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Entrevista O diretor de pós-vendas da Iveco, Maurício Gouveia, fala sobre aftermarket e o novo Centro de Distribuição de Peças EDIÇÃO 25 • JUN 2010 Iveco Daily ganha cabine dupla Mercado Pesquisa inédita no setor de Pesados e Comerciais revela as marcas preferidas dos reparadores Além disso, modelo passa a ter PBTC de 7 mil kg, 400kg a mais do que a versão anterior, e um sobrenome: Daily Massimo

Jornal Oficina Brasil DIESEL - junho 2010

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Encarte do Jornal Oficina Brasil designado para reparadores de veículos pesados.

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EntrevistaO diretor de pós-vendas da Iveco, Maurício Gouveia, fala sobre aftermarket e o novo Centro de Distribuição de Peças

EDIÇÃO 25 • JUN 2010

Iveco Daily ganha cabine dupla

MercadoPesquisa inédita no setor de Pesados e Comerciais revela as marcas preferidas dos reparadores

Além disso, modelo passa a ter PBTC de 7 mil kg, 400kg a mais do que a versão anterior, e um sobrenome: Daily Massimo

REDAÇÃOJornalista responsável: Alexandre Akashi - MTB [email protected] Técnico: Arthur Gomes [email protected] Tel: (11) 2764-2862PRODUÇÃO/INTERNETCoordenadora: Daniela PelosiAssistente: Eduardo MunizAnalista Web: Tiago Lins(11) [email protected]

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Índice

Os ventos do progresso sopram vigo-rosos no Brasil em tempos de euforia econômica, Olimpíadas e Copa do Mun-do. Pensar na conjunção desses três fa-tores simultâneos nos leva à conclusão de estarmos vivendo um novo ciclo de prosperidade para o segmento de má-quinas fora de estrada e agrícola. Muitas obras a serem feitas, muito dinheiro cir-culando, mais gente com acesso à comi-da... O que mais se pode desejar?

No entanto, é preciso cautela. Os bons ventos podem muito bem se transfor-mar em tempestade, pois a oportunida-de existe para todos e não apenas para o produtor brasileiro. Essa pode ser a ‘dei-xa’ para que alguns oportunistas, de to-das as partes do globo, venham oferecer ao empresário brasileiro suas máquinas, muitas vezes de baixa tecnologia. Mas há algo que se possa fazer para a preserva-ção dos investimentos das empresas do segmento de máquinas, sempre presen-tes no desenvolvimento do País?

Analisemos as principais dificuldades que o setor tem pela frente. Em primei-ro lugar, um dólar defasado - que deve terminar este ano em torno de R$ 1,70 -

e custos de produção em Reais crescen-tes. Isso atrapalha as vendas de produtos brasileiros para o exterior e aumenta o atrativo para o internacional.

Outra situação que traz desequilíbrio é o preço dos equipamentos. Não se conhece a carga de impostos que essas máquinas trazem de sua origem, nem que incentivos podem ter ou a condição de trabalho e salário dos funcionários. Porém, infelizmente, é sabido que mui-tos empresários por aqui trocam parce-rias com empresas brasileiras, que lhes asseguraram garantia, assistência técni-ca e qualidade durante longos anos, por descontos que poderão custar muito caro mais tarde.

Por conta da ilusão de salvarem alguns trocados, arriscam seu negócio entran-do de cabeça na incerteza. Porque a qualidade, aliás, é outra incógnita nos equipamentos ‘alienígenas’. Será mes-mo que vai sair mais barato lá na frente?

E o que dizer do meio ambiente? Em qualquer lugar do mundo civilizado as máquinas têm de se enquadrar às leis de emissões, e essa é uma barreira para os nossos equipamentos serem comer-cializados lá fora. Mais uma vez, o Brasil anda em descompasso com o restante do planeta: sequer possuímos legislação de emissões que regulamente o setor.

Esse pequeno detalhe faz grande dife-rença porque ao exigir o cumprimento de uma legislação de emissões, o Brasil poderia impedir que máquinas poluido-ras fossem utilizadas, ao mesmo tem-po em que coibiria a entrada de equi-pamentos de baixa qualidade no País. Hoje qualquer escritório pode vender

livremente equipamentos importados no Brasil. Mas para o produtor brasileiro vender seu produto lá fora é bem mais complicado.

