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Universidade do Estado do Rio de Janeiro - SR1 - CAIAC - Proiniciar A UERJ e as Cotas Nossos Alunos Contam Sua História Fazendo História Nesta edição do PROINICIARCOMUNICA contamos com a fala da Sub-reitora de Graduação, Professora Lená Medeiros de Menezes sobre o Programa do Governo Federal intitulado Ciência sem Fronteiras que promove o intercâmbio de alunos, objetivando seu desenvolvimento acadêmico, intelectual e pessoal. Ela declara sua satisfação com relação à participação de alunos ingressantes na UERJ pelo Sistema de Reserva de Vagas nesse Programa ímpar. Julho de 2013 - Ano I nº 9 Vamos embarcar numa nave especial e fazer um belo passeio pelo Parque de Madureira, na seção Sugestões de Entretenimento na página 4. Nave do Conhecimento | Maria Fátima de Mattos Sugestões de entretenimento: Na página 2 Alan F. da Silva, fala de sua experiência, em Portugal, pelo Ciência sem Fronteiras. Renata G. Tavares conta-nos sobre sua alegria por estar concluindo sua graduação, em Letras, aqui na UERJ, na página 3. Visite nossa página no endereço: www.caiac.uerj.br e acesse a reportagem do Globo Universidade em relação aos 10 anos das cotas na UERJ. Em um mundo no qual a interconexão tornou-se a marca de novos tempos, a internacionalização da universidade tornou-se imperativa. É nesse contexto que o programa Ciência sem Fronteiras assume papel de grande importância na formação do estudante. Ao permitir ao estudante entrar em contato com novas sociedades e culturas, o Programa abre possibilidades para que o mesmo vivencie oportunidades múltiplas de enriquecimento acadêmico, aprimoramento profissional e crescimento pessoal, tornando-o mais apto a responder às demandas da contemporaneidade. Desde que a UERJ, através da SR1, em parceria de sucesso com a SR2, através do DCI (Departamento de Cooperação Internacional), abraçou o Programa, o número de estudantes contemplados com bolsas do Ciência sem Fronteiras, pagas pela CAPES, não parou de crescer, tendo já ultrapassado a marca dos duzentos. Em todo esse processo, tornou-se motivo de orgulho a participação de estudantes que ingressaram na nossa universidade através do Sistema de Reserva de Vagas. Hoje são quarenta e dois alunos que, concorrendo em situação de igualdade com os demais estudantes- sujeitando-se, portanto, aos mesmos critérios acadêmicos-, usufruem de bolsas do Ciência Sem Fronteiras e estudam no exterior. Esta é uma demonstração inequívoca de que, em uma universidade inclusiva e de qualidade como a UERJ, é possível modificar o quadro de desigualdades que afeta o Brasil, contribuindo para a formação de novas elites, com a participação daqueles que, durante muito tempo, permaneceram excluídos da universidade pública; não por questões de mérito, mas devido à desigualdade de oportunidades. Professora Lená Medeiros de Menezes Sub-reitora de Graduação

Julho de 2013 - Ano I A UERJ e as Cotas · A UERJ e as Cotas Nossos Alunos Contam Sua História ... de Letras (português-italiano) em 2012-2, e neste período (2013-1) concluo a

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Universidade do Estado do Rio de Janeiro - SR1 - CAIAC - Proiniciar

A UERJ e as Cotas

Nossos Alunos Contam Sua História Fazendo História

Nesta edição do PROINICIARCOMUNICA contamos com a fala da Sub-reitora de Graduação, Professora Lená Medeiros de Menezes sobre o Programa do Governo Federal intitulado Ciência sem Fronteiras que promove o intercâmbio de alunos, objetivando seu desenvolvimento acadêmico, intelectual e pessoal. Ela declara sua satisfação com relação à participação de alunos ingressantes na UERJ pelo Sistema de Reserva de Vagas nesse Programa ímpar.

Julho de 2013 - Ano I ♦ nº 9

Vamos embarcar numa nave especial e fazer um belo passeio pelo Parque de Madureira, na seção Sugestões de Entretenimento na página 4.

Nave do Conhecimento | Maria Fátima de Mattos

Sugestões de entretenimento:

Na página 2 Alan F. da Silva, fala de sua experiência, em Portugal, pelo Ciência sem Fronteiras. Renata G. Tavares conta-nos sobre sua alegria por estar concluindo sua graduação, em Letras, aqui na UERJ, na página 3.

