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DIREITO ADMINISTRATIVO LEI 8.429/92 Prof. Luís Gustavo Fanpage: Luís Gustavo Bezerra de Menezes Periscope: @ProfLuisGustavo

LEI 8.429/92 Prof. Luís Gustavo - s3.amazonaws.com · § 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em que o agente público deixar o exercício do mandato,

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DIREITO ADMINISTRATIVO LEI 8.429/92

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CONCEITO

A probidade administrativa consiste no dever de o "funcionário servir a Administração com honestidade, procedendo no exercício das suas funções, sem aproveitar os poderes ou facilidades delas decorrentes em proveito pessoal ou de outrem a quem queira favorecer". José Afonso da Silva, Curso de Direito Constitucional Positivo

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CONCEITO

O desrespeito a esse dever é que caracteriza a improbidade administrativa. Cuida-se de uma imoralidade administrativa qualificada. A improbidade administrativa é uma imoralidade qualificada pelo dano ao erário e correspondente vantagem ao ímprobo ou a outrem(...)." José Afonso da Silva, Curso de Direito Constitucional Positivo

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PREVISÃO CONSTITUCIONAL Art. 15. É vedada a cassação de direitos políticos, cuja perda ou suspensão só se dará nos casos de: V - improbidade administrativa, nos termos do art. 37, § 4º. Art. 85. São crimes de responsabilidade os atos do Presidente da República que atentem contra a Constituição Federal e, especialmente, contra: V - a probidade na administração;

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PREVISÃO CONSTITUCIONAL

CF, art. 37, § 4º - Os atos de improbidade administrativa importarão a suspensão dos direitos políticos, a perda da função pública, a indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário, na forma e gradação previstas em lei, sem prejuízo da ação penal cabível.

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CONSEQUÊNCIAS NA CF

CONSEQUÊNCIAS: •Perda da função pública •Suspensão dos direitos políticos •Ressarcimento ao erário • Indisponibilidade dos bens

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COMENTÁRIOS RELEVANTES 1) A ação de improbidade possui natureza de ação civil pública; Art. 19. Constitui crime a representação por ato de improbidade contra agente público ou terceiro beneficiário, quando o autor da denúncia o sabe inocente Pena: detenção de seis a dez meses e multa. Parágrafo único. Além da sanção penal, o denunciante está sujeito a indenizar o denunciado pelos danos materiais, morais ou à imagem que houver provocado.

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COMENTÁRIOS RELEVANTES 2) A perda da função pública e a suspensão dos direitos políticos só se efetivam com o trânsito em julgado da sentença condenatória (art. 20) 3) Além das sanções da LIA, o agente ímprobo está sujeito a outras sanções de natureza civil, penal ou administrativa (art. 12) 4) O agente ímprobo também está sujeito à sanção ética (Decreto 1.171/94)

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ELEMENTO SUBJETIVO

SUJEITO PASSIVO DO ATO DE IMPROBIDADE (Art. 1º.)

X SUJEITO ATIVO

DO ATO DE IMPROBIDADE (Art. 2º.)

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SUJEITO ATIVO

AGENTE PÚBLICO ≠ SERVIDOR PÚBLICO

“Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior.”

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ELEMENTO SUBJETIVO

STF – “os agentes políticos, regidos por normas especiais de responsabilidade, não respondem por improbidade administrativa com base na Lei n. 8.429/1992, mas apenas por crime de responsabilidade em ação que somente pode ser proposta perante o STF nos termos do art. 102, I, c, da CF”

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ELEMENTO SUBJETIVO

Art. 3° - As disposições desta lei são aplicáveis, no que couber, àquele que, mesmo não sendo agente público, induza ou concorra para a prática do ato de improbidade ou dele se beneficie sob qualquer forma direta ou indireta

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** CLASSIFICAÇÃO **

MACETE! Que importa enriquecimento ilícito (art. 9o.) Que acarreta lesão ao erário (art. 10) Que atenta contra princípios (art. 11) Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes

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** CLASSIFICAÇÃO ** Obs1: O STJ não tem admitido a aplicação do princípio da

insignificância na ação de improbidade administrativa. Obs2: A Lei de Improbidade não estabelece a aplicação

cumulativa das sanções, cabendo ao magistrado, na análise de cada caso, aplicar a mais adequada, em conformidade com os princípios da razoabilidade e da proporcionalidade. (STJ)

Obs3: Para o STJ, no caso dos atos de improbidade do art. 10, é

necessário o dano ao erário no sentido financeiro da lesão. Prof. Luís Gustavo Bezerra de Menezes

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ELEMENTO SUBJETIVO

Obs1: O particular sozinho não responde pela prática de ato de improbidade, devendo haver conluio com o agente público. (STF/STJ) Obs2: O estagiário que atua no serviço público, mesmo em caráter transitório, remunerado ou não, está sujeito a responsabilização por ato de improbidade administrativa. (STJ)

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PENALIDADES

LEI 8.429/92, art. 12

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COMENTÁRIOS RELEVANTES

Qualquer pessoa poderá representar à autoridade administrativa competente para que seja instaurada investigação destinada a apurar prática de ato de improbidade (art. 14); REPRESENTAÇÃO A ação de improbidade poderá ser proposta pelo Ministério Público

ou pela pessoa jurídica interessada (Art. 17); LEGITIMIDADE ATIVA O Ministério Público, se não intervir no processo como parte, atuará

obrigatoriamente, como fiscal da lei, sob pena de nulidade. (Art. 17, §4º.)

