Legítima defesa preemptiva e legítima defesa preventiva

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  • 8/17/2019 Legítima defesa preemptiva e legítima defesa preventiva

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    0ara tanto, reali#ou(se uma bre!e contextuali#ação 2ist-rica acerca do uso da

    orça no contexto internacional, "er"assando "elo "er)odo em 'ue o uso da orça no sistema

    internacional era "ermitido = 0acto da 7iga das Nações (, "elo "er)odo em 'ue se "roibiu o

    recurso & orça "ara solução de contro!4rsias = 0acto >ellogg(?riand = at4 a Carta das Nações

    Unidas 'ue "ro)be o uso da orça, exce"cionando esta "roibição em caso de leg)tima deesa$

     No entanto, tem(se 'ue a Carta da ONU não a# menção & "ossibilidade de

    leg)tima deesa "re!enti!a e@ou "reem"ti!a$ A Carta tra# a "ossibilidade de utili#ar a orça em

    leg)tima deesa, em caso de ata'ue armado contra um Membro das Nações UnidasB$+

    Acontece 'ue, uma das 1ustiicati!as dos ata'ues ao Aeganistão e ao %ra'ue

    consistiram 1ustamente na alegação de leg)tima deesa "re!enti!a$

     Neste sentido, diante da necessidade de se com"reender o "aradigmainternacional de uso da orça 'ue se estabeleceu a"-s o ++ de setembro de .//+, e a"-s a

    alegação de leg)tima deesa "re!enti!a "elos EUA, bem como diante da necessidade de se

    com"reender as conse'uentes im"licações "ara o sistema 1ur)dico internacional destes

    acontecimentos 4 'ue se reali#ou o "resente estudo, a im de contribuir "ara o debate acerca

    da licitude da leg)tima deesa "re!enti!a no contexto da Carta das Nações Unidas$

    + USO 6A OR;A E 7ED%MA 6EESA NO AM?%ENE %NERNAC%ONA7:CONEFUA7%GA;

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    a casos em 'ue a necessidade dessa leg)tima deesa se1a urgente, incontorn3!el, semoerecer o"ção de meios nem tem"o "ara deliberação$ J?KERS, .//L, "$ L.

    A "artir do caso Caroline, "ortanto, ixou(se um no!o entendimento no cen3rio

    internacional acerca do direito & leg)tima deesa: de!er(se(ia obser!ar os crit4rios de

    necessidade e "ro"orcionalidade$

    O 0acto da 7iga das Nações oi adotado em ++, em 8ersal2es e "re!ia 'ue o

    Consel2o da 7iga "odia a#er recomendações a "a)ses 'ue a"arentemente esti!essem se

    encamin2ando "ara uma guerra$ No entanto, caso os membros do Consel2o não c2egassem a

    um acordo, o "acto "ermitia 'ue os go!ernos em conronto eeti!assem as medidas 'ue

     1ulgassem necess3rias "ara a "reser!ação do direito e da 1ustiçaB$ J?KERS, .//L, "$ L5

    6uas obser!ações sobre o 0acto da 7iga das Nações são im"ortantes "ara os

    ins deste trabal2o: seu texto a#ia menção ao termo guerraB e lega!a aos Estados en!ol!idos

    em uma contro!4rsia a "ossibilidade de agir em leg)tima deesa 'uando considerassem

    necess3rio$

    O 0acto >ellogg(?riand, "or sua !e#, irmado em +.P, "roibia o recurso &

    guerra "ara a solução de contro!4rsias internacionaisB$ J?KERS, .//L, "$ L5 No entanto,

    tem(se 'ue o 0acto não dis"un2a de mecanismos de a"licação, "ossuindo, assim, "oucos

    eeitos "r3ticos$ Alguns "a)ses eximiam(se de cum"rir as obrigações assumidas no 0acto,sim"lesmente e!itando declarações ormais de guerra$

    8ale di#er 'ue o 0acto >ellog ?riand "ossu)a um acordo colateral en!ol!endo

    Estados Unidos e rança, onde se "re!ia uma exceção em caso de leg)tima deesa$ No

    entanto, nem a nature#a do direito nem os casos em 'ue esta "oderia ser in!ocada eram