Visite nossa página no endereço:

www.caiac.uerj.bre acesse a reportagem do Globo Universidade em relação aos 10 anos das cotas na UERJ.

Em um mundo no qual a interconexão tornou-se a marca de novos tempos, a internacionalização da universidade tornou-se imperativa. É nesse contexto que o programa Ciência sem Fronteiras assume papel de grande importância na formação do estudante.

Ao permitir ao estudante entrar em contato com novas sociedades e culturas, o Programa abre possibilidades para que o mesmo vivencie oportunidades múltiplas de enriquecimento acadêmico, aprimoramento profissional e crescimento pessoal, tornando-o mais apto a responder às demandas da contemporaneidade.

Desde que a UERJ, através da SR1, em parceria de sucesso com a SR2, através do DCI (Departamento de Cooperação Internacional), abraçou o Programa, o número de estudantes contemplados com bolsas do Ciência sem Fronteiras, pagas pela CAPES, não parou de crescer, tendo já ultrapassado a marca dos duzentos.

Em todo esse processo, tornou-se motivo de orgulho a participação de estudantes que ingressaram na nossa universidade através do Sistema de Reserva de Vagas. Hoje são quarenta e dois alunos que, concorrendo em situação de igualdade com os demais estudantes- sujeitando-se, portanto, aos mesmos critérios acadêmicos-, usufruem de bolsas do Ciência Sem Fronteiras e estudam no exterior.

Esta é uma demonstração inequívoca de que, em uma universidade inclusiva e de qualidade como a UERJ, é possível modificar o quadro de desigualdades que afeta o Brasil, contribuindo para a formação de novas elites, com a participação daqueles que, durante muito tempo, permaneceram excluídos da universidade pública; não por questões de mérito, mas devido à desigualdade de oportunidades.

Professora Lená Medeiros de MenezesSub-reitora de Graduação

Meu nome é Alan Silva e ingressei pelo Sistema de Cotas para alunos de rede pública. Concluí todo o meu ensino fundamental na Escola Municipal Gustavo Armbrust, em Inhaúma, bairro onde moro. Meu ensino médio foi concluído no Colégio Estadual Professor Horacio Macedo, em Maria da Graça, que tem um convênio com o CEFET/RJ, de forma que seus alunos, em sua maioria todos provenientes de Escolas Municipais, podem realizar qualquer Curso Técnico oferecido pelo CEFET/RJ, a partir do 2° ano do Ensino Médio. No meu caso, fiz o curso técnico em eletrônica.

Estou no 7° período de Engenharia de Produção e decidi participar do Ciência sem Fronteiras, pois será um grande diferencial para o meu currículo. O Programa permite, além de ter a experiência de estudar no exterior em uma Instituição de Ensino de prestígio, ter contato com outras culturas e pessoas de várias nacionalidades. Um exemplo disto são algumas aulas nas Universidades Portuguesas que são ministradas em Inglês, devido à quantidade de alunos de vários países da Europa. O Programa também nos dá a possibilidade de estagiar ou realizar algum projeto de pesquisa, de forma que podemos estender a bolsa por mais 3 meses após o término das aulas. Eu me candidatei para estudar em Portugal e fui selecionado para a Universidade Nova de Lisboa.

A experiência foi de ter um aprendizado constante. Desde o primeiro dia fui aprendendo sobre a cultura portuguesa, costumes e hábitos. A cada dia sentia um amadurecimento maior, pois apesar de receber uma bolsa do CNPq e estar assegurado por um seguro saúde, eu estava por minha própria conta, de forma que minha decisão devia ser tomada com extremo cuidado.

Dividia um apartamento confortável de três quartos, duas salas, cozinha, dois banheiros e área de serviço, com outro brasileiro que também fazia parte do CsF. Tínhamos que nos organizar sempre, pois lá éramos responsáveis pelo pagamento do aluguel, das contas de água, luz, telefone e internet, gás, pela manutenção do apartamento, pelas compras no mercado, sem esquecer das responsabilidades de lavar, passar e cozinhar. Além dessas obrigações tínhamos que, principalmente, estudar, e muito, pois o ritmo de aulas era intenso e um pouco diferente do Brasil. A responsabilidade era realmente bem grande.

