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Úlcera de pressão

Úlcera de pressão...Úlcera de pressão: definida como qualquer lesão causada por pressão não aliviada que resulta em danos nos tecidos subjacentes (tecido subcutâneo, músculo,

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Úlcera de

pressão

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Úlcera de pressão:

definida como qualquer lesão causada por pressão não aliviada que resulta em danos nos tecidos subjacentes (tecido subcutâneo, músculo, articulações, ossos).

Ocorrem geralmente nas regiões de proeminências ósseas e são graduadas em estágios I, II, III e IV para classificar o grau de danos observados nos tecidos.

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• É uma lesão da pele produzida quando se exerce uma pressão sobre uma região plana

ou proeminência óssea, provocando um bloqueio sanguíneo, e como conseqüência, a

isquemia a qual produz uma degeneração rápida dos tecidos

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Estágios da Úlcera

de Pressão

Estágio I • É um eritema da pele intacta que

não embranquece após a remoção da pressão.

• Em indivíduos com a pele mais escura, a descoloração da pele, o calor, o edema ou o endurecimento também podem ser indicadores de danos.

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• Estágio II • É uma perda parcial da

pele envolvendo a epiderme, derme ou ambas.

• A úlcera é superficial e apresenta-se como uma abrasão, uma bolha ou uma cratera rasa.

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Estágio 3

• Perda da pele na sua espessura total, envolvendo danos ou uma necrose do tecido subcutâneo que pode se aprofundar, não chegando até a fáscia muscular.

• A úlcera se apresenta clinicamente como uma cratera profunda.

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• Estágio 4

• Perda da pele na sua total espessura com

uma extensa destruição ou necrose dos

músculos, ossos ou estruturas de suporte

como tendões ou cápsulas das juntas.

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A classificação das úlceras em

estágios é uma parte da avaliação.

É importante avaliar a presença de

inflamação, infecção, endurecimento e

isquemia.

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• Pontos sensíveis para o surgimento de úlceras

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Causas: A pressão nos tecidos é examinada em relação a

três fatores, considerando a etiologia das úlceras:

1- Intensidade da Pressão

2- Duração da Pressão

3- Tolerância Tecidual

A tolerância tecidual é influenciada por vários fatores:

1. Cisalhamento – causado pela combinação da

gravidade e fricção.

Exerce uma força paralela à pele e resulta da gravidade

que empurra o corpo para baixo e da fricção ou

resistência entre o paciente e a superfície de suporte.

Quando a cabeceira da cama é elevada, a pele adere-se

ao leito mas o esqueleto empurra o corpo para baixo.

Os vasos sanguíneos são esticados ou acotovelados

dificultando ou interrompendo o fluxo sanguíneo.

O cisalhamento causa a maior parte do dano observado

nas úlceras de pressão.

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Fricção – Se sua ação for isolada, a sua

capacidade de danos está restrita a

epiderme e derme. Resulta em uma lesão

semelhante a uma queimadura leve. Ocorre

com maior freqüência em pacientes

agitados. A forma mais grave de dano por

fricção ocorre associada ao cisalhamento.

Umidade – altera a resistência da

epiderme para forças

externas.

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Déficit nutricional – pode afetar o desenvolvimento

da úlcera de pressão pois a hipoalbuminemia altera a

pressão oncótica e causa a formação de edema.

A difusão de oxigênio no tecido edemaciado fica

comprometida.

Há uma diminuição da resistência a infecção devido ao

efeito no sistema imunológico.

A anemia também afeta o transporte de oxigênio.

As deficiências de vitaminas A, C e E também podem

contribuir para o desenvolvimento da úlcera de pressão

devido ao papel que estas vitaminas tem na síntese do

colágeno, imunidade e integridade

epitelial.

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Outros fatores importantes no desenvolvimento da úlcera de pressão:

A. Idade avançada – muitas mudanças ocorrem com o envelhecimento e

incluem: achatamento da junção entre a derme e epiderme; menor troca de

nutrientes, menor resistência a força de cisalhamento, diminuição da

capacidade de redistribuir a carga mecânica da pressão.