    deinidos no acordo$

    2 O caso do na!io a !a"or Caroline 4 um cl3ssico no 'ue di# res"eito & leg)tima deesa em 6ireito%nternacional$ Ocorreu em +P5L, no rio Ni3gara, ronteira entre os Estados Unidos ( em estado de "a#com a Drã(?retan2a na'uele "er)odo ( e o Canad3 ( territ-rio então sob 1urisdição britQnica$ 6uranteinsurreição de 2abitantes canadenses, um na!io de nacionais americanos ( o Caroline ( oi acusado dedar a"oio aos rebeldes no Canad3$ Em de#embro de +P5L, en'uanto o na!io esta!a atracado no ladoamericano, tro"as britQnicas atra!essaram o rio, embarcaram e mataram di!ersos tri"ulantesamericanos$ 6e"ois disso, atearam ogo no Caroline e 1ogaram(no nas Cataratas do Ni3gara$ Os britQnicos alegaram agir em leg)tima deesa "re!enti!a$ A "artir de então, iniciou(se uma discussãodi"lom3tica 'ue culminou no "edido de descul"as do go!erno britQnico e resultou na criação de umadoutrina sobre inter!enção "re!enti!a$ J07A%AU, Ana l3!ia D$ e ?arros 8%E%RA, 0riscilla ?ritoSil!a$ A legalidade da inter!enção "re!enti!a e a Carta das Nações Unidas$ Re!ista ?rasileira de0ol)tica %nternacional$ 8ol$ , n$ /+$ ?ras)lia, 1an$@1une$ .//T$

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     Neste sentido tem(se 'ue o Senado americano, ao !otar "ela ratiicação do

     "acto >ellog ?riand, o e# com a con!icção de 'ue não "un2a em risco a 6outrina Monroe5$

    J?KERS, .//L, "$ L5

    %m"ortante mencionar 'ue tamb4m o 0acto >ellog ?riand, na esteira da 7iga

    das Nações, a# menção, em seu texto, ao termo guerra e não ao termo uso da orçaB, o 'ual

    consiste em ino!ação introdu#ida "ela Carta das Nações Unidas$

    Assim, embora a 7iga das Nações e o 0acto >ellog ?riand ten2am tratado da

     "ossibilidade de se a#er guerra, os crit4rios de direito consuetudin3rio internacional

    estabelecidos no incidente do Caroline continuaram sendo as nicas restrições identiic3!eis

    ao recurso & orça nas relações internacionaisB, 'uais se1am: necessidade e "ro"orcionalidade$

    J?KERS, .//L, "$ LA Carta da ONU, em +*, estabelece um no!o "aradigma ao tra#er no artigo

    ., item 5 'ue odos os Membros de!erão resol!er suas contro!4rsias internacionais "or 

    meios "ac)icos, de modo 'ue não se1am ameaçadas a "a#, a segurança e a 1ustiça

    internacionaisB e no item 'ue odos os Membros de!erão e!itar em suas relações

    internacionais a ameaça ou o uso da orça contra a integridade territorial ou a de"endncia

     "ol)tica de 'ual'uer Estado ou 'ual'uer outra ação incom"at)!el com os "ro"-sitos das

     Nações UnidasB$Ao tra#er a "roibição do uso da orçaB a Carta da ONU am"lia a "roibição da

    guerra = dierentemente do 0acto da 7iga das Nações e do >ellog ?riand 'ue s- a#iam

    menção & guerra ( "assando a incluir os conlitos armados não declarados$

    A Carta das Nações Unidas tamb4m ino!ou ao criar o Consel2o de Segurança

    da ONU, cu1a incumbncia "rinci"al consiste na res"onsabilidade "ela manutenção da "a# e

    da segurança internacionaisB, "ossuindo autoridade "ara determinar a existncia de 'ual'uer 

    ameaça & "a#, ru"tura da "a# ou ato de agressãoB*

      bem como decidir sobre as medidas 'ue,sem en!ol!er o em"rego de orças armadas, de!erão ser tomadas "ara tornar eeti!as suas

    3 rata(se de doutrina adotada em +P.5 "elo "residente dos EUA, ames Monroe, segundo a 'ual'ual'uer intererncia euro"eia no 2emis4rio ocidental seria considerada um ameaça & segurança dosEstados Unidos$

    4 Artigo . da Carta das Nações Unidas$

    5 Artigo 5 da Carta das Nações Unidas$

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    decisõesBT, "odendo, inclusi!e, "or meio de orças a4reas, na!ais ou terrestresB, "roceder &

    ação 'ue 1ulgar necess3ria "ara a manutenção ou restabelecimento da "a# e segurança

    intenacionais$L

    8ale di#er 'ue a Carta da ONU "re!, inclusi!e, no artigo *+ P, a "ossibilidade

    de se exce"cionar o uso da orça sob a 1ustiicati!a de leg)tima deesa, tendo em !ista 'ue o