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MEDIDAS CAUTELARES

A autoridade judicial ou administrativa competente poderá determinar o afastamento temporário do agente público do exercício do cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração, quando a medida se fizer necessária à instrução processual (Art. 20, parágrafo único)

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MEDIDAS CAUTELARES

Quando o ato de improbidade causar lesão ao patrimônio público ou ensejar enriquecimento ilícito, caberá a autoridade administrativa responsável pelo inquérito representar ao Ministério Público, para a indisponibilidade dos bens do indiciado. (Art. 7º)

A indisponibilidade dos bens recairá sobre bens que assegurem o

integral ressarcimento do dano, ou sobre o acréscimo patrimonial resultante do enriquecimento ilícito. (Art. 7º, parágrafo único)

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MEDIDAS CAUTELARES O STJ entende que, ante sua natureza acautelatória, a medida de

indisponibilidade de bens em ação de improbidade administrativa pode ser deferida nos autos da ação principal sem audiência da parte adversa e, portanto, antes da notificação para defesa prévia (STJ) As medidas cautelares, em regra, como tutelas emergenciais, exigem, para a sua

concessão, o cumprimento de dois requisitos: o fumus boni juris (plausibilidade do direito alegado) e o periculum in mora (fundado receio de que a outra parte, antes do julgamento da lide, cause ao seu direito lesão grave ou de difícil reparação). Porém, no caso da indisponibilidade de bens, em relação à improbidade administrativa, basta que se prove o fumus boni iuris, sendo o periculum in mora presumido (STJ)

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MEDIDAS CAUTELARES A indisponibilidade pode recair sobre bens adquiridos tanto antes como

depois da prática do ato de improbidade. (STJ) A indisponibilidade de bens deve recair sobre o patrimônio do réu de modo

suficiente a garantir o integral ressarcimento de eventual prejuízo ao erário, levando-se em consideração, ainda, o valor de possível multa civil como sanção autônoma. (STJ) Por conta do valor da multa, a indisponibilidade dos bens pode ser aplicada

no caso de ato de improbidade que atenta contra os princípios da Administração Pública (STJ)

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COMENTÁRIOS RELEVANTES

A aplicação das sanções previstas nesta lei independe: (art. 21)

I - da efetiva ocorrência de dano ao patrimônio público, salvo quanto à pena de ressarcimento; II - da aprovação ou rejeição das contas pelo órgão de controle interno ou pelo Tribunal ou Conselho de Contas.

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DECLARAÇÃO DE BENS Art. 13. A posse e o exercício de agente público ficam condicionados à apresentação de declaração dos bens e valores que compõem o seu patrimônio privado, a fim de ser arquivada no serviço de pessoal competente. § 1° A declaração compreenderá imóveis, móveis, semoventes, dinheiro, títulos, ações, e qualquer outra espécie de bens e valores patrimoniais, localizado no País ou no exterior, e, quando for o caso, abrangerá os bens e valores patrimoniais do cônjuge ou companheiro, dos filhos e de outras pessoas que vivam sob a dependência econômica do declarante, excluídos apenas os objetos e utensílios de uso doméstico.

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DECLARAÇÃO DE BENS § 2º A declaração de bens será anualmente atualizada e na data em que o agente público deixar o exercício do mandato, cargo, emprego ou função. § 3º Será punido com a pena de demissão, a bem do serviço público, sem prejuízo de outras sanções cabíveis, o agente público que se recusar a prestar declaração dos bens, dentro do prazo determinado, ou que a prestar falsa. § 4º O declarante, a seu critério, poderá entregar cópia da declaração anual de bens apresentada à Delegacia da Receita Federal na conformidade da legislação do Imposto sobre a Renda e proventos de qualquer natureza, com as necessárias atualizações, para suprir a exigência contida no caput e no § 2° deste artigo .

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PRAZO PRESCRICIONAL Art. 23. As ações destinadas a levar a efeitos as sanções previstas nesta lei podem ser propostas: I - até cinco anos após o término do exercício de mandato, de cargo em comissão ou de função de confiança; II - dentro do prazo prescricional previsto em lei específica para faltas disciplinares puníveis com demissão a bem do serviço público, nos casos de exercício de cargo efetivo ou emprego. III - até cinco anos da data da apresentação à administração pública da prestação de contas final pelas entidades referidas no parágrafo único do art. 1o desta Lei.

