui no Japão, o bem estar humano é prioridade. Podem falar o que for do Ja-pão, um país extremamente capitalista, mas que respeita sua própria população. Alguém tem alguma dúvi-da do motivo que faz com que o Japão se sobressaia a qualquer tragédia? A união desse povo é incrível, o res-peito é inacreditável. E isso não consigo ver no Brasil, nem tentar visualizar uma possível proximidade de re-alidade entre Brasil e Japão. Aqui o hospital é para todos, independente do seu poder aquisitivo. A escola é igual para todos, independente do seu sobrenome, da sua conta bancária, todos têm a mesma educação.

Já ouvi brasileiros que vivem no Japão, orgulhosos porque o país será sede de uma Copa do Mundo de Fu-

tebol. Eu que sou fanática por futebol, acho que essa Copa é boa em termos, a economia pode melhorar momentaneamente, mas a longo prazo, qual é o real benefício que será deixado para o Brasil?

Porque dívidas, com cer-teza restarão!

Mas não quero ser pessimista, criticando esse acontecimento grandioso, eu só quero mostrar que há prioridades muito além de um bom estádio. O Brasil sediará a Copa, com uma excelente estrutura, trans-porte urbano exemplar, ae-roportos excelentes, a popu-lação não tem problemas so-ciais... Acorda Brasil!! Essa realidade não existe!

Até mesmo empresários estrangeiros que defendem a economia atual do Bra-sil, confessam que não têm coragem de sair sozinhos pelas ruas brasileiras, têm pavor de violência, e não utilizam transporte público. E isso é motivo de orgulho para quem?

Sinceramente não há espaço para hipocrisias, e evidentemente para os poderosos é muito mais in-teressante que se tenha o povo ignorante, sendo fa-cilmente manipuláveis, a ter uma população pensante que questiona a tudo.

Por isso quando escrevo artigos com esses conteú-dos sou severamente criti-cada por alguns leitores, que fazem parte de uma parcela que não está acostumada a pensar e só faz obedecer, portanto escrevo no in-tuito de alertar, e de mostrar que a realidade vai muito além dos números bonitos, que acaba por mascarar realidades completamente contraditórias.

E acho que mesmo mo-rando longe do Brasil há tanto tempo, não tenho o di-reito de dar as costas para o meu país, como ver uma re-alidade de forma diferente e me calar, não posso fazer isso.

Se posso ajudar, eu sou a primeira a arregaçar as mangas e ir para o ataque, o que me dói é ver que com-patriotas meus não fariam o mesmo pelo Brasil, acham que só porque moram longe não precisam ter opinião e nem defender o país. Para esses só posso dizer, me desculpe, mas você não tem o menor direito de recla-mar da violência do Brasil se você não move um dedo para tentar acabar com isso.

*Erika Tamu­ra nasceu em Araçatuba (SP) e há 14 anos reside no Japão, onde trabalha com desenvol-

vimento de criação. E-mail: [email protected]

15º FEstiVaL DO JaPÃO

Concurso miss Nikkey Brasilmantém o charme há nove anos

DivULgAçÃO

Realizado desde 1998 pelo Kenren (Federa-ção das Associações

de Províncias do Japão no Brasil), o Festival do Japão, que este ano chega a sua 15ª edição com o tema “Sustenta-bilidade e o Futuro da Huma-nidade” acontece nesta sexta, sábado e domingo (13, 14 e 15), no Centro de Exposições Imigrantes (zona Sul de São Paulo), com expectativa de receber um público estimado em 180 mil visitantes. A ce-rimônia de abertura está mar-cada para o meio-dia de sá-bado.

Este ano, os fãs de MMA (Mixed Martial Arts, que em português significa Artes Marcis Mistas) terão uma novidade. Conforme anteci-pou o presidente do 15º Fes-tival do Japão, Nelson Maeda, em entrevista ao Jornal Nip­pak, no Pavilhão Cultural será montado um octógono com 16 tevês onde os jogadores pode-rão jogar simultaneamente.

Para os entusiastas da tec-nologia, no estande do Con-sulado Geral do Japão ha-verá demonstração de robôs. Na linha de shows, o Palco Principal do Festival do Ja-pão terá a presença de can-tores conhecidas da comuni-dade nikkei, entre eles Edson Saito, Karen Ito, Joe Hirata e a pequena Melissa Kuniyo-shi, além das atrações inter-nacionais Tsubasa, Mariko Nakahira e o grupo Dr. Soul.

Para a garotada a Área da Criança traz atividades lúdicas e divertidas, como oficinas culturais, atividades culinárias, contação de lendas japonesas, esportes e recrea-ção infantil com brincadeiras e atividades temáticas.

Outra preocupação do Fes-tival do Japão refere-se aos idosos, que têm uma área es-pecial, a da Terceira Idade, que oferece atividades espe-

ciais e gratuitas, como massa-gem, esportes, dicas de saúde e orientação para a prevenção de doenças.

Na Praça de Alimentação, o carro-chefe do Festival, das 47 províncias japonesas, 46 estarão representadas.

Miss Nikkey – Apresentado por Kendi Yamai, o Miss Nik-key Brasil é uma das prin-cipais atrações do Festival do Japão. O concurso acon-tece no sábado, por volta das 17h30 no palco principal do evento. Por lá, desfilarão 23 candidatas de várias cidades e estados brasileiros. Todas ti-veram que enfrentar seletivas em suas regiões para estarem no Festival do Japão.

Segundo Kendi Yamai, que comanda o Miss Nikkey Brasil há nove anos, o obje-tivo do concurso é promover a integração de descenden-tes de japoneses de várias ci-dades e Estados e divulgar e preservar a cultura japonesa.

Uma das novidades deste ano será a participação da Miss Peru, Sayuri Tamashiro,

que participará como jurada. “É um primeiro passo para que futuramente possamos realizar, quem sabe, um con-curso na América do Sul”, an-tecipa Yamai, que interpreta o personagem Ossako da Esco-linha do Gugu.

Para ele, realizar o Miss Nikkey Brasil é um traba-lho árduo. “De formiguinha mesmo. Enfrentamos vá-rias dificuldades no caminho, como a falta de patrocínio, e com isso, às vezes tenho que ir até o local da seletiva e or-ganizar praticamente todo o evento”, conta Yamai.

Caravanas – “O gratifican-te nisso é que as pessoas encaram como uma coisa bacana e gostam de participar porque percebem a seriedade no nosso trabalho”, diz o apresentador, acrescentando que a contrapartida também acontece. “Não sou apenas o apresentador, me envolvo também com a coreografia e dou dicas paras candidatas. Acabo sendo um irmão mais velho para elas e fico muito

EDITORA JORNALÍSTICAUNIÃO NIKKEI LTDA.

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Diretor-Presidente: Raul TakakiDiretor Responsável: Daniel Takaki

Jornalista Responsável: Takao Miyagui (MTb. 15.167)Redator Chefe: Aldo Shiguti

Redação: Luci J. YizimaColaboradores: Erika Tamura, Jorge Nagao, Kuniei Kaneko, Shigueyuki Yoshikuni, Célia Kataoka, Paulo Maeda, Cristiane

Kisihara e Osmar Maeda (Zona Norte)

Periodicidade: semanalAssinatura semestral: R$ 60,00

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triste quando anuncio o resul-tado pois para mim todas são vencedoras”, explica Yamai, que destaca a importância do concurso para o Festival.

“Vem muitas caravanas com três, quatro ônibus e isso acaba trazendo um pú-blico diferente para o Fes-tival. O concurso é, na ver-dade, um evento dentro de outro evento. Tem os seus prós e contras, mas os dois lados saem ganhando”, ex-plica Kendi.

(Aldo Shiguti)

15º FESTIVAL DO JAPãOQuando: Dias 13, 14 e 15 De julho. sexta, Das 12 às 21 ho-ras; sábaDo, Das 10 às 21 horas e Domingo, Das 10 às 18 horas

onde: Centro De exposições imigrantes (roDovia Dos imi-grantes, km 1,5, são paulo)Ônibus gratuito no metrÔ jaba-quara, Das 8 às 22 horas

Ingressos – r$ 8 (anteCipaDos) e r$ 10 (no Dia)entraDa gratuita para Crianças até 8 anos e iDosos aCima De 65 anos

site: www.festivalDojapao.Com

A comunidade okinawa-na, em especial os jovens residentes no Brasil, já es-tão em contagem regressiva para o 1º Sekai Wakamono Uchinanchu Taikai (Encontro Mundial de Jovens Okinawa-nos), que será realizado de 25 a 29 de julho, com atividades na Associação Okinawa Ken-jin do Brasil (AOKB) e no Centro Cultural Okinawa do Brasil (Diadema).

O objetivo do evento, cuja segunda edição está mar-cada para o Havaí, é promo-ver o intercâmbio entre os jo-vens uchinanchus do mundo e Okinawa, e passar a iden-tidade uchiná para as novas gerações. Devem participar jovens da Argentina, Peru, Bolívia, Estados Unidos, Ha-vaí, Inglaterra, França, Japão, Taiwan e China. Apenas de Okinawa, são aguardados 30 representantes. O Brasil deve mobilizar todas as 44 subse-des espalhadas pelo território brasileiro.

A organização é da As-sociação Mundial de Jovens Uchinanchus e co-organi-zação da AOKB e Urizun--kai (Círculo de Bolsistas de Okinawa). A programação (confira em: http://www.uri-zun.blogspot.com.br/2012/06/wakamono-uchinanchu-tai-kai-programacao.html) inclui Campeonato de Vôlei, Arte-sanato de shisá, Festival de Curtas Metragens, Concurso de Karaokê e Visitas a Em-presas de Imigrantes Uchinan-chus, entre outras atividades.

No dia 28 acontece a Con-ferência Internacional de Jo-

vens, na Assembleia Legislati-va do Estado de São Paulo. No dia 29 de julho, os jovens par-ticiparão de um dos maiores eventos da comunidade oki-nawana no Brasil: o Eisá Ma-tsuri e Kyodo Matsuri, que será realizado no CCOB, em Diadema. Nesse dia ha-verá apresentação do Ryukyu Stomp e visita ao Memorial do Imigrante Okinawano.

Na noite do dia 26 está pre-visto o home stay na casa de uma família uchinanchu. O objetivo é fazer com que os jovens de foram possam co-nhecer um pouco o dia a dia de uma família no Brasil.

Como surgiu – Segundo o presidente da AOKB, Shinji Yonamine a ideia de realizar o Sekai Wakamono Uchinan-chu Taikai surgiu durante o 5º Uchinanchu Taikai, Festival Mundial realizado de cinco em cinco anos.