    Consel2o de Segurança e!entualmente não conseguiria reagir de "ronto a todo ato de

    agressão$

    Mic2el ?Vers, sobre a ino!ação da Carta da ONU em relação ao 0acto da 7iga

    das Nações e ao 0acto >ellog ?riand ensina 'ue

    6esta !e#, não se deixou a exceção sem uma deinição$ Al4m do crit4rio danecessidade e "ro"orcionalidadeB do direito consuetudin3rio internacional, oram

    adotadas trs outras restrições: % 'ual'uer Estado s- "oderia agir em leg)tima deesase osse submetido a um ata'ue armadoB . os atos de leg)tima deesa de!eriamser imediatamente relatados ao Consel2o de Segurança 5 o direito de reagir estariacancelado assim 'ue o Consel2o entrasse em ação$ J?KERS, .//L, "$ L

     No entanto, embora a Carta da ONU ten2a ino!ado ao tra#er a "roibição do uso

    da orça em direito internacional, exce"cionando esta regra 'uando se tratasse de leg)tima

    deesa, muito se tem discutido sobre as 2i"-teses 'ue se encontram am"aradas "ela redação

    do artigo *+ da Carta da ONU$

    Em !erdade, tem(se discutido o alcance e limites do uso da orça em leg)tima

    deesa, "rinci"almente no contexto mundial 'ue se delineou a"-s os acontecimentos

     "er"etrados em ++@/@/+$ 6e!ido aos ata'ues terroristas delagrados contra os EUA, uma

    no!a "ers"ecti!a mundial relati!a ao uso da orça em direito internacional "arece ter sido

    estabelecida "ossibilitando a alegação de leg)tima deesa "reem"ti!a$ 6iante deste contexto

     "ergunta(se: existe um limite a ser estabelecido entre ações armadas deensi!as e "uniti!asW

    6 Artigo + da Carta das Nações Unidas$

    7 Artigo . da Carta das Nações Unidas$

    8 Artigo *+ da Carta da ONU: Nada na "resente Carta "re1udicar3 o direito inerente de leg)timadeesa indi!idual ou coleti!a no caso de ocorrer um ata'ue armado contra um Membro das NaçõesUnidas, at4 'ue o Consel2o de Segurança ten2a tomado as medidas necess3rias "ara a manutenção da "a# e da segurança internacionais$ As medidas tomadas "elos Membros no exerc)cio desse direito deleg)tima deesa serão comunicadas imediatamente ao Consel2o de Segurança e não de!erão, de modoalgum, atingir a autoridade e a res"onsabilidade 'ue a "resente Carta atribui ao Consel2o "ara le!ar aeeito, em 'ual'uer tem"o, a ação 'ue 1ulgar necess3ria & manutenção ou ao restabelecimento da "a# eda segurança internacionaisB$

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    . AAXUES ERROR%SAS 6E ++ 6E SEEM?RO 6E .//+ E 7ED%MAB 6EESA

    Com o im da segunda grande guerra mundial e da guerra ria obser!ou(se a

    desagregação dos blocos geo"ol)ticos ormados e o surgimento de um mundo multi"olar$

     No entanto, segundo SalV da Sil!a

    Ao lado do "rocesso de 'uebra de barreiras no mundo, desen!ol!eu(se o "rocesso deragmentação, em 'ue tensões e conlitos entre setores sociais dominantes e setoressubalternos realimentaram as mais di!ersas maniestações de intolerQncia eo"ressão$ JIE77AUSEN, .//., "$ PT

    Em ++ de setembro de .//+, os EUA ( 'ue sustenta!am a "osição de "a)s mais

    orte no contexto internacional JIE77AUSEN, .//., "$ +/* = ti!eram sua !ulnerabilidade

    demonstrada "ara todo o mundo: ata'ues terroristas oram ar'uitetados contra o territ-rio

    americano e resultaram em 'uase 5/// mortes$

    Consta 'ue no dia ++ de setembro de .//+, de#eno!e agentes do gru"o Al

    Xaeda se'uestraram 'uatro a!iões no territ-rio americano: dois se c2ocariam com as torres

    gmeas = torre norte e torre sul (, um terceiro a!ião se c2ocaria com o 0ent3gono e o 'uarto

    seria arremessado contra o Cam" 6a!is Jlocal onde oi assinado o "rimeiro acordo entre

    3rabes e israelenses ou, "ossi!elmente, contra a Casa ?ranca$ JIE77AUSEN, .//., "$ +/*Os "rimeiros trs a!iões atingiram seus al!os, ao "asso 'ue o 'uarto oi

    derrubado em um cam"o na 0ensil!Qnia, em !irtude de uma re!olta dos "assageiros contra os

    se'uestradores$ J?KERS, .//L, "$ P+

    Os EUA, baseando(se em um discurso de guerra ao terrorismoB, in!adiram o

    Aeganistão, com !istas a ex"ulsar os talibãs, os 'uais oram acusados "elos norte americanos

    de dar guaridaB aos terroristas, es"ecialmente a Osama ?in 7aden, o 'ual oi a"ontado como

    mentor das ações terroristas "er"etradas "elo seu gru"o Al Xaeda$ JMORE%RA, "$ /TSegundo Mic2ael ?Vers, o embaixador americano nas Nações Unidas ( na

