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JORNAL FAMATO Informativo do Sistema Famato / Senar Ano 5 n nº 73 n 1 a 15 de outubro/2009 CNA FAMATO SENAR-MT SINDICATOS RURAIS Impresso Especial 1609/01/DR-MT Federação da Agricultura e Pecuária do Est. MT CORREIOS Setor produtivo não aceita decisão unilateral Págs. 6 e 7 AGRINHO 2009 ZAE-CANA QUATRO MARCOS BNDES CÓDIGO AMBIENTAL ENDIVIDAMENTO Estudantes do Pedra 90 expõem projetos do programa Setor se mobiliza para alterar projeto no Congresso Credores de MT apresentarão contraproposta Liberações em MT recuam 5,2% Homero é vice- presidente da Comissão Prazo para renegociação das dívidas rurais é prorrogado Pág. 11 Pág. 9 Pág. 8 Pág. 8 Pág. 10 Pág. 10 MORATÓRIA DA CARNE

JORNAL FAMATO · sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), ou seja, pagará 17% em todas as opera-ções subsequentes. O diferimento é caracterizado

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Page 1: JORNAL FAMATO · sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), ou seja, pagará 17% em todas as opera-ções subsequentes. O diferimento é caracterizado

JORNAL FAMATOInformativo do Sistema Famato / Senar Ano 5 n nº 73 n 1 a 15 de outubro/2009

CNAFAMATO

SENAR-MTSINDICATOS RURAIS

Impresso Especial1609/01/DR-MT

Federação da Agricultura e Pecuária do Est. MT

CORREIOS

Setor produtivo não aceita decisão unilateral Págs. 6 e 7

AgRINhO 2009

ZAE-CANAQUATRO MARCOS

BNDES

CóDIgO AMBIENTAl

ENDIvIDAMENTO

Estudantes do Pedra 90 expõem projetos do

programa

Setor se mobiliza para alterar projeto no Congresso

Credores de MT apresentarão

contraproposta

liberações em MT

recuam 5,2%

homero é vice-presidente da

Comissão

Prazo para renegociação

das dívidas rurais é prorrogado

Pág. 11

Pág. 9

Pág. 8

Pág. 8

Pág. 10

Pág. 10

Moratória da carne

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02 Ponto de vista1 a 15 de OUTUBRO de 2009 - INFORMATIVO DO SISTEMA FAMATO SENAR

DIRETORIA EXECUTIVAPresidente: Rui Prado1º Vice-presidente: Normando Corral1º Secretário: Valdir Correa da Silva2º Secretário: Ricardo Tomczyk1º Tesoureiro: Eduardo Alves Ferreira Neto2º Tesoureiro: Alcindo Uggeri

SUPLENTESJorge Pires de MirandaAntônio GalvanJosé Otaviano Ribeiro NardesLuciomar Machado FilhoWillian José LimaMarcos da RosaMilson Antonio Fuzeti

CONSELHO FISCALRogério RomaniniCristóvão A. da SilvaLeonir Rugeri

SUPLENTESJairo DezordiJosé GuarinoOrivaldo N. Bezerra

DIRETORIAPresidente: Normando CorralSuperintendente: Antonio Carlos CarvalhoGerente Técnico: Otávio Bruno N. BorgesGerente Admin. Financeiro: Juliano Muniz

CONSELHO ADMINISTRATIVOHomero PereiraDaniel KluppelBeatriz BezeruskaAdão da SilvaDuílio M. FilhoAntônio Carlos Carvalho

SUPLENTESRui PradoValdir CorreaMauricio J. de SáNaildo dos SantosDarci Heemann

CONSELHO FISCALJosé R. da SilvaBenedito F. de AlmeidaRomildo A. Greselle

SUPLENTESMario GuardadoJosé TeixeiraAntônio de F. Ferraz

REDAÇÃOEditora: Elisete Mengatti – DRT 459Reportagens: Elisete Mengatti e Cléber GellioDesigner gráfico: Neemias AlvesRevisão: Marinaldo CustódioE-mail: [email protected]: (65) 3928-4426/4453/4473

SISTEMA FAMATORua B, s/nCentro Político e AdministrativoCEP 78049-908 - Cuiabá/MTTel: (65)3928-4400 / fax: 3928-4403

EXPEDIENTE EDITORIAl

FAMATOAlERTAAlERTAAlERTA

O Estado de Mato Grosso, que produz mais de 27 milhões de tone-ladas de grãos/ano, possui um rebanho bovino de 26 milhões de cabeças e que tem 64% de seu território totalmente preservado, não aceita ser pautado por organizações internacionais que não têm nenhum compromisso com nosso povo, muito menos com a economia lo-cal. O produtor mato-grossense é com-petente e responsável.

Adequações precisam sim ser feitas e

nós estamos buscando as formas legais de fazê-las, mas é necessário que os órgãos governamentais também façam a sua par-te. O processo de regularização fundiária precisa deslanchar, entretanto, o governo federal tem de saber que não basta exigir, cobrar e impor condições. Ele também precisa disponibilizar as ferramentas ne-cessárias para que o produtor rural busque a legalidade e não sofra mais com tantas sanções e com a insegurança jurídica que permeia os campos mato-grossenses.

Fisco: prazo ao produtor vence no dia 29

Ação Civil Pública

Produtores rurais que possuem blo-co de notas fiscais próprio têm o prazo até o próximo dia 29 para lançar no site da Secretaria de Fazenda de Mato Grosso (Sefaz) todas as notas fiscais emitidas no período entre 1º de junho de 2008 e 31 de agosto de 2009.

Os produtores que não regulariza-rem sua situação até o dia 29 pode-rão ser multados e a partir daí, perder o direito ao diferimento do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços (ICMS), ou

seja, pagará 17% em todas as opera-ções subsequentes.

O diferimento é caracterizado quando, no fornecimento da mer-cadoria, quem recolhe o imposto é o comprador. Os contribuintes do agronegócio que tenham optado pelo diferimento devem comprovar pela efetivação das transações tributadas pelo ICMS.

