Legislação Específica Aplicada Ao Ministério Público Da Paraíba

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egislação Específica Aplicada ao MPU.

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Legislao Especfica aplicada ao Ministrio Pblico da Paraba

Lei Complementar n 97/2010, e alteraes posteriores (Lei Orgnica do Ministrio Pblico da Paraba).

Lei n 10.432, de 20 de janeiro de 2015 e alteraes posteriores (Dispe sobre o regime jurdico, os cargos, a carreira e a remunerao dos servidores pblicos do Quadro de Servios Auxiliares do Ministrio Pblico do Estado da Paraba).

MINISTRIO PBLICO DA PARABAPROCURADORIA-GERAL DE JUSTIALEI COMPLEMENTAR N 97 DE 22 DE DEZEMBRO DE 2010. *Dispe sobre a organizao do MinistrioPblico do Estado da Paraba.

TTULO IDAS DISPOSIES GERAISArt. 1. O Ministrio Pblico instituio permanente, essencial funo jurisdicional do Estado, incumbindo-lhe a defesa da ordem jurdica, do regime democrtico e dos interesses sociais e individuais indisponveis.Pargrafo nico. So princpios institucionais do Ministrio Pblico a unidade, a indivisibilidade e a independncia funcional.Art. 2. Ao Ministrio Pblico assegurada autonomia funcional, administrativa e financeira, cabendo-lhe, especialmente:I - praticar atos prprios de gesto;II - praticar atos e decidir sobre a situao funcional e administrativa do pessoal, ativo e inativo, da carreira e dos servios auxiliares, organizados em quadros prprios;III - elaborar suas folhas de pagamento e expedir os competentes demonstrativos;IV - adquirir bens e contratar servios, efetuando a respectiva contabilizao;V - propor ao Poder Legislativo a criao, a transformao e a extino de seus cargos, a fixao e o reajuste do subsdio e vantagens de seus membros, bem como a poltica remuneratria e os planos de carreira;VI - propor ao Poder Legislativo a criao, a transformao e a extino dos cargos de seus servios auxiliares, a fixao e o reajuste dos vencimentos e vantagens dos seus servidores, bem como a poltica remuneratria e os planos de carreira;VII efetuar o provimento dos cargos iniciais da carreira e dos cargos dos servios auxiliares, bem como todas as formas de provimento derivado;VIII - editar atos de aposentadoria, exonerao e outros que importem a vacncia de cargos da carreira e dos servios auxiliares, bem como os de disponibilidade de membros do Ministrio Pblico e de seus servidores;IX - organizar a sua secretaria e os servios auxiliares dos rgos de administrao e execuo;X - estruturar os seus rgos de administrao;XI - elaborar os seus Regimentos Internos;XII - exercer outras atribuies dela decorrentes.Pargrafo nico. As decises do Ministrio Pblico, fundadas em sua autonomia funcional, administrativa e financeira, obedecidas as formalidades legais, tm eficcia plena e executoriedade imediata.Art. 3. O Ministrio Pblico elaborar a sua proposta oramentria dentro dos limites estabelecidos na Lei de Diretrizes Oramentrias, encaminhando-a diretamente ao Governador do Estado, que a submeter ao Poder Legislativo. 1. Se o Ministrio Pblico no encaminhar a proposta oramentria dentro do prazo estabelecido na lei de diretrizes oramentrias, o Poder Executivo considerar, para fins de consolidao da proposta oramentria anual, os valores aprovados na lei oramentria vigente, ajustados de acordo com os respectivos limites. 2. Se a proposta oramentria for encaminhada em desacordo com os limites estipulados na forma do caput deste artigo, o Poder Executivo proceder aos ajustes necessrios para fins de consolidao da proposta oramentria anual. 3. A omisso no encaminhamento da proposta oramentria ou a inobservncia do disposto no 4o deste artigo configuram atos atentatrios ao livre exerccio do Ministrio Pblico para todos os fins. 4. Os recursos correspondentes s suas dotaes oramentrias prprias e globais, compreendidos os crditos suplementares e especiais, ser-lhe-o entregues at o dia 20 decada ms, em duodcimos, sem vinculao a qualquer tipo de despesa. 5. Os recursos prprios, no originrios do Tesouro Estadual, sero utilizados em programas vinculados aos fins da Instituio, vedada outra destinao. 6. Durante a execuo oramentria do exerccio, no poder haver a realizao de despesas ou a assuno de obrigaes que extrapolem os limites estabelecidos na lei de diretrizes oramentrias, exceto se, previamente autorizadas, mediante a abertura de crditos suplementares ou especiais. 7. A fiscalizao contbil, financeira, oramentria, operacional e patrimonial do Ministrio Pblico, quanto legalidade, legitimidade, economicidade, aplicao de dotaese recursos prprios e renncia de receitas, ser exercida pelo Poder Legislativo, mediante controle externo e pelo sistema de controle interno estabelecido em lei.Art. 4. O Ministrio Pblico instalar as Promotorias de Justia em prdios sob sua administrao.Pargrafo nico. As salas reservadas ao Ministrio Pblico, em prdios pblicos, devero ser privativas, condignas e permanentes.

TTULO IIDA ORGANIZAO DO MINISTRIO PBLICOCAPTULO IDOS RGOSArt. 5. So rgos do Ministrio Pblico:I - de Administrao Superior:a) a Procuradoria-Geral de Justia;b) o Colgio de Procuradores de Justia;c) o Conselho Superior do Ministrio Pblico;d) a Corregedoria-Geral do Ministrio Pblico.II - de Administrao:a) as Procuradorias de Justia;b) as Promotorias de Justia.III - de Execuo:a) o Procurador-Geral de Justia;b) o Colgio de Procuradores de Justia;c) o Conselho Superior do Ministrio Pblico;d) os Procuradores de Justia;e) os Promotores de Justia;f) o Ncleo de Controle Externo da Atividade Policial.IV - Auxiliares:a) os Centros de Apoio Operacional;b) o Centro de Estudos e Aperfeioamento Funcional;c) a Comisso de Combate aos Crimes de Responsabilidade e Improbidade Administrativa;d) o Grupo de Atuao Especial Contra o Crime Organizado;e) a Ouvidoria;f) a Comisso de Elaborao Legislativa;g) a Comisso de Concurso;h) os rgos de Apoio Administrativo;i) o Centro de Controle Oramentrio;j) os Estagirios.Pargrafo nico. Os rgos colegiados de Administrao Superior tero o tratamento de Egrgio.