    4"oca o2n Negro"onte ( em carta ao "residente do Consel2o de Segurança em /L@+/@/+

    ex"licou 'ue

    Os atentados de ++ de setembro de .//+ e a atual ameaça aos Estados Unidos e aseus cidadãos re"resentada "ela Organi#ação Al Xaeda oram "ossibilitados "eladecisão do regime dos talibãs de "ermitir 'ue as regiões do Aeganistão "or elecontroladas ossem usadas "or esta organi#ação como base de o"erações$ Nãoobstante o reiterado em"en2o dos Estados Unidos e da comunidade internacional, oregime dos talibãs se tem recusado a mudar sua "ol)tica$ 6o territ-rio do

    Aeganistão, a organi#ação Al Xaeda continua a treinar e a"oiar agentes doterrorismo 'ue atacam "essoas inocentes em todo mundo e !isam cidadãos einteresses americanos nos Estados Unidos e no exterior J?KERS, .//L, "$ PL

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    A guerra contra o terrorismoB, "er"etrada "elos EUA, não "arou com a

    in!asão ao Aeganistão$ Os EUA in!adiram, "osteriormente, o %ra'ue, sob a 1ustiicati!a de

    'ue Saddam 9ussein su"ostamente "ossu)a armas 'u)micas de destruição em massa

    JMORE%RA, "$ /T

    Outra moti!ação de 'ue se !aleram os EUA "ara 1ustiicar a in!asão ao %ra'ue

    oi o ato de 'ue o "residente do "a)s, Saddam 9ussein, teria ligações com gru"os terroristas$

     No entanto, nem as su"ostas armas de destruição em massa oram encontradas "elas orças de

    ocu"ação americanas, nem as ligações de Saddam 9ussein com gru"os terroristas islamitas

    oram com"ro!adas$ J0%N9E%RO, ./+, "$ /.

    Segundo 7eandro Duerreiro 0in2eiroCom relação & Duerra do %ra'ue, em .//5, os EUA, de modo re'uente,a"resentaram uma !ariedade de "oss)!eis 1ustiicati!as legais "ara a in!asão, edeixaram 'ue elas ossem consideradas de orma singular ou combinadas$Deralmente, isso diminui o sentido do tratamento legal em a!or de merasconsiderações de "oder e interesse$ J0%N9E%RO, ./+, "$ /5

    0ara in!adir o %ra'ue, uma das 1ustiicati!as baseou(se na "ossibilidade de

    leg)tima deesa, estabelecida como "remissa no documento de Estrat4gia de Segurança

     Nacional dos Estados Unidos da Am4rica, di!ulgado em ./ de setembro de .//.$Considerando este "receito, o "residente Deorge ?us2, na 4"oca, c2egou a alar em leg)tima

    deesa "re!enti!aB$

    Acontece 'ue a ideia de leg)tima deesa "re!enti!a "ro"osta "elos EUA

    estendia a noção de leg)tima deesa estabelecida "elo artigo *+ da Carta das Nações Unidas$

    O artigo *+ "ossibilita 'ue os Estados 1ustii'uem o uso da orça sob o manto

    da leg)tima deesa, caso se1am !)timas de um ata'ue armado$ Os EUA i#eram outra

    inter"retação do artigo:

    J$$$ deenderam a ideia de não ser necess3rio a existncia de um ata'ue armado "ara'ue se 1ustii'ue a leg)tima deesa$ Esta, segundo o go!erno americano, "ode ser a"licada tamb4m nos casos em 'ue algum "a)s adote "ol)ticas armamentistas 'ue

     "ossam colocar em risco a "a# e a segurança internacional$ J0%N9E%RO, ./+, "$ (*

     Neste sentido, o go!erno americano deendia 'ue, o ato do %ra'ue inanciar,

    direta ou indiretamente o terrorismo bem como a "ossibilidade de "ossuir armas de destruição

    em massa seria 1ustiicati!a suiciente "ara o uso da orça$

    9 Y 'ue o go!erno americano 1ustiica a in!asão no %ra'ue baseando(se em di!ersos argumentos:inter!enção 2umanit3ria, leg)tima deesa "re!enti!a e resoluções do Consel2o de Segurança$

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     No entanto, a "artir do momento em 'ue não oram encontradas armas de

    destruição em massa no %ra'ue, o discurso do go!erno americano mudou: este "assou a

