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 ERRO MÉDICO INDENI ZAÇ ÃO - Erro médico - Pro fis sional que diagnostica cor retamente a doença e aplica tratamento adequado - Evolução do mal, com perda parcial da visão - Impossibilidade de se co git ar da relaçã o de causa e efeito entre a atividade do médico e o dano - Culpa de sc aracte rizada - Ve rba inde vi da. Ementa ofi cia l: Profissional que dia gno sticou corretamente a existência de co rpo estranho no olho do cliente e que também providenciou sua retirada e aplicou o tratamento adequado a uma ceratite ulcerosa, que, a despeito disso, evoluiu e deu causa à perda parcial da visão. Tratando-se de atividade-meio, na qual o médico não se compromete a curar, mas a aplicar toda a diligência na cura, não se pode falar de culpa quando não chega o profissional ao resultado desejado. Desde que o diagnóstico foi correto e a terapêutica adequada, não há que cogitar de relação de causa e efeito entre a atividade do médico e o dano. Descaracterização da culpa em qualquer das modalidades. Improcedência do pedido condenatório. Apelação desprovida. (TJPR - 2ª Câm.; Ap. Cível nº 25.622-2-Maringá-PR; Rel. Des. Sydney Zappa; j. 30.03.1994; v.u.) RT 714/206 RESPONSABILIDADE CIV IL - Médico - Insuc esso em int erv enç ão cir úr gic a - Inexistência de prova de conduta culposa - Indenização in devid a. Ementa oficial: Não se há de imputar responsabilidade indenizatória ao médico, em face do insucesso de intervenção cirúrgica, se não restar evidenciada sua conduta culposa, uma vez que o compromisso assumido constitui obrigação de meio e não de resultado. (TAMG - 6ª Câm.; Ap.Cível nº 170.185-1-Carmo do Parnaíba-MG; Rel. Juiz Salatiel Resende; j. 28.04.1994; v.u.) RT 711/182 INDENIZAÇÃO - Erro médico - Equipe médica que esquece agulha de sutura no organismo do paciente - Fato não relacionado com a sintomatologia apresentada pelo mesmo - Irrelevância - Negligência caracterizada - Problemas agravados psicologicamente com a agulha de sutura abandonada no tórax - Inviabilidade de nova cirurgia em segurança - Verba devida - Direito de regresso do hospital contra o cirurgião responsável - Inteligência dos artigos 159, 1.521, III, 1.539 e 1.545 do CC da Lei nº 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor), artigo 14, §§ 1º, II e 4º, e artigo 602 do CPC - Voto vencido. Esta anomalia (presença de petrecho cirúrgico no corpo de paciente) configura grave viol ão do s deveres impo st os ao cirurgião e eq ui pe , as si m co mo ao ho sp it al conveniado, incidindo rep ara ção civ il e reconhecendo -se a neg lig ência médica. A agulha de sutura está onde não devia estar e a sua retirada demanda criteriosa avaliação pelos riscos que encerra. O dano deve ser indenizado também por razões ético-jurídicas, no intuito de alertar para a formação de uma consciência profissional. (TJRJ - 1ª Câm.; Ap. Cível nº 4.486/93; Rel. Des. Pedro Américo Rios Gonçalves; j. 15.03.1994; maioria de votos) RT 719/229 e RJ 231/148 MÉDICO - Responsabilidade civil - Indenização - Mamoplastia da qual resultou deformidade estética - Deformação atribuída à flacidez da pele da paciente - Fato que, se não levado ao conhecimento da autora, caracterizou imprudência e, se desconhecido, caracterizou ne gl igência - Procedênci a da ão mantida - Inteligência dos artigos 159, 948 e 1.538, do CC. Se a deformação dos seios deve ser atribuída à flacidez da pele da autora, resta incólume a culpa do cirur gião. Assim, duas hipót eses merecem destaque. Primeira, o réu que, evidentemente, examinou os seios da autora, percebeu a alegada flacidez da 1