CAPTULO IIDOS RGOS DA ADMINISTRAO SUPERIOR

Seo IDa Procuradoria-Geral de JustiaArt. 6. A Procuradoria-Geral de Justia, rgo executivo de Administrao Superior do Ministrio Pblico, dirigida pelo Procurador-Geral de Justia, nomeado pelo Governador do Estado, dentre membros do Ministrio Pblico em exerccio h, pelo menos, cinco anos, maiores de trinta anos de idade e constantes de lista trplice, escolhida pelos integrantes da carreira, para um mandato de dois anos, permitida uma reconduo pelo mesmo processo. 1. Os dois anos de mandato contam-se a partir da posse. 2. A eleio da lista trplice far-se- mediante voto plurinominal e secreto de todos os integrantes da carreira, vedado o voto postal ou por procurao. 3. Sero includos na lista trplice os trs candidatos mais votados e, em caso de empate, ser includo, sucessivamente, o mais antigo na carreira, o de maior tempo de servio pblico prestado ao Estado da Paraba e, por fim, o mais idoso. 4. Resoluo do Colgio de Procuradores de Justia instituir comisso eleitoral e dispor sobre a regulamentao da eleio que dever ocorrer trinta dias antes do trmino do mandato do Procurador-Geral de Justia.Art. 7. Encerrada a votao e julgados os recursos interpostos, a comisso eleitoral far a apurao do pleito, comunicando, de imediato, o seu resultado ao Procurador-Geral de Justia que, no prazo de trs dias, encaminhar a lista trplice ao Governador do Estado.Art. 8. O Governador do Estado nomear o Procurador-Geral de Justia dentre os integrantes da carreira do Ministrio Pblico constantes de lista trplice, formada de acordo com o estabelecido no art. 6o desta Lei, cujo ato dever, alm de outros requisitos, fazer referncia ao mandato e seu respectivo prazo de durao. 1. Caso o chefe do Poder Executivo no efetive a nomeao do Procurador-Geral de Justia, nos quinze dias que se seguirem ao recebimento da lista, ser investido, automaticamente, no cargo o membro do Ministrio Pblico mais votado da mencionada lista, to logo se conclua o mandato em curso. 2. No caso de os integrantes da lista trplice terem obtido idntico nmero de votos, adotar-se-o, para desempate, os critrios previstos no 3o do art. 6o desta Lei.Art. 9. Ocorrendo vacncia, durante ou aps o mandato, assumir, imediatamente, o Procurador de Justia mais antigo, o qual convocar eleies na forma estabelecida no art. 6 desta Lei, no prazo de cinco dias, para elaborao da lista trplice e escolha do Procurador- Geral de Justia.Pargrafo nico. Cumprir mandato integral de dois anos o Procurador-Geral de Justia escolhido de lista trplice que suceder quele que no concluiu seu mandato.Art. 10. inelegvel para o cargo de Procurador-Geral de Justia o membro do Ministrio Pblico que:I - tenha se afastado das funes ministeriais, por qualquer perodo, nos seis meses anteriores data da elaborao da lista trplice, ressalvados os casos de frias e licenas previstas nestaLei;II - tenha sido condenado por crime doloso, com deciso transitada em julgado;III - tenha sido condenado em processo administrativo disciplinar e no tenha ainda obtido a reabilitao nos termos do art. 199 desta Lei;IV - tenha sido condenado pela prtica de ato de improbidade administrativa, com deciso transitada em julgado.Pargrafo nico. O Corregedor-Geral do Ministrio Pblico no poder concorrer formao de lista trplice para a escolha do Procurador-Geral no curso de seu mandato e at 01 (um) ano aps o seu trmino no rgo correicional.Art. 11. O Procurador-Geral de Justia tomar posse perante o Governador do Estado, em sesso pblica e solene do Colgio de Procuradores de Justia, e, perante este, na mesma sesso, entrar em exerccio das suas funes.Art. 12. O Procurador-Geral de Justia poder ser destitudo em caso de abuso de poder, prtica de qualquer ato ou conduta incompatvel com as suas atribuies, assegurada ampla defesa. 1. A iniciativa competir ao Colgio de Procuradores de Justia, sob a presidncia do Procurador de Justia mais antigo e desimpedido, mediante proposta aprovada pela maioria absoluta de seus membros. 2. A proposta de destituio ser distribuda a um relator na forma regimental. 3. Caber ao relator cientificar, pessoalmente, o Procurador-Geral de Justia e fazer-lhe a entrega da segunda via da proposta de destituio, mediante recibo. 4. No prazo de dez dias, o Procurador-Geral de Justia poder oferecer defesa escrita e requerer produo de provas. 5. No sendo oferecida defesa, o relator nomear advogado dativo para faz-la em igual prazo. 6. Findo o prazo, a Presidncia do Colgio de Procuradores de Justia designar data para instruo e deliberao no prazo de quinze dias teis. 7. Concluda a instruo, facultar-se- ao processado, por seu advogado, sustentao oral por at sessenta minutos, deliberando, em seguida, o Colgio de Procuradores de Justia, em votao aberta e fundamentada. 8. A deciso final, para concluir pelo acolhimento da proposta de destituio do Procurador-Geral de Justia, dever ser tomada, no mnimo, por dois teros dos integrantes do Colgio de Procuradores de Justia. 9. A sesso de julgamento ser pblica. 10. Acolhida a proposta de destituio, o Presidente da sesso, em quarenta e oito horas, encaminhar os autos Assembleia Legislativa, que decidir na forma da legislao vigente. 11. Destitudo o Procurador-Geral de Justia, proceder-se- na forma do art. 9 e seu pargrafo nico desta Lei.Art. 13. O Procurador-Geral de Justia ficar afastado de suas funes:I - em caso de cometimento de infrao penal inafianvel, desde o recebimento pelo Tribunal de Justia da denncia ou queixa-crime;II - no procedimento de destituio, desde o acolhimento da proposta por deciso final do Colgio de Procuradores de Justia.Pargrafo nico. No caso do inciso I, o afastamento ser de cento e vinte dias e no caso do inciso II, ser de sessenta dias, findos os quais cessa o afastamento do Procurador-Geral de Justia, sem prejuzo do regular prosseguimento do processo.Art. 14. O Procurador-Geral de Justia ser assessorado pelo 1 e 2 Subprocuradores-Gerais de Justia, pelo Secretrio-Geral da Procuradoria-Geral de Justia e por uma Assessoria Tcnica, constituda de at 06 (seis) membros que sero escolhidos e designados dentre Procuradores e Promotores de Justia titulares da mais elevada entrncia. 1. Os Subprocuradores-Gerais de Justia sero escolhidos e designados pelo Procurador-Geral de Justia dentre os Procuradores de Justia. 2. O Secretrio-Geral da Procuradoria Geral de Justia ser escolhido, livremente, pelo Procurador-Geral de Justia dentre Procuradores ou Promotores de Justia titulares da mais elevada entrncia, permitida a escolha de bacharis em direito ou em administrao, com o mnimo de cinco anos de experincia em administrao pblica. 3. So atribuies do 1 Subprocurador-Geral de Justia:I substituir, em suas faltas, licenas ou impedimentos, o Procurador-Geral de Justia;II coordenar os Assessores Tcnicos;III superintender os trabalhos do Ncleo de Controle Externo da Atividade Policial;IV presidir a Comisso de Combate aos Crimes de Responsabilidade e Improbidade Administrativa e coordenar seus trabalhos;V praticar os atos judiciais que lhe forem delegados pelo Procurador-Geral de Justia. 4. So atribuies do 2 Subprocurador-Geral de Justia:I presidir a Comisso de Elaborao Legislativa;II superintender os Centros de Apoio Operacional;III superintender o Centro de Estudos e Aperfeioamento Funcional;IV substituir o Procurador-Geral de Justia na Presidncia da Comisso de Concurso, nas hipteses de seu impedimento ou de sua suspeio;V praticar os atos administrativos institucionais que lhe forem delegados pelo Procurador-Geral de Justia. 5. So atribuies do Secretrio-Geral da Procuradoria-Geral de Justia: auxiliar a administrao superior na gerncia administrativa e financeira, na coordenao dos rgos de apoio administrativo, incumbindo-lhe, ainda, promover o relacionamento entre os membros do Ministrio Pblico e a Procuradoria-Geral de Justia. 6. Incumbe aos Assessores Tcnicos o exame de matrias jurdicas previstas em ato do Procurador-Geral de Justia. (NR)1Art. 15. So atribuies do Procurador-Geral de Justia:I - exercer a chefia do Ministrio Pblico, representando-o judicial e extrajudicialmente;II - integrar, como membro nato, convocar e presidir o Colgio de Procuradores de Justia e o Conselho Superior do Ministrio Pblico;III submeter ao Colgio de Procuradores de Justia:a) os projetos de alterao desta Lei;b) os projetos de criao, transformao e extino de cargos da carreira e dos servios auxiliares;c) a proposta oramentria anual.IV - encaminhar ao Poder Legislativo os projetos de lei de iniciativa do Ministrio Pblico;V - praticar atos e decidir sobre questes relativas administrao geral e execuo oramentria do Ministrio Pblico;VI - prover os cargos iniciais da carreira e os cargos dos servios auxiliares, bem como praticar os atos de provimento derivado em todas as suas modalidades;VII - editar atos de aposentadoria, exonerao e outros que importem em vacncia de cargos da carreira ou dos servios auxiliares e atos de disponibilidade de membros do MinistrioPblico e de seus servidores;VIII - designar membros do Ministrio Pblico para:a) ocupar funo de confiana junto aos rgos da Instituio;b) atuar em planto previsto em lei;c) oferecer denncia ou propor ao civil pblica nas hipteses de no confirmao de arquivamento de inqurito policial ou civil, bem como de quaisquer peas de informao;d) acompanhar inqurito policial ou diligncia investigatria;e) assegurar a continuidade dos servios em caso de vacncia, afastamento temporrio, ausncia, impedimento ou suspeio de titular de cargo ou, com o consentimento deste, na forma desta Lei;f) exercer, mediante ato excepcional e fundamentado, as funes processuais afetas a outro membro da Instituio, submetendo sua deciso, previamente, aprovao do Conselho Superior do Ministrio Pblico;g) integrar organismos estatais afetos a sua rea de atuao;h) coordenar as atividades do Grupo de Atuao Especial contra o Crime Organizado.IX - dirimir conflitos de atribuies entre membros do Ministrio Pblico, designando quem deva oficiar no feito;X - decidir, quando lhe couber, sobre processo administrativo disciplinar contra membro do Ministrio Pblico, aplicando as sanes disciplinares cabveis;XI - expedir recomendaes, sem carter normativo, aos rgos do Ministrio Pblico, para o desempenho de suas funes, nos casos em que se mostrar conveniente atuao uniforme;XII - encaminhar ao presidente do Tribunal de Justia a lista sxtupla para o preenchimento de vaga de desembargador destinada a membro do Ministrio Pblico, nos termos da Constituio Federal;XIII - despachar o expediente relativo ao Ministrio Pblico e fornecer informaes sobre os servios prestados;XIV - presidir a Comisso de Concurso para ingresso na carreira do Ministrio Pblico;XV - solicitar Ordem dos Advogados do Brasil a indicao de representante para integrar a Comisso de Concurso;XVI - prorrogar os prazos de posse e incio de exerccio, na forma prevista nesta Lei;XVII - representar, de ofcio ou por provocao do interessado, Corregedoria-Geral da Justia sobre falta disciplinar de magistrado ou de serventurio da Justia;XVIII - fazer publicar, no ms de fevereiro de cada ano, no Dirio da Justia, o quadro do Ministrio Pblico, com a data de posse de seus integrantes e a ordem de antiguidade;XIX requisitar as dotaes oramentrias destinadas ao custeio das atividades do Ministrio Pblico;XX - alterar, na dotao oramentria do Ministrio Pblico, os recursos dos elementos semelhantes, de um para o outro, dentro das consignaes respectivas, de acordo com as necessidades do servio e as normas legais vigentes;XXI - propor a abertura de crdito, na forma da legislao vigente;XXII celebrar convnios com quaisquer rgos municipais, estaduais ou federais, no interesse da Instituio;XXIII proferir voto de qualidade nos rgos colegiados de administrao superior;XXIV requisitar de qualquer autoridade, repartio, cartrio ou ofcio de justia as certides, exames, diligncias e esclarecimentos necessrios ao exerccio de suas funes;XXV determinar instaurao de sindicncia e de processo administrativo disciplinar;XXVI - determinar, sempre que o interesse pblico o exigir, a investigao sumria de fatos tpicos;XXVII expedir carteira de identidade dos membros do Ministrio Pblico;XXVIII - deferir o compromisso e posse dos estagirios, designando-os para funcionar junto aos rgos do Ministrio Pblico;XXIX - baixar normas administrativas oriundas dos rgos de Apoio Administrativo, de acordo com a convenincia do servio e atravs da Secretaria-Geral do Ministrio Pblico;XXX homologar os processos de licitao ou a sua dispensa, nos termos da legislao pertinente;XXXI - contratar servios de terceiros, na forma da lei;XXXII criar equipes especializadas na primeira e na segunda instncia e designar os seus membros;XXXIII avocar, fundamentadamente, inqurito policial ou representao sobre fato criminoso para reexame e adoo de medidas pertinentes;XXXIV convocar ou designar, quando for o caso, membro do Ministrio Pblico para o exerccio de substituio, nos termos desta Lei;XXXV requerer a instaurao de processo para verificao da incapacidade de magistrado, acompanhando-o e requerendo o que for a bem da Justia;XXXVI reclamar ao Conselho Nacional de Justia contra membro do Tribunal de Justia do Estado e requerer, mediante representao fundamentada, avocao de processo disciplinar contra juiz de instncia inferior;XXXVII comunicar ao Procurador-Geral da Repblica a ocorrncia de crime comum ou de responsabilidade, quando a ele couber a iniciativa da ao penal;XXXVIII - determinar as medidas necessrias verificao da incapacidade fsica, mental ou moral dos membros do Ministrio Pblico e dos servidores auxiliares;XXXIX - autorizar, fundamentadamente, em virtude de solicitao baseada em razo de interesse pblico, a alterao de destinao das salas, gabinetes e locais de trabalho do Ministrio Pblico em qualquer edifcio pblico, ouvido o representante do Ministrio Pblico interessado;XL superintender os servios administrativos, nos termos da lei;XLI - tomar compromisso e dar posse aos membros do Ministrio Pblico e aos servidores auxiliares;XLII - conceder frias aos membros do Ministrio Pblico e aos servidores auxiliares;XLIII - conceder licena aos membros do Ministrio Pblico e aos servidores auxiliares;XLIV - delegar suas funes administrativas;XLV - indicar membro do Ministrio Pblico para substituir o Promotor de Justia natural nas funes eleitorais, quando presentes as hipteses de vacncia, ausncia, impedimento ourecusa justificada;XLVI provocar, quando julgar necessrio, o Conselho Superior do Ministrio Pblico para renovar a publicao de edital de vacncia em que no houve interessado;XLVII publicar relatrio anual de atividades do Ministrio Pblico, previamente apresentado aos rgos colegiados;XLVIII - exercer outras atribuies necessrias ao desempenho do seu cargo. 1. vedada a designao de membro do Ministrio Pblico que importe em afastamento do exerccio de sua titularidade, exceo dos casos de convocao, de designao para as funes previstas nesta Lei e de excepcional autorizao do Conselho Superior do Ministrio Pblico. 2. Nos noventa dias que antecedam o pleito para a formao da lista trplice destinada escolha do Procurador-Geral de Justia, o titular no poder, sob pena de nulidade, realizar as designaes previstas no inciso VIII, alnea a deste artigo, exceto nos casos de provimento em decorrncia de morte, aposentadoria ou exonerao em carter definitivo. 3. Feitas as indicaes para o exerccio de funes eleitorais, o Procurador-Geral de Justia encaminhar a relao dos respectivos Promotores de Justia autoridade competente, para os fins de pagamento da remunerao correspondente. 4. O Procurador-Geral de Justia dever apresentar ao Colgio de Procuradores o Plano Estratgico Institucional do Ministrio Pblico, destinado a orientar a consecuo de prioridades nas diversas reas de suas atribuies. 5. O Plano Estratgico Institucional ser formulado pelo Procurador-Geral de Justia, com participao dos rgos de administrao superior, de administrao, de execuo e auxiliares. 6. Os prazos, os requisitos, os procedimentos de elaborao e monitoramento do Plano Estratgico Institucional e seus desdobramentos sero disciplinados em Ato do Procurador- Geral de Justia, observando-se:I durao mnima de 04 (quatro) anos;II apresentao ao Colgio de Procuradores de Justia at 6 (seis) meses antes do trmino do Plano Estratgico Institucional em vigor. 7. O Procurador-Geral de Justia dever cumprir e fazer com que se cumpra o Plano Estratgico Institucional em vigor.