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2Padrão do Descobrimento, Portugal | Foto cedida pelo entrevistado

O CNPq me pagava trimestralmente um valor referente a três bolsas, ou seja, eu tinha que saber gerenciar as contas para não ficar sem dinheiro até o final dos três meses. Apesar de já ter estagiado e ter sido empregado aqui no Brasil, onde recebia mensalmente, essa experiência foi nova no início, mas ao longo do intercâmbio fui ficando mais tranquilo em relação a isso. Entretanto, o valor da bolsa me permitia ter uma vida bem tranquila, e até folgada às vezes; não tinha como passar necessidades, agindo com responsabilidade. O fato de aprender a ser responsável por administrar uma casa e os estudos, o aprendizado de outras culturas de outros países, e novos idiomas dos colegas de classe de outras nacionalidades, as visões diferentes que são passadas dos conteúdos nas aulas são os maiores prós de realizar o intercâmbio.

Contras: a saudade do Brasil e da família, que é possível administrar por causa da internet e o frio europeu que é torturante, principalmente quando temos aulas no turno da manhã. Fora isso, nenhum outro contra em relação ao Programa, de fato. Eu cheguei em Portugal no dia 28 de agosto de 2012 e retornei ao Brasil no início de Julho de 2013. A Uerj tem uma grande importância para mim pois é com o auxílio dela que poderei realizar meu sonho de ser engenheiro, e poder construir um futuro melhor para mim na formação da minha futura família, e para minha cidade. Tenho certeza de que com esse diploma vou poder recompensar meus pais pelo esforço que tiveram (e ainda têm) comigo nesse caminho longo para a formatura, de forma que poderei oferecer-lhes uma vida com mais conforto e melhor qualidade de vida.

Meu nome é Renata G. Tavares, carioca, moradora de Anchieta. Estudei inicialmente em colégio particular, mas a partir da antiga 3ª série primária até o antigo 2º grau cursei em escola pública. Apesar de algumas vezes ter passado em vestibulares da rede pública estadual e federal não conseguia a pontuação suficiente para ingressar na universidade, na época. Por diversos fatores ao longo da vida, precisei trabalhar para contribuir financeiramente com a minha família, deixando cada vez mais distante um sonho a realizar. Lembro-me muito bem de que certa vez, ao entrar nesta instituição de ensino – UERJ pensei:“Ah! Meu Deus, queria muito poder estudar aqui.” Sempre me identifiquei com a área de humanas e em 2008, estava numa corrida intensa fazendo, quase todos os meses, pelo menos uma prova para concurso público, inclusive fora do RJ. Acontece que, de repente, uma voz dentro de mim disse: “Faça o vestibular para UERJ”; para mim foi uma voz divina trazendo essa direção. Sendo assim, fiz o Vestibular em 2009. Quando passei para a 2ª fase fiquei temerosa com as provas discursivas e relutei um pouco, quase desistindo de fazer a prova. Logo em seguida pensei: “Uma prova a mais ou a menos não fará muita diferença. Peguei fôlego e fui fazer a prova”. Finalmente chegou o dia do resultado e quando vi, eu simplesmente não acreditei. Fiquei dois dias para realmente entender que, enfim, havia chegado minha vez de realizar um sonho. Agradeço primeiramente a Deus, depois a minha família e amigos que me apoiaram neste projeto. Sei que o Sistema de Cotas foi primordial para meu ingresso na UERJ e o auxílio que recebemos realmente colaborou muito para que finalizasse o bacharelado no curso

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de Letras (português-italiano) em 2012-2, e neste período (2013-1) concluo a licenciatura. O incentivo do PROINICIAR fez muito bem a minha formação acadêmica. Por várias vezes percebi que alguns alunos “uerjianos” têm grande preconceito em relação aos cotistas, sem falar que alguns professores, que paravam de dar aula para fazer críticas negativas ao Sistema de Reserva de Vagas durante as aulas. Isso servia para mim como incentivo para fazer o melhor a cada dia. Na verdade, eu não estou aqui no campus de brincadeira, mas para estudar e vencer na vida. Afinal de contas TODOS nós vestibulandos fazemos a mesma prova, prestamos o mesmo concurso público e dentro de sala de aula o conteúdo aplicado pelos mestres, as provas, trabalhos, seminários são iguais para todos. A cobrança é a mesma. É óbvio que todos nós alunos precisamos nos dedicar e aproveitar este espaço acadêmico da melhor maneira possível. Neste campus da UERJ há alguns alunos não-cotistas que têm condições de fazer um bom curso, mas não levam tão a sério o ensino e preferem reclamar da instituição. Quanto ao aproveitamento dos alunos cotistas, por diversas vezes, notei que não há diferença em relação aos resultados de provas, trabalhos acadêmicos em geral do aluno não-cotista. Dizem que “os cotistas” não têm base para acompanhar o nível de ensino público universitário e que isso não é bom para a imagem da instituição pública estadual, pois é... há alunos e alunos, cotistas ou não. Acho fundamental que o governo invista na educação do cidadão, mas, por outro lado, tem de haver, também, o comprometimento por parte dos alunos.