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ERRO MÉDICO

INDENIZAÇÃO - Erro médico - Profissional que diagnostica corretamente adoença e aplica tratamento adequado - Evolução do mal, com perda parcial davisão - Impossibilidade de se cogitar da relação de causa e efeito entre a

atividade do médico e o dano - Culpa descaracterizada - Verba indevida.Ementa oficial: Profissional que diagnosticou corretamente a existência de corpoestranho no olho do cliente e que também providenciou sua retirada e aplicou otratamento adequado a uma ceratite ulcerosa, que, a despeito disso, evoluiu e deucausa à perda parcial da visão. Tratando-se de atividade-meio, na qual o médico nãose compromete a curar, mas a aplicar toda a diligência na cura, não se pode falar deculpa quando não chega o profissional ao resultado desejado. Desde que o diagnósticofoi correto e a terapêutica adequada, não há que cogitar de relação de causa e efeitoentre a atividade do médico e o dano. Descaracterização da culpa em qualquer dasmodalidades. Improcedência do pedido condenatório. Apelação desprovida. (TJPR - 2ªCâm.; Ap. Cível nº 25.622-2-Maringá-PR; Rel. Des. Sydney Zappa; j. 30.03.1994; v.u.)

RT 714/206

RESPONSABILIDADE CIVIL - Médico - Insucesso em intervenção cirúrgica -Inexistência de prova de conduta culposa - Indenização indevida.Ementa oficial: Não se há de imputar responsabilidade indenizatória ao médico, emface do insucesso de intervenção cirúrgica, se não restar evidenciada sua condutaculposa, uma vez que o compromisso assumido constitui obrigação de meio e não deresultado. (TAMG - 6ª Câm.; Ap.Cível nº 170.185-1-Carmo do Parnaíba-MG; Rel. JuizSalatiel Resende; j. 28.04.1994; v.u.) RT 711/182

INDENIZAÇÃO - Erro médico - Equipe médica que esquece agulha de sutura noorganismo do paciente - Fato não relacionado com a sintomatologia apresentadapelo mesmo - Irrelevância - Negligência caracterizada - Problemas agravadospsicologicamente com a agulha de sutura abandonada no tórax - Inviabilidade denova cirurgia em segurança - Verba devida - Direito de regresso do hospitalcontra o cirurgião responsável - Inteligência dos artigos 159, 1.521, III, 1.539 e1.545 do CC da Lei nº 8.078/90 (Código de Defesa do Consumidor), artigo 14, §§1º, II e 4º, e artigo 602 do CPC - Voto vencido.Esta anomalia (presença de petrecho cirúrgico no corpo de paciente) configura graveviolação dos deveres impostos ao cirurgião e equipe, assim como ao hospitalconveniado, incidindo reparação civil e reconhecendo-se a negligência médica. A

agulha de sutura está onde não devia estar e a sua retirada demanda criteriosaavaliação pelos riscos que encerra. O dano deve ser indenizado também por razõesético-jurídicas, no intuito de alertar para a formação de uma consciência profissional.(TJRJ - 1ª Câm.; Ap. Cível nº 4.486/93; Rel. Des. Pedro Américo Rios Gonçalves; j.15.03.1994; maioria de votos) RT 719/229 e RJ 231/148

MÉDICO - Responsabilidade civil - Indenização - Mamoplastia da qual resultoudeformidade estética - Deformação atribuída à flacidez da pele da paciente - Fatoque, se não levado ao conhecimento da autora, caracterizou imprudência e, sedesconhecido, caracterizou negligência - Procedência da ação mantida -Inteligência dos artigos 159, 948 e 1.538, do CC.

Se a deformação dos seios deve ser atribuída à flacidez da pele da autora, restaincólume a culpa do cirurgião. Assim, duas hipóteses merecem destaque. Primeira, oréu que, evidentemente, examinou os seios da autora, percebeu a alegada flacidez da

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pele, ocultando esse fato da paciente, agindo com imprudência, pois como conceituadocirurgião que alega ser, devia prever o resultado indesejável da deformação apontada.Segunda, se não percebeu dita flacidez, agiu com negligência, outra modalidade deculpa. (TJSP - 9ª Câm. Civil; Ap. Cível nº 233.608-2/7-Campinas-SP; Rel. Des. AccioliFreire; j. 09.06.1994; v.u.) RT 713/125

INDENIZAÇÃO - Médico - Realização de cirurgia plástica - Dano estético -Responsabilização, salvo culpa do paciente ou a intervenção de fator imprevisível, o que lhe cabe provar.Ementa oficial: O profissional que se propõe a realizar cirurgia, visando melhorar aaparência física do paciente, assume o compromisso de que, no mínimo, não lheresultarão danos estéticos, cabendo ao cirurgião a avaliação dos riscos. Responderápor tais danos, salvo culpa do paciente ou a intervenção de fator imprevisível, o que lhecabe provar. (STJ - 3ª T.; Ag. Reg. no Ag. nº 37.060-9-RS; Rel. Min. Eduardo Ribeiro; j.28.11.1994; v.u.) RT 718/270 e RJ 231/148