Seo IIDo Colgio de Procuradores de JustiaArt. 16. O Colgio de Procuradores de Justia composto por todos os Procuradores de Justia, incumbindo-lhe:I opinar, por solicitao do Procurador-Geral de Justia ou de um quarto de seus integrantes, sobre matria relativa autonomia do Ministrio Pblico, bem como sobre outras de interesse institucional;II propor ao Procurador-Geral de Justia a criao de cargos e servios auxiliares, modificaes nesta Lei e providncias relacionadas ao desempenho das funes institucionais;III opinar, por solicitao do Procurador-Geral de Justia, sobre os projetos de criao, transformao e extino de cargos e servios auxiliares e os de alterao desta Lei;IV propor ao Poder Legislativo a destituio do Procurador-Geral de Justia na forma doart. 12 desta Lei;V eleger, dentre os seus integrantes, o Corregedor-Geral e o Ouvidor do Ministrio Pblico e lhes dar posse;VI destituir o Corregedor-Geral do Ministrio Pblico na forma do art. 27 desta Lei;VII recomendar ao Corregedor-Geral do Ministrio Pblico a instaurao de sindicncia ou procedimento administrativo disciplinar contra membro do Ministrio Pblico;VIII julgar recurso, com efeito suspensivo, contra deciso:a) de vitaliciamento, ou no, de membro do Ministrio Pblico;b) proferida em processo administrativo disciplinar;c) de indeferimento do pedido de reabilitao;d) de indeferimento de pedido de cessao de cumprimento de pena de disponibilidade;e) proferida em reclamao sobre o quadro geral de antiguidade;f) de recusa nos casos de promoo por antiguidade de membro do Ministrio Pblico prevista no 3 do art. 118 desta Lei;g) de deliberao, por iniciativa de um quarto de seus integrantes ou do Procurador-Geral de Justia, quando este ajuze ao civil de decretao de perda do cargo de membro vitalcio do Ministrio Pblico nos casos previstos nesta Lei.IX - julgar recurso nos demais casos previstos em lei;X - elaborar, aprovar e modificar o seu Regimento Interno;XI - convocar reunio extraordinria do rgo na forma regimental;XII - dar posse e exerccio aos membros do Conselho Superior do Ministrio Pblico;XIII - elaborar o regulamento e as normas do concurso de ingresso na carreira;XIV - sugerir a realizao de correies extraordinrias;XV - conceder licena ao Procurador-Geral de Justia;XVI aprovar o afastamento de membro do Ministrio Pblico para freqentar cursos de ps-graduao, seminrios de aperfeioamento e outros estudos;XVII - tomar conhecimento dos relatrios do Procurador-Geral de Justia;XVIII aprovar o Plano Estratgico Institucional;XIX - exercer outras atribuies previstas em lei.Art. 17. As deliberaes do Colgio de Procuradores de Justia sero tomadas por maioria simples, presente mais da metade de seus integrantes, cabendo tambm a seu Presidente, em caso de empate, o voto de qualidade, respeitadas as hipteses de quorum qualificado previstas nesta Lei. 1. Aplicam-se aos membros do Colgio de Procuradores de Justia as hipteses de impedimento e suspeio da lei processual civil. 2. Nos julgamentos de recursos interpostos em processo administrativo disciplinar, no ter direito a voto o membro do Ministrio Pblico que houver integrado a comisso processante. 3. Para sua eficcia, as decises do Colgio de Procuradores de Justia sero motivadas e publicadas, por extrato, em rgo oficial, no prazo de at quinze dias.Art. 18. O Secretrio do Colgio de Procuradores de Justia ser um Procurador de Justia, eleito, anualmente, pelos seus pares.

Seo IIIDo Conselho Superior do Ministrio PblicoArt. 19. O Conselho Superior do Ministrio Pblico, incumbido de fiscalizar e superintender a atuao da instituio ministerial e velar pelos seus princpios norteadores, integrado pelo Procurador-Geral de Justia e pelo Corregedor-Geral do Ministrio Pblico, como membros natos, e por mais cinco Procuradores de Justia em exerccio, eleitos pelos integrantes da carreira para mandato de dois anos.Art. 20 A eleio dos membros do Conselho Superior do Ministrio Pblico, bem como de seus suplentes, em nmero de cinco, ser regulamentada pelo Colgio de Procuradores deJustia e realizada na sede da Procuradoria-Geral de Justia, na primeira quinzena de dezembro dos anos pares, obedecidos os seguintes preceitos:I - publicao de edital em rgo oficial, com antecedncia mnima de quinze dias do pleito, fixando a data e o horrio da votao;II - proibio do voto por mandatrio, por portador ou por via postal;III - recepo dos votos e apurao pblica, aps o encerramento da votao, por uma comisso designada pelo Procurador-Geral de Justia, constituda por um Procurador de Justia, que a presidir, e por dois Promotores de Justia, com a proclamao imediata dos eleitos;IV - em caso de empate, ser considerado eleito o mais antigo na segunda instncia;persistindo o empate, o mais antigo na carreira e, em caso de continuar a igualdade, o mais idoso;V - os Conselheiros tero como suplentes os Procuradores de Justia seguintes na ordem de votao.Art. 21. So inelegveis para o Conselho Superior:I - o Procurador de Justia que houver exercido as funes de Procurador-Geral de Justia ou de Corregedor-Geral do Ministrio Pblico, nos seis meses que antecederem as eleies,salvo se, a ttulo de substituio, por perodo inferior a 30 (trinta) dias;II - os Procuradores de Justia que o tenham integrado.Pargrafo nico. A inelegibilidade a que se refere o inciso II cessar a partir do momento em que todos os Procuradores de Justia tiverem sido investidos no cargo de membros efetivos do Conselho Superior ou renunciado elegibilidade.Art. 22. O Conselho Superior do Ministrio Pblico se reunir, semanalmente, e, extraordinariamente, por convocao do Procurador-Geral de Justia ou de dois teros dos seus membros. 1. As deliberaes do Conselho Superior do Ministrio Pblico sero tomadas por maioria simples, presente mais da metade de seus integrantes, cabendo a seu Presidente, em caso de empate, o voto de qualidade, respeitadas as hipteses de quorum qualificado previstas nesta Lei. 2. Aplicam-se aos membros do Conselho Superior do Ministrio Pblico as hipteses de impedimento e suspeio da lei processual civil. 3. Funcionar como secretrio do Conselho Superior do Ministrio Pblico o Secretrio- Geral da Procuradoria-Geral de Justia, o qual, em suas faltas ou impedimentos, ser substitudo por um Promotor de Justia designado pelo Presidente.Art. 23. Ao Conselho Superior do Ministrio Pblico incumbe:I - escolher a lista sxtupla a ser enviada ao Tribunal de Justia, para o fim de preenchimento de vaga de desembargador destinada ao Ministrio Pblico, na forma como dispuser resoluo do Conselho Superior do Ministrio Pblico;II - indicar, quando solicitado, membro do Ministrio Pblico com mais de dez anos de carreira para concorrer nomeao ao Conselho Nacional do Ministrio Pblico, bem assim a escolha para integrar o Conselho Nacional de Justia;III - expedir edital de vacncia para preenchimento de cargo vago destinado promoo ou remoo;IV - indicar ao Procurador-Geral de Justia, em lista trplice, os candidatos remoo ou promoo por merecimento;V indicar o nome do mais antigo membro do Ministrio Pblico para remoo ou promoo por antiguidade;VI - aprovar o quadro geral de antiguidade do Ministrio Pblico e decidir sobre as reclamaes que tenham sido formuladas em at quinze dias contados a partir da publicao da lista respectiva;VII - elaborar, no ltimo trimestre do ano, a lista de Promotores de Justia para substituio por convocao;VIII - deliberar sobre pedidos de opo, remoo, permuta e reverso de membros do Ministrio Pblico;IX - decidir sobre vitaliciedade de membros do Ministrio Pblico;X - decidir sobre os processos administrativos disciplinares de sua competncia;XI - decidir sobre abertura de concurso de ingresso para os cargos iniciais da carreira, quando o nmero de vagas exceder a um quinto do quadro respectivo e determinar sua imediata realizao;XII - eleger os membros do Ministrio Pblico que integraro a Comisso do Concurso de ingresso na carreira;XIII expedir o edital do concurso para ingresso na carreira do Ministrio Pblico, homologar o julgamento e elaborar, de acordo com a ordem de classificao, a lista dos aprovados para efeito de nomeao; XIV autorizar, fundamentadamente, o Procurador-Geral de Justia a exercer as funes processuais afetas a outro membro da Instituio;XV - sugerir ao Procurador-Geral de Justia a edio de recomendaes, sem carter vinculativo, aos rgos do Ministrio Pblico para o desempenho de suas funes e a adoo de medidas convenientes ao aprimoramento dos servios;XVI - elaborar, aprovar e modificar seu Regimento Interno;XVII - tomar conhecimento dos relatrios do Procurador-Geral de Justia e do Corregedor- Geral do Ministrio Pblico;XVIII - determinar a instaurao de sindicncia e de processo administrativo disciplinar, sem prejuzo das atribuies dos demais rgos;XIX aprovar ou modificar o Regimento Interno da Corregedoria-Geral do Ministrio Pblico;XX - fixar o valor da verba remuneratria por participao em comisso especial e por realizao de servio extraordinrio de interesse da Instituio;XXI - solicitar informaes ao Corregedor-Geral do Ministrio Pblico sobre a conduta e atuao funcional dos membros da Instituio e sugerir a realizao de correies e de inspeo para a verificao de eventual irregularidade do servio;XXII - decidir sobre o resultado do estgio probatrio;XXIII autorizar o Procurador-Geral a designar Promotor de Justia para atuar em qualquer comarca, em harmonia com o Promotor natural, visando a dinamizar e imprimir maior eficincia da ao institucional, no combate aos crimes de responsabilidade e aos atos de improbidade administrativa;XXIV apreciar e julgar, em ltima e definitiva instncia, recursos interpostos contra decises da Comisso do Concurso; XXV - exercer outras atribuies previstas em lei.Pargrafo nico. Para sua eficcia, as decises do Conselho Superior do Ministrio Pblico sero motivadas e publicadas, por extrato, no rgo oficial, no prazo de at quinze dias.