“Em 2011, foi criada uma organização de jovens, Waka-

sEkai wakamONO uChiNaNChu taikai

Encontro mundial de Jovens visa preservaridentidade e divulgar cultura via redes sociais

mono Jimukyoku, e alguns membros do Urizun partici-param das atividades desen-volvidas. Uma das propostas apresentadas e aprovadas, foi a de que em 2012 fosse reali-zado o Wakamono Uchinan-chu Taikai no Brasil”, conta Yonamine, lembrando que durante a segunda edição do Uchinanchu Taikai, iniciou-se também, simultaneamente, o Encontro de Jovens, que a par-tir de 2006 passou a ser anual.

“Este Encontro ocorre em julho e reúne jovens de 13 a 18 anos, sempre em Oki-nawa. Este mês, estamos enviando dois representantes da AOKB e dois de Campo Grande”, explica, acrescen-tando que “um encontro com-pleta o outro”.

Redes sociais – Segundo Yo-namine, que em junho parti-cipou da cerimônia oficial das comemorações dos 40 anos da devolução de Okinawa, a ideia destes encontros é atrair

a participação dos jovens e usar as redes sociais para pro-mover a interação entre eles, fortalecendo as relações entre os okinawanos e seus descen-dentes no mundo.

“Sempre foi nosso so-nho fazer com que os jovens participassem desta transição até porque o número de is-seis está diminuindo cada vez mais Fazemos parte da terceira geração de uma cor-rente migratória e se antes a transmissão da cultura era uma preocupação, hoje ela pode ser encarada de forma mais tranqüila devido as redes sociais”, conta Yonamine, lembrando que o Niseta Tour Brasil – 5º Encontro Juvenil de Integração Uchinanchu, re-alizado em janeiro deste ano na AOKB e no CCOB com a participação de cerca de 60 jo-vens do Brasil, Peru, Bolívia e Argentina, foi uma espécie de “laboratório” para o Encon-tro Mundial. “A realização fi-cou a cargo dos jovens e eles mostraram que são capazes”, afirma Yonamine.

(Aldo Shiguti)

Niseta, realizado em janeiro, reuniu jovens da América do Sul

ARqUivO/ALDO SHigUti

Concurso Miss Nikkey Brasil já abriu as portas para muitas modelos seguirem a carreira no Japão

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4 São Paulo, 12 a 18 de julho de 2012JORNAL NIPPAK

n

MEIRY KA­MIA - Palestran-te, Psicólo ga, Mestre em Ad-ministração de Empresas e Con-sultora Organi-zacional.

Site: www.meirykamia.com; contato: [email protected]

COLUNA DA MEIRY KAMIA

tire Férias... trabalhando!

Julho, mês de férias, e você... trabalhando. A boa notícia é que se pode tra-balhar e tirar umas férias rápidas, só que mentalmente, é claro!

Os pesquisadores Car-dos, Souza e Camano (2008), desenvolveram es-tudos sobre os benefícios da meditação na qualidade de vida, e criaram um método que pode ser realizado por qualquer pessoa, mesmo no ambiente de trabalho.

Os autores citam diversas pesquisas que confirmam os efeitos positivos da me-ditação como método para reduzir a ansiedade, atra-vés da ação no chamado “eixo neuroendócrino” do stress. As principais mudan-ças estariam na alteração da função cerebral, diminuição dos níveis de catecolami-nas e cortisol (hormônios do estresse).

Dentre alguns resultados positivos citados pelos auto-res estão: redução do corti-sol e redução do estado de alerta (causado pelo stress) (Sudsuang e cols, 1991); re-dução do nível de cortisol ao final de cinco dias de medi-tação (Tang e cols, 2007); menor neuroticidade, me-nor tendência à depressão e menos ansiedade/irritabili-dade, diminuição do alerta, aumento do auto-controle, da autoestima e da sensa-ção de felicidade, maiores índices de satisfação em re-lação ao sono (West, 1979); sensação de paz mental, impressão de estar em har-monia com o mundo e sen-sação de bem-estar (Ben-son, 1982); melhora nos es-cores dos testes de atenção, ansiedade, depressão, raiva e fadiga, diretamente re-lacionados ao decréscimo dos níveis de cortisol, decorrente da prática da me-ditação (Tang e cols, 2007); significativa redução da an-siedade em 20 dos 22 ca-sos estudados (Miller et al, 1995); dentre outros.

O processo é bastante simples, porém requer dis-ciplina. Você pode aprovei-tar alguns minutinhos da sua hora de almoço para tentar! Veja o passo a passo:

Eleja uma âncora: Essa âncora pode ser sua pró-pria respiração, ou o con-tato do solo com seus pés enquanto caminha, atenção (sem julgamento) em todos os barulhos ou sensações do momento, ou foco nos pró-prios pensamentos.

Relaxe a lógica: signi-fica não julgar os pensamen-tos, sensações, etc, é sim-plesmente ancorar a mente sem se envolver na sequen-

cia dos pensamentos. A ân-cora ajuda a mente a relaxar a lógica, só assim a medita-ção poderá ocorrer.

Entrar em estado alte­rado de consciência: este estado só é alcançado quan-do vencida a participação da lógica. É nesse estado que as alterações corporais ocorrem, tais como: dimi-nuição da frequência car-díaca e respiratória; relaxa-mento muscular, diminuição do metabolismo corpóreo, alterações das ondas cere-brais, alteração de algumas regiões do cérebro, etc.

Sempre que algum pen-samento vier, volte o foco de atenção para a âncora.

Ao terminar, dê três res-pirações profundas e perma-neça calado por alguns instantes.

A prática da meditação ajuda na concentração, me-mória, na manutenção da sensação de felicidade, no relaxamento corporal, etc. Isso porque o “desligar” da mente por alguns instantes, tira o foco dos problemas e nos leva para um estado de paz e tranquilidade. Essa re-novação, mesmo que viven-ciada por alguns instantes, tem um impacto importante na nossa qualidade de vida no trabalho. Equivale a um cochilo depois do almoço!

Caso não tenha tempo para realizar todo o pro-cesso. Outro exercício prá-tico é:

Feche os olhos e deixe a mente ir para algum lugar em que você sinta segurança e paz. Pode ser um cômodo da sua casa, praia ou qual-quer outro lugar.

Uma vez visualizado o espaço, comece a sentir as sensações de estar lá. Sinta o cheiro do lugar, veja as co-res, sinta a textura, o vento, a temperatura, etc, como se estivesse mesmo no lugar. Sinta a sensação de paz e bem estar.

Permaneça lá o tempo que puder usufruindo das boas sensações e volte com tranquilidade.

Você verá que seu estado de espírito ficará melhor e, a cada dia você dominará me-lhor a prática e conseguirá resultados em menos tempo.

Boa prática!

BairrO OriENtaL

José serra visita a Liberdade durante o 34º tanabata matsuri

ALDO SHigUti

O candidato a prefei-to de São Paulo pelo PSDB, José Serra, es-

teve no último dia 8 no bairro da Liberdade para acompa-nhar o 34º São Paulo Sen-dai Tanabata Matsuri – Fes-tival das Estrelas. Vestido de “hapi”, Serra foi cercado por eleitores, tirou fotos com comerciantes e freqüentado-res da Feira de Artesanatos e arriscou passos de “lam-bazouk”, uma mescla da lambada com o zouk caribe-nho.

Sempre acompanhado por seu vice, Alexandre Schnei-der, o candidato cumpriu o ritual de tomar café e posar para fotos. Na sede da Acal (Associação Cultural e As-sistencial da Liberdade), ele pintou o olho esquerdo do Daruma. Como manda a tra-dição, o outro olho deve ser pintado quando o pedido for atendido. Para o “anfitrião da festa, Hirofumi Ikesaki, “a Liberdade dá sorte ao candi-dato”.

Abertura – Realizado há 34 anos pela Acal em parceria com a Associação Miyagui Kenjinkai do Brasil, o Tana-bata Matsuri teve início no sábado. Apesar da previsão de chuva, o tempo ajudou e o público compareceu em grande número.

Entre as autoridades, esti-veram presentes o cônsul ge-ral do Japão em exercício, Masahiko Kobayashi; a depu-tada federal Keiko Ota (PSB--SP); os deputados estaduais Jooji Hato (PMDB) e Hélio Nishimoto (PSDB); o verea-dor Aurélio Nomura (PSDB); o presidente da Acal (Asso-ciação Cultural e Assistencial da Liberdade); o presidente da Associação Miyagui Kenjin-kai do Brasil, Koichi Nakaza-wa; o presidente do Conselho Deliberativo do Bunkyo (So-ciedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência So-cial), Kiyoshi Harada; o presi-dente do Bunkyo de Registro, Kuniei Kaneko; o fundador

do Instituto Paulo Kobayashi (IPK), Victor Kobayashi; o presidente do Conseg Liber-dade, Akio Ogawa e o presi-dente da UPK (União Paulista de Karaokê), Toshio Yamao).

Em seu discurso, Ikesaki disse que o Tanabata Matsu-ri é uma “festa-símbolo” da comunidade nipo-brasileira e faz parte do calendário de eventos oficiais do município de São Paulo. “Este evento foi criado há 34 anos neste mesmo local pela Associação

dos Lojistas da Liberdade, hoje Acal, e atualmente acon-tece em diversas cidades. Em breve, temos certeza que será realizada em outros Estados e até em outros países da Amé-rica do Sul, isto é, onde tiver japoneses”, discursou Ike-saki, afirmando que o Tana-bata Matsuri traz “paz, ale-gria e harmonia”. “Por isso é muito requisitado”.

O presidente da Associa-ção Miyagui Kenjinkai do Brasil, Koichi Nakazawa,

lembrou que, este ano, Cuia-bá, no Mato Grosso, sediou pela primeira vez o Tanabata Matsuri e que nos dias 23 e 24 de junho, a associação rea-lizou o 1º Arraial das Estrelas de Itaquera, uma mescla do Festival Tanabata com a Festa Junina, duas das festas mais populares do Japão e do Brasil, respectivamente.

Brasil­Japão – O cônsul Ma-sahiko Kobayashi explicou que, no Japão, o Tanabata Matsuri é uma das festas mais tradicionais e demonstrou sa-tisfação e alegria por saber que, na capital paulista, a festa é reconhecida no calen-dário oficial da Prefeitura da Cidade de São Paulo. “É uma satisfação para o povo e para o governo japonês. Essa deci-são carinhosa aproxima ainda mais as relações de amizades entre os dois países”, garantiu Kobayashi.

Após os discursos, o pú-blico acompanhou a série de atrações comandadas pelos apresentadores Paulo Miya-gui e Mieko Senaha.