No site da Famato existem banners explicando como gerar o comprovan-te eletrônico de emissão de nota fiscal.

No dia 28 de setembro, a Fede-ração da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso, (Famato) interpôs uma Ação Civil Pública solicitando que seja determinado que as insti-tuições bancárias apresentem aos mutuários uma planilha gráfica de-monstrando, de forma clara e inte-legível, o valor total devido.

A Ação pleiteia ainda, a apre-sentação da evolução do débito e os encargos contratuais utilizados

desde a liberação do crédito até o prazo final do contrato, consideran-do todas as prorrogações de prazos, descontos de valores e redução das taxas de juros concedidas pelo Con-selho Monetário Nacional e Banco Central que incidiram no contrato.

Com essa medida, a Famato pre-tende obrigar os bancos a fornecer todas as informações de que o pro-dutor precisa para avaliar e nego-ciar ser débito, já que, até agora,

as instituições bancárias têm se ne-gado a repassar a planilha. A partir desta ação, os produtores filiados à Federação que obtiveram financia-mentos com recursos oriundos do BNDES deverão entrar em contato com os credores requerendo a apre-sentação da conta gráfica da dívida.

O modelo a ser preenchido e en-tregue aos bancos está disponível no site da Famato: www.famato.org.br.

POlíTICADívida Ativa da União poderá ser renegociada até 31 de março de 2010

O presidente da República san-cionou a Lei 12.058, que es-tabelece novos prazos para

as renegociações de vários pro-gramas rurais, entre estes, Secu-ritização, Pesa e Dívida Ativa da União (DAU).

Na nova lei, a renegociação de dívidas transferidas para a União sofreu uma dilatação de prazo para sua formalização. Agora os produtores podem solicitar a re-pactuação até 31 de março do ano que vem.

A ampliação de prazo era espe-rada com anseio pelo setor agrí-cola, uma vez que os produtores estão apostando na safra de soja para fazer frente aos pagamentos, já que a cultura do milho não pro-porcionou lucro a quem plantou.

A medida deverá beneficiar cerca de mil produtores mato-grossenses. Porém, segundo Lu-ciano Gonçalves, da Famato, a medida não resolve de vez o pro-blema do endividamento rural.

variedades 031 a 15 de OUTUBRO de 2009 - INFORMATIVO DO SISTEMA FAMATO SENAR

A revista Produtor Rural, da Famato, pretende colocar os pingos nos is na questão econômico/ambiental

em Mato Grosso e, para isso, vai dedi-car a edição de dezembro inteiramente ao tema e levar uma versão em inglês para a 15ª Convenção das Partes sobre Mudanças Climáticas (COP 15), pro-movida pela ONU, que acontecerá em

Copenhague, Dinamarca, de 7 a 18 de dezembro. A proposta é ouvir especia-listas de instituições de pesquisa, órgãos governamentais, entidades de produto-res e ambientalistas, de modo a produzir material jornalístico de qualidade e cre-dibilidade, para apresentar a represen-tantes de mais de 180 países que estarão debatendo o futuro do planeta. Como

milhares de pessoas do mundo inteiro estarão na cidade para acompanhar a discussão, será uma oportunidade única de explicar à comunidade internacional o que de fato acontece em Mato Gros-so e plantar a ideia de que o Brasil – e este estado, em particular – é capaz de produzir alimentos e energia renovável em abundância e, ao mesmo tempo, de conservar a biodiversidade”, explica o editor Sérgio de Oliveira.

CURTASCURTASCURTASCURTASCURTASCURTASCURTASCURTAS

PRODUTOR RURAl NA COP 15A verdade em Copenhague

Índices de Produtividade Desmatamento zero RecordeO decreto que definirá novos ín-

dices de produtividade para grandes propriedades rurais pode se transformar no esto-pim de conflitos no campo. Estimativas do pró-prio Incra apontam que, num primeiro momento, a partir de 2010, pelo menos 50 mil grandes pro-priedades rurais – ou o equivalente a uma exten-são de cerca de 30 milhões de hectares em todo o país – podem ser desapropriadas para engrossar o estoque de terras da reforma agrária.

O presidente Lula disse na Su-écia, durante cúpula Brasil-União

Europeia, que o Brasil não pode assumir uma meta de desmatamento zero. “Nem se o Bra-sil fosse careca poderia assumir uma meta de desmatamento zero, porque sempre vai haver alguém que vai cortar alguma coisa. O que o Brasil está fazendo é algo muito revolucionário e muito forte”, disse Lula em reação a um pedi-do do grupo Greenpeace.

A expectativa para a próxima safra é que produção seja ampliada

em até 6,5 milhões de toneladas, com relação à safra anterior. Os agricultores brasileiros come-çam o novo plantio com expectativa de ampliar a produção em até 6,5 milhões de toneladas. É o que indica o primeiro levantamento do ciclo agrícola 2009/10, realizado pela Conab. Com isso, o Brasil deve colher no próximo ano entre 139,06 e 141,62 milhões de toneladas.

Guto Zanata - Médico veterinário e membro do Departamento Técnico da Famato - [email protected]

A cisticercose é uma zoonose (do-ença que acomete o ser humano), provocada pela presença da forma larvária da Taenia solium principal-mente nos tecidos do suíno e da forma larvária da Taenia saginata, principalmente nos tecidos do bovi-no. A cisticercose humana é adqui-rida quando o homem ingere ovos da Taenia saginata ou Taenia solium, através de água ou alimentos (frutas, verduras) contaminados com fezes humanas contendo ovos das tênias. A contaminação do homem pode ocorrer também por autoinfecção, quando por falta de hábitos higiêni-cos adequados após a defecação, não lavar as mãos, ou por movimentos re-trógrados do conteúdo intestinal.