Este é o cenário: o produtor pressio-nado pelo dólar baixo, apostando na engenharia brasileira e oferecendo ao empresário das obras civis e agrícolas um produto de qualidade com garantia e rede de assistência técnica, compete, muitas vezes, com produtos de baixa qualidade, que podem entrar livremente no País e com custos bastante baixos. O desequilíbrio é flagrante. Segundo a As-sociação Brasileira da Indústria de Máqui-nas (Abimaq), a China deve se converter na segunda maior exportadora de má-quinas ao Brasil, em 2010, ultrapassando a Alemanha.

E tem mais um detalhe. Depois de um período de recessão no setor, as vendas voltaram a subir, o que pode induzir o produtor nacional a negligenciar esse momento delicado pelo qual passa o segmento. Por isso, o momento para se fazer algo é agora. É evidente que é ur-gente regulamentar o setor, seja pela via da legislação de emissões, pela exigência da certificação da qualidade, que restrin-girá equipamentos inseguros e ruidosos, ou pela via da taxação diferenciada ao produto alienígena.

Ninguém é contra a competição. O empresário nacional tem o direito de comprar o melhor produto que seu di-nheiro puder adquirir. Mas um pouco de regra, assim como caldo de galinha, não faz mal a ninguém. Seria a contrapartida das autoridades a esse segmento que ajudou a construir o Brasil que temos.

Nem tudo que é bom para Brasil é bom completamente

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Expediente

03EntrevistaO diretor de pós-vendas da Iveco, Maurício Gouveia, co-menta sobre aftermarket

marketing direto

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02 ARTIGO CADERNO PESADOS | JUNHO DE 2010

Vicente Pimenta Vice-diretor do Comitê de Máquinas Agrícolas e Construção do Congresso

SAE BRASIL 2010

04MercadoPesquisa inédita do setor de pesados e comerciais revela as marcas preferidas do reparador

05LançamentoO Iveco Daily ganha capaci-dade de carga e sobrenome: Massimo

06TécnicaO colaborador Humberto Manavella explica o pós-trata-mento em motores diesel

Desde 2007, quando decidiu que o Brasil era um país estratégico para o crescimento da marca, a Iveco tem in-vestido em novos produtos e, conse-quentemente, engenharia e linha de produção.

Ao mesmo tempo, tem ampliado a rede concessionária, assim como os pontos de assistência técnica. Para o af-termarket, estas são boas notícias, pois mais cedo ou mais tarde, grande parte desta frota estará se abastecendo dele, seja via distribuição tradicional ou con-cessionária.

Se depender da montadora, 100% deste abastecimento será feito via con-cessionária. Para tanto, investiu R$ 30 milhões em um novo centro de distribui-ção de peças, batizado de COPI (Centro de Operações de Peças Iveco), localizado em Sorocaba, interior de São Paulo.

Confira abaixo a entrevista com o di-retor de pós-vendas da Iveco, Maurício Gouveia, concedida com exclusividade para o Caderno de Pesados do jornal Oficina Brasil, sobre a importância do aftermarket para a Iveco.

Caderno Pesados – A Iveco este ano dobra o número de veículos comer-cializados desde 2007, quando a mar-ca retornou definitivamente ao Brasil. Hoje, qual o percentual dos veículos comercializados conta com algum tipo de contrato de manutenção Ive-co?

Maurício Gouveia – Todas as vendas de 2006 para cá estão sendo atendidas pela nossa rede. O avanço do cresci-mento da Iveco no Brasil vem de três anos para cá o que representa 50% do nosso parque circulante, que hoje é de mais de 30 mil caminhões, que geram

17 mil passagens na nossa rede de con-cessionárias, por mês.

CP – Que tipo de planos de manu-tenção os grandes frotistas têm dispo-níveis?

MG – Temos planos de manutenção e reparação tanto para grandes quanto para médios frotistas, que dão tranqüi-lidade para eles não se preocupar com serviços. Não pre-cisam ter oficina própria, nem me-cânicos, muito me-nos estocar peças. O nosso contrato é muito abrangen-te, tem vantagens econômicas de não precisar nenhum ativo, pois está tudo a cargo da Iveco. Nosso interesse é de que este contrato dê tranqüilidade, baixo custo operacio-nal e alto nível de utilização dos veículos.

CP – Ano passado você lançaram um serviço novo, de manutenção via in-ternet. Como ele funciona?