(Aldo Shiguti)

Convidados, autoridades e políticos participam da inauguração do 34º tanabata Matsuri

grupo de dança da Acal apresenta o Yosakoi SoranAutoridades e convidados durante brindam com saquê

“Os limites de pena, esta-belecidos na nova proposta de Código Penal, estão muito aquém da valoração que pre-cisa ser dada à vida de todos nós, cidadãos. Dessa forma, ele não cumpre seu principal papel, que é o de reprimir os crimes contra a vida”, critica a deputada federal Keiko Ota (PSB-SP), que acompanhou as reuniões e discussões da co-missão de juristas, instituída pelo Senado, que finalizou anteprojeto relacionado à le-gislação.

Atualmente, a pena, no caso de homicídio simples, é de seis a 20 anos de reclusão. A comissão decidiu manter o limite previsto quando da criação do Código, em 1940.

“Não há como comparar a cri-minalidade cometida naquele tempo com os dias de hoje, em que a violência continua a

afligir a sociedade brasileira, sem causar nenhuma intima-ção aos criminosos”, adverte a deputada.

Responsável pela Frente Parlamentar Mista em Defe-sa das Vítimas de Violência, motivo pelo qual foi convi-dada a participar dos encon-tros com os juristas, Keiko Ota compara o Código Penal brasileiro com o que ocorre em outros países: “Na Itália, a pena mínima não pode ser inferior a 25 anos de prisão. Em Portugal, o limite mí-nimo para homicídios é de oito anos de reclusão, que é o mesmo patamar adotado aqui, na América do Sul, pela Argentina.”

Militante há 15 anos junto a movimentos de justiça e paz e coordenadora da União em Defesa das Vítimas de Vio-lência (UDVV), a deputada

defende maior rigor na de-finição das penas. “Eu e di-versos movimentos e fami-liares de vítimas de violência somos amplamente a favor do aumento desse índice, de forma que ele seja de dez a 40 anos. Com isso, haverá tam-bém a elevação proporcio-nal das penas aplicadas aos homicídios qualificados, bem como nos casos de aumento de pena”, explica.

Avanços – Keiko Ota reconhece avanços no traba-lho realizado pela comissão de juristas, como a criminali-zação do bullying e do tráfico de pessoas e de órgãos, além da fixação de penas para os candidatos que fizerem uso

da máquina pública no perí-odo eleitoral. “Mesmo assim, temos de alterar essa pro-posta no que se refere aos cri-mes contra a vida. Vou pro-curar conversar com os se-nadores, assim que o texto entrar na pauta de votação, para que consigamos aumen-tar as penas previstas. Se for o caso, quando o projeto vier para a Câmara dos Depu-tados, apresentarei emenda para garantir isso. Só teremos um Código Penal pertinente ao nosso tempo se os movi-mentos sociais, as ONGs, as entidades; enfim, a sociedade se unir e pressionar os demais parlamentares para que pos-samos reprimir, de fato, os crimes contra a vida”, afirma.

CÓDiGO PENaL

Nova proposta não reprime crimes contra a vida, critica keiko OtaDivULgAçÃO

Keiko Ota defende maior rigor na definição das penas

victor Kobayashi, José Serra, Hirofumi ikesaki e Alexandre Schneider,

Div

ULg

ÃO

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5 São Paulo, 12 a 18 de julho de 2012JORNAL NIPPAK

CiDaDEs/BastOs

53ª edição da Festa do Ovo de Bastos deve atrair mais de 200 mil visitantes em três dias de evento

DivULgAçÃO

Numa parceria com a Pre-feitura, Blue Tree Park Lins , Abcel, Templos Honpa Hon-gwanji e Taisenji, o evento chega a quinta edição este ano. A abertura será no dia 6 de agosto, no resort e vai até o dia 12. Como sempre, haverá inúmeras atrações ligadas à cultura japonesa, umas abertas ao público, como fes-tival de danças, karaokê, tai-kó, zeladoria do planeta ou a gula de sabores exóticos do

CiDaDEs/LiNs

5ª semana da Cultura Japonesa será realizada entre 6 e 12 de agosto

oriente, numa gastronomia com menu nada indigesto.

Aula de etiqueta oriental com a professora Lumi Toyo-da, show de mágica, concur-so de haikai e oficinas com artistas da casa. O cantor No-buhiro Hirata estará a semana inteira entretendo os visitan-tes. É para o público que tem em comum o gosto pela cul-

SHigUEYUKi YOSHiKUNi

Organizadores se reuniram para acertar detalhes da festa

A Associação Cultural e Esportiva Nikkey de Bastos e Sindicato Ru-

ral de Bastos realizam nesta sexta, sábado e domingo (13, 14 e 15), no Recinto de Expo-sições Kisuke Watanabe, em Basos, a 53ª edição da Festa do Ovo, com muitas atrações e exposições. A cidade, que é considerada a capital do ovo, comemora também 84 anos de fundação. O evento terá a colaboração financeira do go-verno do Estado, como resul-tado do trabalho do deputado federal Junji Abe (PSD-SP). Atendendo pedido do parla-mentar, a Secretaria Estadual do Turismo repassará R$ 100 mil à Associação Cultural e Esportiva Nikkey de Bastos, responsável pela organiza-ção do tradicional evento que movimenta a avicultura na-cional e atrai mais de 200 mil visitantes de diferentes loca-lidades do mundo.

De acordo com o depu-tado Junji Abe, a destinação de recursos é importante para custear parte da infraestru-tura necessária ao evento, realizado por entidade so-cial sem fins lucrativos, que depende de patrocínios e con-tribuições da sociedade. “É uma iniciativa de grande im-

portância para fortalecer a avicultura e o agronegócio como um todo, além de con-tribuir para difundir a cultura japonesa” explica.

Importância – A busca de re-cursos para eventos turísticos e culturais complementa os trabalhos de Junji, em execução junto ao Estado e à União. “Não poderíamos deixar de lado a Festa do Ovo

de Bastos, de fundamental importância para o agronegó-cio, porque valoriza os produ-tores e contribuiu para mos-trar as riquezas do campo à população urbana”, ponderou o deputado, ao informar que priorizou o atendimento aos setores essenciais como saú-de, educação, infraestrutura e desenvolvimento agrário.

O vice-presidente da enti-dade, que também é médico

veterinário bastense, Sergio Kenji Kakimoto, destaca a im-portância do evento. “É muito importante para nós, ter um evento com tamanha grandio-sidade, ser reconhecido mun-dialmente como a capital do ovo”, diz.

“Ter uma cadeia produtiva do ovo, ativa nossa economia local em diversos segmentos, como a comercialização de produtos hortifrutigranjeiros,

atrativos como máquinas e im-plementos agrícolas, inovações tecnológicas para a avicultura, indústria de máquinas proces-sadoras de ovos, veículos, itens de informática, equipamen-tos para indústrias e diferentes atrações da cultura japonesa, com destaque para culinária, artesanato e danças típicas”, enfatiza.

“Haverá um Concurso do Ovo com Qualidade, ,aonde 14 juizes (veterinários, profis-sionais da área, pesquisado-res científicos) irão analisar, e deverão verificar a resistência da casca, a limpeza e textura dos ovos e a uniformidade de tamanho. Nos itens de quali-dade interna, checarão a cor e centralização da gema e a consistência e altura da clara, entre outros aspectos. A com-petição ocorre há 40 anos em Bastos, selecionando os cam-peões nas categorias ovos brancos, vermelhos e de codorna”, comenta.

“Dentro da programação está previsto no primeiro dia (13), no período da manhã, o Encontro dos Avicultores de Jornada Técnica, com pales-tras e atividades informativas promovidas pelo Sindicato Rural de Bastos. Às 14 ho-ras será a abertura oficial,

com apresentações de gru-pos de taikôs, show do Irmão Lázaro. Nos demais dias shows dos cantores japoneses Marcio Kuwada, Satiko Ono, Takeshi Nishimura, Meninos de Goiás, Nobohiru Hirata, entre outros. Haverá também uma competição comedor de ovo, o recorde das edições passadas foi de 57 ovos. O público terá uma programa-ção bastante variadas todos os dias”, finaliza Kakimoto.

Na programação deste ano estão previstas apresenta-ções de temas como as con-seqüências para a avicultura da presença de mico toxinas em milho; situação atual do monitoramento de resíduos e contaminantes em ovos; e situação de disponibilidade atual e futura de grãos, com a presença de especialistas de universidades e do Governo Federal.

(Luci Júdice Yizima)

53ª FESTA DO OVO DE BASTOSdata: De 13 a 15 De julho De 2012HorárIo: Dia 13 Das 14h às 22h, Dias 14 e 15 De julho Das 10h as 22h

LocaL: reCinto De exposições kisuke watanabe, bastos, sp

O “Festival de Tanabata” da Associação Nikkei do Rio de Janeiro atraiu grande pú-blico apreciador da culinária, apresentações e artesanatos japoneses em sua sede, no úl-timo sábado (7).

Neste ano, a plateia foi brindada especialmente com a dança kabuki clássica pela professora Yoshioh Fujima, e apresentação de suas alunas da Rio Nikkei. Por empenho da diretora cultural Shirley Atsumi, veio de São Pau-

CiDaDEs/riO DE JaNEirO

rio Nikkei realiza Festival tanabata

Yoshinojo Fujima sensei, Mino-ru Matsuura, presidente da Rio Nikkei e Yoshio Fujima sensei, a partir da esquerda.

Primeira apresentação de alunas de Dança Fujima. Estréia dos tocadores mirins do taiko Rio Nikkei.

Os seinens Rio Nikkei queimaram os “tanzaku” para os desejos se realizarem

lo Yoshinojo Fujima Sensei, fundadora da Companhia Fu-jima no Brasil na década de 1960.

As professoras foram re-cebidas pelos presidentes Mi-noru Matsuura da Rio Nikkei, Akiyoshi Shikada da Renmei, Hajime Tonoki da Câmara Ja-ponesa, assim como pela côn-sul cultural Hitomi Sekiguchi entre outras autoridades.

Aos números do Rio Nik-kei Taiko foi somado o dos tocadores mirins, e o Sei-nenkai realizou sua atração

com diversos brindes doados por restaurantes japoneses. Walter Yoshida, vice-presi-dente da Renmei apresentou o Coral Rio Nikkei, sorteio de agradáveis prendas, bon odo-ri, karaokê.

Finalizando o evento, centenas de “tanzaku” fo-ram retirados dos bambus pelo Seinenkai para serem queimados a fim dos desejos pedidos serem realizados.

(Texto e fotos de Teruko Okagawa Monteiro)

tura do sol nascente. Esta edi-ção será coordenada pela Se-cretária da Educação, Maria Aparecida de Oliveira Gol-mia, assessorada pela Direto-ra Ana Vilma Pellicano.

A engenheira Keiko Oba-ra Kurimori, vice-prefeita, afastou-se em virtude da sua candidatura à prefeitura.