O homem é um elo essencial na epidemiologia, pois suas fezes podem contaminar o alimento do bovino ou suíno, causando a cisticercose nestes animais, ou ainda contaminar água e

alimentos para consumo humano e provocar a cisticercose no homem.

A prevalência dessa enfermida-de tem variado bastante, conforme a região e categoria animal, com ín-

dices que variam de 3 a 4%, embora existam relatos que ultrapassam os 20% em lotes de animais confinados ou próximos de cidades. O diagnós-tico da doença é feito nos abatedou-ros. Dos bovinos com cisticercose, em média 62% têm aproveitamento condicional da carcaça (resfriamento, salsicharia, produção de banha ou re-jeição total de carcaças ou órgãos). O tratamento consiste na aplicação de antiparasitários nos bovinos (Meben-dazol, Praziquantel e Sulfóxido de Al-bendazol), tratamento antiparasitário nos humanos, além de educação sa-nitária e saneamento básico.

Fonte pesquisada: Revisão bibliográfica da cisticercose bovina(Camila L.S. Fonseca).

Cisticercose

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04 Famato em Ação1 a 15 de OUTUBRO de 2009 - INFORMATIVO DO SISTEMA FAMATO SENAR

Famato recebe comitiva dinamarquesa

SR realiza curso de Aplicação de Agrotóxicos

A diretoria da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato) rece-

beu, no dia 5, representantes da Da-nish Agricultural Advisory Service (DAAS), instituição ligada ao setor agropecuário da Dinamarca, com-posta por 34 centros de pesquisa e cerca de 3.600 colaboradores. Par-ticiparam do encontro o vice-presi-dente da Famato, Normando Cor-ral, o presidente da DAAS, Frank Bennetzen, o cônsul da Dinamarca Niels Thomsen, além de outros 35 diretores dinamarqueses.

“Ficamos impressionados com a organização que a Federação nos mostrou. Viemos com o intuito de ouvir, aprender e buscar inspiração para nossa produção. Estamos en-tusiasmados em saber mais sobre esse Estado”, disse Bennetzen.

Entre os assuntos abordados es-tão meio ambiente, sistemas agrope-cuários, negócios e mercados, entre outros. Na oportunidade o superin-tendente do Imea (Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuá-ria), Seneri K. Paludo, apresentou ao grupo as potencialidades do Estado.

O Sindicato Rural de Alto Garças, em parceria com a Prefeitura Municipal e Escola Agrícola lo-

cal, realizou recentemente o curso de Aplicação de Agrotóxicos, promovi-do pelo Senar-AR/MT (Serviço Na-cional de Aprendizagem Rural).

De acordo com a instrutora Valéria Costa E. de Souza, foram capacitados 15 trabalhadores rurais do município, utilizando o pulverizador autoprope-lido, máquina usada em operações de aplicação de defensivos agrícolas com elevado rendimento e alta tecnologia em eletrônica de bordo para maior controle da pulverização.

O tesoureiro do Sindicato Rural,

Rudolf T.M. Aernoudts, elogiou o desempenho dos participantes e res-saltou a importância dos trabalhado-res estarem qualificados e atualizados para o mercado de trabalho.

Luzia Couto, diretora da escola, enalteceu o trabalho realizado e colo-cou a instituição à disposição para cur-sos futuros.

Membros da Comissão Nacional participaram da reunião em Cuiabá

Os dinamarqueses estiveram na sede da FamatoA Comissão Nacional de Aquicul-

tura da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil)

fechou no dia 8, na sede da Famato, o ciclo de reuniões realizadas em 2009. Participaram do encontro aberto pelo diretor-tesoureiro da Famato, Eduardo Alves Ferreira Neto, o vice-presidente da Comissão, Eduardo Ono, e os com-ponentes Felipe Guedes (CNA), João Pedro da Silva (Famato), Cláudio M.C. Rabelo (Faepe) e Alfonso Marcos Rio (Faepa). A reunião marcou o terceiro e último compromisso da agenda que de-termina metas desenvolvidas durante o ano. As duas primeiras etapas aconte-ceram na sede da CNA em Brasília, onde ficou definido que a Famato rece-beria a reunião do encerramento anual dos trabalhos.

O objetivo da Comissão é acompa-nhar as principais necessidades da ca-deia produtiva e principalmente as po-líticas públicas, envolvendo benefícios para os cultivos de camarão e de espé-cies de água doce e nativa, entre outros.

“Apesar de toda essa diversidade

de áreas de atuação na aquicultura, vemos que há necessidade de ações governamentais em diversos aspectos que regulamentam a atividade, como: adequação para licenciamentos am-bientais, operacionalização concreta do seguro rural para maior segurança aos produtores e tarifas especiais de ener-gia elétrica, entre outros assuntos que estamos propondo como solução aos governos para desburocratizar o atual sistema”, disse Ono.

Para Eduardo Alves, o encontro é bastante oportuno para o estado, visto que a região Centro-Oeste destaca-se pelo grande volume de investimentos que tem recebido nos últimos anos para a produção de peixes em larga escala. Em Mato Grosso a aquicultura, que se expande a passos largos, concilia pro-dução e boas práticas ambientais. “A aquicultura é uma das grandes alterna-tivas para o aumento da produção em proteína animal, bastante demandada neste momento, além de ter um grande diferencial: o baixo impacto ambien-tal”, disse Eduardo Alves.

AQUICUlTURA INTERCâMBIO

AlTO gARçAS

Comissão Nacional encerra ciclo de reuniões na Famato

ASCOM FAMATO

ASCOM FAMATO

Equipe de trabalhadores que concluíram o curso

Diversos 051 a 15 de OUTUBRO de 2009 - INFORMATIVO DO SISTEMA FAMATO SENAR

POCONé9ª Cavalgada do Pantanal será no dia 31

Já está tudo pronto para a 9ª Ca-valgada do Cavalo Pantaneiro, que acontece tradicionalmente

no município de Poconé (104 km ao Sul de Cuiabá), porta de entra-da do Pantanal mato-grossense. O evento é uma realização da Asso-ciação Brasileira dos Criadores de Cavalo Pantaneiro (ABCCP) em parceria com o Sindicato Rural e a Federação da Agricultura e Pecuá-ria de Mato Grosso (Famato).