MG – É uma atividade de assistência

técnica chamada teleserviço. Trata-se de um software, uma infraestrutura tec-nológica que nos permite nos comuni-car remotamente, por internet, aonde o veiculo está. Independente do local, nossa base em Sete Lagoas (MG) conse-gue se comunicar com o caminhão do cliente, interconectando sistemas. Com isso posso fazer diagnósticos avançados, verificar o funcionamento do veículo,

todo o sistema de injeção, se está com panes elétri-cas, e consigo cor-rigir à distância vá-rias destas panes, dando inclusive velocidade no servi-

ço e mantendo este caminhão o maior tempo possível em funcionamento.

CP – Junto destas novidades tecno-lógicas, a Iveco tem investido tam-bém na distribuição de peças, com a inauguração do COPI. Que tipo de be-nefício este investimento trará para a marca?

MG – Esta infra-estrutura que inau-

guramos agora é para suportar o cres-cimento vertiginoso da Iveco. Temos aqui o que há de mais novo em logísti-ca, para trazer vantagens aos clientes. Investimos em novo sistema para dar mais velocidade à entrega, assim como entender todos os cenários de deman-da, sejam para cima ou para baixo. Hoje eu posso dizer com certeza que melhoramos em três vezes a qualidade do item despachado e estamos melho-rando em quase 30% a velocidade de entrega nas concessionárias.

CP – Como funciona o COPI? Ele é abastecido pela fábrica de Sete Lago-as?

MG – Nós temos hoje cerca de 30% vindo das nossas fábricas, outros 30% vem de fornecedores locais, brasileiros, 7% de fornecedores argentinos e o res-tante trazemos da Europa.

CP – Um nível de importação bem grande...

MG – Não. Temos uma gama de pro-dutos tão nova, recém-lançadas, que é comum dentro do grupo Fiat ter este tipo de sinergia. Eu vou onde a peça é mais barata. Se é mais barata na Euro-pa, eu a busco na Europa. Se é no Brasil, busco aqui.

CP – Como vocês enxergam a con-corrência do aftermarket tradicional?

MG – Por a Iveco ser tão jovem, ain-da não sofre tanto com peças piratas, clonadas, mas esta é uma preocupação que temos sim, pelo alto padrão de qua-lidade dos nossos componentes. Nos preocupamos com os nossos clientes, advertindo, informando, comunicando e criando processos que nos possibilite informar ao cliente se a peça é genuí-na ou não. O cliente é o único que não pode ser enganado.

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ulg

ação

03CADERNO PESADOS | JUNHO DE 2010 ENTREVISTA

“Com o COPI, agilizamos em até 30% a velocidade de entrega de peças”

Alexandre Akashi

Ao inaugurar o novo Centro de Operações de Peças Iveco, o diretor de pós-vendas da montadora, Maurício Gou-veia, concedeu entrevista exclusiva ao Caderno de Pesados para falar sobre o crescimento da marca que nos últimos três anos duplicou o número de veículos vendidos

Hoje, com o COPI, melhoramos em três vezes a qualidade do

item despachado

A segunda edição da Automec Pe-sados & Comerciais, realizada em São Paulo entre os meses de abril e maio, foi palco da primeira pesquisa CINAU – Marcas Preferidas / Melhor Caminhão e Implemento Rodoviário. Realizada com 313 participantes da feira, o resultado mostra que no geral, a melhor peça para veículos comerciais é Bosch, o melhor caminhão é Mercedes-Benz, e o melhor implemento rodoviário é Randon.

Além disso, a CINAU perguntou aos visitantes da Automec Pesados & Co-merciais quais marcas eles consideram melhores em nove categorias: acessó-rios, câmbio, embreagem, filtro, junta/retentor, lona de freios, lubrificante, ro-lamento e pneu (veja tabelas).

FonteDo total de entrevistados, o núme-

ro de reparadores é o predominante (59,8%), entre proprietários de oficina mecânica, auto elétrico, bombista, troca de óleo, funilaria e pintura e truck cen-ter. 25,3% atuam no comércio de auto-peças (distribuidora e varejo), e 14,9% em empresas de frotas, ou como moto-rista autônomo.

Com estes dados, a CINAU realizou in-teressante estudo sobre qual a melhor marca de peça de veículo comercial, por ramo de atividade (reparador, comércio e frotista). No geral, a Bosch é a melhor para 4,5% dos reparadores, 8,6% dos comerciantes e 6,5% dos frotistas. Esta mesma proporção de frotistas (6,5%) também consideram as peças Originais, Sabó e Scania como as melhores.