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PRAZO PRESCRICIONAL

STJ – IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - DECISÕES RELEVANTES A) Se o agente que praticou o ato ímprobo exercia cumulativamente cargo efetivo e cargo comissionado, o prazo prescricional será regido na forma do inciso II (ou seja, prazo previsto no Estatuto próprio para penalidade de demissão a bem do serviço público) (STJ). B) Se o agente que praticou o ato ímprobo é servidor temporário (art. 37, IX, da CF/88), o prazo prescricional será regido na forma do inciso I (vínculo temporário). (STJ).

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PRAZO PRESCRICIONAL

STJ – IMPROBIDADE ADMINISTRATIVA - DECISÕES RELEVANTES C) Se o agente público é detentor de mandato eletivo, praticou o ato de improbidade no primeiro mandato e depois se reelegeu, o prazo prescricional é contado a partir do fim do segundo mandato (STJ) D) O reconhecimento da prescrição da ação de improbidade administrativa não representa impedimento do ressarcimento de danos causados ao erário (STJ)

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

(CESPE/FUB/Administrador/2015) No que tange à improbidade administrativa e ao processo administrativo federal, julgue os seguintes itens. 1. Em relação ao alcance subjetivo da improbidade administrativa, verifica-se que os órgãos da administração direta e indireta dos três poderes e de qualquer um dos entes federados configuram-se como sujeitos passivos imediatos do ato caracterizado pela improbidade administrativa. 2. Em inquéritos que apurem crime de improbidade administrativa, é vedado à autoridade administrativa responsável pelo inquérito decretar a indisponibilidade dos bens do indiciado, pois a presunção de inocência é um direito constitucionalmente protegido.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 3(CESPE/TJDFT/Oficial de Justiça/2015) Preveem-se dois tipos de atos de improbidade administrativa: os próprios, realizados pelo próprio agente público contra a administração; e os impróprios, oriundos da participação de terceiros que concorram com o agente público, materialmente ou por indução, e que também obtenham benesses dessa improbidade. (CESPE/TJDFT/Técnico Judiciário/2015) Julgue os itens a seguir à luz da Lei de Improbidade Administrativa. 4 Ao negar publicidade a ato oficial, o servidor público comete ato de improbidade administrativa, o que atenta contra os princípios da administração pública. Para tanto, torna-se irrelevante considerar se houve ação de caráter doloso ou culposo. 5 Considerando a interpretação conferida pelo Supremo Tribunal Federal ao conceito de agentes públicos, todos os agentes políticos estão sujeitos às disposições da Lei de Improbidade Administrativa.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 6(CESPE/PF/Delegado/2013) Na hipótese de sentença condenatória, o juiz poderá, de acordo com a gravidade do fato, aplicar ao servidor pena de multa e deixar de aplicar - lhe a suspensão de direitos políticos, ambas previstas em lei. 7(CESPE/TJDFT/Juiz/2016) O termo inicial da prescrição de ato de improbidade administrativa de agente político reeleito será o do término do primeiro mandato. 8(CESPE/TJDFT/Juiz/2016) O estagiário de órgão público, independentemente do recebimento de remuneração, está sujeito à responsabilização por ato de improbidade administrativa. 9(CESPE/TJDFT/Juiz/2016) O dolo é exigível para se demonstrar a improbidade administrativa que importar enriquecimento ilícito do agente público, prejuízo ao erário e violação aos princípios da administração pública.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 10(CESPE/TCE-RN/Auditor/2016) O simples atraso na entrega das contas públicas, sem que exista intenção manifesta, não configura ato de improbidade que atenta contra os princípios da administração pública. 11(CESPE/TRE-GO/Analista Judiciário/2015) Embora possa corresponder a crime definido em lei, o ato de improbidade administrativa, em si, não constitui crime. 12(CESPE/TCU/Procurador/2015) Para a caracterização do ato de improbidade administrativa fundado em ofensa a princípio da administração pública, é dispensável a demonstração do dolo lato sensu ou genérico. (CESPE/PF/Escrivão/2013) Com relação ao direito administrativo, julgue os itens a seguir.

13. O servidor público que revelar fato ou circunstância que tenha ciência em razão das suas atribuições, e que deva permanecer em segredo, comete ato de improbidade administrativa.

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EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 14. As penas aplicadas a quem comete ato de improbidade não podem ser cumuladas, uma vez que estaria o servidor sendo punido duas vezes pelo mesmo ato. 15(CESPE/PF/Delegado/2013) Caso o MP também ajuíze ação penal contra o servidor, pelo mesmo fato, a ação de improbidade ficará sobrestada até a prolação da sentença penal a fim de se evitar bis in idem. 16(CESPE/FUNPRESP/2016) Os herdeiros daquele que causar lesão ao patrimônio público estarão sujeitos às cominações legais até o limite do valor da herança. 17(CESPE/FUNPRESP/2016) Entre as sanções para a prática de ato de improbidade administrativa previstas na Lei n.º 8.429/1992 inclui-se a suspensão dos direitos políticos, que não se encontra expressamente prevista na CF.