A saída será no dia 31 de outu-bro da fazenda Campo Largo (Ro-dovia Transpantaneira km 47) às 6 horas, com pouso no Pantanal Mato Grosso Hotel. O encerramento está previsto para o dia 1º de novembro na fazenda São José da Beira (km 60) ao meio-dia, onde acontecerá a confraternização e o almoço com comida típica pantaneira.

A marcha tem por objetivo es-timular maior conhecimento do ecossistema pantaneiro através da integração homem-cavalo-nature-za, proporcionar aos participantes a oportunidade de convívio com o homem pantaneiro, divulgar a im-portância da raça do Cavalo Panta-

neiro, estimular a prática esportiva da montaria, além de fomentar o turismo local.

A Cavalgada do Pantanal, como é chamada, se firmou como um dos mais tradicionais eventos da região e conta a cada ano com maior nú-mero de participantes. De acordo com a organização do evento, a previsão é de que este ano a Ca-valgada reúna cerca de 600 pesso-as entre equipe de apoio, homens, mulheres e crianças, sendo mais da metade montados.

“A Cavalgada é uma grande oportunidade de integração com a comunidade pantaneira e entre os próprios participantes, já que vem gente de diversas regiões do es-tado de Mato Grosso e do Brasil, em muitos casos, famílias inteiras participam da Cavalgada”, disse o vice-presidente da ABCCP, Cristó-vão Afonso da Silva, organizador do evento.

O percurso, que deve durar mais de quatro horas, promete muita aventura com travessia de rios e relevos irregulares, além de exube-rantes paisagens da região.

O Circuito Mato-grossense de Ro-deio está repetindo a “dose” das classificatórias após o grande

sucesso em 2008.As classificatórias são realiza-

das para dar oportunidade a novos competidores de ingressarem no campeonato, e consequentemen-te vários talentos são revelados a partir dessa iniciativa.

O projeto conta com onze eta-pas nas seguintes cidades: Nova Olímpia, Campo Verde, Rondo-nópolis, Rio Branco, Cuiabá, Po-coné, São José dos Quatro Mar-cos, Tangará da Serra, Ribeirão Cascalheira, Água Boa e São José do Rio Claro.

Em cada cidade serão dispo-nibilizadas quinze vagas, sendo que, os competidores serão esco-lhidos pelo fiscal de brete e juiz da FMTRO e pelo tropeiro local. E em cada etapa serão selecionados dois cowboys (os dois melhores tempos ou melhores notas), tota-lizando vinte e dois novos compe-tidores de diferentes regiões, que terão sua vaga garantida para a temporada 2010 do Circuito.

O curso e treinamento, reali-zados um dia antes da classifi-catória, também permanecem na programação. Eles buscam a va-lorização do atleta, a profissiona-lização, bem como o aperfeiçoa-mento das técnicas de montarias, aquecimento e a conscientização à proteção dos animais.

O curso é totalmente gra-

tuito e ministrado pelo juiz de rodeio Reinaldo Gimenes, de Nova Olímpia.

A 1ª etapa foi realizada na cidade de Nova Olímpia (26 e 27/09). Os classificados foram Carlos Eduardo Franco, de Barra do Bugres e Liniker Patrocínio, de Jangada. Na 2ª etapa, que aconte-ceu em Campo Verde (1 e 2/10), Marcelo Schimit, de Campo Ver-de e Fabrício Brandão, de Jusci-meira, foram os classificados. E na 3ª etapa em Rondonópolis (3 e 4/10) Klézio Machado e Patrício Santos, ambos da cidade, também garantiram suas vagas.

O projeto tem sequência nas demais cidades e conta com o apoio do Ministério do Turismo e os cursos têm o apoio do Senar.

EVERTON VAL

Circuito Mato-grossense de Rodeio realiza classificatórias para a temporada 2010

ASCOM FAMATO

Cavalgada do Pantanal reúne centenas de participantes há quase uma década

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06 Pecuária Pecuária 071 a 15 de OUTUBRO de 2009 - INFORMATIVO DO SISTEMA FAMATO SENAR 1 a 15 de OUTUBRO de 2009 - INFORMATIVO DO SISTEMA FAMATO SENAR

Reunidos na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), re-

presentantes da Federação, Imea, Acrimat e Ampa fizeram ampla dis-cussão sobre o documento assinado por empresas frigoríficas e a orga-nização não-governamental Gre-enpeace, que estipula os critérios mínimos para operações com gado no bioma Amazônico, a chamada “moratória da carne”.

“Esta decisão unilateral não aju-da o produtor, o consumidor e muito menos a economia de Mato Gros-so”, disse o presidente da Famato, Rui Prado. Para ele, é estranho que o Governo do Estado compactue com tal medida, já que Blairo Maggi par-ticipou do ato de assinatura da mo-ratória. “O governo estadual precisa estar do lado de Mato Grosso. Preci-sa respeitar o setor agropecuário que muito contribui com o desenvolvi-

mento deste estado gerando rique-zas, empregos e renda para os cida-dãos mato-grossenses”, declarou.

Outra crítica do setor produtivo é em relação à exclusão do setor em qualquer tipo de discussão que an-tecedeu a assinatura. “Em nenhum momento os produtores ou suas enti-dades representativas foram chama-dos para a discussão. O setor ficou alijado deste processo e agora, mais uma vez, vai pagar por pecados que não cometeu”, disse Normando Cor-ral, vice-presidente da Federação.

Para tentar amenizar a situação, o secretário de Estado de Meio Am-biente, Luiz Henrique Daldegan e o secretário-chefe da Casa Militar, Coronel Alexander Torres Maia, fo-ram até a Famato e participaram da reunião. Questionados, eles explica-ram que na realidade o governo par-ticipou apenas como convidado no ato de assinatura.