     1ustiicar sua inter!enção no %ra'ue considerando 'uestões reerentes & inter!enção

    2umanit3ria ( durante d4cadas obser!ou(se o constante desres"eito aos direitos 2umanos no

    %ra'ue, de!ido ao totalitarismo e & tirania de Saddam 9ussein = bem como 'ue a combinação

    das resoluções do Consel2o de Segurança relacionadas ao %ra'ue ( Resolução TT/, TLP, TPL e

    +++/ ( coneriam aos EUA, uma autori#ação legal "ara o uso da orça$ J0%N9E%RO, ./+, "$

    T(L

    Acontece 'ue a decisão dos EUA de em"reender uma ação militar no territ-rio

    Aegão em .//. e no ira'uiano em .//5, sem autori#ação do Consel2o de Segurança, trouxe

    s4rios riscos &s regras de direito internacional e modiicou a "ers"ecti!a sobre o direito &leg)tima deesa$

    O 'ue as in!asões "er"etradas "elos EUA tra#em a tona 4 a discussão sobre a

     "ossibilidade de se alegar leg)tima deesa "reem"ti!a ante um "oss)!el ata'ue bem como 'ual

    o limite entre uma ação !erdadeiramente deensi!a e uma ação de ata'ue$

    Segundo Erica Ramminger, a leg)tima deesa "re!enti!a 4 a'uela 'ue se "ratica

    "ara e!itar um risco uturo "laus)!el, "or4m 2i"ot4ticoB, ao "asso 'ue o ata'ue "reem"ti!o

    consiste em uma ação com base na "ro!a, isto 4, ameaça im"l)cita, iminente e recon2ecidade 'ue um inimigo est3 "restes a atacarB JRAMM%NDER, ./+5, "$ /*

     Neste sentido "ode(se airmar 'ue a leg)tima deesa "reem"ti!a sustenta(se na

    iminncia de um ata'ue armado = 'ue certamente se reali#ar3 = ao "asso 'ue a leg)tima deesa

     "re!enti!a tem como undamento uma 2i"-tese a 'ual "ode ou não conirmar(se$ A 2i"-tese

    a"resenta(se menos segura 'ue a iminncia$ A lin2a 'ue dierencia a leg)tima deesa

     "re!enti!a da "reem"ti!a 4 tnue, mas não se "ode ignor3(la$

    5 NO8O CONEFO %NERNAC%ONA7: 7ED%MA 6EESA 0REEM0%8A 0HS

    AENA6OS ERROR%SAS 6E ++@/@.//+

    10 A Resolução TT/ do Consel2o de Segurança, adotada em /.@/P@/, demanda!a 'ue o %ra'ueretirasse suas tro"as de ocu"ação do >Zait$ A Resolução TLP, de .@++@+/, autori#ou 'ue todos osEstados(membros coo"erassem com o go!erno do >Zuait, utili#ando(se de todos os meios necess3rios "ara 'ue a Resolução TT/ osse im"lementada, a im de restaurar a "a# e segurança na região$ AResolução TPL, "or sua !e#, adotada em /5@/@++, decidiu 'ue o %ra'ue de!eria destruir suas armasnucleares, 'u)micas e biol-gicas, de!endo limitar em +*/ [m o alcance de seus m)sseis bal)sticos$

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    Em .//. tamb4m oi emitida uma 6ireti!a 0residencial sobre Segurança

     Nacional= n$ +L =, na 'ual os EUA airmam "ossuir um direito leg)timo auto(atribu)doB de se

    !aler de todos os meios necess3rios "ara um ata'ue "re!enti!o$ JRAMM%NDER, ./+5, "$ ++

    Ainda em setembro de .//., tem(se 'ue Deorge I$ ?us2 airmou & ONU 'ue

    Saddam 9ussein re"resenta!a uma ameaça ante as sus"eitas de 'ue o go!erno ira'uiano

    estaria desen!ol!endo armas nucleares e relatou 'ue se a ONU não tomasse "ro!idncias, os

    EUA tomariam, mesmo 'ue unilateralmente: _A mensagem da Am4rica 4 esta: se as Nações

    Unidas não tm a !ontade ou coragem "ara desarmar Saddam 9ussein e se Saddam 9ussein

    não !ai se desarmar, os Estados Unidos irão liderar uma coali#ão "ara desarm3(lo$_ Jtradução

    nossa

    Y "reciso com"reender os argumentos le!antados "elos EUA "ara legitimar seuata'ue ao %ra'ue$ Em um "rimeiro momento o go!erno americano estabeleceu a Estrat4gia de