Para todos os ramos de atividade, a qualidade é o fator mais importante para uma peça ser considerada a me-lhor (reparador, 11,2%; comércio, 6,9%; e frotista, 6,5%). Os frotistas consideram, na mesma proporção (6,5%), a durabili-

dade do componente.

CategoriasPor categoria, os resultados que mais

chamaram atenção foi melhor câmbio, com Eaton e Sachs empatados tecnica-mente entre reparadores e comercian-tes. A Eaton tem a preferência de 18,4% dos reparadores e 15,5% dos comercian-tes, enquanto a Sachs recebeu 17,3% dos votos dos reparadores e 13,8% dos votos dos comerciantes. Já entre os fro-tistas, a Eaton vence com folga, com 29% da preferência, ante 16,1% da Sa-chs.

Já em embreagem, a Luk é a preferida do reparador, com 26,3% dos votos, po-rém a Sachs é a melhor para o comércio e frotista, com 37,9% e 41,9%, respecti-vamente. Isso indica que a Sachs ainda tem trabalho a fazer junto os reparado-res, assim como a Luk, porém junto ao comércio e aos frotistas.

Nas demais categorias há, pratica-mente, uma predominância dos pri-meiros colocados em todos os ramos de atividades, com algumas exceções, como lubrificantes, em que Petrobras e Shell disputam votos entre reparadores e comerciantes; já entre frotistas, a pre-dominância é para a Petrobras.

Em rolamentos, a SKF segue líder, porém não no comércio, onde divide opiniões com FAG, assim como Pirelli e Michelin aparecem praticamente empa-tados na preferência dos reparadores. Já no comércio e frotistas, a Pirelli lidera com folga.

MetodologiaA pesquisa Marcas Preferidas dos Pe-

sados é um estudo realizado durante a AUTOMEC PESADOS 2010, com base em uma amostragem aleatória, por meio de entrevistas pessoais junto ao público presente ao evento. O plano amostral foi calculado para atender a um número mínimo de entrevistas,

com perguntas diretas e respostas di-retas e abertas.

A pesquisa foi realizada sem estímu-lo, incentivos ou promessa. Não houve premiação nem aos entrevistados nem às marcas vencedoras.

O estudo tem caráter investigativo e informativo sobre a preferência do Mer-

cado de Pesados.Os trabalhos técnicos ficaram a car-

go do estatístico Alexandre Carneiro. CINAU e o estatístico responsável pos-suem registro no Conselho Regional de Estatística, com número CONRE-3ª/5616/06 e CONRE-3ª/6991-A/SP, respectivamente.

04 MERCADO CADERNO PESADOS | JUNHO DE 2010

CINAU revela marcas preferidas no aftermarket de veículos comerciais

Alexandre Akashi

A pesquisa foi realizada com 313 visitantes da Automec Pesa-dos que ocorreu entre os meses de abril e maio, em São Paulo

Com 28.517 visitantes, a segunda edição da Automec Pesados & Co-merciais, realizada entre 27 de abril e 1º de maio, superou as expectativas de público da organização, que era de 27 mil pessoas entre empresários e compradores da indústria automo-tiva nacional e do exterior, comer-ciantes de autopeças e acessórios, re-

presentantes de oficinas mecânicas, frotistas, profissionais do segmento de logística, entre outros. Com 480 marcas de expositores nacionais e in-ternacionais, a feira se destacou pela realização de negócios com clientes do Brasil e do Exterior e a presença de um público altamente qualificado, de acordo com a Alcântara Machado.

Automec Pesados & Comerciais supera expectativa de público

Como já é tradição no aftermarket automotivo, o Sindirepa-SP reali-zou seu congresso anual durante a Automec, sendo que este ano o tema abordado foi o futuro da reparação Deisel frente às novas tecnologias.

Para debater este assunto, um gru-po de experts dos setores de produtos de equipamentos foram convocados para explanar sobre as tendências do segmento, que começa a encarar de os sistemas eletrônicos de controle e gerenciamento de injeção de com-bustível

Foram destaque do evento a parti-cipação de especialistas como o con-sultor técnico da Robert Bosch, Nilson Souza, que falou sobre as tendências e a evolução das bombas injetoras mecânicas para o sistema eletrônico, os representantes de fabricantes de equipamentos como Miguel Margarido (Tecnomotor) Klaus Marques e Raffae-le Ventierfi (Alfatest) e Rodrigo Iglesias e Nilson Souza da Robert Bosch, que

debateram sobre a importância de investimento em equipamentos para redução da hora de trabalho, agilidade no diagnóstico e também a oportu-nidade criada com a implantação da inspeção ambiental veicular na cidade de São Paulo, entre outros assuntos.