INDENIZAÇÃO - Responsabilidade civil - Erro médico - Profissional que seconduziu, diante dos sintomas do doente, como qualquer outro colega o faria -Imprudência, negligência ou imperícia, ademais, não comprovadas - Açãoimprocedente - Recurso não provido. Age com culpa quem, em face das circunstâncias concretas do caso, podia e devia ter agido de outro modo.Ementa oficial: Indenização - Prestação de serviços - Erro médico - Epilepsia de origemendógena (de fatores hereditários e constitucionais) - Aplicação de droga básica -Superveniência de doença rara, de difícil diagnóstico, denominada Síndrome deStevens Johnson (forma grave de eritema multiforme, caracterizada por sintomasconstitucionais e pronunciado comprometimento da conjuntiva e da mucosa bucal) -Dúvida que remanesce, pois a ingestão de outras drogas pode induzir o surgimento dapatologia - Negligência, imprudência ou imperícia não comprovadas - Ação desacolhida- Recurso improvido. (TJSP - 16ª Câm. - Ap. Cível nº 269.166-2-SP; Rel. Des. SoaresLima; j. 21.11.1995; v.u.) JTJ 177/90

RESPONSABILIDADE CIVIL - Plano de Saúde - Indenização por danos materiais emorais, decorrentes de  adimplemento imperfeito do contrato de prestação deserviços médico-hospitalares.Ementa oficial: Erro e indefinição no diagnóstico da real patologia, que obrigaram aassociada a buscar profissional particular - Procedência mantida - Recurso da autora

provido, para a elevação do valor da indenização pelos danos morais de trinta paraduzentos salários-mínimos - Apelação da ré improvida. (TJSP - 2ª Câm. de DireitoPrivado; Ap. Cível nº 259.592-1-SP; Rel. Des. J. Roberto Bedran; j. 24.09.1996; v.u.)JTJ 192/122

DANOS MATERIAIS E MORAIS DECORRENTES DE CIRURGIA REALIZADA COMIMPRUDÊNCIA - Co-responsabilidade do médico que figurou como primeiroassistente, mas teve participação essencial no ato cirúrgico.Falta de prova de lucros cessantes - Existência de danos emergentes comprovada,mas não a sua extensão - Danos morais arbitrados em conformidade com aprofundidade e extensão do sofrimento imposto à vítima pelo ato ilícito - Provimento

parcial à apelação do autor para fixar os danos morais, incluído o estético, em setentamil reais (R$ 70.000,00), acrescidos de juros simples a partir da data do fato e correçãomonetária a partir da data do acórdão - Não conhecimento do aditamento à apelação

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do autor - Improvimento à apelação do co-réu - Observação que os danos materiaisemergentes devem ser objeto de liquidação por artigos. (TJSP - 2ª Câm. de DireitoPrivado; Ap. Cível nº 262.383-1-SP; Rel. Des. Lino Machado; j. 19.11.1996; v.u.) JTJ196/131

INDENIZAÇÃO - Responsabilidade civil - Erro médico - Lesões sofridas por paciente após ministração de medicamento - Nexo de causalidade e culpa domédico não comprovados - Profissional, ademais, que assume uma obrigação demeio e não de resultado - Ação improcedente - Recurso não provido.Ementa oficial: Responsabilidade civil - Médica - Alegada ministração de tratamentoinadequado - Obrigação de meio - Nexo de causalidade e conduta culposa nãodemonstrados - Improcedência - Recurso improvido. (TJSP - 2ª Câm. de DireitoPrivado; Ap. Cível nº 247.940-1-Fartura-SP; Rel. Des. Corrêa Lima; j. 16.04.1996; v.u.)JTJ 183/86

CIVIL - Ação de indenização - Erro médico - Responsabilidade solidária do

cirurgião (culpa in eligendo) e do anestesista reconhecida pelo acórdão recorrido- Matéria de prova - Súmula nº 7/STJ.O médico chefe é quem se presume responsável, em princípio, pelos danos ocorridosem cirurgia, pois, no comando dos trabalhos, sob suas ordens é que executam-se osatos necessários ao bom desempenho da intervenção. Da avaliação fática resultoucomprovada a responsabilidade solidária do cirurgião (quanto ao aspecto in eligendo) edo anestesista pelo dano causado. Insuscetível de revisão esta matéria a teor doenunciado na Súmula nº 7/STJ. Recurso não conhecido. (STJ - 3ª T.; Rec. Esp. nº53.104-7-RJ; Rel. Min. Waldemar Zveiter; j. 04.03.1997; v.u.) STJ/TRF 99/66 e STJ97/179