    Segurança Nacional dos EUA, em .//., a im de legitimar a guerra contra o terrorB e a

    conse'uente in!asão do %ra'ue em .//5$

    Outro argumento utili#ado "elos EUA oi 'ue a Resolução TLP do Consel2o de

    Segurança da ONU, emitida em .@++@+/, autori#a!a 'ue os EUA utili#assem a orça contra

    o %ra'ue$ Na !erdade, o go!erno americano inter"retou a Resolução TLP da orma 'ue mel2or 

    l2e a"ro!eita!a$Y 'ue a Resolução TLP oi a"ro!ada "elo Consel2o de Segurança no contexto

    da "rimeira guerra do Dolo+.$ O Consel2o de Segurança da ONU emitiu, "rimeiro, a

    Resolução TT/ 'ue declarou 'ue a in!asão do %ra'ue ao >uZait consistiu em uma ameaça &

     "a# e segurança internacional exigindo a retirada das tro"as ira'uianas da região$ Em seguida

    emitiu a Resolução TT+ 'ue "re!ia sanções econ`micas ao %ra'ue, caso este não retirasse suas

    tro"as do >uZait$ No entanto, as duas resoluções não oram suicientes "ara "ersuadir o

    %ra'ue$Em no!embro de +/ o Consel2o de Segurança da ONU a"ro!ou, então, a

    Resolução TLP 'ue estabelecia um "ra#o limite at4 +* de 1aneiro de ++ "ara a retirada das

    tro"as ira'uianas do >uZait$ Esta Resolução tamb4m autori#a!a os Estados(membros da

    ONU, em coo"eração com o >uZait, utili#ar todos os meios necess3riosB, inclusi!e

    12 O %ra'ue in!adiu o >uZait em agosto de +/ e uma se'uncia de e!entos acabou culminando na+ Duerra do Dolo$ Com a in!asão e anexação do >uZait "elo %ra'ue, este se a"resentou como "a)sagressor, contrariando os "rinc)"ios de direito internacional 'ue "roibiam o uso da orça, exigindo umamaniestação da comunidade internacional, "rinci"almente do Consel2o de Segurança$

    10

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    inter!enção militar, "ara cum"rimento da Resolução TT/, a im de 'ue se restaurasse a "a# e

    segurança na região do >Zait$

    A Resolução TPL, de /5@/@+, "or sua !e#, "re!ia 'ue o %ra'ue de!eria destruir 

    suas armas nucleares, 'u)micas e biol-gicas, de!endo limitar o alcance de seus m)sseis

     bal)sticos a +*/ [m$

    A"-s o "ra#o inal esti"ulado "ela Resolução TLP o %ra'ue não retirou suas

    tro"as o 'ue deu in)cio a uma guerra libert3ria do >uZait "elos EUA e . aliados, os 'uais

     bombardearam o %ra'ue$

    Com o im da guerra e sua derrota, o %ra'ue se com"rometeu, dentre outras

    coisas, a autori#ar ins"eções e dar acesso imediato e irrestrito aos locais determinados "ela

    Comissão Es"ecial das Nações Unidas JUN%SCOM e "ela Agncia %nternacional de EnergiaAt`mica JA%EA$ Acontece 'ue em +P os ins"etores da UN%SCOM oram acusados "elo

    go!erno ira'uiano de serem es"iões americanos, o 'ue "`s im a autori#ação de ins"eções no

    territ-rio do %ra'ue$ JRAMM%NDER, ./+5, "$ ++

    Ato cont)nuo, os EUA tentaram a"ro!ar no Consel2o de Segurança uma

    Resolução 'ue im"usesse o retorno das ins"eções ao %ra'ue$ Em /P de no!embro de .//. oi

    a"ro!ada, "or unanimidade a Resolução ++$ Acontece 'ue a Resolução ++ não contin2a

    em seu texto a es"eciicação 'uanto &s conse'uncias do seu descum"rimento, nemautori#a!a o uso autom3tico da orça$+5

    A Resolução ++ oereceu ao %ra'ue uma ltima o"ortunidade de cum"rir 

    com suas obrigações de desarmamento segundo as resoluções rele!antes do Consel2oB e

    trouxe a seguinte dis"osição, a 'ual gerou muita contro!4rsia, de!ido & sua im"recisão

    terminol-gica: Recorda, neste contexto, 'ue o Consel2o alertou re"etidamente o %ra'ue 'ue,

    caso continue inringindo suas obrigações, enrentar3 conse'uncias gra!esB Jgriei$

    Os EUA, atra!4s da combinação das resoluções emitidas "elo Consel2o deSegurança ao %ra'ue, ar'uitetaram seu ata'ue, bem como o discurso autori#ador deste$

    Ademais, na busca "ela legitimação de sua in!asão militar ao %ra'ue em .//5,

    os EUA tamb4m deenderam uma inter"retação extensi!a do artigo *+ da Carta das Nações