A tendendo solicitação do pre-sidente da Federação da Agri-cultura e Pecuária de Mato

Grosso (Famato), Rui Prado, o governador Blairo Maggi, recebeu no dia 13, no Palácio Paiaguás, em Cuiabá, um grupo de produtores e entidades ligadas ao setor produti-vo de Mato Grosso, para discutir a moratória da carne, que restrin-ge a compra de animais do bioma amazônico. Os produtores questio-naram o governo quanto à partici-pação de Blairo Maggi no ato de assinatura da moratória. O gover-nador reafirmou não ter assinado o acordo com frigoríficos e ONGs.

Rui Prado ressaltou a impor-tância do governo ter aberto um canal de conversação sobre a mo-ratória, uma vez que a inserção dos produtores na regularização ambiental depende exclusivamen-te dos mecanismos do Estado, o

que segundo ele ainda não é sufi-ciente para atender a demanda. De acordo com a Sema (Secretaria de Estado do Meio Ambiente), das 140 mil propriedades estimadas em Mato Grosso, cerca de 38% já obtiveram LAU (Licenciamento Ambiental Único).

“Precisamos do aparato do go-verno para que todos possam agir na legalidade. Vemos no MT Le-gal e no novo Código Ambiental Brasileiro perspectivas de que a questão ambiental seja resolvida, enquanto isso os frigoríficos não podem ser mais restritivos do que a própria legislação. Isso nos preo-cupa muito”, salientou.

“O governador Maggi não de-fende o desmatamento zero, pelo contrário, é a favor de que o pro-dutor que tenha áreas a desmatar estando dentro da lei, que exerça o seu direito. O Estado ofereceu o

MT Legal como instrumento para que os produtores se regularizem”, disse o secretário-chefe da Casa Militar, Alexander Maia.

Para o deputado federal Home-ro Pereira, a reunião foi bastante oportuna, uma vez que o setor pro-dutivo mato-grossense tem sido constantemente penalizado e vi-vido um momento de expectativas quanto às questões ambientais.

“Não podemos ser pautados por ONGs internacionais que não têm compromisso com o país. Deve-mos sim, ressaltar o nosso ativo ambiental que é de mais de 60%, e sermos pautados pela lei, o que já está sendo trabalhado com muita responsabilidade no âmbito fede-ral”, afirmou o parlamentar.

Os produtores deverão se reunir nas próximas semanas com repre-sentantes dos frigoríficos para dis-cutir o assunto.Famato reage contra decisão tomada à revelia do setor

Pecuária de Mato Grosso pode ser afetada pela medida

Setor produtivo não aceita decisão unilateral

O setor cobrou um posicionamento do Governo do Estado

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Moratória da carne

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08 Crise dos Frigoríficos1 a 15 de OUTUBRO de 2009 - INFORMATIVO DO SISTEMA FAMATO SENAR

INDEPENDêNCIA

BNDES

Avanço nas negociações

Depois de duas assembleias can-celadas, credores do frigorífico Independência/Nova Carne e

representantes da empresa avançaram nas negociações do Plano de Recupe-ração Judicial na assembleia realizada no dia 19 em São Paulo.

As reivindicações dos pecuaristas credores de Mato Grosso, como a ex-clusão dos itens que isentariam o gru-po de responsabilidades futuras após a aprovação do plano, foram aceitas e serão modificadas. Sendo assim, um novo texto do plano deve ser defini-do até o dia 29 deste mês, quando a empresa divulgará em seu site o novo plano já com as alterações. Uma nova assembleia deverá ser realizada no próximo dia 5 de novembro, quando será votado o plano.

De acordo com o representante na Comissão de Credores de Mato Gros-so, criada pela Federação da Agricul-tura e Pecuária de Mato Grosso (Fa-mato), Paulo Donizete da Costa, fica mantida a proposta do Independência de pagamentos de R$ 100 mil por pecuarista com vencimento até 31 de janeiro de 2010.

No entanto, para o saldo que supe-rar esse teto de R$ 100 mil, a empresa continua sugerindo pagamentos di-vididos em 36 vezes, corrigidos pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Em contrapro-posta, os pecuaristas querem corre-ções pela taxa Selic (Sistema Especial de Liquidação e de Custódia) com prazos menores.

“Queremos a liquidação das dívi-das no máximo em até 24 vezes, com correção pela taxa Selic, onde vemos maior segurança, visto que o IPCA tem atingido saldos negativos. Caso contrário, não aprovaremos o plano”, afirmou Costa.

Reunidos na sede da Federa-ção da Agricultura e Pecuá-ria de Mato Grosso (Fama-

to), pecuaristas mato-grossense credores do Frigorífico Quatro Marcos definiram uma contrapro-posta ao plano de recuperação ju-dicial apresentado pela empresa. A assembleia geral acontece no próximo dia 20, às 11 horas, na cidade de Jandira-SP.

A dívida do Quatro Marcos está estimada em R$ 426 milhões; des-tes, R$ 35 milhões aos pecuaristas mato-grossenses. Atualmente ape-nas uma planta do frigorífico (Vila Rica) funciona em Mato Grosso. Recentemente a empresa arrendou cinco (Alta Floresta, Juara, Colí-der, São José dos Quatro Marcos e Cuiabá) das seis unidades que man-tinha, ao grupo JBS-Friboi, que não

herdou a dívida.O plano de recuperação da em-

presa propõe o pagamento do total da dívida em 12 parcelas, com pra-zo de um ano de carência, o que não agrada a maioria dos credores do estado que, pela importância do fornecimento de matéria-prima à

cadeia produtiva, quer o pagamento dos débitos à vista, após a aprovação do plano. “Caso contrário, votare-mos pela não-aprovação do plano e pelo fechamento de todas as plantas arrendadas”, afirmou Elisete Araújo, assessora jurídica da Comissão de Credores da Famato.

