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 2ª Edição atualizada conforme a Lei 11.638/2007 e Medida Provisória 449/2008, convertida na Lei 11.941/2009 Contabilidade Avançada Osni Moura Ribeiro

Juros Rem.Capital Próprio

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2ª Edição atualizada conforme aLei 11.638/2007 e Medida

Provisória 449/2008, convertidana Lei 11.941/2009

Contabilidade Avançada

Osni Moura Ribeiro

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Capítulo 4

Juros Remuneratórios do CapitalPróprio

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Capada Obra

Capítulo 4Juros Remuneratórios do CapitalPróprio

Juros remuneratórios do Capital Próprio ou Juros sobre o CapitalPróprio (JCP) correspondem a uma importância que a empresa paga

ao seu titular, sócio ou acionista, como remuneração dos valorespor eles investidos na composição do capital da própria empresa;

Quando uma pessoa física ou jurídica investe seus recursos nocapital de uma empresa, certamente estará almejando obterrendimentos;

O investimento no capital de empresas pode ocorrer em doismomentos:

a. Por ocasião da constituição da empresa, quando o titular(empresa individual), os sócios (empresa societária em geral)ou os acionistas (sociedades por ações) subscrevem eintegralizam o capital da empresa;

Conceito

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Capítulo 4Juros Remuneratórios do CapitalPróprio

b. Quando a empresa já se encontra operando, o investidor passaa obter participação no capital mediante compra, no mercadode capitais, de quotas ou ações, ou ainda mediante a

subscrição e realização por conta de aumentos de capitalefetuadas na própria empresa investida.

Tratamento legal

Tratam do assunto mais de duas dezenas de dispositivos dalegislação tributária, entre leis, decretos, Instruções Normativas,

Atos Declaratórios e outros, inclusive deliberação da CVM. Algumassão:

Lei n.º 9.249, de 26/12/1995 ± artigo 9.º;

Lei n.º 9.430, de 27/12/1996 ± artigos 51, 55, 78 e 88;

Lei n.º 9.532, de 10/12/1997.

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Capítulo 4Juros Remuneratórios do CapitalPróprio

Condições para a Dedutibilidade

Quando a empresa optar em pagar a seus titulares, juros sobre ocapital por eles investido na própria empresa, para que esse valoressejam dedutíveis da base de cálculo da PCSLL e da PIR (lucro real),

o pagamento fica condicionado:

a. À existência de lucros, computados antes da dedução dos juros, ou de lucros acumulados e reservas de lucros, emmontante igual ou superior ao valor de duas vezes os juros aserem pagos ou creditados;

b. A que os JCP sejam contabilizados como Despesas Financeiras;

c. Que os juros sejam pagos ou creditados individualizadamente atitular, sócios ou acionistas;

d. A que os juros sejam limitados à variação, pro rata dia, da Taxade Juros de Longo Prazo ± TJLP;

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Capítulo 4Juros Remuneratórios do CapitalPróprio

Condições para a Dedutibilidade

e. A que sejam excluídos da base de cálculo os valores dasseguintes reservas:

Reserva de reavaliação de bens ou direitos da pessoa jurídica, exceto se for adicionada na determinação da basede cálculo do Imposto de Renda e da contribuição socialsobre o lucro líquido;

Reservas especiais de que trata o art. 460 do RIR/99(diferença relativa à correção monetária especial

facultativa das contas do Ativo Não-Circulante, efetuada naforma do Decreto n.º 332/91);

Parcela ainda não realizada da reserva de reavaliaçãoconstituída como contrapartida do aumento de valor debens imóveis integrantes do Ativo Imobilizado que tenhasido capitalizada nos termos dos art. 436 e 437 do RIR/99;

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Capítulo 4Juros Remuneratórios do CapitalPróprio

Condições para a Dedutibilidade

f. A que o montante dos juros passível de dedução esteja limitadoao maior dos seguintes valores:

50% do lucro líquido do período de apuração antes dadedução desses juros, após a dedução da CSLL (valorprovisório pois a base de cálculo da CSLL ainda não estarádefinida) e antes da Provisão para o IR;

50% do somatório dos lucros acumulados e reservas delucros.