Seo IVDa Corregedoria-Geral do Ministrio PblicoArt. 24. A Corregedoria-Geral do Ministrio Pblico rgo orientador e fiscalizador das atividades funcionais e da conduta dos membros do Ministrio Pblico, incumbindo-lhe, dentre outras atribuies:I - realizar inspees e correies que digam respeito aos interesses do Ministrio Pblico ou determin-las, inclusive em ofcio de justia e estabelecimentos penais;II - realizar inspees nas Procuradorias de Justia;III - propor ao Conselho Superior do Ministrio Pblico, na forma desta Lei, o no vitaliciamento de membro do Ministrio Pblico;IV fazer recomendaes, sem carter vinculativo, a rgo de execuo;V determinar, de ofcio ou por provocao de rgo da Administrao Superior do Ministrio Pblico, a instaurao de sindicncia ou processo administrativo disciplinar contra membro da Instituio, podendo aplicar a pena de advertncia, na forma desta Lei;VI - encaminhar ao Procurador-Geral de Justia e ao Conselho Superior do Ministrio Pblico os processos administrativos disciplinares que, na forma desta Lei, incumba queles, respectivamente, decidirem;VII - remeter aos demais rgos da Administrao Superior do Ministrio Pblico informaes necessrias ao desempenho de suas atribuies;VIII - apresentar ao Procurador-Geral de Justia e ao Conselho Superior do Ministrio Pblico, na primeira quinzena de fevereiro, relatrio com dados estatsticos sobre as atividades das Procuradorias e Promotorias de Justia relativas ao ano anterior;IX - remeter ao Conselho Superior do Ministrio Pblico relatrio circunstanciado sobre a atuao funcional e pessoal dos Promotores de Justia em estgio probatrio;X - exercer permanente fiscalizao sobre o andamento dos feitos em que funcione o Ministrio Pblico;XI - desempenhar outras atribuies que lhe forem conferidas por lei. 1. A organizao dos servios da Corregedoria ser estabelecida em Regimento Interno elaborado pelo Corregedor-Geral, submetido apreciao do Conselho Superior do Ministrio Pblico. 2. Os cargos comissionados dos rgos de apoio administrativo da Corregedoria-Geral sero providos aps indicao do Corregedor-Geral do Ministrio Pblico.Art. 25. O Corregedor-Geral do Ministrio Pblico ser eleito pelo Colgio de Procuradores de Justia, em votao aberta, dentre os Procuradores de Justia, para mandato de dois anos,permitida uma reconduo por igual perodo e observado o mesmo procedimento. 1. Em caso de empate, ser considerado eleito, sucessivamente, o mais antigo na segunda instncia, o mais antigo na carreira e o mais idoso. 2. A eleio ocorrer em perodo no superior a quarenta, nem inferior a trinta e cinco dias antes do trmino do mandato em curso, e o eleito tomar posse no primeiro dia til aps o trmino do mandato findante e entrar no exerccio perante o colegiado, no prazo legal. 3. Os dois anos de mandato contam-se a partir da posse. 4. Nos casos de renncia, morte ou aposentadoria do Corregedor-Geral, no curso do mandato, realizar-se- eleio no prazo de at quinze dias. 5. Realizar-se-, igualmente, eleio no prazo de at quinze dias, na hiptese de o Corregedor-Geral se afastar, injustificadamente, por mais de sessenta dias consecutivos. 6. Cumprir mandato integral de dois anos o Corregedor-Geral que suceder quele, cujo mandato no concluir. 7. Enquanto no realizada a eleio prevista no 4 deste artigo, como tambm nas faltas ou impedimentos do Corregedor-Geral do Ministrio Pblico, o Procurador-Geral de Justia designar Procurador de Justia para o exerccio temporrio do cargo. 8. Concorrero aludida eleio os Procuradores de Justia que se inscreverem at dez dias antes da realizao da eleio, respeitado o disposto nos pargrafos anteriores, na forma de edital a ser publicado pela Procuradoria-Geral de Justia.Art. 26. O Corregedor-Geral do Ministrio Pblico ser assessorado por trs Promotores de Justia da mais elevada entrncia, por ele indicados e designados pelo Procurador-Geral de Justia, denominados de Promotores-Corregedores.Pargrafo nico. Recusando-se o Procurador-Geral de Justia a designar os Promotores de Justia que lhe forem indicados, o Corregedor-Geral do Ministrio Pblico poder submeter a indicao deliberao do Colgio de Procuradores de Justia.Art. 27. O Corregedor-Geral do Ministrio Pblico poder ser destitudo pelo voto de dois teros dos membros do Colgio de Procuradores de Justia em caso de abuso de poder, prtica de qualquer ato ou conduta incompatvel com as suas atribuies, por representao do Procurador-Geral de Justia ou da maioria dos integrantes do Colgio, assegurada ampla defesa.

CAPTULO IIIDOS RGOS DE ADMINISTRAOSeo IDas Procuradorias de JustiaArt. 28. As Procuradorias de Justia so rgos de administrao do Ministrio Pblico, com cargos de Procurador de Justia e servios auxiliares necessrios ao desempenho dasfunes que lhes forem cometidas nesta Lei. 1. Os Procuradores de Justia tero residncia obrigatria na regio metropolitana da Capital do Estado, salvo autorizao fundamentada do Procurador-Geral de Justia. 2. obrigatria a presena de Procurador de Justia nas sesses de julgamento dos processos da respectiva Procuradoria de Justia, sendo-lhe assegurado intervir para sustentao oral e, como fiscal da lei, usar da palavra quando julgar necessrio. 3. O nmero de cargos de Procurador de Justia nunca ser inferior ao de cargos de Desembargador do Tribunal de Justia da Paraba.Art. 29. As Procuradorias de Justia sero organizadas por resoluo do Colgio de Procuradores de Justia, a partir de proposta do Procurador-Geral de Justia, fixando o nmero de cargos de Procurador de Justia que as integraro e dispondo sobre as normas de organizao interna e de funcionamento. 1. As Procuradorias de Justia so:I Procuradoria de Justia Criminal;II Procuradoria de Justia Cvel;III Procuradoria de Justia dos Direitos Difusos. 2. Cada Procuradoria de Justia escolher, dentre os seus integrantes, anualmente, um Coordenador, que ser responsvel pela direo dos servios administrativos, com atribuies definidas na resoluo a que alude o caput.Art. 30. Em caso de licena, frias individuais ou afastamentos de suas funes, o Procurador de Justia elaborar lista quntupla, dentre os Promotores de Justia integrantes da lista de convocao, para indicao de seu substituto ao Procurador-Geral de Justia, na forma que dispuser Resoluo do Conselho Superior do Ministrio Pblico.Art. 31. Em cada Procuradoria de Justia haver distribuio equitativa dos processos, sempre por sorteio entre os Procuradores de Justia que a integram, observadas, para essefim, as regras de proporcionalidade, especialmente, a alternncia fixada em funo da natureza, volume e espcie dos feitos.Art. 32. As Procuradorias realizaro reunies mensais para tratar de assuntos de seu peculiar interesse e, especialmente, para fixar teses jurdicas sem carter vinculativo.Pargrafo nico. As teses de que trata este artigo sero encaminhadas ao Procurador-Geral de Justia, para conhecimento e publicidade e podero subsidiar a interposio de recursos para os Tribunais Superiores.

Seo IIDas Promotorias de JustiaArt. 33. As Promotorias de Justia so rgos de Administrao do Ministrio Pblico com, pelo menos, um cargo de Promotor de Justia e servios auxiliares necessrios ao desempenho das funes que lhes forem cometidas nesta Lei. 1. As Promotorias de Justia do Estado se classificam como Especializadas e Cumulativas e so as seguintes:I na Comarca de Joo Pessoa: 01 (uma) Promotoria de Justia Criminal, 01 (uma) Promotoria de Justia Cvel, 01 (uma) Promotoria de Justia de Famlia e Sucesses, 01 (uma) Promotoria de Justia da Infncia e da Juventude, 01 (uma) Promotoria de Justia da Fazenda Pblica, 01 (uma) Promotoria de Justia dos Direitos Difusos e 01 (uma) Promotoria de Justia Cumulativa;II na Comarca de Campina Grande: 01 (uma) Promotoria de Justia Criminal, 01 (uma) Promotoria de Justia Cvel, 01 (uma) Promotoria de Justia de Famlia e Sucesses, 01 (uma) Promotoria de Justia da Infncia e da Juventude, 01 (uma) Promotoria de Justia da Fazenda Pblica, 01 (uma) Promotoria de Justia dos Direitos Difusos e 01 (uma) Promotoria de Justia Cumulativa.III nas demais comarcas, 01 (uma) Promotoria de Justia Cumulativa. 2. As atribuies das Promotorias de Justia e dos cargos de Promotor de Justia que as integram sero fixadas por Resoluo do Colgio de Procuradores de Justia, mediante proposta do Procurador-Geral de Justia. 3. A excluso, incluso ou outra modificao nas atribuies das Promotorias de Justia ou dos cargos de Promotor de Justia sero efetuadas por Resoluo do Colgio de Procuradores de Justia, mediante proposta do Procurador-Geral, aprovada por maioria absoluta.Art. 34. Nas Promotorias de Justia com mais de um cargo de Promotor de Justia, haver um coordenador e seu substituto, designado, a cada ano, pelo Procurador-Geral de Justia, ouvido o Conselho Superior do Ministrio Pblico, com as seguintes atribuies:I - dirigir as reunies mensais internas;II - dar posse aos auxiliares administrativos nomeados pelo Procurador-Geral de Justia;III - organizar e superintender os servios auxiliares da Promotoria de Justia, distribuindo tarefas e fiscalizando os trabalhos executados, na forma do Regimento Interno aprovado pelo Colgio de Procuradores de Justia;IV - presidir os processos administrativos relativos s infraes funcionais dos seus servidores auxiliares, decidindo sobre as respectivas sanes, ressalvada a competncia do Procurador-Geral de Justia;V - fiscalizar, na forma do seu Regimento Interno, a distribuio equitativa dos autos em que cada Promotor de Justia deva funcionar;VI - representar o Ministrio Pblico nas solenidades oficiais;VII - velar pelo bom funcionamento da Promotoria e o perfeito entrosamento de seus membros, respeitada a autonomia e a independncia funcional que lhes prpria, encaminhando aos rgos de administrao superior do Ministrio Pblico as sugestes para o aprimoramento dos seus servios.Pargrafo nico Nas Promotorias de Justia de que trata este artigo, a denominao de cada cargo ser precedida do nmero indicativo da ordem de sua criao.Art. 35. A elevao ou rebaixamento da comarca no importa alterao funcional do titular da Promotoria de Justia correspondente, que poder optar por nela ter exerccio ou serremovido para outra Promotoria de Justia de entrncia idntica quela anteriormente ocupada.Art. 36. O Promotor de Justia natural poder concordar com a designao de outro Promotor de Justia, para com ele funcionar, conjunta ou separadamente, em matria de sua atribuio, desde que assim discipline o Procurador-Geral de Justia em ato fundamentado.