RESPONSABILIDADE CIVIL - Cirurgião plástico - Abdominoplastia.Paciente que, após o ato cirúrgico, apresenta deformidades estéticas. Cicatrizessuprapúbicas, com prolongamentos laterais excessivos. Depresssão na parte medianada cicatriz, em relação à distância umbigo/púbis. Gorduras remanescentes. Resultadonão-satisfatório. Embora não evidenciada culpa extracontratual do cirurgião, é cabível oressarcimento. A obrigação, no caso, é de resultado, e não de meio.Conseqüentemente, àquele se vincula o cirurgião plástico. Procedência parcial dopedido, para condenar o réu ao pagamento das despesas necessárias aosprocedimentos médicos reparatórios. Dano estético reduzido. Ressarcimentoproporcional. Custas e honorários de 20% (vinte por cento) sobre o valor da

condenação. (TJRJ - 5ª Câm.; Ap. Cível nº 338-93; Relator Des. Marcus Faver; DJU04.06.1993) RJ 231/148

RESPONSABILIDADE CIVIL - Erro médico - Culpa grave - Honoráriosprofissionais - Danos estéticos e moral.Em se tratando de pedido de indenização por cirurgia plástica malsucedida, provada aculpa, fica o profissional obrigado a restituir ao paciente os honorários, bem como areparar os danos decorrentes do erro médico. Se em ação de indenização houvepedido de reparação pecuniária por danos morais e estéticos decorrentes de defeitosda cirurgia e outro para pagamento de despesas com futura cirurgia corretiva, atendidoa este, inadmissível será o deferimento do primeiro. (TAMG - 4ª Câm.; Ap. Cível nº

11.111-3; Rel. Juiz Macêdo Moreira) RJ 231/148

RESPONSABILIDADE CIVIL - Médico - Clínica - Culpa - Prova.

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Não viola regra sobre a prova o acórdão que, além de aceitar implicitamente o princípioda carga dinâmica da prova, examina o conjunto probatório e conclui pelacomprovação da culpa dos réus. Legitimidade passiva da clínica, inicialmenteprocurada pelo paciente. Juntada de textos científicos determinada de ofício pelo Juiz.Regularidade. Responsabilização da clínica e do médico que atendeu o paciente

submetido a uma operação cirúrgica da qual resultou a secção da medula. Inexistênciade ofensa à lei e divergência não demonstrada. Recurso especial não conhecido. (STJ- 4ª T.; Rec. Esp. nº 69.309-SC; Rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar; j. 18.06.1996; v.u.)STJ/TRF 89/155 e RJ 231/149

RESPONSABILIDADE CIVIL - Médico - Anestesista. A responsabilidade civil é a obrigação que pode incumbir uma pessoa a reparar oprejuízo causado a outra (Savatier). Apesar de se inserir no capítulo dos atos ilícitos, aresponsabilidade médica é contratual, conforme predomínio da doutrina e  jurisprudência. Há obrigação de meios e de resultado. Anestesia é obrigação doresultado, concernente a antes, durante e após o ato anestésico, daí a profunda

responsabilidade técnica do médico anestesista, que estatui até uma condiçãoarbitrária para seu desempenho dentro da equipe médica. A determinação de suaresponsabilidade dependerá do exame do caso concreto, onde se aplicou anestesiaperidural-raquiana, e após algum tempo, sem dor mas consciente, o paciente veio a ter concussão cerebral, com traumatismo crânio-encefálico, ficando com lesão cerebral,com dano permanente, em razão da P.C.R. (parada cárdiorrespiratória). Ocorre quenão foi feito o exame de sensibilidade do paciente e, não sendo intervenção "cirúrgicaurgente", tanto assim que a anestesia fora setorial, houve falta de cuidado objetivo etécnico do médico anestesista, que, por negligência e também imperícia, tanto peloaspecto omissivo e comissivo, não teve atitude correta, pronta, técnica e profissionalcondizente ao momento e ao paciente, havendo agido com culpa e respondendo pelodano causado (artigos 159 e 1.145 c.c. o artigo 1.056 do CC). Ainda mais, o acréscimoangustioso, visto não tirar a conscientização ao paciente, o temor de seu estadopsicológico, ocasionando a ele, paciente, e conseqüentemente a terceiros inequívocodano moral permanente, além do dano material físico. (TJGO - 1ª Câm.; Ap. Cível nº29.966-5/188; Rel. Des. José Soares de Castro; j. 18.05.1993) RJ 231/149