Mato Grosso apresenta recuo de 5,2% no volume de recursos desembolsados via Banco Na-

cional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) nos oito primeiros meses deste ano. De janeiro a agosto de 2008 foram emprestados aos setores da agropecuária, indústria, infraestrutura, comércio e serviços R$ 1,377 bilhão e no mesmo período deste ano o valor baixou para R$ 1,305 bilhão. Apesar da redução, o percentual negativo é menor do que a média registrada em meses anteriores. No primeiro semestre, por exemplo, a retração foi de 17%. Com este desempenho, o representante do BNDES no estado, José Carlos Dorte, estima que o balanço de 2009 deve ser positivo, e arrisca 10% de incremento

sobre as liberações realizadas em 2008.A queda registrada no estado nos

oito primeiros meses foi puxada pela agropecuária, que amarga um recuo de 56,4%, baixando de R$ 471,5 mi-lhões no ano passado para R$ 205,3 milhões este ano.

O consultor técnico da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Luciano Gonçal-ves, explica que a variação negativa é motivada principalmente pelo endivi-damento do setor produtivo estadual. Ele ressalta ainda que os produtores que renegociaram as dívidas agríco-las ficam impedidos de tomar novos empréstimos. “Sem contar a falta de crédito no mercado em decorrência da crise financeira internacional”.

QUATRO MARCOSCredores de MT apresentarão contraproposta

Liberações em MT recuam 5,2%AS

COM

FAM

ATO

FOTOS ASCOM FAMATO

Representantes do setor reunidos na Famato

Luciano Gonçalves

ZAE Cana 091 a 15 de OUTUBRO de 2009 - INFORMATIVO DO SISTEMA FAMATO SENAR

“P recisamos nos organizar e unir forças para alterar esse projeto no Congres-

so Nacional. Não podemos aceitar que um trabalho elaborado sem critérios técnicos embargue as melhores áreas para o cultivo da cana no país, freando o desenvol-vimento do estado”, conclamou o vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Normando Cor-ral, durante Audiência Pública rea-lizada no dia 6 que reuniu diversas autoridades e produtores da área sucroalcooleira na Assembleia Le-gislativa, para a primeira discussão sobre o Zoneamento Agroecológi-co da Cana-de-açúcar, que proíbe o plantio da cultura em 81,5% do território brasileiro.

Em uma breve apresentação, o superintendente do Imea (Institu-to Mato-grossense de Economia Agropecuária), Seneri K. Paludo, mostrou que a área de 243 mil hec-tares (ha) ocupada pela cana no es-tado emprega 16,7 mil trabalhado-res diretos e 66,8 indiretos, gerando R$ 2,37 bilhões para a economia mato-grossense. Segundo Paludo, numa projeção de crescimento de apenas 5% no setor, os índices sal-tariam para 1,1 milhão de ha, com geração de 76,5 mil postos de tra-balho diretos e 350 mil indiretos, elevando a receita para R$ 10,3 bi. “Mato Grosso está perdendo uma oportunidade única no caminho do desenvolvimento sustentável. Afinal, a tomada de decisão para definir o zoneamento é técnica, am-biental ou política?”, indagou.

Nas áreas técnica e ambiental, o professor Dr. Godofredo Vitti, da Esalq/USP, provou que o pro-jeto não tem consistência uma vez que as áreas cultivadas em Mato

Grosso apresentam excelentes condições agronômicas de plantio como: clima quente, úmido e seco, solos profundos e topografia plana. Isto, além das características sus-tentáveis que a produção apresen-ta, podendo utilizar cerca de 107 mil ha de áreas degradadas apenas na região de Juara (Médio-Norte). “O etanol de cana é capaz de redu-zir em até 91% a emissão de gases de efeito estufa. Se a cana poluísse como pregam os ambientalistas, o estado de São Paulo já estaria mor-to”, disse Vitti.

O ZAE proíbe a construção de novas usinas e a expansão do plan-tio em qualquer área da Amazônia, Pantanal, da Bacia do Alto Paraguai ou em vegetação nativa de outros biomas. De acordo com os novos critérios, a expansão da cana-de-açúcar poderá ocorrer em 7,5% de território nacional, no entanto para Mato Grosso este índice será zero. A proibição atinge 115 dos 141 mu-nicípios do estado, sendo que os 26 que não serão impedidos de produ-zir são grandes produtores de grãos e, por conta da segurança alimentar, não plantam cana.

“Queremos o direito de pro-duzir em harmonia com o meio ambiente, pois não podemos ver tantas injustiças num setor que gera milhares de empregos e mo-vimenta a economia de boa parte do estado. Deve-se lembrar que essa decisão se reflete na popula-ção urbana do país, que precisa de alimentos, combustível, roupas, entre tantos outros produtos oriun-dos da agropecuária e fornecidos por Mato Grosso. Temos que partir para o enfrentamento e corrigir a legislação ambiental. Não é possí-vel continuarmos nessa inseguran-ça jurídica”, pontuou o deputado federal Homero Pereira.

O presidente da Assembleia Le-gislativa, José Riva, demonstrou preocupação com as atitudes que o governo federal vem tomando em relação a Mato Grosso. “Esta-mos extremamente preocupados, porque o zoneamento do estado já tratou dessa questão com a socie-dade mato-grossense e agora vem a exclusão de regiões que há mais de 25 anos estão consolidadas, causando penalidades ao produtor. Isso me estranha muito”, frisou.