CAPTULO IVDOS RGOS DE EXECUOSeo IDas Funes GeraisArt. 37. Alm das funes previstas nas Constituies federal, estadual e em outras leis, incumbe ainda ao Ministrio Pblico:I - propor a ao de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais, face Constituio Estadual;II - promover a representao de inconstitucionalidade para efeito de interveno do Estado nos Municpios;III - promover, privativamente, a ao penal pblica, na forma da lei;IV - promover o inqurito civil e a ao civil pblica, na forma da lei, para:a) a proteo dos direitos constitucionais;b) a proteo, a preveno e a reparao dos danos causados ao meio ambiente, ao consumidor, aos bens e direitos de valor artstico, esttico, histrico, turstico e paisagstico;c) a proteo dos interesses individuais indisponveis, difusos e coletivos, relativos famlia, criana, ao adolescente, ao idoso, ao consumidor, cidadania e s minorias tnicas;d) a anulao ou declarao de nulidade de atos lesivos ao patrimnio pblico ou moralidade administrativa do Estado ou dos Municpios, de suas administraes indiretas ou fundacionais ou de entidades privadas de que participe o Poder Pblico.V - manifestar-se nos processos em que sua presena seja obrigatria por lei e, ainda, sempre que cabvel a interveno, para assegurar o exerccio de suas funes institucionais, no importando a fase ou o grau de jurisdio em que se encontrem os processos;VI - exercer a fiscalizao dos estabelecimentos prisionais e dos que abriguem idosos, crianas e adolescentes, incapazes ou pessoas com deficincia;VII - impetrar habeas corpus, habeas data, mandado de injuno e mandado de segurana quando o fato disser respeito sua rea de atribuio funcional;VIII - ingressar em juzo, de ofcio, para responsabilizar gestor de dinheiro pblico condenado pelo Tribunal de Contas;IX - propor, quando cabvel, ao de responsabilidade do fornecedor de produtos e servios, em defesa do consumidor;X - fiscalizar, nos cartrios ou reparties em que funcione, o andamento dos processos e servios, usando das medidas necessrias apurao da responsabilidade de titulares de ofcios, serventurios da justia ou funcionrios;XI - exercer o controle externo da atividade policial, atravs de medidas judiciais e administrativas, visando a assegurar a correo de ilegalidades e de abusos de poder, bem assim, a indisponibilidade da persecuo penal, podendo:a) ter ingresso e realizar inspees em estabelecimentos policiais, civis ou militares ou prisionais;b) requisitar providncias para sanar a omisso indevida ou para prevenir ou corrigir ilegalidade ou abuso de poder;c) ter livre acesso a quaisquer documentos relativos atividade policial;d) requisitar informaes sobre andamento de inquritos policiais, bem como sua imediataremessa, caso j esteja esgotado o prazo para a sua concluso;e) ser informado de todas as prises realizadas, com indicao do lugar onde se encontra o preso;f) requisitar autoridade competente a abertura de inqurito para apurao de fato ilcito ocorrido no exerccio da atividade policial;g) requisitar o auxlio de fora policial.Pargrafo nico. vedado o exerccio das funes do Ministrio Pblico a pessoas a ele estranhas, sob pena de nulidade do ato praticado.Art. 38. No exerccio de suas funes, o membro do Ministrio Pblico poder:I - instaurar inquritos civis e outras medidas e procedimentos administrativos pertinentes e, para instru-los:a) expedir notificaes para colher depoimentos ou esclarecimentos e, em caso de no comparecimento injustificado, requisitar conduo coercitiva, inclusive pela Polcia Civil ou Militar, ressalvadas as prerrogativas previstas em lei;b) requisitar informaes, exames, percias e documentos de autoridades municipais, estaduais e federais, bem como dos rgos e entidades da administrao direta, indireta ou fundacional, de qualquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios;c) promover inspees e diligncias investigatrias junto s autoridades, rgos e entidades a que se refere a alnea anterior.II - requisitar informaes, exames, percias e documentos a entidades privadas, para instruir procedimento ou processo em que oficie;III - requisitar autoridade competente a instaurao de sindicncia ou procedimento administrativo cabvel, podendo acompanh-los e produzir provas;IV - requisitar, fundamentadamente, diligncias investigatrias e a instaurao de inqurito policial, podendo acompanh-los e produzir provas;V - praticar atos administrativos executivos de carter preparatrio;VI - dar publicidade aos procedimentos administrativos, ressalvadas as hipteses de sigilo previstas em lei;VII - sugerir ao poder competente a edio de normas e a alterao da legislao em vigor, bem como a adoo de medidas propostas, destinadas preveno e controle da criminalidade;VIII - manifestar-se em qualquer fase dos processos, por sua iniciativa, ou mediante acolhimento de solicitao do juiz ou da parte, quando entender existente interesse em causa que justifique a interveno;IX - requisitar da Administrao Pblica servio temporrio de servidores civis e de policiais militares e meios materiais necessrios para a realizao de atividades especficas;X - ter a palavra, pela ordem, perante qualquer juzo ou tribunal, para replicar acusao ou censura que lhe tenha sido feita ou Instituio;XI - levar ao conhecimento do Procurador-Geral de Justia e do Corregedor-Geral do Ministrio Pblico fatos que possam ensejar processo administrativo disciplinar ou representao;XII - utilizar-se dos meios de comunicao do Estado, no interesse do servio;XIII - ter livre acesso a qualquer local pblico ou privado, respeitadas as normas constitucionais pertinentes inviolabilidade do domiclio. 1. As notificaes e requisies previstas neste artigo, quando tiverem como destinatrios o Governador do Estado, os membros do Poder Legislativo, os desembargadores, os procuradores de justia e os conselheiros do Tribunal de Contas do Estado, sero encaminhadas pelo Procurador-Geral de Justia. 2. Nenhuma autoridade poder recusar ao Ministrio Pblico, sob qualquer pretexto, exceo de sigilo previsto em lei, informao, registro, dado ou documento, sem prejuzo da subsistncia do carter reservado do que lhe for fornecido. 3. O membro do Ministrio Pblico ser responsvel pelo uso indevido das informaes e documentos que requisitar, inclusive nas hipteses legais de sigilo. 4. Sero cumpridas, gratuitamente, as requisies feitas pelo Ministrio Pblico s autoridades, rgos e entidades da Administrao Pblica direta, indireta ou fundacional, dequalquer dos Poderes da Unio, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municpios. 5. A recusa injustificvel e o retardamento indevido do cumprimento das requisies do Ministrio Pblico implicaro responsabilizao de quem lhe der causa. 6. A falta ao trabalho em virtude de atendimento notificao ou requisio, na forma da alnea "a" inciso I deste artigo, no autoriza desconto de vencimentos ou salrios, considerando-se de efetivo exerccio, para todos os efeitos, mediante comprovao escrita do membro do Ministrio Pblico. 7. As requisies do Ministrio Pblico sero feitas, fixando-se prazo razovel de at dez dias teis para atendimento, prorrogvel mediante solicitao justificada. 8. Toda representao ou petio formulada ao Ministrio Pblico ser distribuda entre os membros da Instituio que tenham atribuies para apreci-la, observados os critrios fixados pelo Colgio de Procuradores de Justia.Art. 39. Cabe ao Ministrio Pblico exercer a defesa dos direitos assegurados nas constituies e nas leis, sempre que se cuidar de garantir-lhe o respeito:I - pelos poderes estadual ou municipais;II - pelos rgos da administrao pblica estadual ou municipal, direta ou indireta;III - pelos concessionrios e permissionrios de servio pblico estadual ou municipal;IV - por entidades que exeram outra funo delegada do Estado ou do Municpio ou executem servio de relevncia pblica.Pargrafo nico. No exerccio das atribuies a que se refere este artigo, cabe ao Ministrio Pblico, entre outras providncias:I - receber notcia de irregularidades, peties ou reclamaes de qualquer natureza, promover as apuraes cabveis e dar-lhes as solues adequadas;II - zelar pela celeridade e racionalizao dos procedimentos administrativos;III - dar andamento, no prazo de trinta dias, s notcias de irregularidades, peties ou reclamaes constantes do inciso I deste pargrafo.

Seo IIDo Procurador-Geral de JustiaArt. 40. So atribuies do Procurador-Geral de Justia:I - promover ao direta de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou municipais, em face da Constituio Estadual;II representar, para fins de interveno do Estado no Municpio, com o objetivo de assegurar a observncia de princpios indicados na Constituio Estadual ou prover a execuo de lei, de ordem ou de deciso judicial;III - representar ao Procurador-Geral da Repblica, para fins de interveno da Unio no Estado, nos casos previstos na Constituio Federal;IV - representar o Ministrio Pblico nas sesses plenrias do Tribunal de Justia e em outros rgos judicirios, com assento imediatamente direita e no mesmo plano do presidente;V - ajuizar ao penal de competncia originria dos tribunais, nela oficiando;VI - oficiar nos processos de competncia originria do Tribunal de Justia, na forma da lei;VII - determinar o arquivamento de representao, notcia de crime, peas de informao, concluso de comisses parlamentares de inqurito, nas hipteses de suas atribuies legais;VIII - tomar conhecimento de despacho judicial que negar pedido de arquivamento de inqurito policial ou de qualquer pea de informao, podendo oferecer a denncia, designar outro membro do Ministrio Pblico para faz-lo ou insistir no arquivamento.IX - exercer as atribuies estabelecidas pelo art. 129, incisos II e III, da Constituio Federal, quando a autoridade reclamada for o Governador do Estado, o Presidente da Assembleia Legislativa ou os presidentes de tribunais, bem como quando contra estes, por ato praticado em razo de suas funes, deva ser ajuizada a competente ao;X - representar ao Procurador-Geral da Repblica sobre lei ou ato normativo que infrinja a Constituio Federal;XI - delegar a membro do Ministrio Pblico suas funes de rgo de execuo;XII exercer as atribuies previstas nas Constituies Federal e Estadual e em outras leis, bem como outras necessrias ao desempenho de seu cargo. 1. As atribuies previstas no inciso IX deste artigo sero exercidas pelo Procurador de Justia mais antigo e desimpedido, quando a autoridade for o Procurador-Geral de Justia. 2. O ato de determinar o arquivamento a que se refere o inciso VII deste artigo poder ser revisto pelo Colgio de Procuradores de Justia, por iniciativa da maioria e deliberao de dois teros dos seus integrantes.

Seo IIIDo Colgio de Procuradores de JustiaArt. 41. Cabe ao Colgio de Procuradores de Justia:I - rever, mediante requerimento de legtimo interessado, deciso do Procurador-Geral de Justia, nos casos de sua atribuio originria, acerca de arquivamento do inqurito policial ou de peas de informao;II rever o ato do Procurador Geral de Justia praticado no exerccio de funes processuais afetas a outro membro da instituio, mediante provocao deste, no prazo de cinco dias.

Seo IVDo Conselho Superior do Ministrio PblicoArt. 42. Cabe ao Conselho Superior do Ministrio Pblico rever o arquivamento de inqurito civil, na forma da lei.

Seo VDos Procuradores de JustiaArt. 43. So atribuies do Procurador de Justia:I - exercer as atribuies do Ministrio Pblico junto ao Tribunal de Justia, inclusive, por delegao, as do Procurador-Geral de Justia;II - interpor recursos nos processos em que oficiar, sempre que forem desatendidos os interesses tutelados pelo Ministrio Pblico;III - tomar cincia, pessoalmente, vista dos autos, das decises proferidas nos feitos em que tenha oficiado;IV - realizar inspeo permanente, nos autos em que oficiar, comunicando, trimestralmente, Corregedoria-Geral do Ministrio Pblico acerca da qualidade dos trabalhos, salvo noscasos de urgncia, quando a comunicao ser imediata;V - assistir e auxiliar o Procurador-Geral de Justia, quando designado;VI substituir, eventualmente, Procurador de Justia;VII - integrar o Colgio de Procuradores de Justia;VIII - integrar comisso de procedimento administrativo disciplinar;IX - integrar Comisso de Concurso e Comisso de Elaborao Legislativa.