RESPONSABILIDADE CIVIL - Médico - Cirurgia estética - Pós-operatório.Reconhecido no acórdão que o médico foi negligente nos cuidados posteriores àcirurgia, que necessitava de retoques, impõe-se sua condenação ao pagamento dasdespesas para a realização de tais intervenções. (STJ - 4ª T.; Rec. Esp. nº 73.958-PR;

Rel. Min. Ruy Rosado de Aguiar; DJU 11.03.1996) RJ 231/149

RESPONSABILIDADE CIVIL - Médico - Cirurgia plástica - Onus probandi  -Obrigação de resultado - Tabagismo pós-operatório.  A cirurgia plástica, com fins exclusiva ou preponderantemente estéticos, é cirurgiaembelezadora e, por isso, a obrigação não é de meio e sim de resultado. Na hipótesede o resultado ser negativo e oposto ao que foi convencionado, presume-se a culpaprofissional do cirurgião, até que ele prove sua não-culpa ou qualquer outra causaexonerativa. Inobstante o fumar no período pós-operatório possa provocar os danosocorridos, há necessidade de o réu provar que a cliente fumou, embora a contra-indicação médica. Prova suficiente. Responsabilidade civil reconhecida. (TJRS - 1ª

Câm.; Ap. Cível nº 591.055.017; Rel. Des. Tupinambá M.C. do Nascimento; j.05.05.1992) RJ 231/149

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INDENIZAÇÃO - Dano moral - Negligência e omissão médica, resultando na mortedo filho - Indenização devida - Possibilidade da ocorrência de crime - Cópias daspeças dos autos a serem remetidas ao Ministério Público para os fins de direito.Ementa oficial: É devida indenização por danos morais à mãe parturiente, cujo filhonasce morto por respirar mecônio no útero em razão do retardamento do parto, por 

negligência e omissão médica. (TJRO - Câm. Civil.; Ap. Cível nº 95.005038-5; Rel.Des. Eliseu Fernandes de Souza; j. 27.06.1995; v.u.) RJ 231/150 e RT 729/290

RESPONSABILIDADE CIVIL - Médico - Danos materiais e morais - Erro médico -Culpa - Instituição hospitalar - Responsabilidade solidária - Pensão - Fixação.O hospital em cujas dependências funciona clínica destinada à prestação de serviçomédico especializado, com captação exclusiva de clientela, é solidariamenteresponsável pela indenização decorrente do ato ilícito nela praticado. O médico que,tendo conhecimento do fenômeno capaz de causar morte de paciente, omite-se na suaexploração e nas condutas que, em conseqüência, seriam aplicáveis, age com culpaque lhe acarreta o dever de reparar danos materiais e morais, cumuláveis por expressa

permissão contida no inciso V do artigo 5º da CF. Sendo o cônjuge sobreviventeprofissional com renda própria e não tendo a vítima deixado filhos, a pensão mensalpor danos materiais, que não é apenas uma dívida alimentar, mas a recomposição dolucro cessante da entidade familiar, deve corresponder à metade do salário daquela,não se computando parcela ainda não auferida e condicionada à continuidade daprestação do trabalho, que poderia não se concretizar por motivo diverso do óbito.(TJMG - 2ª Câm.; Rel. Juiz Almeida Melo; DJMG 04.04.1996) RJ 231/150

RESPONSABILIDADE CIVIL - Médico - Inocorrência de responsabilidade solidáriado hospital - Dano moral - Reconhecimento por maioria - Possibilidade do seudeferimento cumulativamente com danos materiais.Caracterizada a culpa exclusiva do médico pela morte de paciente, decorrente deatraso na eleição do tratamento adequado, não há que se falar em responsabilidadesolidária do hospital, de que não é empregado e sim diretor. O pedido de indenizaçãopor dano moral deve ser deferido cumulativamente com o pedido de danos materiais,quando a vítima, ou sua família, é afetada sentimentalmente pela forma de conduçãodo tratamento médico. (TJDF - 2ª T.; Ap. Cível nº 26.983-DF; Rel. Des. DeoclecianoQueiroga; DJU 29.06.1994) RJ 231/150

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