Os produtores tiveram participação importante na Audiência Pública

Setor se mobiliza para alterar projeto no CongressoASCOM FAMATO

Cana pode ocupar 5% de área em Mato Grosso sem danos ambientais

O plantio da cana-de-açúcar em Mato Grosso pode ocu-par até 5% da área locali-

zada na Bacia do Alto Paraguai (BAP) sem trazer qualquer pre-juízo ambiental. Atualmente, a área ocupada com esta cultura na região é de 1,4%, o que cor-responde a aproximadamente 180 mil hectares, de um total de 223 mil (ha) cultivados em todo o estado. Com o avanço da cultura, que será sobre áreas de pastagens degradadas, a área poderá ser ampliada para outros 1,1 milhão de hectares, o que geraria uma receita de até R$ 10,4 bilhões referente ao valor bruto da produção, que atual-mente é de R$ 2,4 bilhões. As informações são do superinten-dente do Instituto Mato-gros-sense de Economia Agropecuá-ria (Imea), Seneri Paludo.

Paludo afirma que existem aspectos técnicos que compro-vam a viabilidade da cultura na Bacia do Alto Paraguai, cuja produção não traria qualquer impacto negativo ao ambiente. “Temos condições tecnológi-cas que permitem a ampliação da produção sem derrubar uma árvore sequer, ocupando ape-nas áreas já abertas e degrada-das”, afirma o superintendente ao acrescentar que a produção é altamente sustentável.

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ENDIvIDAMENTO

CóDIgO AMBIENTAl

Prazo para renegociação das dívidas rurais é prorrogado

Homero é vice-presidente da Comissão

O Projeto de Lei de Conversão da Medida Provisória - PLV 462/2009, que prorrogará

para 30 de dezembro de 2009 o prazo de renegociação das dívi-das rurais negociadas ao amparo da Lei nº 11.775/2008, além de outras alterações, foi aprovado no Congresso Nacional.

Anteriormente, o prazo que ha-via sido estabelecido para os pedi-dos de adesão protocolados até 12 de dezembro de 2008, era o dia 30 de setembro de 2009.

A ampliação é válida para as

operações de Securitização I e II, Programa de Saneamento de Ati-vos (Pesa), Programa de Revitali-zação de Cooperativas de Produção Agropecuária (Recoop), Fundo de Defesa da Economia Cafeeira (Fun-café), Programa de Recuperação da Lavoura Cacaueira Baiana, Opera-ções Transferidas à Dívida Ativa da União (DAU), Fundo Constitucional de Financiamento, Fundo Constitu-cional de Financiamento - Região de Abrangência da Sudene, Operações do FAT Giro Rural e Finame Agríco-la Especial – Programa de Moderni-

zação da Frota de Tratores Agrícolas e implementos associados e colheita-deiras (Moderfrota).

O prazo para amortização do per-centual mínimo exigido para renego-ciação e/ou contratação de linha de crédito para refinanciá-la, é até 15 de maio de 2009. As instituições bancá-rias têm o mesmo prazo para formali-zar a renegociação.

A Resolução nº 3702 também au-toriza a prorrogação das parcelas de investimento relativas ao ano passa-do, vencidas no período de 15 de ou-tubro de 2008 a 14 de maio de 2009.

Depois de muita negociação entre os partidos, a composi-ção da diretoria da Comissão

Especial, que tratará da mudança do Código Ambiental, foi finalmente votada. Foram eleitos para a mesa os deputados federais Moacir Mi-cheletto (PMDB-PR), presidente; Anselmo de Jesus (PT-RO), 1º vice-presidente; Homero Pereira (PR-MT), 2º vice-presidente; Nilson Pin-to (PSDB-BA), 3º vice-presidente e Aldo Rebelo (PT-SP), relator.

Os parlamentares terão 90 dias para analisar as proposições e apre-sentar parecer, que será votado. Se aprovada, a proposta terá ainda de ser apreciada pelo plenário da Câ-mara dos Deputados.

“A discussão na Comissão Es-pecial será técnica, baseada na ci-ência e não em pseudoideologia”, afirma Homero.

CENSO AgROPECUáRIOPropriedades reduzem área e aumentam florestas

O s números do Censo Agrope-cuário 2006, divulgados no dia 30 de setembro pelo Insti-

tuto Brasileiro de Geografia e Esta-tística (IBGE), mostram que a área dos estabelecimentos rurais brasi-leiros reduziu 6,7% em dez anos, o que representa uma diminuição de 23,6 milhões de hectares.

Essa diminuição é o resultado do recuo das áreas destinadas às pas-tagens, compensada em parte pelo aumento das áreas de lavouras per-manentes e temporárias. Chama a atenção o aumento efetivo de 5 mi-lhões de hectares das áreas protegi-das, áreas de preservação permanente (APPs) e reserva legal (RL) nas pro-

priedades rurais.Os dados também confirmam a

representatividade da agricultura co-mercial na produção, que represen-ta 63% do Valor Bruto da Produção (VBP) brasileira, alcançando R$ 161,9 bilhões. Quanto à agricultura familiar, responde por 37% do VBP, atingindo R$ 95,1 bilhões, destacan-do-se na horticultura, com 63% do VBP da atividade, e na extração vege-tal, com 89% do VBP do segmento. Mas esses dados podem estar supe-restimados, segundo Nota Técnica do próprio Instituto, na abertura do docu-mento. O enquadramento do Censo do IBGE na Lei 11.326, de 2006, que estabelece o conceito de agricultura

familiar, pode ter ocasionado distor-ções, pois considerou cada estabele-cimento como uma unidade familiar, podendo haver duplicidade de infor-mações com a contabilização do mes-mo produtor mais de uma vez.

Na avaliação da Superintendência Técnica da Confederação da Agricul-tura e Pecuária do Brasil (CNA), os dados do IBGE trazem duas faces de uma mesma moeda. Apresentam, de um lado, um setor com nível elevado de uso tecnológico e, consequente-mente, de produtividade e, de outro, deficiências estruturais, como a falta de assistência técnica e a dificuldade de acesso a crédito, que contribuem para elevar as disparidades regionais.

ASCOM FAMATO

Senar 111 a 15 de OUTUBRO de 2009 - INFORMATIVO DO SISTEMA FAMATO SENAR

A s salas de aula da Escola Estadual Mário de Castro são ocupadas diariamen-

te por aproximadamente 1,8 mil alunos do bairro Pedra 90, em Cuiabá, mas no dia 9 de outubro lápis e papel deram espaço para a ‘mostra’ de projetos inscritos no principal programa sócio-educa-cional desenvolvido pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar-AR/MT): o Agrinho, que este ano traz o meio ambiente como tema.