Seo VIDos Promotores de JustiaArt. 44. So atribuies do Promotor de Justia:I - impetrar habeas corpus, habeas data, mandado de injuno, mandado de segurana e requerer correio parcial ou reclamao;II - atender a qualquer do povo, tomando as providncias cabveis;III - oficiar perante a Justia Eleitoral de primeira instncia, com as atribuies do Ministrio Pblico Eleitoral previstas em lei;IV - promover diligncias e requisitar documentos, certides e informaes de qualquer repartio pblica ou rgo federal ou municipal, da administrao direta, indireta ou fundacional, podendo dirigir-se diretamente a qualquer autoridade, ressalvadas as hipteses previstas no 1 do art. 38 desta Lei;V - substituir membro do Ministrio Pblico, na forma desta Lei;VI - integrar Comisso de Concurso e Comisso de Elaborao Legislativa;VII - integrar comisso de procedimento administrativo disciplinar;VIII - exercer funes nos rgos do Ministrio Pblico para os quais for designado;IX - fiscalizar o cumprimento dos mandados de priso, das requisies e das demais medidas determinadas pelos rgos judiciais e do Ministrio Pblico;X inspecionar as cadeias e os presdios do Estado, adotando as medidas necessrias preservao dos direitos e garantias individuais, da higiene e da decncia no tratamento dos presos;XI - assistir s correies procedidas pela Corregedoria-Geral da Justia;XII instaurar e instruir procedimentos administrativos para apurao de fatos relacionados com suas atribuies, ingressando em juzo com as aes cabveis;XIII celebrar termos de ajustamento de conduta;XIV exercer outras atribuies e desempenhar outras funes previstas em lei ou resoluo do Colgio de Procuradores de Justia.Art. 45. Em matria criminal, so atribuies do Promotor de Justia:I - exercer as atribuies conferidas ao Ministrio Pblico pela legislao penal, processual penal e de execues penais;II - requisitar a instaurao de inqurito policial, quando necessrio propositura da ao penal pblica;III - acompanhar atos investigatrios junto a organismos policiais ou administrativos, quando assim considerar conveniente apurao de infraes penais ou se designado peloProcurador-Geral de Justia;IV - requerer, nos crimes de ao penal privada, a nomeao de curador especial para que exera o direito de queixa, quando o ofendido for menor de dezoito anos, deficiente ou enfermo mental e no tiver representante legal ou colidirem os interesses deste com os daqueles;V - inspecionar os estabelecimentos prisionais, carcerrios e penitencirios existentes na comarca, pelo menos uma vez por ms, relatando suas observaes ao Corregedor-Geral do Ministrio Pblico, adotando as medidas e diligncias necessrias remoo das irregularidades constatadas;VI - contra-arrazoar os recursos interpostos, como Promotor de Justia natural, quando haja protesto pelo oferecimento das razes em superior instncia;VII - manifestar-se sempre sobre a concesso de liberdade provisria;VIII - remeter ao Ministrio da Justia, de ofcio, at trinta dias aps o trnsito em julgado, cpia de sentena condenatria de estrangeiro autor de crime doloso, bem como a folha de antecedentes penais constante dos autos;IX - diligenciar, logo que transite em julgado sentena condenatria, quanto remoo de sentenciado do estabelecimento prisional em que se encontrar recolhido, para o fim de cumprimento da pena;X - diligenciar a remoo do detento que manifeste sinais evidentes de enfermidade mental, a fim de ser submetido a exame em casa de custdia e tratamento;XI - propor a unificao das penas impostas aos condenados;XII - assistir qualificao dos jurados, bem como ao sorteio dos que devam compor o Tribunal do Jri;XIII - relatar ao Procurador-Geral de Justia os casos de providncia especial;XIV - atuar perante o Conselho de Justia Militar, devendo acompanhar e fiscalizar o sorteio para a sua composio;XV exercer o controle externo da atividade policial na forma como dispuser Resoluo do Colgio de Procuradores de Justia;XVI - exercer outras atribuies previstas em lei.Art. 46. Em matria falimentar, so atribuies do Promotor de Justia:I - exercer as atribuies que forem conferidas ao Ministrio Pblico nos casos de recuperao judicial e de falncia;II - intervir nas aes propostas pela massa falida ou contra ela;III - exercer as funes atribudas ao Ministrio Pblico em processo de execuo por quantia certa contra devedor insolvente;IV - exercer as funes do Ministrio Pblico na interveno e liquidao de instituies financeiras, de cooperativas de crdito, de sociedades ou empresas que integrem o sistema de distribuio de ttulos ou valores mobilirios no mercado de capitais, de sociedades ou empresas corretoras de cmbio e de pessoas jurdicas que com elas tenham vnculo de interesse, bem como em seus incidentes;V - exercer outras atribuies previstas em lei.Art. 47. Em matria de registros pblicos, so atribuies do Promotor de Justia:I - oficiar nos feitos contenciosos e nos procedimentos administrativos relativos a:a) retificao, averbao ou cancelamento de registros imobilirios ou de suas respectivas matrculas;b) retificao, averbao ou cancelamento de registro civil das pessoas naturais;c) retificao, averbao ou cancelamento de registros em geral;d) cancelamento e demais incidentes correcionais dos protestos;e) trasladao de assentos de nascimento, bito e de casamento de brasileiros, efetuados em pas estrangeiro;f) justificaes que devam produzir efeitos no registro civil das pessoas naturais;g) pedidos de registro de loteamento ou desmembramento de imveis, suas alteraes e demais incidentes, inclusive notificao por falta de registro ou ausncia de regular execuo;h) dvidas e representaes apresentadas pelos oficiais de Registros Pblicos quanto aos atos de seus ofcios.II - exercer fiscalizao sobre cartrios junto aos quais oficie, procedendo a inspees peridicas e sempre que julgar necessrias;III - oficiar nos processos de habilitao de casamento, determinando o que for conveniente sua regularidade;IV - exercer, no que se refere a casamento, a inspeo e fiscalizao dos cartrios de registro civil;V - oficiar nos pedidos de converso de unio estvel em casamento;VI - oficiar nos pedidos de registro de casamento nuncupativo;VII - exercer outras atribuies previstas em lei.Art. 48. Em matria de fundaes, so atribuies do Promotor de Justia:I - manter cadastro atualizado das fundaes registradas em sua rea de atuao, com os registros necessrios a subsidiar o acompanhamento, atravs de visitas peridicas e fiscalizao devidas;II - analisar o estatuto, suas respectivas alteraes, aprovando-o, denegando a aprovao ou indicando as modificaes que entender necessrias e, se no o fizerem o instituidor ou aqueles a quem este cometeu o encargo, elabor-lo;III - requerer que os bens destinados, quando insuficientes para constituir a fundao, sejam incorporados ao patrimnio de outra fundao que se proponha a fim igual ou semelhante, se de outro modo no tiver disposto o instituidor;IV - promover a remoo dos administradores das fundaes nos casos de negligncia ou prevaricao e a nomeao de quem os substitua, salvo disposio em contrrio no respectivo estatuto ou ato constitutivo;V - aprovar a prestao de contas, podendo, para tanto, notificar quaisquer responsveis por fundaes que recebam legados, subvenes ou outros benefcios, para prestarem contas de sua administrao, quando no o fizerem no prazo estatutrio e, em caso de desatendimento, promover a ao prpria, inclusive para a sua extino;VI - promover o sequestro dos bens da fundao ilegalmente alienados e as aes necessrias anulao dos atos praticados sem observncia das prescries legais, bem como promoveroutras medidas cautelares que se fizerem necessrias;VII - intervir nos procedimentos especiais de jurisdio contenciosa ou voluntria em que houver interesse de fundao, sob pena de nulidade do processo;VIII - requisitar, se no enviados no prazo de seis meses do trmino do exerccio financeiro, balano contbil, relatrio das atividades desenvolvidas, cpia das atas de eleies dos rgos administrativos e outros documentos de interesse da fundao, para fiscalizar o cumprimento de normas estatutrias, bem como a destinao de seus recursos;IX - fiscalizar, mediante avaliao prvia, o processo para aquisio ou alienao de bens imveis ou de considervel valor, pela fundao;X - exercer outras atribuies previstas em lei.Pargrafo nico: As atribuies do Promotor de Justia previstas neste artigo so extensivas a todas as entidades no governamentais quando subvencionadas com recursos pblicos e as todas as organizaes da sociedade civil de interesse pblico.Art. 49. Em matria de fazenda pblica, so atribuies do Promotor de Justia, quando cabvel sua interveno, oficiar em todas as causas, especialmente, no mandado de segurana e na ao popular.Art. 50. Em matria de famlia, sucesses, incapazes e ausentes, ressalvadas as atribuies em matria de criana e adolescente, so atribuies do Promotor de Justia, quando cabvel sua interveno:I - funcionar nos processos de divrcio, nas aes de nulidade ou anulao de casamento, assim como nos pedidos de alterao de regime de bens;II - oficiar em todas as causas relativas ao estado de pessoa, poder familiar, tutela, curatela, unio estvel e guarda de filhos menores, nas questes entre pais ou entre estes e terceiros;III - propor e acompanhar as aes de suspenso e destituio do poder familiar, bem como, nas hipteses cabveis e tendo elementos suficientes, promover a ao de investigao de paternidade;IV - propor ao de nulidade de casamento;V - requerer remoo, suspenso, destituio de tutor ou curador e acompanhar as aes da mesma natureza por outrem propostas, bem como reger a pessoa do incapaz e administrarlheos bens nos termos da lei processual civil, at que assuma o exerccio do cargo o tutor ou curador nomeado pelo Juiz;VI - promover a especializao e inscrio de hipotecas legais e a prestao de contas do tutor, curador e de qualquer administrador de bens de incapazes, assim como intervir na remisso de hipotecas legais;VII - assistir alienao judicial de bens de incapazes e ausentes;VIII - fiscalizar o recolhimento, movimentao e levantamento de dinheiro, ttulos de crditos ou outros valores pertencentes a incapazes e ausentes;IX - promover a recuperao e sequestro de bens de incapazes, quando ilegalmente transmitidos, locados ou arrendados, diligenciando para a instaurao de procedimento criminal contra os responsveis por dilapidao dos citados bens;X - promover, por iniciativa prpria ou provocao de terceiros, as aes tendentes anulao de atos ou contratos lesivos aos interesses de incapazes;XI - intervir nos pedidos relativos venda de bens de incapazes;XII - propor, em nome de interditos, ao de alimentos contra as pessoas obrigadas por lei a prest-los;XIII - requerer interdio, nos casos previstos em lei, e promover a defesa dos interesses do interditando nas aes propostas por terceiros;XIV - velar pela proteo da pessoa e dos bens do doente mental, na forma da legislao pertinente;XV - requerer instaurao e andamento de inventrios e arrolamentos, bem como prestao de contas, quando houver interesse de incapazes, intervindo nos que forem ajuizados porterceiros;XVI - requerer a abertura de sucesso provisria ou definitiva do ausente e promover o respectivo processo at o final;XVII - funcionar em todos os termos do inventrio ou arrolamento dos bens de ausentes, de habilitao de herdeiros e justificaes devidas que neles se fizerem;XVIII - intervir nas arrecadaes e servir de curador herana;XIX - promover as diligncias tendentes a assegurar o pleno exerccio do direito de testar;XX - requerer a exibio de testamento para ser aberto e registrado, no prazo legal;XXI - reclamar da deciso que nomeie testamenteiro;XXII - diligenciar para que o testamenteiro nomeado preste o competente compromisso e, terminado o prazo para o cumprimento do testamento, sejam prestadas contas;XXIII - dizer sobre o arbitramento da vintena;XXIV - promover a recuperao ou sequestro de bens da testamentria em poder do testamenteiro, juzo ou escrivo, havidos por compra, ainda que em hasta pblica;XXV - promover a execuo da sentena proferida contra testamenteiros;XXVI - intervir em todos os feitos relativos a testamentos e resduos;XXVII - oficiar nos feitos em que se discuta clusula restritiva, imposta ao testamento ou doao;XXVIII - diligenciar a instaurao de processo criminal contra os tutores, curadores e administradores que houverem dissipado os bens de incapazes e ausentes;XXIX - funcionar nos processos de sub-rogao de bens inalienveis, nos de extino de usufruto ou fideicomisso e, em geral, nos inventrios em que houver testamento;XXX - promover a exibio e registro dos testamentos em juzo e a intimao do testamenteiro para dar-lhe cumprimento;XXXI - opinar na interpretao de verba testamentria e promover as medidas necessrias execuo dos testamentos e conservao dos bens do testador;XXXII - funcionar nas aes de nulidade ou anulao de testamento e demais feitos que interessem a sua execuo;XXXIII - requerer a prestao de contas dos testamenteiros e a aplicao das penas legais;XXXIV - requerer a intimao dos testamenteiros para prestarem compromisso;XXXV - requerer a remoo dos testamenteiros negligentes ou prevaricadores, promovendo a prestao de contas, independentemente do prazo fixado pelo testador ou pela lei;XXXVI - requerer a execuo de sentena contra os testamenteiros;XXXVII - diligenciar pela arrecadao dos resduos, quer para sua entrega Fazenda Pblica, quer para o cumprimento do testamento;XXXVIII - intervir nas causas em que houver interesses de incapaz, fiscalizando a atuao do seu representante, mesmo que este seja o curador especial nomeado na forma das leis civil e processual, podendo inclusive, quando for o caso, aditar a petio inicial e a contestao, sem prejuzo do eventual oferecimento de excees;XXXIX - homologar acordos extrajudiciais, quando houver interesse de incapazes;XL - emitir parecer e propor as medidas que visem garantia dos interesses do nascituro;XLI - requerer a arrecadao de bens de ausentes, assistindo pessoalmente s diligncias;XLII - exercer vigilncia sobre os bens de ausentes, depositados em juzo ou confiados a curadores;XLIII - promover a arrecadao e a venda judicial dos bens de qualquer natureza, de fcil deteriorizao ou de guarda ou conservao dispendiosa ou arriscada, nos casos legais;XLIV - exercer outras atribuies previstas em lei.Art. 51. Na defesa dos direitos do cidado, do idoso, do deficiente e da vtima do acidente de trabalho, so atribuies do Promotor de Justia:I - atuar para garantia do efetivo respeito dos direitos do cidado, do idoso, do portador de deficincia e de vtima de acidente do trabalho pelos poderes pblicos, procedendo da seguinte maneira:a) notificar, de ofcio ou mediante representao, a autoridade apontada como autora do desrespeito, para que preste informao no prazo que assinalar, no inferior a cinco dias teis;b) recebidas ou no as informaes e instrudo o caso, se a concluso for no sentido de que os direitos do cidado esto sendo desrespeitados, notificar o responsvel para que tome asprovidncias necessrias a prevenir ou fazer cessar o desrespeito;II - instaurar o inqurito civil e promover a ao civil pblica, acompanhando-a at seu final;para a defesa dos interesses difusos, coletivos e individuais homogneos em matria de direitos do cidado, do idoso, do deficiente e da vtima do acidente de trabalho, salvo quando em matria do cidado, em face da especificidade, a atribuio couber a outro rgo do Ministrio Pblico;III - oficiar nas aes acidentrias, inclusive nas revises dos seus julgados;IV - promover a anulao das convenes tendentes a alterar, impedir ou contrariar a aplicao da lei de acidentes do trabalho;V - diligenciar para a instaurao do procedimento policial, quando for o caso;VI - providenciar, por provocao da vtima de acidente do trabalho ou de seu representante, para que quela seja ministrado tratamento mdico, hospitalar e farmacutico conveniente;VII - fiscalizar junto aos rgos pblicos e privados, estaduais e municipais, as Comisses Internas de Preveno de Acidentes de Trabalho;VIII - exercer outras atribuies previstas em lei.Art. 52. Em matria da criana e do adolescente so atribuies do Promotor de Justia:I - exercer as atribuies conferidas ao Ministrio Pblico no Estatuto da Criana e do Adolescente e na legislao correlata;II - participar de organismos de defesa da Criana e do Adolescente, quando obrigatria ou conveniente a participao do Ministrio Pblico;III - intervir nos processos que envolvam interesses da criana e do adolescente;IV - intervir nos processos que envolvam interesses de entidades pblicas ou privadas que tenham por objeto a proteo da criana e do adolescente;V - fiscalizar as entidades relacionadas com os interesses da criana e do adolescente, bem como as casas de diverses de todos os gneros e os estabelecimentos comerciais, fabris e agrcolas, promovendo as medidas que se fizerem necessrias;VI - instaurar o inqurito civil e promover a ao civil pblica para a defesa dos direitos e interesses constitucionais e legais da criana e do adolescente;VII - diligenciar para a instaurao de procedimento policial, quando for o caso;VIII - exercer outras atribuies previstas em lei.Art. 53. Em matria de consumidor, so atribuies do Promotor de Justia:I - exercer as atribuies conferidas ao Ministrio Pblico na legislao que disciplina as relaes de consumo;II - fiscalizar o fornecimento de produtos e servios, tomando as providncias necessrias no sentido de que se ajustem s disposies legais e regulamentares;III - instaurar o inqurito civil e promover a ao civil pblica para a defesa dos interesses difusos, coletivos e individuais homogneos em matria de consumo;IV - diligenciar para a instaurao de procedimento policial, quando for o caso;V - exercer outras atribuies previstas em lei.Art. 54. Em matria de meio ambiente e da defesa dos bens e direitos de valor artstico, esttico, histrico, turstico, urbanstico e paisagstico so atribuies do Promotor de Justia:I - instaurar o inqurito civil e promover a ao civil pblica para a defesa dos interesses difusos, coletivos e individuais homogneos em matria de meio ambiente;II - requisitar ao empreendedor o estudo do impacto ambiental sempre que houver possibilidade de leso ao meio ambiente;III - diligenciar para a instaurao de procedimento policial, quando for o caso;IV - exercer outras atribuies previstas em lei.Art. 55. Em matria do patrimnio pblico e social so atribuies do Promotor de Justia:I - instaurar o inqurito civil e promover a ao civil pblica para a defesa do patrimnio, dos bens e direitos previstos neste artigo;II - diligenciar para a instaurao de procedimento policial, quando for o caso;III - exercer outras atribuies previstas em lei.