Base de Cálculo

O Patrimônio Líquido que servirá de base de cálculo para os juros éo existente no encerramento do período imediatamente anterioràquele da remuneração;

 

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Capítulo 4Juros Remuneratórios do CapitalPróprio

Base de Cálculo

A base de cálculo dos Juros sobre o Capital Próprio é o total doPatrimônio Líquido antes de apurado o resultado do exercício;

Com base na nova redação dada ao i2.º do artigo 178 da Lei n.º6.404/1976, pela Medida Provisória n.º 449/2008, convertida na Lein.º 11.941, de 27.05.2009, o total do grupo Patrimônio Líquidopassou a ser apurado pela soma algébrica dos seguintes valores:

(+) Capital Subscrito ( -) Capital a Realizar

(+) Reservas de Capital (+) Reservas de Lucros (+ ou -) Ajustes de Avaliação Patrimonial ( -) Ações em Tesouraria ( -) Prejuízos Acumulados (=) Total do Patrimônio Líquido (+) Capital Subscrito.

 

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Taxa

Conforme consta do c aput do artigo 9.º da Lei n.º 9.249/1995 e doc aput do artigo 347 do RIR/1999, para efeito de dedutibilidade dabase de cálculo da provisão para contribuição social sobre o Lucro

Líquido, e da base de cálculo da provisão para o Imposto de Renda(lucro real), os Juros sobre o Capital Próprio estão limitados àvariação, pro rata dia, da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP);

A TJLP é calculada trimestralmente pelo Conselho MonetárioNacional ± CMN e expressa em termos anuais;

A sua divulgação se dá por meio de resoluções do Banco Central doBrasil (Bacen);

Considerando que a TJLP é uma taxa anual, para encontrar a TJLPmensal basta dividir a TJLP anual por 12.

 

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Limite para Dedutibilidade

Nos termos da legislação tributária, para fins de dedutibilidade dabase de cálculo da PCSLL e da PIR, conforme já comentamos, ovalor dos juros sobre o capital a ser pago ou creditado aos titulares

de empresas limita-se ao maior dos seguintes valores:

a. 50% do Lucro Líquido do período-base, computado antes dadedução dos juros;

b. 50% do somatório dos lucros acumulados e reservas de lucros.

Imputação dos Juros aos Dividendos Obrigatórios

É facultado às empresas a opção pela imputação dos Juros sobre oCapital Próprio, ao valor dos dividendos obrigatórios de que trata oartigo 202 da Lei n.º 6.404/1976.

 

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Utilização para Aumento de Capital

Conforme estabelece o i9.º do artigo 9.º da Lei n.º 9.249/1995, àopção da pessoa jurídica, o valor dos juros sobre o Capital Própriopoderá ser incorporado ao Capital Social ou mantido em conta de

reserva destinada a aumento de capital, garantida suadedutibilidade, desde que o Imposto de Renda incidente naoperação seja recolhido no prazo de 15 dias contados a partir dadata do encerramento do período-base em que tenha ocorrido adedução dos referidos juros;

Os JCP nas Companhias Abertas ± Deliberação da CVM

A comissão de Valores Mobiliários (CVM) estabeleceu, para acontabilização, regras diferentes daquelas fixadas pela legislaçãotributária, que devem ser observadas pelas sociedades anônimas decapital aberto;

 

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Capítulo 4Juros Remuneratórios do CapitalPróprio

Os critérios estabelecidos pela CVM podem ser assim resumidos:

1. Empresa que paga:

Débito: Lucros Acumulados (Patrimônio Líquido);

Crédito: Juros sobre o Capital Próprio a Pagar (PassivoCirculante);

2. Empresa que recebe:

Débito: Juros sobre o Capital Próprio a Receber (AtivoCirculante);

 

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Capítulo 4Juros Remuneratórios do CapitalPróprio

Crédito:

a. Se o investimento for avaliado pelo MEP, creditar a conta queregistra o Investimento (Ativo Não-Circulante, subgrupoInvestimentos);

b. Nos demais casos, creditar receita (Outras Rec. Operacionais).