B. Baixa pressão sangüínea – a hipotensão pode desviar o sangue da pele

para órgãos vitais.

C. Estado psicológico – Motivação, energia emocional e estresse são

considerados. O cortisol pode ser um fator para uma baixa tolerância tecidual.

D. Fumo

E. Temperatura corporal elevada – pode estar relacionada ao aumento da

demanda de oxigênio em tecidos com anóxia.

F. Procedimentos cirúrgicos com duração de 4 horas ou mais.

G. Incontinência urinária ou fecal.

H. Vários diagnósticos: paralisia, lesão de medula espinhal, câncer, problemas

ortopédicos, doença vascular, doença neurológica, diabetes.

Medicações para sedação, narcóticos, analgésicos.

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Prevenção : A prevenção é a melhor solução para o problema da úlcera de pressão.

• I – Avaliação do Risco

• 1. Considere em risco para úlcera todas as pessoas restritas ao leito ou cadeira de rodas, ou aquelas cuja capacidade de se reposicionarem está debilitada;

• 2. Identifique todos os fatores individuais de risco (diminuição do estado mental, umidade, incontinência, deficiências nutricionais), de forma a direcionar as medidas preventivas específicas.

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II – Cuidados com a Pele e Tratamento Precoce

1. Inspecione a pele pelo menos uma vez diariamente e documente as

observações;

2. Individualize a freqüência do banho. Use um agente de limpeza

suave. Evite água quente e fricção excessiva;

3. Avalie e trate a incontinência. Quando a incontinência não puder ser

controlada, limpe a pele no momento em que sujar, use uma barreira

tópica para umidade e selecione absorventes higiênicos que forneçam

de forma rápida uma superfície seca para a pele;

4. Use hidratantes para pele seca. Minimize os fatores ambientais que

causam o ressecamento da pele como ar frio e de baixa umidade;

5. Evite massagear as proeminências ósseas;

6. Use um posicionamento apropriado, técnicas corretas de

movimentação e transferência de forma a minimizar a lesão da pele

devido à fricção e forças de cisalhamento;

7. Use lubrificantes secos (amido de milho) ou coberturas protetoras

(tipo curativos transparentes) para reduzir a lesão por fricção;

9. Institua um programa para manter ou melhorar o estado de atividade

e mobilidade;

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III – Redução da Carga Mecânica e Utilização de Superfícies de Suporte

1. Reposicione as pessoas restritas ao leito pelo menos a cada duas horas;

pessoas restritas à cadeira a cada hora;

2. Use uma escala de horário de reposicionamento por escrito;

3. Coloque as pessoas em risco, em colchões ou almofadas que reduzam a

pressão. Não use almofadas tipo argola ou roda d´água.

4. Considere o alinhamento postural, a distribuição do peso, a estabilidade e a

capacidade para o alívio da pressão quando posicionar pessoas em cadeiras ou

cadeiras de rodas;

5. Ensine as pessoas restritas à cadeira e que são capazes, a mudar a posição para

aliviar o seu peso a cada 15 minutos;

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6. Use recursos tipo trapézio ou o lençól móvel/forro de cama para

elevar ou movimentar ao invés de arrastar as pessoas durante a

transferência ou mudança de posição;

7. Use travesseiros ou almofadas de espuma para manter as

proeminências ósseas como joelhos e calcâneos fora do contato direto

com a cama ou com outra proeminência do próprio corpo;

8. Use recursos que aliviem totalmente a pressão nos calcâneos

(coloque travesseiros sob a panturrilha para elevar os pés);

9. Evite posicionar o paciente diretamente sobre o trocânter. Quando

usar o decúbito lateral diretamente no trocânter, use a posição lateral

inclinada em ângulo de 30 graus;

10. Eleve a cabeceira da cama o menos possível e por pouco tempo

(ângulo máximo de 30 graus).