(Shigueyuki Yoshikuni)

tradicional Festa do Ovo de Bastos terá uma programação bastante variada nos três dias

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6 São Paulo, 12 a 18 de julho de 2012JORNAL NIPPAK

COLUNA DO JORGE NAGAO

Zoo ilógicoLarissa Luiza, afiada

afilhada de 10 anos, nos levou ao Zoo. Lógico que é um belo passeio pois a criança das novidades não se cansa e nós, adultos, voltamos a ser crianças. Em nossa comunidade, aos 60 anos iniciamos a segunda infância. Caso do meu amigo Sussa Yamaguchi que, recentemente, celebrou o seu Kanreki, e o meu tam-bém que voltei à infância no lançamento do livro infantil Vida Simples, texto e traço do genial Orlando Pedroso, que fez um desenho especial pra Larissa.

O pequeno “paraíZoo” nos recepcionou com duas víboras: Cobra para esta-cionar o carro e Cobra o in-gresso. Justifica­se, tudo bem. Para ver tantas patas e bicos, alguém tem que pagar o pato e o mico. Há algum tempo, um bando de desumanos assaltou o Zoo-lógico e levou cem mil reais. Isso é que acertar no bicho!

O bicho-homem inca-paz de prender os corruptos paca, em compensação tran-cafia animais inocentes para o lazer do povo. Nada con-tra o polvo, digo, povo, essa brava gente brasileira que entra pelicano e não desiste nunca porque louva-a-Deus. Esse pobre bode expiatório, manso como um cordeiro, que quando não tem cão caça com gato e ainda ri como uma hiena. Viva o povo brasileiro que camela a semana inteira, que com-pra gato por lebre, engole sapo no serviço, fica uma arara quando paga o Leão e ainda acredita nesses po-líticos apocalípticos. Mas esqueçamos os animais po-líticos e voltemos aos apolí-ticos bichos. Hoje, zoo com eles.

Na primeira parada, ele, o vigilante da geladeira, o simpático pinguim, agora sem trema por mais que ele trema de frio. Ou de medo.

- Coitado!- apiedou-se a petiz, não-petista- ele mora sozinho!

Tocante. Tudo que é so-lidão pode derreter um sensível coração.

Ciosa, a madrinha Clau-dia obrigava-a a ler as placas para ela aprender os nomes dos cativos. Até que no meio do passeio, ela se adiantou e gritou:

- Este é o Cagado! kkk- Não! É cágado! A pa-

lavra é proparoxítona. Tem um acento.- explicou a advogada dos bons modos. Não adiantou muito porque as pessoas ao redor riram. Nada a fazer senão rir tam-bém.

No domingo frio e nu-blado, as nuvens estavam escuras naquelas de nem

chovem nem saem de cima. A maioria do bichos se refugiava nos cantos para a frustração dos curiosos. Para vê-los, era preciso ter olhos de lince. Por isso ficamos sem o abraço do tamanduá, sem o bafo da onça e nem pudemos cutucar a onça com a vara curta. Visíveis esta-vam os grandes mamíferos como o rinoceronte ou hoje e o elefante. Podia se ver até sem óculos o Urso de Óculos e a Zebra de Grévy que não estava em greve. Assim como as charmo-sas e elegantes girafas que giravam seus longilíneos pescoços e trocavam inevi-táveis pescoções. Disponí-veis estavam também os imensos dromedários, alvos de muitas fotos, pois masti-gavam, sem parar, cordas e até sapatos. Haja estômago!

- Por que eles se chamam dromedários, tio?

- Porque eles dromem muito- esclareci...

Os gorilas, nossos ances-trais, no topo de seus puxa-dinhos, atraíam a multidão brincando com os filhotes. Até que um deles foi a um canto e esguichou o seu ca-liente líquido para excita-ção do público. Em seguida colocou um dedo naquelas partes e despudoradamen-te levou-o à boca. Porco! Nojento! diziam todos entre risos amarelos, enquanto se afastavam dali, apressada-mente. Se eles têm o geno-ma 99% parecido com o nos-so então esse gesto foi quase humano, demasiadamente humano, certo mano?

Além de ser cruel com os animais, o bichomem re-corre à eles quando quer des-qualificar o seu semelhante:­ Burro! Vaca! Toupeira! Cachorro! se ouve por aí en-tre outras cobras e lagartos.

Depois de três horas zoo-ando, chegamos ao recinto do condor. Com dor nas per-nas, claro. Com exceção da pequena e saltitante Larissa que curtiria mais três horas--extras numa boa.

No céu do parque nesse instante, muitas aves negras deslizavam graciosamen-te no céu cinzento. Com a vinda dos urubus airlines decidimos voltar para nos-sa toca e cuidar dos nossos filhotes.

Valeu, afilhada. Obriga­do pelo passeio. No ano que vem, tem mais. E vamos nos divertir de novo como um pinto no lixo. É isso aí, bi-cho!

*Jorge Nagao é colunista do site Primeiro Programa(www.primeiroprogra-ma.com.br). E--mail: [email protected]

PRECISA­SEPastelaria admite Moça ou Rapaz

Nikkei para região do ABC.

Falar com Eduardo:

9221­5172

artEs PLástiCas

kamori expõe “Papel – O Visível e o invisível” no studio Cultural

DivULgAçÃO

A exposição “Papel - O Visível e o Invisível”, do mestre Kamo-

ri, prossegue durante o mês de julho no Studio Cultu-ral (zona Sul de São Paulo), que irá oferecer atividades relacionadas ao trabalho do artista e pesquisador, como palestras e oficinas.

A exposição “Papel – O Visível e o Invisível”, de Ka-mori Mori, apresenta uma coleção de colagens realiza-das com papéis produzidos ar-tesanalmente pelo artista com fibras vegetais e processos amplamente aperfeiçoados, que lhe conferem cores, textu-ras e transparências especiais.

Kamori Mori é um artista dedicado, pesquisador incan-sável e artesão habilidoso. Assim, reunindo as melho-res características de cada um desses ofícios, o artista transforma seu trabalho em uma criação original e muito particular do abstracionismo geométrico, uma técnica es-pecial batizada de Incorpora-ção.

“O visível é o que pode-mos ver, o papel. O invisível, é tudo que faz parte dele e não se vê”, define Kamori

Programação do Studio Cultural Cristina Bottallo –

Julho/2012

Exposição “Papel – O Visí­vel e o InvisívelVisitação: de segunda a sexta,

das 11h às 18h.Palestra: Sábado, dia 21/07, palestra sobre a produção dos papéis com Kamori, a par-tir das 15h. Evento Gratuito. Favor confirmar presença.

Oficinas:– Encadernação Japonesa com Papéis Artesanais, com Cristina Bottallo, dia 13 de julho, sexta-feira, das 14h30 às 16h.

Aula gratuita, valor do kit

de materiais para a produção de um bloquinho: R$ 10,00: 8 vagas, inclusive para crianças a partir de 10 anos.– Serigrafia sobre Papéis Artesanais, com Cristina Bot-tallo, dia 17/07, terça­feira, das 14h00 às 16h30.

Produção de uma gra vura sobre papel artesanal: 6 va-gas.

Valor do kit e aula: R$ 60,00.– Marmorização de Pa péis,

com Kamori, dia 27 de julho, sexta-feira, turmas de dois alunos por hora, turmas às 14h, 15h e 16h. Duas vagas por turma. Valor do kit e aula: R$ 90,00

STUDIO CULTURAL CRISTINA BOTTALLOrua joão De sousa Dias, 429Campo belo – são paulo

InscrIções e Informações:tel. (11) 5049-1322 ou [email protected]

Mestre Kamori MOri é um artista dedicado, pesquisador e artesão

COLUNA DO SILVIO SANO

E... Vai, Corinthians!!tão corintiano quanto aque-les que vi chorando, pela TV, quando ainda faltavam 5 mi-nutos para o encerramento do jogo contra o Santos no Paca-embu ou logo após o segundo gol do Sheik, contra o Boca Juniors, que deu o título ao Timão, porque como já ouvi dizer: não existe um corintia-no mais do que outro e, sim, um corintiano mais velho do que outro... por ter nascido antes.

Assim, com enorme sa-tisfação, dedico este ao meu Corinthians, até porque esse feito tirou-nos, das costas, uma piada decorrente dele: “a do corintiano não necessitar passaporte... já que nunca iria a Tóquio”. Acabou!

Mas pensando bem, em

Com a permissão dos queridos leitores, eu, corin-tiano, que já até escrevi um artigo ao rei Pelé homena-geando-o pela passagem de seus 60 anos de idade e ou-tro ao arquirrival, Palmeiras, defendendo-o quando perdeu para o Manches-ter no Mundial em Tóquio, em 1999, vou reservar este à gloriosa conquista da Li-bertadores da América pelo Corinthians. Até porque já me disseram que sou um torcedor fanático pelo sim-ples fato de ter publicado o livro Corinthians 100 Anos – Gols Ilustrados (Edi-tora Imprensa Oficial). Não concordo com isso. Ou me-lhor, já o fui quando jovem. Se bem que me considero

*Silvio Sano é arquiteto e es-critor. E-mail: [email protected]

vez de escrever, prefiro con-tribuir da melhor forma que sei, a esse caso, com uma ilustração do gol de Emerson que nos garantiu o tal “passa-porte” para Tóquio...

E vai, Corinthians!!

O fenômeno editorial ja-ponês que revolucionou a forma de ver os quadrinhos em todo o mundo agora conta a origem do budismo. A histó-ria de Buda em mangá (243p., R$ 21,00) narra a jornada do príncipe Sidarta Gau-tama, que nasceu há 2.600 anos na fronteira entre a Ín-dia e o Nepal. Primeiro título lançado pela Editora Satry no Brasil, o mangá não tem cunho religioso. “Usamos um recurso de publicação tra-dicional, com muitos adep-tos no ocidente, para contar uma história milenar”, afirma Mauro Nakamura, editor da Satry.

O universo do mangá remete o leitor ao século IV A.c. para contar a história do herdeiro do reino de Kapila-vastu. O príncipe tinha tudo o que um homem podia desejar: poder, dinheiro, prestígio, fa-mília. Mesmo com tanto luxo, Gautama sentia-se infeliz. Apesar da superproteção do pai, que o cercava de mimos, saiu pelos arredores do palá-cio, onde testemunhou cenas de sofrimento que são inevi-táveis a qualquer um: doença, velhice e morte. A partir dai, decidiu abandonar sua vida palaciana para encontrar na espiritualidade o verdadeiro sentido da vida.