Seo VIIDo Ncleo de Controle Externo da Atividade PolicialArt. 56 - O Ncleo de Controle Externo da Atividade Policial, nos termos do art. 129, VII, da Constituio Federal, rgo de execuo, com sede na Capital e atribuies em todo o Estado da Paraba, responsvel pelo controle da atividade dos rgos relacionados nos arts. 42 a 48 da Constituio Estadual; 1. O Ncleo ser coordenado por um Procurador de Justia ou por um Promotor de Justia a mais elevada entrncia, auxiliado por dois Promotores de Justia designados pelo Procurador-Geral de Justia, todos com atuao exclusiva; 2. A atuao do Ncleo, na esfera judicial, se dar em conjunto com o rgo do Ministrio Pblico com atribuies especficas para o caso, com a concordncia deste, sem prejuzo do exerccio do controle difuso.Art. 57. O Ncleo de Controle Externo da Atividade Policial tem como objetivo manter a regularidade e a adequao dos procedimentos empregados na execuo da atividade policialjudiciria, bem como a integrao das funes do Ministrio Pblico e das Polcias voltadas para a persecuo penal e o interesse pblico, atentando, especialmente, para:I o respeito aos direitos fundamentais assegurados na Constituio Federal e nas leis;II preservao da ordem pblica, da incolumidade das pessoas e do patrimnio pblico;III a preveno da criminalidade;IV a finalidade, a celeridade, o aperfeioamento e a indisponibilidade da persecuo penal;V a preveno ou a correo de irregularidade, ilegalidade ou de abuso de poder relacionados atividade de investigao criminal;VI a superao de falhas na produo probatria, inclusive tcnicas, para fins de investigao criminal;VII a probidade administrativa no exerccio da atividade policial.Art. 58. As especificidades das atribuies do Ncleo de Controle Externo da Atividade Policial sero estabelecidas por meio de Resoluo do Colgio de Procuradores de Justia.

CAPTULO VDOS RGOS AUXILIARESSeo IDos Centros de Apoio OperacionalArt. 59. Os Centros de Apoio Operacional so rgos auxiliares da atividade funcional do Ministrio Pblico, incumbindo-lhes:I - apresentar ao Procurador-Geral de Justia propostas e sugestes para:a) elaborao da poltica institucional e de programas especficos;b) alteraes legislativas ou edio de normas jurdicas;c) realizao de convnios;d) realizao de cursos, palestras e outros eventos;e) edio de atos e instrues, sem carter vinculativo, tendentes melhoria do servio do Ministrio Pblico;II - responder pela execuo dos planos e programas das respectivas reas especializadas;III - acompanhar as polticas nacional e estadual afetas s suas reas;IV - estimular a integrao e o intercmbio entre rgos de execuo que atuem na mesma rea e que tenham atribuies comuns;V - prestar auxilio aos rgos de execuo do Ministrio Pblico na instruo de inquritos civis ou na preparao e proposio de medidas processuais;VI - remeter informaes tcnico-jurdicas, sem carter vinculativo, aos rgos ligados sua atividade;VII - promover o levantamento peridico das necessidades materiais das Promotorias de Justia, adotando as providncias necessrias para supri-las;VIII - zelar pelo cumprimento das obrigaes do Ministrio Pblico, decorrentes de convnios firmados;IX - receber representaes e expedientes, encaminhando-os para os rgos de execuo;X - estabelecer intercmbio permanente com entidades, rgos pblicos ou privados que atuem em reas afins para prestar atendimento e orientao aos membros do Ministrio Pblico, bem como para obteno de elementos tcnico-especializados necessrios ao desempenho de suas funes;XI - remeter, anualmente, na primeira quinzena de fevereiro, ao Procurador-Geral de Justia, relatrio das atividades do Ministrio Pblico atinentes rea do seu limite de atuao;XII - exercer outras funes compatveis com suas finalidades, vedado o exerccio de qualquer atividade de rgo de execuo, bem como a expedio de atos normativos a estes dirigidos.Art. 60. O Coordenador de cada Centro de Apoio Operacional ser designado pelo Procurador-Geral de Justia, dentre membros do Ministrio Pblico com mais de cinco anos na carreira.Art. 61. So atribuies dos Coordenadores dos Centros de Apoio Operacional:I - representar o Ministrio Pblico nos rgos afins perante os quais tenha assento;II - manter contato permanente com os Poderes Legislativos, inclusive acompanhando o trabalho das Comisses Tcnicas encarregadas do exame de projetos de lei afetos s suas reas;III - manter contato permanente e intercmbio com entidades pblicas ou privadas que, direta ou indiretamente, se dediquem ao estudo ou proteo dos bens, valores ou interesses que lhes incumbe defender.Art. 62. Ficam criados os seguintes Centros de Apoio Operacional:I Centro de Apoio Operacional s Promotorias de Justia de Defesa da Criana e do Adolescente;II Centro de Apoio Operacional s Promotorias de Justia de Defesa do Consumidor;III Centro de Apoio Operacional s Promotorias de Justia de Defesa do Meio Ambiente e dos Bens de Valor Artstico, Esttico, Histrico, Urbanstico, Turstico e Paisagstico;IV Centro de Apoio Operacional s Promotorias de Justia de Defesa do Patrimnio Pblico, da Fazenda Pblica e do Terceiro Setor;V Centro de Apoio Operacional s Promotorias de Justia Criminais e das Execues Penais;VI Centro de Apoio Operacional s Promotorias de Justia Cveis e de Famlia;VII - Centro de Apoio Operacional s Promotorias de Justia da Cidadania e dos Direitos Fundamentais;VIII Centro de Apoio Operacional s Promotorias de Justia de Defesa dos Direitos da Sade;IX - Centro de Apoio Operacional s Promotorias de Justia Defesa da Educao.Pargrafo nico Resolues do Colgio de Procuradores de Justia disciplinaro, mediante proposta do Procurador-Geral de Justia, a instalao e o funcionamento dos Centros de Apoio Operacional.