Outro debate contou com a partici-pação do vice-presidente do SINDI-REPA-SP, José Arnaldo Laguna, diretor da AEA, Harley Bueno, do diretor da Brasil Automático, Carlos Napoletano, do diretor da Elring Klinger, Luiz Mirara e do diretor da Nakata, Jair Silva que falaram sobre normas ABNT para procedimentos e capacitação profis-sional que garantem a qualidade dos serviços.

O diretor do SINDIREPA-SP, Sérgio Alvarenga, que mediou o painel, afirmou que por meio de um convê-nio da entidade com a ABNT e o Senai as normas técnicas serão distribuídas gratuitamente aos reparadores, facili-tando o acesso às informações

Congresso anual do Sindirepa-SP foca inovações tecnológicas

A Iveco apresentou o novo Daily 70C16, caminhão leve para uso urbano e intermunicipal, com pequenas altera-ções de projeto que conferiram ao veí-culo capacidade de carga ampliada para 7.000 kg, ante os 6.600 kg da versão anterior.

C o m isso, rece-beu o so-brenome M a s s i m o e algumas outras va-r i a ç õ e s , como ca-bine dupla, única no segmento a oferecer esta facilida-de. Uma ideia bem baca-na, principalmente para uso com platafor-ma de reboque de automóvel.

Segundo a mon-tadora o segredo para o aumento da capa-cidade de carga útil foi a adoção de novos pneus 215/75, rodas de 17,5 polegadas e suspen-são dianteira reforçada. Outra novidade do modelo é a opção de entre eixos alongado, de 4.350 mm. Agora, o clien-te pode escolher entre este ou o con-vencional, de 3.750 mm.

Freio a arO Massimo é o único Daily a contar com

freios de acionamento pneumático, de acordo com a Iveco. O sistema tem o mesmo conceito dos caminhões mé-dios e pesados, com eixo traseiro com freios a tambor e sistema S-CAM para operações de serviço e câmara spring brake para estacionamento. A regula-gem das sapatas é automática e o com-pressor de ar fornecido pela Knorr Bre-

mse LK-15. Na diantei-ra, o freio é a disco, hidráulico, servo-assis-tido.

Fora es-tas modi-ficações, o Daily Mas-simo mu-dou pou-co. A Iveco

manteve o motor F1C da FTP Power-train Technolo-gies de 155cv de potência a 3.500

rpm, e torque má-ximo de 400 Nm na faixa de 1.700

rpm a 2.600 rpm, common rail, distribui-

ção por corrente quatro-cilindros, 16 válvulas, ho-

mologado para B5 (5% de biodiesel). A transmissão também é a mesma, Eaton FSO-4405B, de cinco marchas com overdrive.

GPSO Massimo será oferecido com um

sistema de GPS exclusivo, como op-

cional, porém estará disponível ape-nas no ato da compra. O sistema não será oferecido como acessório, nas concessionárias.

O diferencial do equipamento é a possibilidade de carregar até 30 paradas em uma única saída. Após carregar os destinos, o computador se encarrega

de traçar a rota mais econômico para atender a todos os locais de entrega.

O novo utilitário da Iveco tem preço a partir de R$ 94.000, na versão chassi-ca-bine e chega a R$ 122.000 nas versões cabine dupla. Até o fim de julho deste ano, a montadora oferece o ar-condi-cionado gratuitamente aos clientes.

freios de acionamento pneumático, de cional, porém estará disponível ape- de traçar a rota mais econômico para

05CADERNO PESADOS | JUNHO DE 2010 LANÇAMENTO

Daily fica mais pesadoCom pequenas alterações de projeto, o modelo 70C16 carrega agora 400 kg a mais que o antecessor, e recebeu sobrenome Daily Massimo

Alexandre Akashi

de. Uma ideia bem baca-na, principalmente para

tadora o segredo para o aumento da capa-cidade de carga útil foi a adoção de novos pneus 215/75, rodas de 17,5 polegadas e suspen-

manteve o motor

rpm a 2.600 rpm, common rail, distribui-

ção por corrente quatro-cilindros, 16 válvulas, ho-

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A novidade é o GPS, opcional; já o motor de 155 cv não mudou

06 TÉCNICA CADERNO PESADOS | JUNHO DE 2010

A presente matéria, elabora-da com informações retiradas de uma futura publicação, tem por objetivo apresentar um dos sistemas de pós-tratamento diesel com maior probabilidade de ser aplicado no Brasil a par-tir de 2012, com a aplicação do Proconve P-7 (para pesados), norma equivalente à Euro 5.