“O que é a felicidade? Por que devo viver repetindo as mesmas coisas dia após dia?” Buda ainda era jovem e

se atormentava com as ques-tões que enfrentamos até hoje. Ele nunca desanimou e nem desistiu de procurar pelas respostas. Buscou seriamen-te o significado da vida e al-

LitEratura

Editora satry lança ‘a história de Buda em mangá’cançou a felicidade. “A vida do príncipe Sidar-ta, com seus questiona-mentos, suas dúvidas e seus anseios, torna a his-tória uma fonte de ins-piração. A riqueza dos detalhes está no modo próprio do desenho oriental, que retrata os cenários e relata os ensi-namentos com destreza artística. A reconstitui-ção dessa peregrinação é uma maneira criativa e empolgante de co-nhecer uma das mais fascinantes biografias universais”, diz Naka-mura.

Os quadrinhos mos-tram o longo cami-nho percorrido por Si-

darta até alcançar a ilumina-ção, quando se tornou Buda. Sua doutrina ficou conhecida como budismo e hoje possui mais de 400 milhões de se-

guidores no mundo, dos quais cerca de 500 mil no Brasil.

Sobre o autor – Hisashi Ohta nasceu na Província de Shi-mane, Japão, em 1970. Gra-duou-se pelo Departamento de Biologia Molecular da Universidade de Nagoya e formou-se na Escola de Ani-mação Yoyogi. Entre seus tra-balhos inclui-se o mangá “In-trodução ao Budismo”, tam-bém publicado pela Ichiman-nendo.

Satry – Fundada em setem-bro de 2011, a Editora Satry tem como parceira a Ichiman-nendo Publishing Inc., edi-tora de grande sucesso no Ja-pão com inúmeros “best-sel-lers”, que já ultrapassaram a marca de 1 milhão de exem-plares vendidos. A Ichiman-nendo atua também nos Esta-dos Unidos, China, Coréia do Sul e Taiwan.

Capa do mangá

DivULgAçÃO

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São Paulo, 12 a 18 de julho de 2012 7JORNAL NIPPAK

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de seu colo. É só fazer uma pequena bolinha de papel--toalha ou guardanapo ou mesmo com um pedacinho de jornal, enrolar bem amas-sadinho e jogar no chão, mandando-o pegar. Ele sai correndo e por um tempo brinca com a bolinha de pa-pel. Quando a bolinha fica disforme, ele pega com a boca e a traz até você e fica esperando que você refa-ça a bolinha e jogue nova-mente. Este gato-tartaru-ga, até parece que pensa que é um cachorrinho. Miar não mia. Emite grunhidos como se quisesse latir e não consegue. E ainda brinca com bolinhas como se fosse um cachorrinho obediente!

Ela chegou dizendo que o marido estava desempre-gado. Havia sido criada para ser dona de casa. Nunca ha-via trabalhado fora porque nunca precisou, agora é que saiu para trabalhar. Ficou sa-bendo pela moça da limpeza do prédio que eu estava sem ninguém e veio oferecer seus préstimos. Trabalhava alguns andares acima com dona fulana que poderia me dar referências. Parecia ser uma mulher bem educada, de bons modos. Trabalhou dois sábados. Fez o trabalho direitinho. Não tenho muita paciência para cuidar de do-mésticas em minha casa. Acho que elas deveriam sa-ber o trabalho que há para ser feito apenas de olhar a casa. Mudei o dia. Come-çou a trabalhar numa terça--feira. Assim, meus sábados não seriam tomados pela moça da limpeza dentro de casa. Ficou por alguns me-ses. Com o tempo, comecei a perceber algumas lacunas de limpeza aqui e ali, cá e acolá. Cada vez mais fre-quentes e presentes. Um dia, dei uma incerta. Voltei pra casa na hora do almoço e cadê a moça? Fiquei quieta e nada disse. Voltei para o trabalho. No final de tarde, chego em casa e aparente-mente alguém havia pas-sado por aqui. Semana se-guinte, mais uma incerta e novamente nada da moça. No final do dia, outra vez. Alguém havia passado por aqui e feito de conta que ha-via trabalhado na limpeza. Achei melhor parar por aí antes que a moça fizesse outras limpezas em minha casa. Seu nome? Um nome muito bonito. Um nome que não tem nada a ver com os nomes das domésticas que costumam passar pelas nos-sas casas.

O nome próprioDias atrás fui assistir a

um debate. A proposta era que cada um dos três deba-tedores convidados falasse sobre o seu próprio nome. Começou a falar o mais jo-vem deles. Por uns vinte a vinte e cinco minutos fez um belo passeio em torno de seu nome, suas histórias, so-nhos e esperanças. Sonhos e esperanças herdadas de seus pais. Em seguida falou a mulher. Singela, contou--nos um pequeno pedacinho de sua história e de seus pais. Depois, falou o outro homem da mesa. Surpreso, pelas falas sinceras de seus antecessores, também ele falou um pouco de seu nome. Sua fala veio de im-proviso e dava a impressão que ele nunca havia pensado sobre o assunto ou talvez, não gostasse de falar so-bre si. E lá pelas tantas de sua fala desencontrada ele diz que havia pensado em falar naquela noite so-bre os nomes feios. Nin-guém na plateia lhe pergun-tou que nomes feios seriam ou se perguntou não tenho registro. Por que teria ele pensado em falar sobre os nomes feios, se a proposta para o debate era falar sobre o seu próprio nome? Seria o seu próprio nome, um nome feio para ele?

Ele é outro daqueles se-res que parecem não caber no nome que lhe deram. Chegou magrinho, mirrado. Faminto que só um gato de rua podia ser. Nos seus pri-meiros dias junto a sua nova família, ele só comia. E como comia! O veterinário aler-tou. Não adiantou. Ninguém tinha coragem se deixar seu potinho sem ração. Aos pou-cos aquele ser assustado e faminto, foi se costumando e se avolumando. Se avolu-mando. Cada dia um pouco mais. Agora, alguns me-ses depois, já não come tanto como antes. É um ser peludo. Gordo, muito gordo. Uma bola caminhante. Um gato obeso. Alguém que o viu e assustado com seu porte físico o afagou cha-mando-o de gato-tartaruga. Ele parece não ter gostado, saiu correndo e se enrolou num canto. Mas quando ele anda, não é que parece mesmo uma tartaruga? Cor-po gordo, grande e peludo e cabeça pequena como da maioria dos gatos de sua raça. Este gato obeso é ou-tro que não mia. Quando ele reclama, emite um grunhido pela garganta, igual aque-les grunhidos que quem está rouco e não consegue falar. Ele não pode ver ninguém lendo jornal ou revista. Logo pula no colo e se enfia entre o jornal ou a revista e quem lê. Com a patinha tenta pe-gar as folhas de papel. Fica ali atrapalhando a leitura. Há um bom jeito de tirá-lo

Mari Satake escreve semana sim, semana não neste espaço

FurOshiki

Letícia Yabiku lança em Campinas livro sobre furoshiki

DivULgAçÃO

Uma moda chega de forma prática e char-mosa em Campinas,

numa tentativa de substituir as poluidoras sacolas plásticas, tão utilizadas em supermer-cados, até bem recentemente. Letícia Yabiku, com apenas um pedaço de pano quadrado transforma em sacolas e bol-sas, de uma maneira simples e assim vem conquistando um público diversificado, com demonstrações públicas e bem divertidas. E ela levou a sério este trabalho que se transformou em um livro in-titulado “Furoshiki simples, divertido e bonito”, da edi-tora Komedi. O lançamento do livro aconteceu ontem (11), na Saraiva Megastore do Shopping Center Iguate-mi de Campinas.

A comunidade nik-kei do município, os ami-gos e familiares da escritora acompanharam o lançamento , juntamente com o seu marido, o vereador Luis Yabiku, o seu grande incentivador. “O meu projeto maior é alçar “voos” mais altos e atingir o maior número de pessoas. Com o li-vro eu posso divulgar ainda mais esta arte milenar que é o furoshiki”, disse.

Nascida em Pacaembu e de família de lavradores, ela tem dois filhos: Otávio de 17 anos e Fábio de 16. Adora fotografar, desenhar e pintar quadros. Letícia gosta de uma comida bem brasileira, arroz, feijão, um ovo frito e uma sa-ladinha. Considera-se uma dona de casa, mas é apai-xonada pelo furoshiki. A sua vida, atualmente, é dedicada ao lançamento da obra e sua divulgação.

Confira a entrevista con­cedida à correspondente do Jornal Nippak em Campi-nas, Célia Kataoka:

JN: Desde quando se inte­ressou pelo furoshiki?LY: Faz uns três anos, meu marido chegou em casa e

me pediu para auxiliá-lo nas pesquisas em supermerca-dos, e verificar como estavam transportando mercadorias sem sacolas plásticas. Na época, ele era presidente da comissão de Meio Am-biente na Câmara Municipal de Campinas e na verdade não havia novidades, era o de sempre caixas de papelão e sacolas retornáveis de al-godão ou ráfia com logotipos dos supermercados.

JN: Você recebeu influências de algum parente?LY: Minha irmã trabalha no Japão e em passagem pelo Brasil trouxe-me vá-rias sugestões. Lá eles dão descontos, selos e me trouxe até umas pequenas bolsinhas de nylon enroladas. Ela me explicou como funciona a coleta de lixo reciclável. Cada dia tem um motivo de mate-rial, orgânico e plásticos, en-

tre outros. Os brasileiros que lá chegam, recebem as infor-mações de como proceder. Ao entrar na Internet, me surpre-endi quando vi a ministra de meio ambiente em 2006, no Japão, Yuriko Koibe no mo-vimento “Mottainai Furoshi-ki” dizendo que o furoshi-ki poderia ser praticado por qualquer pessoa pois é sim-ples, e divulgar uma tradição japonesa para contribuir para o planeta é muito bom.

JN: Como foi a divulgação desta arte?LY: Comprei alguns me-tros de tecidos semelhantes aos de nossos pais e avós, fiz bainhas e montei várias bol-sas. Visitei vários jornais lo-cais e TVs. A imprensa lo-cal se interessou e participei de vários programas de te-levisão na TV Bandeiran-tes, EPTV, Rede Família, TV Aparecida, TV Canal Rural,

CNT, TV Gazeta, TV Record, TV Século 21. A imprensa escrita também se interessou, como o Correio Popular, Me-tro, ABC, Santos. O interesse chegou às escolas, supermer-cados, igrejas, instituições as-sistencias e associações nipo--brasileiras.

Fico surpresa com a grande quantidade de acessos aos vídeos no “You Tube” pu-blicados pela TV Aparecida, hoje um dos vídeos com mi-nha participação tem mais de 800 mil acessos.

JN: Além de aprender, você gosta de ensinar várias pes­soas?LY: Participei do Encontro Estadual de Lions, da pri-meira virada sustentável, fes-tivais japoneses em Campi-nas, supermercados de Pira-cicaba, Limeira, Rio Claro, grupos de artesanato, ofici-nas no Supermercado Galassi e Enxuto de Campinas, Marí-lia, Sorocaba, Garça, em gru-pos de artesanato da Igreja Católica, Batista, Mormons, Grupo de Escoteiros e princi-palmente nos meios de comu-nicação.