    Unidas:

    13 A Resolução ++ do Consel2o de Segurança da ONU estabelecia o retorno dos ins"etores daAgncia %nternacional de energia at`mica e da Comissão das Nações Unidas "ara Monitoramento,!eriicação e ins"eção, criada "ela Resolução +.P, bem como 'ue o %ra'ue de!eria ornecer tamb4muma declaração detal2ada sobre m)sseis bal)sticos e "rogramas de desen!ol!imento de armas biol-gicas, 'u)micas e nucleares$

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    Eles não encontraram nada, resultando em s"licas do "residente "ara 'ue oscidadãos dos Estados Unidos ossem "acientes$ O %ra'ue 4 do taman2o daCali-rnia, ele lembrou aos estadunidenses$ Seus mais er!orosos deensoresoereceram uma ideia absurda de 'ue 9ussein 2a!ia mo!ido seu esto'ue e armas dedestruição em massa "ara algum "a)s !i#in2o com a S)ria$ O es"et3culo de centenas

    de mil2ares de ogi!as, somente uma das su"ostas armas em "osse de 9ussein, sendotrans"ortadas sem 'ue a inteligncia dos Estados Unidos detectasse era muitoant3stico "ara se crer$ A busca inalmente terminou em 5/ de setembro de .//,com a "ublicação do Relat-rio 6ueler, com os in!estigadores admitindo 'ue "or alguma ra#ão eles não encontraram nada$ %sso desconstruiu a ra#ão de um ata'ue

     "reem"ti!o ao %ra'ue Jtradução nossa+$ J7KNN, .//P, "$ .+P

    O 'ue se "ercebe 4 'ue o %ra'ue re"resenta!a uma "oss)!el ameaça, uma

    ameaça "otencial e não uma ameaça iminente ( 1ustiicadora de uma leg)tima deesa

     "reem"ti!a (, nem se'uer uma ameaça real, 'ue autori#aria o uso da orça em leg)tima deesa,

    nos termos da Carta das Nações Unidas$

     Neste sentido 4 'ue se airma 'ue, analisando os atos e circunstQncias 'ue

     "ermearam a in!asão do %ra'ue, a alegação de leg)tima deesa "re!enti!a "elos EUA não se

    sustenta diante do sistema internacional de "roibição do uso da orça, de manutenção da "a# e

    segurança internacionais$

    Os EUA in!adiram o %ra'ue como !erdadeiros agressores e utili#aram(se da

    al3cia de leg)tima deesa "re!enti!a a im de encobrir seus !erdadeiros ob1eti!os e ma'uiar 

    sua atuação ilegal$

    CONS%6ERA;ES %NA%S

    Y certo 'ue o contexto internacional "-s os acontecimentos de ++ de setembro

    de .//+ tornou(se mais inst3!el, colocando os Estados, de maneira geral, em situação de

    alerta$

    O terrorismo e a ameaça da existncia de armas nucleares 'ue "odem a'ual'uer momento serem utili#adas contra um membro das Nações Unidas, são suicientes

     "ara ixar um no!o "aradigma mundial: o "aradigma do medo e da a"reensão$

    14 Original: 2eV ound not2ing, resulting in "leas rom t2e "resident or US citi#ens to be "atient$%ra' Zas t2e si#e o Caliornia, 2e reminded Americans$ 9is more adamant deenders oered t2eabsurd notion t2at 9ussein 2ad mo!ed 2is stoc["ile o Zea"ons o mass to a neig2boring countrV suc2as SVria$ 2e s"ectacle o 2undreds o t2ousands o Zar2eads, 1ust one o t2e assumed Zea"ons cac2ein 9usseins "ossession, being mo!ed Zit2out detection bV US intelligence Zas too antastic to be belie!ed$ 2e searc2 inallV ended on Se"tember 5/, .//, Zit2 t2e "ublication o t2e 6ueler Re"ort,t2e in!estigators admitting, t2at or Z2ate!er reasons, t2eV 2ad ound not2ing$ %t Zas a crus2ingsetbac[ to t2e "reem"ti!e rationale or t2e attac[ on %ra'$

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     No entanto, de!e(se icar atento, uma !e# 'ue "ermitir o uso da orça contra

    outro Estado, em !irtude de uma "oss)!el ameaça, um e!entual ata'ue, "ode não se coadunar 

    com os "rinc)"ios norteadores da Carta das Nações Unidas: manutenção da "a# e segurança

    internacionais$

    O uso da orça de orma "re!enti!a a"resenta(se como uma reação em res"osta

    a um ata'ue e!entual, "utati!o, o 'ue não "arece ser leg)timo diante do contexto de

    manutenção da "a# e segurança internacionais$

    Ao in!adirem o %ra'ue sem autori#ação da Carta das Nações Unidas os EUA

    agiram & margem da legalidade internacional, com"ortando(se como !erdadeiros agressores$