Seo IIDo Centro de Estudos e Aperfeioamento FuncionalArt. 63. O Centro de Estudos e Aperfeioamento Funcional rgo auxiliar do Ministrio Pblico destinado a realizar cursos, seminrios, congressos, simpsios, encontros, pesquisas, estudos e publicaes, visando ao aprimoramento profissional e cultural dos membros da Instituio, de seus auxiliares e funcionrios, bem como a melhor execuo de seus servios e racionalizao de seus recursos materiais, incumbindo-lhe:I - instituir:a) cursos de formao para os candidatos ao ingresso nos quadros institucionais e de auxiliares do Ministrio Pblico;b) cursos para aperfeioamento e especializao de membros do Ministrio Pblico.II - indicar os professores para os cursos e atividades do rgo, ouvido o Procurador-Geral de Justia;III - realizar e estimular qualquer tipo de atividade cultural ligada ao campo do Direito e cincias correlatas relacionadas s funes afetas ao Ministrio Pblico;IV - promover, periodicamente, no mbito local ou regional, crculos de estudos e pesquisas, reunies, seminrios e congressos, abertos frequncia de membros do Ministrio Pblico, e, eventualmente, a outros profissionais da rea jurdica;V - apoiar projetos e atividades de ensino e pesquisa que se relacionem com o aprimoramento dos membros do Ministrio Pblico;VI - manter intercmbio cultural e cientfico com instituies pblicas e privadas, nacionais e estrangeiras;VII - prestar orientao aos Promotores de Justia durante o estgio probatrio, no perodo de adaptao;VIII - editar publicaes de assuntos jurdicos e de interesse da Instituio;IX proceder a pesquisas para subsidiar a Comisso de Elaborao Legislativa;X - realizar prova para a seleo de estagirios.Art. 64. As atividades a que se refere o artigo anterior podero ser executadas, diretamente, pela Procuradoria-Geral de Justia ou atravs de convnios com instituies de ensino.Pargrafo nico. Os custos com a execuo dos convnios constantes deste artigo correro conta de dotao oramentria prpria, cuja aplicao ficar a cargo do Diretor do Centro de Ensino e Aperfeioamento Funcional, com a fiscalizao do Centro de Controle Oramentrio.Art. 65. O Centro de Estudos e Aperfeioamento Funcional ser dirigido por um Procurador de Justia e coordenado por um Promotor de Justia da mais elevada entrncia, designados pelo Procurador-Geral de Justia, ambos sem prejuzo de suas atribuies. 1. O Diretor do Centro de Estudos e Aperfeioamento Funcional dever, anualmente, na primeira quinzena de fevereiro, enviar ao Procurador-Geral de Justia relatrio a respeito das atividades desenvolvidas pelo rgo. 2. As atribuies do Diretor e do Coordenador do Centro de Estudos e Aperfeioamento Funcional sero fixadas em Resoluo do Colgio de Procuradores de Justia.Art. 66. O Conselho Superior do Ministrio Pblico fixar os honorrios a serem pagos s pessoas estranhas Instituio, convidadas a integrar cursos regulares ou ministrar aulas ou palestras nas atividades do Centro de Estudos e Aperfeioamento Funcional.

Seo IIIDa Comisso de Combate aos Crimes de Responsabilidade e Improbidade AdministrativaArt. 67. A Comisso de Combate aos Crimes de Responsabilidade e Improbidade Administrativa vinculada ao Gabinete do Procurador-Geral de Justia e integrada pelo 1 Subprocurador-Geral e por at seis Promotores de Justia, designados dentre membros do Ministrio Pblico com mais de cinco anos na carreira. Art. 68. A Comisso de Combate aos Crimes de Responsabilidade e Improbidade Administrativa presidida pelo 1 Subprocurador-Geral e, sob a superviso deste, seus membros tm as seguintes atribuies:I coordenar e acompanhar, em todas as comarcas do Estado, as atividades do Ministrio Pblico no combate aos crimes de responsabilidade e aos atos de improbidade administrativa e de irresponsabilidade fiscal;II manter banco de dados e informaes estatsticas permanentes sobre as atividades inerentes s suas atribuies;III formalizar os atos dos procedimentos administrativos instaurados, com a finalidade de instru-los;IV - formalizar os atos necessrios propositura e ao acompanhamento da ao penal, nos casos de crimes de responsabilidade praticados por agente poltico que tenha prerrogativa de foro perante o Tribunal de Justia;V formalizar os atos necessrios propositura e ao acompanhamento da ao civil pblica, nos casos de atos de improbidade administrativa praticados pelo Presidente da Assembleia Legislativa, pelo Governador do Estado, pelos presidentes do Tribunal de Justia e do Tribunal de Contas;VI formalizar os atos necessrios promoo de arquivamento e interposio de recursos nas aes de que tratam os incisos IV e V deste artigo;VII dirigir os trabalhos dos estagirios;VIII coordenar o desempenho das atividades de seus servidores;IX elaborar relatrios bimestrais de suas atividades e encaminh-los a seu presidente.1. A Comisso de Combate aos Crimes de Responsabilidade e Improbidade Administrativa ser presidida pelo Procurador de Justia mais antigo e desimpedido, nos casos de atos de improbidade praticados pelo Procurador-Geral de Justia. 2. Os Promotores de Justia que, no exerccio permanente de suas funes, atuarem nas reas especificadas no inciso I deste artigo, devem apresentar relatrio bimestral de suas atividades Comisso de Combate aos Crimes de Responsabilidade e Improbidade Administrativa.Art. 69. Os Promotores de Justia integrantes da Comisso de Combate aos Crimes de Responsabilidade e Improbidade Administrativa, atendendo aos princpios da unidade e da indivisibilidade do Ministrio Pblico, visando a dinamizar e a imprimir maior eficincia ao institucional, podem atuar em qualquer comarca do Estado, nas ocorrncias de crime de responsabilidade, de atos de improbidade administrativa e de irresponsabilidade fiscal. 1. A atribuio dos Promotores de Justia prevista neste artigo ocorrer para atender convenincia do interesse pblico e efetivar-se- de forma suplementar, concorrente e harmnica com os Promotores de Justia em exerccio permanente nas comarcas. 2. A designao dos Promotores de Justia para o exerccio das atividades de que trata este artigo dar-se- por ato do Procurador-Geral de Justia, com prvia autorizao do Conselho Superior.

Seo IVDo Grupo de Atuao Especial contra o Crime OrganizadoArt.70. O Grupo de Atuao Especial contra o Crime Organizado, rgo auxiliar do Ministrio Pblico, com sede na Capital e atribuies em todo o Estado da Paraba, responsvel pelo combate s aes de organizaes criminosas, composto por at seis membros do Ministrio Pblico, designados pelo Procurador-Geral de Justia. 1. A coordenao geral do Grupo exercida por um membro do Ministrio Pblico, designado pelo Procurador-Geral de Justia. 2. Durante a tramitao do procedimento administrativo, do inqurito policial ou do processo criminal, havendo indcios de cometimento de crime organizado, o Grupo poder atuar em conjunto com o rgo de execuo do Ministrio Pblico. 3. O detalhamento das atribuies do Grupo ser estabelecido por Resoluo do Colgio de Procuradores de Justia

Seo VDa OuvidoriaArt. 71. Ouvidoria do Ministrio Pblico incumbe receber reclamaes e denncias de qualquer interessado contra membros ou rgos do Ministrio Pblico, inclusive contra seusservios auxiliares, e adotar as providncias cabveis, na forma que dispuser a legislao pertinente.Pargrafo nico. A Ouvidoria do Ministrio Pblico ser exercida por um Procurador de Justia, escolhido pelo Colgio de Procuradores de Justia, para mandato de dois anos, permitida uma reconduo.

Seo VIDa Comisso de Elaborao LegislativaArt. 72. A Comisso de Elaborao Legislativa, rgo auxiliar do Ministrio Pblico, de carter permanente, constituda pelo 2 Subprocurador-Geral, que a preside, por dois Procuradores de Justia indicados pelo Colgio de Procuradores e por dois membros do Ministrio Pblico designados pelo Procurador-Geral de Justia.Art. 73. Comisso de Elaborao Legislativa incumbe os estudos de anteprojetos de lei de iniciativa da Instituio, bem como de projetos de Resoluo dos rgos colegiados.

Seo VIIDa Coordenadoria RecursalArt. 74. A Coordenadoria Recursal ter atuao na segunda instncia, incumbindo-lhe o assessoramento e apoio aos Procuradores de Justia na interposio de recursos. 1. A instalao da Coordenadoria Recursal dar-se- por ato do Procurador-Geral de Justia, mediante prvia autorizao do Colgio de Procuradores de Justia. 2. A Resoluo do Colgio de Procuradores de Justia, que autorizar a instalao da Coordenadoria Recursal, disciplinar a sua organizao e o seu funcionamento.

Seo VIIIDa Comisso de ConcursoArt. 75 - A Comisso de Concurso, rgo auxiliar de natureza transitria, ser constituda do Procurador-Geral de Justia, como Presidente, de trs membros da carreira indicados pelo Conselho Superior do Ministrio Pblico e do Presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Seo da Paraba, ou advogado por ele indicado. 1. Os membros indicados pelo Conselho Superior do Ministrio Pblico sero sempre Procuradores ou Promotores de Justia da mais elevada entrncia. 2. Para cada membro indicado, o Conselho Superior do Ministrio Pblico indicar o respectivo suplente, respeitado o mesmo critrio de indicao. 3. As indicaes de que trata este artigo sero feitas com antecedncia mnima de um ms da data de publicao do edital. 4. A Comisso de Concurso ser secretariada por um membro do Ministrio Pblico designado pelo Presidente. 5. Alm da participao do procurador-Geral de Justia, fica permitida a de um outro integrante do Conselho Superior do Ministrio Pblico em comisso de concurso. Art. 76. Incumbe Comisso de Concurso realizar a seleo de candidatos ao ingresso na carreira do Ministrio Pblico, na forma desta Lei, observado o disposto na Constituio Federal.Pargrafo nico A Comisso de Concurso elaborar o edital de cada concurso, contendo as normas a serem obedecidas durante sua realizao, submetendo-o apreciao e aprovao do Conselho Superior do Ministrio Pblico.Art. 77. As decises da Comisso de Concurso so tomadas por maioria absoluta, cabendo a seu Presidente o voto de desempate. 1. Das decises da Comisso de Concurso cabe recurso, no prazo de 72 (setenta e duas) horas, para o Conselho Superior do Ministrio Pblico. 2. O recurso ser encaminhado Comisso de Concurso, que decidir sobre ele no prazo de 05 (cinco) dias, podendo:I reconsiderar a deciso;II - remeter o recurso ao Conselho Superior que o apreciar em igual prazo.Art. 78. O Procurador-Geral de Justia, no interesse do servio, poder dispensar de suas atribuies normais os membros da instituio integrantes da Comisso de Concurso.

Seo IXDos rgos de Apoio AdministrativoArt. 79. Lei de iniciativa do Procurador-Geral de Justia disciplinar os rgos e servios auxiliares de Apoio Administrativo, organizados em quadro prprio de carreira, com cargos que atendam s suas peculiaridades e necessidades da administrao e das atividades funcionais.

Seo XDo Centro de Controle OramentrioArt. 80. O Centro de Controle Oramentrio ser composto pelo Procurador-Geral