JN: Quem pode aprender, a dona de casa, crianças, ho­mens?LY: Qualquer pessoa, te-nho recebido convites para grupos com tratamento de fisioterapia, terapia ocupa­cional, educação ambiental.

JN: Com esta atitude, você acha que está contribuindo para um mundo melhor?LY: Temos que ter esperança. Se o mundo melhorará, não posso dizer, mas me tornei uma pessoa muito feliz em le-var um pouco de meu tempo para outras pessoas, é muito bom.

Leticia tem um blog, que é www.yabiku.wordpress.comE mail: [email protected]

“Meu projeto é atingir o maior número de pessoas”, diz Letícia

O Consulado Geral do Ja-pão em Curitiba realizou, no último dia 4, a entrega ofi-cial do microscópio especular para modernizar o serviço do Banco de Olhos de Join-ville. O equipamento foi comprado por meio do con-trato de doação firmado entre as partes no dia 28 de feve-reiro de 2012, no valor de U$ 47.222,00 (aproximadamente R$83.275,99).

A cerimônia de entrega do equipamento foi realizada no Banco de Olhos de Joinville, em Santa Catarina.

O Banco de Olhos de Joinville, fundado em setem-bro de 1978, vem desde o seu início prestando serviço de captação das córneas doadas que, após analisadas pelo ins-tituto, são disponibilizadas aos pacientes que necessitam de transplante. Mas para fa-zer a análise das córneas, o atual equipamento - a lâm-pada de fenda, encontra-se defasado tecnologicamen-te, o que impede a obtenção da avaliação rápida e precisa da funcionalidade das célu-las endoteliais corneanas,

acarretando no descarte de vários materiais doados por perda da qualidade. Com isso, um número menor de pes-soas, comparativamente ao número de córneas captadas, passam por procedimento ci-rúrgico, aumentando dia a dia a lista de espera que atual-mente está com cerca de 1250 pessoas.

O fato de pessoas esta-rem sendo privados de uma melhor qualidade de vida em função da dificuldade do Banco de Olhos em adquirir o novo aparelho, motivou o

Governo Japonês a contem-plar este projeto.

A presente doação será via-bilizada através do Programa de Assistência a Projetos Co-munitários do Governo Japo-nês (Programa APC), cujos recursos provêm dos impos-tos pagos pelo povo japonês, e que visa promover auxílio no campo sócio-econômico dos países em desenvolvimento por meio de ações nas áreas de educação básica, capacita-ção profissional, saúde e bem--estar social e meio ambiente e entre outras.

PrOJEtOs COmuNitáriOs

Governo japonês entrega equipamento ao Banco de Olhos de Joinville (sC)

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8 São Paulo, 12 a 18 de julho de 2012JORNAL NIPPAK

NiPPak PEsCaRoberto Shirata

texto: Mauro Yoshiaki Novalo

revisão: Aldo ShigutiPublicidade

[email protected]. (11) 3208-3977

Julho é sinônimo de férias e folga com a molecada em dia de sol. Por que não ir pescar???

ARqUivO PESSOAL

Curtas

Viver na cidade gran-de tem os seus em-pecilhos mas também

tem muita diversão para to-dos da família. E não vai ser um friozinho que vai atra-palhar seus planos não é mesmo?

Este mês é comum vermos muitas pipas no ar, retrata que os pequenos estão de férias escolares e é uma boa oportu-nidade para levá-los para um contato mais próximo à natu-reza. Na cidade de São Pau-lo, temos muitas opções para isso.

Uma vara caipira ou lisa já vai ser o sufi ciente para praticar. Mesmo que você não tenha o material, é possível alugá-los na maior parte des-tes estabelecimentos. O único senão desta temporada é que devido ao frio, espécies como os redondos difi cilmente vão atacar a isca como fazem no alto verão. Mas tilápias, carpas, trutas e catfi shescon­tinuam em atividade e devem ser o alvo, pois fornecerão a alegria necessária para o dia.

Considerar que os peixes procuram uma camada dágua onde se sintam confortáveis e aí se alimentam (menos) mas continuam a atacar a isca.

Vara lisa ou caipira

Para melhor percepção da batida, utilizar o suporte (ou secretário) que mante-rá a vara numa posição con-fortável para fácil obser-vação de qualquer movi-mento na linha. Se possível alinhe a ponta da vara com a outra extremidade do lago, posicionando de forma que fi que nítido perceber o menor sinal de peixe na linha. O tra-dicional puxão, embodocan-do a ponta da vara é sinal cla-ro que o peixe mordeu a isca, mas um simples deslizar da linha pode também render um graúdo.

Melhore suas chances montando pelo menos 3 equi-pamentos, com a isca em pro-fundidade diferentes e, de-pois de saber onde estão ativos, posicione as outras para a mesma altura.

Isca natural

O ideal para a criançada é utilizar de massa ou minhoca, de preferência a primeira

pois não causa nenhum tipo de repulsa e, normalmente provoca o ataques de todas as espécies acostumadas ao frio, claro que se direcionar para um peixe especifi ca­mente, vai ter melhor resul-tado. Por exemplo, tilápias pedem massa mais para o doce e, carpas batem melhor na consistência farinhenta (desmancham quando elas assopram). Você pode fa-zer uso de montagem tam-bém direcionadas para estas espécies. Para os catfi shes é minhoca viva, pedaços de salsicha ou frios: mortadela, queijo e etc. Claro que as citadas também podem ser utilizadas para as outras espécies.

Montagem anzol duplo ou com mola

Uma forma de segurar melhor a massa é montar 2 anzóis, um de costas para o outro, ou então utilizar dos já com mola. Isto garante maior tempo da massa no anzol e, menos chance dos peixes levarem toda sua isca de uma

única vez.Bóias

Utilizar as mais sensíveis (palito ou as com barbante) que mostram ao pescador qualquer movimento na ponta do anzol.

Isca artifi cial

Se houver atividade na superfície dos lagos, pode também optar pela ração ar-tifi cial. E aí tem 2 opções: imitação em cortiça, pelo ou eva (os mais difundidos em matéria fl utuante) ou miçanga. Paraa segunda opção, você ainda pode au-mentar mais a distância en-tre a bóia(que a mantém pró-ximo a suaperfície) e a isca, atuando numa profundidade maior, saindo do ataque dos pequeninos ladrões de isca.

E faça uso da ração fl utu­ante para atrair os peixes para perto da sua isca.

Molinete e carretilha

Se for pescar com ração artifi cial, faça uso de

uma bóia cevadeira ou de arremesso aumentando a área a ser explorada. Varas com comprimento adequado a estatura e, leves para não cansar o braço. As de ação média rápida tem respostas mais rápidas para a batida dos peixes na isca.

Os peixescostumam fi car acomodados em partes espe-cífi cas dos lagos. Procure a entrada e saída da água dos mesmospois propiciam mais ataques.Se estiver pescando com isca no fundo, é usar de ração de coelho ou do local para concentrar o cardume nas proximidades.

Cuidado na hora do manuseio e retirada do anzol para liberar o peixe. Sem-pre procure informações com o responsável sobre as regras e procedimentos do local. O uso do passaguá é o recomendável para não causar danos desnecessários para quem pratica o pesque e solte.

Final do dia sempre esfria, então é bom levar agasalhos e, para seu conforto cadeiras de praia, sem esquecer do boné ou chapéu. Ótimas fé-rias e boa pescaria!!!

Agradecimento

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Domingo às 8:00h, para todo o Brasil, assista pela SKY canal 102 - TV Climatempo ou sintonize pela parabólica a Rede Agromix de Televisão site www.agromix.tv

Para os moradores da cidade de São Paulo basta sintonizar no domingo às 9:30h na NET, canal 09 -TV Aberta SP ou en-tão TVA digital no canal 186. Outras cidades consulte a tabela.

Cidade UF Empresa Nome Fantasia CanalFoz de Iguaçu PR NET - TV Comunitária de Foz de Iguaçu TV COM FOZ 98Foz de Iguaçu PR TVA - TV Comunitária de Foz de Iguaçu TV COM FOZ 99Joaçaba SC Transcabo TV TV Cidade 21Luzerna SC Transcabo TV TV Cidade 21Botucatu SP NET - Assoc dos Usuários Canal Com Botucatu TV Alpha 2Jaú SP NET TV Local Jaú 4Leme SP TV SP TV SP 68Marília SP NET - TV Comunitária de Marília idem 15

Se preferir, pode assistir no site www.oboto.com.bre noyoutu-beo canal pescaventuratvInformações: fone (11)2528 9611 ou email:[email protected]

Rubinho de Almeida Prado na TV!

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São Paulo, 12 a 18 de julho de 2012 9JORNAL NIPPAK

aPOiO:

A brasileira Fabiana Na-gashima participou do 8° Yukata Festa Ha-

mamatsu, realizado no Gal-lery Mall Soramo, no dia 8, na cidade de Hamamat-su (província de Shizuoka) e foi a vencedora do concur-so World Yukata Contest. Ao todo, 44 candidatas de vá-rios países, incluindo Espa-nha, Peru, Dinamarca, Nova Zelândia, Índia, Filipinas, China, Taiwan, Japão e Bra-sil, concorreram ao prêmio.

O yukata é um tipo de quimono feito de algodão e

usado no verão japonês. As duas segundas princesas fo-ram a japonesa Hiroko Wada e a filipina Josephine Saito. Como presente pelo título, Fabiana ganhou um conjunto completo de yukata, um di-ploma e o troféu, além de um vale refeição para jantar em um restaurante.

O evento foi realizado pela NPO Houjin Zenkoku Genki Machizukuri Kikou Hamamatsu, com apoio da Fundação para Comunicação e Intercâmbio Internacional de Hamamatsu (Hice).

BELEZa

Brasileira vence concurso de yukata em hamamatsu

A Câmara de Comér-cio Brasileira no Ja-pão (CCBJ) iniciou

uma ampla divulgação na mí-dia japonesa e na comunidade brasileira do VII Festival Bra-sil 2012 ou Brazilian Day Ja-pan. A grande novidade deste ano é a mudança da data do evento, que acontecerá nos dias 21 e 22 de julho, no Par-que Yoyogi, na capital japo-nesa.

A cantora Preta Gil, fi-lha do ilustre Gilberto Gil e afilhada de Gal Costa, é a con-vidada especial do Brasil neste ano. Ela canta no estilo MPB e pop. Também atua como atriz e apresentadora de televisão. Preta Gil vai fazer show no dia 22, com o apoio da TV Glo-bo Internacional. Para o sá-bado, dia 21, o famoso joga-dor de futebol Ruy Ramos vai prestigiar o palco do festival, que ainda terá show de canto-res e bandas brasileiras radica-das no Japão.