    A in!asão dos EUA ao %ra'ue caracteri#ou(se como !erdadeiro ato de agressão

    e não de deesa, o 'ue "or si s- descaracteri#a 'ual'uer alegação de leg)tima deesa "reem"ti!a$

    A guerra ao %ra'ue, em !erdade, caracteri#a(se como medida unilateral adotada

     "elos EUA, diante de uma ameaça utura e incerta re"resentada "elo %ra'ue e sua

     "otencialidade em "ossuir armas de destruição em massa$

    O contexto internacional "ossui como caracter)stica intr)nseca certa

    insegurança, "rinci"almente tendo em !ista 'ue as relações entre os Estados se estabelecem

    mediante acordos, maniestações de !ontade$O e'uil)brio internacional de"ende da coo"eração dos Estados$ Nesta

     "ers"ecti!a, uma alteração no regime 1ur)dico internacional, no 'ue di# res"eito ao uso da

    orça, "ossibilitando 'ue "oss)!eis e uturas ameaças se1am re"elidas mediante o uso desta,

    não se a"resenta como !i3!el, tornando 'uase 'ue im"oss)!el a regulamentação do uso da

    orça no contexto internacional$

    0ossibilitar guerras e ata'ues "re!enti!os no Qmbito internacional gera grandes

    riscos & comunidade internacional, uma !e# 'ue aumenta a "ossibilidade de conlitos entreEstados: 'ual'uer Estado, diante de uma ameaça e!entual e at4 mesmo ict)cia, "oderia

     1ustiicar o uso da orça em leg)tima deesa "re!enti!a, alegando, inclusi!e, argumentos

     "ol)ticos, o 'ue tornaria as relações entre Estados inseguras e inst3!eis, diicultando a

    manutenção da "a# e segurança internacionais$

    SELF DEFENSE AFTER SEPTEMBER 11, 2001: SELF DEFENSE OR 

    ILLEGITIMATE AGGRESSION?

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    A?SRAC: 2e United Nations C2arter states in its text, as a general rule, abstention rom

    t2e use o orce in international relations, ta[ing into account t2e need to maintain "eace and

    securitV in t2e international context$ 2e United Nations 2as t2e tas[ o resol!ing conlicts

     betZeen states "eaceullV$ Article *+ o t2e C2arter o t2e United Nations, in turn, exce"ted

    t2e "ro2ibition o t2e use o orce in international relations, em"oZering t2e States, beore an

    armed attac[, use !iolence$ 2e article 2as sco"ed analV#e t2e international "aradigm o orce

    t2at Zas establis2ed ater t2e attac[s "er"etrated on Se"tember ++, .//+ against t2e United

    States o America$ 2ereore, t2e met2odologV used consisted o a t2eoretical researc2

    t2roug2 t2e analVsis o domestic and oreign literature content, examination o documents andinternational 1uris"rudence$ 2e construction Zas "rioriti#ed in an argumentati!e discourse

     based on t2e UN C2arter, in order to orm t2e con!iction on t2e !aliditV o t2e "ro"osed

    2V"ot2eses$ %n t2is sense, t2ere Zas a re!ieZ o t2e laZulness o t2e use o orce bV t2e

    United States against Ag2anistan and %ra' in .//. and .//5, res"ecti!elV, considering t2e

    claim o legitimate "re!enti!e deense$Di!en t2e general abstention rom t2e use o orce

    establis2ed bV t2e United Nations and t2e need to understand its im"lications or t2e

    international legal sVstem is t2at t2ese is t2at t2is studV Zas conducted in order to contributeto t2e debate about t2e legalitV o legitimate "re!enti!e deense in t2e United Nations C2arter$

    >EKIOR6S: Use o orce$ Sel(deense$ 2e United Nations C2arter$

    REERNC%AS

    ?RAN, 7eonardo Nemer Caldeira$ errorismo internacional: a guerra "re!enti!a e adesconstrução do direito internacional$ Revist !"si#ei" $e est%$&s '(ti)&s* ?elo9ori#onte$ !$ ., .//$ 6is"on)!elem:]2tt":@@ZZZ$"os$direito$umg$br@rbe"@index$"2"@rbe"@article@!ieZ@L@T^ Acesso em:.@++@./+$

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    MARXUES, Eduardo 7oren#etti$ Os #i-ites 7%"($i)&s 8 t%& $& 9&se#& $e Se+%"$ ONU$ Curitiba: uru3 Editora, .//*$

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    RESO7U;