Atualmente rege a norma Proconve P-5 (equivalente à Euro 3) que é atendida com o aprimoramento do processo de injeção (diesel eletrônico) e EGR; isto é, praticamente, sem necessidade de pós-tratamen-to.

A figura 1 mostra a configu-ração do sistema de pós-trata-mento utilizado pela Cummins em Estados Unidos. Resulta si-milar ao de outros fabricantes como a Mercedes. Esta configu-ração atende à norma EURO 5 e às similares de Estados Unidos e Japão.

A funcionalidade dos compo-nentes do sistema é a seguinte:

1. O catalisador oxidante [1] trata as emissões de CO e HC que resultam em CO2 e H2O.

2. O filtro de particulado (DPF) retém o material particu-lado. Quando o acúmulo deste

ultrapassa certo limite, o filtro deve ser regenerado através da combustão das partículas. Isto se consegue com a pós-injeção de combustível (injeção de pe-quena quantidade de combus-tível após a injeção principal) que, ao queimar no catalisador oxidante [1] eleva a temperatu-ra dos gases. Assim, estes atin-gem o patamar dos 500 graus, o que permite a entrada em combustão espontânea do par-ticulado, regenerando o filtro.

3. O catalisador SCR (ca-talisador seletivo redutor) trata da redução das emissões de NOx. Para seu funcionamento o SCR utiliza amônia (amoníaco) que, ao reagir com o NOx re-sulta em N2 (nitrogênio) e H2O (água). O amoníaco (gás tóxico) necessário à reação, é obtido a partir de uma solução de 32% de uréia (substância não tóxi-ca), dosada antes do SCR. Com a alta temperatura dos gases de escape (acima de 170 graus) a uréia é transformada em amo-níaco no reator de hidrólise.

4. O catalisador oxidante [2] cumpre a função de elimi-nar qualquer resto de amoníaco não utilizado no SCR, transfor-mando-o em N2 (nitrogênio) e

H2O (água).

ImportanteA aplicação destes sistemas

de pós-tratamento implicará na implantação obrigatória de uma rede de distribuição da solução de uréia (identificada no Brasil com a sigla ARLA 32) e isto, a nível nacional.

CombustívelComo apresentado nesta ma-

téria, os sistema de pós-trata-mento têm por objetivo a dimi-nuição das emissões de CO, HC, NOx e material particulado. No entanto, resta ainda, um outro componente poluente no óleo diesel: o enxofre.

Este, além de ser o compo-nente básico do ácido sulfúri-co na atmosfera (chuva ácida), prejudica de forma irreversível, o funcionamento e efetividade dos elementos de pós-trata-mento como o catalisador de NOx e o filtro de particulado.

Ainda existindo a tecnologia necessária à sua eliminação na forma de catalisador de enxo-fre, o caminho escolhido pelos fabricantes é o da diminuição do teor de enxofre no combus-tível.

A experimentação durante os processos de desenvolvimento dos sistemas de pós-tratamen-to mostrou que o nível máximo de enxofre permitido é 50 ppm.

No entanto, na Europa, Esta-dos Unidos e Japão, onde já são aplicadas normas equivalentes à EURO 5, se trabalha com níveis da ordem de 10 ppm.

No Brasil, os níveis utilizados atualmente são:

Diesel Metropolitano: S500 (500 ppm); a partir de 2009, está sendo distribuído S50 (50 ppm), inicialmente, para as ga-ragens de ônibus urbanos de São Paulo e Rio de Janeiro.

Diesel Interior: S1800 (1800 ppm).

Cabe salientar que com a entrada em vigência do Pro-conve P-7 em 2012 (para pe-sados; similar à norma EURO 5) e Proconve L-6 em 2013 (para leves ciclo Diesel e ciclo Otto), os sistemas de pós-tratamento como os apresentados, serão uma necessidade para moto-res de ciclo Diesel; portanto, o nível máximo de enxofre no combustível distribuído no país deveria ser 10 ppm segundo re-solução CONAMA 403/2008 que institui o Proconve P-7.

Pós-tratamento em Motores Ciclo Diesel (II)

Humberto Manavella(11) 3884-0183

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