O presidente da CCBJ, Osvaldo Kawakami, disse que vem notando o aumento de japoneses e estrangeiros em geral participando do Fes-tival Brasil. “A Câmara visa promover integração entre as comunidades e que mais e mais estrangeiros conheçam o Brasil pela sua cultura, culi-nária, moda e produtos de qualidade”, enfatizou.

Com mais de 40 barracas de produtos, culinária e moda brasileira, o público vai se divertir com muitas atrações brasileiras.

O evento conta com o apoio da Embaixada do Brasil, Ministério dos Negócios Es-trangeiros de Tokyo e Tokyo Metropolitan Government.

O Festival tem ainda o patrocínio de Mitsui&Co., Ltd., TV Globo Internacional, Banco do Brasil, Caixa Eco-nômica Federal, Petrobras, Vale, TAM, Turkish Airlines, Seven Bank e HIS.

FEsta

Festival Brasil de tóquio acontece na próxima semana

Preta gil é a principal atração deste ano no Festival

DivULgAçÃO

COmuNiDaDE BrasiLEira NO JaPÃO

André pintando um quadro André e a mãe Stefani

André com o quadro Os quatro Cavaleiros do Apocalipse

Pintura ajuda jovem adefinir futuro no Japão

André Ryuji Abe Lajes, um adolescente de apenas 13 anos, vem

se destacando na arte da pintura. O jovem nikkei tem mostrando talento e chamou a atenção de especialistas ja-poneses por conta da técnica refinada que possui. O ga-roto, que estuda em uma es-cola japonesa na cidade de Ikeda (Gifu), onde reside, passou por um momento ex-tremamente difícil ao entrar na adolescência, e a pintura, com o providencial apoio da mãe, o salvou de um futuro incerto.

André é um garoto sorri-dente e extremamente pres-tativo, define a mãe Stefani Abe, 34 anos. “Ele me ajuda nos afazeres de casa, cuida dos irmãos menores, é um amor em todos os sentidos”, revela. Porém, ao pedir maior independência à mãe, o garoto se envolveu em confusões de-vido às más companhias que arrumou na escola. André praticou pequenos delitos, como quebrar vidraças e pichações, que acabaram por levá-lo detido à delegacia. Segundo as rígidas leis japo-nesas, caso a mãe ou a família não tivesse colaborado, o ga-roto poderia até ter sido preso e sentenciado a cumprir pena em presídios-reformatórios.

“O André só saia com a família, era muito apegado a

mim e ao lar. Quando me pe-diu maior liberdade permiti que saísse com os amigos. Achei justa esta maior in-dependência, mas acabou não sendo a melhor opção”, lamenta Stefani. A mãe ainda contou que ao receber o telefonema da polícia in-formando que o filho estava detido passou muito mal, mas soube lidar com a situação e encarar o problema de fren-te. “Apesar de tudo de errado que ele fez, o que mais me doeu foi o policial abrir a mo-chila dele na minha frente e lá ter maços de cigarro. Eu não podia admitir que ele es-tivesse fazendo tanto mal até para a saúde dele”, conta Ste-fani.

A escola também chamou a mãe para prestar os devidos esclarecimentos e ajudar na limpeza dos muros que o filho pichou, e até o professor do garoto colaborou. A partir de então Stefani buscou tra-balhar a mente do filho para algo positivo, que pudesse direcionar sua capacidade e criatividade em benefício próprio. Foi então que ela re-solveu investir no talento do menino para a pintura.

“Eu fiquei muito decep-cionada, chateada, deprimida. Era muito difícil ver meu filho naquela situação, levando broncas das autoridades. Faltei vários dias do trabalho

e acabei sendo demitida. No final acabou sendo bom, pois pude ficar em casa e apoiar o André a sair dos problemas em que tinha entrado”, consi-derou Stefani.

Os policias foram um dos maiores incentivadores para o André começar a pintar. Segundo o próprio garoto, eles disseram que ele tinha talento, pois demonstrou isso em alguns desenhos que fez nos muros de forma ilícita. Convencida disso e levada por amigos, Stefani conhe-ceu o pintor japonês Takahi-to Ito, e aproveitou para apre-sentar o filho. André pas-sou a fazer aulas de pintura em aerografia. O adoles-cente chegou até a participar de uma exposição em 2011 com o quadro Os Quatro Cavaleiros doApocalipse, e segundo o professor Takahito Ito, André possui uma técnica comparada a de pintores ex-perientes. “Para ter sucesso e ser reconhecido pelo seu tra-balho o André precisa apenas manter a disciplina, talento ele possui de sobra”, definiu o professor.

André é extremamente agradecido a todas as pes-soas que o ajudaram nos mo-mentos difíceis pelo qual pas-sou. Segundo o adolescente, ele sentiu muita vergonha ao ser pego pela polícia e ter sido exposto da forma que

foi, assim como pelo que fez a mãe passar. “O momento mais difícil foi quando vi mi-nha mãe chorando. Hoje levo mais em consideração tudo o que ela fala. É uma super-mãe, me deu todo apoio que eu precisava”, emociona-se o adolescente. Que hoje, após ter dado a volta por cima, pensa em dar o melhor que puder para a mãe, do qual ele considera uma heroína.

A internet está repleta de sites de hospedagens de vídeos amadores, dos quais muitos estimulam os jovens a praticar atos de vandalismo. Foi através destes vídeos que André tomou contato com as ações de pichadores no Brasil e acabou sendo influenciado. O adolescente aconselha aos garotos da mesma idade a pensarem nos atos antes de cometê-los. “Além de você sofrer, faz com que todos em sua volta sofram. Isso é o que acaba doendo mais”, disse.

Além da pintura, André também se destaca por montar e pintar kits de miniaturas de automóveis. Com um bom futuro pela frente, ele sabe bem o que quer da vida. “Eu fiz coisas erradas pensando parecer mais homem e em parte por curiosidade. Pra mim o que eu fazia era uma arte. Arte é fazer coisas boas, das quais as pessoas sintam orgulho de mim”, considera André.

DANiEL giMENES/DivULgAçÃO DANiEL giMENES/DivULgAçÃO

DANiEL giMENES/DivULgAçÃO

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COLUNA AKIRA SAITO

Paciência“Ter paciência não é igual a ficar passivo perante a si­tuação, é saber qual o mo­mento correto para tomar uma atitude”

Já dizia o velho ditado, que ter paciência é uma virtude. Sim, uma virtude, pois hoje, principalmente nos grandes centros, são poucos os nobres seres hu-manos com tal qualidade.

O que vemos hoje são pessoas sofrendo das con-sequências da modernidade e do modo de vida proposto por elas mesmas. Um mundo onde os prazos são curtos, as soluções devem ser imediatas e tudo que leva um tempo de maturação, é considerado obsoleto. É

verdade que a atual socie-dade nos cobra tudo isso, mas é preciso também saber sepa-rar o que é imposto “a nós” do que é imposto “por nós”.

Precisamos buscar ter a sabedoria suficiente para que nossas decisões, mui-tas vezes precipitadas, não se transformem em um pro-blema maior. É necessário buscarmos este grau de evo-lução. Não, não é utopia, é simplesmente pensar mais em si mesmo no quesito de elevação espiritual. Se sim-plesmente acharmos que por causa da situação, a nossa falta de paciência é normal, colheremos junto com isso, todos os problemas rela-cionados a isso. O stress, as discussões, o desânimo, a

*Akira Saito, professor e praticante de Budo há 32 anos, morou no Japão de maio de 1990 a setembro de 1996, onde treinou karate sob a tutela do Hanshi Konomoto Takashi – 9º dan, graduando-se até o 3º Dan e tornando-se instrutor da matriz na cidade de Sagara­cho e das filiais das cidades de Hamamatsu--shi e Hamakita-cho até o retorno ao Brasil. Atual-mente tem a graduação de 5 Dan e recebeu o título de Renshi-Shihan da matriz no Japão.E­mail: [email protected]

baixa autoestima, até mesmo partindo para os casos clínicos de depressão.

Ser paciente não é ser pas-sivo, não é fechar os olhos para os problemas, muito pelo contrário, é buscar a me-lhor alternativa para se re-solver o problema. É pensar com calma e com clareza, analisando todos os pontos em questão, para não tomar uma decisão errônea baseada muitas vezes no “achismo”.

Devemos ser pacientes com nossos problemas, com nos-sa família, com nossos filhos, amigos, com imprevistos

cotidianos e com nós mes-mos, buscando alternativas palpáveis para elevarmos dia a dia a nossa mente e o nos-so espírito. Talvez o resul-tado prático não seja visível a princípio, mas com certeza será notado a longo prazo, transformando a pessoa em um ser melhor, mais calmo, mais humano.

Quem sabe assim pode-remos efetivamente con-tribuir para transformar o mundo em um lugar me-lhor.....

GANBARIMASHOU!!!!!!

BEisEBOL

marília conquista título da 20ª edição da taça Brasil de Beisebol interclubes infantil

DivULgAçÃO

A categoria infantil (11 e 12 anos) do Nikkey de Marília sagrou-se

campeã da 20ª Taça Brasil de Beisebol Interclubes. Na fi-nal, a equipe derrotou o Nip-pon Blue Jays por 3 a 0. Na disputa pelo terceiro lugar, São José dos Campos levou a melhor sobre Pereira Barreto. Atibaia venceu Gigante por 5 a 0 e ficou com a quinta co-locação. Gecebs, em sétimo, Presidente Prudente, em oita-vo, fecharam a Chave Ouro.

Na Chave Prata, o título fi-cou com Maringá, com Navi-raí na segunda colocação. Ibi-úna ficou em terceiro seguido por Paraná Clube, Indaia-tuba e Nova Esperança. Na Bronze, a primeira colocação ficou com Mogi das Cruzes enquanto Bastos ficou como vice-campeão. Cooper em terceiro e Londrina na quarta colocação fecharam a Chave.

A competição foi realizada nos dias 6, 7 e 8, na Acel (Asso-ciação Cultural e Esportiva de Londrina), com a participação de 18 equipes: Atibaia; Bas-tos; Cooper; Gecebs; Gigante; Ibiúna: Indaiatuba; Londrina; Marília; Maringá; Mogi; Na-viraí; Nippon Bj; Nova Espe-rança; Paraná Clube; Pereira Barreto; Presidente Prudente e São José do Campo.

A equipe campeã tam-bém conquistou os princi-pais prêmios individuais com os atletas Fábio Keiji Anzai, considerado o Melhor Joga-dor do Campeonato e Me-lhor Aremessador; Heitor Vi-nicius Tokar Ananias, Me-lhor Receptor; Fabio Augusto Amaral Mascai e Luis Felipe Martins Santos, respectiva-mente, 1º e 2º rebatedores.