Hoje posso dizer que não foi nada fácil trabalhar e estudar para terminar o meu curso universitário no período de quatro anos e meio; abri mão de muitas coisas para dar conta do recado, mas valeu a pena!! O gostinho da vitória é muito bom e nos faz valorizar as oportunidades que chegam a nós, abraçando-as plenamente. Incentivo todos os estudantes que façam o melhor, porque assim chegamos longe.

Ao final deste período o Proiniciar e o CAIAC divulgaram em seus sites (www.proiniciar.uerj.br e www.caiac.uerj.br, respectivamente) que o CEPUERJ estava disponibilizando vagas para cursos de idiomas e como gosto muito de inglês fui correndo solicitar uma bolsa de estudos. E, graças a Deus, a referida bolsa me foi concedida e iniciarei o curso no próximo mês. Vale a pena estudar!!!

Renata G. Tavares | Maria Fátima de Mattos

Passeando pelo Parque de Madureira, deparamo-nos, a cada passo, com espaços diversificados para todas as idades; lagos, chafarizes, pistas amplas e modernas de skate, parquinhos para a criançada, quadras multifuncionais, mesas com tabuleiros para os que gostam de jogar damas ou xadrez, uma ciclovia muito grande que funciona, também, como pista de corrida, campinhos para “peladas”, na grama e na areia, uma concha acústica bonita com shows frequentadíssimos, banquinhos para namorar, papear, simpáticos quiosques, carrocinhas vendendo amendoim e muito mais. A preocupação com o bem-estar das pessoas e sua consequente alegria fica óbvia, ao se perceber o cuidado com o Parque, repleto de garis, de seguranças, de gente sorridente e prestativa. A sensibilidade ecológica é facilmente percebida até na construção dos banheiros, cujas paredes e tetos são cobertos de plantas (jardins verticais) e que contam, ainda, com um sistema de captação solar. O Parque tem um ano e as estruturas dos caramanchões não estão floridas, mas prometem ficar muito bonitas.

Aterrissou por lá uma nave muito especial cuja arquitetura futurista chama a atenção do transeunte. De fora parece um auditório ou algo semelhante, mas ao se abrir a porta, descortina-se um cenário ainda mais

surpreendente, vivo, iluminado mesmo; iluminado pelas inúmeras possibilidades de atividades digitais, interativas, culturais, de pesquisa. Intitula-se Nave do Conhecimento, e se trata de um espaço acolhedor com o intuito de inserir o cidadão no mundo virtual, ampliando horizontes e propiciando novos conhecimentos, além de possibilitar novas amizades.

O melhor de tudo isto é que há algumas outras naves aterrissando por nossa cidade, como em: Santa

Cruz, Irajá, Penha, Vila Aliança e, ainda, uma Praça em Padre Miguel. Além da inclusão digital, elas oferecem cursos variados dentre eles, de idiomas, de computação gráfica, de fotografia, de robótica, de produção de vídeos etc... Há projeção de filmes ao ar livre todas as sextas-feiras e sábados na Nave do Parque de Madureira. Veja a programação de todos esses espaços nos sites www.pracadodonhecimento.org.br e www.facebook.com/PracaENavesDoConhecimento

Vale a pena percorrer os recantos do Parque de Madureira e descobrir por você mesmo cada cantinho e, quem sabe até, embarcar na Nave do Conhecimento e se deliciar numa bela viagem. Divirta-se!!

Reitor: Ricardo Vieiralves Vice-reitor: Paulo Roberto Volpato SR1: Lená Medeiros de Menezes CAIAC/PROINICIAR: Maricelia BispoEdição de texto: Maria Fátima de Mattos Reportagem: Maria Fátima de Mattos Projeto Gráfico e Editoração: Rodrigo NascimentoFotografia: Maria Fátima de Mattos Tiragem: 600 exemplares Impressão: Gráfica UerjContato: (21)2334-0970 e [email protected] Página da CAIAC: www.caiac.uerj.brPROINICIARcomunica é uma produção da Coordenadoria de Articulação e Iniciação Acadêmicas - CAIAC

Sugestões de entretenimento:

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Parque de Madureira | Maria Fátima de Mattos

Nave do Conhecimento | Maria Fátima de Mattos

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