Alunos de 1ª a 8ª série mostra-ram ao público alguns dos 28 tra-balhos elaborados com o auxílio de cerca de 40 professores, que abordaram subtemas direciona-dos ao meio ambiente como: os três biomas de Mato Grosso, des-carte adequado de material conta-minante, alternativas de geração de energia e reciclagem, entre ou-tros ligados às artes na natureza e conscientização da população.

“Você sabia que podemos aproveitar muita coisa que vai parar no lixo? Com materiais que levam muitos anos para se degradar como a garrafa plásti-ca de refrigerante, pode-se fazer vários trabalhos”, discursava Sthefani Larissa S. de Oliveira, da 4ª Série, recepcionando o pú-blico na sala de reciclagem.

Por meio de réplicas e ma-quetes, o grupo ‘Alternativas de Energia’ detalhou como são as fontes que fazem as luzes acenderem, os visitantes co-nheceram ainda as peculiari-dades dos três biomas (Ama-zônia, Cerrado e Pantanal) no estado, manejo com a terra,

além de inúmeras instruções de conscientização.

“Trabalhamos de maneira interdisciplinar, conhecendo as características do bairro e pro-pondo aos alunos e moradores alternativas sustentáveis para o meio ambiente. O resultado foi muito satisfatório e a participa-ção da população fundamental”, disse a professora-coordenado-ra Márcia Correa Alves.

De acordo com o supervi-sor do Senar-AR/MT, Natalino Márcio Viana da Costa, embora esta seja a primeira participação da escola no Agrinho, o desem-penho dos alunos foi excelente. “Acompanhamos todas as eta-pas do programa e agora, che-gando à fase final, percebemos pelos trabalhos apresentados a surpreendente evolução que houve desde o início”.

O encerramento das ativida-des da grupo aconteceu no sába-do (10), no município de Porto Cercado, onde um grupo de es-tudantes conheceu as caracte-rísticas da região pantaneira.

Alunos da sala de reciclagem

O grupo de compostagem apresentou ótimo resultado

Participantes mostraram a destinação correta do óleo de cozinha

AgRINhO 2009Estudantes do Pedra 90 expõem projetos do programa

Os trabalhos elaborados apresentam a surpreendente evolução que houve desde o início do programa

FOTOS ASCOM FAMATO

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O Sindicato Rural de Primavera do Leste, em parceria com a Prefeitura Municipal e Secreta-

ria Municipal de Promoção Social, realizou recentemente o curso de Fabricação Caseira de Produtos de Higiene e Limpeza, promovido pelo Senar-AR/MT (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural).

De acordo com a instrutora Zenaide Alves de Oliveira, foram capacitadas 15 donas de casa do município, que aprenderam técnicas de como fabricar produtos de higiene e limpeza, a exem-plo de sabão de mandioca, sabão em pó, detergentes e outros, para consumo próprio e também para futuramente in-vestir em geração de renda familiar.

Pesquisa realizada pelo Ibope, a pedido da Confederação Nacional da Agricultura e

Pecuária do Brasil (CNA), sobre a realidade dos assentamentos da reforma agrária no país, revelou que 83% dos entrevistados nunca participaram de cursos de qualifi-cação, e dos 17% que já receberam algum tipo de treinamento, 53% disseram que o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural) foi a instituição responsável pela realização dos cursos profissiona-lizantes no campo, seguido pelas prefeituras com 8%.

Segundo o estudo, entre as ins-tituições que figuram com baixo percentual na lista, ganham des-taque as cooperativas que, ape-

sar de receber grande volume de recursos federais, aparecem com índices de apenas 2% de partici-pação. “É muito estranho as coo-perativas contribuírem tão pouco para a qualificação no campo, vis-to que deveriam ser os principais agentes dentro do atual modelo de reforma agrária”, relatou dis-se o presidente do Senar-AR/MT, Normando Corral.

Em Mato Grosso, embora não haja um estudo específico junto aos assentamentos, os números mos-tram que o envolvimento do Senar-AR/MT nas comunidades rurais é de extrema relevância. De acordo com dados da instituição, de 2006 a 2008 foram realizados 7.654 cur-sos entre FPR (Formação Profissio-

nal Rural) e PS (Promoção Social) a 112.253 pessoas oriundas de 120 municípios mato-grossenses. De janeiro a outubro deste ano já fo-ram ministrados 2.113 cursos, be-neficiando 31.699 alunos.

“Esses números vêm reforçar a importância que tem o Senar para a

capacitação, a saúde e a qualidade de vida do homem do campo, inde-pendentemente de estar em assenta-mento ou não”, disse Corral.

José Aparecido de Oliveira, morador do assentamento Santa-na da Água Limpa e presidente da Associação dos Assentados do Rio Tabaju, na região de São José do Rio Claro, médio-norte de Mato Grosso, conta que já participou de seis cursos promovidos pelo Se-nar-AR/MT no município. “Esses cursos têm sido de extrema impor-tância para nossa região, uma vez que a capacitação traz aos mora-dores e associados perspectivas de um futuro melhor no campo. Va-mos solicitar cada vez mais cursos para o nosso pessoal”, concluiu.

Participantes do curso garantiram o aprendizado

PRIMAvERA DO lESTE

PESQUISA IBOPE

Curso de Produtos de Higiene e Limpeza

Senar realiza mais da metade dos cursos em assentamentosFOTOS ASCOM FAMATO

DIVULGAÇÃO

AgENTE SANITáRIO

DOMA RACIONAl

OPERADOR DE MáQUINAS

Esses números vêm reforçar a importância que tem o Senar para o homem do campo

Normando Corral, presidente do Senar-AR/MT