Seleções – Na ocasião, fo-ram apresentados os joga-dores que integram as sele-ções infantis que vão dis-putar o Mundial da catego-ria no Japão, no final deste mês, e o Pan-Americano da Nicarágua, em setembro.

PREMIAÇãO POR EQUIPECHAVE OURO

Campeão: MaríliaVice­Campeão: Nippon Blue Jays3º Colocada: São José dos Cam-pos4º Colocada: Pereira Barreto5ª Colocada: Atibaia6ª Colocada: Gigante7ª Colocada: Gecebs8ª Colocada: Pres. Prudente

CHAVE PRATA Campeão: MaringáVice­Campeão: Naviraí3ª Colocada: Ibiúna 4ª Colocada: Paraná Clube 5ª Colocada: Indaiatuba6ª Colocada: Nova Esperan ça

CHAVE BRONzECampeão: MogiVice­Campeão: Bastos3ª Colocada: Cooper4ª Colocada: Londrina

PREMIAÇãO INDIVIDUAL1º Melhor Rebatedor : - Fá bio Augusto Amaral Mascai - Marí-lia - 0.5002º Melhor Rebatedor: - Luis Felipe Martins Santos - Marília - 0.3643º Melhor Rebatedor: - Lucas Kin Ishigai - N B Jays - 0357Melhor Emp. De Carreiras: - Lucas Kin Ishigai - N B Jays - 5 PtsMelhor Conquistador de Car­

reiras: - André Hideaki Quares-ma Ueda - S J Campos - 5 Pts1º Home Run: - Vinicius Kiyo-shi Furukawa - Gecebs - 1 Hrh2º Home Run: - Wallace Fer-nando dos Santos - Londrina - 1HrhMelhor Roubador de Bases: - André Hideaki Quaresma Ueda - S J Campos - 6 BsMelhor Arremessador: - Fábio Keiji Anzai - MaríliaArremessador Destaque: -

Kenji Takara - NbjMelhor Receptor: - Heitor Vinicius Tokar Ananias - MaríliaMelhor Defensor Interno: - Fe-lipe Uiti Tanaka - P BarretoMelhor Defensor Externo: - Guilherme Yudi Yokoyama - N B JaysJogador Mais Esforçado: - Matheus Mori - S J CamposMelhor Jogador do Campe­onato: - Fábio Keiji Anzai - MaríliaTécnico Campeão: - Fumio Mi-yamoto - MaríliaDestaque Ouro: - Matheus Shimura - AtibaiaDestaque Ouro: - Pedro Lau-dino - GiganteDestaque Ouro: - Ciro Higashi - GecebsDestaque Ouro: - Enzo Ka-wamura - P. PrudenteDestaque Prata: - Caio Taka-hashi - MaringáDestaque Prata: - Fabio Kami-tani - NaviraíDestaque Prata: - André Uru-shimoto - IbiúnaDestaque Prata - Cassiosaito - Paraná Cl

Categoria infantil de Marília ficou com o título ao derrotar, na decisão, o Nippon Blue Jays por 3 a 0

Nippon Blue Jays ficou com a segunda colocação

Destaque Prata: - Patrick Seidy Hamada Uyeno - Indaiatuba Destaque Prata: - William Heizo Takakura - N. EsperançaDestaque Bronze: - Caio Hide-ki Adaniya - MogiDestaque Bronze: - Renan Apa-recido Lima - Bastos Destaque Bronze: - Enzo Pro-haska Kirihara - CooperDestaque Bronze: - Romulo G. Belmiro Luz - Londrina

Jogos de Domingo (Dia 8)Chave Ouro

Nippon 07 x 00 P. Barretos (Semi Ouro) Gecebs 05 x 02 P. Prudente (7º Lugar Ouro)

Nippon Bj 00 x 3X Marília (Fi-nal Ouro)Gigante 00 x 05 Atibaia (5º Lu-gar Ouro)P.Barreto 04 x 05X S. J. Campos (3º Lugar Ouro)

Chave PrataParaná Cl 08 x 11 Ibiúna (3º Lu-gar Prata)Maringá 02 x 00 Naviraí (Final Prata)N.Esperança 00 x 02 Indaiatuba (5º Lugar Prata)

Chave BronzeMogi 02 x 01 Londrina (Final Bronze)Coooper x Bastos (3º Lugar Bronze)

Mogi foi o campeão da Chave BronzeMaringá ficou em primeiro na Chave Prata

Cerimônia de encerramento da 20ª taça Brasil e Beisebol infantil

Apresentação da Seleção Brasileira infantil que disputará o Mundial

Fumio Miyamoto, de Marilia, com o troféu de técnico Campeão

Fabio Keiji Anzai, de Marilia, eleito o Melhor Jogador do Campeonato

tÊNis DE mEsa

takeda-san, o 1º japonês no comando da seleção

Pela primeira vez na his-tória do mesa-tenismo brasi-leiro, um japonês é convocado para ser técnico da seleção brasileira de tênis de mesa.

O trabalho de Toshio Ta-keda (43) teve início no Bra-sil Open, na cidade de Santos, e depois no Campeonato Sul--americano Mirim na cidade de Lima, no Peru, em junho passado.

Na história do país, só ti-vemos técnicos chineses, cu-banos, franceses e portugue-ses.

Toshio Takeda, natural de Yokohama, veio para o Bra-sil em 2006, a convite do clu-be ADR Itaim Keiko, em São Paulo, para cuidar do Grupo de Elite, onde treinam os me-lhores atletas da entidade. Daí começou um processo de mu-dança em toda a mentalidade e sistema de treinamento do grupo.

Criou capitães para ensi-nar a importância da relação “sempai” x “kohai”, reuni-ões “shugou” no início e no final de treino para conside-rações gerais sobre os objeti-vos do dia, desenvolvimento do sentimento de “espírito de equipe” e fortaleceu a disci-plina e regras para valorizar o treino.

Se o clube já era referên-cia em resultados através da dedicação e união dos atle-tas, Takeda-san (como é cha-

mado), veio para somar e fortalecer em novas técnicas e trouxe novas metodologias de ensinamento, em especial o planejamento.

Seu melhor resultado, dentre vários, foi ter conquis-tado o título nacional japonês em duplas masculina adulta como técnico, no “Zen Nip-pon All Championships” em 2001, com a dupla Kito Aki-ra e Nohira, desbancando fa-mosos como Shibutani, Ma-tsushita, Tasaki, Imaeda. De-talhe: para ganhar de forma invicta um Campeonato Ja-ponês, é necessário concorrer com mais de 2 mil duplas.

Responsável direto pela evolução dos atletas da se-leção brasileira: Jéssica Ya-mada, Eric Mancini, Jeff Ya-mada, Larissa Saito, Eduar-do Tomoike, Gustavo Haya-shi, Carlos Ishida, seu traba-lho foi reconhecido e então veio sua convocação para ser técnico, premiando seu exce-lente trabalho profissional.

Segundo Takeda-san, a maior dificuldade de viver no Brasil é o de entender os costumes, hábitos, a gratidão, o respeito e a forma de pen-sar. Embora acredite que esta adaptação ainda vai levar um bom tempo, já que o choque cultural é muito grande, quer ficar nos país por muitos anos. ´

*Marcos Yamada

DivULgAçÃO

toshio takeda (D), fazendo história no tênis de mesa brasileiro

Page 12: JORNAL NIPPAK 12/07 a 18/07/2012

12 São Paulo, 12 a 18 de julho de 2012JORNAL NIPPAK

HOMENAGEM ­ A Sociedade Brasileira de Cultura Japonesa e de Assistência Social realizou homenagem a mais de 30 idosos com ou mais de 99 Anos. Este pe-queno gesto significou muito para uma comunidade que honra seus antepassados. O evento contou com a presença do cônsul geral do Japão Kazuaki Obe e sua es-posa a consulesa Eiko Obe, depu-tado estadual Jooji Hato, Kihatiro Kita (presidente do Bunkyo), pro-fessor kokei Uehara, entre outros.Luci Júdice Yizima

RECONHECIMENTO ­ O ex-deputado Hatiro Shimo-moto foi um dos homenage-ados no Congresso Nacional pelo Grupo Parlamentar Bra-sil Japão, em comemoração pelos 104 anos da Imigração Japonesa no Brasil, ao ensejo da abertura da Semana Cul-tural do Japão no dia 26 de junho de 2012. Ele recebeu das mãos do deputado fede-ral Junji Abe, a menção hon-rosa em reconhecimento aos relevantes serviços prestados em prol do desenvolvimento e progresso do Brasil. Presti-giaram a Sessão Solene os de-putados Hidekazu Takayama, Keiko Ota e Luiz Nishimori, Akira Miwa (Embaixador do Japão). (Divulgação)

ARRAIAL ­ Com realiza-ção da Prefeitura da cidade de São Paulo e Subprefeitura de Itaquera e organização da Associação Miyagi Kenjin-kai em parceria com a Fede-ração Sakura e Ipê do Brasil,

Obra Social Dom Bosco e As-sociação Paulista de Relações Internacionais, aconteceu nos dias 23 e 24 de junho, na Rua Gregório Ramalho, em Ita-quera (zona Leste de São Pau-lo), o 1º Arraial das Estrelas de

Itaquera.Dezenas de pessoas marcaram presença no evento, entre elas o subprefeito de Ita-quera coronel Paulo César Máximo, cônsul Yusuke Na-kayama, Koichi Nakazawa entre outras. Luci J. Yizima

FESTA – A tradicional Festa Junina da Associação Travessia foi realizada em 24 de junho, na sede da en-tidade, na zona Sul de São Paulo. Dezenas de pessoas

vieram prestigiar e fazer no-vos amigos, acompanhar os trabalhos dos jovens, partici-par das atividades e degustar do yakissoba, churrasco, do-ces. Também esteve presente

Shirley Yassuda, André Yas-suda, Carlos Coachman, Es-ther Teixeira, Suely Korosue, Eliane Catucci.

Luci Júdice Yizima

BELEzA – A 8ª Edição do Festival da Beleza Ike-saki reuniu os mais reno-mados hairstylists nacionais e internacionais para mos-trar tendências de cortes, co-res e penteados para o verão 2012/2013. O evento educa-cional marcou o Encontro de Manicures, de Maquiladores, Jornada Técnica de Estética e o Ikesaki Hair Show, foi um grande encontro de Profis-sionais, com muito conteúdo técnico educacional. Com os grandes nomes do cenário da beleza nacional e internacio-nal. Um verdadeiro show de beleza. O presidente da Ike-saki, Hirofume Ikesaki re-cebeu os convidados na sala Vip. Luci Júdice Yizima.